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OPTICA 1: INTRODUGAO A OPTICA GEOMETRICA CONCEITOS FUNDAMENTAIS FONTES LUMINOSAS Primérias: possuem luz propria. Secundérias: ndo possuem luz prépria. Refletem a luz que vem de outras fontes. Pontuais: a dimensio da fonte 6 desprezivel em relago a distancia entre a fonte e 0 observador. Extensas: a dimensdo da fonte é da mesma ordem de grandeza que a distancia ao observador. MEIOS Transparentes: permitem a propagacio regular da luz. Ex: vidro comum. Translicidos: a propagacdo da luz ocorre de forma irregular. Ex: vidro fosco, Opacos: nao permitem a propagagdo da luz. Ex: concreto. FENOMENOS OPTICOS REFLEXAO REGULAR A luz incidente em $ volta ao mesmo meio, regularmente. Ocorre quando S é uma superficie metalica bem polida ( espelhos ) s raios incidentes. paralelos Meio 2 Meio 1 raios refletidos Fegularmente continua, paralelos REFLEXAO DIFUSA A luz incidente em S volta ao mesmo meio, irregularmente. Ocorre quando S$ é uma superficie rugosa. s raios incidentes paralelos Meio 2 Meio 4 raios refletidos difusamente ‘ndo so mais paralelos REFRAGAO A luz incidente atravessa S e continua a se propagar No outro meio. Ocorre quando $ separa dois meios transparentes (ar e agua, agua e vidro, etc,) rains incidentes paralelos s ios refratados paralelos| ABSORCAO ‘luz incidente em $ nao se reflete e nem se refrata. A luz, que é uma forma de energia radiante, ¢ absorvida em S, aquecendo-2. Ocorre, por exemplo, nos corpos de superficie preta. s ‘alos ncdentes paralelos A ener aia tuminosa é absorviea Meio 2 transformando-se em ener gia térmica Helo 1 ACOR DE UM CORPO POR REFLEXAO ‘A cor que um corpo apresenta por reflexdo & determinada pelo tipo de luz que ele reflete difusamente. Um corpo apresenta-se vermelho quando iluminado por luz branca (contém todo o espectro do arco iris) porque reflete o vermelho € absorve as demais cores. PRINCIPIOS DA OPTICA GEOMETRICA | PRINCIPIO DA PROPAGACAO RETILINEA DALUZ “Num meio homogéneo e transparente, a luz se propaga em linha reta”. SOMBRA E PENUBRA Fontes pontuais produzem apenas sombra. Fontes extensas produzem sombra e penumbra. F <> om tensa soma — pena ECLIPSES Eclipse Solar: ocorre na lua nova. Penumbra projetada Eclipse Parcial tua Sombra Projetada Eclipse Total lipse Lunar: ocorre na lua cheia. Die Notte TERRA Cone de Sombra da Terra, CAMARA ESCURA DE ORIFICIO Numa cémara escura, a imagem produzida é invertida em relago ao objeto e vale a relagao: ip op —\_ rp lar> ANGULO VISUAL Quanto maior a distancia entre o observador eo objeto, maior é 0 angulo visual 10 DA REVERSIBILIDADE DOS RAIOS DE LUZ “Se invertermos as posicdes da fonte luminosa e do observador, os raios de luz continuam percorrendo as. ‘mesmas trajetérias, mas em sentidos opostos’. PRINCiPIO DA INDEPENDENCIA DOS RAIOS DE LUZ “Quando dois raios de luz se cruzam, propagando-se em direcdes diferentes, um ndo interfere na trajetoria do outro”. OPTICA 2: ESPELHOS PLANOS | REFLEXAO DA LUZ Na reflexdo regular, a luz retorna ao melo original, apés incidir sobre uma superficie que separa dois meios. Esse fenémeno obedece as seguintes leis: N aa ‘ tao incidente t refletido Lar 0, ' ‘espeho 18 LEI DA REFLEXAO: 0 raio incidente, a normal N, eo raio refletido sdo coplanares (pertencem ao mesmo plano). 22 LEI DA REFLEXAO: O Angulo de reflexio (r) é igual ‘a0 Angulo de incidéncia (i). IMAGENS EM UM ESPELHO PLANO 2 2 * So. virtuais (s80 formadas a partir de prolongamentos de raios de luz e por isso ndo podem ser projetadas); + Possuem o mesmo tamanho que o objeto; * Quando o objeto € assimétrico, a imagem obtida no se superpde a0 objeto (séo enantiomorfas); * Adistancia entre a imagem e o espetho é igual a distancia entre 0 objeto e o espelho. CAMPO VISUAL Ea regiao do espaco que o observador vé por reflexao | no espelho. O campo visual depende do tamanho e da posigio do espelho, e da posi¢éo do olho do observador. No exemplo da figura, 0 observador em O sera capaz de ver apenas os objetos 3 ¢ 4. O CASO DA ALTURA DO ESPELHO ‘Quando uma pessoa de altura H esta de frente a um espelho retangular vertical, para que ela possa se ver | por inteiro necessdrio que: * Oespelho tenha pelo menos metade da altura da pessoa: h = H/2 * A disténcia entre 0 chéo e o espelho (r) deve ser metade da distdncia entre 0 olho da pessoa eo seu pé (d):r = d/2 DESLOCAMENTO DE UM ESPELHO PLANO TRANSLACAO P’ é um ponto simétrico de P em relagio ao espelho. P 6 chamado de ponto-objeto e P’ de ponto-imagem. Para descobrir 0 campo visual, tracamos uma reta entre o ponto P” e as duas extremidades do espelho. Se 0 observador regido estiver dentro dessa hachurada, ele verd 0 objeto colocado em P. Outra forma mais pratica é fazer esse tracado a partir do olho do observador e no dos objetos. Na translagdo, a distancia percorrida pela imagem (D) 60 dobro da distancia percorrida pelo espelho (4): D=2d Consequentemente, a relago entre a velocidade da imagem (v;) e do espelho (ve), em relagéo a um objeto fixo é v; = 2ve ROTACAO Na rotago, 0 angulo de giro da imagem (A) é 0 dobro do angulo de giro do espelho (a): 2a IMAGENS DE UM OBJETO ENTRE DOIS ESPELHOS PLANOS (O nlimero de imagens formadas por uma associagao de dois espelhos planos depende do angulo a entre eles. 360° N -1 Essa equacao é valida nos seguintes casos: * Quando *&" for par, para qualquer posico do objeto entre os dois espelhos; + Quando 2 for impar, estando 0 objeto no plano bissetor do dngulo a; Quando um espelho plano esta de frente (paralelo) para outro espelho plano, 0 nimero de imagens formadas seré infinito, Isso ocorre porque a imagem formada em um dos espelhos seré objeto para o outro espelho, que formaré uma imagem, que seré objeto pro outro, que formaré outra imagem....e assim sucessivamente. OPTICA 3: ESPELHOS ESFERICOS DEFINICOES E ELEMENTOS Espelho esféri das superficies ¢ refletora. ‘uma calota esférica na qual uma ‘© Superficie refletora interna: espelho esférico céncavo; ‘© Superficie refletora externa: espelho esférico convexo. espelho convexo _espelho concavo Elementos geométricos que caracterizam um espelho esférico: Principals elementos contro de curvature Ffeca pric Ve vertoe do PROPRIEDADES DOS ESPELHOS ESFERICOS DE GAUSS Todo raio de luz que incide paralelamente a0 exo principal refletido numa direcdo que passa pelo foco principal. Todo raio de luz que incide numa direco que passa pelo foco principal é refletido paralelamente ao eixo principal, Todo raio de luz que incide numa direco que passa pelo centro de curvatura é refletido sobre si mesmo. Todo raio de luz que incide sobre o vértice do espelho 6 refletido simetricamente em relacdo ao eixo principal, CONSTRUCAO GEOMETRICA DE IMAGENS ESPELHO ESFERICO CONCAVO OBIETO ALEM DEC © Imagem: real, invertida e menor. © Posigéo da imagem: entre Ce F. OBJETO SOBRE C + Imagem: real, invertida e do mesmo tamanho. * Posi¢do da imagem: sobre C OBJETO ENTRE CE F * Imagem: real, invertida e maior. + Posigdo da imagem: além de C. OBJETO SOBRE F + Imagem: imprépria + Posigo da imagem: no infinito OBJETO ENTRE FEV * Imagem: virtual, direita e maior, * Posigdo: atrés do espelho — Toda imagem real é invertida e pode ser projetada. Toda imagem direita ¢ virtual e nao pode ser projetada = © elemento (imagem ou objeto) que estiver mais préximo ao espelho é menor. ESPELHO ESFERICO CONVEXO OBJETO EM QUALQUER LUGAR © Imagem: virtual, direita e menor. © Posicdo: entre o foco e o vértice OPTICA 4: REFRAGAO REFRAGAO INDICE DE REFRAGAO c n v onde v é a velocidade da luz no meio ec é a velocidade da luz no vacuo ( 3-108 m/s). Quanto maior o indice de refracéo (mais refringente), mais lentamente a luz se propaga; LEI DE SNELL-DESCARTES ny Send, = ng send, De acordo com essa lei, quanto maior o indice de refragdo, mais o raio de luz se aproxima da normal; > m1 © ve < vi © Br 0 para espelhos céncavos; © f<0 para espelhos convexos AUMENTO LINEAR TRANSVERSAL pit f poo f A Sinais de A: © A> 0: imagem direita; © A< 0: imagem invertida; Dioptro é um sistema éptico formado pela superficie de separagdo entre dois meios homogéneos ¢ transparentes, com indices de refracdo diferentes, Equaco do dioptro plano: y A profundidade e 0 indice de refragio séo inversamente proporcionals, ou seja, quanto maior 0 indice de refraco, menor é a profundidade aparente. Logo, um objeto colocado na agua (indice de refragio maior), aparenta estar mais préximo da superficie (menor profundidade) quando observado por alguém que esté fora da agua. OPTICA 6: OLHO HUMANO © esclerstica core he ga < cordide ‘A cérmea que & uma membrana transparente; 0 cristalino, formado de substdncias gelatinosas, transparentes, e que funciona como uma lente biconvexa, sendo sustentado pelos miisculos ciliares; a retina que € uma membrana transparente recobrindo 0 fundo do olho. Nela é projetada a imagem do objeto visado. A retina é constituida de células sensiveis & luz (cones e bastonetes), que transmitem ao cérebro através do nervo éptico, as sensacdes visuais. © liquido transparente existente entre a cérea e 0 cristalino é o humor aquoso. Entre Oo cristalino e a retina existe uma substincia gelatinosa transparente denominada humor vitreo. A iris é a membrana circular que dé coloracdo ao olho. Em seu centro fica a pupila, uma abertura circular cujo didmetro varia para regular a quantidade de luz que entra no olho. Os misculos ciliares comprimem ou distendem 0 cristalino, mudando seu formato e consequentemente variando sua distancia focal. Isto permite a focalizagao da imagem na retina, quando 0 objeto muda de posicéo. € a chamada acomodago wall Os meios transparentes cérnea, humor aquoso, cristalino e corpo vitreo formam um sistema convergente que pode ser representado por uma lente delgada L, situada a Smm da cérnea e a 15 mm da retina. € 0 chamado olho reduzido. Smm 15mm © ponto mais distante que um olho vé nitidamente, estando os misculos ciliares relaxados, recebe 0 nome de ponto remoto. Para um olho de visio normal 0 ponto remoto encontra-se no infinito (Pe — =). © ponto mais préximo que um olho vé nitidamente, estando os musculos ciliares com a maxima contracdo, recebe 0 nome de ponto préximo. Para 0 olho de visio normal o ponto préximo encontra-se a uma distancia convencional de 25 cm. (pp = 25 cm). DEFEITOS DA VISAO ‘Avisa0 noxmal se presenta quando Az foca direlamente sobre a retina ¢ no a frente = (por tris dela, Hipesmetrapia a imagem ‘Miopia a imagem visual fae visual foc por tes da retina foca na irente da retina MIOPIA * As pessoas miopes possuem o olho mais alongado do que o normal * Aimagem de um objeto no infinito se forma antes da retina. Portanto, 0 olho miope ndo enxerga bem de longe. Isto significa que 0 ponto remoto estd a uma distancia finita do olho. 0 grau de miopia depende da distancia 20 olho do ponto remoto do miope, isto é, da distancia maxima da visio distinta. * A correcao da miopia ¢ feita por meio de lentes divergentes. Flas diminuem a convergéncia dos raios de luz e a imagem passa a ser formada na retina. * A lente divergente corretiva forma uma imagem exatamente no ponto remoto do miope. Esta imagem funciona como objeto real_em relacio ao olho. A imagem final se forma na retina. Assim, sendo f a disténcia focal da lente corretiva e pg a distancia do ponto remoto do miope, podemos escrever: sinal negativo advém do fato de a lente ser divergente. HIPERMETROPIA ‘+ As pessoas hipermetropes possuem o olho mais curto do que o normal. A imagem de um objeto no infinito se forma depois da retina + 0 olho hipermetrope enxerga bem de longe. Mas para isso ele deve realizar esforco de adaptacao, isto ¢ seus musculos cillares nfo esto relaxados como um olho normal, para a visio de um objeto distante. Como consequéncia a contragéo_méxima dos musculos ciliares se esgota antes, ou seja, 0 ponto préximo do hipermetrope estd mais afastado do que 0 de um olho normal + Acorrecdo da hipermetropia ¢ feita por meio de lentes convergentes. Elas aumentam a convergéncia dos raios de luz e a imagem passa a ser formada na retina. * A lente convergente corretiva forma uma imagem exatamente no ponto préximo do hipermetrope (pox), para um objeto situado no ponto préximo normal. Em relacdo ao olho a imagem formada pela lente corretiva funciona como objeto real. A imagem final se forma na retina. Para o célculo da distancia focal f da lente corretiva, vamos aplicar a equacio de Gauss: 111 £25 pp = PRESBIOPIA Com oenvelhecimento da | = pessoa, o cristalino perde | gradativamente sua al fiexibiidade. A pessoa no enxerga com nitidez objetos préximos. Este defeito da visio se chama presbiopia. Do mesmo modo do que a hipermetropia, © presbiope usa dculos cujas lentes so convergentes. ASTIGMATISMO © astigmatismo consiste numa imperfeicéo do olho, em particular da cérnea, cujo raio de curvatura varia conforme a seco considerada. Assim, a luz sofre refragdes diferentes nas diversas segées. Como consequéncia, a imagem que se forma na retina ndo é nitida, isto 6, apresenta deformacées. As lentes corretivas sao cilindricas, visando compensar as imperfeigées do olho.

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