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Locais de Crime
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
CRIMINALÍSTICA
Locais de Crime
Sumário
Leonardo Guedes
Locais de Crime................................................................................................................................ 3
Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
1. Introdução ao Tema..................................................................................................................... 5
2. Local de Crime.............................................................................................................................. 8
2.1. Conceito e Definição................................................................................................................. 8
2.2. Classificação de Locais de Crime......................................................................................... 11
3. Preservação de Locais de Crime.. ............................................................................................12
4. Padrões de Busca de Vestígios................................................................................................15
4.1. Busca em Espiral......................................................................................................................15
4.2. Busca por Quadrante. . ............................................................................................................16
4.3. Busca em Linha. . ...................................................................................................................... 17
4.4. Busca em Linha Cruzada.. ..................................................................................................... 18
5. Documentação do Local............................................................................................................19
5.1. Descrição Narrativa.................................................................................................................19
5.2. Fotografia. . ................................................................................................................................19
5.3. Croqui do Local. . ...................................................................................................................... 20
6. Levantamentos dos Locais de Crime contra o Patrimônio. . ............................................. 20
Resumo............................................................................................................................................. 25
Mapas Mentais............................................................................................................................... 29
Exercícios..........................................................................................................................................31
Gabarito............................................................................................................................................46
Gabarito Comentado..................................................................................................................... 47
Referências...................................................................................................................................... 75
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Locais de Crime
Leonardo Guedes
LOCAIS DE CRIME
Aula 01 – Locais de crime: conceituação e classificação.
• Isolamento e preservação de local de crime.
• Levantamentos dos locais de crime contra o patrimônio.
• Padrões de busca de vestígios.
• Documentação do local.
Apresentação
Olá, prezado (o) Aluno (a)!
Como está? Tudo certo? Vamos continuar nossa missão? Antes de iniciar nossa aula, rela-
tarei um caso pericial habitual, destacando como a preservação e isolamento do local do fato
são cruciais para o que chamamos de diagnóstico diferencial do crime.
MAIS ATENÇÃO, A NARRATIVA A SEGUIR SÓ PRECISA DE LEITURA SE VOCÊ ESTIVER
COM TEMPO PARA ESTUDAR TODO O CONTEÚDO OU CANSADO DE APENAS LER A TEORIA,
CASO CONTRÁRIO PULE PARA A INTRODUÇÃO DO TEMA!!! OK?
Durante o processamento das cenas de crime, o Perito Criminal, considerando a disposi-
ção, localização e características dos vestígios, é capaz de estabelecer a dinâmica criminosa
ou até mesmo concluir pela inexistência do fato e/ou impossibilidade do crime ter ocorrido.
Nos locais de morte, o principal diagnóstico é definir se o cadáver encontrado sofreu uma
morte violenta (homicídio), um acidente, se é decorrente de morte natural ou se o indivíduo
cometeu suicídio. Em outros locais, como por exemplo, locais de crimes contra o patrimônio
envolvendo violência doméstica, o perito tem a função de diagnosticar se danos e avarias
observados na residência da mulher ofendida foram causados intencionalmente pelo agres-
sor, e principalmente verificar se juntamente com evento “DANO”, outros eventos criminosos
ocorreram.
É comum em locais de violência patrimonial contra a mulher, que os peritos encontrem
manchas de sangue no objeto danificado e/ou em outras áreas da residência, vestígios estes
que muitas vezes não são citados no histórico da ocorrência policial, sendo essa informação
importantíssima para nortear a diferenciação entre a existência do crime de dano ao patrimô-
nio da mulher, ou se na verdade ocorreu um crime de lesão corporal; ou tentativa de homicídio,
dependendo da gravidade ou potencialidade das lesões experimentadas.
Por que estou narrando isso para os senhores (as), meus caros (as) alunos (as)?
Tudo pelo fato, que certa vez, ao atender uma ocorrência de violência patrimonial contra
a mulher, nossa equipe de polícia técnica analisou o local, verificando que não tinha qualquer
isolamento e não estava preservado (havia sido lavado), sendo observado que os vestígios
encontrados eram incompatíveis com a versão da ofendida na ocorrência policial.
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A residência, onde foram constatadas as avarias nos objetos pertencentes à vítima, estava
totalmente organizada e arrumada (algo incomum em locais de violência doméstica que são
preservados).
Durante o processamento do local, os quais os objetos dos exames eram: um guarda-rou-
pas com espelho quebrado e um controle remoto de televisão, fomos informados pela vítima
que o agressor, com raiva dele, arremessou esse controle contra a face espelhada do guarda-
-roupas e em seguida foi embora da residência
No entanto, disposição das lâminas de vidro e marcas de impacto observadas no espelho
examinado se mostraram incompatíveis com as que podem ser produzidas pelo objeto (con-
trole) indicado pela vítima, apresentando um formato com bordas circulares e concêntricas
(imagine um vidro trincado em decorrência do impacto de uma bola de tênis), somado a essa
evidência, fizemos testes de sobreposição do objeto (controle) sobre o espelho e novamente
não havia compatibilidade, além do fato do controle está íntegro quando da realização dos
exames (sem marcas ou avarias típicas de um impacto contra o espelho ou queda no piso).
Em seguida realizamos testes de sangue oculto que resultou positivo e ao analisar a foto
com maior aproximação (ZOOM), verificamos a existência de algo que parecia fragmento de
pele ou outro tecido biológico que foi recolhido para análise em laboratório.
A partir dos achados periciais, passamos a observar o rosto da vítima (afinal suspeitáva-
mos que a marca no espelho seria decorrente de um objeto ou corpo com bordos circulares em
ação contundente), e não foi possível observar qualquer lesão, então pensamos... Será que na
verdade, aquele impacto foi causado por alguma parte do corpo do autor?
Nós então decidimos encerrar os exames e esperar as respostas que teríamos dos exames
laboratoriais e do perfil genético que, mesmo sem uma amostra de referência, poderíamos
obter a informação se o material biológico era de uma pessoa de sexo feminino ou masculino.
Perceba que o exame de DNA, não é interessante apenas na determinação da autoria e pode
ser utilizado com uma forma de estabelecer dinâmica de um local de crime.
Por fim, na despedida, estendemos a mão para vítima que em ato contínuo também esten-
deu a sua que estava com um curativo recente, nesse momento, foi preciso interrogar melhor
a vítima, e foi aí que tivemos uma versão mais verossímil dos fatos baseado nos vestígios que
levantamos.
A ofendida relatou que na verdade o que ocorreu foi uma briga entre ela e o agressor pela
posse do controle da TV. Narrou que o agressor a agarrou com força e a arremessou contra
o guarda-roupas e para força-la a largar o controle, forçou e bateu sua mão contra o espelho
a ferindo, após isso obrigou que limpasse a bagunça que havia feito e em seguida saiu e não
retornou, nesse ínterim, com a casa já limpa e organizada, sua irmã chegou à residência e
perguntou sobre a avaria no espelho, e que após ouvir sua versão, a “obrigou” registrar o fato,
tendo a ofendida relatado que o companheiro “apenas” danificou o guarda-roupas com raiva
escondendo das autoridades e de sua própria irmã que, na mesma ocasião, teria sido agredida.
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Notem que a ofendida só revelou os fatos após perceber que mesmo alterando o estado
das coisas e contanto uma versão “aceitável”, a equipe de Polícia Técnica-Científica encontrou
vestígios que confrontariam a sua versão dos fatos e assim é a responsabilidade e o dia a
dia dos Institutos de Criminalística que contam com Peritos, Técnicos e Auxiliares Forenses.
Muitas vezes suas ações ocorrem apenas nos bastidores das investigações, mas são cruciais
para o desfecho e elucidação do fato criminoso, vide os diversos casos de repercussão em que
somente com a reprodução simulada e exames periciais foi possível entender e explicar como
os crimes ocorreram.
Depois desse pequeno estudo de caso, preciso que você retorne e se concentre na aula a
seguir e registre na mente que quando não há isolamento e preservação do local, a tarefa da
Polícia Técnico-Científica torna-se ainda mais árdua!
1. Introdução ao Tema
A perícia criminal é uma atividade técnico-científica prevista no Código de Processo Penal,
indispensável para elucidação de crimes quando houver vestígios. A atividade é realizada por
meio da ciência forense, responsável por auxiliar na produção do exame pericial e na interpre-
tação correta de vestígios.
Os peritos desenvolvem suas atribuições no atendimento das requisições de perícias pro-
venientes de delegados, procuradores e juízes inerentes a inquéritos policiais e a processos
penais. A perícia criminal, ou criminalística, é baseada nas seguintes ciências forenses: quími-
ca, biologia, geologia, engenharia, física, medicina, toxicologia, odontologia, documentoscopia,
entre outras, as quais estão em constante evolução.
As modalidades de perícias criminais são apresentadas de forma sistematizada em Perei-
ra (2018), nesse trabalho são citadas as seguintes espécies de perícia.
a. Perícia oficial: é aquela descrita no artigo 159, caput do CPP, elaborada por profissional
vinculado ao Estado. Ao contrário é a perícia não oficial, realizada por perito não oficial, como
no §1º do artigo 159 do CPP.
b. Perícia “percipiendi”: não há juízo valorativo por parte do perito, ele se limita a apontar
apenas o que constatou sobre o objeto examinado, de forma técnica ou científica.
c. Perícia “deducendi”: há o juízo valorativo por parte do perito, que além de examinar o
objeto interpreta cientificamente um fato.
d. Perícia intrínseca ou direta: É a realizada sobre elementos constitutivos do corpo de
delito. O objeto a ser periciado está ligado intimamente a materialidade da infração penal,
como manchas de sangue no local de crime e a necropsia. Está caracterizado no artigo 158 do
Código de Processo Penal.
e. Perícia extrínseca ou indireta: Quando tem por objeto elementos externos ao crime, que
não compõem sua materialidade, mas que servem como meio de prova. Caso a perícia direta
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não seja suficiente ou desapareçam os objetos constitutivos do corpo de delito, o perito utili-
zará os autos e as diligências processuais para embasar seu laudo.
f. Perícia vinculatória: o magistrado está forçado a se ater ao resultado do laudo pericial,
não podendo exercer nenhum juízo de valor.
g. Perícia liberatória: amparada pelo princípio do livre convencimento, esta espécie de perí-
cia é marcada pela liberdade do juiz em aceitar ou não a opinião dada pelo perito no resultado
do laudo pericial, conforme exposto no artigo 182 do CPP.
h. Perícia contraditória: São aquelas realizadas por diferentes peritos sobre a mesma a ma-
téria, nas quais há conclusões divergentes, segundo os critérios de apreciação e interpretação
dos elementos colhidos por um dos peritos.
i. Perícia complementar: quando a perícia realizada for obscura, omissa, inexata, de forma
contraditória ou deficiente, haverá a necessidade de outra perícia para complementar o que
não foi corretamente esclarecido na perícia anterior.
Alguns tipos de perícias elencadas no Código de Processo Penal.
Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito,
salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que
possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto.
Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame
Autópsia
externo do cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou
quando as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não
houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma
circunstância relevante.
Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade
providenciará para que, em dia e hora previamente marcados, se realize
a diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado.
Parágrafo único. O administrador de cemitério público ou particular
Exumação
indicará o lugar da sepultura, sob pena de desobediência. No caso de
recusa ou de falta de quem indique a sepultura, ou de encontrar-se o
cadáver em lugar não destinado a inumações, a autoridade procederá às
pesquisas necessárias, o que tudo constará do auto.
Art. 168. Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver
sido incompleto, proceder-se-á a exame complementar por determinação
da autoridade policial ou judiciária, de ofício, ou a requerimento do
Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor.
§ 1º No exame complementar, os peritos terão presente o auto de corpo
Exame de lesão
de delito, a fim de suprir-lhe a deficiência ou retificá-lo.
corporal
§ 2º Se o exame tiver por fim precisar a classificação do delito no art.
129, § 1º, I, do Código Penal, deverá ser feito logo que decorra o prazo
de 30 dias, contado da data do crime.
§ 3º A falta de exame complementar poderá ser suprida pela prova
testemunhal.
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Art. 169. Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada
a infração, a autoridade providenciará imediatamente para que não se
altere o estado das coisas até a chegada dos peritos, que poderão instruir
Perícia de local de seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos. (Vide
crime Lei n. 5.970, de 1973)
Parágrafo único. Os peritos registrarão, no laudo, as alterações do estado
das coisas e discutirão, no relatório, as consequências dessas alterações
na dinâmica dos fatos. (Incluído pela Lei n. 8.862, de 28.3.1994)
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2. Local de Crime
2.1. Conceito e Definição
Temos, a partir das ideias apresentadas por Baroni (2019) que o local de crime se compõe
em uma investigação essencial na Criminalística atual. Preservá-lo constitui garantir a sua
integridade para a relação de operações para obtenção de vestígios que esclarecerão e auxilia-
rão no esclarecimento dos movimentos e as forças que provocam os fatos.
Há de se ter harmonia entre os órgãos de segurança pública para garantir o sucesso da
perícia. Esta sequência de trabalhos a serem executados, envolvem situações rotineiras, mas
de importância significante para a investigação.
O local do crime pode ser definido de maneira geral, como a área onde aconteceu o fato e
que expõe características ou configuração de um crime.
Cada local de crime tem suas peculiaridades, qualquer lugar pode ser local de ato crimi-
noso. Cada ambiente é único e exige do profissional pericial uma série de cuidados na sua
preparação e na organização de suas funções buscando alcançar a veracidade dos fatos. Du-
rante o decorrer do exame pericial, os requisitos podem mudar conforme novos indícios sejam
reconhecidos e o Perito Criminal terá que se adaptar ao novo cenário.
Outro ponto a se destacar, é que com base no Código de Processo Penal (CPP):
Art. 6º. Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
I – dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas,
até a chegada dos peritos criminais; (Redação dada pela Lei n. 8.862, de 28.3.1994)
II – apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais;
(Redação dada pela Lei n. 8.862, de 28.3.1994)
III – colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
IV – ouvir o ofendido;
V – ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título VII,
deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido
a leitura;
VI – proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
VII – determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perí-
cias;
VIII – ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar
aos autos sua folha de antecedentes;
IX – averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua
condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quais-
quer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.
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X – colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma defici-
ência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa
presa. (Incluído pela Lei n. 13.257, de 2016)
Conforme ideias apresentadas por Silveira e Pereira (2020), neste artigo 6º há de se escla-
recer dois pontos principais: O primeiro, trata-se do termo autoridade policial, neste contexto
deve-se entender como o delegado de polícia – titular do Inquérito Polícia – Não obstante, no
âmbito de Isolamento e preservação de local de crime, essa obrigatoriedade recai a qualquer
agente do Estado que acompanhar a ocorrência.
Para o ordenamento jurídico brasileiro, de forma resumida, o local do crime apresenta
três teorias:
1ª Teoria da Ação – lugar do crime é aquele a ação foi praticada (ou omissão);
2ª Teoria do Resultado – o lugar do crime é aquele em que se deu o resultado;
3ª Teoria Mista – ou da Ubiquidade, esta teoria trata-se da junção da teoria da ação e do
resultado e é utilizada hoje no ordenamento jurídico brasileiro.
O local de crime é palco principal onde, em geral, inicia-se o trabalho da perícia criminal,
representa o berço da geração de vestígios produzidos no fato em apuração.
De acordo com Rabello (1996):
“Local de Crime – é a porção do espaço compreendida num raio que, tendo por origem o ponto no
qual é constatado o fato, se estenda de modo a abranger todos os lugares em que, aparente, neces-
sária ou presumivelmente, hajam sido praticados, pelo criminoso, ou criminosos, os atos materiais,
preliminares ou posteriores à consumação do delito e com estes diretamente relacionados”.
“local de crime é toda área onde tenha ocorrido qualquer fato que reclame as providencias da polí-
cia”.
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ii. DESCONTÍNUOS: são os locais relacionados, no qual vestígios e indícios estão em áre-
as variadas.
d. quanto ao ÂMBITO DA PERÍCIA/LOCALIZAÇAO:
i. IMEDIATOS: local onde, efetivamente, ocorreu o fato delituoso, tendo a exigência de rea-
lizar-se um exame pericial acurado;
ii. MEDIATOS: é o mediano, entre o local imediato e a área apartada (sem interrupção);
iii. RELACIONADO/DISTANTE: é o local relacionado, que embora não seja o local onde de-
veras ocorreu o fato, com este se vincula de alguma forma, sem ligação geográfica direta com
o local imediato/mediato, e que possa conter algum vestígio relacionado, como por exemplo,
local de ocultação de cadáver, local onde os criminosos planejaram o crime, dentre outros.
e. quanto à PRESERVAÇÃO:
i. IDÔNEO OU PRESERVADO: é o local que está completamente intocável, preservado os
vestígios e mantidas todas as condições deixadas pelos agentes do delito;
ii. INIDÔNEO OU NÃO PRESERVADO: em contrapartida aos locais idôneos, são os que a
preservação foi feita de forma errada, contaminado com vestígios que não estão ligados ao
fato delituoso.
f. quanto à ocorrência de ILÍCITO PENAL OU NATUREZA DELITIVA:
i. LOCAIS DE DELITO: de prática contravencional; crimes contra a pessoa; crimes contra o
patrimônio; crimes contra os costumes, contra o sentimento religioso, contra o respeito aos
mortos; crimes contra a família etc.
ii. LOCAIS DE IRRELEVANTE PENAL: suicídio; morte natural; outras ocorrências.
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minais. O que exige deste modo, à rápida e eficiente providência da polícia na chegada da cena
do crime, incumbindo-lhe o seu isolamento como meio de preservação das características
próprias do local (NOLLI,2017).
O isolamento e preservação de um local são os primeiros e fundamentais requisitos para o
sucesso da investigação técnico científica. A polícia deve cuidar para que nenhuma prova seja
retirada e que a cena não seja alterada. Quanto melhor o local estiver preservado, mais fácil
será o trabalho da perícia, o que é fundamental para a comprovação de como ocorreu o crime
e para a busca de provas que levem ao seu autor.
Cabe aqui uma breve diferenciação entre preservação e isolamento do local de crime. A preser-
vação do local de crime diz respeito a manutenção dos objetos e elementos do local de forma
inalterada, a partir da saída dos suspeitos até a chegada da equipe pericial. O isolamento faz
parte desse processo, evitando que qualquer pessoa adentre e permaneça no local.
O primeiro policial que chegar à cena do crime, deverá tomar todas as medidas para asse-
gurar a preservação dos vestígios produzidos naquele local:
1) Abordar o local tendo primeira preocupação a sua segurança pessoal. Antes de entrar no
local, deve-se avaliar as condições de segurança existentes. A depender do tipo de ocorrência,
o agente público estará exposto à riscos biológicos, agentes físicos, químicos e outras subs-
tâncias que pode ser fontes de perigo real.
2) Se houver vítima no local, verificar se ainda está com vida, se a vítima estiver viva, a prio-
ridade é seu salvamento, se estiver morta, não se deve mexer na vítima e em seus pertences
em nenhuma hipótese, toda observação deve ser apenas visual;
3) Observar toda a área (mantendo seu deslocamento somente pelo trajeto de entrada) e,
com isso, visualizar possíveis outros vestígios, no sentido de saber qual o limite a ser demar-
cado para preservação destes;
4) Posicionado fora da cena, visualizar toda a área e decidir quais limites deverá delimitar
com a fita de isolamento;
5) Após isolar a área (delimitando com fita, ou qualquer outro meio físico) ninguém mais
poderá entrar naquele local, ou mexer em qualquer coisa dentro daqueles limites, tais como
armas de fogo, projéteis, pertences da vítima e tudo o mais que possa estar presente – nem
mesmo o policial que isolou, até que os peritos criminais realizem os exames.
A responsabilidade legal pelo isolamento e preservação é da autoridade policial, mas a
responsabilidade técnica por tais procedimentos devem ser compartilhada com todos os en-
volvidos no processo de investigação (VELHO, COSTA & DAMASCENO, 2018).
Ressalta-se que parte da literatura considera a “autoridade policial”, como toda a categoria
de profissionais da Segurança Pública – policial militar, bombeiro militar, policial civil, perito cri-
minal, agente de trânsito etc. Tal interpretação decorre da frequência em que se estende essa
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atribuição, na prática, aos demais servidores, que serão considerados “agentes da autoridade”,
destaca Trufini, 2017.
Em referência à preservação e isolamento do local do crime, o CPP, em seus artigos 6º,
158-A, 158-B e 169, dispõe:
“Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá
I – dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas,
até a chegada dos peritos criminais;
Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos utilizados para
manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes,
para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte.
§ 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do local de crime ou com procedimen-
tos policiais ou periciais nos quais seja detectada a existência de vestígio.
§ 2º O agente público que reconhecer um elemento como de potencial interesse para a produção
da prova pericial fica responsável por sua preservação.
§ 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou recolhido, que se
relaciona à infração penal.’
‘Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas seguintes etapas:
I – reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial interesse para a produção da
prova pericial;
II – isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo isolar e preservar o am-
biente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local de crime;
III – fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local de crime ou no corpo
de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser ilustrada por fotografias, filmagens ou
croqui, sendo indispensável a sua descrição no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo
atendimento;
IV – coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial, respeitando suas carac-
terísticas e natureza;
V – acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio coletado é embalado de forma
individualizada, de acordo com suas características físicas, químicas e biológicas, para posterior
análise, com anotação da data, hora e nome de quem realizo u a coleta e o acondicionamento;
VI – transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro, utilizando as condições adequa-
das (embalagens, veículos, temperatura, entre outras), de modo a garantir a manutenção de suas
características originais, bem como o controle de sua posse;
VII – recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que deve ser documentado
com, no mínimo, informações referentes ao número de procedimento e unidade de polícia judiciária
relacionada, local de origem, nome de quem transportou o vestígio, código de rastreamento, nature-
za do exame, tipo do vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu;
VIII – processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de acordo com a metodologia
adequada às suas características biológicas, físicas e químicas, a fim de se obter o resultado dese-
jado, que deverá ser formalizado em laudo produzido por perito;
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IX – armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições adequadas, do material a ser
processado, guardado para realização de contraperícia, descartado ou transportado, com vincula-
ção ao número do laudo correspondente;
X – descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a legislação vigente e,
quando pertinente, mediante autorização judicial.
Art. 169. Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada a infração, a autoridade provi-
denciará imediatamente para que não se altere o estado das coisas até a chegada dos peritos, que
poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos.
Nesse sentido, Braga (2017) descreve que o local de crime é fonte segura de informações
a respeito da ação perpetrada. Vestígios materiais, visíveis ou latentes, estão potencialmente
espalhados pelo ambiente e tais vestígios são fundamentais para reconstrução do fato e de-
terminação da autoria. As contaminações existentes são danosas para análises a serem feitas
e destroem “rastros” do delito que não podem ser reconstruídos após as ações incorretas de
preservação e isolamento.
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lização dos vestígios encontrados na área examinada. O ponto principal dessa busca é cami-
nhar de forma calma, tranquila e atenta, procurando não destruir ou contaminar os vestígios
encontrados. A figura a seguir apresenta uma ilustração do padrão de busca em espiral.
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5. Documentação do Local
A documentação do local não é um a etapa. Trata-se de um procedimento que permeia
todo o processamento de uma cena de crime. Serve para que se registre adequadamente to-
dos os passos, condições, procedimentos e resultados obtidos na perícia. Este registro deta-
lhado pode ser feito 3 (três) maneiras: 1) descrição narrativa; 2) levantamento fotográfico; e 3)
um croqui de posicionamento dos vestígios.
Obs.: Não realizar a descrição buscando confiar na memória, ou mesmo numa futura con-
sulta a imagens e croqui, é um erro comum que leva a consequências ruins. A descri-
ção além do registro documental é uma atividade que ajuda o perito a pensar na cena
como um todo.
5.2. Fotografia
A etapa de fotografias deve ser iniciada assim que se chega ao local, o mais rápido possí-
vel. As fotografias panorâmicas, feitas quando da chegada da perícia, são fundamentais ca-
racterizar o estado da cena.
A etapa fotográfica permeia todo o trabalho de análise da cena. Não é uma etapa estan-
que. Inicia-se com a chegada e continua até a liberação do local. É uma das mais importantes
formas de registro.
O levantamento fotográfico, quando feito de maneira planejada, remete os leitores do tra-
balho da Perícia (ex.: juízes, promotores, advogados, entre outros) à cena do crime e proporcio-
na um melhor entendimento daquilo que a Perícia está relatando. O levantamento fotográfico
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deve funcionar como um livro de imagens em que as pessoas que não foram ao local possam
entendê-lo na forma mais completa possível.
Se algo no local tiver relevância, deverá ser fotografado. Mas como durante os exames
nem sempre é possível saber quais são os pontos relevantes, utiliza-se a regra geral de se fo-
tografar todos os vestígios.
Ao efetuar o planejamento fotográfico, um bom procedimento é partir de fotos gerais, pa-
norâmicas, seguidas de fotos a uma distância média para depois obter fotos de objetos espe-
cíficos e então fotos em “close”, com e sem escala.
Art. 171. Nos crimes cometidos com destruição ou rompimento de obstáculo a subtração da coisa,
ou por meio de escalada, os peritos, além de descrever os vestígios, indicarão com que instrumen-
tos, por que meios e em que época presumem ter sido o fato praticado.
Art. 172. Proceder-se-á, quando necessário, à avaliação de coisas destruídas, deterioradas ou que
constituam produto do crime.
Parágrafo único. Se impossível a avaliação direta, os peritos procederão à avaliação por meio dos
elementos existentes nos autos e dos que resultarem de diligências.
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Art. 6º. Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
I – dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas,
até a chegada dos peritos criminais; (Redação dada pela Lei n. 8.862, de 28.3.1994)
II – apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais;
(Redação dada pela Lei n. 8.862, de 28.3.1994)
III – colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
IV – ouvir o ofendido;
V – ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título VII,
deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido
a leitura;
VI – proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
VII – determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perí-
cias;
VIII – ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar
aos autos sua folha de antecedentes;
IX – averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua
condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quais-
quer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.
X – colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma defici-
ência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa
presa. (Incluído pela Lei n. 13.257, de 2016)
O profissional forense deve estar atento para interpretar todas as particularidades encon-
tradas em cada local. Adicionalmente deve ser levado em consideração os seguintes vestígios:
a) Ferramentas e suas marcas de arrombamento: as ferramentas mais utilizadas são mar-
telo, chave de fenda, pé de cabra, alicate de pressão (remoção dos cilindros de fechaduras),
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RESUMO
Nesse livro digital, você deve se atentar para os seguintes pontos:
1. Quais perícias são previstas no CPP?
Segue os tipos de perícias elencadas no Código de Processo Penal:
Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito,
salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que
possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto.
Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame
Autópsia
externo do cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou
quando as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não
houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma
circunstância relevante.
Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade
providenciará para que, em dia e hora previamente marcados, se realize
a diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado.
Parágrafo único. O administrador de cemitério público ou particular
Exumação
indicará o lugar da sepultura, sob pena de desobediência. No caso de
recusa ou de falta de quem indique a sepultura, ou de encontrar-se o
cadáver em lugar não destinado a inumações, a autoridade procederá às
pesquisas necessárias, o que tudo constará do auto.
Art. 168. Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver
sido incompleto, proceder-se-á a exame complementar por determinação
da autoridade policial ou judiciária, de ofício, ou a requerimento do
Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor.
§ 1º No exame complementar, os peritos terão presente o auto de corpo
Exame de lesão
de delito, a fim de suprir-lhe a deficiência ou retificá-lo.
corporal
§ 2º Se o exame tiver por fim precisar a classificação do delito no art.
129, § 1º, I, do Código Penal, deverá ser feito logo que decorra o prazo
de 30 dias, contado da data do crime.
§ 3º A falta de exame complementar poderá ser suprida pela prova
testemunhal.
Art. 169. Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada
a infração, a autoridade providenciará imediatamente para que não se
altere o estado das coisas até a chegada dos peritos, que poderão instruir
Perícia de local de seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos. (Vide
crime Lei n. 5.970, de 1973)
Parágrafo único. Os peritos registrarão, no laudo, as alterações do estado
das coisas e discutirão, no relatório, as consequências dessas alterações
na dinâmica dos fatos. (Incluído pela Lei n. 8.862, de 28.3.1994)
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v. quanto à preservação:
• idôneo ou preservado
• inidôneo ou não preservado
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ra da área, cada faixa da área é analisada de forma contínua o que confere segurança de que
toda a área questionada foi analisada.
d. Busca em linha cruzada: A busca em linha cruzada ou grade é utilizada no mesmo siste-
ma da busca em linha tradicional, somente repetindo-se a uma segunda busca numa direção
perpendicular à primeira.
6. Importante entender que a documentação do local não é um a etapa. Trata-se de um
procedimento que permeia todo o processamento de uma cena de crime. Serve para que se
registre adequadamente todos os passos, condições, procedimentos e resultados obtidos na
perícia. Este registro detalhado pode ser feito 3 (três) maneiras: 1) descrição narrativa; 2) le-
vantamento fotográfico; e 3) um croqui de posicionamento dos vestígios.
7. Em termos de levantamentos dos locais de crime contra o patrimônio o profissional fo-
rense deve estar atento para interpretar todas as particularidades encontradas em cada local.
Adicionalmente deve ser levado em consideração os seguintes vestígios:
a. Ferramentas e suas marcas de arrombamento: as ferramentas mais utilizadas são mar-
telo, chave de fenda, pé de cabra, alicate de pressão (remoção dos cilindros de fechaduras),
alicate comum, arames (arrombamento de veículos), marreta, machado, machadinha, chave
de roda etc.
b. Vidros quebrados: resultam do impacto, sobre superfícies de vidro, de projéteis de arma
de fogo ou de qualquer objeto sólido o suficiente para promover o dano.
c. Marcas de escalada: o perito deve estar atento para determinar se a entrada dos infrato-
res envolvem Escalada e quais os possíveis meios utilizados (manchas em paredes ou muros,
instrumentos auxiliares).
d. Marcas de pneu: fotografar por mais nitidamente possível com e sem presença de esca-
la ou régua, visando eventuais comparações futuras.
e. Marcas de objetos furtados: área na qual foram removidos objetos furtados encontra se,
muitas vezes, mais limpa em relação aos arredores mais empoeirados.
f. Restos de alimentos: não são raros os casos em que eu a gente ingere alimentos e deixa
frações pelo ambiente do fato.
g. Marcas de calçados: normalmente ocorre por moldagem em superfície flexível ou por
amoldamento em sujidades, como a terra.
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MAPAS MENTAIS
O local do crime pode ser definido de maneira geral, como a área onde
aconteceu o fato e que expõe características ou configuração de um crime.
De acordo com Rabello (1996):
“Local de Crime – é a porção do espaço compreendida num raio que, tendo por
origem o ponto no qual é constatado o fato, se estenda de modo a abranger
todos os lugares em que, aparente, necessária ou presumivelmente, hajam sido
praticados, pelo criminoso, ou criminosos, os atos materiais, preliminares ou
LOCAL DE posteriores à consumação do delito e com estes diretamente relacionados”.
CONCEITO
CRIME Segundo Kehdy (1968) a definição de local de crime é:
“local de crime é toda área onde tenha ocorrido qualquer fato que reclame as
providencias da polícia”.
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ISOLAMENTO
O isolamento faz parte desse
processo, evitando que
qualquer pessoa adentre e
permaneça no local.
PRESERVAÇÃO DE
LOCAIS DE CRIME
A preservação do local de crime diz respeito a
manutenção dos objetos e elementos do local
de forma inalterada, a partir da saída dos
suspeitos até a chegada da equipe pericial.
PRESERVAÇÃO
Figura 3. Mapa Mental. Diferença entre Isolamento e Preservação
Busca em espiral: Este tipo de busca é geralmente aplicada quando a área a ser
pesquisada é relativamente pequena e não se dispõe de muitos membros na
equipe.
Busca por quadrante: Utilizada quando a área a ser processada é grande ou
possui divisões espaciais definidas.
Busca em linha: Esta técnica necessita de uma quantidade significativa de
pessoas. A busca em linha propicia uma velocidade de processamento maior,
Padrões pois potencializa a varredura da área, cada faixa da área é analisada de forma
de Busca contínua o que confere segurança de que toda a área questionada foi analisada.
Busca em linha cruzada: A busca em linha cruzada ou grade é utilizada no
mesmo sistema da busca em linha tradicional, somente repetindo-se a uma
segunda busca numa direção perpendicular à primeira.
Figura 5. Mapa Mental. Vestígios comuns dos locais de crime contra o patrimônio.
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EXERCÍCIOS
001. (2019/IADES/PC-DF/PERITO CRIMINAL) Em relação ao Local de Crime, aos ditames ins-
critos no Código de Processo Penal brasileiro e à prova material, assinale a alternativa correta.
a) O Código de Processo Penal, no artigo 6º, estabelece que, logo que tiver conhecimento da in-
fração penal, qualquer policial deverá dirigir-se ao local, providenciando para que não se altere
o estado das coisas, até a chegada da autoridade policial. Esta deverá apreender, de imediato,
os objetos que tiverem relação com o fato, repassando aos (às) peritos(as) criminais somente
o que tiver interesse pericial evidente.
b) O exame de local de crime é de responsabilidade da autoridade policial e dos respectivos
agentes, cabendo ao perito criminal auxiliar na preservação do local.
c) Os peritos registrarão, no Laudo, as alterações do estado das coisas e discutirão, no relató-
rio, as consequências dessas alterações na dinâmica dos fatos.
d) Segundo Zbindert, a prova material se manifesta na coleta e análise dos vestígios, bem
como do que é ou pode ser transformado em sensorialmente perceptível e que serve à elucida-
ção do fato que está sendo investigado. Por esse motivo, há a hierarquia de provas no Sistema
Processual Penal pátrio, sendo que o Laudo de Perícia Criminal – por ser uma peça técnico-
-científica – encontra-se no ápice. O juiz, visando a estabelecer a própria convicção, está ads-
trito ao constante no Laudo. Dessa forma, na Lei, observa-se que a prova material assume um
relevo destacado em relação as demais (por exemplo, testemunhal, confissão), ganhando uma
consistência definitiva e irrefutável nos tribunais.
e) Dos diversos conceitos de Local de Crime, infere-se que, por ser um local, se constitui tão so-
mente da região onde o fato foi constatado (por exemplo, local em que foi encontrado um ca-
dáver; ponto da via pública em que um veículo assumiu a posição de repouso; local onde uma
mancha de sangue foi produzida etc.), não existindo local de crime mediato, apenas imediato.
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004. (2018 BANCA: INSTITUTO AOCP ÓRGÃO: ITEP – RN CARGO: AGENTE TÉCNICO FO-
RENSE) Sobre o isolamento e a preservação de local de crime, analise as assertivas e assinale
a alternativa que aponta as corretas.
I – Visam garantir que o estado das coisas não seja alterado, proporcionando de dignidade ao
local e aos vestígios ali presentes, viabilizando sua idoneidade.
II – São de responsabilidade do perito criminal requisitado para o levantamento do local de crime.
III – Estão legalmente previstos, devendo ser providenciados pela autoridade policial.
IV – Constituem o início da Cadeia de Custódia.
V – Idealmente, devem ser realizados mediante o impedimento do acesso físico de pessoas
não autorizadas ao local de crime.
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a) Apenas I e II.
b) Apenas I, III, IV e V.
c) Apenas II, III e V.
d) Apenas II, IV e V.
e) Apenas I, II, III e IV.
007. (VUNESP/PERITO CRIMINAL (PC-SP)/2014) É correto afirmar que todo espaço físico
onde ocorreu a prática de infração penal se trata de:
a) área física interna infracional.
b) local de crime.
c) campo pericial interno.
d) área de configuração penal.
e) campo fático de aplicação de técnicas operacionais.
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d) O local do crime é dividido, para efeitos de preservação, apenas em local imediato e em local
relacionado.
e) Em casos de morte violenta, o exame perinecroscópico deve ser realizado pelo perito crimi-
nal ainda no local do crime.
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018. (INÉDITA/2021) Um perito criminal foi requisitado para uma ocorrência em um terreno
baldio, no qual se encontrava um cadáver, com várias feridas perfuro-contusas, no interior de
um veículo automobilístico. Chegando ao local o perito constatou a falta de isolamento e um
número considerável de populares ao redor do veículo. Diante do exposto classifique o local
apresentado.
a) O local de crime relatado classifica-se como: Interno, Mediato e Idôneo.
b) O local de crime relatado classifica-se como: Externo, Mediato e Idôneo.
c) O local de crime relatado classifica-se como: Externo, Imediato e Idôneo.
d) O local de crime relatado classifica-se como: Interno, Mediato e Inidôneo
e) O local de crime relatado classifica-se como: Externo, Imediato e Inidôneo.
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DOS: é o sítio que está distante do local que ocorreu a consumação, porém a este está asso-
ciado por conter vestígios e indícios do crime.
023. (INÉDITA/2021) Julgue o item: Um local isolado, que apesar da preservação ter sido feita
de forma errada, não contaminou os vestígios que estão ligados ao fato delituoso, apenas os
modificou a posição, é considerado um local inidôneo.
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interpretação das evidências materiais, a fim de determinar os meios e os modos pelos quais
o evento ocorreu, bem como a possibilidade de apontar o autor do delito.
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041. (2020/CESPE/CEBRASPE/PC-SE/CESPE/CEBRASPE/2020/PC-SE/DELEGADO DE
POLÍCIA/CURSO DE INSTRUÇÃO) Acerca dos objetivos da investigação pericial em locais de
crime contra a vida, julgue o próximo item.
O levantamento de evidências que contribuam com a investigação possibilita o estabelecimen-
to da dinâmica dos acontecimentos.
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043. (2020/CESPE/CEBRASPE/PC-SE/CESPE/CEBRASPE/2020/PC-SE/DELEGADO DE
POLÍCIA/CURSO DE INSTRUÇÃO) Com relação à investigação em local de crime, julgue o
item que se segue.
Apenas os locais de crime considerados mediatos e imediatos são suscetíveis de exame pe-
ricial, sendo dispensável o exame quando se tratar de local sem ligação geográfica com o
evento delituoso.
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GABARITO
1. c 37. b
2. c 38. d
3. d 39. d
4. b 40. a
5. c 41. C
6. c 42. C
7. b 43. E
8. b 44. d
9. a
10. e
11. a
12. d
13. e
14. e
15. d
16. d
17. b
18. e
19. c
20. E
21. C
22. E
23. C
24. C
25. C
26. d
27. b
28. b
29. d
30. c
31. e
32. d
33. c
34. d
35. e
36. a
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GABARITO COMENTADO
001. (2019/IADES/PC-DF/PERITO CRIMINAL) Em relação ao Local de Crime, aos ditames ins-
critos no Código de Processo Penal brasileiro e à prova material, assinale a alternativa correta.
a) O Código de Processo Penal, no artigo 6º, estabelece que, logo que tiver conhecimento da in-
fração penal, qualquer policial deverá dirigir-se ao local, providenciando para que não se altere
o estado das coisas, até a chegada da autoridade policial. Esta deverá apreender, de imediato,
os objetos que tiverem relação com o fato, repassando aos (às) peritos(as) criminais somente
o que tiver interesse pericial evidente.
b) O exame de local de crime é de responsabilidade da autoridade policial e dos respectivos
agentes, cabendo ao perito criminal auxiliar na preservação do local.
c) Os peritos registrarão, no Laudo, as alterações do estado das coisas e discutirão, no relató-
rio, as consequências dessas alterações na dinâmica dos fatos.
d) Segundo Zbindert, a prova material se manifesta na coleta e análise dos vestígios, bem
como do que é ou pode ser transformado em sensorialmente perceptível e que serve à elucida-
ção do fato que está sendo investigado. Por esse motivo, há a hierarquia de provas no Sistema
Processual Penal pátrio, sendo que o Laudo de Perícia Criminal – por ser uma peça técnico-
-científica – encontra-se no ápice. O juiz, visando a estabelecer a própria convicção, está ads-
trito ao constante no Laudo. Dessa forma, na Lei, observa-se que a prova material assume um
relevo destacado em relação as demais (por exemplo, testemunhal, confissão), ganhando uma
consistência definitiva e irrefutável nos tribunais.
e) Dos diversos conceitos de Local de Crime, infere-se que, por ser um local, se constitui tão so-
mente da região onde o fato foi constatado (por exemplo, local em que foi encontrado um ca-
dáver; ponto da via pública em que um veículo assumiu a posição de repouso; local onde uma
mancha de sangue foi produzida etc.), não existindo local de crime mediato, apenas imediato.
a) Errada: erro: “qualquer policial”. Leitura do CPP: Art. 6. Logo que tiver conhecimento da prá-
tica da infração penal, a autoridade policial deverá dirigir-se ao local, providenciando para que
não se altere o estado das coisas
b) Errada. O exame de local de crime é atribuição da perícia criminal.
c) Certa. Leitura do Art. 169 do CPP.
d) Errada. Leitura do Art. 182 do CPP. “O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo
ou rejeitá-lo, no todo ou em parte”. Não há hierarquia de provas no Sistema Processual Penal
brasileiro.
e) Errada. Os locais de crime quanto ao ÂMBITO DA PERÍCIA/LOCALIZAÇAO:
i. IMEDIATOS: local onde, efetivamente, ocorreu o fato delituoso, tendo a exigência de realizar-
-se um exame pericial acurado;
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ii. MEDIATOS: é o mediano, entre o local imediato e a área apartada (sem interrupção);
iii. RELACIONADO/DISTANTE: é o local relacionado, que embora não seja o local onde deveras
ocorreu o fato, com este se vincula de alguma forma, sem ligação geográfica direta com o local
imediato/mediato, e que possa conter algum vestígio relacionado, como por exemplo, local de
ocultação de cadáver, local onde os criminosos planejaram o crime, dentre outros.
Letra c.
O gabarito é o item C. Note que a assertiva III o conceito trazido trata-se de um local inidôneo
(não preservado). Ademais os outros itens atendem aos conceitos que estudamos no nosso
livro digital. Vejamos a classificação dos locais:
a) quanto ao ÂMBITO DA PERÍCIA/LOCALIZAÇAO:
• IMEDIATOS: local onde, efetivamente, ocorreu o fato delituoso, tendo a exigência de rea-
lizar-se um exame pericial acurado; (referência para o item I e IV)
• MEDIATOS: é o mediano, entre o local imediato e a área apartada (sem interrupção);
(referência para item II e IV)
• RELACIONADO/DISTANTE: é o local relacionado, que embora não seja o local onde deve-
ras ocorreu o fato, com este se vincula de alguma forma, sem ligação geográfica direta
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com o local imediato/mediato, e que possa conter algum vestígio relacionado, como por
exemplo, local de ocultação de cadáver, local onde os criminosos planejaram o crime,
dentre outros. (referência para item IV)
b) quanto à PRESERVAÇÃO:
• IDÔNEO OU PRESERVADO: é o local que está completamente intocável, preservado os
vestígios e mantidas todas as condições deixadas pelos agentes do delito; (referência
para os itens II, III, V).
• INIDÔNEO OU NÃO PRESERVADO: em contrapartida aos locais idôneos, são os que a
preservação foi feita de forma errada, contaminado com vestígios que não estão ligados
ao fato delituoso (referência para os itens II, III, V).
Letra c.
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004. (2018 BANCA: INSTITUTO AOCP ÓRGÃO: ITEP – RN CARGO: AGENTE TÉCNICO FO-
RENSE) Sobre o isolamento e a preservação de local de crime, analise as assertivas e assinale
a alternativa que aponta as corretas.
I – Visam garantir que o estado das coisas não seja alterado, proporcionando de dignidade ao
local e aos vestígios ali presentes, viabilizando sua idoneidade.
II – São de responsabilidade do perito criminal requisitado para o levantamento do local de crime.
III – Estão legalmente previstos, devendo ser providenciados pela autoridade policial.
IV – Constituem o início da Cadeia de Custódia.
V – Idealmente, devem ser realizados mediante o impedimento do acesso físico de pessoas
não autorizadas ao local de crime.
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a) Apenas I e II.
b) Apenas I, III, IV e V.
c) Apenas II, III e V.
d) Apenas II, IV e V.
e) Apenas I, II, III e IV.
Uma questão muito boa para fixarmos as alterações do CPP, incluídas pela Lei n. 13.964, de
2019, neste sentido observe o que diz o Art. 158-A:
Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos utilizados para
manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes,
para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte. (Incluído pela
Lei n. 13.964, de 2019)
§ 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do local de crime ou com procedi-
mentos policiais ou periciais nos quais seja detectada a existência de vestígio. (Incluído pela Lei n.
13.964, de 2019)
§ 2º O agente público que reconhecer um elemento como de potencial interesse para a produção da
prova pericial fica responsável por sua preservação. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou recolhido, que se rela-
ciona à infração penal. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019).
Nesse sentido o único item que apresenta um erro, é o item II. O isolamento e a preservação de
local de crime serão de responsabilidade da Autoridade Policial e compartilhado com agentes
púbicos conforme entendimento atualizado do Art. 158-A § 2º do Código de Processo Penal.
Letra b.
Nos termos do Art. 6º CPP é a autoridade policial (Delegado de Polícia). Mas lembre-se de ob-
servar o disposto no Art. 158-A § 2º.
§ 2º O agente público que reconhecer um elemento como de potencial interesse para a produção da
prova pericial fica responsável por sua preservação. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019).
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A Criminalística é uma ciência que se utiliza do conhecimento de outras ciências para poder
realizar o seu mister, qual seja, o de extrair informações de qualquer vestígio encontrado em
um local de infração penal, que propiciem a obtenção de conclusões acerca do fato ocorrido,
reconstituindo os gestos do agente da infração e, se possível, identificando-o (ESPÍNDOLA,
2014, P. 250).
Considerando essa definição a Letra C é item correto.
Letra c.
007. (VUNESP/PERITO CRIMINAL (PC-SP)/2014) É correto afirmar que todo espaço físico
onde ocorreu a prática de infração penal se trata de:
a) área física interna infracional.
b) local de crime.
c) campo pericial interno.
d) área de configuração penal.
e) campo fático de aplicação de técnicas operacionais.
O local de crime é palco principal onde, em geral, inicia-se o trabalho da perícia criminal, repre-
senta o berço da geração de vestígios produzidos no fato em apuração.
De acordo com Rabello (1996):
“Local de Crime – é a porção do espaço compreendida num raio que, tendo por origem o ponto no
qual é constatado o fato, se estenda de modo a abranger todos os lugares em que, aparente, neces-
sária ou presumivelmente, hajam sido praticados, pelo criminoso, ou criminosos, os atos materiais,
preliminares ou posteriores à consumação do delito e com estes diretamente relacionados”.
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Segundo Kehdy (1968) a definição de local de crime é: “local de crime é toda área onde tenha
ocorrido qualquer fato que reclame as providencias da polícia”.
Letra b.
“Local de Crime – é a porção do espaço compreendida num raio que, tendo por origem o ponto no
qual é constatado o fato, se estenda de modo a abranger todos os lugares em que, aparente, neces-
sária ou presumivelmente, hajam sido praticados, pelo criminoso, ou criminosos, os atos materiais,
preliminares ou posteriores à consumação do delito e com estes diretamente relacionados”.
Segundo Kehdy (1968) a definição de local de crime é:“local de crime é toda área onde tenha
ocorrido qualquer fato que reclame as providencias da polícia”
Letra b.
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II – Quanto à preservação ou não do local do crime, os locais classificam-se em: local idôneo,
que é a manutenção da originalidade dos vestígios produzidos pela prática da infração penal
ou da provável infração até a chegada do perito a essa área geográfica; e local inidôneo, que é
a área geográfica onde ocorreu um evento cujos vestígios foram destruídos, alterados, subtra-
ídos ou adicionados, pela intervenção de fatores humanos ou naturais, antes da chegada do
perito a esse espaço físico.
III – Entende-se por local relacionado qualquer área onde existam indícios que a relacionem
com outros locais.
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas as proposições II e III estão corretas.
b) Apenas as proposições I e II estão corretas.
c) Apenas a proposição I está correta.
d) Apenas as proposições I e III estão corretas.
e) Apenas a proposição III está correta.
Item I está errado. É possível estabelecer ambientes mediato e imediato para ambas as propo-
sições de locais.
Vejamos:
a) quanto ao LUGAR /ÁREA em que o fato é cometido:
i. INTERNO: locais situados em ambientes fechados, tanto em imóveis como em veículos; Po-
derá apresentar ambiente de vestígios mediato e imediato.
ii. EXTERNO: são os espaços a céu aberto, não se restringindo apenas a locais públicos, mas
também locais privados que não demandam proteção contra os infortúnios da natureza, o que
carece de uma atenção maior por parte dos profissionais que estão encarregados de preservar
o local; Poderá apresentar ambiente de vestígios mediato e imediato.
Itens II e III são certos, vejamos:
IDÔNEO OU PRESERVADO: é o local que está completamente intocável, preservado os vestí-
gios e mantidas todas as condições deixadas pelos agentes do delito;
INIDÔNEO OU NÃO PRESERVADO: em contrapartida aos locais idôneos, são os que a preser-
vação foi feita de forma errada, contaminado com vestígios que não estão ligados ao fato
delituoso.
RELACIONADO/DISTANTE: é o local relacionado, que embora não seja o local onde deveras
ocorreu o fato, com este se vincula de alguma forma, sem ligação geográfica direta com o local
imediato/mediato, e que possa conter algum vestígio relacionado, como por exemplo, local de
ocultação de cadáver, local onde os criminosos planejaram o crime, dentre outros.
Letra a.
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a) Errada. Apesar de suicídio não se enquadrar como crime, os ensinamentos de Kehdy (1968)
para definição de local de crime é:
“local de crime é toda área onde tenha ocorrido qualquer fato que reclame as providencias da polí-
cia”.
Assim pelos conceitos acima destacados, estão compreendidos, naturalmente, os crimes de
qualquer espécie, bem como todo fato, que não constituindo crime (suicídio, por exemplo),
deva chegar ao conhecimento da polícia, a fim de ser convenientemente esclarecido.
b) Errada. Antes da chegada dos peritos, toda e qualquer alteração no estado normal das coi-
sas torna o local inidôneo.
c) Errada. Classificação quanto à PRESERVAÇÃO:
i. IDÔNEO OU PRESERVADO: é o local que está completamente intocável, preservado os vestí-
gios e mantidas todas as condições deixadas pelos agentes do delito;
ii. INIDÔNEO OU NÃO PRESERVADO: em contrapartida aos locais idôneos, são os que a pre-
servação foi feita de forma errada, contaminado com vestígios que não estão ligados ao fato
delituoso.
d) Certa. Trata-se da definição de LOCAL RELACIONADO.
e) Errada. Onde se lê, local imediato; leia-se local mediato.
Letra d.
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Todos os itens estão corretos. Caro (a) aluno (a) utilize essa questão para anotar outras for-
mas de definir a classificação dos locais de crime.
Letra e.
I – dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas,
até a chegada dos peritos criminais; (Redação dada pela Lei n. 8.862, de 28.3.1994).
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c) Errada. Locais relacionados são aqueles que apresentam pontos de contato, já que se refe-
rem a uma mesma ocorrência ilícita. Por exemplo, o crime de homicídio foi praticado em um
local, mas o cadáver foi deixado em outro.
d) Errada. Classificação para efeitos de preservação: LOCAL IDÔNEO e INIDÔNEO.
e) Certa. O exame externo no cadáver feito pelos peritos criminais ainda no local do crime é
denominado exame perinecroscópico.
Letra e.
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Considerando as proposições declinadas pelo examinador a única que não se enquadra nos
objetivos da Criminalística (estudos dos vestígios materiais de forma objetiva e não subjetiva)
é a alternativa D, pois a análise dos peritos criminais objetiva o reconhecimento e interpreta-
ção dos indícios materiais extrínsecos a cena do crime. Ou seja, analisa aqueles vestígios
que foram retirados da cena de crime, que podem ser conteúdos biológicos, material como
um objeto, por exemplo. O perito, através da criminalística, interpreta todos esses vestígios e
diz o impacto que tem naquela cena, e interpretar os elementos que conduzam a identificação
do agente.
Letra d.
Apenas o item e está incorreto. A autoridade policial, em regra, é o profissional responsável por
isolar e preservar a cena do crime. O processamento do local é feito por perito criminal.
Letra b.
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018. (INÉDITA/2021) Um perito criminal foi requisitado para uma ocorrência em um terreno
baldio, no qual se encontrava um cadáver, com várias feridas perfuro-contusas, no interior de
um veículo automobilístico. Chegando ao local o perito constatou a falta de isolamento e um
número considerável de populares ao redor do veículo. Diante do exposto classifique o local
apresentado.
a) O local de crime relatado classifica-se como: Interno, Mediato e Idôneo.
b) O local de crime relatado classifica-se como: Externo, Mediato e Idôneo.
c) O local de crime relatado classifica-se como: Externo, Imediato e Idôneo.
d) O local de crime relatado classifica-se como: Interno, Mediato e Inidôneo
e) O local de crime relatado classifica-se como: Externo, Imediato e Inidôneo.
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evento delituoso.
O item está incorreto. A própria utilização do advérbio “APENAS” já invalida a questão, existe a
ainda os locais distantes/relacionados, por exemplo.
Errado.
Item errado.
Vejamos:
a) Quanto ao AFLUXO DE POPULARES (quantidade de pessoas que acessam o local):
i. PÚBLICO OU ABERTO: onde há a interferência direta da população;
ii. PRIVADO OU FECHADO: local de particular, onde a interferência da população é menor.
iii. ERMO (cafezal, selva fechada) um local afastado, isolado, com pouco trânsito de pessoas.
iv. CONCORRIDO (supermercado, loja).
Errado.
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023. (INÉDITA/2021) Julgue o item: Um local isolado, que apesar da preservação ter sido feita
de forma errada, não contaminou os vestígios que estão ligados ao fato delituoso, apenas os
modificou a posição, é considerado um local inidôneo.
Item certo. Qualquer alteração no estado das coisas torna o local do fato inidôneo.
Certo.
Embora o Código De Processo Penal não contemple o conceito de evidência, alguns autores
tratam como evidência aquele vestígio que, depois de submetido às análises, permite estabe-
lecer uma relação com o crime em estudo. Evidência é uma verdade clara e manifesta por si
mesma que não pode ser negada, refutada ou contestada. É o que todos veem ou podem ver
e verificar.
Toda evidência é um indício, porém o contrário nem sempre é verdadeiro, pois os indícios
englobam os elementos objetivos de prova e outros de ordem subjetiva. Toda evidência é um
indício, mas nem todo indício será uma evidência.
Certo.
A assertiva está correta nos termos do Art. 6º do CPP e recomendações para o primeiro agente
público que chega ao local de crime:
O primeiro policial que chegar à cena do crime, deverá tomar todas as medidas para assegurar
a preservação dos vestígios produzidos naquele local:
1) Abordar o local tendo primeira preocupação a sua segurança pessoal. Antes de entrar no
local, deve-se avaliar as condições de segurança existentes. A depender do tipo de ocorrência,
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o agente público estará exposto à riscos biológicos, agentes físicos, químicos e outras subs-
tâncias que pode ser fontes de perigo real.
2) Se houver vítima no local, verificar se ainda está com vida, se a vítima estiver viva, a priori-
dade é seu salvamento, se estiver morta, não se deve mexer na vítima e em seus pertences em
nenhuma hipótese, toda observação deve ser apenas visual;
3) Observar toda a área (mantendo seu deslocamento somente pelo trajeto de entrada) e, com
isso, visualizar possíveis outros vestígios, no sentido de saber qual o limite a ser demarcado
para preservação destes;
4) Posicionado fora da cena, visualizar toda a área e decidir quais limites deverá delimitar com
a fita de isolamento;
5) Após isolar a área (delimitando com fita, ou qualquer outro meio físico) ninguém mais pode-
rá entrar naquele local, ou mexer em qualquer coisa dentro daqueles limites, tais como armas
de fogo, projéteis, pertences da vítima e tudo o mais que possa estar presente – nem mesmo
o policial que isolou, até que os peritos criminais realizem os exames.
Certo.
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Questão mal formulada, mas vamos analisá-la apenas à título de revisão de conceitos.
a) Errada. Apesar de existir inúmeras classificações de acordo com critérios distintos de cada
pesquisador, o vocábulo “incontáveis” implica em uma ideia de “infinito” o que torna a assertiva
impossível.
b) Certa. Quanto à natureza do fato podemos classificar os locais de crime como: locais de cri-
mes contra a pessoa (p.e. homicídio); locais de delitos de trânsito; locais de crimes de incêndio
e explosões; locais de crimes contra o patrimônio; entre outros.
c) Errada. Local de crime interno trata-se de uma classificação dentro da doutrina de Crimi-
nalística: é definido como toda área corresponde à área interna de um imóvel coberto ou um
terreno cercado.
d) Errada. Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos
utilizados para manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou
em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até
o descarte.
§ 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do local de crime ou com procedimen-
tos policiais ou periciais nos quais seja detectada a existência de vestígio.
§ 2º O agente público que reconhecer um elemento como de potencial interesse para a produção
da prova pericial fica responsável por sua preservação.
e) Errada. Art. 6º e Art. 158-A. § 2º.
Letra b.
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Uma questão muito boa para fixarmos as alterações do CPP, incluídas pela Lei n. 13.964, de
2019, neste sentido observe o que diz o Art. 158-A:
Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos utilizados para
manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes,
para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte. (Incluído pela
Lei n. 13.964, de 2019)
§ 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do local de crime ou com procedi-
mentos policiais ou periciais nos quais seja detectada a existência de vestígio. (Incluído pela Lei n.
13.964, de 2019)
§ 2º O agente público que reconhecer um elemento como de potencial interesse para a produção da
prova pericial fica responsável por sua preservação. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou recolhido, que se rela-
ciona à infração penal. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019).
Nesse sentido o único item que apresenta um erro, é o item II. O isolamento e a preservação de
local de crime serão de responsabilidade da Autoridade Policial e compartilhado com agentes
púbicos conforme entendimento atualizado do Art. 158-A § 2º do Código de Processo Penal.
Letra b.
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Todos os vestígios materiais listados na lista, são compatíveis com ocorrência de dano, entre-
tanto note que apenas o item D, traz uma opção de vestígio que, por si só, determina uma ação
evidentemente intencional, uma ação humana. Os demais vestígios poderiam ser encontrados,
por exemplo, em um local de acidente de trânsito.
Letra d.
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a) Errada. Não invalida. Mas é necessário que os peritos analisem as consequências das alte-
rações para a dinâmica dos fatos e até que ponto comprometem o resultado dos exames.
b) Errada. Os peritos relatarão as circunstâncias que ocorreram o fato e poderão determinar
autoria, por meio de identificação de pessoas por perfis genéticos por exemplo, ou em casos
de delitos de trânsito em que impõem a causa determinante do acidente para um dos veículos,
no entanto, as indicações de autoria deverão ser baseadas em critérios técnicos científicos.
c) Certa.
d) Errada. A autoridade deve dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o esta-
do e conservação das coisas.
e) Errada. Vide redação do Art. 239 do CPP.
Letra c.
a) Errada. Vestígio Forjado: Por vestígio forjado entendemos todo elemento encontrado no
local do crime, cujo autor teve a intenção de produzi-lo, com o objetivo de modificar o conjunto
dos elementos originais produzidos pelos atores da infração. Um vestígio forjado poderá ser
produzido por qualquer pessoa que tenha interesse em modificar a cena de um crime, por ra-
zões as mais diversas. Certo.
b) Errada. A síndrome de Burnout é um distúrbio psíquico. Não há que se falar em classificação
de vestígios materiais.
c) Errada. Definição é de Vestígio Forjado.
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d) Errada. Toda evidência é um indício, porém o contrário nem sempre é verdadeiro, pois os in-
dícios englobam os elementos objetivos de prova e outros de ordem subjetiva. Toda evidência
é um indício, mas nem todo indício será uma evidência.
e) Certa.
Letra e.
a) Errada. Os peritos não conseguem dizer o “por que” em quase totalidade dos casos exa-
minados, pois trata-se de uma questão subjetiva e imaterial. Os motivos que levam a alguém
matar outra pessoa são os mais variados, no entanto, pessoas mortas a tiros, por motivações
(por que) diferentes podem apresentar as mesmas lesões características nos seus cadáveres.
b) Errada. As perícias externas compreendem locais abertos e fechados. As perícias internas
são realizadas nos âmbitos do Institutos de Criminalísticas em laboratórios forenses.
c) Errada. “Todo contato deixa uma marca”, incluindo peritos e delegados que entram na
cena do crime.
d) Certa. Em regra, os peritos são acionados pelos primeiros agentes que chegam ao local,
normalmente chagam ao local depois de populares, imprensa e policiais.
e) Errada. Uma cena de crime pode ter um local imediato e diversos locais mediatos.
Letra d.
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Dentre as alternativas, a única que não se há uma visualização imediata da presença de vestígios
materiais extrínsecos é a opção C. As demais opções atendem ao comando do Art. 158, CPP.
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto
ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Letra c.
Apesar de existir na Criminalística Pós-Moderna estudiosos que trabalham com análise de ves-
tígios imateriais em cenas de crime; para demonstrar a existência de um fato delituoso e sua
materialidade, os peritos criminais baseiam-se em metodologias científicas e demonstram de
maneira OBJETIVA a existência do fato ora investigado. Em um exame de local de crime, ba-
sicamente seis perguntas devem ser respondidas pelos peritos que processam a cena: o que
aconteceu, como aconteceu, quando, onde, qual o meio empregado e quem é o autor.
Letra d.
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e) No exame do local, o perito deve proceder à constatação material do evento e ao exame dos
meios empregados para a perpetração do crime, além de coletar as provas que permitirão a
interpretação das evidências materiais, a fim de determinar os meios e os modos pelos quais
o evento ocorreu, bem como a possibilidade de apontar o autor do delito.
a) Errada. Apesar de suicídio não se enquadrar como crime, os ensinamentos de Kehdy (1968)
para definição de local de crime é:
“local de crime é toda área onde tenha ocorrido qualquer fato que reclame as providencias da polí-
cia”.
Assim pelos conceitos acima destacados, estão compreendidos, naturalmente, os crimes de
qualquer espécie, bem como todo fato, que não constituindo crime (suicídio, por exemplo),
deva chegar ao conhecimento da polícia, a fim de ser convenientemente esclarecido.
b) Errada. Não é quanto ao tipo e sim quanto à preservação.
Classificação quanto à PRESERVAÇÃO:
i. IDÔNEO OU PRESERVADO: é o local que está completamente intocável, preservado os vestí-
gios e mantidas todas as condições deixadas pelos agentes do delito;
ii. INIDÔNEO OU NÃO PRESERVADO: em contrapartida aos locais idôneos, são os que a pre-
servação foi feita de forma errada, contaminado com vestígios que não estão ligados ao fato
delituoso.
c) Errada. Quanto à natureza do fato podemos classificar os locais de crime como: locais de
crimes contra a pessoa (p.e. homicídio); locais de delitos de trânsito; locais de crimes de incên-
dio e explosões; locais de crimes contra o patrimônio; entre outros.
d) Errada. Um mesmo local pode receber a denominação de “interno” e “isolado”. Classifica-
ção “interno” e “externo” é gênero; “isolado/preservado” e “não preservado” são considera-
das espécies.
e) Certa.
Letra e.
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Os problemas relacionados com preservação de local de crime são endêmicos no Brasil. Não
há uma cultura de isolamento e preservação, o mais frequente é ver fotos e vídeos de pessoas
abraçando corpos ou adentrando áreas de isolamento. O primeiro impulso, ao que parece, não
é chamar as autoridades, mas sacar o celular para fazer um vídeo e colocar em redes sociais.
Para resolver a questão, cabe aqui uma breve diferenciação entre preservação e isolamento
do local de crime. A preservação do local de crime diz respeito a manutenção dos objetos e
elementos do local de forma inalterada, a partir da saída dos suspeitos até a chegada da equi-
pe pericial. O isolamento faz parte desse processo, evitando que qualquer pessoa adentre e
permaneça no local.
Nesse sentido o gabarito da questão é Letra A.
Letra a.
A doutrina estabelece que não existe uma área limite para preservação. Todo o ambiente em
que houver vestígios materiais e toda região que a autoridade policial e os peritos entenderem
como de interesse para a investigação é necessário o correto isolamento e preservação.
Letra b.
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d) Se, no interior da residência, o marido desfecha vários golpes de faca em sua esposa e, após
matá-la, transporta o corpo da vítima até um lote baldio, onde o joga, então o lote baldio, quan-
to à divisão, é local relacionado.
e) Embora imprescindível para garantir as condições de se realizar um exame pericial da me-
lhor forma possível, não há norma legal que determine a tomada de iniciativas para o isolamen-
to e a preservação de locais de infrações penais, a fim de resguardarem os vestígios conforme
foram produzidos durante a ocorrência do crime.
a) Apesar do local ter sido alterado, o perito deve realizar ainda assim o exame externo
no cadáver.
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b) Errada. Os exames do ambiente e do cadáver serão feitos ainda no local. O perito poderá
ainda acompanhar a perícia do legista no IML, após concluir seu trabalho na cena de crime.
c) Errada. Apesar do local ter sido desfeito, o perito deve realizar o exame externo no cadáver
mesmo assim, anotando a alterações observadas e considerações específicas do local para
posteriormente emitir seu Laudo.
d) Certa.
e) Justificativa idem da letra a.
Letra d.
O exemplo da questão trata-se de um local inidôneo, que não foi preservado em decorrência
das tentativas de socorro à vítima. Nesses casos, independente da alteração do estado das
coisas, o perito deverá realizar o exame externo do cadáver, de tudo que é encontrado em torno
dele ou que possa ter relação com o fato em questão, e registrar no laudo a alteração notada
no local de morte.
Letra a.
041. (2020/CESPE/CEBRASPE/PC-SE/CESPE/CEBRASPE/2020/PC-SE/DELEGADO DE
POLÍCIA/CURSO DE INSTRUÇÃO) Acerca dos objetivos da investigação pericial em locais de
crime contra a vida, julgue o próximo item.
O levantamento de evidências que contribuam com a investigação possibilita o estabelecimen-
to da dinâmica dos acontecimentos.
Questão está correta. O levantamento de vestígios no local do crime visa estabelecer as cir-
cunstâncias do criem e determinar a autoria.
Certo.
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Item correto. A regra é isolar e preservar até a chegada dos peritos, mas admite exceções, como:
i) prestar socorro; ii) evitar perigo maior; iii) adotar providências determinadas pelo agente.
Certo.
043. (2020/CESPE/CEBRASPE/PC-SE/CESPE/CEBRASPE/2020/PC-SE/DELEGADO DE
POLÍCIA/CURSO DE INSTRUÇÃO) Com relação à investigação em local de crime, julgue o
item que se segue.
Apenas os locais de crime considerados mediatos e imediatos são suscetíveis de exame pe-
ricial, sendo dispensável o exame quando se tratar de local sem ligação geográfica com o
evento delituoso.
Vide. Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas seguintes
etapas: II – isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo isolar e preser-
var o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local de crime;
Errado.
Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
I – dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas,
até a chegada dos peritos criminais;
Letra d.
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REFERÊNCIAS
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rior de Polícia Civil – Divisão Técnica de Ensino, 2017.
CAPEZ, Fernando. Curso de processo penal, 18. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
CAPEZ, Fernando. Curso de processo penal, 23. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
NUCCI, Guilherme de Souza. Curso De Direito Processual Penal, 16ª ed. Forense, 2019.
LIMA, Renato Brasileiro de. Código de Processo Penal comentado, 2. ed. rev. e atual. – Salva-
dor: Juspodivm, 2017.
VELHO, Antônio Velho; COSTA, Karina Alves; DAMASCENO, Clayton Tadeu Mota (coords). Lo-
cais de Crime, 4ª ed, Campinas – SP: Millennium, 2018.
KEHDY, Carlos. Elementos da criminalística. 1. Ed. São Paulo. Luzes Gráf. Editora Ltda (1968).
SILVEIRA, Andreia & PEREIRA, Adilson. (2020). Isolamento e Preservação de Local de Crime
– Procedimento Substancial à Integridade do trabalho Pericial. Revista Brasileira de Crimina-
lística. 9. 56. 10.15260/rbc.v9i2.355.
PEREIRA, Laiany Alves (2018). A importância da preservação do local de crime e da perícia cri-
minal para uma efetiva persecução penal. Disponível em: https://www.conteudojuridico.com.
br/consulta/Artigos/51972/a-importancia-da-preservacao-do-local-de-crime-e-da-pericia-cri-
minal-para-uma-efetiva-persecucao-penal. Acesso em: 27/01/2020.
MELO, Raimundo Cleverland Alves de & ANTÔNIO, Rodolfo. História Geral da Criminalística.
Escola Superior de Polícia Civil – Divisão Técnica de Ensino, 2017.
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Especialista em Gestão de Segurança Pública pela Universidade de Brasília (2014), Especialista em
Investigação Criminal pela Universidade Católica de Brasília (2009), possui graduação em Ciências
Biológicas pela Universidade de Brasília (2006) e mestrado em Biologia Molecular pela Universidade de
Brasília (2009). Tem experiência em Investigação Criminal de Homicídios e Crimes Violentos, Perícia
Criminal e Operações Policiais. Atuou como Professor de Investigação Criminal na Escola Superior de
Polícia Civil do Distrito Federal e ministra palestras sobre o Panorama Nacional de Homicídios para Força
Nacional. Tem experiência na área Criminalística, Perícias Externas, Locais de Crime, Genética Humana,
Imunologia Molecular e Biotecnologia. Aprovado em diversos concursos da área policial, sendo no último
o 6º lugar no concurso de Perito Criminal do Distrito Federal 2016 – Área Biologia.
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