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ESTÁGIO II

PRÁTICA
SIMULADA EM
DIREITO CIVIL
UNIDADE I
Profª Nathalie Cândido
PASSEI NO EXAME DA ORDEM!
E AGORA?
VOCÊ PODE TRABALHAR COMO:

 Profissional liberal
 Sociedade de advogados
 Advogado associado
 Advogado empregado
PROFISSIONAL LIBERAL

Art. 10. A inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional em cujo território
pretende estabelecer o seu domicílio profissional, na forma do regulamento geral.
§ 1º Considera-se domicílio profissional a sede principal da atividade de advocacia, prevalecendo,
na dúvida, o domicílio da pessoa física do advogado.
§ 2º Além da principal, o advogado deve promover a inscrição suplementar nos Conselhos
Seccionais em cujos territórios passar a exercer habitualmente a profissão considerando-se
habitualidade a intervenção judicial que exceder de cinco causas por ano.
§ 3º No caso de mudança efetiva de domicílio profissional para outra unidade federativa, deve o
advogado requerer a transferência de sua inscrição para o Conselho Seccional correspondente.
§ 4º O Conselho Seccional deve suspender o pedido de transferência ou de inscrição suplementar,
ao verificar a existência de vício ou ilegalidade na inscrição principal, contra ela representando ao
Conselho Federal.*
*Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994.
SOCIEDADE DE ADVOGADOS
Art. 15. Os advogados podem reunir-se em sociedade simples de prestação de serviços de advocacia ou constituir
sociedade unipessoal de advocacia, na forma disciplinada nesta Lei e no regulamento geral.
§1º A sociedade de advogados e a sociedade unipessoal de advocacia adquirem personalidade jurídica com o registro
aprovado dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede. [...]
§ 3º As procurações devem ser outorgadas individualmente aos advogados e indicar a sociedade de que façam parte.
§ 4o Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, constituir mais de uma sociedade
unipessoal de advocacia, ou integrar, simultaneamente, uma sociedade de advogados e uma sociedade unipessoal de
advocacia, com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional. [...]
§7º A sociedade unipessoal de advocacia pode resultar da concentração por um advogado das quotas de uma
sociedade de advogados, independentemente das razões que motivaram tal concentração. (Incluído pela Lei nº 13.247,
de 2016).
ADVOGADO ASSOCIADO
Art. 17-A. O advogado poderá associar-se a uma ou mais sociedades de advogados ou sociedades unipessoais de advocacia, sem que
estejam presentes os requisitos legais de vínculo empregatício, para prestação de serviços e participação nos resultados, na forma do
Regulamento Geral e de Provimentos do Conselho Federal da OAB.

Art. 17-B. A associação de que trata o art. 17-A desta Lei dar-se-á por meio de pactuação de contrato próprio, que poderá ser de caráter
geral ou restringir-se a determinada causa ou trabalho e que deverá ser registrado no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial
tiver sede a sociedade de advogados que dele tomar parte.

Parágrafo único. No contrato de associação, o advogado sócio ou associado e a sociedade pactuarão as condições para o desempenho da
atividade advocatícia e estipularão livremente os critérios para a partilha dos resultados dela decorrentes, devendo o contrato conter, no
mínimo:

I - qualificação das partes, com referência expressa à inscrição no Conselho Seccional da OAB competente;

II - especificação e delimitação do serviço a ser prestado;

III - forma de repartição dos riscos e das receitas entre as partes, vedada a atribuição da totalidade dos riscos ou das receitas
exclusivamente a uma delas;

IV - responsabilidade pelo fornecimento de condições materiais e pelo custeio das despesas necessárias à execução dos serviços;

V - prazo de duração do contrato.

Artigos incluídos pela Lei nº 14.365, de 2022


ADVOGADO EMPREGADO
Art. 18. A relação de emprego, na qualidade de advogado, não retira a isenção técnica nem reduz a
independência profissional inerentes à advocacia.
§1º O advogado empregado não está obrigado à prestação de serviços profissionais de interesse pessoal dos
empregadores, fora da relação de emprego. [...]
§ 3º Na vigência da relação de emprego, as partes poderão pactuar, por acordo individual simples, a alteração
de um regime para outro.*
Art. 19. O salário mínimo profissional do advogado será fixado em sentença normativa, salvo se ajustado em
acordo ou convenção coletiva de trabalho.
Art. 20.. A jornada de trabalho do advogado empregado, quando prestar serviço para empresas, não poderá
exceder a duração diária de 8 (oito) horas contínuas e a de 40 (quarenta) horas semanais.*

*Alterações da Lei nº 14.365, de 2022


QUANTO CUSTA UM ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA?

• Escritório (Home Office / CoWorking) • Computador


• Móveis • Scanner de documentos
• Material de escritório • Impressora
• Registro na OAB • Telefone e Internet
• Despesas com o Conselho (OAB) • Marketing
• Educação Jurídica Contínua ABRIR X MANTER
• Conferências e Eventos
Custos Fixos e Variáveis
Tempo de Retorno?
COMO ATRAIR CLIENTES?

• Localização do Escritório;
• Especialização;
• Networking;
• Eventos – Cartão de Visitas / Folder Institucional;
• Site / Redes Sociais (Linkedin, Instagram, Facebook e You Tube devidamente atualizados).
MARKETING JURÍDICO

• Provimento 205/2021

 O provimento conceitua marketing e publicidade e trata de sua realização no ambiente


virtual, sem prejuízo das regras do Código de Ética.
 Continuam vedadas as práticas de captação de clientes e de mercantilização da
advocacia, sendo proibidas as divulgação de valores e concessões de descontos.
 A publicidade paga é admitida
COMO FUNCIONAM OS GRANDES ESCITÓRIOS DE ADVOCACIA?
(ADAPTADO DO BLOG NÃO ENTENDO DIREITO)

• O sócio majoritário:
Sempre de bom humor, ganha rios de dinheiro explorando o trabalho escravo dos outros
componentes da pirâmide social do escritório. Graças à sua reputação de excelente jurista, o escritório
conquistou inúmeros clientes trilhardários, que mal sabem que ele só assina as petições e fica lendo
jornal e fazendo contatos na sua mega sala GLX.
Passa o tempo viajando pelo mundo em “congressos” com a família e pendura todo diploma que
ganhou em suas andanças pelas paredes do escritório para impressionar a moçada.
Seu maior prazer é prometer a direção do escritório aos sócios minoritários.
• O sócio minoritário:
De sobrenome idêntico ao sócio majoritário que dá nome ao escritório, o sócio minoritário pega todos
os consultivos que o majoritário não tem saco nem tempo para entender e delega tudo aos advogados
associados, que por sua vez passam tudo para os estagiários, que:
1) claro, nunca tiveram aquela matéria;
2) nunca tiveram aquela matéria bem dada;
3) faltaram naquela aula;
4) como sabem a matéria, têm noção de que os advogados pretendem uma heresia jurídica.
O sócio minoritário larga o escritório às 18 horas para fazer as aulas da pós, com o orientador
arranjado pelo “papi”. Seus maiores prazeres são prometer consultivos para os pobres associados, que
nunca tiveram nem vão ter contato físico com os clientes, e esperar a morte do sócio majoritário.
• O advogado associado:
Dá um duro danado no escritório: hora extra não remunerada, leva trabalho para o fim de semana, tem
estresse, estafa, início de calvície e impotência sexual. Leva o trabalho para os sócios analisarem e
assinarem tudinho.
Em troca, ganha muito bem; como perdeu os amigos, a mulher e os filhos, sobra uma baita grana. Não tem
a menor ideia do que fazer com toda a bufunfa no seu tempo livre: a hora do almoço.
Sua maior diversão é prometer passar “umas coisas” para os recém efetivados e rir das piadas infames de
todos os sócios. É conhecido pelos demais como “sócio maiorotário”, mas só ele não sabe do apelido.
• O estagiário com OAB:
Normalmente é o mais elegante do escritório e se acha “O” advogado, enchendo o saco dos amigos com as
“causas” lá do escritório. Despreza os outros estagiários; para mostrar seu enorme status, manda os
pobrezinhos para os piores buracos possíveis: fóruns do interior, Justiça Federal, elevadores da Fazenda
Pública Estadual, até busca e apreensão.
Tem certeza de que pode fazer muito melhor o trabalho dos advogados associados. Sua grande felicidade é
dizer aos novatos, com ares de experiência, que “é assim mesmo” ou “no meu tempo era pior”.

• O estagiário novato:
A vida dele é tão miserável que nem precisava fazer turismo em Tremembé. Só pega serviços externos o dia
inteiro e se ferra na faculdade.
Seu conhecimento de pontos de ônibus é notável e é capaz de recitar na ordem todas as estações da linha
“Corinthians-Itaquera”. Seu maior prazer é contar para os amigos que está “aprendendo muito” e que seu
chefe já o elogiou na frente de um associado.
POSSO ACEITAR QUALQUER CLIENTE?
Não! Informa o Código de Ética e Disciplina da OAB* que:
 Art. 14. O advogado não deve aceitar procuração de quem já tenha patrono constituído, sem prévio conhecimento
deste, salvo por motivo plenamente justificável ou para adoção de medidas judiciais urgentes e inadiáveis;
 Art. 19. Os advogados integrantes da mesma sociedade profissional, ou reunidos em caráter permanente para
cooperação recíproca, não podem representar, em juízo ou fora dele, clientes com interesses opostos;
 Art. 22. Ao advogado cumpre abster-se de patrocinar causa contrária à validade ou legitimidade de ato jurídico em
cuja formação haja colaborado ou intervindo de qualquer maneira; da mesma forma, deve declinar seu
impedimento ou o da sociedade que integre quando houver conflito de interesses motivado por intervenção
anterior no trato de assunto que se prenda ao patrocínio solicitado;
 Art. 25. É defeso ao advogado funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e preposto do
empregador ou cliente.
* RESOLUÇÃO N. 02/2015.Aprova o Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB.
COMO PROCEDER CASO RESOLVA ACEITAR O CLIENTE?

“O contrato tem por finalidade garantir que as condições acordadas entre as partes sejam integralmente
cumpridas [...]
Muitos contratos dispensam maiores formalidades, como a compra da passagem de ônibus, entretanto, na grande
maioria das vezes esse acordo de vontades tem a necessidade de um documento que formalize os direitos e
responsabilidades das partes contratantes. Há muito tempo não se pode mais contar apenas com o “fio de bigode”, que
representou os negócios fechados sem nenhum documento assinado, somente com a palavra do homem. Para elaborar um
contrato é necessário que exista uma análise detalhada da situação, que estejam previstas cláusulas sobre a abrangência do
contrato, os direitos e obrigações dos contratantes e prevista, inclusive, a forma de rescisão do contrato, para precaver os
interessados de possíveis “desconfortos” futuros.
Não é raro ouvir de quem faz um contrato informal, apenas através da palavra, frases do tipo “Eu confio nesta
pessoa, o contrato é mera formalidade”, mas com o tempo muitas coisas podem acontecer. Depois de dada a palavra e
apertado as mãos muitas coisas podem mudar, somente o que está sacramentado em um contrato, de preferência com firma
reconhecida e registrado em cartório, é que o tempo não mudará.”
Texto de Susiane Mendes (disponível em: http://www.jinews.com.br/home/colunistasver.php?id=188631)
CLÁUSULAS GERAIS QUE DEVEM CONSTAR EM UM
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS:

 Identificação das partes contratantes;


 Objeto do contrato;
 Obrigações do contratante;
 Obrigações do contratado;
 Preço e condições de pagamento;
 Inadimplemento, descumprimento e multa;
 Rescisão;
 Foro.
MODELO DE CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE
SERVIÇOS ADVOCATÍCIOS

CONTRATANTE: ................, nacionalidade, estado civil, profissão, CPF n..., RG n... , residente e
domiciliado na.... próximo ... Cidade/Estado;
CONTRATADO: (nome do advogado) , nacionalidade, estado civil, advogado, OAB/UF n..., CPF
n..., RG n...; com escritório localizado na ....

As partes acima identificadas têm, entre si, justo e acertado o presente Contrato de Honorários
Advocatícios, que será regido pelas cláusulas seguintes e pelas condições descritas no presente
DO OBJETO DO CONTRATO

• Cláusula xª. O presente instrumento tem como OBJETO a prestação de serviços advocatícios, na área Cível
para propositura de AÇÃO DE (objeto da ação), a serem realizados em todas as instâncias necessárias.

• Cláusula xª. As atividades inclusas na prestação de serviço objeto deste instrumento são todas aquelas inerentes
à profissão, quais sejam: praticar todos os atos inerentes ao exercício da advocacia e aqueles constantes no
Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil, bem como os especificados no Instrumento Procuratório.

• Cláusula xª. Havendo necessidade de contratação de outros profissionais, advogados ou não, no decurso do
processo, o CONTRATADO elaborará substabelecimento, indicando escritório de seu conhecimento, restando
facultado ao CONTRATANTE aceitá-lo ou não. Aceitando, ficará sob a responsabilidade, única e exclusivamente
do CONTRATANTE no que concerne aos honorários e atividades a serem exercidas.
DAS DESPESAS
• Cláusula xª. Todas as despesas efetuadas pelo CONTRATADO, ligadas direta ou indiretamente com o processo, incluindo-se
fotocópias, emolumentos, viagens, custas, entre outros, ficarão a cargo do CONTRATANTE.

DOS HONORÁRIOS
• Cláusula xª. Fica acordado entre as partes que os honorários a título de prestação de serviços, totalizarão o mínimo da Tabela
de Honorários Advocatícios da OAB/__, correspondente ao valor de R$ (valor total). Este valor deverá ser pago
independentemente do êxito da causa, da seguinte forma: 1/3 dos honorários é devido no início do serviço, outro 1/3 até a
decisão da primeira instância e o restante no final. Cada prestação equivale a R$ (valor de 1/3).
• Cláusula xª. Em caso de haver honorários de sucumbência, estes pertencerão exclusivamente aos CONTRATADOS.
Parágrafo único. Caso haja morte ou incapacidade civil do CONTRATADO, seus sucessores ou representante legal receberão os
honorários na proporção do trabalho realizado.
• Cláusula xª. Havendo acordo entre o CONTRATANTE e a parte contrária, não prejudicará o recebimento dos honorários
contratados e da sucumbência, caso em que os horários iniciais e finais serão pagos ao CONTRATADO.
• Cláusula xª. As partes estabelecem que havendo atraso no pagamento dos honorários, serão cobrados juros de mora na
proporção de 1% (um por cento) ao mês.
DA RESCISÃO
• Cláusula Xª. Agindo o CONTRATANTE de forma dolosa ou culposa em face do CONTRATADO, restará facultado a este, rescindir
o contrato, substabelecendo sem reserva de iguais e se exonerando de todas as obrigações.

DO FORO
• Cláusula Xª. Para resolver quaisquer controvérsias decorrentes do CONTRATO, as partes elegem o foro da comarca de
Cidade/Estado
Por estarem assim de acordo, firmam o presente instrumento, em duas vias de igual teor.
DATA.

______________________________
NOME DO CONTRATANTE
______________________________
NOME DO ADVOGADO
OAB/__
______________________________
TESTEMUNHAS
TIPOS DE HONORÁRIOS

• Convencionados ou Contratuais
• Sucumbenciais
• Arbitrados
• Assistenciais

“Art. 22. A prestação de serviço profissional assegura aos inscritos na OAB o direito
aos honorários convencionados, aos fixados por arbitramento judicial e aos de
sucumbência.” (ESTATUTO DA OAB)
HONORÁRIOS CONVENCIONAIS OU CONTRATUAIS

Acertados entre o advogado e o cliente, estes honorários devem ser estipulados em contrato, tanto seu valor quanto forma de
pagamento, devendo ser pagos independentemente do êxito da demanda.

Art. 48. A prestação de serviços profissionais por advogado, individualmente ou integrado em sociedades, será contratada,
preferentemente, por escrito.

§ 1º O contrato de prestação de serviços de advocacia não exige forma especial, devendo estabelecer, porém, com clareza e
precisão, o seu objeto, os honorários ajustados, a forma de pagamento, a extensão do patrocínio, esclarecendo se este abrangerá
todos os atos do processo ou limitar-se-á a determinado grau de jurisdição, além de dispor sobre a hipótese de a causa encerrar-
se mediante transação ou acordo.

§ 2º A compensação de créditos, pelo advogado, de importâncias devidas ao cliente, somente será admissível quando o contrato
de prestação de serviços a autorizar ou quando houver autorização especial do cliente para esse fim, por este firmada.
§ 3º O contrato de prestação de serviços poderá dispor sobre a forma de contratação de profissionais para
serviços auxiliares, bem como sobre o pagamento de custas e emolumentos, os quais, na ausência de
disposição em contrário, presumem-se devam ser atendidos pelo cliente. Caso o contrato preveja que o
advogado antecipe tais despesas, ser-lhe-á lícito reter o respectivo valor atualizado, no ato de prestação de
contas, mediante comprovação documental.
§ 4º As disposições deste capítulo aplicam-se à mediação, à conciliação, à arbitragem ou a qualquer outro
método adequado de solução dos conflitos.
§ 5º É vedada, em qualquer hipótese, a diminuição dos honorários contratados em decorrência da solução do
litígio por qualquer mecanismo adequado de solução extrajudicial.
§ 6º Deverá o advogado observar o valor mínimo da Tabela de Honorários instituída pelo respectivo
Conselho Seccional onde for realizado o serviço, inclusive aquele referente às diligências, sob pena de
caracterizar-se aviltamento de honorários.
§ 7º O advogado promoverá, preferentemente, de forma destacada a execução dos honorários contratuais ou
sucumbenciais
VALOR

Art. 49. Os honorários profissionais devem ser fixados com moderação, atendidos os elementos seguintes: I – a
relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade das questões versadas;
II – o trabalho e o tempo a ser empregados;
III – a possibilidade de ficar o advogado impedido de intervir em outros casos, ou de se desavir com outros
clientes ou terceiros;
IV – o valor da causa, a condição econômica do cliente e o proveito para este resultante do serviço profissional;
V – o caráter da intervenção, conforme se trate de serviço a cliente eventual, frequente ou constante;
VI – o lugar da prestação dos serviços, conforme se trate do domicílio do advogado ou de outro;
VII – a competência do profissional;
VIII – a praxe do foro sobre trabalhos análogos.
FORMA DE PAGAMENTO

Art. 50. Na hipótese da adoção de cláusula quota litis, os honorários devem ser necessariamente
representados por pecúnia e, quando acrescidos dos honorários da sucumbência, não podem
ser superiores às vantagens advindas a favor do cliente

Art. 53. É lícito ao advogado ou à sociedade de advogados empregar, para o recebimento de


honorários, sistema de cartão de crédito, mediante credenciamento junto a empresa operadora
do ramo. Parágrafo único. Eventuais ajustes com a empresa operadora que impliquem
pagamento antecipado não afetarão a responsabilidade do advogado perante o cliente, em caso
de rescisão do contrato de prestação de serviços, devendo ser observadas as disposições deste
quanto à hipótese.
COBRANÇAS

Art. 52. O crédito por honorários advocatícios, seja do advogado autônomo, seja de
sociedade de advogados, não autoriza o saque de duplicatas ou qualquer outro título de
crédito de natureza mercantil, podendo, apenas, ser emitida fatura, quando o cliente assim
pretender, com fundamento no contrato de prestação de serviços, a qual, porém, não
poderá ser levada a protesto. Parágrafo único. Pode, todavia, ser levado a protesto o cheque
ou a nota promissória emitido pelo cliente em favor do advogado, depois de frustrada a
tentativa de recebimento amigável.
PRESCRIÇÃO DOS HONORÁRIOS
Art. 25. Prescreve em cinco anos a ação de cobrança de honorários de advogado, contado o prazo:
I - do vencimento do contrato, se houver;
II - do trânsito em julgado da decisão que os fixar;
III - da ultimação do serviço extrajudicial;
IV - da desistência ou transação;
V - da renúncia ou revogação do mandato.

Art. 26. O advogado substabelecido, com reserva de poderes, não pode cobrar honorários sem a
intervenção daquele que lhe conferiu o substabelecimento. (ESTATUTO DA OAB)
HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS

O mais controverso dos honorários caracteriza-se como uma verba devida pela parte
sucumbente ao advogado vencedor da demanda. O valor é determinado pelo magistrado
em sentença.

“Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor.


§ 1º São devidos honorários advocatícios na reconvenção, no cumprimento de sentença,
provisório ou definitivo, na execução, resistida ou não, e nos recursos interpostos,
cumulativamente.” (CPC)

No CPC de 1973, essa verba era descrita da seguinte forma, em seu Art. 20: “A sentença
condenará o vencido a pagar ao vencedor as despesas que antecipou e os honorários
advocatícios”
VALOR
Art. 85. § 2º Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do
proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa, atendidos:
I - o grau de zelo do profissional;
II - o lugar de prestação do serviço;
III - a natureza e a importância da causa;
IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço. [...]
§ 8º Nas causas em que for inestimável ou irrisório o proveito econômico ou, ainda, quando o valor da causa for muito baixo, o
juiz fixará o valor dos honorários por apreciação equitativa, observando o disposto nos incisos do § 2º.

DEBATE: REsps 1877883/SP, 1850512/SP, 1906623/SP e 1906618/SP. Nos recursos, os ministros discutem se a norma do
parágrafo 8º do artigo 85 do Código de Processo Civil (CPC) pode ser interpretada de modo abrangente, sendo aplicada às
causas com valor ou proveito econômico elevados
HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS DE ADVOGADOS
EMPREGADOS
Art. 21. Nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa por este
representada, os honorários de sucumbência são devidos aos advogados
empregados.
Parágrafo único. Os honorários de sucumbência, percebidos por advogado
empregado de sociedade de advogados são partilhados entre ele e a
empregadora, na forma estabelecida em acordo. (ESTATUTO DA OAB)
HONORÁRIOS CONTRA A FAZENDA PÚBLICA
Art. 85§ 3º Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, a fixação dos honorários observará os critérios estabelecidos nos incisos I a IV do § 2º e os
seguintes percentuais:
I - mínimo de dez e máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido até 200 (duzentos) salários-mínimos;
II - mínimo de oito e máximo de dez por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 200 (duzentos) salários-mínimos
até 2.000 (dois mil) salários-mínimos;
III - mínimo de cinco e máximo de oito por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 2.000 (dois mil) salários-mínimos
até 20.000 (vinte mil) salários-mínimos;
IV - mínimo de três e máximo de cinco por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 20.000 (vinte mil) salários-
mínimos até 100.000 (cem mil) salários-mínimos;
V - mínimo de um e máximo de três por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 100.000 (cem mil) salários-
mínimos.

§ 4º Em qualquer das hipóteses do § 3º : [...]


III - não havendo condenação principal ou não sendo possível mensurar o proveito econômico obtido, a condenação em honorários dar-se-á sobre o valor
atualizado da causa;
OUTRAS QUESTÕES FREQUENTES NOS
CONCURSOS
• Art 24
§ 2º Na hipótese de falecimento ou incapacidade civil do advogado, os honorários de sucumbência, proporcionais ao trabalho
realizado, são recebidos por seus sucessores ou representantes legais. (ESTATUTO)
• Art 85
§ 14. Os honorários constituem direito do advogado e têm natureza alimentar, com os mesmos privilégios dos créditos oriundos da
legislação do trabalho, sendo vedada a compensação em caso de sucumbência parcial.
§ 15. O advogado pode requerer que o pagamento dos honorários que lhe caibam seja efetuado em favor da sociedade de
advogados que integra na qualidade de sócio, aplicando-se à hipótese o disposto no § 14.
§ 16. Quando os honorários forem fixados em quantia certa, os juros moratórios incidirão a partir da data do trânsito em julgado da
decisão.
§ 17. Os honorários serão devidos quando o advogado atuar em causa própria.
§ 18. Caso a decisão transitada em julgado seja omissa quanto ao direito aos honorários ou ao seu valor, é cabível ação autônoma
para sua definição e cobrança. (CPC)
HONORÁRIOS ARBITRADOS E ASSISTENCIAIS

Os honorários podem ser arbitrados quando não houve acordo entre advogado e cliente,
inclusive em caso de advogado dativo.
Art. 22 O advogado, quando indicado para patrocinar causa de juridicamente necessitado, no
caso de impossibilidade da Defensoria Pública no local da prestação de serviço, tem direito aos
honorários fixados pelo juiz, segundo tabela organizada pelo Conselho Seccional da OAB, e
pagos pelo Estado (ESTATUTO OAB)

Os honorários assistenciais são aqueles contratados e pagos pelo sindicato diretamente ao


advogado para conduzir o processo do assistido.
PROCURAÇÕES

• Judicial ou Ad Judicia: confere poderes para foro geral (art. 105 NCPC) e pode ser dada
por qualquer pessoa capaz e ainda, os menores, desde que assistidos ou representados.
Dispensa reconhecimento de firma.
• Extrajudicial ou Ad Negocia: confere poderes para realização de negócios fora do juízo.
Depende de reconhecimento de firma.
• Ad Judicia et extra: confere amplos poderes para atuação em juízo e fora dele. Independe
de reconhecimento, porém o reconhecimento ainda é exigido para validade perante
terceiros que não sejam partes na lide.
SUBSTABELECIMENTO, RENÚNCIA E REVOGAÇÃO
DO MANDATO
• Substabelecimento é o ato de transferência dos poderes recebidos pelo advogado. Pode
se dar com ou sem reserva de poderes. É ato pessoal do advogado.
• Renúncia é a faculdade do advogado de desistir do patrocínio da causa, dispensando
motivação. É necessária a comunicação ao cliente (mandante) e devida comprovação da
comunicação ao juízo.
• Revogação é a faculdade do mandante de desistir do patrocínio. Não desobriga o cliente
do pagamento de verbas contratadas nem de eventual verba de sucumbência,
proporcionalmente ao serviço prestado. O ideal é que seja realizada na modalidade
pública. Há necessidade de constituição de outro advogado no mesmo ato.

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