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Aluno: Nikolas Campos de Moura.

Disciplina: Deus da Revelação.


Professor: Dr. Pe. Francisco Reinaldo.
Resumo da Terceira Aula (08.09.23)
O conteúdo da terceira aula é uma continuação direta do tema da revelação de Deus
em si mesmo através da economia salvífica, o que significa dizer que “A Trindade econômica
é a Trindade imanente, e vice-versa”. Também é um aprofundamento sobre o fundamento
bíblico e teológico das três pessoas divinas.
Começando por Jesus, é importante ressaltar que os Evangelhos descrevem a
participação do Espírito Santo na obra da encarnação. O Espírito, pois, desce diretamente
sobre Maria e torna possível a encarnação do Filho. Por isso, pode-se dizer também que o
Espírito Santo está presente na vida de Jesus desde o momento da concepção. No entanto,
deve-se notar que a presença do Espírito na unção de Jesus no rio Jordão constitui um
segundo momento da presença e ação do Espírito, diferente do primeiro, e que inicia uma
nova etapa da vida de Jesus, que se relaciona com sua vida pública e com o envio do mesmo
Espírito após Pentecostes para iluminar os apóstolos e a Igreja. Para esta segunda atuação do
Espírito, vale recordar que os títulos “Cristo” e “Ungido”, atribuídos a Jesus, significam
justamente a abundância da presença do Espírito em si. Isto significa que Jesus é o portador
único do Espírito, não se comparando a ninguém nesse sentido. Do mesmo modo, o Espírito
se associa e se identifica com de tal maneira que não se compara com mais ninguém.
O batismo de Jesus no Jordão caracteriza-se por dois momentos importantes: a descida
do Espírito sobre Cristo e a voz do Pai que reconhece Jesus como Filho de Deus. O Espírito,
desse modo, constitui a força necessário para o Messias levar a cabo sua missão, força
também que constitui uma relação única de união de Jesus para com Deus. Por isso, João
ressalta que a descida do Espírito e sua permanência sobre Cristo revelam que ele é o Filho de
Deus.
Além disso, outro fato relevante é o mistério pascal. Nesse caso, a carta aos Hebreus
nos fala como através do Espírito o Senhor entrega sua vida, através da morte na cruz, para a
purificação dos nossos pecados. No entanto, não há uma manifestação particular da Trindade
nesse momento da paixão, morte e ressurreição. Por fim, convém ressaltar o pensamento de
H. U. von Balthasar, que desenvolve a ideia da entrega de Jesus na cruz como uma ação de
amor da Trindade, pois o Pai entrega totalmente seu Filho à morte, enquanto o Filho aceita a
morte por total obediência ao Pai e amor aos homens.

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