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Índice
Introdução.................................................................................................................................4

1. Texto (conceitos)...............................................................................................................5

2. Texto literário....................................................................................................................5

2.1 Géneros literários..........................................................................................................5

2.1.1 Textos narrativos.......................................................................................................6

2.1.1.1 Tipos de textos narrativos.........................................................................................6

2.1.1.2 Estrutura do texto narrativo....................................................................................6

 Quanto a Focalização..................................................................................................10

2.1.1.3 Tipos de discurso narrativo....................................................................................11

Conclusão................................................................................................................................12

Referências bibliográficas.....................................................................................................13

Anexo.......................................................................................................................................14
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Introdução
A disciplina de Língua Portuguesa ajuda os seres humanos expressarem seus sentimentos,
constroir pensamentos, interagir com o ambiente e com outros indivíduos. Por isso que esta
disciplina é fundamental para a execução de tarefas do quotidiano e também para ter um bom
aproveitamento no mundo acadêmico e profissional.

Neste presente trabalho, da disciplina de Língua Portuguesa, falaremos dos textos literários,
textos estes que nos rodeiam no nosso dia-a-dia. Desta feita, apresentaremos os conceitos de
textos literários, apresentaremos os géneros literários dentro dos quais abordaremos aspectos
ligados a um dos géneros dos textos literários que são os textos narrativos. Dentro dos textos
narrativos, iremos mostrar os conceitos, detalhar a sua estrutura, suas categorias e também
caracterizar o seu discurso. No final do trabalho apresentaremos a conclusão as referências
bibliográficas e anexo de exemplo de um texto narrativo.

Metodologia: a metodologia usada para este trabalho foi a de pesquisa bibliográfica, onde
investigamos informações de obras electrónicas e físicas.

 Objectivos Geral

- Conhecer os textos literários (género narrativo) e seu funcionamento

 Objectivos especificos

- Conceituar textos literarios e textos narrativos;

- Identificar os géneros literários;

-Cdentificar as caracteristicas do texto narrativo;

-Distinguir as partes que compõem um texto narrativo;e .

- Descrever as categorias da narrativa;


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1. Texto (conceitos)
De um lado Silva (20120 citado por Thomas, (2013.p.17) entende que texto ‘‘é um
objecto verbal escrito, de extensão indeterminada, mas geralmente composta por um conjunto
de parágrafos’’. Do outro lado, Orlandi et al (2012) analisa o texto enquanto discurso e, por
isso, considera que este seja uma unidade de análise com começo, meio e fim e que tem um
autor que lhe dá coerência, progressão e finalidade, ou seja, a textura que garante a existência
do texto.

Em uma palavra, podemos perceber que um texto é uma sequência de frases e


parágrafos interligados ou connectados com objectivo de comunicar, transmitir uma certa
informação ou mensagem.

2. Texto literário

Um texto literário é ‘‘uma construção textual de acordo com as normas da literatura,


com objetivos e características próprias, como linguagem elaborada de forma a causar
emoções no leitor’’1.

Por sua vez, Tufano, (1988 p. 1). Afirma que “A literatura é uma arte e seu meio de
expressão é a palavra”. Para reforçar a ideia anterior, Faraco e Moura (1995, p. 92)
defendem que “Literatura é ficção; é a invenção ou recriação de uma realidade, através das
palavras” .

Desta feita, podemos perceber que um texto literário é a representação da realidade


através da forma artística ou imaginária, isto é, o escritor observa o seu quotidiano e de
seguida escreve de forma subjectiva usando nome de personagens ou fenómenos imaginários.

2.1 Géneros literários

Segundo Duarte (online)2: Os estudiosos optam por os géneros literários em:


narrativo, dramático e lírico.

Gênero narrativo – este texto, ainda segundo a autora, desenvolveu-se a partir dos
antigos poemas épicos, também conhecidos como epopeias, as quais eram representadas por
narrativas em forma de versos, tendo como enredo principal os grandes feitos heróicos de um
povo, aliando elementos terrenos com mitológicos e lendários.

1
https://www.significados.com.br/texto-literario/ visitado em 03/04/2023
2
https://www.portugues.com.br/literatura/generosliterarios.html visitado em 03/04/2023
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Gênero lírico – O termo “lírico” é oriundo de um instrumento musical denominado


lira, usado desde a Antiguidade clássica para acompanhar recitações das composições
poéticas, proferidas em voz alta. Sua principal característica é a subjetividade representada
pelo “eu lírico” manifestado por meio das construções poéticas. (ibidem)

Gênero dramático – A ele está associada a arte da representação. Neste contexto, o


enredo desenvolve-se por meio da encenação dos actores mediante a apresentação do
espetáculo teatral, onde figuram-se a participação de elementos extraverbais, tais como
cenário, figurino, iluminação, sonoplastia, entre outros.(ibidem)

2.1.1 Textos narrativos

Pode-se entender como texto narrativo, o género literário que permite contar ou
relatar factos, acontecimentos ou sequências de acções encadeadas , ocorridos ou inventados
(Garrido et all, 2007).

Todavia, segundo Fernão e Manjate (2010,p.43) é importante lembrarmos que as


narrativas que ouvimos diariamente dos nossos colegas e amigos, não constituem narrativas
literárias pois, não são fictivas.

2.1.1.1 Tipos de textos narrativos


a) O Conto
b) Novela
c) Fábula
d) Conto
e) Romance
f) Crónica

2.1.1.2 Estrutura do texto narrativo

Segundo Fernão e Manjate (2010,p.43) em concordância com o site de internet 3, a estrutura


do texto narrativo é composta por introdução ou apresentação , complicação ou
desenvolvimento e conclusão ou desfecho.

Introdução/Apresentação : também conhecida como apresentação, é nessa parte do texto


que se apresenta os factos para posteriormente desenvolver seus desdobramentos. Na
introdução apresenta-se o contexto, o espaço, o tempo, as personagens, o enredo e o narrador
para que o leitor saiba com quem, quando e onde os factos se passam.
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https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/lingua-portuguesa/texto-narrativo vsitado em 03/04/2023
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Desenvolvimento/complicação: no desenvolvimento surgem os conflitos que tiram o


equilíbrio apresentado na introdução e modifica a situação inicial. Essa parte da narração
revela para o leitor a problemática, o que e como se passa a história.

Clímax: é quando, durante o desenvolvimento, ocorre aquele momento marcante e revelador


da história, que fará com que o leitor não pare de ler até que encontre um desfecho.

Conclusão/desfecho: também chamada de, na conclusão, o leitor descobre o que houve com
as personagens, bem como entende a mensagem passada pela narrativa. Nessa parte da
narração se esclarece a ligação entre os diferentes acontecimentos, ou seja, a conclusão é a
parte do texto na qual os conflitos se resolvem.

2.1.1.2 Categorias da narrativa


i. A acção

A acção é o desenvolvimento de factos e eventos, ocorridos num período de tempo e


num determinado local e que são associados a uma ou mais personagens. Ou seja, é um
conjunto de acontecimentos relacionados entre si que se desenrolam num determinado espaço
e tempo.

Uma narrativa constrói-se em torno de uma acção principal ou nuclear, articulada


eventualmente com acções ou intrigas secundárias, de âmbito mais ou menos reduzido.

a) Acção principal

A acção principal é o conjunto de sequências narrativas ou mesmo momentos de


avanço da história contendo maior importância ou relevo. Ou seja, é a história principal de
que se fala.

b) Acção secundária

A sua importância define-se em relação à acção principal, de que depende, por vezes;
relata acontecimentos de menor relevo. Em narrativas muito pequenas, não chega a existir. É
constituída por sequências narrativas consideradas marginais, relativamente à acção principal,
embora geralmente se articulem com ela. Permite caracterizar melhor os contextos sociais,
culturais, ideológicos em que a acção principal se insere.

c) Narrativa fechada e narrativa aberta


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A narrativa é fechada se termina com a diegese completamente solucionada. É aberta,


se não revela o destino final das personagens ou se há consequências directas da acção
principal que não são “solucionadas”.

ii) Peronangens
Quanto ao relevo

Quanto ao relevo podemos considerar as personagens como principais (protagonista


ou herói), secundárias e ainda figurantes.

a) Protagonista, personagem principal ou herói

Desempenha um papel central; a sua actuação é fundamental para o desenvolvimento


da acção. São as personagens principais que modelam e fazem avançar a intriga.

b) Personagem secundária

Assume um papel de menor relevo que o do protagonista, sendo ainda relevante para
o desenrolar da acção. Pode participar na intriga, mas não a determina.

c) Figurante

Tem um papel irrelevante no desenrolar da acção, cabendo-lhe, no entanto, o papel


de ilustrar um ambiente ou um espaço social de que é representante.

d) Coadjuvante

Personagem, entidade ou o que quer que facilite a obtenção do objecto por parte do sujeito.
Aquele (ou aquilo) que favorece a busca que o sujeito faz do objecto.
e) Antagonista

Personagem, entidade ou que dificulta a obtenção do objecto por parte do sujeito.


Aquele (ou aquilo) que dificulta a busca que o sujeito faz do objecto.

ii) Espaço

Esta categoria da narrativa refere o cenário onde decorre a acção, o contexto que a
envolve. Por isso, mais do que se limitar a referências a um espaço físico e delimitado, o
“espaço” na narrativa refere-se também a atmosferas sociais e psicológicas.

a) Espaço Físico
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O espaço físico é de carácter predominantemente visual. Refere-se a cenários


geográficos, localizações, interiores, decorações, objectos, etc. Ou seja, é o cenário físico
(que se pode ver), o espaço real, interior ou exterior, onde se movimentam as personagens e
se sucedem os acontecimentos

b) Espaço social

O espaço social é a recriação de uma envolvência cultural, social e económica da


época ou local onde decorre a diegese. Ou seja, retrata hábitos, valores, ambientes
sobretudo através de símbolos, de personagens-tipo ou de figurantes.

c) Espaço Psicológico
O espaço psicológico é o mais complexo de definir. É o local interior das
personagens onde vivem os pensamentos, as reflexões, as divagações, os sentimentos, as
emoções. Ou seja, é uma espécie de “cenário da mente”, onde podemos conhecer em
profundidade as motivações e expectativas de cada personagem.

iii) Tempo
a) Tempo cronológico / da história
O tempo cronológico (tempo histórico) refere-se ao momento histórico em que se
passa a acção. Relaciona-se com datas, períodos, épocas, estações, e pode ser encontrado em
informantes ou indícios.

b) Tempo psicológico
O tempo psicológico é a percepção subjectiva e individual, em consonância com o seu
estado de espírito, do tempo histórico. Ou por outra, o tempo sentido pelas personagens. Por
exemplo: Um dia pode ter sido longo e penoso para uma personagem e ter sido breve e
radioso para outra.

iv) Narrador

O conceito de narrador é muito confundido ao conceito de autor.mas, estes


elementos são diferentes.
O autor é uma pessoa empírica (com existência real) que, num determinado
momento histórico, escreveu a narrativa. Tem um nome, uma data de nascimento, um
Bilhete de Identidade, come e bebe, e uma profissão: escritor.
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O narrador é uma invenção do autor, uma entidade fictícia, de natureza textual,


a quem cabe realizar o acto de narrar. Vive apenas no texto.
Por outras palavras, o autor é uma entidade transitória e histórica, capaz de se
distanciar ideológica e esteticamente do texto que escreveu, enquanto o narrador é
inerente a esse mesmo texto e dele indissociável.

 Quanto a Participação

O narrador pode ter diversos graus de participação na história. Pode ser uma entidade exterior
à história, pode fazer parte da história ou pode mesmo narrar a sua história.

a) Heterodiegético ou não particpante

O narrador não faz parte da diegese. A história narrada é apenas conhecida pelo narrador,
mas este nada tem a ver com a história em si. Adicionalmente, o narrador heterodiegético é,
muitas vezes, um narrador de “grau zero”, ou seja, um narrador imperceptível, que reconta
uma história exterior a si e de forma a que a sua presença não seja notada nem relevante.
Este anula a sua presença atrás de uma voz anónima que narra uma história.

b) Homodiegético ou participante: O Narrador é uma personagem da diegese.


c) Autodiegético ou participante: o narrador é a personagem principal. Ou seja, aquele
que participa directa e activamente na narração da sua história .Para além disso, o
discurso é na primeira pessoa.

 Quanto a Focalização

A focalização (ou também chamada “ciência”) tem a ver com a forma como o narrador (que
não o autor!) conhece o desenrolar da história e a perspectiva que este adopta face aos
acontecimentos narrados.

a) Externa

O narrador limita a narrativa à representação das características superficiais e materialmente


observáveis de uma personagem, de um espaço ou de certas acções, ou seja, ele não detém
um ponto de vista privilegiado, só «vê» o que um espectador hipotético veria.

A informação facultada é, assim, limitada ao exterior dos elementos da história, de modo a


construir um relato objectivo e desapaixonado, relativamente aos eventos e às personagens da
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narrativa; a adopção deste ponto de vista narrativo mostra a influência, na literatura, das
técnicas cinematográficas.

b) Interna

O narrador adopta o ponto de vista de uma personagem inserida na ficção, o que


normalmente resulta na redução da quantidade dos elementos informativos que pode relatar.
Com efeito, a informação disponível por este narrador tem de ser coerente com a capacidade
de conhecimento da personagem cujo ponto de vista adopta.

O narrador vê e conhece a acção como uma (ou mais) personagem da acção. Pode
eventualmente saber mais do que aquilo que se “vê” de fora, mas apenas sabe aquilo que a
personagem adoptada sabe.

Notemos que esta é uma perspectiva dos narradores homodiegétícos e autodiegéticos mas
pode, também, ser adoptada por um narrador heterodiegético, por motivos de estratégia
narrativa.

 Quanto a ciência

Omnisciente

O narrador faz uso de uma capacidade de conhecimento praticamente ilimitada em relação ao


universo da história; pode, por isso, explicar as motivações das personagens, revelar o que
elas pensam, antecipar a referência a acontecimentos ainda não ocorridos no tempo da
história e desconhecidos das personagens, descrever espaços interiores e exteriores,
percorridos ou sonhados pelas personagens, etc.

2.1.1.3 Tipos de discurso narrativo

Discurso direto - no discurso direto, a própria personagem fala.

Discurso indireto - no discurso indireto o narrador interfere na fala da personagem. Em


outras palavras, é narrado em 3ª pessoa uma vez que não aparece a fala da personagem.

Discurso indireto livre - no discurso indireto livre há intervenções do narrador e das falas
dos personagens. Nesse caso, funde-se o discurso directo com o indirecto
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Conclusão
Durante a elaboracao deste trabalho, podemos ver que os textos literarios sao aqueles textos
que tem caracter imaginario. Estes também possui generos que são os textos narrativos, os
textos líricos e textos dramáticos. Os textos narrativos, por sua vez, são textos nos quais nara-
se uma história composta por personagens num detrminado tempo e espaço e estes tipos de
textos se caracterizam pela narração de acontecimentos. Adicionalmente, os acontecimentos
narrados podem ser reais ou fictícios e narrados em ordem cronológica ou psicológica.
Todavia, são considerados narrativas literárias apenas aqueles em que há invenção ou ficção.

As categorias da narrativa são: espaço, tempo, personagens e narrador. Estes apresentam a


seguinte estruturação: introdução, desenvolvimento e desfecho ou conclusão que pode ser
aberta ou fechada.

O conceito de narrador é muito confundido ao conceito de autor.mas, estes elementos são


diferentes.i assim sendo, de um lado, o autor é uma pessoa com existência real e que escreveu
a narrativa. Do outro lado, o narrador é uma invenção do autor, uma entidade fictícia, de
natureza textual, a quem cabe realizar o acto de narrar.
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Referências bibliográficas
Duarte,V.M.N (online). Género literario. Disponivel em:
https://www.portugues.com.br/literatura/generosliterarios.html visitado em 03/04/2023
Faraco & Moura.(1995). Língua e Literatura. 15. ed. São Paulo: Ática

Fernão, I. A e Manjate, N. J. (2010), Livro de português, Pré ‐ universitário 12ª Classe, 1ª


edição Maputo, Longman Moçambique

Garrido, A et all, (2007). Antologia 10º, Lisboa Editora, Lisboa,

Orlandi, I, et al. (2012). Lack of Ach1 CoA-Transferase Triggers Apoptosis and Decreases
Chronological Lifespan in Yeast. Front Oncol 2:6

Pinto, E. Cet all (2007), Plural 10º, Lisboa Editora, Lisboa,

Sebastião, L et al. (1999). Português 11a classe, Diname. Pp. 33-39

Tufano, D. (1988). Estudos de Literatura Brasileira. 4. ed. São Paulo: Moderna

Thomas, N.S.(2013) A Metodologia de Ensino usada nas aulas de Literatura no Ensino


Médio (monografia).Universidade Tecnológica Federal do Paraná . disponivel em:
https://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/20932/3/MD_EDUMTE_2014_2_68.pdf
visitado em 03/04/2023
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Anexo
A Cigarra e a Formiga
Enquanto a formiga trabalhava, recolhendo alimentos durante o verão inteiro, sua
companheira cigarra estava mais preocupada em cantar.
Quando chegou o frio e a chuva do inverno, a primeira tinha garantido o seu sustento. Já a
segunda não tinha o que comer.
Foi aí que a cigarra procurou a formiga, pedindo que dividisse com ela aquilo que recolheu.
A formiga respondeu:
— Você não passou o verão todo cantando, enquanto eu trabalhava? Então agora se vire
sozinha.
Moral: Precisamos ser independentes e garantir o nosso futuro, sem depender do trabalho dos
outros.
Disponivel em: https://www.culturagenial.com/fabulas-pequenas-com-moral-e-interpretacao/ visitado em
03/04/2023

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