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SUMARIO: Noções básicas: conceito e realidade, elementos do conhecimento,

faculdades de conhecimento

Na nossa vida quotidiana falamos de conhecer e conhecimento. Porém raras vezes nos
perguntamos o que exactamente é o conhecimento. Ora! O conhecimento é
concordância entre imagem e objecto. Há conhecimento quando existe uma
concordância entre os elementos cognitivos do sujeito e as propriedades do objecto,
seja ele material ou ideal. No acto do conhecimento o sujeito transcende-se a si
próprio para ir ao encontro do objecto; este por seu turno, embora na sua passividade ou
imutabilidade, as suas qualidades ou propriedades transcede-lhe para ir ao encontro do
sujeito, ou seja, deixar-se conhecer ou apreender pelo sujeito, numa relação triática.

CONCEITO E REALIDADE

CONCEITO – Nós conhecemos as coisas através do conceito. Os conceitos referem-se


a essência do objecto do pensamento, isto é, ao pensamento verdadeiro dessa mesma
essência. Nós exprimimos ou exteriorizamos através das palavras que são objecto
imediato daquilo que é verdadeiro.

REALIDADE _ é a capacidade de fazer valer ou impor, é aquilo que é dotado de uma


certa actividade ou ficção e, portanto, de uma certa actividade, por oposição meramente
possível.

Elementos do acto de conhecimento:

Sujeito: é aquele que conhece;

Objecto: é aquele que é conhecido.

O conhecimento é o fruto da correlação destes dois elementos.

Sujeito +

Objecto

Sujeito objecto
Faculdades do conhecimento

Para conhecer o mundo que o rodeia, o ser humano possui capacidades cognitivas que
lhes permitem conhecer a realidade. A mente é a faculdade humana que permite o
conhecimento, é através da mente que o ser humano percepciona a realidade interior e
exterior e a aplica racionalmente.

A sensação é a melhor forma de conhecimento que o ser humano possui e lhe permite
percepcionar o mundo e a realidade. Os sentidos permitem-lhe, através das sensações
ou experiencias sensíveis, experimentar o mundo, retirar informações acerca do que o
rodeia através da visão, do tacto, da audição, etc. todas estas experiência, são então,
tratadas, analisadas e organizadas racionalmente ( quer de uma forma consciente, quer
inconsciente.
SUMARIO:

O acto de conhecer: Análise fenomenológica do acto de conhecer: a dicotomia


Sujeito – objecto no processo do conhecimento

O acto de conhecer

A abordagem do acto de conhecer é a reflexão filosófica, leva-nos ao conheciento


humano. O acto de conhecimento é descrito e interpretado pelo recurso a uma grande
diversidade de metáforas. É por aproximação ou analogia que somos capazes de
descrever e interpretar o acto de conhecer e os seus resultados. Portanto, conhecer:

- é ver; é aprender a realidade, é apropriar-se da realidade, é depositar a realidade, é


projecção duma imagem mental do objecto, é remeter ou fixar a realidade,é ter presente
a realidade, é, enfim, pesar ou balançar a realidade.

Fenomenologia do acto de conhecimento.

A Analise fenomenológica permite-nos constatar a existência de uma relação entre um


sujeito e um objecto, mas não nos esclarece acerca das condições dentro das quais se
realiza, processos cognitivos, contextos cognitivos e produtos cognitivos.

A fenomenologia do conhecimento é a descrição pura e critica da realidade ou do


objecto feita pelo sujeito.

Em todo o conhecimento há dois elementos um Cognoscente (sujeito) e outro


Cognoscível (objecto), estes dois elementos se encontram face a face.

A dicotomia Sujeito – objecto no processo do conhecimento

- Em todo o conhecimento há dois elementos: um sujeito (que conhece) e um objecto


( que é conhecido).

- Cada um deles apenas é o que é em relação ao outro, isto é está ligado um ao outro por
uma relação estreita, condicionando-se reciprocamente. A relação é uma correlação.

- A função do sujeito consiste em apreender o objecto, e do objecto é de ser apreendido


pelo sujeito.

- O objecto, mesmo quando é apreendido ou captado permanece para o sujeito algo


exterior, é sempre o que esta diante dele.
Portanto, a interpretação e conjugação das mediações e dos processos cognitivos em
interação com a realidade empírica ou espiritual resultam os produtos ou suportes da
cognição: as imagens, os conceitos, os juízos, os discursos etc. Em suma, a função do
sujeito é de apreender o objecto; e do objecto é de ser apreendido pelo sujeito
efectivamente.

Considerando ao lado do sujeito essa apreensão pode ser descrito ou realizado em


três momentos:

- O sujeito sai de si,

- O sujeito esta fora de si,

- O sujeito regressa finalmente a si.

Relação sujeito e objecto

O sujeito e o objecto estando originariamente separados um do outro, transcendente um


em relação ao outro, só são sujeito e objecto em correlação. Isto é, o sujeito só é sujeito
em relação a um objecto, e um objecto só é objecto em relação a um sujeito.

Como se obtêm o conhecimento?

Os conhecimentos obtêm-se mediante as seguintes faculdades:

 Sensação: apreensão ou capitação imediata do objecto. Ela realiza-se pela reacção


de um estímulo específico sobre o receptor que é apropriado para o receber. Os
ouvidos recebem os estímulos sonoros e os olhos recebem os estímulos luminosos.
 Percepção: é a consciência da sensação, é a apreensão ou capitação da realidade
não como impressão sensorial, isolada, mas como um conjunto organizado de uma
totalidade portadora de sentidos.
 Razão: elaboração de representação mental abstracta, conceitos, discursos, relações
lógicas e teorias (ré) interpretativas sobre a realidade.
SUMARIO: Perspectivas de análises do conhecimento

Existem 3 perspectivas de análise de conhecimento, que são:

1. Analise Filogenética (historia de uma evolução): aqui trata-se da evolução das


espécies, dos estudos antropológicos e paleontológicos, desde os primeiros animais
invertebrados ate ao homem actual. Deste modo, a libertação das mãos e a posição
erecta levou o homem sapiens ao desenvolvimento bio-psico-social, onde
desenvolveram a linguagem e a reflexão. As informações recolhidas da
paleontologia humana, dão conta que os homens nem sempre tiveram a mesma
constituição e actividade cognitiva. A explicação que se da é de que a nossa
constituição morfológica e funcional, foi feita em simultâneo com o
desenvolvimento das nossas realizações e capacidades cognitivas ou de conhecer
(memoria, linguagem e pensamento), de forma articulada com o desenvolvimento
das nossas realizações e capacidades técnicas ou de fazer. Por isso que a espécie
humana é hoje, o resultado da Intel – acção desses factores. (Sujeito-Ser
cognoscente e Objecto Ser cognoscível).

2. Analise Ontogenética (é a formação de estruturas cognitivas).

Existe uma relação entre o indivíduo e o meio, no nascimento e no desenvolvimento


cognitivo. Esta relação e determinada por um processo de adaptação do individuo ao
meio. Segundo Piaget, existe neste processo de adaptação duas actividades Intel
relacionadas. Ora vejamos:

Assimilação Acomodação

Equilíbrio

3. Analise Fenomenológica (o conhecimento de um fenómeno)


Nesta perspectiva, o conhecimento é o resultado da apreensão de um objecto pelo
sujeito. Em todo o conhecimento um cognoscente e um cognoscível encontram-se
face a face. A relação que existe entre os dois é o próprio conhecimento.
SUMARIO: Problemas e correntes filosóficas na teoria de conhecimento

1. A im (possibilidade do conhecimento sobre o cepticismo e dogmatismo)

a) CEPTICISMO (Experiência) - Oposto ao dogmatismo. Que no geral nega tal


possibilidade. É a doutrina segundo a qual o espírito humano não pode atingir a
verdade com certeza absoluta. É uma atitude negativa ou pessimista do homem, face
a problemática da possibilidade da mente atingir um conhecimento absolutamente
certo e verdadeiro. Devemos duvidar.

Precursores: - Piro de Ellis

b) DOGMATISMO (razão humana) – vem do Dogma (verdade indiscutível). O


Valor do conhecimento é absoluto. É uma doutrina que admite a possibilidade da
mente humana conhecer com plena certeza as coisas, é atitude de todos aqueles que
crê que o homem tem meios para atingir a verdade absoluta. Defende que o
conhecimento é possível e ridiculariza quem disso divida. É a doutrina segundo a
qual o conhecimento certo é possível e afirma que a inteligência é capaz de atingir
verdades certas.

O Dogmatismo pode ser:

Dogmatismo critico: admite sim a possibilidade de o homem possuir conhecimentos


certos acerca das coisas, mas este conhecimento nem sempre é total e perfeito.

Dogmatismo espontâneo: há um perfeito acordo entre o conhecimento e a realidade.


Supõe que o homem conhece os objectos tal qual são e que, entre o conhecimento e a
realidade, há um perfeito acordo.

Percursores: Sócrates, - Parménides, - Heraclito, Sofistas

2. A origem do conhecimento sobre o empirismo, racionalismo, intelectualismo e


construtivismo

a) EMPIRISMO (Experiência): O conhecimento é a posterior. Afirma que todo o


conhecimento vem da experiencia. Das impressões recebidas pelos sentidos, não
tendem a razão nenhum valor invertido. Diz ainda que o conhecimento prove da
sensibilidade. John Locke diz que a mente humana é uma tábua rasa ou um papel
em branco, onde nada este escrito, e que a experiencia preenche de conhecimentos
resultantes dos factos vividos.

Precursors: S. James,- J. Dewey- Schiller, - John Locke, - Davi Hume, -George


Berkeley,- Francis Bacon

b) RACIONALISMO (Razão): E oposta ao empirismo, busca a origem do


conhecimento na razão. É a doutrina que professa que todo o acto de conhecimento
exige, anteriores á experiencia, certos pressupostos racionais (ideias ou princípios
inatos), mediante os quais o espírito estrutura e interpreta toda a experiencia. Afirma
que a razão recebe certas ideias gerais que lhes servem de normas para conhecer a
realidade ou criar certos dados chamados apriorísticos (formas) com as quais
organiza e interpreta a experiencia. Diz ainda que a sensação gera opinião e defende
a razão como fonte de conhecimento.

Tipos de Racionalismos:

Platonismo: (Platão) as ideias são imitações ou sombras dos modelos ou essências do


mundo das ideias, mundo puramente inteligível, constituídas por realidades abstractas e
universais que a alma vai recordando.

Platonismo Agostiniano: Santo agostinho: as ideias são expressas pela inteligência


como provido de si mesma e não elaboradas, como dados recebidos através dos
sentidos. (ideias de Deus que ilumina o homem).

Inatismo: Descartes: para ele existem vários tipos de ideias: adventícias, que vem da
experiencia, Factícias: resultantes das adventícias (ideia de sereia) e as inatas: as que são
co-naturais a própria inteligência, que provem da razão e por isso não estão sujeita a
erro.

Precursores: - Rene Descartes, Baruch Spinoza, Leibniz

c) APRIORISMO (razão e experiencia): Que defende que o conhecimento


verdadeiro é aquele que é gerado pelos juízos sintéticos á priori. A verdade e ao
conhecimento só se chega através do Juízo. O juízo é a combinação que é feita do
sujeito e objecto.

Precursores: - Emmanuel Kant


d) INTELECTUALISMO (Experiência): O Conhecimento Provem da experiencia,
mas não se reduz apenas a experiencia, porque a razão abstrai-se dos dados
experimentais de carácter universal e necessário do conhecimento, através da
elaboração das ideias. Assim, o conhecimento pode ser ao mesmo tempo universal
necessário e valer-se da realidade concreta.

Precursores Spinoza

e) CONSTRUTIVISMO (experiencia): Defende que o desenvolvimento da


inteligência é determinado pelas acções mútuas entre o indivíduo e o meio. O
homem não nasce inteligente, mas também, não é um simples receptor das
influências do meio. O organismo apenas se adapta ao seu meio, isto é compreende
a ambiente do meio onde este inserido, e por conseguinte o sujeito do conhecimento
orienta as suas acções e pensamento com base nas suas experiencias.

Precursors: Jean Piaget, Vygosky

3. A superação da divergência através do criticismo Kantiano

a) CRITICISMO KANTIANO (experiencia e razão): Para Kant, o conhecimento


não provem exclusivamente nem da experiencia nem da razão, mas da conjugação
de ambas, isto é, todo o conhecimento provem da experiencia sensorial, mas os
dados avulsos que esta, não nos ofereceu são regulados, organizados e avaliados por
formas mentais que os enquadra “a priori”, operando-se assim uma síntese entre o
sujeito que conhece e o objecto que é conhecido. Confia na possibilidade de
conhecimento, como os dogmáticos, mas acredita que é preciso, antes de tudo,
colocar qualquer tipo de afirmação à prova da razão.

Na Revolução Coopernicana de Kant, ele diz que o conhecimento não provem


exclusivamente nem da experiencia nem da razão, mas da conjugação de ambas, isto é,
todo o conhecimento provem da experiencia sensorial.

Portanto desta distinção constatamos o seguinte:


- Os conceitos Gnosiológicos do sujeito e do objecto perdem o seu carácter absoluto, ou
seja cada um por si, só não constitui a fonte da verdade ou critério último do
conhecimento.

- O empirismo e o racionalismo estão errados porque eles acentuam fortemente um dos


pólos de conhecimento negligenciando o outro.

- o empirismo justifica os conhecimentos a posteriori e o racionalismo os justifica a


priori, mas nenhum deles pode justificar convenientemente os juízos que
simultaneamente contem conhecimentos que vem da experiencia e aos analíticos que
não vem da experiencia.

Precursor: Emanuel Kant: designa a sua filosofia de criticismo e postula que a razão
deve submeter-se a si próprio, ao tribunal da crítica, analisado e criticando os seus
limites, a razão descobre que contendo em si as regras e as formas de conhecimento, ele
não pode conhecer sem se usar essas regras e formas sobre os dados que lhes advêm do
exterior, da experiência sensível.

b) RELATIVISMO (experiência e razão): O valor do Conhecimento: relativo. Para


este não existe uma verdade absoluta, porque não conhecemos a realidade em si
própria, mas sim como ela é para nos e, portanto, todo o conhecimento é relativo,
não só o sensível, mas também o intelectual, que depende da nossa construção
mental. O homem não conhece a autêntica realidade. Nos conhecemos as coisas e
não as ideias sobre elas.

Tipos de relativismos:

- Relativismo sensorial: o conhecimento é relativo;

- Relativismo Kantiano; o conhecimento é relativo (experiencia e razão)

- Relativismo pragmático: o homem foi feito para acção, sendo assim a verdade só
pode ser definida em função dessa mesma acção. Tudo o que ajuda a agir e produz
realmente efeito, será verdadeiro para cada indivíduo.

Precursores: Sofistas, - Protágoras, - William James,

4. A natureza do conhecimento sobre o idealismo e realismo


a) REALISMO (razão): Doutrina que defende que o nosso conhecimento alcança a
realidade objectiva e não apenas as suas representações subjectivas., que quer dizer
é a doutrina ou atitude, segundo a qual o mais fundamental é aquilo pelo qual se
supõem e se deve orientar as acções humanas – as realidades.

Realismo Ingénuo: é as posições que, natural e espontaneamente, isto é, sem a reflexão


deliberada, começamos por adoptar. Admite a existência das coisas tal como as
percebemos.

Realismo Critico: ao contrário do realismo ingénuo. Considera já os problemas da


relação entre as representações e a realidade independentes delas.

Precursores: - Galileu Galilei.

b) IDEALISMO (Razão): É a doutrina ou atitude segundo a qual o mais fundamental


é aquilo pelo qual se supõe que se deve orientar as acções humanas. São as ideias
realizáveis ou não, mas sempre imagináveis como realizáveis, reduz toda a realidade
as ideias ou ao pensamento.

Descartes (que defende que o mundo externo era atingido pelas nossas representações);
Berkeley (que reduz toda a realidade ao mundo dos espíritos e negou a existência de
toda a realidade material), - David Hume,- Kant e Locke
SUMARIO: NÍVEIS DO CONHECIMENTO

1. CONHECIMENTO POPULAR: é o conhecimento do povo que nasce da


experiencia do dia a dia e também é chamada “empírico” ou “vulgar” quer dizer do
povo: criança, lavrador, iletrado, dados encontrados na TV nos jornais, etc…) é
metódico, e assistemático, mas é a base do saber.

Características:

- Conhecimento vulgar ligado a experiencia (pessoal dia a dia) dos outros (usos e
costumes crença, provérbios, popular).

- Conhecimento desordenado (confuso);

- Conhecimento geral (comum a generalidades das pessoas, não é especializado, é


superficial, não é conhecimento seguro);

- É dominado por um ponto de vista subjectivo (Experiencia pessoal, motivações


próprias)

- Conhecimento eficácia em tarefas imediatas.

2. CONHECIMENTO CIENTIFICO: este conhecimento faz a análise dos


fenómenos sensíveis para descobrir as suas leis, tem como métodos observação
sistemática, quando possível a experimentação. É um conhecimento com certeza,
saber positivo, objectivo e racional.

Características:

- Racionalidade; - Positividade; - Real (factual), - Contingente, - Sistemático; -


Operatividade; - Verificável; - Falível; - Objectividade; - Autonomia.

O espírito científico pode ser:

a) Positivo: em vista apenas na descoberta das verdadeiras causas que explicam as leis.
b) Critico: que nada afirma sem provas convincentes e definitivas, obtidos através da
razão e da experiencia.
c) Analítico: que verifica tudo com analise rigorosa.

Importância e perigos do conhecimento científico

Importância

Enquanto a descoberta cientifica avança a vida dos homens também muda de ritmo:
- Muda a mentalidade e a maneira de ser, de conceber a realidade e de relacionar com
ela.

- Contribui para a melhoria das condições de vida.

Perigos

- Degradação do meio ambiente;

- Esgotamento dos recursos naturais mais renováveis;

- Deterioração da camada de ozono.

3. CONHECIMENTO FILOSÓFICO: este conhecimento tem por origem a


capacidade de reflexão do homem e é um instrumento exclusivo do raciocínio. A
filosofia é mais que um saber, é uma atitude: atitude filosófica.

Características:

- É valorativo, é inoperacional, é sistemático, não verificável, infalível, exacto.

SENSO COMUM

É uma faculdade do espírito, conjunto de opiniões recebidas, uma maneira comum de


sentir e agir e não implica qualquer ideia de juízo teórico. Ou é um conjunto de ideias,
costumes, e maneiras de pensar que o homem tem na sua vida prática e diária.

Características

- É constante, comum, universal.

- É a razão no seu estado bruto sem ciência nem filosofia.


SUMARIO: DIVISÃO E CLASSIFICAÇÃO DA CIÊNCIA – SEGUNDO COMTE
(1798-1857)

Este fez o estudo geral da evolução da historia que a partir do qual formulou a chamada
leis dos três estádios, segundo a qual a humanidade assim como o psiquismo humano
passam por 3 estádios, que são:

 Teológico: é o da infância.
 Metafísico: é o da juventude.
 Positivo: é o da maturidade.

No estado positivo não se admite a justificação, nem teológica, nem filosófica da


realidade, mas sim a cientifica que esta ligado ao empírico, ao pratico.

A fase positiva é a da supremacia, é o único conhecimento valido. O critério da


cientificidade põe de fora todos os discursos relativo a religião e a sentimentos que são
constitutivos do homem.

A ciência aparece como aquela que vem tirar o homem do obscurantismo da tradição,
das culturas, etc., tornando o homem mais racional, procurando o seu bem-estar. Esta é
a teoria Progressista.

O avanço tecnológico proporcionado pela ciência nem sempre se mostra favorável ao


homem. A fé no progresso vacilou com a segunda Guerra Mundial. Os efeitos dos
industrialismos tornaram – se assustadoramente, e evidente na degradação do meio
ambiente, no esgotamento dos recursos naturais e na deterioração da camada de Ozono.

A tecno - ciência, é ao mesmo tempo construtora e destruidora. Enquanto se produz


cimento para melhorar a habitação dos homens, destrói-se consequentemente a camada
de ozono, através dos gazes que a indústria expele no acto do fabrico do cimento; tão
necessário para a sobrevivência humana.

Portanto, o homem auto-destrói-se a medida que procura emancipar-se. E isso levou


Fukuyama a negar a própria ideia do progresso.
SUMARIO: A QUESTÃO DA VERDADE

A VERDADE - é a correspondência entre o conceito e a realidade. Dizer algo que é


verdadeiro implica a correspondência daquilo que é dito com a realidade, é dizer o que a
coisa é de facto.

Existem 4 principais estados de espírito perante a verdade: ignorância, duvida, opinião e


certeza.

a) Ignorância: é a ausência de todo o conhecimento relativamente a um enunciado.


Para o espírito um estado de ignorância, a verdade de um determinado enunciado é
como não existisse.
b) Duvida: é o estado de equilíbrio entre a afirmação e a negação. Neste estado o
espírito não adere ou porque os motivos para afirmar ou negar se equilibrem (duvida
positiva) ou não se equilibram mas não são suficientes para excluir o medo do erro,
ainda dúvida positiva, ou não tem razão alguma nem para firmar, nem para negar
(duvida negativa que equivale a ignorância).

A dúvida pode ser:

 Metódica ou cartesiana: consiste na suspensão voluntaria, fictícia ou real, mas


sempre provisória na aceitação de uma verdade tida por certa com o fim de verificar
o seu valor. É também conhecida como dúvida cartesiana, por ter sido Descartes o
primeiro a estabelece - lá como método. É provisória.
 Céptica ou sistemática: estado definitivo do espírito relativamente a toda verdade,
é impossível legitimar as nossas verdades espontâneas que devemos ter sempre
como incertas. É definitiva e é um fim.
c) Opinião: é a adesão receosa do espírito á afirmação ou negação de um enunciado. O
valor da opinião depende do grau de probabilidade e, portanto, dos motivos em que
se baseia.

d) Certeza: é a adesão firme e inabalável do espírito a uma verdade conhecida, sem


receio de errar. Esta manifestação faz-se mediante a evidência, que é o motivo e o
fundamento da certeza como a probabilidade e o motivo da opinião.
SUMARIO: A EPISTEMOLOGIA CONTEMPORRANEA: As teorias Karl Popper e
teoria de Thomas Kuhn
III TRIMESTRE

SUMARIO: CONCEITO E OBJECTO DA LOGICA

Origem da Lógica

As raízes da Lógica encontram-se na antiga Grécia. As polémicas geradas pela teoria de


Parmênides e os famosos argumentos de Zenão (490 - 425 A.C.), que negavam a
realidade do movimento fazendo um uso indevido do princípio da não contradição,
contribuíram para a distinção dos conceitos, para se ver a necessidade de argumentar
com clareza mediante demonstrações rigorosas, respondendo às objeções dos
adversários. Mais tarde, as subtilezas dos sofistas, que reduziam todo o saber à arte de
convencer pelas palavras, foi tudo isso que levou Sócrates (469-399 A.C.) a defender o
valor dos conceitos e tentar defini-los com precisão. Assim a Lógica como ciência vai-
se formando pouco a pouco, principalmente com Sócrates e Platão (427-347 A.C.).

Conceito e Objecto da Lógica

LÓGICA ( DO GREGO λογυπ) logos (razão, discurso), que significava palavra,


pensamento, idéia, argumento, relato, razão lógica ou princípios lógicos). OU lógica
significa ciência de logos.

A lógica pode ainda ser definida etimologicamente, como ciência da razão ou do


pensamento ou como ciência do discurso racional ou a ciência que estuda a dimensão
racional do discurso.

Podemos então dizer, que a tarefa da lógica é o estudo das condições de pensamento
válido, isto é, do pensamento que procura alcançar a verdade. Ela deve regular o
perfeito discurso da razão e oferecer o caminho para o correcto exercício da linguagem
e do pensamento na procura da verdade.

- No seu sentindo etimológico, ela é a ciência do “logos”. O termo logos de origem


grega significa: palavra, discurso, pensamento, razão. Como tal, a lógica terá por
objecto o pensamento e o discurso, preocupando-se com a sua correcção.
Tradicionalmente – lógica é também a designação para o estudo de sistemas prescritos
de raciocínio ou seja, sistema que definem como se “deriva” realmente pensar para não
errar, usando a razão, dedutivamente e indutivamente. A forma como as pessoas
realmente raciocinam é estudado nas outras áreas, como na psicologia cognitiva.

Como ciência – a lógica define a estrutura da declaração e argumento para elaborar


formula através das quais estes podem ser codificados. Implícita no estudo da lógica
esta a compreensão do que gera um bom argumento e de quais argumentos são
falaciosos.

A lógica filosófica - lida com descrições formais da linguagem natural. A maior parte
dos filósofos assume que a maior parte do raciocínio “normal” pode ser capturada pela
lógica, desde que seja capaz de encontrar o método certo para traduzir a linguagem
corrente para essa lógica.

Importância da Lógica

 Ela ajuda-nos a adquirir competências que nos permite avaliar a validade dos
argumentos que nos são apresentados, contribuindo assim para desenvolver a
autonomia e o espírito critico.

 Ela proporciona-nos meios que possibilitam a organização coerente dos


pensamentos, desenvolvendo competências argumentativas e demonstrativas, a fim
de os podermos comunicar com rigor, coerência e inteligibilidade.

 Ela permite-nos analisar diversos tipos de discurso, do científico ao político, para


nos certificarmos da sua validade formal.

 Finalmente ela possibilita-nos a análise de idéias, juízos, raciocínios e métodos de


inferir, permitindo representar, através de uma linguagem rigorosa, conceitos que
pela subtileza escapam a toda a toda a determinação precisa com a linguagem
corrente. É por meio desses recursos que pensamos a realidade e a podemos
conhecer.

 A lógica é então necessária para tornar o espírito mais penetrante e para ajudá-lo a
justificar suas operações recorrendo aos princípios que fundam a sua legitimidade.

Objectivos da Lógica
 Compreender os princípios lógicos da razão: identidade, não contradição, e terceiro
excluído.

 Distinguir a validade formal e validade material.

 Reconhecer que a validade formal é uma condição necessária da validade material.


SUMARIO: TIPOS DE LOGICA E DIVISAO DA LOGICA

Tipos de Lógicas

 Lógica modal: agrega à lógica clássica o princípio das possibilidades. Enquanto na


lógica clássica existem sentenças como: "se amanhã chover, vou viajar", "minha avó
é idosa e meu pai é jovem", na lógica modal as sentenças são formuladas como "é
possível que eu viaje se não chover", "minha avó necessariamente é idosa e meu pai
não pode ser jovem", etc.

 Lógica epistémica: também chamada "lógica do conhecimento", agrega o princípio


da certeza, ou da incerteza. Alguns exemplos de sentença: "pode ser que haja vida
em outros planetas, mas não se pode provar", "é impossível a existência de gelo a
100°C", "não se pode saber se duendes existem ou não", etc.

 Lógica deôntica: forma de lógica vinculada à moral, agrega os princípios dos


direitos, proibições e obrigações. As sentenças na lógica deôntica são da seguinte
forma: "é proibido fumar, mas é permitido beber", "se você é obrigado a pagar
imposto, você é proibido de negar", etc.

Divisão da Lógica

A lógica divide-se em duas partes:

 Lógica formal ou menor – parte da lógica que estabelece a forma correcta das
operações intelectuais, ou melhor que assegura o acordo do pensamento consigo mesmo
de tal maneira que os princípios que descobre e as regras que formula se aplicam a todos
os objectos do pensamento, quaisquer que seja. A lógica formal compreende
normalmente três partes que tratam da apreensão e da idéia do juízo e da proposição –
do raciocínio e da argumentação.

Lógica material ou maior – parte da lógica que determina as leis particulares e as


regras especiais que decorrem da natureza dos objectos a conhecer. Ela define os
métodos da matemática, da física, da química, das ciências naturais, das ciências
morais, etc. que são tantas outras lógicas.
SMARIO: A linguagem como fundamento da condicao humana; linguagem e
comunicacao; linguagem pensamento e discurso.

1. A LINGUAGEM COMO FUNDAMENTO DA CONDIÇÃO HUMANA

Desde o momento em que nascemos logo em comunicação com os outros e com o


mundo que nos rodeia, o primeiro choro, a saída do ventre da mãe é através, da
expressão primária dessa necessidade de comunicação, traduzida na única linguagem
possível naquele momento.

A linguagem Humana, na sua forma comum que é a palavra, ocupa um lugar de relevo,
entre os instrumentos culturais humanos usando uma tecnologia hoje muito em voga,
diríamos “ os homens e as mulheres estão programados para falar e apreender línguas”,
uma vês que a linguagem responde a uma necessidade fundamental da espécie humana:
a necessidade de comunicação. Mas é preciso salientar que a aprendizagem da língua é
social e cultural: por exemplo: uma criança de pais macuas que é retirada nos
primeiros meses para um ambiente changana, adquirindo aqui a sua educação,
obviamente terá maior propensão para adquirir a cultura changana. Como afirmamos
anteriormente a linguagem é o fundamento da nossa humanidade, ela tem um estatuto
antropológico e cultural.

2. Linguagem e Comunicação

A comunicação aparece como um fenômeno complexo, uma vez que o termo designa
objectos e situações diversas. Assim falamos de comunicação pensando nos meios
técnicos (rádio, TV, telefone, fax, Internet). Falamos de comunicação pensando nos
dispositivos que a permitem (informação, formação, publicidade, etc.). E falamos
obviamente de comunicação para nos referirmos a qualquer situação de interacção entre
os seres humanos, evocando, imediatamente a simples, conversação, o diálogo, a
discussão, o debate, os enunciados discursivos nas diversas situações diárias.

Vários modelos explicativos de fenómenos de comunicação humana tem sido propostos


na forma mais simples, podemos dizer que a comunicação é o resultado de três
elementos fundamentais: uma fonte (o ser humano, um animal ou uma maquina) que
emite uma mensagem (uma frase, um gesto, um filme) em direcção a um alvo (um
interlocutor, um espectador ou outro).

Alguns exemplos de modelos de comunicação:

- Modelos de C.Shannon (engenheiro de telecomunicações) e de W.weaver (filosofo de


comunicação), datados de 1949, e o de H.Lasswell (Especialista em ciência políticas),
dotados de 1948.

3. Linguagem, Pensamento e Discurso

Quando a filosofia usa o termo “ discurso”, considera-o como uma operação intelectual
que se processa por uma série de operações elementares e sucessivas, encandeando-se
numa sequência ordenada de enunciados em que cada um retira o seu valor dos
antecedentes, procurando chegar a determinadas conclusões. Existem uma estreita
relação com a lógica, normalmente considerada a ciência reflexiva do discurso. Por isso,
os gregos usam o termo logos que foi indiscretamente traduzido por discurso, razão e
ainda linguagem. A maioria dos linguísticos, parece concordar que o discurso é, em
primeiro lugar, um acontecimento de linguagem, uma actualização da língua.
SUMARIO: As Dimensões do Discurso Humano

Defender que o discurso humano é pluridimencional, é aceitar que existem diversas


dimensões que o constituem. Umas podem ser consideradas mais importantes que as
outras. Dentre elas podemos destacar as seguintes dimensões, linguística, textual,
lógico-racional, expressiva ou subjectiva, apofântica ou representativa, comunitária,
institucional e ética.

As mais importantes são: semânticas, sintácticas e pragmática. Dada a importância


destas três dimensões que não devemos ignorar e que abordaremos primeiramente.

a) Dimensão Sintáctica

Etimologicamente sintaxe deriva do Grego Syn +táxis (co-ordem, coordenação).


Tradicionalmente, define-se a sintaxe como a parte da gramática que trata das regras
combinatórias entre os diversos elementos da frase. Recorrendo a uma definição mais
abreviada, podemos dizer que sintaxe trata da relação intralinguistica dos signos entre
si. (Apel, KArl-Otto;1975 (ou estuda as relações internas que os signos mantém entre si
(Meyer, Michel; 1992). Usando uma definição mais elaborada podemos dizer que, é o
conjunto dos meios que nos permitem organizar os enunciados, afectar a cada palavra
uma função e marcar as relações que se estabelecem entre as palavras. A ordem das
palavras é um dos traços característicos de qualquer sintaxe. (Yaguello, Marina, 1990).

Assim por razoes de carácter sintáctico:

- Umas séries de letras ao acaso não são uma palavra.

- Uma série de palavras expostas ao acaso não é uma frase.

- Uma série de Frases disposta ao acaso não é um texto nem um discurso.

b) Dimensão Semântica

O termo Semântico encontra a sua raiz no grego semantiké (tékhne), que literalmente
significa: ‘a arte da significação’, ou arte (ciência) do significado.

Michel Bréal define a semântica como ciência que se dedica ao estudo das
significações. Para ele a semântica trata da relação dos signos com o seu significado e
logo com o mundo.
Portanto a semântica trata das relações dos signos (as palavras da frases) com os seus
significados (significação) e destes com as realidades a que dizem respeito (referencia).

No que se refere ao domínio da semântica linguística podemos considerar:

 Uma semântica lexical – que estuda as regras de organizarão da significação das


palavras entre si (as relações de sinonímia, de antinomia, os campos lexicais, a
evolução das palavras).

 Uma semântica da Frase – que estuda essencialmente o modo como as palavras se


combina para que a frase tenha sentido (uma palavra pode ter vários sentidos ou
vários significados, que só descodificaremos se considerarmos o contexto).

 Uma sintáctica do discursos – (frase ou enunciados) – que constitui e da coerência a


um texto. (Perante um texto que não tenha um sentido unitários, que não respeite as
regras de articulação, dificilmente alguém conseguira captar o seu sentido global).

c) Dimensão Pragmática

A palavra ‘pragmática’ encontra no grego pragmatiké (de pragma, acção), a sua raiz.

Entre os precursores da pragmática encontramos, entre outros, o filósofo e crítico


literário alemão Von Humboldt (1767 – 1835) que afirmou que a essência da linguagem
era a acção. Michel Meyer define-a como a disciplina que se prende com os signos na
sua relação com os utilizadores.

Pode-se considerar como fundador da disciplina C.Morris, que exigiu a pragmática


como complemento da sintaxe e da semântica.

Na comunicação, segundo ele, há um signo, um significado e um intérprete,


desenrolando-se entre eles uma tríplice relação. A pragmática é o estudo do uso das
proposições. Mas também pode definir-se como estudo da linguagem, procurando ter
em conta a adaptação das expressões simbólicas aos contextos referencial, situacional,
de acção e interpessoal. A atitude pragmática diz respeito a procura de sentido nos
sistemas de signos, tratando-os na sua relação com os utilizadores, considerando sempre
o contexto, os costumes e as regras sociais. Uma analise pragmática de um texto, escrito
ou falado, procura ver de que modo o texto esta estruturado e quais as suas funções
especificas.

Quando um sujeito falante diz algo, podemos distinguir facilmente:

- O que diz (acto locutório)

- Do que Faz, dizendo (acto elocutório)

- E dos efeitos resultantes da acção de dizer (acto persecutório)

Estas três dimensões do discurso (sintáctica, semântica e pragmática) não podem ser
isoladas, são indissociáveis. Vamos procurar algumas razões justificativas desta
inegociabilidade.

- A sintaxe preocupa-se essencialmente, com o que se poderia chamar a forma


gramatical da linguagem.

- A semântica coloca, essencialmente, o problema do significado das palavras e frases


que constituem os nossos enunciados discursivos e, obviamente, remete para a relação
que a linguagem estabelece com o mundo, com os objectos, colocando assim o
problema de referência.

- A pragmática preocupa-se com o uso que fazemos da linguagem num dado contexto.
SUMARIO: Dimensoes Acessorias do Discurso

1. Linguística: o discurso tem uma dimensão linguística, dado que é um acto


individual de fala em que um emissor enuncia algo numa determinada língua.
2. Textual: o discurso efectiva-se sempre num texto rescrito ou oral que se
constitui como uma sequência de enunciados ordenados de uma forma coerente.
3. Lógico-racional: o discurso é formulado de acordo com uma dada sequência e
encandeamento lógico de proposições.
4. Expressiva/Subjectiva: o discurso, porque é humano, é sempre expressão de
sentimentos, pensamentos, argumentos, emoções e perspectivas de um dado
sujeito.
5. Intersubjectiva/Comunicacional: o discurso pressupõe sempre a possibilidade
de comunicação entre sujeitos: comunicação com o outro ou outros.
6. Argumentativa: no discurso em situação de diálogo, ou outra, o sujeito ou
sujeitos comunicam as suas razoes, argumentos e provas para justificar os seus
pensamentos e posições.
7. Apofantica: esta designação foi originalmente estabelecida por Aristóteles e
traduz a relação do discurso com a realidade.
8. Comunitária e institucional: o discurso é sempre configurado numa língua que
assimilamos a nascença ou que aprendemos depois e que é pertença de uma dada
comunidade ou cultura e em que estão já previamente definidos e estabelecidos
os termos da sua utilização.
9. Ética: o discurso devera obedecer e respeitar um código do discurso que
podemos chamar de “ética da discussão”, “ética argumentativa”ou “ética da
comunicação”.
Este código define que os participantes no discurso devem e podem:
 Falar com verdade;
 Ter como princípio do seu discurso, chegar a verdade;
 Empenhar-se na procura da verdade e fazer do discurso uma adequação
racional a mesma;
 Problematizar e questionar as posições do interlocutor
 Afirmar o que acreditam;
 Ser insentos e respeitar e fazer respeitar a sua isencao e a dos
interlocutores;
 Ter subjacente ao discurso entre sujeitos livres a vontade de chegar a um
acordo ou consenso;
 Evitar a contradição.
SUMARIO: Os novos dominios da logica e suas implicacoes: cibernetica,
informatica e inteligencia artificial

Pela necessidade de articular a filosofia com a experiência real dos leitores, vamos neste
capítulo mostrar que a lógica não é uma disciplina moralmente teórica ou formal. Ela
conhece hoje um campo prático de aplicação que inclui novas ciências e tecnologias
como a Cibernética, a informática e a inteligência artificial.

E são esses, sobretudo, que aqui urge pensar.

a) Cibernética

A palavra Cibernética tem a sua origem no grego kibernétes. Platão usou o termo e com
ele pretendia designar “a arte de pilotar navios”. É nesta raiz grega que se filia a palavra
latina gubernare, que origina o termo “governo”. Tal como o piloto dirige o navio,
assim o governo é o timoneiro que dirige o estado.

A teoria da cibernética remonta a 1948 e deve a sua origem ao matemático norte/


americano Norbert Wiener (1895/1964). Podemos defini-la genericamente como a
ciência da comunicação e do controlo de homens e máquinas. É no sei deste movimento
de ideias que vimos surgir o primeiro computador da nossa era e será igualmente fruto
do seu trabalho que se desenvolve a posterior robotização.

b) Informática

O termo informático foi criado em 1962 por Philippe Dreyfus. Contudo, foi introduzido
oficialmente na academia francesa de ciências em 1966. A informática foi então
definida como “ ciência do tratamento racional, nomeadamente por máquinas
automáticas, da informação considerada como suporte dos conhecimentos e das
comunicações nos domínios técnicos, económicos e social”.

Apesar do termo ter surgido nesta altura, os estudiosos destas temáticas dizem-nos que a
informática começou a ser um domínio autónomo por volta dos anos 50. São, entre
outros, marcos importantes da constituição dessa autonomia os seguintes:

- O congresso de Paris de 1951.

- O primeiro computador baseado na tecnologia dos transístores (Bell-1955).

- A linguagem de alto nível (Basic – 1954, FORTRAN – 1957, COBOL – 1960).


Entre 1945 e meados dos anos 60 surge a primeira informática. Dá-se o aparecimento
dos primeiros computadores propriamente ditos. O ENIAC é o primeiro exemplar. É o
período da definição dos princípios básicos, da definição do corpo teórico e técnico.
Nos anos 60 até os finais dos anos 70 surge a segunda informática, desenvolve-se os
computadores baseados nas técnicas dos transístores e os computadores pessoais. Nos
anos 80, surge a terceira informática, com o aperfeiçoamento dos computadores
pessoais das redes, do micro informática. É o que poderíamos chamar banalização dos
computadores pessoais e transformação da sociedade da informática numa cultura de
comunicação. Frutos que colhemos actualmente.

c) Inteligência Artificial

A inteligência artificial é um domínio relativamente recente. Encontramos as suas raízes


no grande desenvolvimento do computador dos anos 50. Porque estas máquinas
ofereciam enormes possibilidades de armazenamento e processamento de informação a
altas velocidades, os investigadores apostaram em construir sistemas que em tudo se
assemelhassem as potencialidades da inteligência humana. Podemos dizer que a
inteligência artificial se inspira na inteligência natural própria dos seres humanos. Para
uma melhor compreensão da relação entre inteligência natural e inteligência artificial é
preciso delimitar o conceito de inteligência.

Assim, quando dizemos que os seres humanos são inteligentes, estamos a pensar nas
suas habilidades para adquirirem, compreenderem e aplicarem certos conhecimentos,
bem como capacidades para exercitarem o seu pensamento e raciocínio. Sabemos ainda
que a inteligência é mais do que isso. A inteligência engloba todo o conhecimento
consciente ou inconsciente, que fomos adquirindo ao longo da nossa vida, fruto do
estudo, ou em resultado das multifacetadas experiências que realizamos das muitas
situações mais ou menos problemáticas que fomos ou vamos enfrentando. Será os seres
humanos serão capazes de construir sistemas de inteligência artificial que demonstrem
tais características?
SUMARIO: OS PRINCÍPIOS DA RAZÃO

Os principios da razao são fundamentos e garantias de possibilidade da coerencia do


pensamento. A sua importancia é tal que sem eles não poderiamos pensar nem formular
qualquer ideia. Estes principios foram enunciados por aristoteles na logica classica em
termos de coisas e modernamente são enunciados em termo de proposicoes ( que é a
expressao verbal do juizo, ou seja, uma proposicao logica é uma frase declarativa pela
qual se expressam juizos e sobre a qual se pode se pode afirmar a falsidade ou verdade).

Ex: “Todos os homens são seres vivos”; “ Os Mocambicanos são Africanos”;

a) PRINCÍPIO DE IDENTIDADE –O princípio da identidade é a condição do


pensamento, e sem ele não podemos pensar. Um objeto só pode ser conhecido e
pensado se for percebido e conservado com sua identidade.

Em termos de coisas:

 Uma coisa é o que é.

 O que é, é e o que não é não é.

 A é A (A, designando a qualquer objecto de pensamento). Ex. “Laranja é laranja” bem


como “Deus é Deus”

Em termo de proposição

 Uma proposição é equivalente a si mesma. Ex. todos os mocambicanos são


inteligente. Ou Todos os Mocambicanos são Africanos.

b) Princípio de (Não) Contradição e da negação das proposições

Este princípio também se pode chamar de princípio de contradição, determina que uma
coisa – considerada sob o mesmo aspecto – não pode ser e não-ser ao mesmo tempo,
por conseguinte, coisa alguma pode ter e não ter, ao mesmo tempo, determinada
propriedade.

O enunciado é o seguinte: “A é A e é impossível que seja ao mesmo tempo não A”. O


“É” e o “não É” não podem se referir a um mesmo objeto quanto a uma propriedade.
Existe uma DICOTOMIA entre “SER” e “NÃO-SER”, pois quando uma
possibilidade ocorre e outra é excluída.

E uma vez que é falsa não pode ser verdadeira. A negação de tal premissa é verdadeira.

Em termo de coisas:

Uma coisa não pode ser e não ser ao mesmo tempo, de acordo com a mesma
perspectiva (Uma proposição não pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo, de
acordo com a mesma perspectiva).

Em termos de proposições:

 Uma proposição não pode ser falsa e verdadeira ao mesmo tempo, segundo uma
mesma perspectiva..

 Uma proposição e a sua negação não podem ser simultaneamente verdadeiras..

Exemplo: · Todo o homem é mortal.

Nenhum homem é mortal.

 Duas proposições contraditórias não podem ser simultaneamente verdadeiras.

Exemplo: Todo o homem é mortal.

Alguns homens não são mortais.

c) Principio de Terceiro Excluído (ou do meio excluído ou da negação dos


conceitos).

O enunciado é o seguinte: “OU A é X ou é Y e não há terceira possibilidade”. Ou seja,


estabelece-se uma dicotomia para A, em torno de X e de Y. Vejamos alguns enunciados
como exemplo: “Ou é Emmanuel o autor do livro ‘Consolador’ ou não é”; “ou faremos
a guerra ou faremos a paz”; “Ou aceitamos a verdade ou aceitamos a mentira”; etc.

 Uma coisa deve ser ou não ser, não haverá uma terceira possibilidade( o terceiro
excluiodo).

Em termo de proposições temos os seguintes enunciados:


 Uma proposição é verdadeira ou então ou falsa, não há outra possibilidade.

Introduzindo a negação:

 Se encararmos uma proposição e a sua negação, uma é verdadeira e a outra é


falsa, não há meio-termo.

Em termos de proposições contraditórias, temos:

 De duas proposições contraditórias, se uma é verdadeira, a outra é falsa e se uma é


falsa a outra é verdadeira, não há meio-termo.

Exemplo: Todos os Moçambicanos são pacíficos.

Alguns moçambicanos não são pacíficos.

Estes três princípios regulam a estrutura formal do pensamento, não se referindo ao seu
conteúdo. Eles indicam-nos como devemos pensar e não o que devemos pensar. São
meramente formais.

d) Princípio da Razão Suficiente

Afirma que tudo o que acontece tem uma razão (causa ou motivo) para existir ou para
acontecer, e que tal razão, pode ser conhecida pela nossa razão. O princípio da razão
suficiente costuma ser chamado de principio da casualidade, para indicar que a razão
afirma a existência de relações ou conexões entre as coisas, entre fatos, ou entre ações e
acontecimentos. Ou “todo o efeito pressupoe uma causa”; “o que vem a ser exige razao
explicativa”.
SUMARIO: LÓGICA DO CONCEITO/ TERMO

3. Relação termo conceito

O termo é a expressão externa (verbal de um conceito ou idéia). Não se deve portanto,


confundir termo e palavra, porque o termo pode ter varias palavras e ate proposições
gramaticais ou ser constituído por simples gestos. O termo é a expressão externa da
idéia, isto é, o termo é como que idéia expressa em palavras, já que uma idéia só ganha
corpo quando expressa.

O termo é com que a idéia exteriorizada e concretizada, visto que, concebido um


conceito, só lhe dão existência depois de encontrarmos o termo que a pode exprimir.

Exemplo: Aristóteles é o filósofo da antiguidade que mais contribuiu para o


desenvolvimento da filosofia.

- Malangatana é um dos pintores de modernidade que tanto contribuiu para o


desenvolvimento da cultura moçambicana.

O conceito define –se como o acto mental pelo qual se confere uma certa qualidade ou
qualificacao a uma determinada classe dos objectos com caracteristicas comuns. É a
apreensao pela mente da essencia. No conceito temos apenas a essencia, as
caracteristicas determinantes de um objecto, e não o proprio objecto. O conceito
constitui a forma mais simples e elementar do pensamento, na medida em que se limita
a apreensao da essencia de uma determinada classe dos objectos.A relacao que existe
entre o termo e o conceito é O conceito como acto mental que qualifica uma classe de
objectos ganha a sua forma na e pela linguagem que permite fixa-lo e evoca-lo. E a essa
fixacao e evocacao da-se o nome de termo que se define como expressao verbal de um
conceito.
SUMARIO: COMPREENSAO E EXTENSAO DOS CONCEITOS

Extensao de um conceito (denotacao): é o conjunto de seres ou objectos abrangidos


pelos conceitos. ou conjunto de seres ou objectos aos quais o conceito se aplica, ou que
ela abrange.

Por Exemplo

: O conceito “homem” convém a moçambicanos, angolanos, chineses, brancos, Negros,


Malangatana, Fany Npfumo, etc.

A compreensao de um conceito (conotacao): é um conjunto de propriedades que


caracterizam e são comuns a todos os seres ou objectos que formam a sua extensao. Ou
é o conteúdo que a analise descobre nessa idéia, ou seja, o conjunto das qualidades ou
características.
Por exemplo: a compreensão da idéia “homem” implica os seguintes caracteres:
animal, vertebrado, mamífero, racional, etc.

Relacao entre compreensão e extensão dos conceitos

entre a extensao e a compreensao de um conceito estabelece-se uma relacao qualitativa,


podendo, por isso, variar na sua razao inversa: Quanto maior for à extensão, menor é a
compreensão, quanto menor é a extensao, maior é a compreensao.

+ Extensao Ser - Compreensao

Extensao Ser vivo

Animal

Homem

Africano

Mocambicano

Maputense

- Extensao Lurdes Mutola + Compreensao


É possível e necessário ordenar os conceitos e, portanto, os seres que eles representam,
numa hierarquia fundada na sua extensão. O conceito de maior extensão chama-se
género, em relação à extensão menor, e esta denomina-se espécie em relação àquela.
SUMARIO: Classificação dos conceitos e termos: os conceitos classificam-se segundo
os critérios que se seguem:

a) Quanto à compreensão podem ser:

 Simples e compostas – aqueles que são decomponíveis, isto é, divisíveis. Conforme


contem na sua compreensão um ou vários elementos: a idéia de ser é uma idéia
simples e a do homem e uma idéia composta.

Exemplo: ser, homem, animal, planta.

 Concretos – aqueles que são aplicáveis a sujeitos e objectos. Concretas, se


representam um objecto ou uma qualidade no objecto. (ex. homem e sábio).

Exemplo: gato, cão, planta

 Abstractos – aqueles que são aplicáveis a qualidades, acções ou estados. Abstractas


se representam uma qualidade isolada (mentalmente) do objecto a que pertence. (ex.
humanidade, sabedoria)

Exemplo: beleza, alegria, amizade

b) Quanto a extensão podemos classificá-los em:

 Universais ou divisas – os que são aplicáveis a todos os elementos de uma classe.


Quando se podem referir-se conjuntamente a todos, e individualmente a cada um
dos seres de uma classe. Assim o termo vertebrado referido a mamífero, é um termo
diviso, porque a todos e cada um dos mamíferos são vertebrados.

Exemplo: homem, circulo, mesa.

 Particulares – os que são aplicáveis apenas a uma parte de classe. Se referidas de


maneiras indeterminadas a um ou vários seres de uma classe: certo homem, alguns
indivíduos, a maior parte das pessoas.

Exemplo: aqueles homens, alguns livros, estes cadernos.

 Singulares – os que são aplicáveis apenas a um individuo. Se referidas a um


determinado, aquele homem, o meu chapéu… (Homem e chapéu representam
singularmente, neste caso as idéias de homem e de chapéu, respectivamente.
Exemplo: Alberto, Almiro, este carro.

 Colectivas ou indivisas – quando podem referir-se, globalmente, um conjunto de


seres, mas não individualmente a cada um deles (o exercito, o governo, o
parlamento).

c) Quanto a relação Mutua, são:

 Contraditórios – quando há oposição e exclusão mutua.

Exemplo: ser/não ser, escuro/não escuro.

 Contrários – quando há oposição sem exclusão mutua.

Exemplo: branco/preto, alto/baixo

 Relativos – quando um não é sem outro (implicação mutua).

Exemplo: pai/filho, direita/ esquerda.

Os termos são expressões verbais dos conceitos e classificam-se de acordo com os


seguintes critérios:

a) Quanto ao modo de significação:

 Unívocos – os que se atribuem de modo idênticos a objectos diversos.

Exemplo: homem (aplicado a brancos, negros, João, americanos).

 Equívocos – os que se aplicam a sujeitos diverso em sentido totalmente distinto.

Exemplo: manga (fruto), manga (de camisa).

 Análogo – os que são aplicáveis a realidades diversas num sentido que não é
totalmente idêntico nem totalmente distinto.

Exemplo: saudável (aplicado ao corpo), saudável (dito dos alimentos). São

b) Quanto à perfeição com que representam os objectos:

 Adequados – quando representam com perfeição o objecto.

Exemplo: felino (aplicado a um gato).


 Inadequados – quando representam incompletamente o objecto.

Exemplo: ave (aplicado a um morcego)

 Claros – quando suficientes para fazer reconhecer o objecto

 Obscuros – quando insuficientes para fazer reconhecer o objecto.

 Distintos – quando permitem distinguirem bem um objecto de outros.

 Confusos – quando não permitem distinguirem suficientemente um objecto de


outro.

c) Quanto à maneira como a exteriorização do conceito é feita:

 Oral

 Escrita

 Gesticular
SUMARIO: A definição: regras de definicao

A definição essencial ou característica atinge os caracteres essenciais da coisa; é aquela


que se faz pelo género próximo, espécie e diferença específica.

Exemplo: o homem (espécie) é animal (género próximo) racional (diferença


especifica).

A definição descritiva é aquela que enumera as características exteriores mais salientes


de uma coisa que a individualizam e permitem distingui-la de todas as outras.

Exemplo: o homem é um mamífero, bípede, de posição erecta, etc. (CHAMBISSE,


p124-125).

Regras de Definição

A análise de conceitos, sob o ponto de vista da sua compreensão, é a operação lógica


chamada definição. A definição uma maneira geral, uma operação lógica.

Definir uma coisa é indicar, de entre as suas propriedades as que bastem para dizer o
que a coisa é e distingui-la do que não é. A definição resulta pois, da análise da
compreensão. Há coisas que podem e outras não podem definir-se.

Será que se pode definir todas as coisas? Não. Há duas espécies de definições: a
nominal (que exprime o sentido de uma palavra) e a real (que exprime a natureza do
próprio objecto representado pela palavra). Esta ultima pode ser essencial, ou
característica e descritiva. Toda a ciência procura usar a definição essencial, a única
definição verdadeira, no entanto na impossibilidade de usar aquela, as ciências
contentam-se frequentemente com a pura definição descritiva.

Há três regras fundamentais da definição essencial:

a) A definição deve ser mais clara que o definido (clareza da definição).

 O termo a definir não deve entrar na definição.

Exemplo: a pressão atmosférica é a pressão exercida.

 Deve ser feita em termos precisos e distintos

Exemplo: O homem é um animal racional.


 Deve ser breve tanto quanto possível

Exemplo: o triângulo é um polígono de três lados

 Não pode ser negativa.

Exemplo: Pobre é um não rico.

b) A definição deve convir a todo o definido e só ao definido, quer dizer não deve
ser muito restrita, nem demasiado ampla.

Exemplo: O triângulo é um polígono (definição muito restrita)

O triângulo é um polígono de três lados e três ângulos iguais (definição demasiada


ampla).

c) A definição deve ser recíproca, isto é, sendo o definido o primeiro membro de


uma igualdade e a definição o segundo, devem poder trocar de lugar, com efeito,
dizer que o homem é animal racional, pode transformar-se em o animal racional é
homem.

4.5.2.1. Divisão e Classificação

Divisão é a análise das ideias sob o ponto de vista da sua extensão. Portanto dividir um
conceito significa indicar a quantos seres ou objectos diferentes eles se aplica. Divisão
é, assim, a decomposição de um todo nas suas partes.

A divisão pode ser dicotómica ou politomico. Mas a divisão lógica mais perfeita é a
dicotómica, que consiste em passar de um género a duas espécies, das quais uma tenha
um atributo que não existe na outra. Classificar é reunir ordenadamente em grupos os
vários seres ou objectos que uma ideia abrange, de harmonia com as suas semelhanças e
diferenças, atendendo, ao mesmo tempo, a compreensão e a extensão do conceito.

Qualquer classificação deve obedecer aos três princípios seguintes:

 Não deve deixar resíduo, isto é, deve ser exaustiva, não ficando nada que não seja
classificado.

 Deve haver mais semelhanças entre dois seres reunidos numa mesma classe do que
entre dois seres colocados em classes diferentes.
 Deve ser irredutível, isto é, uma classe não deve incluir a outra.

A Classificação pode ser natural ou artificial.

A primeira baseia-se em características essenciais, exigindo o estudo completo de


todos os caracteres e propriedades do objecto;

A segunda tem um carácter arbitrário ou convencional e funda-se em algumas


características ou propriedades do objecto, que sejam mais fáceis de conhecer. A
classificação artificial prepara, por vezes, a natural.

A classificação: a clareza de qualquer conceito exige que ele seja, depois de definido e
dividido, convenientemente classificado.

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