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Livro Schneider
Livro Schneider
MANEJO FLORESTAL:
Planejamento da Produção Florestal
Santa Maria
2004
2
Endereço:
E-mail: paulors@smail.ufsm.br
CDU: 630
630.2/.9
APRESENTAÇÃO
Este trabalho reúne idéias que se encontram na literatura especializada sobre o manejo
florestal. Essas idéias são apresentadas como um marco teórico, ordenadas de forma lógica e
contínua por conteúdos, o que permite visualizar as conexões e as diferenças que as novas
idéias tem em relação às teorias tradicionais de manejo florestal, especialmente no
planejamento da produção.
É importante assinalar que não se pretende fazer uma descrição integral e completa do
manejo florestal para as diferentes situações, mas enfocar com maior amplitude e clareza os
aspectos teóricos e na medida do possível com exemplos práticos dos pontos mais importantes
e aplicáveis para o momento.
O Autor
4
Dedico,
SUMÁRIO
Página
APRESENTAÇÃO 3
SUMÁRIO 5
I - INTRODUÇÃO 11
1.1 Definições de manejo florestal 11
1.2 Ordenamento e manejo florestal 14
1.3 Histórico do manejo florestal 15
1.4 Relação do manejo florestal com outras disciplinas 17
1.5 Natureza e finalidade do manejo florestal 18
I - INTRODUÇÃO
A relação do homem com as florestas iniciou antes dos primeiros registros históricos.
Entretanto, nesta época era difícil de entender que a floresta representasse para o homem um
recurso valioso como se entende atualmente. Para as sociedades primitivas a floresta era um
elemento do ambiente com poucas oportunidades de uso embora que sobrevive de sua
abundância.
Atualmente, a floresta é vista pelo homem como um recurso escasso com valor
agregado, pelo aspecto econômico, ecológico e social, envolvidos no processo de produção.
Deve-se aceitar para os propósitos deste escrito que a função básica da empresa
florestal é a produção madeireira com fins comerciais lucrativos, e que o processo de
produção encontra-se sujeito a restrições para proteção dos outros recursos florestais e da
ecologia da floresta. Também, supõe-se que a exploração dos recursos florestais dá-se numa
propriedade privada, com base numa economia keynesiana, que preconiza o livre mercado,
múltiplos produtores e compradores, que atuam de maneira racional.
Dentro do cenário descrito, o manejo florestal tradicional pode ser entendido como
uma seqüência de decisões tomadas pela administração da empresa e que se encaminha para o
alcance eficiente de objetivos gerais, ou seja, da produção de madeira para fins comerciais e
de bens imateriais.
Uma das lições que a história nos deixou é de que a exploração irrestrita e desordenada
dos recursos florestais por parte de proprietários privados conduziu a destruição das florestas
e o conseqüente empobrecimento das comunidades.
O termo manejo florestal está sendo aplicado pela maioria das técnicas em dois
sentidos diferentes: como tratamento de um povoamento florestal; e, como administração ou
direção de uma empresa florestal.
15
Analisando-se estes dois aspectos, pode-se a primeira vista perceber que o manejo
florestal e o ordenamento florestal sejam sinônimos. Porém, analisando-se as funções do
gerente da empresa, percebe-se que o ordenamento abrange somente uma tarefa, embora a
mais importante das funções da gerência, que é a de ordenar a produção. E, o manejo florestal
abrange então todas as funções da gerência de uma empresa florestal, ou seja, ordenar e
controlar a produção.
No entanto, para chefiar uma empresa é preciso dar ordens e controlar. O plano de
manejo, geralmente elaborado por assessores, é posto em prática pela chefia da empresa, que
com isso, dá ordens a respeito das principais atividades planejadas a serem executadas num
período de tempo na empresa.
Muitas vezes, o plano de manejo contém ordens insuficientes para dirigir a empresa,
pois as ordens são afetadas por três tipos de defeitos: as ordens são incompletas; as ordens são
gerais, faltando detalhes; ou, as ordens muitas vezes são incorretas, devido à falta de precisão
e previsão. Devido a isso, a chefia deve durante a execução do plano de manejo, completar,
especificar e eventualmente corrigir as ordens dadas no mesmo, que por ventura estiverem
incorretas. Todavia, as decisões a respeito das correções do plano de manejo, devem ser
tomadas pelo gerente da empresa.
enorme tradição e importância foi a Escola Prusiana, fundada em 1779, em Hessen, por Georg
Ludwig Hartig. Esta escola foi mudada de local em várias ocasiões, até instalar-se
definitivamente em Eberwald. Igualmente importante foi a Escola Sajona de Zillbach, na
região de Thuringen, estabelecida por Henrich von Cotta, em 1785, que depois se mudou para
Tharandt e se converteu na Academia Real.
A Hartig e Cotta deve-se a formulação, em 1804, da idéia básica de manejo florestal
sustentado, que tinha por significado: manejar as florestas de maneira que os descendentes
obtivessem dela pelo menos os mesmos benefícios que a geração atual.
Já no século XIX, foi formulado o famoso Modelo da Floresta Normal, por
Hundeshagen e Meyer. Esse modelo serve como base da maioria dos métodos da regulação do
corte. Ainda, nesse século, foram executados muitos estudos de produção e montadas várias
tabelas de volume e de produção, assim como, o cálculo com juros compostos, segundo
Pressler.
A primeira parte do século XX foi marcada por uma estagnação do desenvolvimento
florestal, causado principalmente pela luta inútil entre a Escola de Renda Líquida do
Terreno, que observa os juros sobre o valor do povoamento como custo, e a Escola de
Renda Líquida da Floresta, que não inclui os juros sobre o valor dos povoamentos no
cálculo de custos.
Uma fase muito promissora do ordenamento começou, depois da segunda guerra
mundial, com o desenvolvimento da pesquisa operacional, principalmente na Inglaterra e
EUA. Os modelos matemáticos formulados por esta disciplina são, especialmente, a
otimização linear, a otimização dinâmica, o sistema PERT/CPM e as técnicas de simulação,
que aplicadas ao manejo florestal permitem soluções mais realísticas de problemas mais
complexos do que as técnicas clássicas de ordenamento.
O termo manejo florestal quer dizer dirigir ou guiar um povoamento durante a vida até
alcançar a produção de madeira e o sucesso econômico da empresa. Assim sendo, não se pode
tomar o manejo florestal como uma ciência independente, mas uma matéria que integra e
relaciona as disciplinas que: analisam os processos de crescimento; as que regem leis e
condições econômicas; e, as que se referem à extração de madeira.
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A importância do setor florestal brasileiro pode ser medido pela quantidade das
exportações de celulose realizada por empresas brasileiras em 2000, que chegou a um valor
total de 3.013.830 toneladas, sendo os países da Europa os maiores importadores, com 46,7 %
do total produzido.
Destino Toneladas %
América do Norte 843.557 28,0
Ásia e Oceania 727.719 24,1
América Latina 34.809 1,2
Europa 1.407.631 46,7
África 114 -
Total 3.013.830 100,0
Fonte: BRACELPA (2000)
Cobertura ha./cápita
Florestal Pop. em 2000
Países/Regiões 1970 2000 2000 2000
Alto Baixo Alto Baixo
USA/Canadá 470 470 470 354 1.33 1.33
México 145 109 72 118 0.92 0.61
Europa 144 150 150 550 0.27 0.27
USSR 770 770 770 330 2.33 2.33
África (África) 928 696 463 766 0.91 0.60
1. Norte da África 9 7 4 145 0.05 0.03
2. Zona do Sahel 31 23 15 49 0.47 0.31
3. Leste da África e ilhas 264 198 132 233 0.85 0.57
4. Oeste da África 600 450 300 276 1.63 1.09
5. Sul da África 24 18 12 63 0.28 0.19
América Central + Sul 913 686 456 518 1.32 0.88
1. América Central 29 22 14 37 0.59 0.38
2. Caribe 4 3 2 55 0.05 0.04
3. América do Sul Tropical 342 257 171 137 1.88 1.25
4. Brasil 493 370 246 212 1.74 1.16
5. América do sul Temperada 45 34 23 77 0.44 0.30
2.1 Espaço
A subdivisão em regiões ecológicas é útil somente em áreas grandes, pois agrupa áreas
segundo a vegetação natural. Já a determinação dos habitats permite delimitar áreas dos
povoamentos existentes, quer sejam naturais ou artificiais.
A delimitação de regiões ecológicas é feita sobre o mapa, uma única vez, devendo
sempre que possível trazer informações sobre os tipos florestais, pormenorizando as espécies,
tipos de solo, relevo e outros fatores existente na região.
Esta classificação reverte-se de grande importância quando da transformação e manejo
de áreas, pois em algum momento pode ser necessário conhecer como eram as condições
ecológicas naturais do local.
Por outro lado, a determinação dos habitats dentro da área da empresa, reveste-se de
maior importância, sendo à base do planejamento silvicultural e econômico, pois permite o
melhor aproveitamento do solo e clima local.
Os habitats formam a estrutura básica para a formação da ordem espacial,
constituindo-se no fundamento básico da ordem espacial.
Talhão: é uma unidade de produção com área variável, que segundo MANTEL(1959)
situa-se entre 10 a 30 hectares e para RICHTER(1963) entre 10 a 100 hectares. Ele tem o
objetivo de facilitar a administração, planejamento e controle da produção. Possui caracter
duradouro, portanto deve ser claramente definido no campo.
O talhão pode ser composto por várias secções, que é uma unidade de produção com
orientação no espaço, de marcação fixa e visível no campo.
A forma do talhão é mais ou menos regular, preferivelmente retangular, pois facilita a
acessibilidade às explorações da madeira.
O talhão pode ser delimitado por estradas, rios, aceiros, cumeados e linhas abertas
artificialmente, entre outras.
O talhão serve para orientação do empreendimento sendo denominado por um número
arábico, por exemplo, 20, servindo para o planejamento da produção, infraestrutura, etc.
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Secção: é uma subd ivisão do talhão, com área mínima de 3 hectares, servindo para o
planejamento e controle da produção. A área física da secção deve, dentro do possível,
coincidir com o habitat ou ser de grande semelhança. Sua forma é variável e a área é contígua
na floresta. A composição de espécies é a mesma, de mesma idade, independente em relação
ao habitat e micro-clima.
A separação da secção não ocorre normalmente por linhas naturais, sendo necessário a
sua delimitação em pintura de árvores, caminhos de extração de madeira, etc.
Muitas vezes, a forma e o tamanho da secção pode trazer influência sobre o
crescimento dos indivíduos e habitat. Esta influência pode causar a diminuição da produção
ou mesmo em outros casos ser vantajoso, como mostra a Figura 1.
Subsecção: são unidades de produção pequenas, com superfície menor que 3 hectare,
que se destacam por grandes diferenças no habitat das demais áreas do talhão ou secção, por
exemplo, idade, danos, qualidade, solo, etc.
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b) Subdivisão técnica
Esta subdivisão tem por objetivo a formação das classes de manejo, que é uma divisão
idealizada não sendo necessariamente homogênea e contígua na natureza. Permite agrupar os
povoamentos com características iguais ou semelhantes.
Uma classe de manejo é formada por povoamentos com base nas seguintes
características: igualdade de rotação; igualdade de composição de espécies; mesmo objetivo
de produção, que está ligado ao sistema de manejo dos povoamentos.
As unidades de produção que compõe uma classe de manejo podem estar unidas ou
separadas espacialmente, sendo composta de talhões e secções distribuídas sobre toda a área
da empresa.
Na Figura 4 é apresentado um exemplo de classes de manejo, formadas por:
Classe de manejo I: Araucaria, rotação de 60 anos, alto fuste,
Classe de manejo II: Pinus, rotação de 20 anos, alto fuste.
Classe de manejo III: Pinus, rotação de 30 anos, alto fuste.
Classe de manejo IV: Eucalyptus, rotação de 7 anos, talhadia simples.
Na área total de uma empresa, nem sempre as áreas são ocupadas por povoamentos
florestais. As áreas podem ser classificadas em:
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Solo estocado: são todas as áreas ocupadas por florestas ou árvores sendo subdividida
em:
+ Florestas produtivas: são aquelas áreas arborizadas destinadas a produção de
madeira ou eventualmente produtos secundários, como resina.
+ Clareiras: são áreas que durante certo período de tempo não são arborizadas,
podendo ser divididas em: clareiras reais quando as áreas não arborizadas necessitam ou
podem ser incluídas como florestas produtivas, e clareiras ideais quando as áreas estão
povoadas de árvores ralas, sem intenção de mudar o estado atual.
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Solo não estocado: são áreas que não são ocupadas por árvores, podendo ser
divididas em:
+ Áreas agrícolas;
+ Áreas de viveiro;
+ Estradas, áreas de estacionamento e estocagem de madeira;
+ Rios, lagos, açudes;
+ Áreas de prédios;
+ Aceiros;
+ Áreas de transmissão de energia;
+ Pedreiras;
+ Áreas improdutivas.
2.2 Tempo
2.2.1 Idade
i1 . a 1 + i 2 . a 2 +...+i n . a n
Ia =
a 1 + a 2 +...+ a n
i1 .v1 + i 2 .v 2 + ... + i n .v n
Iv =
v1 + v 2 + ... + v n
- Classes naturais de idade: estas classes estão relacionadas aos diversos estágios de
vida de um povoamento, conduzido sob um sistema de manejo. Assim, por exemplo, no
sistema de alto fuste pode-se dividir o desenvolvimento do povoamento nas seguintes fases:
Classe I - Renovação: inclui todos povoamentos com idade que vai do plantio até o
fim dos tratos culturais.
Classe II - Estado denso: inclui todos os povoamentos com idade que vai do final dos
tratos culturais ao início dos desbastes.
Classe III - Estado de desbaste: inclui todos os povoamentos com idade e estado de
desbaste, com diâmetro médio geralmente inferior a 20 cm.
Classe IV - Estado de madeira: inclui todos os povoamentos em que o diâmetro
médio for maior que 20 cm.
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2.2.2 Rotação
A produção florestal que ocorre em maiores espaços deve ser relacionados de maneira
que possibilitam o máximo de aproveitamento e de preservação dos benefícios gerais.
SUSTENTABILIDADE
ESTÁTICA DINÂMICA
(Continuidade da Situação) (Continuidade da Produção)
1. Área florestal 1. Incremento
2. Condições ecológicas 2. Aproveitamento da madeira: volume e
3. Volume de corte sustentado qualidade
4. Valor do volume de corte 3. Receitas líquidas
5. Manutenção da empresa 4. Rentabilidade
6. Manutenção do capital 5. Eficiência do capital
7. Força de trabalho 6. Rentabilidade do trabalho
7. Infra-estrutura: produção, proteção,
recreação, etc.
8. Uso múltiplo.
Fonte: SPEIDEL(1972)
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e) O manejo florestal deverá aportar, até o ponto que seja econômica e ambientalmente
possível, combinações ótimas de bens e serviços para a nação e populações locais. O uso
múltiplo florestal deverá promover a consecução de um apropriado balanço entre as diferentes
necessidades da sociedade.
f) Nas práticas de manejo florestal deverá ser dada atenção à proteção de sítios
ecologicamente fracos, à conservação das florestas naturais e clímax, áreas com patrimônio
cultural e à paisagem, para salvaguardar a qualidade e quantidade de água e manter e
desenvolver outras funções de proteção de florestas.
g) O manejo florestal deverá tentar manter e, se possível, melhorar a estabilidade,
vitalidade e capacidade regenerativa, resistência e capacidade de adaptação dos ecossistemas
florestais estressados, incluindo sua proteção contra o fogo, pragas, enfermidades e outros
agentes que podem causar danos, como o pastoreio não controlado.
h) No manejo de florestas existentes e no desenvolvimento das novas, as espécies
arbóreas selecionadas deverão estar adaptadas às condições locais e serem capazes de tolerar
o “stress” climático e outros, como o dos insetos, enfermidades e trocas climáticas potenciais.
O reflorestamento deverá ser realizado de maneira que não afete, negativamente, os interesses
ecológicos, sítios notáveis e paisagens.
i) As espécies nativas e as procedências locais deverão ser preferidas onde sejam
apropriadas. Não se deverá considerar o uso de espécies, procedências, variedades, e ecotipos
fora de seu habitat natural, nem onde a sua introdução possa por em risco importantes e
valiosos ecossistemas naturais.
j) Em áreas de alto nível de consumo e concentrações de lixo, o uso de produtos
reciclados e de produtos florestais para energia deverá ser apoiado para aliviar o problema de
desperdícios e incrementar o potencial de produtos florestais para substituir os produtos de
recursos não renováveis.
k) Promover o entendimento público do que é o manejo sustentado.
Muitos trabalhos têm sido desenvolvidos para estabelecer critérios e indicadores de
avaliação dos princípios de manejo sustentado de florestas. Os critérios europeus e os
indicadores quantitativos normalmente disponíveis foram adaptados da Primeira Reunião de
Experts da Conferência de Helsinki, realizada em 1993, e de Genebra, em 1994. O grupo de
trabalho intergovernamental sobre critérios e indicadores para a conservação e manejo
sustentado de florestas temperadas e boreais, iniciada no Canadá, teve seus trabalhos
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espécies em todas as classes de dimensão, bem como a produção de vários sortimentos, a área
mínima pode ser bem menor.
b) Capacidade mínima: o volume de madeira deve ser em quantidade e dimensão que
permita suprir o mercado, condicionado ao crescimento sustentado.
c) Reflorestamento de áreas não estocadas quer seja por motivos de produção de
produtos madeireiros ou não-madeireiros.
d) Estabilidade da produção: a continuidade da produção de madeira e dos benefícios
da floresta é ameaçada, quando não forem mantidas as condições de estabilidade como:
escolha de espécies adequadas ao sítio, da ordem espacial, e da existência de organização no
combate a danos e sinistros.
e) Manutenção da capacidade do sítio: a continuidade do empreendimento florestal
depende da manutenção da capacidade de produção do sítio. É um dos mais importantes
fatores. Essa capacidade de produção pode ser mantida com a escolha adequada da espécie,
método silvicultural, melhoramento, adubação e contínuo reflorestamento.
f) Equilíbrio entre corte e incremento: uma aproximação da quantidade explorada com
a quantidade do incremento, bem como a formação de classes de dimensão são os objetivos a
serem alcançados em longo prazo.
g) Liquidez: o financiamento de todos os insumos e serviços são condicionantes da
sustentabilidade e, por isso, é necessário garantir o retorno desse investimento para alcançar e
manter a capacidade mínima para o reflorestamento, para as atividades de interesse da
segurança da produção, da capacidade de produção dos solos, assim como, de outras
necessidades.
h) Condições econômicas regionais: além da infra-estrutura interna, muitas vezes é
necessário promover o desenvolvimento regional com o apoio a criação de núcleos para
trabalhadores e familiares, construção de estradas, escolas, e demais infra-estrutura social.
2.3.2 Incremento
O incremento que se verifica num povoamento é uma reação à ação das leis naturais,
condicionadas ao clima, solo, espécie, composição florística e idade. Ele é uma expressão da
relação entre o espaço e tempo, medidas em metros cúbicos por hectare e ano.
O incremento que se verifica é o resultado do aumento da dimensão individual,
expresso por unidade de área e tempo (m3/ha/ano).
O incremento informa sobre a capacidade produtiva de um habitat e espécie, sendo a
base para a determinação da possibilidade de corte anual sustentado. Devido a isto, é
importante a determinação do incremento com uma precisão aceitável.
O incremento em volume dos povoamentos é imprescindível para o manejo e
determinação da taxa de corte sustentada. Ele é o resultado do incremento acumulado que
ocorre em três dimensões: diâmetro, altura e forma, isso é fortemente influenciado pela
densidade da população.
Os tipos de incrementos utilizados no manejo são os seguintes:
ICA = Vn+1 - Vn
Vn+a - Vn
IPA = _______________
a
Vt
_______________
IMA =
t
Sendo: Vt = volume na idade t; t = idade do povoamento.
t
Vt + ∑ D i
i= 1
IMA = _______________
t
Sendo: Di = volume dos desbastes realizados até a idade t.
Vr
IMIC = _____________
r
2.3.3 Volume
∑ i = Vr = C
Nestas condições, o incremento corrente e o incremento médio anual total são iguais,
pois se está tratando de uma classe de manejo com condições semelhantes.
Vn = V1 + V2 + V3 + ... +Vr-1 + Vr
Vn = ½ (R * Vr)
Sendo: Vr = C
2 * Vn
C = ________
R
Esta expressão vem a ser a fórmula de Mantel para determinação da taxa de corte
sustentada.
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Vn = V0 + V1 + V2 + V3 + ... + Vr-1
Vn = V1 + V2 + V3 + ... + Vr-1 + Vr
Ou
r −1
Vn = Vr/2 + ∑ Vx
x=1
Muitas vezes, o volume normal é calculado por classe de idade, cujas produções são
tomadas de tabelas de produção, com intervalo de 5 anos, então a expressão final fica sendo:
Este volume normal é acumulado em "R" hectares que deve ser expresso por unidade
de área, onde essa expressão fica sendo:
r −1/2
Vn = ∫
0
f ( x). dx
Uma fórmula simples e prática para determinar o volume normal é expressa por:
Vn = r / 2 * IMA
N1 N2 Nn-1
----- = ----- = ... = ----- =q
N2 N3 Nn
Meyer apud LOETSCH et al. (1973) introduziu o termo Floresta Balanceada para
povoamentos inequiâneos dos USA, México e Suiça, onde o número de árvores por classe de
diâmetro decrescia numa progressão geométrica, sendo representado por uma função de
densidade, expressa por:
–a . di
Ni = K . e
A distribuição de freqüência por classe de diâmetro também pode ser ajustada através
da Função Beta, para a obtenção das freqüências estimadas, sendo expressa por (LOETSCH et
al., 1973):
(x-a) (b-x)
Ni = b0 . b1 . b2
B1.Xi
B0 . e
q = -----------------
B .X
B0 . e 1 (i+1)
B1. X(i+1) B1.Xi
q . B0 . e = B0 . e
ln q + B1.X(i+1) = B1.Xi
ln q = B1.Xi - B1.X(i+1)
ln q
B1 = ----------------
Xi - X(i+1)
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Considerando que as freqüências são estimadas pela equação de Meyer, expressa por:
B1.Xi
Yi = B0. e
¶
G = --------- [ X12 . B0 . e ]
B1.X1 B1.X2 B1.Xn
+ X22 . B0 . e + .... + Xn2 . B0 . e
40000
40000 . G
B0 = ln [-----------------------------------------------]
B1.X1 B1.X2 B1.Xn
¶ . ( X12 . e + X22 . e + .... + Xn2 . e )
Sendo: Xn = diâmetros dos centros de classe; B0, B1 = coeficientes da equação.
Estas duas condições parecem restritivas para aplicação do método na área florestal.
VANCLAY (1994) exemplifica que pela Propriedade Markoviana a probabilidade de
movimento de uma árvore de uma classe para outra não poderia depender de outras árvores ou
da área basal do povoamento, o que na realidade não acontece. O crescimento das árvores
remanescentes é alterado pelo aumento do espaço após a colheita, mortalidade ou mesmo
supressão de árvores.
Da mesma forma a propriedade estacionária indica que os parâmetros da matriz
deveriam permanecer constantes no tempo trazendo dificuldade para reduzir a taxa de
crescimento enquanto, por outro lado, a área basal aumenta.
O mesmo autor cita ainda que estas suposições são insustentáveis na modelagem da
dinâmica florestal e que a prognose pode ser irreal se as condições do povoamento futuro
apresentar grande diferença em relação a condições em que os dados foram observados.
Desta maneira o método trará melhores resultados se o povoamento for mantido em
condições semelhantes, isto é povoamento sem manejo próximo ao clímax ou povoamentos
regularmente manejados para uma área basal especificada.
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i1 a1 0 0 0 0 ....... 0
i2 b2 a2 0 0 0 ....... 0
i3 c3 b3 a3 0 0 ....... 0
i4 0 c4 b4 a4 0 ....... 0
G = i5 0 0 c5 b5 a5 ....... 0
. . . . . . ....... .
. . . . . . ....... .
. . . . . . ....... .
in 0 0 0 cn bn ....... an
Sendo:
Número de árvores vivas que permanecem na i-ésima classe diamétrica no
Período de tempo (∆t)
ai = ---------------------------------------------------------------------------------------------
Número de árvores existentes na i-ésima classe diamétrica no tempo t
Para os elementos ai, bi e ci, a condição é de que a árvore continue viva e não seja
colhida no intervalo de tempo considerado.
Para se chegar na projeção de árvores, deve-se considerar que em qualquer vegetação
ocorrem mortalidades de árvores (mi), assim como ingresso ou recrutamento (ii) na menor
classe diamétrica. Estas variáveis são obtidas por:
a) Mortalidade:
b) Recrutamento:
O recrutamento pode ser obtido pela função exponencial negativa, expressa por:
B1 . Di
Ii = B 0 . e
Outros métodos para determinação dos elementos da matriz de transição podem ser
analisados em VANCLAY (1994).
Yt + ∆t = G . Yit + Iit
O recrutamento pode ser obtido pela função exponencial negativa, expressa por:
B1 . Di
Ii = B 0 . e
-0,6716 . Di
Ii = 32887,3423 . e
Estado estável:
Yt + ∆t = Yt = Y* e I i = I i*
Identificando este estado pode-se inferir que a floresta está em clímax. Vale ressaltar
que mesmo neste estado a mortalidade e o recrutamento continuam a ocorrer sem que, no
entanto, a floresta sofra mudanças drásticas em sua estrutura.
Estados adsorventes:
O modelo de simulação a seguir foi desenvolvido por SANQUETTA et al. (1996), que
considera a dinâmica em floresta nativa após intervenção, sujeita as seguintes hipóteses:
• Após a colheita há ocorrência de mortalidade por dano, uma vez que a derrubada de
árvores de grande porte atinge árvores nas suas periferias, e também por motivos de acesso ao
interior da floresta. Tal dano ocorre de forma inversamente proporcional ao diâmetro, isto é,
maiores são os danos em árvores de menor diâmetro;
• A taxa de mortalidade natural (não por danos) se manterá igual à taxa verificada
antes da exploração;
• A abertura do dossel provocada pela retirada das árvores de maior diâmetro
provocará uma aceleração do crescimento diamétrico das remanescentes, também
inversamente proporcional ao DAP;
• Com o passar do tempo a taxa de aceleração de crescimento irá diminuir de forma
proporcional à taxa de recuperação da área basal, chegando a zero no momento que a floresta
recuperar sua área basal original;
• A abertura do dossel também provocará um aumento de recrutamento devido ao
aumento de luminosidade na floresta.
A ⋅ E0 + R = E1
Sendo: (A) = a matriz de transição que contém probabilidades de uma árvore passar
para outras classes diamétricas através de crescimento com o tempo; (E0) = vetor de estoque
no momento zero, ou seja, a distribuição diamétrica antes da predição; (R) = vetor de
recrutamento; (E1) = vetor de estoque no momento um, no tempo de predição futuro.
Se uma floresta sofre intervenções é esperado que mudanças vão ocorrer nos
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componentes da matriz de transição “A”. O modelo aqui proposto tem exatamente por
objetivo agregar ao modelo original mudanças em função da intervenção programada. Mais
especificamente, os seguintes componentes serão alterados:
a) Vetor do Estoque (E’): deverá refletir o número de árvores (ou outra variável de
interesse) depois de realizado o corte e a mortalidade por dano;
b) Vetor de Recrutamento (R’): deverá refletir a aceleração na taxa de recrutamento
devido à abertura do dossel;
c) Matriz de Transição (A’): deverá refletir a aceleração no crescimento devido ao
aumento na taxa de iluminação promovido pela abertura do dossel.
A representação matricial abaixo ilustra o modelo proposto, representado da mesma
forma que o modelo original, mas com seus componentes alterados segundo a metodologia
descrita nos itens seguintes.
Após a intervenção (momento mo′ ), o vetor do estoque sofre uma redução devido ao
corte e à mortalidade por dano. O estoque em questão pode ser, por exemplo, o número de
árvores, volume, ou área basal.
Esta redução pode ser representada matematicamente da seguinte maneira:
e1′ e1 − c1 − m1
e′ e − c − m
2 = 2 2 2
M M
ei′ ei − ci − mi
Sendo: ei′ = estoque na classe (i) no momento (m0’) após a intervenção; ei = estoque
na classe (i) no momento (m0); ci = estoque retirado na classe i no momento (m0);
mi = mortalidade por dano na classe (i).
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mi = ei ⋅ d ⋅ li
e) Aumento do recrutamento
r1′ r1 ⋅ hi
r ′ r ⋅ h
2 = 2 i
M M
ri′ ri ⋅ hi
Sendo: ri′ = recrutamento verificado na classe (i) entre o momento (m0’) após a
intervenção e (m1); ri = recrutamento normal verificado entre (m0) e (m1); hi = taxa de
aceleração do ingresso devido a abertura do dossel.
62
hi = ( 1 + z ⋅ li ⋅ w )
Sendo: w = redutor da taxa de aceleração sobre a taxa (z) devido a recuperação da área
basal entre o momento (mt) e (mt+k) onde (k) representa o intervalo de tempo da previsão e o
e
momento atual; li = ei = fator de redução da aceleração em função da classe de diâmetro; z
1
= taxa de aceleração sobre o recrutamento da classe diamétrica 1, devido a abertura do dossel;
( ban − bamk )
w=
bac
Sendo: ban = área basal antes da intervenção; bamk = área basal após a intervenção
no momento (k); bac = área basal retirada; sendo (bamk ) sempre menor ou igual a (ban).
ai′, j = ai , j ⋅ ( 1 + t ⋅ li , j ⋅ w )
n
ai′, j = 1 − ∑ ai′, j − mi
i =2
primeiro período de projeção, a cada período (k) de nova projeção, este fator promoverá uma
diminuição na taxa de aceleração (t) e, por conseguinte, todos os coeficientes da matriz serão
alterados. No momento em que a floresta recuperar sua área basal inicial, (w) assumirá o valor
zero, levando (t) também a zero. Por conseqüência, a matriz de transição voltará ao seu
estágio inicial de normalidade.
TABELA 5 - Matriz inicial de probabilidades de transição por centro de classe de diâmetro para
o período 1984-87, num povoamento de “fir-hemlock”, Japão.
15 557 549
25 203 198
35 54 59
45 19 19
55 8 10
65 8 6
75 3 5
De acordo com a distância entre estes dois pontos extremos, dependendo do que se
trata, se for preciso uma modificação total ou somente parcial dos povoamentos, o
planejamento estender-se-á sobre um maior ou menor espaço de tempo, definido por prazo de
planejamento, como segue:
Planejamento de longo prazo: São de 20 anos ou mais, que incluem a escolha de
espécies, modificação do sistema silvicultural (por exemplo, talhadia simples para alto fuste),
equilibração de estoque, construção de prédios de longa durabilidade, aumento ou diminuição
do quadro de pessoal da empresa, etc.
Planejamento de médio prazo: São de 5 a 20 anos, incluem a revisão dos planos,
construção de estradas, equipamento e financiamento de máquinas, veículos, viveiro, etc.
Planejamento de curto prazo: São de 1 ou mais anos. Geralmente é o planejamento
anual e relaciona-se diretamente com as atividades de planejamento de corte, exploração,
reflorestamento, utilização e manutenção de máquinas.
quer abastecimento do mercado com madeira e uma empresa quer obter lucro do seu
investimento.
A meta econômica da empresa é o principal objetivo da atividade silvicultural, que
normalmente envolve a produção simultânea de elementos econômicos e extra-econômicos.
O elemento econômico: A sociedade espera das empresas o abastecimento do
mercado com matéria-prima. O proprietário quando particular, atende esta demanda e aplica
teorias econômicas a fim de garantir auto-sustento e lucro. Os critérios econômicos, durante
os últimos 200 anos, sofreram mudanças, passando pela teoria do Rendimento Líquido do
Solo e evoluindo para o Rendimento Líquido da Floresta, até chegar a atual teoria econômica,
que defende além de pontos de vista econômicos, também o social e o ambiental, como fonte
de rendimento tangíveis e intangíveis.
O elemento extraeconômico: A existência desta função traz como conseqüência gasta
ao proprietário. Normalmente, ela é inestimável em avaliações comuns, mas pode até ser da
intenção do proprietário em mantê-las, como exemplo a caça, pesca, prestígio social e outras.
Em relação à comunidade, existe a necessidade de garantir todos os benefícios da floresta,
como água, ar, proteção à erosão e exploração turística da área.
Os gatos podem ser decorrentes da necessidade de construção de instalações, tais
como: estacionamentos de carros, bancos, caminhos de passeio, etc. Também, inclui a função
do estabelecimento da paisagem, fator importante para o desenvolvimento da cultura popular,
atração de turistas, mas tudo demanda gastos para o proprietário.
As funções econômicas e extraeconômicas possuem uma certa relação com o tamanho
do empreendimento, diretamente relacionado com o volume de corte anual. Por isso, quanto
maior a empresa (corte anual), mais metas extraeconômicas exerce, por exemplo, o bem estar
dos operários, facilidades para turismo/recreação, etc., além do maior cuidado com o risco.
Na Figura 8 é mostrada uma relação da rentabilidade em função dos elementos
econômicos e extraeconômicos, em função do tamanho da empresa. Uma empresa,
dependendo do seu tamanho necessita de um mínimo de rentabilidade para sobreviver (ponto
B), a partir deste ponto ela começa a interessar-se pela exploração das funções
extraeconômicas. O ótimo em rentabilidade é atingido no ponto C. O ponto A é alcançado
quando se quer a máxima renda do solo, demandando o aproveitamento dos elementos
econômicos e extraeconômicos disponíveis.
69
Devido a isto, evita-se efetuar mudanças na ordem espacial, pois dificulta o controle
estatístico da produção dos povoamentos.
Quando já existe a ordem espacial, se for possível, deve ser deixada ou simplificada.
Por exemplo, quando se deseja transferir um limite artificial (aceiro) para um limite natural
(curso d’água, etc.).
Quando não existe a ordem espacial, deve-se tentar formar blocos de fácil orientação.
Estes são projetados sobre um mapa plani-altimétrico com posterior retificação e marcação no
campo. O tamanho da unidade de produção depende do sistema e intensidade do manejo,
tamanho da empresa, variando de 10 a 100 ha.
Os talhões, quando possível, devem ser retangulares na proporção de 2:1. A linha de
separação deve coincidir com as estradas principais para facilitar acesso de caminhão, e os
caminhos de extração, devem possibilitar acesso para trator ou tração animal.
75
As linhas traçadas formam uma rede e entre as malhas da rede situam-se as áreas de
reflorestamento.
Na execução da ordem espacial em áreas florestais ainda não diferenciadas, as faixas a
serem abertas devem ajudar na segurança do povoamento.
Em grandes áreas, as faixas abertas podem ser substituídas por cortes em faixas de 10
a 15 metros de largura e reflorestamento em faixa. Assim, podem ser formadas copas maiores,
proporcionando faixas de segurança, este caso é para povoamentos mais velhos. Um corte
semelhante ao anterior, sem aumentar a largura e sem reflorestamento, incentiva a formação
76
de copas que permitem uma maior proteção do povoamento, o que pode ser aproveitado para
fazer estradas, sendo aconselhável para os povoamentos mais jovens.
O problema de abertura de faixas com posterior danos por vento existe menos em
florestas nativas, bem estratificadas e mais em grandes áreas de reflorestamentos
homogêneos. Estas duas possibilidades fornecem o mesmo efeito protetivo, isto é: Proteção
por paravento (beira de mato); e, proteção por abrigo.
A proteção por paravento significa uma perda de área produtiva. Em sistemas
intensivos, é conveniente a instalação de faixas de diferentes idades e estrutura para a
proteção.
Os motivos para separação de secções são os seguintes:
a) Metas técnicas diferentes. Por exemplo, talhadia, alto fuste, plenterwald, etc.
b) Espécies diferentes. Por exemplo, pinus e pinheiro-brasileiro espacialmente
separados, igualmente áreas de pinheiro-brasileiro oriundas de plantio em matas nativas.
c) Idades diferentes. Grandes diferenças de idades mesmo nas mesmas espécies ou nas
misturas de espécies.
Quando necessário e possível deve-se efetuar a marcação das unidades como segue: O
talhão é marcado em pontos de cruzamento de linhas de separação, feito em pedras, estacas
com a numeração do talhão. Isto, atualmente, é pouco praticado na maioria das empresas
florestais; a secção não recebe demarcação, se existirem linhas de extração, faz-se marcação
com pintura em árvores ou locais de destaque, como pedras. A numeração da secção somente
aparece no mapa; a subsecção destaca-se por si mesma na natureza, sem marcação, mas
aparece demarcada no mapa.
A execução da ordem espacial em áreas abertas, como em campos, deve ser feita antes
de efetuar o reflorestamento.
45 – 60
--------- (onde 50 é a idade média).
50
o tipo florestal é o melhor indicador, porém não revela as condições ótimas econômicas, que
poderiam ser diferentes.
Determina as espécies (% de participação) que se deseja compor o povoamento no
momento do corte final ( = meta de estoqueamento).
O planejamento então fixa a forma e maneira de conseguir este povoamento de
maneira econômica e com um máximo de aproveitamento dos fatores de produção, bem como
um máximo de segurança. Mas, determina as espécies principais, por exemplo, pinheiro-
brasileiro, e as espécies auxiliares, por exemplo, podocarpus e bracatinga, bem como a forma
de mistura.
A meta técnica da empresa determina as qualidades de sortimentos a serem produzidos
e o planejamento técnico-silvicultural é definido a maneira de procedimento para alcançar tais
alvos. Por exemplo, para Araucária angustifólia: madeira de grande dimensão para laminação
e para serraria, de rotação longa; madeira para indústria de chapas e celulose, de rotação curta.
Na realidade brasileira as empresas particulares verticalizadas muitas vezes desejam uma só
espécie, uma só meta econômica, independente da capacidade produtiva dos sítios.
A partir destas duas metas, a técnica e a econômica, desenvolve-se então o
planejamento específico, empregando as técnicas silviculturais.
a) Medidas de renovação: São todos os trabalhos que serão executados tendo como
conseqüência à renovação do povoamento.
Com isto, define-se o tipo de corte, situação e procedimento dos cortes, rapidez do
procedimento dos cortes, grau de abertura do dossel, tipo de renovação, renovação artificial,
idade – tamanho – tipo de mudas, espaçamento, preparo do solo, proteção das mudas,
drenagem, etc.
Em geral, pode-se dizer que para as espécies heliófilas têm-se corte raso e para as
espécies e sombra, tem-se o sistema plenterwald e corte seletivo.
Sempre se deve prever todos os trabalhos até que a renovação seja estabelecida,
logicamente que se deve descrever aquelas medidas que serão executadas brevemente, com
mais detalhes do que os trabalhos a serem executados mais tarde.
Juntamente com estas informações descreve-se para esta secção a quantidade estimada
de madeira a ser cortada. Esta informação é possível de ser obtida, pois o planejamento é feito
após os levantamentos dendrométricos no inventario, sendo discriminado os volumes de corte
em todas as secções, respectivamente, em corte final e corte antecipado. Estas informações
são obtidas através de medição ou cálculo em % do total de volume obtido.
Para o espaço temporário do ordenamento, por exemplo, cinco anos, deve-se calcular
toda a madeira que será cortada numa secção.
A indicação dos cortes já traz consigo a necessidade dos trabalhos de renovação do
povoamento, por exemplo, início e execução das medidas, preparo da área, espécie, abertura
do dossel, etc. Basicamente, informa-se para cada secção especificamente sobre quanta
madeira e de qual a qualidade que será cortada no próximo período de ordenamento.
Fazendo isto, em todas a secções ter-se-á uma visão geral de toda a classe de manejo,
quando se faz a soma dos cortes de todas as secções. Esta taxa de corte silvicultural que é
válida, por exemplo, para 5 anos, um quinto desta quantidade constitui a taxa de corte anual.
Esta taxa caracteriza-se pelo fato de que é o resultado de um planejamento silvicultural
individual, quer dizer que tem por base o melhor tratamento de cada secção. Isto significa,
que não tendo em vista as condições da unidade maior, da classe de manejo, não se terá o
regime sustentado. Por isso, calcula-se uma taxa de corte que procura garantir o regime
sustentado, fornecendo anualmente a mesma quantidade de madeira. Para a empresa é
importante o regime sustentado, por isto o povoamentos devem receber o melhor tratamento
silvicultural. Devido a isto, deve-se equilibrar as duas taxas de corte (calculada e
silvicultural), adequando ou eliminando cortes de povoamentos, até que a taxa de corte
calculada e a silvicultural sejam semelhantes. Para esta eliminação de povoamentos utiliza-se
de uma escala de urgência, indicando quais os povoamentos precisam ser cortados com mais
urgência do que outros, nos quais ainda pode ser retardado um pouco o corte. Esta relação de
urgência de cortes em parte é justificada pela necessidade das medidas de renovação, que
segundo MANTE(1959) é a seguinte:
a) Povoamentos maduros, que se encontram em processo de renovação.
b) Povoamentos em áreas pouco estocadas, por exemplo, com árvores velhas
esparsas.
c) Parte de povoamentos ruins seja por espécies indesejadas, espécies não aptas ao
sítio ou danificadas por vento, insetos, etc.
85
Caso exista comercialização de volume com casca, não é necessário fazer os cálculos
de conversão para volume sem casca. Também, deve ser assinalado, quando se tratar de
levantamento de volume total ou somente da tora (fuste); além disso, se for som ou sem casca.
86
A determinação dos volumes das árvores pode ser feita utilizando equações de volume
com ou sem casca. Posteriormente, é feita a extrapolação para a área da unidade de produção.
O volume das unidades de produção (secção) pode ser obtido através de levantamentos
completos ou por meio de um método de amostragem.
a) Levantamento completo
São feitos as medições com suta ou fita de diâmetro de todas as árvores de uma
determinada área (amostragem), que possuem um diâmetro superior a um limite estabelecido,
por exemplo, 7 am. A medição do diâmetro é feita ao DAP, com suta, quando em encosta no
lado de cima e, em planície sempre na mesma direção; e a altura com Blume Leiss ou outro
aparelho.
A determinação do volume pode ser feita por: equações ou tabelas de volume para
cada espécie, baseada em diâmetro, altura e qualidade; utilização do volume da árvore média,
para posterior extrapolação para a área da unidade de produção.
Os levantamentos completos são realizados quando os povoamentos forem de grande
valor econômico ou no caso de um povoamento com árvores velhas de grandes dimensões.
Na prática do manejo, também, podem ser utilizados outros tipos de incrementos, que
servem para expressar o crescimento de um povoamento florestal. Estes incrementos podem
ser determinados com base em métodos classificados em:
Devido à alteração do diâmetro, altura e forma das árvores, que variam com o
crescimento, estas variáveis sofrem um incremento ∆. Então se têm em: d → ∆d; h → ∆h; f
→ ∆f. Com o aumento destas variáveis, o volume sofre um incremento ∆v.
Assim, derivando-se parcialmente a equação do volume (a), após diferenciando-a e
somando todos estes elementos, têm-se:
89
dv 2π .d
= .h.f
dd 4
2π .d
dv = . h . f . ∆d (b)
4
Sendo: ∆d ≅ dd
dv π .d 2
= .f
dh 4
π .d 2
dv = . f . ∆h (c)
4
Sendo: ∆h ≅ dh
dv π .d 2
= .h
df 4
π .d 2
dv = . h . ∆f (d)
4
Sendo: ∆f ≅ df
90
2π .d π .d 2 π .d 2
dv = . h . f . ∆d + . f . ∆h + . h . ∆f
4 4 4
2π .d
∆v = . h . f . ∆d (e)
4
∆v
PV% = . 100 (f)
v
2π .d
. h . f . ∆d
4
PV% = ------------------------------- . 100
π .d 2
.h.f
4
2π .d 4 2 4 2.100.∆d
PV% = . ∆d . . 100 = . ∆d . . 100 =
4 π .d 2
4 d d
200.∆d
PV% = (h)
d
1
∆d =
n
∆d = 2 . r
1 2
∆d = 2 . = (g)
n n
400
200. n2 400 1
PV = = n = .
d d n d
400
PV =
n*d
400 1 1
PV = * * Σ
dm N n
40* R
PV =
d
4*d
100 * Σ
n
PV =
Σd 2
100 . 72
PV = -------------- = 10,4 %
693
do 2
PV = 100 * 1 −
ds / c
do 2 h − ih
PV = 100 * 1 − *
ds / c h
PVA = PV / n
Estes cálculos das taxas de incremento devem ser feitos por classe de diâmetro,
tomando-se árvores representativas da população. E, posteriormente, são extrapolados para
obtenção do volume de toda a população:
V 2 − V 1 200
PV = *
V 2 +V1 n
V 2 − V 1 100
PV = *
V2 n
Ou
V 2 − V 1 100
PV = *
V1 n
- Método dos juros compostos: este método calcula a taxa de incremento através da
fórmula dos juros compostos, sendo expressa por:
Vn = Vo * ( 1 + i ) n
Vn
i = n − 1 * 100
Vo
97
V2 – V1 + E
______________________
IPA =
a
V2 – V1 + E - I
IPA = ___________________________
a
É utilizado para cálculo do volume e incremento, porém é afetada pelos desbastes, que
desloca a árvore média para um maior diâmetro, quando o desbaste for por baixo, e o
contrário em desbastes por alto.
Esta árvore média é obtida por:
98
G
g = ----------
N
dg = √ (4 . g / π )
A árvore central de área basal é menos sensível aos desbastes. Ela situa-se onde a
soma das áreas basais forem igual à metade, cuja localização é obtida numa ordem crescente
das áreas basais acumuladas por classe de diâmetro. Esta árvore, geralmente, é maior do que a
árvore média do povoamento. A sua localização é obtida por:
Σg
Localização = -----------
2
68,7061
Localização = ----------- = 34,35 m2
2
99
Por interpolação da área basal acumulada (34,35 m2) obtém-se que o diâmetro médio é
igual a 36,8 cm.
68,7061
g = ----------- = 0,0968 m2
710
100
Classe No No Árvore
DAP Árvore Acumulado
10 - -
12 - -
14 2 2
16 6 8
18 11 19
20 21 40
22 32 72
24 42 114
26 57 171
28 66 237
30 67 307
32 59 363
34 55 418
36 64 482
38 44 526
40 36 556
42 24 580
44 31 611
46 25 636
48 20 656
50 18 674
52 14 688
54 11 699
56 7 706
58 2 708
60 2 710
Total 710 -
A definição da distribuição espacial das espécies que compõem uma floresta nativa é
uma informação extremamente importante para balizar o manejador na definição de critérios
de seleção das espécies a serem removidas da população. O conhecimento desse tema,
juntamente com a análise estrutural da floresta, particularmente a densidade, aliado a outras
informações como a estrutura balanceada da floresta remanescente, pode viabilizar a
elaboração e execução de planos de manejo que tenham compromisso com a sustentabilidade
da floresta.
O grau de dispersão das espécies, na área, pode ser obtido pelo Índice de Morisita
(IM), calculado pela expressão (BROWER & ZAR, 1977):
103
n . (ΣQ2 – N)
IM = __________________
N . (N – 1)
n . ΣQ2
χ2 = _______________ - n
N
QM = NE / NI
a) Densidade
. Densidade absoluta
DA = n
. Densidade relativa
n
DR = ______ . 100
N
b) Dominância
. Dominância absoluta
Indica a soma das áreas basais dos indivíduos pertencentes a uma espécie, por hectare:
DOA = Σg
Sendo: DOA = dominância absoluta, em m2/ha; g = área basal de cada espécie, por
hectare.
. Dominância relativa
Indica a porcentagem da área basal de cada espécie que compõe a área basal total de
todas as árvores e espécies, por unidade de área:
g
DOR = _______ . 100
G
O Índice de Valor de Cobertura (IVC) de cada espécie é obtido pela soma dos valores
relativos de densidade e dominância, expresso por:
d) Freqüência
. Freqüência absoluta
. Freqüência relativa
FR
_______
FR = . 100
ΣFR
a) Posição sociológica
Os limites inferior e superior dos estratos podem ser determinados com base na curva
de freqüência acumulada do número de indivíduos por classe de altura, estabelecendo-se o
critério de que cada estrato deveria abranger 1/3 das alturas. Os limites dos estratos são, então,
determinados pelas alturas correspondentes a 33,33 % e 66,66 % das freqüências acumuladas
por classes de altura.
A presença de uma espécie nos três estratos é um indício de sua participação na
estrutura da floresta, durante a fase de seu desenvolvimento, até a clímax. Por outro lado,
espécies que aparecem no estrato inferior indicam que se desenvolvem na sombra, com portes
arbustivo e herbáceo.
A presença das espécies nos estratos é medida pelo Valor Fitossociológico (VF),
expresso por:
PFA
PFR = _________ . 100
ΣPFA
No entanto, existe espécies que por suas características vegetativas são encontradas
somente no estrato inferior, com pequenos diâmetros e alturas, resultando um baixo IVI e
IVIA, mas que podem ter grande importância ecológica.
109
c
ISJ = ______________ . 100
a+b–c
ni ni
______ ______
IDSW = Σ . ln
n n
DC = 0,12755 + 0,23261 . d
O mesmo autor observou que não houve diferença relativa acentuada entre a área basal
e a área de projeção das copas das espécies, com exceção da imbuia (Ocotea porosa), o que
justificou pelo fato dessa espécie possuir muitos indivíduos senis (grandes diâmetros) com
copas danificadas. Por causa disso, é possível substituir a projeção das copas pela área basal
do tronco para os cálculos da dominância das espécies, além de ser obtida com mais
facilidade e menor erro.
TABELA 16 - estrutura etária e crescimento radial juvenil das araucárias, em uma floresta
natural na região de Lages-SC.
Classe Idade Crescimento radial até os 20 anos (cm / 20 anos)
sociológica (anos) Médio Mínimo Máximo
Dominante 194-254 2,0 0,9 3,9
Intermediária 154-173 0,6 0,5 0,7
Dominada 23-93 0,7 0,4 1,2
Fonte: SEITZ (1991)
O autor observou uma nítida estratificação também da idade das árvores, associada à
classificação sociológica. As árvores dominantes eram mais velhas, com idade média em
torno de 165 anos. A variação de idade foi maior entre as árvores dominadas, com média de
idade de 60 anos, e maior em árvores muito jovens (23 anos).
Também com relação ao crescimento na fase jovem (primeiros 20 anos), as árvores
dominantes se destacaram, apresentando um crescimento três vezes maior do que o medido
nas árvores intermediárias e dominadas. Isso mostrou que as condições de crescimento das
árvores dominantes foram distintas das encontradas pelas plantas jovens, estabelecidas
posteriormente.
A análise de tronco de espécies folhosas associadas às araucárias foi realizada em 8
espécies por apresentarem anéis anuais de crescimento bem definidos: canela-lageana (Ocotea
pulchella Mart.), canela-preta (Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez), canela-guaicá
(Ocotea puberula Nees), cedro (Cedrela liloi C. Dc.), camboatá (Cupania vernalis Camb.),
miguel-pintado (Matayba elaeagnoides Randlk.), canela-de-veado (Helietta apiculata Benth.)
E carne-de-vaca (Styrax leprosum Hook. et Arn.). Essas espécies, presentes nos vários
estratos da floresta, mostraram características de crescimento distintas, independente dos
diâmetros dos troncos. A canela-lageana estava na mesma faixa etária das araucárias
dominantes, enquanto o miguel-pintado estava associado com as intermediárias. As demais
espécies estavam na mesma faixa etária das araucárias dominadas.
Porém, distintas das araucárias da classe dominada, três espécies (Nectandra
megapotamica, Ocotea puberula e Cedrela liloi) apresentaram um crescimento inicial em
diâmetro muito superior, com médias de 3,0, 0,7 e 4,3 cm/20 anos, respectivamente. A Ocotea
pulchella, que está presente com as araucárias no estrato dominante, teve um crescimento
médio nos primeiros 20 anos de apenas 1,3 cm.
113
Com a análise das copas das árvores de diferentes classes sociológicas e idades na
floresta natural, é possível detectar novamente o ritmo de crescimento e sua dependência da
idade, conforme mostra a Tabela 17. As árvores dominantes, mais velhas, apresentam o
maior intervalo de tempo entre a formação de novos pseudoverticilos quando comparados às
mais jovens.
TABELA 17 – diferença de idade entre pontos a alturas distintas com relação aos dois últimos
pseudoverticilos da copa de araucária
Posição Classe Número de anéis
Sociológica Média Mínima Máxima
1o ao 2o Dominante 5,7 1 13
pseudoverticilo Intermediário 4,8 2 8
Dominado 3,5 0 7
Fonte: SEITZ (1991)
estabelecimento de povoamentos novos deve ser feito com um número elevado de plantas,
para garantir um mínimo de homogeneidade após os tratos silviculturais.
Uma série de fatores influem na heterogeneidade dos povoamentos jovens, sendo
provavelmente o genótipo um dos mais importantes. Para superar esta heterogeneidade, é
prática comum estabelecer os povoamentos por semeadura direta, utilizando-se 3 a 4 sementes
por cova. Após um ano é selecionada a melhor planta em cada cova, eliminando-se as demais.
Isso equivale a uma seleção de 25 a 33 %. Mesmo assim, os povoamentos ainda apresentam
heterogeneidade que se manifesta em relação ao crescimento em altura e à formação de
pseudoverticilos.
Normalmente, as árvores que conseguem formar um maior número de galhos,
provavelmente, tenham uma maior taxa fotossintética, e com isto, maior crescimento,
permitindo deduzir que as árvores com o maior número de pseudoverticilos irão dominar o
futuro povoamento.
Σ PCI
_______________
FCC =
S
116
Si = b0 + b1.di + b2 . di2
A expressão da superfície de copa por hectare é obtida pela soma das superfícies de
todas as árvores (ST):
ST = Σ Si = b0 . N + b1. Σ di + b2 . Σdi2
di2
_______
IGH =
d2
Ou de maneira similar:
hi
_______
I1 =
h
e
117
d i 2 . hi
___________
I2 =
d2 . h
G
BAL = _______
g
ou
b
BAL = _______
L
Sendo: G = área basal por hectare; g = área basal da árvore considerada; b= diâmetro
de copa; L = comprimento de copa.
Esses índices relacionam a distância entre uma árvore elegida ao acaso e sua vizinha
mais próxima com a distância entre um ponto situado ao acaso e a árvore mais próxima.
Sendo: CAi = área da copa da árvore i, supondo que cresce em liberdade; aij = área
de sobreposição entre a árvore i e o competidor j.
aij dj
________
IB = Σ . ________
Ai di
Rj h j
__________
I EM = Σ ( a ij ) / CA i
Ri hi
di
Ih = Σ (__________) / Lij
dj
n
∑ d 2pt
I HS = i =1
n
∑ d 2tt
i =1
119
Sendo: dtt = distância entre uma árvore selecionada ao acaso e sua vizinha mais
próxima; dpt = distância entre um ponto situado ao acaso sobre o terreno e a árvore mais
próxima; n = número de pontos tomados ao acaso.
1 n d 2pt
I BR =
n
∑d
i =1
2
+ d 2tt
pt
Esse índice é semelhante ao índice proposto por Hopkins; entretanto, nesse caso, não
existe independência entre as medições dpt e dtt. O modo de calculá-lo é relacionar um ponto
ao acaso no terreno e buscar a distância entre a árvore mais próxima (dpt), e a distância até o
vizinho mais próximo (dtt) que é medida desde essa árvore:
n
∑ d pt
IB = i = 1
n
∑ d tt
i=1
Supostamente, uma distribuição das árvores de tipo regular dá como resultado valores
de índices mais baixos que uma distribuição com agregados.
120
Esse autor propôs dois índices que seguem as mesmas distribuições que os índices de
Hopkins & Skellam E Byth & Ripley:
n
∑ d 2pt
I HN = i =1
n
∑ d 2p2t
i=1
e,
n
∑ d 2pt
I HF = i=1
n
∑ d 2p2t − d 2pt
i =1
Esse índice necessita da densidade da população expressa como número de árvores por
hectare e uma amostra de n valores da distância entre uma árvore selecionada ao acaso e sua
vizinha mais próxima.
Sendo que dtt o valor médio das n distâncias e p o número de árvores por hectare, tem-
se no caso de uma distribuição espacial aleatória tem-se que dtt segue uma distribuição normal
com média (2 p )-1 . Como o índice de não-aleatoriedade se toma o cociente entre o valor
I CE = 2 d tt p
BROWN (1965) introduziu o índice chamado APA, que corresponde à idéia de uma
área potencialmente disponível, como medida de densidade potencial. A APA representa um
polígono irregular construído ao redor da árvore avaliada, formada por lados perpendiculares
à linha que a une com as árvores vizinhas eqüidistantes da árvore avaliada. Todos os
polígonos limitam-se entre si, de maneira que a soma de suas áreas é igual ao total da
superfície.
STHÖR (1963) propôs que as distâncias das perpendiculares que constituem os lados
do polígono sejam proporcionais aos diâmetros e não-eqüidistantes à árvore avaliada e às
competidoras para cálculo desse índice, dado por:
LR di
________
= __________
LIJ di + d j
di
______________
IR = . LIJ
2 2
di + dj
De acordo com a forma de obtenção dos dados para descrever o crescimento das
árvores individuais, se forem conhecidas suas coordenadas, podem ser construídos modelos
de simulação dependentes ou independentes da distância (veja MUNRO, 1974).
Esse índice é obtido pela sobreposição sobre a superfície que se está estudando, de
unidades amostrais de forma e tamanho prefixado, contabilizando o número de árvores que
caem dentro de cada unidade. Pode-se afirmar que o número de árvores em cada unidade é
uma medida da densidade da população. A variância dessa densidade depende do tipo de
distribuição espacial dos indivíduos.
Nesse caso, supõe-se um processo de Poisson (distribuição aleatória), para isso
FISHER et al. (1992) sugerem o seguinte índice:
n
n ∑ (x i - x i ) 2
S x2
IF = i =1
n
=
x
(n - 1) ∑ x i
i =1
Esse índice requer, para o seu desenvolvimento, contar com dados das posições de
todas as árvores dentro de uma superfície suficientemente extensa. Os dados desse tipo são,
por outro lado, os mais representativos, mas também os de maior custo.
123
DAi = Ni / A
4.6.1 Introdução
A avaliação do solo florestal para objetivos empresariais pode ser feito segundo os
incrementos, como o Valor de Produção do Solo ou o Valor Esperado do Solo. Com certo
grau de relação com a produção, existe também, o Valor de Transação do Solo que se
expressa no preço de mercado.
Receitas:
A r + D a * 1, 0 i r − a + D b * 1, 0 i r − b + . . . + N q * 1, 0 i r − q
Despesas:
C * 1, 0 i r + V * ( 1, 0 i r − 1)
v
V = ou v = V * 1, 0 i
0 ,0 i
Sendo: v = custo de administração por hectare e ano, igual aos juros anuais do capital
dos custos de administração; C = custo de cultura, por hectare; Da = receitas do desbaste na
idade “a”, em moeda/ha; Db = receitas do desbaste na idade “b”, em moeda/ha; Nq = receitas
secundários livres de custos de exploração na idade “q”, em moeda/ha; Ar = valor do corte
final na idade “r”, em moeda/ha; e, r = rotação, em anos.
, i1 + 10
v * (1 + 10 , i r −1
, i 2 +...+ 10
Conhecendo-se a progressão:
a * ( q r − 1)
para q > 1
q −1
Assim, têm-se que:
, i r − 1) v * (10
v * (10 , i r − 1)
=
10, i−1 0,0i
v
V=
0,0i
129
V * 0,0i (1,0i r − 1)
= v * (1,0i r − 1)
0,0i
Esta fórmula foi desenvolvida por KÖNIG, em 1813. Porém, em 1849, foi
implementada por FAUSTMANN, e entrou para a história da economia florestal como
Fórmula de Faustmann. Esta fórmula é matematicamente correta, porém, na prática, está
sujeita a certas influências, tais como:
a) Trata-se de uma renda periódica e eterna, supõe-se todos os preços e custos futuros,
os quais são imprevisíveis. Não se sabe como serão os preços no futuro, por isso, parte-se da
situação atual dos preços, os quais com o tempo estão sujeitos a inúmeras modificações.
b) Supõe-se, ainda, rendas uniformes que fornece uma espécie, em forma de
monocultura, com rotação constante. Os incrementos podem alterar-se principalmente quando
baixa a produtividade, que para mantê-la uniforme exige-se maiores despesas com adubação e
outros melhoramentos;
c) Quando o povoamento já está implantado, calcula-se a partir deste. Isto não
significa que uma outra espécie não poderia dar rendas maiores. Este fato causou na Europa a
procura de uma espécie que possibilitasse maior renda (Picea excelsa), e no Brasil, pelos
mesmos motivos, as monoculturas extensas de Pinus e Eucalyptus;
130
A r = v 1 * P 1 + v 2 * P 2 + . . .+ v n * P n
Sendo: v, v1, v2,...= volumes dos sortimentos; sendo que o volume de cada
sortimento é obtido da multiplicação do volume por hectare pelos respectivos valores dos
sortimentos (%); P, P1, P2,...= Preços livre de custos de exploração; n = número de
sortimentos.
n
A r = ∑ V x * P x
x= 1
Desta forma, multiplicando-se a cifra de quantidade pelo volume sem casca obtém-se
direto o valor de exploração por hectare de um povoamento qualquer. Por exemplo, para um
volume igual a 398,00 m3s/c/ha, obtém-se um valor de exploração igual a 5.428,80 ($/ha).
Este método de determinação do valor de exploração pode ser feito para qualquer
povoamento, também misto, que alcançou ou está perto da idade de corte final. Na falta de
tabela de sortimentos, na maioria dos casos, é necessários fazer um levantamento volumétrico,
e posteriormente a classificação dos sortimentos, conforme possibilidade de exploração e
tradição do mercado de elaboração de sortimentos.
n
V c = C * 1, 0 i m + ( B + V ) * ( 1, 0 i m − 1) − ∑ D j * 1,0 i m − j
j= 1
Este valor de 596,29 $/ha significa apenas o valor das árvores deste talhão. Se
quisermos vender toda a floresta, deve-se adicionar o valor do solo (B).
Variando o valor de “m” de “0” (zero) até “r”, isto é, calculando os custos de um
talhão para todos os anos da rotação, obtém-se o desenvolvimento do valor dos custos do
povoamento (Vc), conforme a Figura 13.
Sendo: C = custo da cultura, por hectare; Ar = valor do povoamento da idade “r”, por hectare;
Am = valor dos custos de produção, por hectare; r = rotação, em anos; VCm = valor dos custos
do povoamento no momento “m”, por hectare; VEm = valor da expectativa de produção no
momento “m”, por hectare.
O VEm diminui quando aumenta a taxa de juros, renda anual do solo e os custos de
administração. O valor do solo pode ser obtido por estatísticas de preços, valor de transação, e
valor de solos agrícolas, pouco apreciados.
Quanto menor a diferença entre “r” e “m” (r - m), mais se aproximam VEm e Ar, pois
pode não existir mais desbastes. Isto pode ser demonstrado da seguinte maneira:
A r − ( B + V ) * ( 1, 0 i r − r − 1)
VE m =
1, 0 i r − r
A r − ( B + V ) * ( 1,0 i 0 − 1)
VE m =
1,0 i 0
Sendo 1,0i0 = 1, resulta que VEm = Ar .
Custo de transporte:
Para polpa ⇒ 6,24 $/m3 s/c
Para serra ⇒ 6,24 $/m3 s/c
Se o custo do transporte for igual a 0,18 $/m3s/c/km para uma distância de transporte
de 40 Km, os preços dos sortimentos assumem os seguintes valores:
Para polpa ⇒ 16,47 $/m3 s/c
Para serra ⇒ 28,82 $/m3 s/c
Custo exploração:
Para polpa ⇒ 3,57 $/m3 s/c
Para serra ⇒ 3,40 $/m3 s/c
Fator de empilhamento = 1,42.
Na Tabela 20 encontram-se os volumes e preços dos sortimentos e, custos de
exploração e transporte.
1
V E 20 = * (5.507 ,00 + 2 .430 ,50 + 3.022 ,30 − 2 .869 ,25)
1,06 20
V E 2 0 = 1.8 1 8 , 7 3 $ / h a
Este método consiste na determinação gráfica, uma vez calculada os valores VC, VE e
Ar em diferentes idades. As três curvas resultantes são bastante diferentes e, tenta-se
140
equilibrá-las por uma única, que revela aproximadamente o valor do povoamento nas
diferentes idades. Esta nova e única curva, na idade “0” é igual aos custos de cultura, e na
idade “r” igual ao valor da exploração.
Na Figura 14 nota-se nitidamente que "VE", até perto da idade “r” é maior do que o
valor de exploração, pois os custos de exploração são relativamente altos, quando comparados
com a renda a ser obtida. Abaixo de uma determinada idade, o valor "Am" pode ser negativo,
pois os preços da madeira que se obtém para os sortimentos finos e o baixo volume, não
cobrem as despesas de exploração.
Sendo: C = custo da cultura, por hectare; Ar = valor do povoamento na idade “r”, por hectare;
VC = valor dos custos do povoamento, por hectare; VE = valor da expectativa de produção, por
hectare; Am = valor dos custos de exploração, por hectare; r = rotação, em anos; Vm = valor
médio do povoamento, por hectare;.
As diferenças entre os valores de "Ar" e "VE" podem ser usadas para indenizar perdas
por exploração obrigatória (por exemplo: instalação de rede elétrica, construção de estradas,
hidroelétrica, etc.).
O proprietário determina o VE, vende a madeira jovem cortada e obtém "Ar", e o valor
da indenização será igual a Ar – VE.
141
Este método é usado para avaliar grandes povoamentos, que podem ser manejados em
regime sustentado (por exemplo: talhões, empresa), isto é, podem fornecer anualmente rendas
aproximadamente uniformes. Este valor é deduzido do modelo de floresta normal de uma
classe de manejo, e não do povoamento singular, que ocasionalmente pode estar em estado de
corte.
No modelo são considerados todos os custos que ocorrem em toda a área desta classe
de manejo, todos os custos que tem relação com a produção ou exploração da madeira,
incluindo os custos de construção de estradas, de melhoramento, etc. Sempre se deve
considerar toda a classe de manejo e não o povoamento isoladamente. Cada povoamento
isolado deve ser enquadrado na estrutura da classe de manejo da empresa; e por isto, é até
possível que este povoamento singular não receba o tratamento (manejo) ótimo, pois está
subordinado a um objetivo superior.
O ponto de partida para determinar o valor de rentabilidade da floresta é o modelo
normal de classe de manejo, isto é, uma estrutura completa de classes de idade, uma única
espécie ou mistura de espécies constante, idêntica classe de sítio, idêntico grau de estoque
sobre toda a área. Anualmente, são feitos os mesmos cortes de madeira em quantidade e
sortimento, as mesmas áreas são reflorestadas, a mesma idade de desbaste, os mesmos custos
de administração, exploração e outros custos são considerados.
Quando todos estes pressupostos acontecem, deveria ocorrer, conseqüentemente, em
todos os anos as mesmas despesas e receitas, isto é, regularmente rendas líquidas iguais, que
poderiam ser capitalizadas como renda perpétua:
VE
Vr =
0 ,0 i
Sendo: VE = renda líquida normal, por hectare; i = taxa de juros.
Custos:
C = custo cultural (de implantação) e manutenção/ha;
v = custo de administração/ha/ano.
Rendas:
Ar = receitas do corte final/ha;
Di = receitas dos desbastes/ha.
A r + ∑ D i − (C + r * v)
Vr =
0 ,0 i
Desta maneira, também, pode-se avaliar a renda anual de qualquer coisa, como, por
exemplo, direitos, lenha para funcionários e outros direitos:
Capital (K):
R − C
K =
0 ,0 i
r−1 A r + ∑ D − (C + r * v)
∑ (VE + B ) =
m =0 0 ,0 i
143
R = ∑ A x + ∑ D x − (a * C + 20 * A * v)
A receita líquida pode ser relacionada para a metade do período, e para tal é
determinado o valor do capital descapitalizado para o momento de avaliação:
R
O primeiro período (0 - 20 anos), média 10 ⇒
, i10
10
R
O segundo período (20 - 40 anos), média 30 ⇒
, i 30
10
Com a soma das receitas líquidas periódicas pode-se calcular a rentabilidade da
floresta (Vr):
R 10 R 30 R 50 r
Vr = + + + . . . +
1, 0 i 1 0 1, 0 i 3 0 1, 0 i 5 0 0 , 0 i * 1, 0 i n
Sendo: R = renda anual, que entra depois de “n” anos, isto é, após a floresta ter
r
alcançado o estado normal; = valor do capital da renda anual que entra a partir do ano
0,0i
r 1
“n”; * = valor do capital de renda anual descapitalizado para o momento de
, in
0,0i 10
avaliação.
R1 R2 Rj C1 C1 Cj
VLP = + + ...+ − + + ...+
(1 + i) 1 (1 + i) 2 (1 + i) j (1 + i) 1 (1 + i) 2 (1 + i) j
Sendo: R = receitas, 1...j, por hectare; C = custos, 1...j, por hectare; i = taxa de juro.
, i j−1 + R 2 * 10
VLF = R 1 * 10 [
, i j− 2 +...− C 1 * 10
, i j−1 + C 2 * 10 ]
, i j− 2 +...
A razão benefício/custo é obtida pela divisão entre o valor presente das receitas e o
valor presente dos custos, como foi demonstrado para obter o valor líquido presente.
O valor da razão benefício/custo é obtido através da fórmula:
R1 R2 R j C1 C1 Cj
B/C= + + ... + / + + ... +
(1 + i) 1 (1 + i) 2 (1 + i) j (1 + i) 1 (1 + i) 2 (1 + i) j
r = k * 0,0i
ou
k *i r * 100 i*k
r= ⇒i= ⇒r = = k * 0,0i
100 k 100
Tudo isto, justifica porque o proprietário pode satisfazer-se com uma taxa de juro
inferior, mas segura, a que se poderia obter em outros ramos da economia.
Em economia são conhecidos dois tipos de taxas de juro: nominal e efetiva.
A taxa de juros nominal é definida como a rentabilidade mínima que o proprietário
exige da utilização de seu capital. Esta rentabilidade, em geral, está intimamente relacionada
com a rentabilidade da renda máxima do solo. Porém, não pode ser usufruída plenamente,
147
devido à lei do regime sustentado que se impõe ao sistema capitalista, de tal maneira que é
impossível à obtenção do máximo rendimento. Somente em caso de indenização, o
proprietário poderia exigir uma taxa de juro nominal (o bem, a ser indenizado tem para mim
tal valor). A taxa de juro subjetiva é também chamada de taxa arbitrária.
A taxa juro efetiva, também chamada de taxa de juro interna, é a rentabilidade que
surge da confrontação de despesas reais com as rendas reais. Esta pode ser determinada para a
empresa, mas também para parte desta ou para povoamento singular.
Na Europa, deixou-se de apreciar a taxa de juro subjetiva, depois que ela causou
grandes discussões no século passado, devido à economia florestal ter sofrido certas
restrições, como exigências da comunidade sobre a produção florestal, importância crescente
de funções sociais e de infra-estrutura. Devido a isto, hoje é usada a taxa objetiva de juro.
A determinação da taxa de juro efetiva a partir de custos e rendas pode ser obtida de
duas maneiras:
a) Quando há estrutura de regime sustentado, isto é, anualmente ocorrem custos e
rendas semelhantes nas classes de manejo, pode-se utilizar a renda líquida anual para
determinar a taxa de juro válida dentro da empresa.
b) Geralmente utiliza-se os custos e rendas como ocorrem numa determinada área
(hectare) até o corte final, para determinar a taxa de juro; determina-se então “C” e “R” com
diferentes taxas de juro, até que se alcance a igualdade “C = R”. Para tal, supõe-se os custos e
as rendas como constantes, e determina-se o resultado final num gráfico ou por simulação.
A r + D a * 1, 0 i r − a + D b * 1, 0 i r − b + . . .
b) As despesas correspondentes:
C * 1, 0 i r + ( B + V ) * ( 1, 0 i r − 1 )
148
Sendo: Ar = receita líquida do corte final, por hectare; Da, Db, ... = receita líquida dos
desbastes a, b, ... , por hectare; B = valor do capital do solo, por hectare; V = valor do capital
dos custos de administração, por hectare e ano; i= taxa de juro; r = rotação, em anos; C=
custos de cultura, por hectare.
∆ 1 ∆ 2
=
i − i1 i2 − i
∆ 1 * i2 + ∆ 2 * i1
i =
∆ 1 + ∆ 2
A grandeza da taxa de juro efetiva depende do tipo de madeira, classe de sítio, rotação,
preço da madeira e da dependência da grandeza dos elementos de custos. Na Europa Central,
utiliza-se uma taxa de juro para madeira de serraria e custo de duração relativa de produção ao
redor de 5% ao ano. Para madeira de folhosas, a taxa de juro pode ser negativa, na
dependência da classe de sítio e idade de rotação. Para crescimentos excepcionais,
especialmente em regiões dos trópicos e subtrópicos, e com correspondentes preços e
condições de custos, pode-se obter valores de taxas de juro de 10% ao ano ou mais.
149
Para Pinus elliottii, da floresta Nacional de Passo Fundo/RS, foram encontradas taxas
de juro efetivas de 5,08 a 6,73 % ao ano, do pior ao melhor sítio, respectivamente, conforme
mostra a Tabela 24, elaborada por (SCHNEIDER, 1984), que deu origem aos volumes e
valores dos sortimentos.
A Tabela 26 pode ser visto um exemplo para determinação da taxa de juro efetiva de
Pinus elliottii, cujas produções e valores podem ser vistos nas Tabelas 24 e 25, sendo
utilizado os seguintes dados:
TABELA 26 - Determinação da taxa de juro efetiva para Pinus elliottii (veja produção na
Tabela 24).
CORTE F./ RECEITA NA IDADE “r” DESPESAS RENDA LIQ. IDADE “r”
DESBASTE 12 % 15 % 12 % 15 % 12 % 15 %
A30 8.580,84 8.580,84 B= 6757,31 B= 21.172,86
D7.5 9.540,80 17.293,42 V= 2.066,63 V= 21.737,25
D12.5 12.028,76 19.103,71 C= 11.804,21 C= 26.087,44
D17.5 4.832,62 6.724,81
D22.5 3.842,66 2.658,52
D27.5 1.370,99 831,38
TOTAL 40.196,67 55.192,38 30.628,15 68.997,55 9.568,52 -1.385,17
Do que se conclui que este povoamento com suas receitas e despesas pagas uma taxa
de juro efetiva de 14,62 % ao ano.
A taxa de juro nominal expressa em valor de taxa negociada e aceita pelas partes para
um período de tempo diferente daquele no qual ocorrerá o processo de capitalização.
Normalmente, a taxa de juro nominal é obtida através da fixação de um valor para a
determinação da renda de um povoamento.
Neste sentido, pode-se, por exemplo, seguir o procedimento da análise do custo-preço,
custo marginal e renda líquida do povoamento. O custo-preço de madeira é o próprio custo
unitário ou custo médio de produção. Isto é, o preço mínimo pela qual deve ser vendida a
madeira, de modo que o capital alocado no processo produtivo seja remunerado a uma taxa
de juro desejada pelo investidor.
Uma floresta manejada para produzir um único sortimento, a receita bruta total da
madeira em pé, no ano “r”, será:
152
R r = Vr * P
Sendo: Rr = receita bruta total na idade “r”, por hectare; Vr = volume total ou por
hectare na idade “r”; P = preço da madeira, por m3.
O valor líquido da floresta (Vlf) é expresso pela diferença entre a receita bruta total e o
custo total (Cr), ou seja:
V if = R r − C r
Os valores desta expressão acima de Vlf referem-se aos valores capitalizados para a
idade “r”, pode-se transformar os custos totais em termos de capital atual (Co).
Assim, a fórmula transforma-se em:
Vi f =
[
R r − C * 1,0 i + M j * (1,0 i r − 1) ]
r
1,0 i
Sendo: M = custo de manutenção, por hectare; j = momento de ocorrência de
manutenção.
r−a
C 0 * (1,0 i )
P =
Vr
É importante salientar que o critério custo-preço pode ser usado para comparar a
eficiência econômica de diferentes alternativas de produção.
Em qualquer situação, a opção será orientada para a alternativa que apresentar o menor
valor de custo-preço. Além de retratar o preço, ele fornece indicações relativas à determinação
da curva de oferta de um produtor, isto é, delimita as quantidades que um produtor está
disposto a comercializar, tendo em vista o nível do preço de mercado.
Este método pressupõe que deve existir as seguintes informações básicas:
a) Produção por idade, em m3/ha;
b) Custos operacionais de implantação e manutenção, por hectare.
153
O custo-preço indica o valor do preço mínimo que a madeira deveria ser vendida
para cobrir todos os custos e que na idade de 8 anos é 3,37 $/st s/c, embora que o menor custo
marginal tenha ocorrido aos 5 anos com um valor de 2,84 $/st s/c.
O custo marginal indica o custo para manter um metro estéreo em pé por mais um
ano, por exemplo, aos 6 anos, o custo marginal é de 3,37 $/st s/c, significa o custo de
manutenção de um st s/c até o 7o ano.
4.6.10.1 Danos
O dano significa a perda de renda. Este dano pode ser causado por um terceiro
(indenizante) ou por determinadas circunstâncias (determinação do dano para cálculo interno),
como: fogo, animais domésticos e silvestres, poluição, vento, etc.
O ponto de partida para a determinação é as condições anteriores e posteriores ao
dano, sendo a diferença o valor do dano. Incluem-se, depois, eventuais custos extras, como
aqueles causados pelos trabalhos de apagar o fogo, etc.
As seguintes condições devem ser analisadas quanto aos danos:
a) Quando há perda de incremento, anual em m3 até o final da rotação, para o qual
faltam ainda “n” anos, deve-se capitalizar o valor.
a * ( 1,0 i n − 1) 1
n
*
1,0 i 0 ,0 i
4.6.10.2 Desapropriação
Uma determinada área florestal de interesse, por exemplo, público, pode permanecer
de propriedade da empresa ou pode passar para a propriedade pública. Neste caso, deve-se
fazer o seguinte:
a) A indenização pode ser feita por troca, por exemplo, colocando a disposição uma
outra área florestal do mesmo valor;
b) Indenizar o valor do solo (renda do solo capitalizada) mais o valor atual do
povoamento (valor da exploração, valor dos custos ou valor da expectativa de produção) e,
também, se possível o valor de rentabilidade da floresta;
c) Caso a área continue com o proprietário, mas não possa mais ser cultivada, então se
deveria indenizar além da renda do solo e do valor do povoamento, também, os impostos que
futuramente devem ser pagos pelo proprietário.
SAGL (1976) determinou para várias espécies, na Áustria, o valor do fator idade com
base na produção de tabelas de produção, fazendo variar o custo de plantio, valor do solo e
custo do capital de administração.
O valor do fator idade (fi) foi determinado pela razão entre a expectativa de produção
do povoamento numa idade e o valor líquido do povoamento no corte final (Ar), da seguinte
maneira:
VE m
fi =
Ar
156
Através desta mesma relação, SCHNEIDER (1984) determinou o valor do fator idade
para Pinus elliottii da Floresta Nacional de Passo Fundo, fazendo variar o valor do solo, taxa
de juro e rotação. Na Tabela 28, pode ser visto um exemplo do desenvolvimento do fator
idade, para uma rotação de 30 anos.
Com os valores do fator idade e valor líquido do corte final, pode ser obtido o valor da
expectativa de produção de um povoamento para todas as idades. Para isto, faz-se a
transformação da fórmula original para:
VE m = A r * fi
[ ]
VEm = ( A r − C ) * f i + C * B g
Nos casos em que a rotação real (Rr) for menor que a rotação utilizada para a
determinação do fator idade, o valor do fator idade a ser utilizado deve ser multiplicado pelo
fator de correção (1/fiRr). Sendo que, fiRr é o fator idade de rotação real (Rr). Transportando-se
este valor para a fórmula de BLUME, esta passa a ser expressa por:
157
1
VEm = ( A r − C ) * f i * + C * G r
f iR r
Ar − C
V = 2
* t2 + C * Gr
r
4.6.12 Rotação
Ar* + ∑ D*
r
Sendo: Ar = valor do corte final na idade “r”, por hectare; C = custo de cultura, por hectare;
v = custo de administração, por hectare e ano; VEm = valor médio da classe de manejo, por
hectare; Ar* = valor bruto do corte final na idade “r”, por hectare; ∑D* = soma da renda bruta
dos desbastes anuais, por hectare; r = rotação, em anos; B = valor do capital do solo, por
hectare; i = taxa de juro; a = área da empresa, em hectare; Am = custo do material; Af = custo
de terceiros; Aa = custo de escritório; T(r) = tempo total de trabalho, por hectare e ano; ∑S =
soma dos custos da infra-estrutura de produção, por hectare; Da, Db = receitas dos desbastes,
por hectare; V = v/0,0i; B = b/0,0i; b = custo do capital solo, por hectare.
160
A r + ∑ D − (C + r * v)
r
Portanto, a rotação de máxima renda líquida da floresta para Pinus elliottii varia com a
qualidade do sítio. Em sítios bons, com índice de sítio de 30 a 34 a rotação foi de 20 anos; nos
índices de sítios de 24 a 28 foi de 25 anos; e, no índice de sítio 22 foi de 35 anos.
c) Rotação financeira
Portanto, a rotação financeira para Pinus elliottii, para o índice de sítio 28, é igual há
20 anos, para os custos e preços utilizados e taxa de juro de 6 % ao ano, pois nesta idade
maximizou o valor esperado da terra por hectare.
162
Basicamente, toda empresa sempre procura maximizar sua renda, operando a um nível
onde os custos marginais igualam-se as rendas marginais. De maneira análoga, a rotação
ótima (idade de exploração) será aquela idade do povoamento na qual o incremento dos
custos iguala-se ao incremento das rendas.
165
Isto pode ser observado na Figura 16a. A mudança no incremento anual da renda (S)
da floresta na idade (t) é descrita pela curva ∆S. Se o valor por m3 de madeira fosse fixado
desconsiderando a dimensão ou a idade das árvores (valor fixo), esta curva teria exatamente a
mesma forma que a curva do incremento corrente anual, que indica a variação anual no
incremento em volume total da floresta ao longo do tempo.
O custo anual de oportunidade da terra (a) é constante ao longo do tempo. O custo de
interesse, contra a rentabilidade total da floresta aumenta ao longo do tempo.
A melhor rotação está indicada onde à curva de incremento da renda (∆S) interceptam
a curva de incremento dos custos (a + iS) no ponto (tm).
A amplitude deste ponto ótimo é demonstrar as implicações de se explorar a floresta
em qualquer idade que não “tm”. Em qualquer idade inferior a “tm”, os custos para se manter a
floresta por ano são inferiores ao valor dos produtos extras que a floresta produzirá neste ano,
assim, se conseguirá uma renda líquida positiva prolongando-se a rotação por mais um ano. A
qualquer idade superior a “tm” os custos anuais de manutenção da floresta excederão a renda
que ela propiciará a mais neste ano.
A curva dos custos e rendas acumulados (Figura 16b) é semelhante à curva de custos
e rendas total, com relação à produção, em termos convencionais. A máxima diferença entre
custos e rendas acumuladas novamente no ponto “tm”.
A Figura 16c representa a relação entre renda líquida e a idade do povoamento. A
renda líquida atinge um ponto máximo onde a declividade da curva é zero, ou seja, na idade
“tm”, que é, naturalmente, o ponto onde a diferença entre os custos e rendas acumulados é
máxima.
Resumindo, a rotação ótima ocorre quando:
∆S = a + iS
b) Estoque inicial
florestal. Niesslein apud SELING & SPATHELF (1999) faz uma outra distinção: diferencia
entre efeitos externos que são medidos pelo benefício produzido para o público e efeitos
internos como resultados positivos na área da propriedade. Uma outra importante noção, nesta
conexão, é as "funções da floresta". A idéia predominante é que a floresta reúna três funções:
a função de exploração, a de proteção e a de recreação. Segundo essa teoria, que foi criada
nos anos 60 na Alemanha, todas as funções da floresta são postas à disposição pela produção
florestal. Entretanto, essa idéia é atacada por outros autores.
Nesse sentido, Brandl & Oesten apud SELING & SPATHELF (1999) destacam a
distinção entre os efeitos da floresta e as produções da atividade florestal. Essa distinção deve
substituir, na opinião dos autores, a prévia idéia das três funções.
Uma outra característica dos benefícios indiretos é que são, muitas vezes, os
fundamentos para a produção de outros bens e estão ligados ao sítio. (Em último lugar, o
grande número e as diferentes maneiras em que se manifestam provocam conflitos de objetivo
ou de meta, por exemplo, a meta de “proteção da natureza” contra a meta de “recreação”).
Os bens privados são caracterizados pelos direitos exclusivos para usar e dispor
("property rights"). Na teoria, a diferença entre bens privados e públicos é fácil de ser
170
determinada, mas na prática existem muitos casos nos quais a separação é difícil como, por
exemplo, a floresta. Por um lado, a floresta é um bem privado como um fornecedor de
matérias-primas (madeira) e um local de atividades econômicas (construção das estradas,
caça, etc.). Por outro lado, a floresta é um bem público como um meio de recepção para
elementos e efeitos secundários (poluição do ar, barulho, proteção visual, proteção contra
deslizamentos, entre outros), como um bem de consumo, ou seja, por causa do direito das
pessoas de entrar na floresta. O fato da floresta ser também um bem público, traz
conseqüências negativas. O preço "zero" significa abundância, por isso pode existir uma
superutilização, o que traz danos à floresta.
que recobre um talude: o valor de substituição seria o custo para a construção de um muro de
arrimo. Difícil torna-se, por exemplo, determinar o valor de substituição da função de
filtragem do ar por filtros industriais.
Ao lado destes custos facilmente detectáveis, existem outros mais difíceis de serem
levantados e atribuídos para a função social ou para a produção da empresa. É o caso dos
custos com a regulação de cursos d’água, fixação de taludes, construção de estradas, havendo
função social ou não, seriam executados.
Os custos mais elevados em função da utilização dos benefícios sociais da floresta,
também ocorrem no cuidado com os incêndios. As medidas preventivas devem ser maiores e
geralmente o seguro pago é maior.
Os danos causados em árvores, povoamentos jovens, necessidade de cercas para áreas
recentemente reflorestadas, também, redundam em custos mais elevados para o proprietário
florestal.
Outros fatores de aumento da despesa na empresa florestal é causada pela necessidade
de se trabalhar em pequenas áreas, de interesse paisagístico nas quais não se pode florestar, ou
o não reflorestamento de áreas com visão paisagística agradável, a necessidade de fazer
povoamentos mistos renunciando a espécie de maior crescimento ou de maior valor no
mercado.
Em contraposição com estas despesas podem ocorrer também alguns rendimentos para
o proprietário florestal. Estes rendimentos podem advir de aluguel de cabanas, taxas de
estacionamento, entradas para parques, taxas para pesca, etc. A avaliação dos benefícios
sociais pela empresa compõe-se, portanto, da soma de uma série de avaliações isoladas.
Para eliminar a dificuldade de distribuir custos comuns aos interesses da empresa e das
funções sociais ou benefícios indiretos da floresta ainda há necessidade de muitos estudos.
Na Tabela 34, são apresentados os métodos para avaliar o valor dos benefícios
indiretos da floresta. Primeiramente, é possível diferenciar entre métodos não-monetários e
monetários. Os métodos monetários podem ser subdivididos em métodos de custo e em
métodos orientados ao benefício ou à demanda.
175
A. Métodos não-monetários
Nos métodos com escalas cardinais, a diferença entre os valores é determinada. Para
isto, existem três métodos diferentes.
Um método é o da análise de valor de benefícios (“scoring model”). Trata-se de um
método para a avaliação de alternativas econômicas, mas tem também critérios que não são
medidos em unidades monetárias, ou seja, critérios técnicos, sociais ou psicológicos.
Um outro método é a análise de custos e benefícios (“cost-benefit-analysis”). Trata-
se de um método de avaliação comparada de projetos ou de alternativas de ações. Esse
método, sobretudo, é usado para avaliar projetos públicos de investimento.
E uma terceira possibilidade são os índices no contexto dos métodos de escalas
cardinais. Nele, os custos de produção dos benefícios indiretos podem ser expressos em
relação aos custos totais na empresa.
B. Métodos monetários
A idéia fundamental é que os benefícios indiretos valem, pelo menos, tanto quanto os
custos para a sua oferta ou para a substituição. Um exemplo de custo de substituição refere-se
aos custos para a preparação da água oriunda de uma área sem floresta em relação à produzida
em uma área florestal. Os custos de recuperação referem-se aos custos para a reparação de
danos que surgem em áreas sem floresta, por exemplo, os danos causados pela erosão do solo.
c) O valor de existência: O bem tem utilidade pela sua simples existência, embora
possa, em um determinado momento, não ser utilizado.
O método trabalha com pesquisa de pessoas sobre suas disposições de pagar por um
determinado bem. O método é muito fácil, porque basta entrevistar as pessoas que caminham,
que vão de bicicleta ou fazem uma corrida na floresta.
O método, porém, tem uma série de desvantagens. A disposição de pagar é
influenciada pela capacidade de pagar, ou seja, quanto maior o salário tanto maior a
disposição de pagar. Em virtude a disposição em pagar ser desigual entre as pessoas, é
necessário considerar os diferentes níveis salariais. Além disso, é preciso considerar que
somente as pessoas, com um salário próprio, podem decidir independentemente.
Uma outra desvantagem é o fato que há respostas estratégicas (respostas não
verdadeiras) ou que as respostas verdadeiras não são idênticas ao comportamento das pessoas.
E que, ainda pode existir um problema de informação. Os assuntos sobre os quais as pessoas
são perguntadas são muito complicados, podem representar conflitos entre gerações, entre
outros. Uma questão que precisa ser refletida é se existe hoje condições para avaliar bens, que
também atingirão as próximas gerações ? Trata-se de uma questão ética e moral.
funções, como por exemplo para averiguar a disposição de pagar pela água limpa originada da
floresta.
O "Travel cost method" trabalha com uma série de suposições, nele a pessoa é
observada sozinha, ou seja, considera-se que realizou a viagem sozinha, mesmo que ela tenha
sido realizada em grupo. Uma outra suposição é que a visita à floresta tenha sido o único
motivo para a viagem, mesmo que existam outros, como por exemplo uma visita a amigos.
Por isso a relação entre a distância de viagem e o benefício de recreação é baixo, pois o
método só quantifica o valor da recreação.
Este método foi desenvolvido por Petri apud SELING & SPATHELF (1999),
baseado-se no preço do terreno, ou seja, faz-se à comparação dos preços de mercado dos
terrenos junto à floresta com outros mais distantes. Os terrenos devem ser idênticos,
deduzindo-se da diferença dos preços o valor dos benefícios.
Brandl & Oesten apud SELING & SPATHELF (1999) fizeram um estudo sobre a
avaliação monetária dos impactos causados pela produção florestal (efeitos externos positivos
e negativos) na Alemanha. Verificaram que há um grande número de casos nos quais os
efeitos positivos refletem na empresa florestal. Esses efeitos foram disponibilizados para as
comunidades na forma de água, ar, redução de ruído, recreação, entre outros. Os incentivos
recebidos pelas empresas florestais são um exemplo para isso, conforme apresentado na
Tabela 35.
A mais importante norma da Constituição da Alemanha é a proteção da propriedade
privada e, nesse sentido, a garantia das produções da floresta para o bem público é uma
atribuição das empresas florestais. A idéia fundamental é que a empresa florestal mantenha
uma boa saúde econômica.
A garantia das produções dos bens materiais e imateriais, para o bem público,
advindo da floresta fica ameaçada quando a empresa florestal encontra dificuldades
econômicas originadas pelas baixas rendas ou pelos efeitos negativos do forte compromisso
social.
179
B. Subvenções
Prêmio pelo florestamento 0,1
Subvenções para empresas com 5-20 ha de floresta (só empresas 9,0
florestais) ou de 3-200 ha de floresta (empresas com atividade florestal
e agrícola)
Redução de impostos não-divulgado
Promoção da produção e de vendas (p. ex.: redução de preço da não-divulgado
gasolina para máquinas grandes)
C. Pagamentos compensados
Programa especial "Floresta ecológica" 0,28
1
Área florestal em Baden-Württemberg: 1.256.000 ha (37,1 % da área total do estado), área de floresta privada e
municipal: 958.328 ha (76,3 % da área florestal).
180
2
Na Alemanha há três grupos dos proprietários florestais: floresta estadual, floresta municipal, floresta privada.
A proporção dos respectivos grupos depende sobretudo da história de cada País.
181
5.1.1 Introdução
C=A/r
Este método caiu em desuso devido à variação da produção com a qualidade do sítio,
que é levado em consideração na determinação da taxa de corte de uma classe de manejo.
Mesmo assim, este método pode ser empregado para determinação de cortes em
pequenas propriedades florestais que cultivam acácia-negra e eucalipto em rotação curta, cuja
área apresenta uma homogeneidade de sítio.
185
Este método teve ampla utilização no século XVIII, na Europa. É um método simples
e mais eficiente que o método de divisão de área por levar em consideração a produtividade
em volume.
A taxa de corte é obtida pela expressão:
C=V/r
Este método foi desenvolvido na Áustria, no século XVIII. Ele considera somente os
povoamentos com idade superior a r/2 e o incremento destes nas mesmas idades de referência.
A taxa de corte é determinada através da fórmula:
V + A . i. r / 4
C=
r/2
Sendo: V = volume real da classe de manejo dos povoamentos com idade > r/2; A =
Área dos povoamentos com idade > r/4; i = incremento dos povoamentos com idade > r/2; r =
rotação, em anos.
Este método de determinação da taxa de corte foi desenvolvido na Suíça, tendo por
objetivo equilibrar as eventuais falhas de estoque. Para isto, foi introduzido uma correção no
Método de Hufnagel original, sendo que a fórmula passou a ser expressa por:
186
V + A . i. r / 4 + ( V − V n )
C=
r/2
e) Método de Mantel
C=2.V/r
C = V / ½. r
f) Método de Howard
Este método foi desenvolvido na Índia, para ser usado em florestas irregulares, sendo
considerada como uma fórmula empírica, expressa por:
V
C=
3 /8 .r
Neste método, o fator 3/8 constitui-se no limitador de aplicação, pois não pode ser
generalizado para qualquer tipo florestal.
187
g) Método de Blanford-Simmons
Este método também foi desenvolvido para florestas irregulares da Índia, que por
causar taxas de corte excessivas é desaconselhável. A fórmula é expressa por:
V
C=
r(1 − x 2 / r 2 )
C = 2.V/r . V/Vn
i) Método de Hanzlik
O método de Hanzlik foi desenvolvido nos EUA para determinar o corte de florestas
virgens de coníferas, nas quais se iniciava o manejo. Inicialmente, é necessário fixar a rotação
adequada para o tipo de floresta (espécie). Este método considera os povoamentos maduros
188
V
C= + IM A
r
Sendo: V = volume real de povoamentos maduros (idade > r/2); IMA = incremento
médio anual de povoamentos jovens (idade < r/2); r = rotação, em anos.
j) Método de Black-Hills
Este método de determinação da taxa de corte foi desenvolvido para florestas dos
EUA, sendo expresso por:
V m . P m + (V n + ip / 2 ). P n
C=
a
Sendo: Vm = volume real dos povoamentos maduros (idade > r/2); Pm = % de corte
possível em povoamentos maduros (idade > r/2); Vn = volume real de povoamentos jovens
(idade < r/2); pn = % de corte a ser feita nos povoamentos jovens (idade < r/2); ip =
incremento periódico de povoamentos jovens, no período de manejo (idade < r/2); a = período
de manejo, em anos.
j) Método de Brandis
C=V/a.k
k) Método de Paulsen-Hundeshagen
Cv = Vr. Cd / Vd
Assim, regula-se a taxa de corte, caso o estoque for inferior ao desejado, diminui-se o
corte verdadeiro, e se o estoque for excessivo, aumenta-se à taxa de corte.
Posteriormente, foi introduzida uma modificação no método com a inclusão do
incremento médio total de povoamentos maduros, passando a ser expresso por:
Cv = Vr/Vn . IMA
Sendo: IMA = incremento médio anual total dos povoamentos maduros (idade > r/2).
l) Método de Breymann
Cv = Cd . 2.a / r
m) Método Austríaco
Vr - Vn
C = IMA + -----------
a
Sendo: IMA = incremento médio anual total da classe de manejo; Vr = volume real da
classe de manejo; Vn = volume normal da classe de manejo; a = período de equilibração de
estoque, em anos.
n) Método de Gerhard
É um método que alcançou uma importância prática, assim como o Método Austríaco.
Este método foi desenvolvido em 1920, com base no Método Austríaco, sendo a sua
representação matemática a seguinte:
IC A + IM A V r − V n
C= +
2 a
o) Método Finlandês
Classes Descrição
0 Área de regeneração
1 Povoamentos jovens
2 Povoamentos em desbaste
3 Povoamentos em preparação para regeneração
4 Povoamentos maduros que serão regenerados proximamente
5 Povoamentos em processo de regeneração
6 Áreas marginais
Por meio de inventários prescreve-se quais os tratamentos são convenientes a cada tipo
de povoamento, assim como a urgência de sua aplicação. Os cortes de regeneração são
prescritos utilizando uma rotação guia, que deve confirmar-se ou corrigir-se segundo a
condição do povoamento em questão. Outros tipos de povoamentos são tratados simplesmente
segundo a sua fase de desenvolvimento.
As informações do inventário são utilizadas junto com as metas de manejo, para
definir tratamentos a cada povoamento para um período de planejamento de 20 anos e,
também, define-se a ordem de intervenção dentro do povoamento com um mesmo tratamento.
As produções e incrementos são gerados em tabelas de produção. Esta estimativa
permite atualizar o rendimento dos povoamentos até a metade do período de planejamento,
que em média é quando se faz a intervenção.
O método determina o volume estimado que o povoamento terá no final do período de
planejamento e não a taxa de corte, através da fórmula:
Sendo: VEi = volume estimado que terá uma classe composta dos povoamentos da
fase de desenvolvimento i = 0, 1, ..6, ao final do período de planejamento; VOi = Volume
inicial que tem a classe composta dos povoamentos da fase de desenvolvimento i; Ii =
Percentagem de incremento estimado nas tabelas de produção para um povoamento típico da
fase de desenvolvimento i; Ri = volume médio que será cortado no tratamento do povoamento
da fase de desenvolvimento i, segundo o inventário de prescrição; P = período de
planejamento (20 anos).
a) Método de controle
V 2 −V1+ C − E
I=
a
DAP (cm) 18 22 26 30 34 38 42 46 50 50
3
Volume (m ) 0,19 0,32 0,49 0,71 0,97 1,28 1,62 2,01 2,43 2,88
194
O ingresso é calculado com o auxílio da Tabela 38, sendo sua determinação feita da
última classe de diâmetro para a primeira.
Para demonstrar a determinação da taxa de corte foi tomado como exemplo dados de
uma classe de manejo, constituída de 11 talhões, divididos em secções; com duas espécies (A
e C); com rotação de 50 anos; e manejadas em sistema de alto fuste. Estas informações da
classe de manejo encontram-se na Tabela 39, com as quais foi determinada a taxa de corte,
através dos seguintes métodos:
2 * Vr
. C = ______________
r
2 * 55.275
_______________
. CA = = 2.211 m3/ano
50
2 * 8.870
. CC = ----------- = 355 m3/ano
50
V + A * i * r/4
. C = _________________________
r/2
V
. C = ----- + ICA
r
43.511
. CA = ___________ + 1.703,52 = 2.574 m3/ano
50
8.496
. CA = ___________ + 115,77 = 286 m3/ano
50
Vr - Vn
. C = ICA + -----------
a
(anos) A C
5 73 4
10 147 8
15 164 12
20 188 53
25 297 113
30 400 178
35 505 241
40 595 296
45 672 340
50 738 374
55.275 – 66.741,5
.CA = 3759,05 + ------------------------ = 2.612 m3/ano
10
8.870 – 9.444,3
.CC = 571,78 + ---------------------- = 514 m3/ano
10
Taxa de Corte
A C Total (m3/ano)
Por outro lado, verifica-se que existe uma grande variação do valor da taxa de corte de
cada método utilizado. Esta variação é devida à própria natureza do método, e deve-se,
principalmente, deve-se às variáveis utilizadas e à maneira como entram nas fórmulas.
201
5.2.1 Introdução
O sistema (II) apresenta uma solução compatível básica óbvia, com os seguintes
valores para as variáveis:
204
Variáveis não-básicas: X1 = X2 = 0
Variáveis básicas: X3 = 3
X4 = 4
X5 = 9.
Este modelo pode, por exemplo, ser associado a um produtor florestal que deseja
otimizar as plantações de acácia-negra e eucaliptos na sua propriedade. O proprietário quer
saber as áreas de acácia-negra (x1) e eucaliptos (x2) que devem ser plantadas para que o seu
lucro nas plantações seja máximo. O seu lucro por unidade de área plantada de acácia-negra é
$ 5,00 e de eucalipto é $ 2,00 por unidade de área.
As restrições (a) e (b) indicam que as áreas plantadas de acácia-negra e eucaliptos não
devem ser maiores à demanda dessas plantações.
A restrição (c) indica que o consumo total de homens-hora nas duas plantações não
deve ser maior que 9. Cada unidade de área plantada de acácia-negra consome 1 homem-hora.
Cada unidade de área plantada com eucaliptos consome 2 homens-hora.
As restrições (d) informam que as áreas plantadas não podem ser negativas.
O método simplex, para ser iniciado necessita de conhecer uma solução compatível
básica (chamada solução inicial) do sistema de equações (II), isto é, um dos pontos A, B, C,
D, E do trapézio. Suponha-se que essa solução seja, por exemplo, o ponto A.
Com isso, o método simplex verifica se a presente solução é ótima. Se for, o processo
está encerrado. Se não for ótimo é porque um dos pontos extremos adjacentes ao ponto A
fornece para a função objetiva um valor maior do que o atual. No caso, tanto B como E são
melhores do que A.
Neste caso, faz então a mudança do ponto A para o ponto extremo adjacente que mais
aumenta o valor da função objetiva. No caso, o ponto B.
Agora, tudo que foi feito para o ponto extremo A é feito para o ponto extremo B. O
processo finaliza quando todos os pontos extremos a ele adjacentes, fornecerem valores
menores para a função ótima. Então é importante o fato do conjunto das soluções compatíveis
ser convexo.
Algebricamente, um ponto extremo adjacente é uma solução compatível básica
incluindo todas as variáveis básicas anteriores, como exceção de apenas uma delas. Achar,
portanto, a próxima solução compatível básica (ponto extremo adjacente) exige a escolha de
205
uma variável básica para deixar a base atual, tornando-se não-básica, e a escolha de uma
variável não básica para entrar na base em sua substituição.
O método simplex compreende, portanto, os seguintes passos:
a) Achar uma solução compatível básica inicial;
b) Sendo a solução atual ótima, então pare. Caso contrário, siga para o passo c;
c) Determinar a variável não-básica que deve entrar na base;
d) Determinar a variável básica que deve sair da base;
e) Achar a nova solução compatível básica, e voltar ao passo b.
Z - 5x1 - 2x2 =0
x 1 + x3 =3 (III)
x 2 + x4 =4
x1 + 2x2 + x5 =9
Linha Z x1 x2 x3 x4 x5 b
Base 0 1 -5 -2 0 0 0 0
x3 1 0 1 0 1 0 0 3
x4 2 0 0 1 0 1 0 4
x5 3 0 1 2 0 0 1 9
(III)
Observa-se que os coeficientes da função objetiva, linha (0) de (III), sofreram inversão
de sinal.
206
Linha Z x1 x2 x3 x4 x5 b
Base 0 1 0 -2 5 0 0 15
x1 1 0 1 0 1 0 0 3
x4 2 0 0 1 0 1 0 4
x5 3 0 0 2 -1 0 1 6
(IV)
Da linha (0) de (IV) tira-se que: Z = 15 + 2x2 - 5x3.
Pelo coeficiente -2 na linha (0) de (IV) pode-se afirmar que a solução ainda não é a
ótima. A variável que entra na base é x2.
Do quadro (IV) obtém-se:
Linha (2): x2 ≤ 4/1
Linha (3): x2 ≤ 6/2.
Deve sair da base a variável associada com a linha (3), ou seja, x5. As seguintes
operações devem ser realizadas no quadro (IV), para obter o quadro (V):
a) Para obter a linha 3, divide-se a linha 3 do quadro (IV) por 2;
b) Para obter a linha 1, multiplica-se a linha 3 do quadro (V) por zero e soma-se a
linha 1 do quadro (IV);
c) Para obter a linha 2, multiplica-se a linha 3 do quadro (V) por -1 e soma-se a linha 2
do quadro (IV);
d) Para obter a linha zero toma-se o maior valor absoluto da variável não-básica da
linha zero do quadro (IV), igual a 2, multiplica-se pela linha pivô (3) do quadro (V) e soma-se
a linha zero do quadro (IV).
Linha Z x1 x2 x3 x4 x5 b
Base 0 0 0 0 4 0 1 21
x1 * 1 1 1 0 1 0 0 3
x4 * 2 0 0 0 1/2 1 -1/2 1
x 2* 3 0 0 1 -1/2 0 1/2 3
(V)
208
A presente solução é a ótima, pois não existe nenhum coeficiente negativo na linha (0)
do quadro (V). A função objetiva será, então: Z = 21 - 4x3 - x5.
A seguir serão apresentados alguns casos que podem ocorrer nos modelos de
programação linear e que não foram considerados anteriormente.
Até agora, resolveu-se modelos com funções objetivas a serem maximizadas, mas
quando a função objetivo tiver de ser minimizada pode-se fazer duas coisas, a saber:
a) Mudar o teste para saber se a solução é ótima e o critério de entrada na base.
b) Transformar o problema de minimização num problema de maximização. Sabe-se
que achar o mínimo de uma função é equivalente a achar o máximo do simétrico dessa
função.
Quando houver empate na escolha da variável que entra na base, deve-se tomar a
decisão arbitrariamente. A única implicação envolvida é que se pode escolher um caminho
mais longo ou mais curto para chegar à solução ótima.
Sujeito a:
x1 ≤3
x2 ≤4 (3.6)
4x1 + 2x2 ≤ 12
x1 , x 2 ≥0
Linha Z x1 x2 x3 x4 x5 b
Base 0 0 -5 -2 0 0 0 0
x3 1 1 1 0 1 0 0 3
x4 2 0 0 1 0 1 0 4
x5 3 0 4 3 0 0 1 12
(3.7)
Para escolher a variável que sai da base de (3.7) deve-se fazer:
Linha (1): x1 ≤ 3/1
Linha (3): x1 ≤ 12/4.
Nos dois casos tem-se x1 ≤ 3. Escolha-se, arbitrariamente, x3 para sair da base. O novo
quadro será:
Linha Z x1 x2 x3 x4 x5 b
Base 0 0 0 -2 5 0 0 15
x1 1 1 1 0 1 0 0 3
x4 2 0 0 1 0 1 0 4
x5 3 0 0 2 -4 0 1 0
(3.8)
Observa-se que a variável básica x5 de (3.8) é nula. Isso sempre ocorrerá quando
houver um empate na saída. Aconteceu, nesse caso, das variáveis x3 e x5 se anularem ao
mesmo tempo, isto é, para o valor de x1 = 3. Assim, a variável que ficar na base também se
anulará. Quando isso ocorrer diz-se que a solução compatível básica é degenerada.
210
Linha Z x1 x2 x3 x4 x5 b
Base 0 0 0 0 7/3 0 2/3 15
x1* 1 1 1 0 1 0 0 3
x4* 2 0 0 0 4/3 1 -1/3 4
x2* 3 0 0 1 -4/3 0 1/3 0
(3.9)
Se na ocasião do empate fosse escolhido x5, em vez de x3, para sair da base, obtém-se:
Linha Z x1 x2 x3 x4 x5 b
Base 0 0 0 7/4 0 0 5/4 15
x3* 1 1 0 -3/4 1 0 -1/4 0
x4* 2 0 0 1 0 1 0 4
x1* 3 0 1 3/4 0 0 1/4 3
(3.10)
Deve-se ressaltar que no segundo caso conseguiu-se chegar à solução ótima (3.10)
com uma iteração a menos.
Ao se comparar os quadros (3.8) e (3.9) verifica-se que os valores das variáveis e da
função objetivo são os mesmos nos dois casos. Entretanto, a solução (3.9) é ótima e a (3.8)
não. Um dos problemas da degeneração é o de, eventualmente, se entrar em circuitos fechados
intermináveis à procura da solução ótima.
5.2.4.1 Modelo I
e, um sistema de ordenação chamado Max-Millon, que foi adotado por várias empresas
florestais e, deste modo, o Modelo I estendeu-se na ordenação florestal.
Para uma simples aplicação do Modelo I, foi feita uma adaptação de um exemplo
apresentado por DYKSTRA (1983), que considera a situação de um reflorestador que é
responsável pela programação da colheita de madeira (associadas com atividades de
plantação) sobre 35 hectares de floresta. O objetivo do manejo é de maximizar o valor da
madeira produzida nesta floresta após um horizonte de planejamento de quatro décadas. Outro
objetivo é ajustar a quantidade para o Modelo I incluindo a maximização da produção física
total de madeira obtida ou minimizar os custos de produção. Em adição ao valor objetivo
máximo, uma das metas a longo prazo é converter esta floresta de um estado não ordenado a
outro ordenado. Assume-se que o preço da madeira não é afetado pelo volume de madeira
cortada neste período. Isso é razoável para as 35 hectares de floresta, mas não para grandes
propriedades.
Outra pressuposição final é que só há atividades de extração de árvores caídas (1) e
cortadas (2) e imediatamente regeneradas por plantio. Outras atividades, como desbastes ou
fertilização não são consideradas, mas estas são extensões diretas dos processos examinados.
A floresta está dividida internamente em duas classes de idade, uma de 40 anos que
ocupa 10 hectares e outra de 80 anos em 25 hectares. É importante notar que esse modelo não
requer que as classes de idade sejam contínuas. Como exemplo, duas classes de idade
ocupando 10 e 25 hectares, respectivamente, com um grupo da classe de 40 anos, dividida em
6 talhões não contínuos de 1,67 hectare cada um. Como a classe de idade é ampla e a madeira
relativamente homogênea, não existe distinção no Modelo I.
Supondo que a idade mínima de corte comercial é de 30 anos, deste modo ambas
classes de idade podem ser comerciais na classificação do inventário corrente. O volume da
madeira em cada hectare é função da idade do povoamento, como o valor por unidade. O
valor e o volume da Tabela 42 descreve as expectativas para o crescimento das árvores nesta
floresta.
É importante notar na Tabela 42 uma homogeneidade completa na taxa de crescimento
em toda a floresta. No entanto, isto não é uma restrição que seja muito importante. Se for
aceito que a floresta é composta por diferentes classes de sítio, então árvores plantadas em
diferentes sítios podem ter taxas de crescimento diferentes. Nesse caso, pode-se obter uma
213
tabela de produção para cada uma. Isso pode incrementar a quantidade de informação que se
requer para o manejo, mas originaria mudanças que complicam o procedimento.
Considere as próximas variáveis possíveis no manejo do povoamento com respeito à
programação da colheita de madeira. No exemplo, o manejo do povoamento faz-se um
procedimento de decisão somente uma década por vez e só realizando atividades no início de
cada década. No entanto, as atividades podem acontecer no final, no meio ou continuar após a
década, tanto tempo quanto considerado necessário, fazendo cálculos indicados no início da
década. Por conveniência, permite-se examinar a possibilidade de dividir a floresta em uma só
hectare de uma classe de idade. Uma possibilidade poderia deixar as árvores crescerem na
hectare durante quatro décadas completas no horizonte de planejamento. Isso nivelaria o
estoque final de madeira do povoamento, com valor da expectativa de volume, que resulta do
produto da idade pelo volume dessa idade, menos o custo de implantação do povoamento.
Uma segunda possibilidade seria a colheita das árvores no início da primeira década e então
permitir que as árvores plantadas cresçam nas décadas restantes, produzindo no final da
rotação 290 m3 com um valor de ($14/m3 * 290 m3) = $4.060 (Tabela 42), menos os custos de
plantio. Uma terceira possibilidade seria a colheita das árvores no início da primeira década e
novamente no início da quarta década, nesta idade as árvores alcançam uma idade comercial
de 30 anos. Nesse caso, no momento do estoque final pode-se ter madeira não comercial, com
uma avaliação de ($8/m3 * 50 m3) = $400 (Tabela 42), menos os custos de plantio.
Na Tabela 43 são enumeradas seis possibilidades de prescrição de manejo que podem
ser especificadas em cada hectare da floresta. As primeiras três foram descritas no parágrafo
anterior, e para as três restantes prescrições de manejo, pode-se lograr o seu entendimento da
mesma maneira. Como a madeira entre cada uma das classes de idade é homogênea então não
se necessita considerar cada hectare de forma separada. Então, faz-se a pergunta, quantas
hectares estarão agora com 40 anos ou 80 anos, para serem cortadas em cada uma das seis
possíveis prescrições de manejo.
Deste modo, define-se a variável de decisão da seguinte maneira:
Fica claro nessa definição que a programação linear tem seis variáveis de decisão para
cada classe de idade ou 12 variáveis no total, conforme Tabela 44.
Maximize:
M= 2 N= 6
Z= ∑ ∑ C ij xij (6.1)
i=1 j=1
Tal que:
N= 6
∑ x1j=10 (6.2)
j=1
N= 6
∑ x 2j = 25 (6.3)
j=1
Aijk Aijk
h=4 Pijk Vijk − C p (1 + r ) E ijh − C p (1 + r )
C ij = ∑ + (6.5)
k =1 (1 + r ) ( k −1) y (1 + r ) hy
E ijh = PijhVijh
Sendo: Pijk e Vijk são determinados no final do horizonte de planejamento (para este
problema, no final do período 5).
É evidente que a equação (6.5) é uma função não linear e pode ser que esteja violando
a pressuposição de linearidade da programação linear. No entanto, pode-se observar que a
variável de decisão xij não figura na equação (6.5). No entanto, a equação é usada para
(números) que podem ser usados como coeficientes xij na função objetivo. Como exemplo,
32(635) − 375(1,03) 80
C11 = 0 + 0 + 0 + 0 + = 5006 $ / ha
(1,03) 40
Z = 5006 x11 + 3706 x12 + 3616 x13 + 3808 x14 + 3756 x15 + 4315 x16 +
15752x 21 + 17199 x 22 + 17109 x 23 + 18103 x 24 + 16976 x 25 + 17607 x 26
Tal que:
A solução ótima deste problema inicia por x11 =10, x 24 = 25 e todos os outros xij= 0;
Z = 502.635 $. Esta solução indica que o valor líquido pode ser maximizado após um
horizonte de planejamento de quatro décadas para cada classe de idade. A classe de idade 40,
i =1, pode crescer até o final do horizonte de planejamento, e ser comercializada no final da
rotação. A classe de idade 80, i = 2, corta-se no início do período 2, quando se obtém a idade
de 90 anos. Então, realizar-se-á atividades de plantio e no final do horizonte de planejamento
haver-se-á prolongado a idade de comercialização em 30 anos. Fazendo referência a Tabela
46 observa-se que essa é realmente a solução ótima da programação linear.
218
Os resultados mostram que o volume não pode ser colhido durante o primeiro, terceiro
ou quarto período; no início do segundo período seria cortado 19.000 m3. No final do
horizonte de planejamento, existiriam duas classes de idade bem estabelecidas, 10 hectares
cresceriam até 80 anos, representado um volume comercial de 6.350 m3. As 25 hectares
remanescente teriam crescido até uma idade de 30 anos, representando um volume de 6.000
m3 no final da rotação.
Além do fato de que a floresta não é regulada, as soluções podem ser insatisfatórias
por várias razões: o proprietário pode ser um agente público com responsabilidade ou
entendido para querer manter um nível de corte aproximadamente igual e planejado para
assegurar a estabilidade da comunidade local.
Para ilustrar como funciona o fluxo de cortes restringidos, considere um simples
exemplo que se necessita encontrar o valor para x t , o número de hectares de madeira a ser
cortada num período t, onde t pode ser 1 ou 2 (o problema estende-se somente a 2 períodos).
Assumindo-se que o volume de madeira é de 500 m3/ha, no início do período 1, e que esse
cresceria até 600 m3/ha, no início do período 2. Se for desejado que o volume de corte, em
ambos os períodos, sejam iguais pode-se especificar isso escrevendo a seguinte restrição:
1
500(100 ) / 600 = 83 ha
3
0,8(500)x1 − 600 x 2 ≤ 0
2
Assim, se x1 = 100 x2 = 66 . Então, x2 pode ser algum valor maior que esse e ainda
3
satisfazer a restrição (experimente x2 = 100.000).
No contexto do Modelo I a forma geral do fluxo de corte restringido é como segue:
M N M N
(1 − α )∑∑ Vijk xij − ∑∑ Vij ( k +1) x ij ≤ 0 k = 1,...., H − 1 (6.7)
i =1 j =1 i =1 j =1
M N M N
(1 + β )∑ ∑ Vijk x ij − ∑ ∑ Vij ( k +1) x ij ≥ 0 k = 1,...., H − 1 (6.8)
i =1 j =1 i =1 j =1
Para aplicar este fluxo de corte restringido ao nosso problema supõe-se que o
reflorestador decide que o nível de corte tenha que se incrementar ou diminuir por mais de
20% de década em década. Desse modo, α = β = 0,20 e desde H = 4, o fluxo de corte resulta
no que segue (verifique o valor numérico em referência a Tabelas 41 e também as formas de
restrição das equações 6.7 e 6.8):
220
0.8(290 x12 + 290 x13 + 635 x 22 + 635 x 23 ) − 350 x14 − 760 x 24 ≤ 0 (6.7a)
0.8(350 x14 + 760 x 24 ) − 425 x15 − 900 x 25 ≤ 0 (6.7b)
0.8( 425 x15 + 900 x 25 ) − 240 x13 − 240 x 23 − 520 x16 − 1050 x 26 ≤ 0 (6.7c)
1.2(290 x12 + 290 x13 + 635 x 22 + 635 x 23 ) − 350 x14 − 760 x 24 ≥ 0 (6.8a)
1.2(350 x14 + 760 x 24 − 425 x15 − 900 x 25 ≥ 0 (6.8b)
1.2( 425 x15 + 900 x 25 ) − 240 x13 − 240 x 23 − 520 x16 − 1050 x 26 ≥ 0 (6.8c)
x11= 10; x22 = 7,40; x24 = 7,42; x25 = 5,01; x26 = 5,16
Note que o valor ótimo da função objetivo declinou para a solução prevista, em
14.903, ou seja, perto do 3 %. Isso não é uma surpresa porque a região factível do modelo de
corte restringido é muito mais severa que a do modelo com somente áreas restringidas.
O valor ótimo da variável x22 é 7,40, indicando que há 7,40 ha de árvores de 80 anos
de idade no início do período que seriam tratados pela prescrição de manejo 2, isso é, fazer o
corte e o plantio no início do período 1, deixando de lado o crescimento no final do horizonte
de planejamento.
Da observação das Tabelas 44 e 47 é possível assegurar que o povoamento possuirá no
final do horizonte de planejamento da seguinte distribuição de classes de idade: 5,16 ha de
árvores de 10 anos; 5,01 ha de árvores de 20 anos; 7,42 ha de árvores de 30 anos; 7,40 ha de
árvores de 40 anos; e, 10 ha de árvores de 80 anos.
TABELA 47 – Volumes de corte e estoque final para, com área e fluxo de corte restringido
Se for desejada uma ordenação florestal, então o manejo deve ser conduzido para um
período indefinido de tempo, porém, o modelo de programação linear tem um tempo de
horizonte finito. Em conseqüência disso, deve-se considerar que o manejo até o planejamento
final. Uma maneira de se fazer isto é ter uma idéia de um ”horizonte infinito“ como modelo
para fazer uma programação linear mais longa.
Uma alternativa é escrever uma restrição para a formulação do horizonte de curto
prazo que asseguraria um estoque final comercial com uma floresta ordenada. A correta
aplicação deste método requer uma boa estimativa dos níveis de corte no final do período.
Suponha que se tenha decidido que um nível razoável de comercialização no final da
rotação seria cortado um volume igual a um mínimo de 25 % no início do período 1, ou
[ ]
0,25 (290m 3 ha )(10ha ) + (635m 3 ha )(25ha ) ≅ 4694m 3 . Ao escrever uma restrição que assuma
que este volume de madeira comercial é o mínimo requerido pelo horizonte de planejamento
deve-se considerar cada um dos manejos contemplados na Tabela 44. Para nosso problema
isso implica em árvores com idade de pelo menos 30 anos, como mostra a Tabela 44. A
prescrição de manejo que produz árvores com esta idade ou mais velhas, no final do horizonte
de planejamento, é as prescrições 1, 2 e 4. Desse modo, as restrições do estoque finais devem
requerer que estas sejam suficientes para produzir 4694 m3 de madeira. As variáveis de
decisão para os manejos e, 2 e 4 são x11, x12, x14, x21, x22, x24. Uma declaração simbólica dessa
restrição deve ser escrita por:
Assim, pergunta-se qual valor deveriam ser atribuídos aos coeficientes D1 até D6 ?
Considere que D1 deve ser estável na unidade de m3 comercializáveis por hectare porque o
valor da equação 6.9 tem unidades em m3 de madeira comercializáveis e a variável x11 é
expressa em hectares. Note que na Tabela 42 as árvores são de 40 anos de idade ao início do
período e são atribuídas à prescrição de manejo 1 com um aumento na idade de 80 anos até o
final do horizonte de planejamento. Desse modo tem-se na Tabela 41 que estas árvores
representam um volume de 635 m3/ha. Se atribuirmos uma hectare à classe de um ano à
prescrição 1, então no final do horizonte de planejamento cada hectare deverá ter 635 m3
222
comercializáveis. Desse modo, se D1 = 635 m3/ha, usando similar argumentação você pode
verificar que o presente estado é igual à equação 6.9 para esse problema:
635x11+290x12+240x14+1150x21+290x22+240x24 ≥ 4690
M N
m
∑ ∑ Vijh x ij ≥ Em
i=1j=1
Sendo: V m
ijH = o volume por hectare de madeira comercializáveis na classe de idade I
sob prescrição de manejo j (o H subscrito indica que isto acontece no final do horizonte de
planejamento); Em = o nível de comercialização que requer o estoque final e m3, e o valor do
expoente m é usado como modificador comercial, e não como um atributo.
Para obter uma produção florestal constante de 40 anos com uma área total de 35
hectares estas devem ser distribuídas igualmente entre as classes de idade de 10, 20, 30 e 40
anos no final do período 4. Portanto, cada classe de idade deve ocupar 35/4 = 8,75 hectares.
As restrições usadas são as seguintes:
X12+X22 = 8,75 (40 anos) (6.10)
X14+X24 = 8,75 (30 anos) (6.11)
X15+X25 = 8,75 (20 anos) (6.12)
X13+X16+X23+X26 = 8,75 (10 anos) (6.13).
Observa-se que uma restrição é requerida para produzir a área em cada uma das
classes de idade. Também, as variáveis X11 e X21 não aparecem nestas restrições. Essas
variáveis no final da produção são inconsistentes com uma rotação de 40 anos (Tabela 48),
podendo ser excluídas da formulação.
A solução ótima do modelo, incluindo a restrição de área, fluxo de corte, e a
regulação, é o seguinte:
* *
x15 = 5,16 x16 = 4,94 x *22 = 8,75
x *24 = 8,75 x *25 = 3,69 x *26 = 3,81
A solução é resumida na Tabela 49, onde pode-se verificar que o ótimo é satisfeito e a
produção está ordenada para uma rotação de 40 anos.
TABELA 49 - Volume de corte e estoque final, com área, fluxo de corte e restrições
reguladas.
5.2.5 Modelo II
A B
H −1 J −N H −1
Maximizar: Z= ∑ ∑C x
j =0 i =−M
ij ij
+ ∑D
i =−M
iH WiH (6.14)
Sujeito a:
Restrição de área:
H −1
∑x
j =0
ij + wiH = Ai i = -M, -M+1,..., -1 (6.15)
H −1 j−N
∑
k= j+N
x jk + w jH = ∑x
i=−M
ij j = 0, 1, 2, ....., H-1 (6.16)
225
H −N
∑V
i =−M
m
iH WiH ≥ E m (6.19)
m
Sendo: ViH = volume comercial de madeira das áreas reflorestadas no início do
período i e deixado no inventário final; Em = volume comercial mínimo no inventário final;
m
Sendo: Ei é o volume comercial mínimo no inventário final nas hectares
reflorestadas no início do período i.
É importante notar que nesta formulação se inicia desde o período 0 até o período i. O
horizonte de planejamento para o exemplo 6.1 definido em (5.2.4.1.1) amplia-se desde o
início do período 0 até o final do período 3 (ou equivalentemente ao início do período 4).
As condições introduzidas nas equações (6.14) a (6.22) e não definidas na formulação
do Modelo I ou na discussão prévia do Modelo II são as seguintes:
N = número mínimo de períodos entre os cortes;
-M = número de períodos antes do início do período 0, onde a classe mais velha
presente no início do período 0 é reflorestada (como exemplo: -M = -8 indica
que a classe de idade presente mais velha foi reflorestada oito períodos antes que
o período 0).
Cij = para cobrir a descontinuidade por hectare desde o início do período i e o corte ao
Pij = preço por unidade de volume de madeira cortada ao início do período j dos
3 j− 3
∑ ∑ C ij x ij
j= 0 i=−8
A soma total da parte A da equação (6.14) da função objetivo começa com a soma
do item 1 até o 4 inclusive. Esta soma reconhece a contribuição do corte da madeira objetivo.
A segunda porção da equação (6.14) parte B, reconhece o valor da madeira (não
necessariamente comercial) a qual é deixada como inventário ao final do horizonte de
planejamento. Para o exemplo 6.1 a função pode ser escrita como segue:
228
Maximizar:
A equação (6.15) assegura que as áreas colhidas de cada classe etária presente no
período 0 mais as áreas deixadas para o inventário final desta classe etária, é igual ao número
total de hectares da classe etária do início. A equação (6.16) é um tanto difícil de seguir em
um exame minucioso. Esta área de restrição atesta que as áreas colhidas no período k das
áreas reflorestadas no período j mais a área deixada para o inventário final das áreas
reflorestadas no período j, devem igualar a área total reflorestada no período j. Esta restrição
supõe que as áreas colhidas são imediatamente reflorestadas. Por exemplo, no exemplo 6.1 a
restrição especificada pela equação (6.16) é a seguinte:
3 j−3
∑
k = j+3
x jk + w j 4 = ∑x
i = −8
ij j = 0, 1, 2, 3
A restrição para j=0 assegura que a área colhida no período 3 da área reflorestada no
período 0 mais a área deixada como estoque final no início do período 4 da área reflorestada
no período 0, devem igualar a área total reflorestada depois da colheita no período 0. No
exemplo 6.1 observa-se que a única área disponível para ser cortada no período 0 é aquela que
foi reflorestada oito períodos anteriores ao período 0.
229
Colocações similares podem ser feitas sobre cada uma das outras três restrições. Para o
restante das restrições j ≥ 1, visto que o total sobre k vai de j+3 a 3 O total de k para estas
restrições é indefinido. Portanto, nenhum termo x jk aparece nestas restrições.
Estas são similares as restrições de fluxo restringido para o Modelo I, exceto pelas
diferenças inerentes ditadas pelas diferenças nas variáveis de decisão para os dois modelos.
Assim, pode-se construir fluxos equilibrados numéricos para a implementação do Modelo II,
a partir do exemplo 6.1, usando o mesmo tipo de raciocínio da parte A da função objetivo da
equação (6.14).
O ordenamento das restrições para o Modelo II pode ser escrito como no Modelo I,
para assegurar que a floresta final esteja numa condição desejada.
230
Função objetivo:
Maximizar:
Restrições :
Solução algébrica:
X1 + X2 + X3 + X4 + X5 + X6= 300
908 X1 + 681 X2 + 436 X3= 190000
33,93 X1 +25,95 X2 +17,34 X3 = 7500
232
Passo 1:
Var. N0 Z X1 X2 X3 X4 X5 X6 Lado
Básicas Eq. direito
Z 0 1 -340 -231 -125 0 0 0 0
X4 1 0 1 1 1 1 0 0 300
X5 2 0 908 681 436 0 1 0 190000
X6 3 0 33.93 25.95 17.34 0 0 1 7500
Passo 2:
Var. N0 Z X1 X2 X3 X4 X5 X Lado
Básicas Eq. 6 direito
Z 0 1 0 61.50 62.26 0 0.43 0 81607.93
X4 1 0 0 0.25 0.51 1 -0.001 0 90.7488
X1 2 0 1 0.75 0.48 0 1/908 0 209.2511
X6 3 0 0 0.50 1.04 0 -0.037 1 400.1101
233
NUMBER OF VARIABLES : 3
NUMBER OF <= CONSTRAINTS : 3
NUMBER OF = CONSTRAINTS : 0
NUMBER OF >= CONSTRAINTS : 0
SUBJECT TO:
1 x1 + 1 x2 + 1 x3 <= 300
x1 209.251 390 0
x2 0 231 61.5
x3 0 125 62.269
1 190000 0 .43
2 7500 400.11 0
3 300 90.749 0
SENSITIVITY ANALYSIS --
RIGHT-HAND-SIDE VALUES
c) Solução ótima
Uma empresa florestal necessita abastecer a sua fábrica com 200.000 m3 de madeira
por ano. As suas reservas florestais para o ano vindouro estão distribuídas em três distritos
que contém: 145.000 m3 em 381.6 ha, 70.000 m3 em 200 ha e 180.000 m3 em 610.2 ha
A empresa dispõe de R$ 1.000.000,00 para gastar com reformas. O custo de renovação
florestal por hectare nestas áreas alcança, respectivamente: R$ 989,12 no distrito 1, R$ 745,00
no distrito 2 e R$ 818,18 no distrito 3, conforme Tabela 50.
Função objetivo:
Restrições:
Solução algébrica:
Passo 1:
Var. N0 Z D1 D2 D3 D4 D5 D6 D7 D8 Lado
Básica Eq. Direito
Z 0 1 -17.8 -25.9 -19.1 0 0 0 0 0 0
D4 1 0 989.12 745 818.18 1 0 0 0 0 1000000
D5 2 0 1 0 0 0 1 0 0 0 381.6
D6 3 0 0 1 0 0 0 1 0 0 200
D7 4 0 0 0 1 0 0 0 1 0 610.2
D8 5 0 379.97 350 294.98 0 0 0 0 1 200000
NUMBER OF VARIABLES : 3
NUMBER OF <= CONSTRAINTS : 4
NUMBER OF = CONSTRAINTS : 1
NUMBER OF >= CONSTRAINTS : 0
SUBJECT TO:
1 d1 + 0 d2 + 0 d3 <= 381.6
0 d1 + 1 d2 + 0 d3 <= 200
0 d1 + 0 d2 + 1 d3 <= 610.2
d1 0 17.8 6.803
d2 200 25.9 0
d3 440.708 19.1 0
1 1000000 490421.719 0
2 381.6 381.6 0
3 200 0 3.237
4 610.2 169.492 0
5 200000 0 .065
-- SENSITIVITY ANALYSIS --
RIGHT-HAND-SIDE VALUES
---------- E N D O F A N A L Y S I S ----------
c) Solução ótima
A análise dos resultados indica que se deve explorar a totalidade dos distrito 2 e 440.7
ha no distrito 3 e, não explorar o distrito 1. Desta Forma, obtém-se um valor máximo na
função objetivo de R$ 13.597,519.
O coeficiente de sensibilidade permite afirmar que cada hectare explorado no distrito
1, diminui a função objetivo em R$ 6.803.
Analisando as sobras na restrição 1, observa–se uma sobra de capital de R$
490.421,72, e uma sobra de área de 551,09 ha, sendo 381,6 ha no distrito 1 e 169,492 ha no
distrito 3.
O preço sombra indica que cada hectare colhido a mais no distrito 2 incrementa a
função objetivo em R$ 3.237. Isto significa que se o preço da terra nessa região for inferior a
esse valor, valeria a pena ser adquirida.
A análise de sensibilidade indica que a renda líquida no distrito 2 pode cair até
R$22.663/ha, mesmo assim, seria interessante a sua exploração.
Para o distrito 1, a renda líquida teria que ser de no mínimo R$ 24.603 para que a sua
exploração fosse viável.
239
No distrito 3 a renda líquida teria que ser de no mínimo R$ 13.819, sendo o máximo
de R$ 21.829.
A Empresa de Celulose Madepolpa produz 10.000 ton. de polpa por dia. O maior
problema para a empresa é o suprimento de toras, uma vez que a mesma não tem área própria
próxima à fábrica. Uma outra empresa, a Segra, possui 62.000 hectares próximo à Madepolpa.
A Madepolpa fechou um contrato em que prevê a compra de 1.415.000 m3/ano de madeira da
empresa Segra para os próximos 16 anos. O preço de compra das toras é de U$ 9,00/m3, e se a
Segra desejar entregar mais do que o volume estipulado em contrato em algum ano, a
Madepolpa comprará a madeira adicional ao mesmo preço. A Segra tem um problema de
programar as colheitas e os plantios de forma a atingir os 1.415.000 m3/ano nos próximos 16
anos, considerando a obtenção do máximo lucro.
A empresa Segra possui 36.000 hectares, com 13 anos de idade e 26.000 hectares de
área sem florestas. As produções para cada idade encontram-se a Tabela 51. O custo de
reforma é em U$ 375,00/ha, o custo de administração de U$ 3,75/ha e a taxa de juro usada
para análise financeira de 5% ao ano.
TABELA 51 - Produtividade por hectare nas diferentes idades para a empresa Segra.
m3/ano = 2.830.000 m3). Sendo a idade mínima de corte de 10 anos, tem-se a possibilidade de
se definir 15 regimes de manejo (Tabela 52).
RB − CI a
VET = − CI + t
−
1,0i − 1 0,0i
a
RB + VET +
0,0i
VTP =
1,0i k
Sendo: RB = Renda bruta na idade de rotação ótima; VET = Valor esperado da terra na
idade de rotação ótima; K = diferença em número de anos entre a idade do povoamento no
final do período de planejamento e a idade de rotação ótima (15 anos).
3,75
9(398,83) + 2.529,32 +
0,05
VTP1 = = 3.802,45 US/ha
1,0510
TABELA 55 - Cálculo dos valores finais por regime de manejo e unidade de corte (VTP)
Regime de manejo Idade do povoamento Anos que faltam para Produção na idade VTP
no final do período atingir a rotação ótima ótima de rotação (m3) (U$/ha)
(anos) (valor de k)
Unidade de corte 1
1 5 10 398,83 3802,45
2 3 12 398,83 3448,934
3 1 14 398,83 3128,285
4 15 0 398,83 6193,79
5 3 12 398,83 3448,934
6 1 14 398,83 3128,285
7 13 2 398,83 5617,95
8 1 14 398,83 3128,285
9 11 4 398,83 5095,646
10 9 6 398,83 4621,901
11 7 8 398,83 4192,201
12 5 10 398,83 3802,45
13 3 12 398,83 3448,934
14 1 14 398,83 3128,285
15 29 0 700,05 8904,770
Unidade de corte 2
1 5 10 398,83 3802,45
2 3 12 398,83 3448,934
3 1 14 398,83 3128,285
4 15 0 398,83 6193,79
5 3 12 398,83 3448,934
6 1 14 398,83 3128,285
7 13 2 398,83 5617,95
8 1 14 398,83 3128,285
9 11 4 398,83 5095,646
10 9 6 398,83 4621,901
11 7 8 398,83 4192,201
12 5 10 398,83 3802,45
13 3 12 398,83 3448,934
14 1 14 398,83 3128,285
15 0 0 0,00 2604,32
Sendo: VTP = Valor da Terra e da Produção.
244
p RB jw − CR jw VTPw a
VLPw = ∑ + −
j=1 (1 + i) yj (1 + i) n 0,0i
Sendo: VLPw = Valor líquido presente por hectare do fluxo de caixa gerado por
implementação do regime de manejo w;RBjw = Renda bruta por hectare para a madeira
coletada no período j se o regime w é usado; CRjw = Custo por hectare de práticas
silviculturais no período j se o regime w é usado; VTPw = Valor final da terra e da produção
por hectare com regime w; a = Custo anual de administração; p = Número de períodos de
corte envolvidos; i = Taxa de juros; yj = Número de anos entre o início do período de
planejamento e o ponto médio do período de corte j; n = Número de anos do período de
planejamento.
245
A função objetivo é:
∑X w = 36000 ∑Y
w =1
w = 26000
w =1
NUMBER OF VARIABLES : 30
NUMBER OF <= CONSTRAINTS : 0
NUMBER OF = CONSTRAINTS : 2
NUMBER OF >= CONSTRAINTS : 8
SUBJECT TO:
1 X1 + 1 X2 + 1 X3 + 1 X4 + 1 X5
+ 1 X6 + 1 X7 + 1 X8 + 1 X9 + 1 X10
+ 1 X11+ 1 X12+ 1 X13+ 1 X14+ 1 X15
+ 0 Y1 + 0 Y2 + 0 Y3 + 0 Y4 + 0 Y5
+ 0 Y6 + 0 Y7 + 0 Y8 + 0 Y9 + 0 Y10
+ 0 Y11+ 0 Y12+ 0 Y13+ 0 Y14+ 0 Y15 = 36000
0 X1 + 0 X2 + 0 X3 + 0 X4 + 0 X5
+ 0 X6 + 0 X7 + 0 X8 + 0 X9 + 0 X10
+ 0 X11+ 0 X12+ 0 X13+ 0 X14+ 0 X15
+ 1 Y1 + 1 Y2 + 1 Y3 + 1 Y4 + 1 Y5
+ 1 Y6 + 1 Y7 + 1 Y8 + 1 Y9 + 1 Y10
+ 1 Y11+ 1 Y12+ 1 Y13+ 1 Y14+ 1 Y15 = 26000
0 X1 + 0 X2 + 0 X3 + 0 X4 + 431.01 X5
+431.01 X6 + 431.01 X7 + 0 X8 + 0 X9 + 0 X10
+ 0 X11+ 0 X12+ 0 X13+ 0 X14+ 0 X15
+ 0 Y1 + 0 Y2 + 0 Y3 + 0 Y4 + 0 Y5
+ 0 Y6 + 0 Y7 + 0 Y8 + 0 Y9 + 0 Y10
+ 0 Y11+ 0 Y12+ 0 Y13+ 0 Y14+ 0 Y15>= 2830000
0 X1 + 0 X2 + 0 X3 + 0 X4 + 0 X5
+ 0 X6 + 0 X7 + 491.19 X8 + 491.19 X9 + 0 X10
+ 0 X11+ 0 X12+ 0 X13+ 0 X14+ 0 X15
+ 0 Y1 + 0 Y2 + 0 Y3 + 0 Y4 + 0 Y5
+ 0 Y6 + 0 Y7 + 0 Y8 + 0 Y9 + 0 Y10
+ 0 Y11+ 0 Y12+ 0 Y13+ 0 Y14+ 0 Y15>= 2830000
0 X1 + 0 X2 + 0 X3 + 0 X4 + 0 X5
+ 0 X6 + 0 X7 + 0 X8 + 0 X9 + 542.97 X10
248
0 X1 + 0 X2 + 0 X3 + 0 X4 + 0 X5
+ 0 X6 + 0 X7 + 0 X8 + 0 X9 + 0 X10
+ 589.56 X11+ 0 X12+ 0 X13+ 0 X14+ 0 X15
+ 0 Y1 + 0 Y2 + 0 Y3 + 0 Y4 + 0 Y5
+ 0 Y6 + 0 Y7 + 0 Y8 + 0 Y9 + 0 Y10
+ 0 Y11+ 0 Y12+ 0 Y13+ 0 Y14+ 0 Y15>= 2830000
203.61 X1 + 0 X2 + 0 X3 + 0 X4 + 0 X5
+ 0 X6 + 0 X7 + 0 X8 + 0 X9 + 0 X10
+ 0 X11+ 631.41 X12+ 0 X13+ 0 X14+ 0 X15
+ 203.61 Y1 + 0 Y2 + 0 Y3 + 0 Y4 + 0 Y5
+ 0 Y6 + 0 Y7 + 0 Y8 + 0 Y9 + 0 Y10
+ 0 Y11+ 0 Y12+ 0 Y13+ 0 Y14+ 0 Y15>= 2830000
0 X1 + 285.48 X2 + 0 X3 + 0 X4 + 203.61 X5
+ 0 X6 + 0 X7 + 0 X8 + 0 X9 + 0 X10
+ 0 X11+ 0 X12+ 664.01 X13+ 0 X14+ 0 X15
+ 0 Y1 + 285.48 Y2 + 0 Y3 + 0 Y4 + 203.61 Y5
+ 0 Y6 + 0 Y7 + 0 Y8 + 0 Y9 + 0 Y10
+ 0 Y11+ 0 Y12+ 0 Y13+ 0 Y14+ 0 Y15>= 2830000
0 X1 + 0 X2 + 365.38 X3 + 0 X4 + 0 X5
+ 285.48 X6 + 0 X7 + 203.61 X8 + 0 X9 + 0 X10
+ 0 X11+ 0 X12+ 0 X13+ 689.62 X14+ 0 X15
+ 0 Y1 + 0 Y2 + 365.38 Y3 + 0 Y4 + 0 Y5
+ 285.48 Y6 + 0 Y7 + 203.61 Y8 + 0 Y9 + 0 Y10
+ 0 Y11+ 0 Y12+ 0 Y13+ 0 Y14+ 0 Y15>= 2830000
Y8 0 1916.44 1067.68
Y9 0 1965.55 1067.68
Y10 0 1775.84 1257.39
Y11 0 1603.77 1429.46
Y12 0 1447.7 1585.53
Y13 0 1306.13 1727.1
Y14 0 1177.72 1855.51
Y15 0 1118.07 1915.16
1 36000 0 5973.7
2 26000 0 3033.23
3 2830000 523534.25 0
4 2830000 0 .826
5 2830000 0 1.108
6 2830000 0 1.335
7 2830000 0 1.611
8 2830000 0 1.906
9 2830000 5084055.5 0
10 2830000 0 .241
-- SENSITIVITY ANALYSIS --
RIGHT-HAND-SIDE VALUES
A) Períodos de corte
Manejo 1 2 3 4 5 6 7 8
Unidade de corte 1
2 9178 9178
6 6566 6566
8 4693 4693
9 1069
10 5212
11 4800
12 4482
Unidade de corte 2
5 26000
Total 9178 6566 5761 5212 4800 4482 35178 11259
252
TABELA 59 - Volume colhido, área plantada e área colhida por período de corte
Uma empresa florestal que fornece madeira para celulose e papel possui povoamentos
de Eucalyptus grandis, localizados em vários municípios da Depressão Central do Rio Grande
do Sul. Esses povoamentos encontram-se com idades de 2, 4 e 6 anos, em áreas de 3000 ha,
5000 ha e 1600 ha, respectivamente. Para simplificar os cálculos, considerou-se que esses
povoamentos encontram-se em sítios semelhantes. A estratégia da empresa é a seguinte:
a) A exploração dos povoamentos será feita por corte raso em duas rotações, sendo a
segunda originada pela condução da brotação do primeiro corte;
b) Os períodos de corte são para intervalo de tempo de 2 anos;
c) A idade mínima de corte é de 6 anos e a máxima de 10 anos;
d) Os povoamentos não são sujeitos a desbaste;
e) Todos os povoamentos devem ser cortados num horizonte máximo de planejamento
de 18 anos.
O segundo passo foi conhecer os volumes passíveis de serem obtidos dentro de cada
regime de manejo. A Tabela 61 mostra os volumes obtidos em diferentes idades na primeira e
segunda rotações. Os dados foram extraídos do Índice de Sítio 28 (FINGER, 1997).
a) Maximização do volume
Sujeito a:
∑X
j
ij ≤ Xi (2)
Sendo: Z = produção total; Yij = produção média por hectare na unidade de corte i
manejada pelo regime j; Xij = hectares cortados na unidade de corte i manejadas pelo regime j,
para a variável escolhida.
Os valores dos coeficientes da função objetivo (equação 1) são obtidos na Tabela 62,
confeccionada a partir das Tabelas 60 e 61. Por exemplo, para a variável escolhida X11
(unidade de corte 1, regime de manejo 1), o primeiro corte ocorre no período 2, numa idade
de 6 anos e uma produção estimada de 259 m3/ha, e o segundo corte no período 5, também
com idade de 6 anos e uma produção de 286 m3/ha. O valor para um Xij particular é a soma
dos períodos de corte (Tabela 62, última coluna); assim, para X11, o valor é de 545 m3/ha.
A função objetivo (Equação 1) pode então ser escrita como a soma do produto dos
coeficientes e a variável escolhida:
Max Z = 545 X11 + 624 X12 + 679 X13 + ... + 759 X34 + 838 X35 + 893 X36
Note que na restrição de área é usado um sinal de igualdade, pois foi previamente
estabelecido que todos os povoamentos devem ser cortados num período máximo de 18 anos.
Os dados desse problema foram processados no programa computacional CMMS
(Computer Models for Management Science), e os resultados encontram-se a seguir:
NUMBER OF VARIABLES : 24
NUMBER OF <= CONSTRAINTS : 0
NUMBER OF = CONSTRAINTS : 3
NUMBER OF >= CONSTRAINTS : 0
MAX = 545 X11+ 624 X12+ 679 X13+ 661 X14+ 740 X15
+ 795 X16+ 759 X17+ 838 X18+ 893 X19+ 545 X21
+ 624 X22+ 679 X23+ 661 X24+ 740 X25+ 795 X26
+ 759 X27+ 838 X28+ 893 X29+ 661 X31+ 740 X32
+ 795 X33+ 759 X34+ 838 X35+ 893 X36
SUBJECT TO:
1 3000 0 893
2 5000 0 893
3 1600 0 893
-- SENSITIVITY ANALYSIS --
RIGHT-HAND-SIDE VALUES
1 0 3000 NO LIMIT
2 0 5000 NO LIMIT
3 0 1600 NO LIMIT
---------- E N D O F A N A L Y S I S ----------
Analisando-se esses resultados, verifica-se que a empresa deve cortar a totalidade dos
povoamentos com dois e quatro anos de idade sob o regime de manejo 9 (X19 e X29), e a
totalidade dos povoamentos com 6 anos de idade sob o regime de manejo 6 (X36). Sob esses
regimes de manejo, tem-se uma produção máxima de 8.672.800 m3c/c/ha de madeira.
Avaliando-se o preço sombra (Shadow Price), observa-se que para cada hectare
adicionado em qualquer uma das classes de idade, incrementa-se 893 m3 de madeira a função
objetivo.
A análise de sensibilidade mostra que se a produção de matéria-prima em qualquer um
dos outros regimes de manejo for maior ou igual a 893 m3c/c/ha, começa a ser interessante
adotar esses regimes de manejo. Com relação aos regimes X19, X29 e X36, suas produções
podem ser reduzidas até 838 m3c/c/ha, mas ainda continuaria sendo vantajosa a sua utilização.
260
∑ ∑Y
i j
ijk × X ij = W k (3)
Sendo: Yijk = produção por hectare na unidade de corte i manejada pelo regime j no
período de corte k; Xij = hectares cortados na unidade de corte i manejada pelo regime j no
período de corte k; Wk = fluxo de matéria-prima desejado no período de corte k.
NUMBER OF VARIABLES : 24
NUMBER OF <= CONSTRAINTS : 12
NUMBER OF = CONSTRAINTS : 0
NUMBER OF >= CONSTRAINTS : 9
MAX = 545 X11+ 624 X12+ 679 X13+ 661 X14+ 740 X15
+ 795 X16+ 759 X17+ 838 X18+ 893 X19+ 545 X21
+ 624 X22+ 679 X23+ 661 X24+ 740 X25+ 795 X26
+ 759 X27+ 838 X28+ 893 X29+ 661 X31+ 740 X32
+ 795 X33+ 759 X34+ 838 X35+ 893 X36
SUBJECT TO:
0 X11+ 0 X12+ 0 X13+ 0 X14+ 0 X15
+ 0 X16+ 0 X17+ 0 X18+ 0 X19+ 259 X21
+ 259 X22+ 259 X23+ 0 X24+ 0 X25+ 0 X26
+ 0 X27+ 0 X28+ 0 X29+ 375 X31+ 375 X32
+ 375 X33+ 0 X34+ 0 X35+ 0 X36 <= 880000
1 880000 0 2.364
2 880000 0 1.888
3 880000 0 1.613
4 80000 0 1.486
5 880000 159999.984 0
6 880000 160000.016 0
7 880000 83710.898 0
8 880000 70270.57 0
9 880000 98604.766 0
10 3000 0 190.021
11 5000 0 129.92
12 1600 185.213 0
13 720000 159999.984 0
14 720000 160000 0
15 720000 159999.984 0
16 720000 160000 0
266
17 720000 0 .324
18 720000 0 .151
19 720000 76289.117 0
20 720000 89729.422 0
21 720000 61395.238 0
-- SENSITIVITY ANALYSIS --
RIGHT-HAND-SIDE VALUES
CONSTRAINT LOWER ORIGINAL UPPER
NUMBER LIMIT VALUE LIMIT
---------- E N D O F A N A L Y S I S ----------
sendo que esses povoamentos encontram-se com 6 anos de idade. Com isso, obtém-se uma
produção máxima total de 7.347.413,5 m3c/c.
Existe folga de 185,2 ha nos povoamentos com idade de 6 anos, ou seja, esses não
foram incluídos na otimização (sobressalente para os limites de produção estabelecidos),
podendo serem comercializados para terceiros ou deixados de reserva para qualquer
eventualidade.
A análise de sensibilidade, considerando as duas rotações, mostra que se a produção
total por hectare de povoamentos sob manejo X13 for menor que 679 m3c/c/ha, este regime de
manejo torna-se não vantajoso. No entanto, se a produção total for maior que 694,5 m3c/c/ha,
a função objetivo passa a ser outra e um novo processamento deve ser efetuado. Em X16, se a
produção total real diminuir até 779,5 m3c/c/ha, esse regime de manejo ainda continua sendo
vantajoso. Igual interpretação deve ser feita para os demais regimes de manejo selecionados
(X19, X22, X23, X29, X35 e X36).
A Tabela 63 apresenta um resumo dos regimes de manejo com suas respectivas áreas a
serem manejadas para se obter um fluxo contínuo de produção de matéria-prima em cada
período de corte.
269
TABELA 63 - Resumo das áreas de corte e fluxo de matéria-prima por período de corte
A serraria Musbertova Ltda. consome 12.500 m3 de madeira por ano, com bitola
superior a 18 cm na ponta fina da tora. Possui uma área florestal de 2.500 ha plantados com
Pinus elliottii, até o momento sem desbastes, dividida em duas classes de manejo, sendo que a
Classe de manejo I compreende uma área de 1.500 ha, com 10 anos de idade, rotação de no
máximo 20 anos e ciclo previsto de desbaste de no mínimo de 5 anos. A Classe de manejo II
compreende uma área de 1.000 ha, com 5 anos de idade, rotação de 15 anos e ciclo de
270
RLF = A R + ∑ D − (C + R.a )
Sendo: RLF = renda líquida da floresta; AR = receita líquida no corte final; D = receita
líquida de desbastes; C = custo de cultura; R = idade do corte final; a = custo de
administração.
271
TABELA 65 - Produção para serraria e celulose por regime de manejo e período. Cont...
TABELA 65 – Produção para serraria e celulose por regime de manejo e período. Cont...
Regime de Período de corte
Manejo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 0 133,5
21 0,1 11,8 296,6
34,4 98,2 180,8
0 1,1 126,3
22 0,1 22,1 302,5
34,4 105,6 171,4
0 1,5 119,3
23 3,2 23,2 297,8
51,8 102,4 172,4
Sendo: * Volumes do sortimento s1 ** Volumes do sortimento s2 *** Volumes do sortimento s3
a) Restrições de área:
20 23
∑ X i = 1500 ∑ Yj = 1000
i =1 j =1
275
b) Restrições de volume:
13,2X1 + 2,7X11 + 2,7X18 + 2,7X19 ≥ 12.500
31,1X2 + 6,3X12 + 6,3X20 + 0,3Y2 + 0,1Y12 + 0,1Y21 + 0,1Y22 ≥ 12.500
50,5X3 + 10,6X13 + 15,8Y3 + 3,2Y13 + 3,2Y23 ≥ 12.500
74,3X4 + 15,8X14 + 47,5Y4 + 9,6Y14 ≥ 12.500
105,7X5 + 25,5X15 + 86,7Y5 + 17,7Y15 + 6Y18 ≥ 12.500
137,6X6 + 19,7X11 + 29,5X16 + 171Y6 + 35,6Y16 + 10,2Y19 + 11,8Y21 ≥ 12.500
196,7X7 + 19,2X12 + 36,6X17 + 17,8X18 + 239,9Y7 + 50,1Y17 + 21,6Y20 +
23,2Y22 + 24,7Y23 ≥ 12.500
245,6X8 + 301,1Y8 ≥ 12.500
280,9X9 + 385,8Y9 ≥ 12.500
276
NUMBER OF VARIABLES : 43
NUMBER OF <= CONSTRAINTS : 0
NUMBER OF = CONSTRAINTS : 2
NUMBER OF >= CONSTRAINTS : 10
SUBJECT TO:
1 x1 + 1 x2 + 1 x3 + 1 x4 + 1 x5
+ 1 x6 + 1 x7 + 1 x8 + 1 x9 + 1 x10
+ 1 x11+ 1 x12+ 1 x13+ 1 x14+ 1 x15
+ 1 x16+ 1 x17+ 1 x18+ 1 x19+ 1 x20
+ 0 y1 + 0 y2 + 0 y3 + 0 y4 + 0 y5
+ 0 y6 + 0 y7 + 0 y8 + 0 y9 + 0 y10
+ 0 y11+ 0 y12+ 0 y13+ 0 y14+ 0 y15
+ 0 y16+ 0 y17+ 0 y18+ 0 y19+ 0 y20
+ 0 y21+ 0 y22+ 0 y23 = 1500
0 x1 + 0 x2 + 0 x3 + 0 x4 + 0 x5
+ 0 x6 + 0 x7 + 0 x8 + 0 x9 + 0 x10
+ 0 x11+ 0 x12+ 0 x13+ 0 x14+ 0 x15
+ 0 x16+ 0 x17+ 0 x18+ 0 x19+ 0 x20
+ 1 y1 + 1 y2 + 1 y3 + 1 y4 + 1 y5
+ 1 y6 + 1 y7 + 1 y8 + 1 y9 + 1 y10
+ 1 y11+ 1 y12+ 1 y13+ 1 y14+ 1 y15
+ 1 y16+ 1 y17+ 1 y18+ 1 y19+ 1 y20
+ 1 y21+ 1 y22+ 1 y23 = 1000
277
13.2 x1 + 0 x2 + 0 x3 + 0 x4 + 0 x5
+ 0 x6 + 0 x7 + 0 x8 + 0 x9 + 0 x10
+ 2.7 x11+ 0 x12+ 0 x13+ 0 x14+ 0 x15
+ 0 x16 + 0 x17+ 2.7 x18+ 2.7 x19+ 0 x20
+ 0 y1 + 0 y2 + 0 y3 + 0 y4 + 0 y5
+ 0 y6 + 0 y7 + 0 y8 + 0 y9 + 0 y10
+ 0 y11 + 0 y12+ 0 y13+ 0 y14+ 0 y15
+ 0 y16 + 0 y17+ 0 y18+ 0 y19+ 0 y20
+ 0 y21 + 0 y22+ 0 y23 >= 12500
0 x1 + 31.1 x2 + 0 x3 + 0 x4 + 0 x5
+ 0 x6 + 0 x7 + 0 x8 + 0 x9 + 0 x10
+ 0 x11+ 6.3 x12+ 0 x13+ 0 x14+ 0 x15
+ 0 x16+ 0 x17+ 0 x18+ 0 x19+ 6.3 x20
+ 0 y1 + .3 y2 + 0 y3 + 0 y4 + 0 y5
+ 0 y6 + 0 y7 + 0 y8 + 0 y9 + 0 y10
+ 0 y11+ .1 y12+ 0 y13+ 0 y14+ 0 y15
+ 0 y16+ 0 y17+ 0 y18+ 0 y19+ 0 y20
+ .1 y21+ .1 y22+ 0 y23 >= 12500
0 x1 + 0 x2 + 50.5 x3+ 0 x4 + 0 x5
+ 0 x6 + 0 x7 + 0 x8 + 0 x9 + 0 x10
+ 0 x11+ 0 x12+ 10.6 x13+ 0 x14+ 0 x15
+ 0 x16+ 0 x17+ 0 x18+ 0 x19+ 0 x20
+ 0 y1 + 0 y2 + 15.8 y3 + 0 y4 + 0 y5
+ 0 y6 + 0 y7 + 0 y8 + 0 y9 + 0 y10
+ 0 y11+ 0 y12+ 3.2 y13+ 0 y14+ 0 y15
+ 0 y16+ 0 y17+ 0 y18+ 0 y19+ 0 y20
+ 0 y21+ 0 y22+ 3.2 y23 >= 12500
0 x1 + 0 x2 + 0 x3 + 74.3 x4 + 0 x5
+ 0 x6 + 0 x7 + 0 x8 + 0 x9 + 0 x10
+ 0 x11+ 0 x12+ 0 x13+ 15.8 x14+ 0 x15
+ 0 x16+ 0 x17+ 0 x18+ 0 x19+ 0 x20
+ 0 y1 + 0 y2 + 0 y3 + 47.5 y4 + 0 y5
+ 0 y6 + 0 y7 + 0 y8 + 0 y9 + 0 y10
+ 0 y11+ 0 y12+ 0 y13+ 9.6 y14+ 0 y15
+ 0 y16+ 0 y17+ 0 y18+ 0 y19+ 0 y20
+ 0 y21+ 0 y22+ 0 y23 >= 12500
0 x1 + 0 x2 + 0 x3 + 0 x4 + 105.7 x5
+ 0 x6 + 0 x7 + 0 x8 + 0 x9 + 0 x10
+ 0 x11+ 0 x12+ 0 x13+ 0 x14+ 25.5 x15
+ 0 x16+ 0 x17+ 0 x18+ 0 x19+ 0 x20
+ 0 y1 + 0 y2 + 0 y3 + 0 y4 + 86.7 y5
+ 0 y6 + 0 y7 + 0 y8 + 0 y9 + 0 y10
+ 0 y11+ 0 y12+ 0 y13+ 0 y14+ 17.7 y15
+ 0 y16+ 0 y17+ 6 y18+ 0 y19+ 0 y20
+ 0 y21+ 0 y22+ 0 y23 >= 12500
0 x1 + 0 x2 + 0 x3 + 0 x4 + 0 x5
+ 137.6 x6 + 0 x7 + 0 x8 + 0 x9 + 0 x10
+ 19.7 x11+ 0 x12+ 0 x13+ 0 x14+ 0 x15
+ 29.5 x16+ 0 x17+ 0 x18+ 0 x19+ 0 x20
+ 0 y1 + 0 y2 + 0 y3 + 0 y4 + 0 y5
+ 171.6 y6 + 0 y7 + 0 y8 + 0 y9 + 0 y10
+ 0 y11+ 0 y12+ 0 y13+ 0 y14+ 0 y15
+ 35.6 y16+ 0 y17+ 0 y18+ 10.2 y19+ 0 y20
278
0 x1 + 0 x2 + 0 x3 + 0 x4 + 0 x5
+ 0 x6 + 196.7 x7 + 0 x8 + 0 x9 + 0 x10
+ 0 x11+ 19.2 x12+ 0 x13+ 0 x14+ 0 x15
+ 0 x16+ 36.6 x17+ 17.8 x18+ 0 x19+ 0 x20
+ 0 y1 + 0 y2 + 0 y3 + 0 y4 + 0 y5
+ 0 y6 + 239.9 y7 + 0 y8 + 0 y9 + 0 y10
+ 0 y11+ 0 y12+ 0 y13+ 0 y14+ 0 y15
+ 0 y16+ 50.1 y17+ 0 y18+ 0 y19+ 21.6 y20
+ 0 y21+ 23.2 y22+ 24.7 y23 >= 12500
0 x1 + 0 x2 + 0 x3 + 0 x4 + 0 x5
+ 0 x6 + 0 x7 + 245.6 x8 + 0 x9 + 0 x10
+ 0 x11+ 0 x12+ 0 x13+ 0 x14+ 0 x15
+ 0 x16+ 0 x17+ 0 x18+ 0 x19+ 0 x20
+ 0 y1 + 0 y2 + 0 y3 + 0 y4 + 0 y5
+ 0 y6 + 0 y7 + 301.1 y8 + 0 y9 + 0 y10
+ 0 y11+ 0 y12+ 0 y13+ 0 y14+ 0 y15
+ 0 y16+ 0 y17+ 0 y18+ 0 y19+ 0 y20
+ 0 y21+ 0 y22+ 0 y23 >= 12500
0 x1 + 0 x2 + 0 x3 + 0 x4 + 0 x5
+ 0 x6 + 0 x7 + 0 x8 + 280.9 x9 + 0 x10
+ 0 x11+ 0 x12+ 0 x13+ 0 x14+ 0 x15
+ 0 x16+ 0 x17+ 0 x18+ 0 x19+ 0 x20
+ 0 y1 + 0 y2 + 0 y3 + 0 y4 + 0 y5
+ 0 y6 + 0 y7 + 0 y8 + 385.8 y9 + 0 y10
+ 0 y11+ 0 y12+ 0 y13+ 0 y14+ 0 y15
+ 0 y16+ 0 y17+ 0 y18+ 0 y19+ 0 y20
+ 0 y21+ 0 y22+ 0 y23 >= 12500
0 x1 + 0 x2 + 0 x3 + 0 x4 + 0 x5
+ 0 x6 + 0 x7 + 0 x8 + 0 x9 + 319.5 x10
+ 236.7 x11+ 237.5 x12+ 231.9 x13+ 270.7 x14+ 264.4 x15
+ 260.2 x16+ 255.2 x17+ 246 x18+ 295.3 x19+ 288.5 x20
+ 0 y1 + 0 y2 + 0 y3 + 0 y4 + 0 y5
+ 0 y6 + 0 y7 + 0 y8 + 0 y9 + 454.5 y10
+ 483.9 y11+ 467.1 y12+ 450.6 y13+ 435.5 y14+ 421.2 y15
+ 423.6 y16+ 396.2 y17+ 451.5 y18+ 453.1 y19+ 443.6 y20
+ 430.1 y21+ 428.8 y22+ 417.1 y23 >= 12500
x1 946.97 116.7 0
x2 401.929 857.9 0
x3 151.101 1638.7 0
x4 0 2580 43153.512
x5 0 3794 52569.727
x6 0 5163.7 63230.91
x7 0 7408.1 63255.156
x8 0 9852.9 63117.836
279
x9 0 11379.7 54598.551
x10 0 13095 70807.922
x11 0 10860.9 53683.625
x12 0 10921.9 54866.063
x13 0 12110.4 54525.18
x14 0 11688 64098.148
x15 0 11964.5 65294.625
x16 0 11775.8 68802.305
x17 0 11872.8 69566.625
x18 0 11078 54488.734
x19 0 12345.6 54419.234
x20 0 12199.2 54881.098
y1 0 - 424.6 26687.412
y2 0 - 222.5 25684.234
y3 283.223 524.7 0
y4 263.158 1861.1 0
y5 144.175 3673.9 0
y6 72.844 6922.5 0
y7 39.413 10115.4 0
y8 41.514 12860.2 0
y9 32.4 1644.3 0
y10 0 19621.1 6641.715
y11 0 20991.301 5271.514
y12 0 20267 5728.789
y13 0 18968.301 2081.732
y14 0 19267.1 2064
y15 0 19036.6 2614.637
y16 0 19629.801 2620.688
y17 0 19250.1 3640.537
y18 0 20215 4484.566
y19 0 20377.301 4735.916
y20 0 20378.5 4430.439
y21 0 19447.699 5218.16
y22 0 19728 4706.221
y23 123.272 19387.5 0
-- SENSITIVITY ANALYSIS --
RIGHT-HAND-SIDE VALUES
a) Custos
Em cada alternativa silvicultural ocorrem custos diferenciados, bem como produções
distintas. Estes custos, em cada opção, são levantados e classificados em: implantação,
manutenção, exploração e administração.
282
TABELA 67 – Tipo de intervenção e área manejada (ha) por período de corte, para os
regimes de manejo selecionados.
TABELA 68 - Área manejada e produção para serraria e celulose por período de corte.
b) Preço
O preço da madeira é obtido através da média praticada no mercado.
r −1
m =1
n k
MAX Z = ∑ ∑VLP . X
i =1 j =1
ij ij
Sendo: VLPij = valor líquido presente, por hectare do estrato florestal i, caso o regime
de manejo j seja empregado; Xij = número de hectare do estrato i, designados ao regime de
manejo j; k = número de regimes de manejo; n = número de estratos.
∑x
J= 1
IJ = Ai
Volume mínimo: a produção anual deve ser maior ou igual a um volume mínimo,
durante todo o período de planejamento:
n k
∑ ∑V
i =1 j =1
ijm . X ij ≥ V mínimo
Volume máximo: a produção anual deve ser menor ou igual a um volume máximo,
durante todo o período de planejamento:
n K
∑∑
i =1 j =1
V ijm . Xij ≤ V máximo
Vr − Vn
TC = IMA +
a
286
n k
∑∑
i =1 j =1
Vijm . Xij ≥ V mínimo (corte sustentado)
Além destes conjuntos de restrições, muitos outras podem ser usadas, como restrições
operacionais, restrições de capital, etc.
O objetivo a ser maximizado ou minimizado, também pode ser alterado e considerar,
por exemplo, parâmetros como o custo/benefício, pay-back, etc.
n k
MIN Z = ∑∑
i =1 j =1
Cij . Xij
Sendo: Cij = Custo anual por hectare, do estrato florestal i, caso o regime de manejo j
seja empregado.
D3 - d3 200
________________ . ________
Pv =
D 3 + d3 n
Pv = { n
}
(Vn / Va ) − 1 * 100
c) Pelo volume no início do período (Va) e no final (Vn) mais os cortes (C):
Vn + C - Va
IPA = _________________
n
Segundo MANTEL (1959), o método de controle foi desenvolvido por Gournaud &
Biolley nas áreas de floresta jardinada da Suíça. O inventário periódico completo de
288
Vn + C – Va - E
______________________
IPA =
n
Existem vários métodos que podem ser utilizados para determinação da taxa de corte
sustentada, na grande maioria desenvolvidas para florestas equiâneas, o que tem dificultado a
aplicação para obtenção da sustentabilidade de produção em florestas inequiâneas mistas.
Este fato foi comprovado por técnicos do Serviço Florestal Mexicano, que após vários
anos empregando os métodos tradicionais de regulação de corte constataram que não se
obtinha a sustentabilidade de produção, em decorrência da inadaptabilidade destes ao tipo de
floresta irregular do país. Devido a isto, desenvolveram um método próprio baseado na teoria
relativa de que os crescimentos anuais volumétricos de uma árvore ou povoamento
acumulam-se seguindo a lei dos juros compostos. A idéia básica é que a floresta possa repor o
volume de corte durante o período de tempo, definido pelo ciclo de corte estabelecido, o que
garantiria a sustentabilidade de produção na floresta. A intensidade de corte é obtida pela
expressão (SCHNEIDER, 1993):
IC = { 1 – ( 1 / 1,0icc) } . 100
TC = {Vr . IC / 100}
Vr - Vi
_________________
TC = IMA +
a
Sendo: TC = taxa de corte anual, em metros cúbicos; IMA = incremento médio anual,
em volume; Vr = volume real, em metros cúbicos; Vi = volume ideal balanceado, após a
execução do corte, em metros cúbicos; a = período de equilibração de estoque, em anos.
Nesse método o volume de corte da floresta para um período de tempo, expresso pelo
ciclo de corte, é obtido mediante a multiplicação da taxa de corte anual pelo ciclo de corte em
anos.
A marcação das unidades de produção pode ser realizada com teodolito ou bússola,
com áreas pequenas para facilitar os trabalhos de inventário florestal, exploração e condução
da floresta.
A delimitação das unidades de produção pode ser feita por estradas ou caminhos de
extração a serem abertos na floresta para o controle, exploração e condução da floresta e, por
riachos, acidentes geográficos, marcas topográficas, entre outros.
.
5.3.5.1.2 Corte de cipós
presença abundante de cipós, o que prejudica o corte e abate correto das árvores; o corte de
cipós pode reduzir danos às árvores remanescentes, porém em alguns casos pode ser
dispensado.
b) Corte das árvores marcadas: efetuado para remoção dos produtos da floresta,
devendo-se tomar medidas especiais para reduzir danos às árvores remanescentes, como a
retirada da copa antes do abate das árvores.
c) Embandeiramento: a retirada do produto florestal, como lenha e toras; pode ser
realizada em sincronia com o ritmo dos cortes. A lenha é embandeirada na margem das
unidades de produção ou em locais de fácil acesso. A retirada das toras é realizada com
cuidado, para evitar ao máximo os danos às árvores remanescentes, sendo levadas a um
estaleiro
d) Rebaixamento dos tocos, quando pertinente, e recate de lenha: realizado em toda a
unidade de produção após os cortes.
e) Inventário florestal pós-exploração: esse inventário é realizado após a exploração,
sendo identificadas, medidas e marcadas todas as árvores remanescentes da floresta.
f) Condução da floresta: com base nos resultados do inventário florestal pós-
exploração, pode-se tirar uma conclusão da situação da floresta remanescente e decidir sobre
a necessidade de promover seu enriquecimento, com espécies do local e de alto índice de
valor de importância ampliado.
Do ponto de vista geral, nenhuma área florestal deveria ser destinada à produção de
madeira antes de sofrer estudos ecológicas, especialmente da regeneração, que sejam
conhecidos o crescimento das principais espécies desejadas e que a taxa de rendimento
florestal sustentado seja possível de ser obtida.
A maior parte da madeira disponível no mercado origina-se de florestas degradadas
por meio da exploração irracional dos recursos florestais, como na agricultura migratória.
Essa prática tem transformado áreas florestais originais em áreas degradadas, que poderiam
ser recuperadas, mas que, normalmente, são abandonadas.
Dependendo da situação da área deve-se seguir caminhos tecnicamente diferenciados
para chegar a uma floresta de produção madeireira, como mostra a Figura 19.
O sistema de enriquecimento em linhas, proposto por CATINOT(1965), compreende
os seguintes passos, conforme ilustrado na Figura 20:
a) Inicialmente, procede-se a abertura de faixas paralelas eqüidistantes de 10 a 20
metros de largura, preferencialmente no sentido leste-oeste.
b) Em ambos os lados do eixo da faixa procede-se a limpeza total, incluindo arbustos e
herbáceas, abrindo uma vereda de 1 metro de largura.
c) Em ambos os lados da faixa, até uma distância de pelo menos 4 metros são
removidos todos os cipós, arbustos e regeneração, exceto as comercializáveis, até uma altura
de 2 a 4 metros.
297
Fonte: FARIAS(1994)
As espécies arbóreas com DAP igual ou maior a 5,0 cm, presentes na floresta natural
de Araucária, foram relacionadas no Tabela 72, com seus respectivos nomes científicos,
vulgares e famílias botânicas a que pertencem.
Do total das 567 árvores, por hectare, foram identificadas 42 espécies, 32 gêneros e 25
famílias botânicas, conforme pode ser observado no Tabela 73.
As famílias Myrtaceae e Sapindaceae foram as mais importantes do ponto de vista
florístico, uma vez que apresentaram maior número de gêneros e espécies. Deve-se destacar,
ainda, as famílias Compositae, Aquifoliaceae, Lauraceae e Rutaceae. As demais famílias se
encontravam representadas na floresta por uma única espécie.
TABELA 72 – Composição florística das espécies arbóreas com DAP ≥ 5,0 cm, em uma
floresta natural com Araucaria angustifolia
Código Nome científico Nome vulgar Família
01 Allophylus edulis (A. St. Hil.) Chal-chal Sapindaceae
02 Allophylum guaraniticus (St. Hil.)Radlk. Vacunzeiro Sapindaceae
03 Araucaria angustifolia (Bert.) O. Ktze. Pinheiro-brasileiro Araucariaceae
04 Banara parviflora Benth. Farinha-seca Flacourtiaceae
05 Campomanesa guaziomifolia (Camb.) Legr. Sete-capote Myrtaceae
06 Campomanezia xanthocarpa (Mart.)Berg. Guabiroba Myrtaceae
07 Capsicodendron dinisii (Schw.)P.Occh. Pimenteira Canellaceae
08 Cedrela fissilis Vel. Cedro Meliaceae
09 Cupania vernalis Camb. Camboatá-vermelho Sapindaceae
10 Erythroxylum deciduun A. St. Hil. Cocão Erythroxylaceae
11 Eugenia pyriformis Camb. Uvalha Myrtaceae
12 Eugenia rostrifolia Legr. Batinga Myrtaceae
13 Zanthoxylum kleinii (R.S.Cowan) W. Juvevê Rutaceae
14 Zanthoxylum rhoifolium Lamb. Mamica-de-cadela Rutaceae
15 Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera Cambará Compositae
303
TABELA 72 – Composição florística das espécies arbóreas com DAP ≥ 5,0 cm, em uma
floresta natural com Araucaria angustifolia. Cont.
Código Nome científico Nome vulgar Família
16 Ilex brevicuspis Reissek Caúna Aquifoliaceae
17 Ilex dunosa Reissek Congonha Aquifoliaceae
18 Ilex paraguariensis A. St. Hil. Erva-mate Aquifoliaceae
19 Ilex theezans Mart. Caunão Aquifoliaceae
20 Ilex sp. Caúna Aquifoliaceae
21 Limanonia speciosa (Camb.) L.B.Smith Guaperê Cunoniaceae
22 Lithraea brasiliensis L. Manch. Bugreiro Anacardiaceae
23 Luehea divaricata Mart. et Zucc. Açoita-cavalo Tiliaceae
24 Matayba elaeagnoides Radlk. Camboatá-branco Sapindaceae
25 Myrcia bombycina (Berg) Kiaersk. Guamirim Myrtaceae
26 Myrciaria tenella (DC.) Berg Camboim Myrtaceae
27 Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez. Canela-preta Lauraceae
28 Nectandra saligna Ness et Mart.exNees Canela-fedida Lauraceae
29 Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan Angico-vermelho Leguminosae-mim
30 Piptocarpha angustifolia Dusén ex Malme. Vassourão-branco Compositae
31 Prunus sellowii Koehme Pessegueiro-do-mato Rosaceae
32 Randia armata (Sw.) DC. Limoeiro-do-mato Rubiaceae
33 Rapanea ferruginea (Ruiz et Pav.) Nez. Capororoquinha Myrsinaceae
34 Roupala sp. Carvalho-brasileiro Proteaceae
35 Sebastiania commersoniana (Baill.)
L. B. Smith & R. J. Downs Branquilho Euphorbiaceae
36 Symplocus uniflora (Pohl.) Benth. Sete-sangrias Symplocaceae
37 Strychnos brasiliensis (Spreng.) Mart. Esporão Loganiaceae
38 Sturax leprosum Hook. et Arn. Carne-de-vaca Styracaceae
39 Citronela paniculata (Miers) Howard Congonha Icacinaceae
40 Vitex megapotamica (Spreng.) Mold. Tarumã Verbenaceae
41 Desconhecida - Myrtaceae
42 Canelas - Lauraceae
304
TABELA 73 - Número de gêneros, espécies e árvores, por famílias com DAP ≥ 5,0 cm
Pode-se observar na Tabela 74, que o número de árvores por hectare, com DAP igual
ou superior a 5 cm, foi elevado (567 árvores por hectare), semelhante aos valores encontrados
por FÖRSTER(1973) para uma floresta tropical (624 árvores por hectare), considerada de
elevada densidade.
A Araucaria angustifolia foi a espécie mais abundante da floresta, possuindo cerca de
104 árvores por hectare, correspondendo a 18,3% do total das árvores. Portanto, essa foi a
espécie, fisionomicamente, mais característica da floresta.
306
Os valores de dominância (área basal) por posição sociológica das espécies foram
registrados na Tabela 76.
310
TABELA 76 – Dominância absoluta e relativa das espécies (área basal) por posição
sociológica com DAP ≥ 5,0 cm
A área basal total da floresta foi de, aproximadamente, 34 m2/ha. Desse total, cerca de
54% encontravam-se no estrato superior, 34% no médio e 12% no estrato inferior. A maior
dominância ocorria no estrato superior, em razão de existirem, nesta posição, os maiores
diâmetros, ao contrário do que acontece nos estratos médio e inferior.
Com relação à dominância das espécies por estrato, foram observadas, no estrato
inferior, as seguintes espécies: Cupania vernalis (16,65%), Capsicodendron dinisii (10,58%),
Lithraea brasiliensis (9,99%), Myrciaria tenella (9,47%). No estrato médio, sobressaiam a
Matayba elaeagnoides (21,61%), Araucaria angustifolia (18,77%), Capsicodendron dinisii
(8,95%) e Ilex brevicuspis (8,44%). No estrato superior, a dominância da Araucaria
angustifolia (71,37%), Ilex brevicuspis (11,0%) e Matayba elaeagnoides (4,64%).
O volume comercial com casca das árvores foi determinado por meio das equações
definidas para espécies folhosas e para Araucaria angustifolia, respectivamente:
Por outro lado, o volume de galhos das espécies folhosas pode ser estimado mediante
a equação definida por BRENA et al.(1988):
Na Tabela 77 foram registrados os valores de volume comercial com casca por posição
sociológica das espécies encontradas na floresta.
Do volume comercial total com casca da floresta (259,37 m3/ha), cerca de 70% foram
encontrados no estrato superior, 25% no estrato médio e apenas 5% no inferior.
Com relação à distribuição do volume comercial por estrato, pode-se observar, no
estrato inferior, que as espécies com maior distribuição foram: Cupania vernalis (17,74%),
Lithraea brasiliensis (12,18%), Capsicodendron dinisii (10,84%), Myrciaria tenella (7,46%)
e Matayba elaeagnoides (6,04%). No estrato médio, destacam-se: Araucaria angustifolia
(33,11%), Matayba elaeagnoides (17,45%), Ilex brevicuspis (7,73%) e Nectandra saligna
(6,58%). No estrato superior sobressairam Araucaria angustifolia (82,19%), Ilex brevicuspis
(6,30%) e Matayba elaeagnoides (3,03%).
TABELA 77 - Volume comercial com casca das espécies por posição sociológica com DAP ≥
5,0 cm
Espécie Estrato Superior Estrato Médio Estrato Inferior Total
(código) m3 %* %** m3 %* %** m3 %* %** m3
1 0,00 0,00 0,00 0,33 0,51 58,08 0,24 1,81 41,92 0,56
2 0,00 0,00 0,00 0,15 0,25 42,00 0,21 1,58 58,00 0,35
3 149,69 82,19 87,43 21,27 33,11 12,42 0,25 1,90 0,14 171,2
4 0,26 0,14 29,43 0,28 0,44 31,76 0,34 2,64 38,81 0,88
5 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,03 0,26 100,0 0,03
6 0,00 0,00 0,00 0,19 0,33 42,14 0,27 2,05 57,80 0,46
7 0,36 0,20 6,31 3,87 6,02 69,65 1,41 10,84 25,04 5,63
8 2,51 1,38 95,36 0,11 0,17 4,14 0,00 0,00 0,00 2,62
9 0,00 0,00 0,00 2,23 3,48 49,19 2,31 17,74 50,81 4,54
10 0,00 0,00 0,00 0,40 0,63 73,24 0,15 1,14 26,76 0,55
11 0,00 0,00 0,00 0,30 0,47 100,0 0,00 0,00 0,00 0,30
12 0,24 0,13 23,46 0,68 1,05 66,06 0,11 0,82 10,48 1,02
13 0,89 0,49 49,46 0,82 1,27 45,14 0,10 0,75 5,40 1,81
14 0,00 0,00 0,00 0,07 0,15 43,49 0,09 0,67 56,51 0,15
15 0,00 0,00 0,00 1,46 2,27 100,0 0,00 0,00 0,00 1,46
16 11,47 6,30 68,99 4,97 7,75 29,89 0,19 1,44 1,12 16,62
17 0,00 0,00 0,00 0,36 0,55 91,53 0,03 0,25 8,47 0,39
18 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,05 0,35 100,0 0,05
19 0,00 0,00 0,00 0,21 0,32 91,58 0,02 0,15 8,42 0,23
20 0,00 0,00 0,00 0,08 0,15 100,0 0,00 0,00 0,00 0,08
21 0,00 0,00 0,00 0,80 1,25 95,50 0,03 0,22 8,50 0,83
22 0,27 0,15 6,95 1,97 3,07 51,58 1,58 12,18 41,47 3,82
23 0,00 0,00 0,00 0,18 0,28 100,0 0,00 0,00 0,00 0,18
24 5,51 3,03 31,48 11,21 17,45 64,03 0,79 6,04 4,49 17,50
25 0,00 0,00 0,00 0,38 0,59 48,51 0,40 3,08 51,49 0,78
26 0,00 0,00 0,00 0,10 0,16 9,37 0,97 7,46 90,63 1,07
27 1,78 0,98 42,25 2,21 3,45 52,66 0,21 1,65 5,10 4,20
28 4,72 2,59 52,34 4,23 6,58 46,91 0,07 0,52 0,75 9,01
29 0,48 0,26 46,72 0,55 0,86 53,28 0,00 0,00 0,00 1,03
30 0,31 0,17 100,0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,31
31 0,00 0,00 0,00 0,47 0,73 54,98 0,39 2,97 45,02 0,86
32 0,00 0,00 0,00 0,14 0,22 100,0 0,00 0,00 0,00 0,14
33 1,08 0,59 27,82 2,39 3,71 61,26 0,42 3,27 10,91 3,89
34 0,25 0,14 30,05 0,59 0,92 69,95 0,00 0,00 0,00 0,85
35 0,00 0,00 0,00 0,12 0,18 14,90 0,68 5,21 85,10 0,80
36 0,00 0,00 0,00 0,06 0,10 13,95 0,40 3,06 86,05 0,46
37 0,00 0,00 0,00 0,22 0,34 32,81 0,44 3,40 67,19 0,66
38 0,00 0,00 0,00 0,45 0,70 46,37 0,52 3,99 53,63 0,97
39 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,05 0,39 100,0 0,05
40 0,21 0,12 39,12 0,19 0,29 34,08 0,15 1,12 26,79 0,54
41 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,14 1,07 100,0 0,19
42 2,10 1,16 91,03 0,21 0,32 8,97 0,00 0,00 0,00 2,31
Total 182,13 100,0 70,22 64,23 100,00 24,76 13,0 100,0 5,02 259,37
* = % da espécie dentro da classe de posição sociológica
** = % da espécie entre as classes de posição sociológica
Obs.: veja nome das espécies na Tabela 12.
315
TABELA 78 - Número de árvores por classe de qualidade de fuste com DAP ≥ 5,0 cm.
TABELA 79 - Volume comercial com casca por qualidade de fuste com DAP ≥ 5,0 cm
5.3.6.5 Volume, número de árvores e área basal por espécie e classe de diâmetro
Verificou-se que a maioria das espécies apresentavam DAP superior a 30 cm. Além do
pinheiro-brasileiro, encontravam-se, neste caso, apenas a caúna e o camboatá-branco, entre as
folhosas. O pinheiro-brasileiro, por exemplo, permitiria a realização de corte na ordem de
94,5% do volume, com retirada de 66,4% do número de árvores por hectare. A caúna
permitiria a retirada de 87,6% do volume e 64,5% do número de árvores por hectare (veja
Tabela 80).
TABELA 80 - Volume comercial com casca e número de árvores por hectare, classe de
diâmetro e espécie
Cód Descrição 5- 15- 25- 35- 45- 55- 65- >75 Total
14,9 24,9 34,9 44,9 54,9 64,9 74,9
1 Vol. c/c/ha 0,05 0,51 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,56
N. árv./ha 2,00 4,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 6,00
Área Basal 0,02 0,13 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,15
DAP médio 11,3 0,69 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 17,56
Alt. Com. m 3,25 5,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,42
2 Vol. c/c/ha 0,00 0,22 0,13 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,35
N. árv./ha 0,00 2,00 1,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,00
Área Basal 0,00 0,06 0,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,11
DAP médio 0,00 18,78 25,15 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 20,90
Alt. Com. m 0,00 5,25 3,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,50
3 Vol. c/c/ha 0,88 6,16 7,45 25,30 47,66 45,43 17,47 20,85 171,21
N. árv./ha 10,00 21,00 10,00 19,00 22,00 15,00 4,00 3,00 104,00
Área Basal 0,13 0,63 0,75 2,42 4,29 4,00 1,43 1,53 15,19
DAP médio 13,08 19,40 30,85 40,16 49,76 58,26 67,40 80,64 39,32
Alt. Com. m 8,35 12,86 15,40 16,24 16,82 16,60 17,50 19,00 15,02
4 Vol. c/c/ha 0,36 0,53 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,89
N. árv./ha 10,00 5,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 15,00
Área Basal 0,11 0,12 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,24
DAP médio 12,00 17,57 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 13,86
Alt. Com. m 4,05 5,40 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,50
5 Vol. c/c/ha 0,00 0,03 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,03
N. árv./ha 0,00 1,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,00
Área Basal 0,00 0,02 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,02
DAP médio 0,00 16,87 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 16,87
Alt. Com. m 0,00 1,50 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,50
6 Vol. c/c/ha 0,22 0,24 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,46
N. árv./ha 7,00 3,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 10,00
Área Basal 0,07 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,16
DAP médio 12,60 17,72 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 14,15
Alt. Com. m 3,29 4,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,50
7 Vol. c/c/ha 0,49 3,87 1,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 5,63
N. árv./ha 13,00 35,00 5,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 53,00
Área Basal 0,16 1,05 0,34 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,55
DAP médio 12,41 19,31 29,47 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 18,58
Alt. Com. m 4,23 4,97 4,80 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,77
8 Vol. c/c/ha 0,00 0,11 0,00 0,00 2,51 0,00 0,00 0,00 2,62
N. árv./ha 0,00 1,00 0,00 0,00 1,00 0,00 0,00 0,00 2,00
Área Basal 0,00 0,03 0,00 0,00 0,22 0,00 0,00 0,00 0,25
DAP médio 0,00 18,14 0,00 0,00 52,84 0,00 0,00 0,00 35,49
Alt. Com. m 0,00 6,00 0,00 0,00 16,50 0,00 0,00 0,00 12,75
9 Vol. c/c/ha 0,33 1,78 1,71 0,72 0,00 0,00 0,00 0,00 4,54
N. árv./ha 7,00 17,00 6,00 2,00 0,00 0,00 0,00 0,00 31,00
Área Basal 0,11 0,54 0,40 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 1,18
DAP médio 14,19 19,90 28,91 38,20 0,00 0,00 0,00 0,00 20,95
Alt. Com. m 3,93 4,35 5,75 9,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,88
Obs.: veja nome (Cod.) das espécies na Tabela 72.
320
TABELA 80 - Volume comercial com casca e número de árvores por hectare, classe de
diâmetro e espécie. Cont.
Cód Descrição 5- 15- 25- 35- 45- 55- 65- >75 Total
14,9 24,9 34,9 44,9 54,9 64,9 74,9
10 Vol. c/c/ha 0,12 0,43 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,55
N. árv./ha 3,00 4,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 7,00
Área Basal 0,04 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,15
DAP médio 12,31 19,02 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 16,14
Alt. Com. m 5,00 4,87 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,93
11 Vol. c/c/ha 0,00 0,30 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,30
N. árv./ha 0,00 2,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,00
Área Basal 0,00 0,08 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,08
DAP médio 0,00 22,12 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 22,12
Alt. Com. m 0,00 5,25 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 5,25
12 Vol. c/c/ha 0,11 0,68 0,26 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,02
N. árv./ha 3,00 4,00 1,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 8,00
Área Basal 0,032 0,15 0,08 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,24
DAP médio 11,46 21,96 27,69 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 18,74
Alt. Com. m 4,67 6,25 5,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 5,50
13 Vol. c/c/ha 0,18 0,44 0,79 0,42 0,00 0,00 0,00 0,00 1,81
N. árv./ha 3,00 3,00 3,00 1,00 0,00 0,00 0,00 0,00 10,80
Área Basal 0,06 0,10 0,22 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,48
DAP médio 12,52 20,80 30,56 37,56 0,00 0,00 0,00 0,00 22,92
Alt. Com. m 6,50 5,50 4,50 4,50 0,00 0,00 0,00 0,00 5,40
14 Vol. c/c/ha 0,09 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,15
N. árv./ha 3,00 1,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,00
Área Basal 0,03 0,02 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,05
DAP médio 11,25 15,92 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 12,41
Alt. Com. m 4,00 4,50 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,13
15 Vol. c/c/ha 0,00 0,00 1,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,46
N. árv./ha 0,00 0,00 3,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,00
Área Basal 0,00 0,00 0,22 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,22
DAP médio 0,00 0,00 30,45 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 30,45
Alt. Com. m 0,00 0,00 10,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 10,00
16 Vol. c/c/ha 0,14 0,25 3,88 8,86 1,09 2,40 0,00 0,00 16,62
N. árv./ha 3,00 2,00 11,00 12,00 1,00 2,00 0,00 0,00 31,00
Área Basal 0,04 0,07 0,77 1,48 0,19 0,50 0,00 0,00 3,04
DAP médio 12,52 20,69 29,73 39,55 49,34 56,34 0,00 0,00 33,63
Alt. Com. m 5,67 5,00 7,18 8,42 7,50 5,75 0,00 0,00 7,29
17 Vol. c/c/ha 0,03 0,00 0,00 0,36 0,00 0,00 0,00 0,00 0,39
N. árv./ha 1,00 0,00 0,00 1,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,00
Área Basal 0,01 0,00 0,00 0,12 0,00 0,00 0,00 0,00 0,13
DAP médio 11,46 0,00 0,00 39,79 0,00 0,00 0,00 0,00 25,62
Alt. Com. m 4,50 0,00 0,00 3,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,75
18 Vol. c/c/ha 0,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,05
N. árv./ha 1,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,00
Área Basal 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01
DAP médio 12,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 12,10
Alt. Com. m 6,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 6,00
321
TABELA 80 - Volume comercial com casca e número de árvores por hectare, classe de
diâmetro e espécie. Cont.
Cód Descrição 5- 15- 25- 35- 45- 55- 65- >75 Total
14,9 24,9 34,9 44,9 54,9 64,9 74,9
19 Vol. c/c/ha 0,02 0,21 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,23
N. árv./ha 1,00 2,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,00
Área Basal 0,01 0,06 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07
DAP médio 10,18 19,89 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 16,66
Alt. Com. m 3,00 4,75 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,17
20 Vol. c/c/ha 0,08 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,08
N. árv./ha 1,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,00
Área Basal 0,02 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,02
DAP médio 14,96 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 14,96
Alt. Com. m 7,50 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 7,50
21 Vol. c/c/ha 0,07 0,00 0,00 0,76 0,00 0,00 0,00 0,00 0,83
N. árv./ha 2,00 0,00 0,00 1,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,00
Área Basal 0,02 0,00 0,00 0,13 0,00 0,00 0,00 0,00 0,15
DAP médio 11,46 0,00 0,00 40,74 0,00 0,00 0,00 0,00 21,22
Alt. Com. m 5,25 0,00 0,00 8,00 0,00 0,00 0,00 0,00 6,17
22 Vol. c/c/ha 0,26 0,86 1,80 1,40 0,00 0,00 0,00 0,00 3,82
N. árv./ha 10,00 9,00 5,00 2,00 0,00 0,00 0,00 0,00 26,00
Área Basal 0,12 0,25 0,35 0,25 0,00 0,00 0,00 0,00 0,97
DAP médio 12,25 18,53 29,92 39,63 0,00 0,00 0,00 0,00 19,93
Alt. Com. m 2,55 4,33 4,60 7,50 0,00 0,00 0,00 0,00 3,94
23 Vol. c/c/ha 0,00 0,00 0,18 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,18
N. árv./ha 0,00 0,00 1,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,00
Área Basal 0,00 0,00 0,09 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,09
DAP médio 0,00 0,00 33,42 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 33,42
Alt. Com. m 0,00 0,00 2,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,00
24 Vol. c/c/ha 0,30 2,33 4,32 4,32 4,56 1,67 0,00 0,00 17,51
N. árv./ha 8,00 24,00 16,00 6,00 4,00 1,00 0,00 0,00 59,00
Área Basal 0,10 0,68 1,14 0,78 0,73 0,25 0,00 0,00 3,64
DAP médio 12,73 18,12 30,02 40,53 48,22 56,66 0,00 0,00 25,59
Alt. Com. m 3,81 4,83 4,78 7,58 8,75 9,00 0,00 0,00 5,30
25 Vol. c/c/ha 0,40 0,38 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,78
N. árv./ha 14,00 3,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 17,00
Área Basal 0,15 0,09 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,24
DAP médio 11,62 19,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 12,94
Alt. Com. m 3,54 5,83 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,94
26 Vol. c/c/ha 0,82 0,12 0,12 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,07
N. árv./ha 29,00 2,00 1,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 32,00
Área Basal 0,33 0,04 0,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,43
DAP médio 12,01 16,39 25,78 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 12,71
Alt. Com. m 3,22 3,75 2,58 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,23
27 Vol. c/c/ha 0,27 0,73 0,87 1,51 0,82 0,00 0,00 0,00 4,20
N. árv./ha 6,00 6,00 3,00 2,00 1,00 0,00 0,00 0,00 18,00
Área Basal 0,07 0,17 0,19 0,24 0,17 0,00 0,00 0,00 0,85
DAP médio 12,47 18,73 28,54 38,99 46,47 0,00 0,00 0,00 22,07
Alt. Com. m 5,19 6,00 6,33 9,00 6,00 0,00 0,00 0,00 6,11
322
TABELA 80 - Volume comercial com casca e número de árvores por hectare, classe de
diâmetro e espécie. Cont.
Cód Descrição 5- 15- 25- 35- 45- 55- 65- >75 Total
14,9 24,9 34,9 44,9 54,9 64,9 74,9
28 Vol. c/c/ha 0,12 0,90 1,85 4,10 2,06 0,00 0,00 0,00 9,01
N. árv./ha 3,00 5,00 4,00 5,00 2,00 0,00 0,00 0,00 19,00
Área Basal 0,03 0,17 0,28 0,61 0,36 0,00 0,00 0,00 1,45
DAP médio 11,35 20,82 29,44 39,47 47,75 0,00 0,00 0,00 8,88
Alt. Com.M 6,00 7,90 9,50 10,00 7,50 0,00 0,00 0,00 6,45
29 Vol. c/c/ha 0,00 0,00 1,03 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,03
N. árv./ha 0,00 0,00 2,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,00
Área Basal 0,00 0,00 0,15 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,15
DAP médio 0,00 0,00 31,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 31,04
Alt. Com.M 0,00 0,00 11,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 11,00
30 Vol. c/c/ha 0,00 0,31 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,31
N. árv./ha 0,00 1,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,00
Área Basal 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04
DAP médio 0,00 21,65 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 21,65
Alt. Com.M 0,00 15,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 15,00
31 Vol. c/c/ha 0,27 0,29 0,29 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,86
N. árv./ha 6,00 2,00 1,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 9,00
Área Basal 0,07 0,06 0,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,19
DAP médio 12,10 20,21 26,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 15,46
Alt. Com.M 5,92 6,50 8,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 6,28
32 Vol. c/c/ha 0,00 0,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,14
N. árv./ha 0,00 1,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,00
Área Basal 0,00 0,03 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,03
DAP médio 0,00 21,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 21,01
Alt. Com.M 0,00 5,50 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 5,50
33 Vol. c/c/ha 0,35 0,56 2,57 0,41 0,00 0,00 0,00 0,00 3,89
N. árv./ha 7,00 5,00 6,00 1,00 0,00 0,00 0,00 0,00 19,00
Área Basal 0,09 0,12 0,44 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,76
DAP médio 12,64 17,76 30,35 37,24 0,00 0,00 0,00 0,00 20,88
Alt. Com.M 5,93 6,60 8,50 4,50 0,00 0,00 0,00 0,00 6,84
34 Vol. c/c/ha 0,04 0,61 0,20 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,85
N. árv./ha 1,00 4,00 1,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 6,00
Área Basal 0,01 0,13 0,06 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,20
DAP médio 12,41 19,89 26,75 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 19,79
Alt. Com.M 4,50 6,75 4,50 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 6,00
35 Vol. c/c/ha 0,42 0,38 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,80
N. árv./ha 10,00 5,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 15,00
Área Basal 0,14 0,12 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,26
DAP médio 13,21 17,44 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 14,62
Alt. Com.M 4,05 4,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,07
36 Vol. c/c/ha 0,16 0,13 0,18 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,46
N. árv./ha 5,00 2,00 1,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 8,00
Área Basal 0,06 0,06 0,08 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,18
DAP médio 11,97 19,26 28,65 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 15,88
Alt. Com.M 3,60 2,25 3,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,19
323
TABELA 80 - Volume comercial com casca e número de árvores por hectare, classe de
diâmetro e espécie. Cont.
Cód Descrição 5- 15- 25- 35- 45- 55- 65- >75 Total
14,9 24,9 34,9 44,9 54,9 64,9 74,9
37 Vol. c/c/ha 0,15 0,51 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,66
N. árv./ha 4,00 6,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 10,00
Área Basal 0,05 0,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,19
DAP médio 12,18 17,24 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 15,22
Alt. Com.m 4,25 4,83 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,60
38 Vol. c/c/ha 0,26 0,38 0,35 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,97
N. árv./ha 7,00 3,00 1,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 11,00
Área Basal 0,08 0,10 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,25
DAP médio 12,32 20,48 28,99 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 16,06
Alt. Com.m 4,36 5,00 7,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,77
39 Vol. c/c/ha 0,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,05
N. árv./ha 1,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,00
Área Basal 0,02 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,02
DAP médio 14,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 14,01
Alt. Com.m 4,50 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,50
40 Vol. c/c/ha 0,00 0,54 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,54
N. árv./ha 0,00 4,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,00
Área Basal 0,00 0,15 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,15
DAP médio 0,00 21,88 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 21,88
Alt. Com. 0,00 4,50 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,50
41 Vol. c/c/ha 0,08 0,06 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,14
N. árv./ha 5,00 1,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 6,00
Área Basal 0,05 0,02 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07
DAP médio 11,21 17,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 12,20
Alt. Com. 1,70 3,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,92
42 Vol. c/c/ha 0,00 0,21 0,00 0,00 0,00 2,10 0,00 0,00 2,31
N. árv./ha 0,00 1,00 0,00 0,00 0,00 1,00 0,00 0,00 2,00
Área Basal 0,00 0,05 0,00 0,00 0,00 0,24 0,00 0,00 0,29
DAP médio 0,00 24,51 0,00 0,00 0,00 55,7 0,00 0,00 40,11
Alt. Com.m 0,00 6,00 0,00 0,00 0,00 13,0 0,00 0,00 9,50
Vol. c/c/ha 7,15 25,26 30,20 48,1 58,7 51,6 17,4 20,8 259,3
Total N° árv./ha 186,0 191,0 82,0 51,0 31,0 19,0 4,0 3,0 567,0
Área Basal 2,239 5,632 5,750 6,36 5,96 4,99 1,42 1,53 33,91
TABELA 81 - Volume comercial com casca e número de árvores por hectare, classe de
diâmetro e qualidade do tronco
Cód Descrição 5- 15- 25- 35- 45- 55- 65- >75 Total
14,9 24,9 34,9 44,9 54,9 64,9 74,9
1 V 2.16 12.81 17.66 38.87 49.03 43.61 14.9 16.96 196.04
N 34.00 73.00 36.00 39.00 27.00 17.00 4.00 3.00 233.00
V 2.36 9.14 6.69 3.86 4.39 1.546 0.0 0.0 28.89
2
N 68.00 68.00 23.00 6.00 3.00 1.00 0.0 0.0 169.00
V 2.94 4.87 6.61 4.76 1.78 1.07 0.0 0.0 22.04
3
N 84.00 50.00 23.00 6.00 1.00 1.00 0.0 0.0 165.00
Sendo: V = Volume por hectare; N = Número de árvores por hectare, Cod.= Código da classe
de qualidade.
Nesse caso, tendo sido fixado um erro amostral menor que 10 %, seria necessário
levantar mais unidades amostrais, o que não foi realizado, aceitando-se, assim, o erro amostral
calculado de 14,2 %.
TABELA 82 - Espécies encontradas na regeneração natural com DAP < 5,0 cm. Cont.
TABELA 83 - Abundância das espécies encontradas na regeneração natural com DAP < 5
cm. Cont.
O inventário florestal realizado para as espécies arbóreas, com DAP igual ou superior
a 5 cm, acusou 567 árvores por hectare.
As freqüências observadas por unidade de área e classes de diâmetro foram ajustadas
por meio da equação de Meyer, expressa por:
ln Ni = 6,3049 - 0,06322 . di
q = 1,8817
331
Para uma estratégia de manejo em que se deseja uma área basal remanescente de 25
m2/ha, diâmetro máximo desejado de 50 cm e um Quociente de Liocourt de 1,4, os novos
coeficientes da equação de Meyer passam a ser:
b1 = -0,0336
G . 40000
____________________________
b0 = ln [ ]
π . (Σ Xi2 . e b1 . Xi )
25 . 40000
b0 = ln [ ____________________________]
π . 1484,8277
b0 = 5,3677
Com o mesmo procedimento acima, foi determinado, para valores de q igual a 1,6 e
1,8, diâmetro limite de 40 e 50 cm e área basal de 20 e 25 m2/ha, as freqüências balanceadas
que se encontram na Tabela 84.
Sendo: ICA = incremento corrente anual percentual em volume comercial com casca;
d= diâmetro à altura do peito, tomado à 1,30 m do nível do solo; ln = logarítmo neperiano.
ICA% = Σ Vi . ICi / Σ Vi
Sendo: ICA % = incremento corrente anual médio em volume comercial com casca
para a população, em percentagem; Vi = volume comercial com casca por hectare da classe de
diâmetro i; ICi = incremento corrente anual em volume comercial com casca da classe de
diâmetro i, em percentagem.
Para a estratégia de manejo visando redução da densidade para uma área basal de,
aproximadamente, 25 m2/ha, Quociente de Liocourt de 1,4, diâmetro máximo desejado de 50
cm e ciclo de corte de 14 anos, a taxa de corte é obtida pelo produto da intensidade de corte
pelo volume comercial com casca real, sendo obtido um valor de 99,0 m3/ha, distribuído em
60,8 m3/ha para Araucaria angustifolia e 38,2 m3/ha para as folhosas, conforme apresentada
na Tabela 86.
336
De acordo com o expresso na Tabela 86, a floresta tem capacidade de repor, num
período de 14 anos, a taxa de corte de 99,0 m3/ha, quando poderá ser realizada uma nova
intervenção de corte. Para isso, deve-se adotar os procedimentos técnicos silviculturais e de
exploração adequados para promover melhorias na estrutura da floresta e no mínimo a
manutenção do crescimento atual, obtendo-se, assim, a sustentabilidade de produção.
A taxa de corte de 99,0 m3/ha foi distribuída entre a Araucaria angustifolia e o grupo
de folhosas, procurando equilibrar o corte em função das freqüências balanceadas por classes
de diâmetro, conforme é apresentado na Tabela 87. Essa tabela pode ser apresentada para
cada unidade de produção ou para a população, dependendo da extensão da área da floresta e
da necessidade de controle a ser exercido pelo engenheiro responsável.
Nas classes de diâmetro inferiores ao diâmetro máximo desejado, os cortes foram
distribuídos somente para o subtotal, deixando como uma alternativa de decisão o corte de
Araucaria angustifolia ou grupo de folhosas, de acordo com o estado sanitário, posição
sociológica e qualidade do fuste das árvores, a ser visualizado no momento da marcação das
árvores para o corte.
6.1.1 Introdução
mais importante para o silvicultor, que pode fazer uso do desbaste para evitar as
conseqüências da competição excessiva e a permanência de indivíduos com má formação de
fuste.
A finalidade do desbaste é concentrar a produção, em termos de incremento, nas
árvores que constituirão o corte final ou as que serão aproveitadas nos desbastes comerciais.
Mediante os desbastes pode-se inverter o potencial produtivo do sítio para as árvores
de maior valor comercial e evitar sua dispersão em indivíduos indesejáveis ou de menor valor.
O desbaste consiste na manutenção da classe desejada de árvores e o número
apropriado destas por unidade de superfície em diferentes etapas do desenvolvimento
mediante a eliminação do resto. Isto inclui a seleção de árvores segundo suas características
de desenvolvimento e manutenção de um dossel mais ou menos uniforme, quer dizer, um
espaçamento mais ou menos uniforme (SINGH, 1968).
Segundo HILEY(1959), os experimentos sobre competição por água e sais minerais
têm demonstrado que, para uma produção mais econômica de madeira, as árvores devem estar
espaçadas mais amplamente que o de costume, quer dizer, que o espaçamento inicial deve ser
mais amplo e os desbastes mais fortes.
Para CRAIB(1947) na produção de madeira em plantações, os custos de produção são
muito afetados pelo espaçamento (densidade) e dependem: espaçamento inicial; mortalidade
natural; desbaste.
Estes fatores influem de uma maneira tão decisiva que em muitos métodos usados
produz-se madeira a custos maiores do que o permitido ou tolerável, devido a aplicação de
desbastes inadequados. O desbaste pode reduzir os custos de produção significativamente de
duas maneiras principais: mediante a redução da duração da rotação; mediante a produção de
material de maiores dimensões (tamanho).
Para cada espécie e para cada qualidade de sítio deve haver um regime ótimo de
desbaste, o qual permitirá que as árvores se desenvolvam satisfatoriamente, permitindo
produzir madeira da forma mais econômica possível.
A rentabilidade de um investimento depende altamente das épocas em que entram as
rendas e ocorrem os custos. Quanto mais cedo entra uma determinada renda maior a
rentabilidade do investimento, pois esta renda pode ser aplicada já em outro tipo de
investimento lucrativo. O contrário vale para os custos. Caso exista mercado para o material
de desbaste, pode-se, geralmente, aumentar a rentabilidade de um povoamento efetuando
342
desbastes cedo e pesados. Nos casos onde haja necessidade de investimento em infra-estrutura
viária, por exemplo, as vezes é vantajoso adiar o desbaste, até que o preço da madeira no
mercado cubra os custos da construção de estrada, exploração e transporte, permitindo ainda
um lucro satisfatório.
Os resultados obtidos após 50 anos de desbaste, tendo os cortes iniciados aos 31 anos,
com repetição a cada cinco anos, com alguns períodos ocasionais de quatro ou seis anos, em
povoamentos de Picea abies, na Suécia, encontram-se no Tabela 88 (DANIEL et al., 1982).
Mar:Muller de que, sob certos limites, o peso de desbaste não influencia o incremento em
volume do povoamento.
mbora a intensidade de desbaste contenha em si as informações relativas ao peso e a
periodicidade dos desbastes, tanto esse peso como periodicidade provocam efeitos sobre o
crescimento que são independentes da intensidade. Assim, quanto mais longo for o ciclo
maior o peso do desbaste, mais elevado será o risco de quebra de incremento, em
conseqüência de uma incompleta utilização do sítio, logo após a operação de desbaste.
SCHNEIDER et al.(1998) estudaram o efeito de diferentes intensidades de desbaste
sobre a produção Eucalyptus grandis (Hill) ex Maiden implantado no ano de 1981, em
espaçamento inicial de 3,0 x 2,0 metros, na região de Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul.
O experimento foi instalado em um delineamento de blocos ao acaso, com duas
repetições e quatro tratamentos. Os tratamentos foram definidos pela área basal mantida em
relação à testemunha, sem desbaste e caracterizados por::
T1 = Tratamento 1: Testemunha - sem desbaste;
T2 = Tratamento 2 : manutenção de 60% da área basal da testemunha;
T3 = Tratamento 3 : manutenção de 50% da área basal da testemunha;
T4 = Tratamento 4 : manutenção de 40% da área basal da testemunha.
Os desbastes por baixo foram realizados aos 96 e 124 meses. Observou-se que houve
grande perda de produção entre a testemunha, sem desbaste, e os tratamentos com
manutenção de 60%, 50% e 40% da área basal da testemunha (Tabela 89).
No tratamento com manutenção de 60% da área basal da testemunha ocorreu a menor
perda de produção, com cerca de 15,42 %, em relação a testemunha, coincidindo com o
menor peso do desbaste utilizado. Da mesma forma, para o tratamento com manutenção de
50% da área basal da testemunha, ocorreu uma perda de produção de 25,64 %, chegando a
29,24 % no tratamento com manutenção de 40 % da área basal da testemunha. Estes valores
encontrados indicam, até a idade de 189 meses, que para qualquer uma das situações de
desbaste houveram perdas de produção.
346
TABELA 89 - Comparação das médias de produção total, através do teste Duncan, e perdas
de produção nos tratamentos, aos 189 meses de idade, em Eucalyptus grandis.
TABELA 90 - Comparação das médias de diâmetro para os tratamentos, aos 189 meses de
idade, em Eucalyptus grandis
800 756,3 35
700 639,6 30
600 561,9
Produção Total (m 3/ha)
535,1 25
0 0
T1 T2 T3 T4
T r atam e n to s
400
350
300
250
N/ha
200
150
100 T1
T2
50
T3
0 T4
5 10 15 20 25 30 35
DAP (cm )
Por outro lado, ainda existe a influência do desbaste nas qualidades tecnológicas da
madeira, e um dos principais fatores é a densidade básica da madeira ou peso específico, já
analisados anteriormente. Pelo desbaste consegue-se anéis de crescimento mais largos. Em
várias pesquisas foi constatado que em coníferas os anéis mais largos estão correlacionados
com o peso específico menor. Porém, nestas pesquisas não foi considerado a idade em que os
anéis foram formados.
350
Na África do Sul, e mais tarde nos EUA, foi constatado que o peso específico não é
correlacionado com a largura dos anéis, mas sim com a idade em que o anel é formado. Nas
pesquisas anteriores, a idade não foi levada em consideração, os pesquisadores tomaram por
acaso anéis largos formados na juventude da árvore e anéis finos formados na idade adulta,
confundindo a correlação peso específico-idade com a correlação peso específico-largura do
anel.
A nova teoria peso específico-largura do anel pode ser explicada fisiologicamente, isto
é, o peso específico da madeira depende da percentagem de madeira primaveril e da madeira
outonal, pois quanto maior a percentagem de madeira outonal, maior o peso. Parece que as
árvores jovens iniciam o crescimento cedo na primavera e terminam, também, relativamente
cedo, enquanto árvores velhas iniciam e terminam o crescimento mais tarde, assim formando
maior percentagem de madeira outonal, o que significa um maior peso específico.
Parece que a discussão sobre as duas teorias ainda não está concluída. Porém, se a
nova teoria for correta, o que tudo indica, pode-se concluir que o desbaste não afeta o peso
específico da madeira, pois os anéis largos formados na idade "x" em conseqüência de um
desbaste pesado tem o mesmo peso específico como anéis finos formados também na idade
"x" num povoamento não desbastado. Portanto, a medida adequada para produzir madeira
com alto peso específico não é o desbaste leve, mas sim uma rotação longa. Aliás, em
pesquisas recentes com Pinus elliottii nos EUA não foi constatada nenhuma influência do
desbaste sobre o peso específico da madeira.
Tudo isto se refere somente às coníferas, contudo nas folhosas as condições são
diferentes. Deve-se diferenciar entre dois tipos de folhosas: com poros circulares e com poros
difusos. As folhosas com poros circulares produzem maior percentagem de madeira outonal,
quando crescem mais rápido. A madeira outonal é mais pesada e, por isso, a madeira crescida
rapidamente torna-se mais pesada do que uma em crescimento lento.
Pela teoria tradicional, nas espécies com poros difusos não existe correlação entre a
largura do anel e peso específico. Porém, esta teoria hoje é posta em dúvida por ensaios na
África do Sul com o gênero Eucalyptus, os quais revelam que o peso específico diminui com
anéis largos.
O peso específico da madeira é uma das mais importantes qualidades tecnológicas da
madeira, mas não a única. Outro fator importante é a superfície da madeira serrada. Uma
tábua de madeira com anéis finos geralmente apresenta uma superfície bem mais lisa e plana
351
que uma tábua de madeira com anéis largos. Este fato justifica para determinados fins, como
carpintaria, um preço mais elevado para madeira de anéis finos. Porém, para a maioria dos
usos da madeira de coníferas, a madeira de anéis largos de povoamentos desbastados
fortemente vale tanto quanto a de anéis fino de povoamento pouco ou não desbastados.
Quando se deseja produzir toras de Pinus elliottii com diâmetro médio de 45cm e com
anéis anuais regulares, em rotação igual ou menor que 30 anos, é necessário reduzir a área
basal no primeiro desbaste de 40m2/ha para 20m2/ha. Com isso, consegue-se um incremento
em diâmetro de 1,5 à 2,0 cm/ano (FISHWICK, 1976).
NICOLIELO(1991) apresenta o sistema de manejo florestal utilizado na Companhia
Agroflorestal Monte Alegre, em Agudos-SP., que têm como objetivo a produção de madeira
para fins nobres, obtida com desbastes mais freqüentes e de intensidades moderadas. Para isto
utilizaram desbaste mais seletivos, com sistematização somente para a estração da madeira. O
número de desbastes e a intensidade aplicadas em povoamentos de Pinus sp. podem ser
observados nos Tabelas 91 e 92.
TABELA 91 - Intensidade de desbaste para Pinus sp., em espaçamento inicial de 2,0 x 2,0 m
(NICOLIELO, 1991).
TABELA 92 - Intensidade de desbaste para Pinus sp., em espaçamento inicial de 2,5 x 2,0 m
(NICOLIELO, 1991).
Para determinação do peso do desbaste por este método é necessário definir o espaço
médio desejado após o desbaste. Para isto, é necessário conhecer a relação entre o espaço
horizontal e vertical médio do povoamento, podendo ser deduzir por:
Sendo: h100 = altura dominante de Assmann; EMD = espaço médio desejado, para após
o desbaste; S´% = índice de espaçamento relativo desejado.
356
Sendo: Ni/ha = número de árvores por hectare antes do desbaste; Np/ha = número
de árvores por hectare após o desbaste.
O índice de espaçamento relativo para Pinus elliottii foi determinado com base em
dados de experimento de intensidade de desbaste em função da área basal, definidos conforme
a Tabela 97.
C O E F I C I E N T E S
Tratamento r2 Syx%
b0 b1 b2
1,837109 11,683828 - 0,98502 0,9599
O tratamento T3, além de receber o maior peso de desbaste, com a densidade de 75%
da área basal, também não teve desbastes ativos a partir do ano de 1986, época em que o
povoamento contava com 16 anos, levando a redução do S%, o que ocorreu de forma distinta
da observada nos demais tratamentos (Figura 31).
GLUFKE et al. (1997) analisaram este experimento e constataram uma diferença entre
o incremento periódico do tratamento desbastado e o incremento da testemunha (perda de
incremento) para Pinus elliottii, sendo ajustada por regressão como função da relação entre a
área basal mantida nos tratamentos e a área basal máxima através da equação:
358
Estes resultados são apresentados na Figura 30, onde se observa a drástica redução do
incremento volumétrico com o aumento do peso de desbaste. Observa-se ser possível
controlar a perda em incremento em volume com o peso de desbaste praticado. A retirada de
cerca de 13% da área basal levou a uma perda de 5% da produção volumétrica ( área basal
crítica) e a retirada de 30% de área basal no desbaste levou a uma perda em volume de 11%.
Por outro lado, e o desbaste de 70% da área basal máxima conduz a perda de 39% do volume
potencial a ser produzido no sítio.
90
80
perdas em incremento [%]
70
60
50
40
30
20
10
0
0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1
G/Gmax
45
40
35
30
S% 25
20
15
10
5
0
10 15 20 25 30
alt. dom. (m)
S% = EM / h100 * 100
Sendo: h100 = altura dominante de Assmann; Gmant = área basal a ser mantida em
percentagem da testemunha sem desbaste.
PC = VC / cc
361
25
20
15 40%
S%
50%
10 60%
0
22 26
Altura dominante (m)
ER = VP . 1,0pcc
d) Intensidade de corte(IC):
IC = [1 - (1 / 1,0pcc)] . 100
quantidade mínima de madeira para ser econômico; do outro lado, a percentagem cortada não
deve afetar a estabilidade do povoamento nem afetar o incremento futuro;
b) Determinar a idade do primeiro desbaste através do incremento corrente anual em
diâmetro. Neste caso, toma-se como referência o diâmetro médio de área basal(dg) do
povoamento, na idade que ocorrer o ponto de máximo do incremento corrente em diâmetro
situa-se, a idade do primeiro desbaste;
c) Determinar a idade do primeiro desbaste através do índice de espaçamento relativo.
Quando o S% cair para valores inferiores a 18 % obtém-se a idade ótima do primeiro
desbaste, considerando Pinus elliottii e Eucalyptus sp.
Este caso visa produzir madeira numa mesma propriedade em uso múltiplo, ou seja
para processamento de fibras e mecânico. Neste caso, deve-se adotar regimes de desbaste
bem definidos que resultem produtos para ambos os usos, mas com a exigência de obtenção
de madeira de boa qualidade para o processamento mecânico.
Por outro lado, pode-se adotar regimes de desbastes diferentes para povoamentos
distintos em decorrência do sítio, para a produção de vários sortimentos simultaneamente, que
terão usos diferenciados. Para o caso de madeira para processamento mecânico, deve-se
preferencialmente selecionar aqueles talhões de melhor crescimento, homogeneidade e forma
de tronco das árvores, dentre outras características desejáveis na matéria-prima requerida.
367
Tomando como exemplo o Pinus taeda da região dos Aparados da Serra/RS. Para esta
região foi feita a classificação de sítios por SELLE (1993), para a espécie, conforme Figura
33.
FIGURA 33 - Curvas de índice de sítio para a espécie Pinus taeda L. da região de Cambará
do Sul, RS (SELLE, 1993).
A altura dominante foi estimada através da função ajustada para a espécie e região por:
A = IS / (1 - e-0,107145161.t) 1,620809677
Sendo IS = índice de sítio para o qual deseja-se calcular a assíntota (16 ao 28); t =
idade de referência (20 anos).
368
TABELA 101 - Tabela de produção para Pinus taeda L. para o índice de sítio 16.
TABELA 102 - Tabela de produção para Pinus taeda L. para o índice de sítio 18.
Idade Povoamento Remanescente Desbastes Produção Total
anos h100 hm dg N/ha G/ha f V/ha N/ha V/ha VAC V/ha IMA IPA
4 4,0 3,2 7,1 2000 7,92 0,724 18,36 18,36 4,59 4,59
8 9,0 7,9 11,3 1559 15,63 0,535 66,06 441 14,20 14,20 80,26 10,03 15,47
12 13,0 11,9 16,6 850 18,40 0,509 111,45 709 70,65 84,85 196,30 16,36 29,01
16 16,0 14,9 21,5 850 30,86 0,487 224,11 84,85 308,96 19,31 28,16
369
TABELA 103 - Tabela de produção para Pinus taeda L. para o índice de sítio 20.
TABELA 104 - Tabela de produção para Pinus taeda L. para o índice de sítio 22.
TABELA 105 - Tabela de produção para Pinus taeda L. para o índice de sítio 24.
TABELA 106 - Tabela de produção para Pinus taeda L. para o índice de sítio 26.
TABELA 107 - Tabela de produção para Pinus taeda L. para o índice de sítio 28.
Sendo: IPA = incremento periódico anual; IMA = incremento médio anual na idade em
questão; VAC = volume acumulado do desbaste na idade em questão; --- = classes de idade
com estimativas da densidade real inicial, devido a falhas e mortalidade.
6.2.1 Introdução
A desrama consiste na remoção de ramos dos fuste das árvores. Porém para obter
grandes incrementos é necessário copas relativamente grandes, o que implica em maior
quantidade e tamanho de ramos, que origina uma maior quantidade e tamanho de nós na
madeira no fuste. Igualmente, é de conhecimento que existe uma relação estreita entre o
tamanho da copa, profundidade e incremento volumétrico.
Em geral, as madeiras de espécies de florestas naturais possuem melhor qualidade do
que quando as plantadas, porque estas crescem em regime de intensa competição. Como
conseqüência dessa competição as árvores desenvolvem anéis de pequena espessura, com
menor incidência de nós, de menor diâmetro e mais curtos, porque existe uma menor distância
entre as árvores, o que dificulta a formação de galhos compridos e grossos.
Devido a estes aspectos, os silvicultores já tentaram imitar a natureza, procurando
utilizar espaçamentos menores no momento do plantio. Porém, mais tarde, descobriu-se que
não é somente o espaçamento que determina a formação de galhos nas árvores, mas também a
fertilidade do solo. Uma maior fertilidade do solo determina a formação de galhos mais
grossos, mesmo em espaçamento mais reduzidos, com o 2 x 2 metros.
Os principais objetivos das desramas são: produzir madeira de melhor qualidade,
livre de nós; dar acesso às marcações e desbastes; reduzir os riscos dos danos causados pelo
fogo; e diminuir os custos de exploração. Porém, segundo AARON(1969), o objetivo usual da
desrama em plantações florestais é melhorar as propriedades físicas da madeira serrada,
371
A desrama deve ser realizada quando os ramos ainda estiverem verdes, fazendo com
que o nó fique persistente, o que não acontece com nó resultante da desrama de galho seco.
Quando se pretende um cerne nodoso pequeno, é necessário desramar em duas ou em três
etapas, para evitar o corte excessivo da copa viva em qualquer altura, aumentando o custo da
desrama de um dado comprimento de tronco (ASSMANN, 1970).
A influência da remoção de galhos vivos na produção de madeira e na redução da
forma do fuste, é inversa ao efeito do desbaste. O desbaste do povoamento estimula o
crescimento do câmbio na base das árvores, enquanto a desrama tende a inibir o crescimento
nesta posição, concentrando-o na parte superior do tronco. Assim, a desrama tende a reduzir a
forma do tronco, cuja intensidade de redução depende da severidade da mesma. As desramas
entre 30 a 40 % da altura total das árvores são consideradas como a de melhor intensidade,
por outro lado remoções maiores levam a diminuição da produção de madeira (KOZLOWSKI
et al., 1990).
FISHWICK(1977) afirmou que as pesquisas têm demonstrado que 30 % da copa
viva pode ser removida em uma poda programada sem redução do incremento em volume da
árvore. No entanto, SHERRY(1967) encontrou que com uma poda de 33 % da copa viva de
todas as árvores de um povoamento de Pinus patula, na África do Sul, houve uma pequena
perda de incremento volumétrico em relação as parcelas não podadas, com recuperação após
372
15 meses, o que não se verificou com a remoção de 50 % da copa viva. Diz ainda, que este
efeito varia segundo a espécie, sendo o Pinus elliottii mais tolerante do que o Pinus patula.
Os efeitos da eliminação dos ramos vivos menores sobre o crescimento dependem
da sua contribuição total para a produção de carbohidratos. Nos povoamentos fechados, os
ramos inferiores das árvores não tolerantes tendem a fotossintetizar de modo pouco eficiente,
devido aos baixos níveis de intensidade luminosa que recebem.
A poda deve ser realizada ainda quando os ramos forem verdes o que faz com que
quando a madeira for trabalhada o nó fique persistente, isto não acontece com o nó resultante
da poda do galho seco.
Pretendendo-se obter um cerne nodoso pequeno é necessário podar em duas ou três
etapas, para evitar o corte excessivo da copa viva em qualquer altura, o que aumentam o custo
da poda de um dado comprimento de tronco. Para as podas no início da rotação, os custos
acumulam-se a juro composto num longo período, enquanto que, as podas tardias reduzem o
custo até determinada altura, pois podem ser feitas numa só operação sem retirar uma
proporção demasiadamente grande de copa viva e, ainda, porque encurtam o período dentro
do qual acumula-se o custo.
Este aumento da quantidade de madeira sem nós e limpa assume uma importância
direta somente se for acumulada na classe de maior qualidade, por possuir maior valor
econômico.
A escolha das árvores a podar é análoga às classes de produtividade, no sentido de
que é mais provável que uma árvore mais vigorosa na altura ao ser desramada produza um
maior volume de madeira isenta de nós do que uma árvore menor.
O número de árvores a podar deve corresponder ao número que se quer no final da
rotação ou, com segurança, podar um número maior, na expectativa de que algumas das
árvores podadas possam vir a ser removidas em desbastes antes da altura do corte final.
A desrama é uma prática recomendada pelos serviços florestais de vários países,
baseada em pesquisas com objetivos específicos. Nos Estados Unidos, em geral, em Pinus sp.
a desrama é limitada a 300 até 400 árvores por hectare, devido aos elevados custos, realiza-se
em duas etapas: a primeira, quando as árvores tiverem atingido altura de 5 metros, são
removidos os galhos inferiores até a altura de 2,4 metros; a segunda é realizada quando as
árvores atingirem de 10 a 12 metros de altura, o corte dos galhos prossegue até uma altura de
5,0 metros (JOHNSTON et al., 1977).
373
podados o DOS é definido pelo diâmetro sobre o primeiro verticilo, que normalmente ocorre a
uma altura abaixo de 1 metro. A segunda poda deve ser realizada quando o diâmetro do
verticilo remanescente atingir o valor do DOS fixado.
A altura da desrama atinge um valor em torno de 7 metros. Em média a primeira
desrama atinge uma altura de 2,5 metros. É recomendado que esta altura de desrama nunca
ultrapasse o valor de 40 a 45 % da altura total das árvores. As desrama efetuadas com altura
superior a estes percentuais provocam efeitos negativos no crescimento futuro das árvores do
povoamento. Estas observações devem ser levadas em consideração em todas as desramas
subseqüentes, observando para cada árvores os critérios de 7 metros de fuste limpo e o
percentual de altura a ser desramado em cada operação de 40 a 45% da altura total.
O diâmetro sobre o verticilo em qualquer altura da árvore é estimado com acuracidade
através da seguinte equação:
HT − DH
Sendo: X = DAP * ; HT = altura total, em metros; DH = altura de ocorrência
HT − 1,4
do diâmetro sobre o verticilo DOS (m); DM = máximo diâmetro de galhos ou diâmetro sem
casca do maior galho em que ocorre o diâmetro sobre o verticilo, medido sobre o galho
podado (mm); DAP = diâmetro à altura do peito, em centímetro.
Na Figura 34 é ilustrada a posição de medição das variáveis em cada uma das árvores
do povoamento.
FISHWICK(1977) formulou um programa de poda para Pinus elliottii, com o
objetivo de obter toras com cerne nodoso com diâmetro controlado de 10 e 15 cm. Salienta
que os dados não devem ser tomados como definitivos, uma vez que as variações de espécies,
características fenotípicas do material, locais de plantio e espaçamentos utilizados podem
afetar os índices de crescimento das espécies, acarretando consequentemente alterações nos
resultados apresentados.
Para a obtenção de madeira com a presença de nós dentro do limite de 10 cm, com
tora de 7 metros, o autor sugere que o programa de poda seja iniciado quando a altura das
árvores selecionadas, em número recomendável de 500 árvores por hectare, atingirem uma
média de 5-6 m (aproximadamente aos 4 anos de idade) e o DAP de 10 cm. As podas devem
obedecer os seguintes critérios, conforme mostra a Figura 35:
375
Por outro lado, para a obtenção de madeira com presença de nós dentro do limite de
15 cm e toras de 7 m, a poda deve ser iniciada quando a altura das 500 árvores selecionadas
atingirem uma média de 9-10 m (aproximadamente aos 6-7 anos de idade) e o DAP de 15 cm,
as podas devem obedecer aos seguintes requisitos:
376
grande dominância apical do E. saligna e à pouca idade das árvores neste experimento, houve
a recuperação da dimensão da copa das árvores com o crescimento em altura já no primeiro
ano após a execução da desrama. A desrama em árvores com altura em torno de 11,0 m
permite obter, em uma única operação, troncos livres de nó até 8,8 m sem prejuízo do
crescimento da árvore. Os resultados indicaram ser possível aplicar a desrama na intensidade
de até 80% da altura total sem prejuízo ao incremento (FINGER et al., 2002).
Foram observadas diferenças de crescimento em diâmetro, altura e volume já no ano
de instalação dos tratamentos de desrama, decorrente da grande diferença nas dimensões das
copas. Entretanto, já no primeiro ano, verificou-se a recuperação da dimensão da copa das
árvores desramadas decorrente do crescimento em altura. Por outro lado, ocorreu a redução da
área de copa verde nas árvores não desramadas, decorrente da morte natural dos galhos
devido à redução da luminosidade no interior da floresta, vindo a homogenizar a dimensão
das copas nos tratamentos com desrama e sem desrama.
Estes resultados mostram que, embora tenham sido retirados diferentes quantidades de
copa nos tratamentos, a espécie não sofreu redução de crescimento, recuperando, com o
crescimento em altura, a parte da copa necessária para seu desenvolvimento pleno, conforme
se observa nas médias de altura apresentadas na Tabela 108.
Nas Figuras 36, 37 e 38 podem ser visualizados, respectivamente, o crescimento
verificado para o diâmetro à altura do peito, altura e volume por hectare, para cada
tratamento, nas idades de 3, 4 e 5 anos de idade da floresta. A análise destas figuras mostra
que não houve efeito dos tratamentos sobre o crescimento em diâmetro, o que também ficou
indicado estatisticamente. A pequena superioridade do tratamento com 40% de desrama (0,6
mm no ano) pode estar associada a maior mortalidade ocorrida neste tratamento, o que gerou
espaço entre árvores um pouco maiores.
Quanto ao volume, a Figura 38 mostra a mesma tendência observada para altura, ou
seja: valores de volume ligeiramente superiores no tratamento sem desrama e volumes iguais
nos que sofreram desrama. Nos dois casos os resultados podem estar sendo influenciados pela
pequena diferença na mortalidade de árvores, ocorrida ao acaso, dentro das repetições de igual
tratamento.
378
TABELA 108 – Médias das variáveis diâmetro, altura e volume/ha para as quatro
intensidades de desrama, em três anos consecutivos.
Os resultados obtidos são de grande importância prática, pois indicam ser possível
retirar, em uma única operação de desrama, os galhos de árvores jovens de E. saligna até a
altura correspondente a 80% da altura total da árvore, sem prejuízo de seu crescimento em
diâmetro, altura e volume.
379
16
14
sem
12
d e s ra m a
10
40%
d(cm)
6 60%
4
80%
2
0
2 3 4 5
id a d e ( a n o s )
25
20
15 sem
des ram a
h(m)
40%
10
60%
5
80%
0
2 3 4 5
id a d e ( a n o s )
250
200
60%
50
80%
0
2 3 4 5
id a d e ( a n o s )
350
300
250
Produção 200
(m3/ha) 150 11 anos
13 anos
100
50
0
SD DS 40% 50% 60%
Intensidade de Desrama
A comparação das médias dos tratamentos pelo teste de Duncan (sob efeito dos
desbastes) demonstrou que foi produzido pela testemunha (SD) 333,2 m3/ha, não diferindo do
tratamento com desrama dos ramos secos com 317,6 m3/ha. Porém, ambos os tratamentos
diferiram significativamente dos tratamentos com desrama de 40 % da altura total das árvores
(297,1 m3/ha); de 50 % (289,9 m3/ha); e de 60%, (286,2 m3/ha). Por outro lado, estes três
tratamentos não diferiram estatisticamente entre si .
c) Diâmetro
A análise de variância dos diâmetros obtidos nos tratamentos, aos 11 anos de idade,
demostrou a existência de diferença significativa entre as diferentes intensidades de desrama,
a uma probabilidade de 0,0043 (Prob.>F), para um F calculado de 9,23.
A comparação das médias dos diâmetros, aos 11 anos de idade, feita com o teste de
Duncan, ao nível de 5 % de probabilidade, demonstrou que a testemunha sem desrama, não
diferiu do tratamento com desrama dos ramos secos, mas diferiu dos demais tratamentos com
40%, 50 % e 60 % da altura total desramada, porém estes não diferiram entre si. Por outro
lado, o tratamento com desrama seca não diferiu do tratamento com desrama de 40 % da
altura total.
384
18,5
18
17,5
17
16,5
Diâmetro
16
(cm) 11 anos
15,5
15 13 anos
14,5
14
13,5
SD DS 40% 50% 60%
Intensidade de Desrama
Na Tabela 109 é apresentada uma síntese dos parâmetros dendrométricos obtidos nos
tratamentos testados, como o diâmetro médio, volume atual por hectare, volume do desbaste
por hectare, produção total por hectare e o incremento médio anual (IMA), em metros cúbicos
por hectare por ano, aos 11 anos de idade, bem como a comparação das médias pelo teste
Duncan, ao nível de 5 % de probabilidade.
385
TABELA 109 - Parâmetros obtidos nos tratamentos de desrama em talhões de Pinus elliottii
Engelm., aos 11 e 13 anos de idade
11 anos 13 anos
Tratamentos DAP Produção IMA DAP Produção IMA
3 3 3
(cm) (m /ha) (m /ha) (cm) (m /ha) (m3/ha)
T1:Testemunha sem desrama 16,8 a 263,5 a 23,9 18,3 a 333,2 a 25,6
T2: Desrama dos ramos seco 16,3 ab 245,1 a 22,2 17,4ab 317,6 ab 24,4
T3: 40% 15,9 ac 231,5 c 21,0 17,4 b 297,1 bc 22,8
T4: 50% 15,5 c 225,5 c 20,5 16,7 c 289,9 c 22,3
T5: 60% 15,3 c 211,6 c 19,2 16,4 c 286,3 c 22,0
Sendo: DAP = diâmetro à altura do peito; IMA = incremento médio anual.
Uma forma prática que pode ser usada para diminuir os custos da poda consiste em
empregar um método adequado para o primeiro desbaste, como o sistemático em linhas, ou
seja, eliminando uma em cada três linhas, com a vantagem de não necessitar a marcação das
árvores. Isto é vantajoso, pois a produção total em volume não sofre alterações e a escolha das
árvores para o final da rotação não se restringe desnecessariamente. Com isto a própria queda
das árvores desbastadas provoca uma limpeza do fuste das árvores remanescentes e a prática
da poda seria, então, executada somente naquelas árvores remanescentes do primeiro
desbaste, escolhidas para a rotação final, diminuindo os custos desta atividade
consideravelmente.
Para se ter uma idéia dos custos desta atividade silvicultural, segundo
NICOLIELO(s.d.), para as condições da Companhia Agroflorestal Monte Alegre, de Agúdos-
SP, os rendimentos operacionais médios de poda por árvore/homem/dia variam
consideravelmente com a altura da poda e número de árvores a serem podadas, como pode ser
observados no Tabela 110.
6.3.1 Introdução
A tomada de decisão com relação à substituição envolve uma série de fatores e nem
sempre o aspecto econômico predomina. Nas empresas verticalizadas tende-se a aferir o
retorno do investimento apenas no produto final. Deste modo, todas as etapas antecedentes,
inclusive, a produção florestal, passam a ser encaradas, apenas, como um ítem na estrutura de
custos e a preocupação maior é com a redução de custo destas operações e, não tanto, com
maior ou menor rentabilidade de cada projeto isoladamente.
Face a isto, na empresa Duratex, por exemplo, a decisão em termos técnicos ou
estratégicos, normalmente, indica substituição com base em uma análise das seguintes
premissas:
390
e) O custo de substituição é menor que o custo do plantio original, uma vez que
alguns custos, como os de abertura de estradas, aceiros e construção de cercas não se repetem.
Em seu estudo para desenvolver um modelo teórico a fim de decidir o momento ótimo
de substituir povoamentos florestais, SILVA(1990), considerou os seguintes casos:
a) Ciclo terminal: É o caso onde a empresa deseja abandonar uma área ou um projeto.
isso pode acontecer quando a empresa planta em áreas alugadas e limita seu planejamento a
um único ciclo produtivo, por exemplo. O momento ótimo de cortar pela última vez o
povoamento é quando o valor atual dos custos variáveis for igual ou maior ao valor atual das
receitas.
b) Substituição parcial: Mantém-se a pressuposição de que a análise termina quando
o último corte do povoamento é feito. A empresa pode substituir parcialmente um
povoamento, o que pode acontecer devido à baixa produtividade de alguns talhões dentro do
projeto.
392
surge a partir do aumento gradativo nos preços de terras utilizadas para o plantio de florestas,
tornando necessário a empresa obter uma produtividade maior em uma mesma área, deixando
como última opção o investimento em novas terras.
A importância do progresso tecnológico ao longo da história do setor florestal não
pode ser negada. Desconsiderar os ganhos proporcionados pela tecnologia é incorrer em erro.
O caso do aumento da produtividade, que na década de 60 era de 10 st/ha/ano e em 1990 já
alcançava 40 st/ha/ano é uma confirmação dessa importância. Outro exemplo clássico foi a
redução dos custos de implantação neste mesmo período, que passou de US$ 1800,00/ha para
US$ 600,00/ha.
A avaliação econômica de um projeto é feita com base nos custos e receitas que
ocorrem ao longo de sua vida útil. Geralmente os projetos podem ser convencionais e não-
convencionais. Convencionais são aqueles que sofrem apenas uma mudança de sinal em seus
fluxos de caixa, neles as receitas líquidas mudam de negativas para positivas e assim
permanecem até o final. Um caso particular de projeto convencional acontece quando a
mudança de sinal ocorre no primeiro período de tempo após seu início, neste caso ele é
chamado de projeto de investimento simples. Os chamados projetos não-convencionais são
aqueles onde há mais de uma mudança nos sinais das receitas líquidas em seus fluxos de
caixa, como é o caso dos reflorestamentos com eucaliptos onde são efetuados 3 cortes
(REZENDE & OLIVEIRA, 1993).
Diversos são os critérios utilizados para se estudar a viabilidade econômica de projetos
e sua seleção, não havendo consenso entre os autores sobre o melhor. Basicamente são
divididos em critérios que não consideram o valor do capital no tempo e critérios que
consideram o valor do capital no tempo.
Razão Receita média/Custo: Este método utiliza a razão entre a média aritmética das
receitas que ocorrem durante a vida útil dos projetos e os custos para apontar o melhor, sendo
escolhido o de maior razão positiva.
A vantagem desse critério é considerar o tempo de ocorrência das receitas. Suas
limitações ocorrem por não considerar o valor do capital no tempo e a ordem de ocorrência
das parcelas (REZENDE & OLIVEIRA, 1993).
Os critérios apresentados até aqui são, em geral, utilizados para projetos que não vão
além do curto prazo. Para FARO(1972), tais critérios podem inferir em resultados
inconsistentes por desconsiderarem taxas de juros positivas. REZENDE & OLIVEIRA(1993)
consideram que para o setor florestal tais critérios são desaconselháveis, principalmente pelo
setor apresentar projetos de longo prazo e altas taxas de juros.
Valor Presente Líquido (VPL): O critério do Valor Presente Líquido (VPL) consiste
em trazer para o ano zero do projeto todos os valores constantes no seu fluxo de caixa e
subtrair as receitas das despesas. Algebricamente tem-se:
VPL = Σ R j (1 + i ) -j
- Σ C j (1 + i ) -j
Para se avaliar a viabilidade de um projeto pelo VPL basta que o mesmo seja positivo.
Em caso de mais de um projeto, o de maior VPL deverá ser escolhido.
CONTADOR(1996) diz que o critério do VPL é rigoroso e isento de falhas, o que lhe
confere credibilidade.
REZENDE & OLIVEIRA(1993) chamam a atenção para um problema relacionado ao
uso do VPL, o valor da taxa de desconto. Esta observação é considerada por ser o VPL muito
sensível à mudanças nas taxas de juros, desconsiderar este fato pode causar erros na seleção
de projetos.
Outra observação importante diz respeito à duração dos projetos. Se os projetos
comparados apresentam o mesmo horizonte de planejamento o melhor será o que apresentar
maior VPL. Se os horizontes de planejamento forem diferentes, deve-se aplicar um método
que os equiparem antes da seleção.
Σ A j (1 + i * ) -j
= 0
ou
Σ R j (1 + i * ) -j
- Σ C j (1 + i * ) -j
= 0
A viabilidade dos projetos é considerada nos casos onde a TIR é maior que a taxa de
juros vigente no mercado.
FARO(1972) faz considerações sobre a natureza dos projetos. Quando se trata de
projetos convencionais a TIR é única. No caso de projetos não-convencionais pode ocorrer
mais de uma taxa.
A grande vantagem no uso da TIR é não precisar de informações externas ao projeto,
sendo necessário somente conhecer seu perfil e ter idéia da taxa de juros vigente no mercado
(CONTADOR, 1996).
B ( C )PE =
VPL [ (1 + i) t - 1 ] (1 + i ) nt
(1 + i ) nt - 1
De acordo com REZENDE & OLIVEIRA(1993), o CMPr é dado pela relação entre o
custo total atualizado e a produção total equivalente, sendo necessário converter os valores
para um mesmo período de tempo. Algebricamente tem-se:
Σ CT j
CM Pr =
Σ QT j
Sendo: CMPr = custo médio de produção; CTj = custo total anual; QTj = quantidade
total produzida; n = duração do investimento; j = período de tempo em que os custos e as
quantidades produzidas ocorrem.
Para a transformação do volume comercial cúbico sem casca em estéreo, foi utilizado
o fator de empilhamento de 1,49.
TABELA 111 - Produção média (st sc/ha) por índice de sítio e área basal, em povoamento
de Eucalyptus saligna, primeiro ciclo, aos sete anos de idade.
Índice Área Basal (m2/ha)
de Sítio 10 14 18 22 26 30 34
20 90,1 124,6 158,7 192,5 226,0 259,4 292,6
22 98,8 136,5 173,9 211,0 247,8 284,3 320,6
24 107,4 148,4 189,1 229,3 269,4 309,2 348,7
26 116,1 160,3 204,3 247,8 290,8 333,9 376,7
28 124,6 172,2 219,3 265,9 312,4 358,5 404,5
30 133,2 184,0 234,4 284,3 333,9 382,2 432,2
32 141,7 195,8 249,4 302,5 355,2 407,7 459,8
34 150,2 207,5 264,3 320,6 376,7 432,2 487,5
36 158,7 219,3 279,4 338,8 397,8 456,7 515,1
TABELA 112 - Produção média (st sc/ha) por índice de sítio e área basal, em povoamento
de Eucalyptus saligna, segundo ciclo, aos sete anos de idade.
Índice Área Basal (m2/ha)
De Sítio 10 14 18 22 26 30 34
20 87,3 122,8 158,2 193,7 229,5 265,1 300,8
22 96,2 135,1 174,2 213,4 252,5 291,9 331,2
24 105,0 147,5 190,3 232,9 275,8 318,7 361,6
26 113,8 160,0 206,2 252,5 299,0 345,5 392,0
28 122,8 172,4 222,3 272,2 322,3 372,3 422,6
30 131,6 184,9 238,2 291,9 345,5 399,2 453,0
32 140,5 197,3 254,3 311,6 368,8 426,1 483,5
34 149,3 209,8 270,4 331,2 392,0 452,9 514,0
O custo de cultura da substituição foi composto pelos custos gerais que ocorrem no
ano de implantação mais os custos de manutenção do povoamento, até um ano antes da
rotação.
Os custos operacionais na atividade de substituição foram agrupados em três classes,
cujos valores médios são apresentados no Tabela 114.
As classes de custo foram definidas por atividade de preparo do solo, como segue:
a) Classe A: arado + gradagem leve.
b) Classe B: arado reformador ou escarificador.
b) Classe C: escarificador + gradagem leve.
400
O custo de cultura na condução da brotação foi composto pelos custos gerais das
atividades silviculturais, iniciadas logo após o corte raso, seguido de outros custos até um ano
antes da rotação.
As atividades silviculturais gerais e seus custos médios estão apresentados na Tabela
115. Neste, os custos médios diferem nos anos iniciais do período de rotação, em relação aos
demais, devido à operação de combate à formiga, desbrota e rebrota.
Momento Custo
Tipo de Operação
(ano) (US$ /ha)
0 Manutenção 44,0
1 Desbrota e manutenção 57,8
2 Redesbrota e manutenção 23,4
3 Manutenção 17,2
4 Manutenção 17,2
5 Manutenção 17,2
6 Manutenção 17,2
401
A remuneração anual do capital terra (b) foi obtida pela descapitalização do valor da
terra por unidade de área (B). Este valor, eventualmente, pode ser substituído pelo custo anual
do arrendamento de um hectare de terra.
O valor da terra (B) foi considerado constante para ambas as alternativas silviculturais,
assumindo o valor de transação corrente no mercado de US$ 686,7/ha.
O preço corrente da madeira em pé foi considerado de US$ 7,74 por estéreo sem
casca, para uma distância máxima de 100 km da fábrica.
Justifica-se o uso do preço da madeira em pé uma vez que os custos de exploração e
transporte são iguais para ambas as alternativas silviculturais, não sendo, portanto, necessário
considerá-los na tomada de decisão.
A taxa de juro, para a determinação da rotação financeira e valor líquido presente, foi
fixada em 8% a.a. para ambas as alternativas silviculturais.
402
SPEIDEL(1967) cita vários métodos que podem ser utilizados para definir a grandeza
da rotação, que variam de acordo com o objetivo de maximização das rendas da empresa.
Desses métodos foi utilizada a rotação financeira, determinada através da Fórmula de König,
modificada para o problema, sendo representada pela seguinte expressão:
Sendo: B = valor da produção do solo; Ar = valor do corte final por hectare; C = custo
do corte final por hectare; Mi = custo de manutenção no ano i, por hectare; V = capital dos
custos de administração, V = v/0,0p; v = custo anual de administração por hectare; p = taxa de
juro subjetiva; r = rotação; i momento da manutenção.
Sendo: t = capital dos custos da terra, T = t/0,0p; t = custo anual do capital terra.
No caso, o Valor Líquido Presente das alternativas silviculturais foi avaliado por
índice de sítio, classes de área basal e classes de custo de substituição.
Em cada índice de sítio, foi determinada a área basal mínima que conseguisse
equilibrar as despesas e receitas, à taxa de juro de 8% a.a. Estas áreas basais determinam o
valor mínimo da produção para que a floresta passe a ser economicamente rentável, nas
respectivas alternativas silviculturais e classes de custos considerados.
403
Nos Tabelas 118, 119 e 120 encontram-se os valores líquidos presentes para a
substituição para as classes de custo A, B e C, respectivamente. Estas encontram-se
estruturadas por índice de sítio, classe de área basal e área basal mínima, para cada tipo de
preparo do solo.
Para as três classes de custo a área basal mínima comportou-se de maneira
inversamente proporcional à qualidade do sítio, mas com grandezas ligeiramente
diferenciadas. A área basal mínima, para a atividade de substituição, é diretamente
proporcional à classe de custo, ou seja, para uma classe de custo mais dispendiosa é
necessária uma produção maior do povoamento.
Nos resultados obtidos para as duas alternativas silviculturais verifica-se que a área
basal mínima para a substituição é superior à da condução da brotação, o que é facilmente
justificado pelos maiores custos da substituição, em qualquer das situações analisadas,
podendo ser observado na Tabela 122 e Figuras 41 a 43
410
FIGURA 41 – Representação da área basal por índice de sítio para condução da brotação e
substituição com classe de custo “A”, em Eucalyptus saligna
A superfície delimitada pelas curvas de área basal crítica e mínima, para a condução
da brotação e à direita da ordenada pontilhada, quando esta existir, indica valores líquidos
presentes positivos para substituição e condução da brotação. No entanto, nestas condições, os
valores líquidos presentes para substituição foram maiores que os valores líquidos presentes
da condução da brotação, indicando que, embora a condução da brotação seja rentável, a
substituição do povoamento é economicamente mais recomendável.
412
FIGURA 42 – Representação da área basal por índice de sítio para condução da brotação e
substituição com classe de custo “B”, em Eucalyptus saligna
FIGURA 43 – Representação da área basal por índice de sítio para condução da brotação e
substituição com classe de custo “C”, em Eucalyptus saligna
Para a utilização das áreas basais mínimas ainda é necessário o conhecimento das
condições dos povoamentos, no momento do corte, avaliadas a partir do inventário pré-corte.
Estas informações resumem-se em idade, altura dominante e área basal do povoamento. A
idade e altura dominante auxiliam na determinação dos índices de sítio, que associados à área
basal permitem a obtenção da produção.
É importante considerar que a queda de produtividade das brotações constitui-se no
fator mais importante na decisão da substituição de um povoamento, ou em muitas situações,
depende do critério econômico e da taxa de juros usados.
No processo de análise econômica, o horizonte de planejamento pode ter certa
influência na decisão da melhor alternativa silvicultural a adotar. Isto depende da forma de
414
muitas vezes faz-se somente as recomendações para estradas existentes, com respeito a
alargamento da estrada, aumento do raio das curvas para transporte de madeira comprida,
melhorar as valetas, diminuir erosão, etc.
No planejamento de estradas deve-se observar o seguinte:
a) Quando tratar-se de construção de estradas de forma extensa, deve-se elaborar um
projeto separado. No planejamento previsto no plano de manejo deve-se colocar, em anexo ao
plano geral, o planejamento de estradas, com o mapa, do projeto de estradas e os cálculos
necessários.
b) Quando se tratar de estradas de menor extensão, e de importância secundária, estão
deve-se fazer somente de forma descritiva, assinalando no mapa a localização, para talhão e
classes de aproveitamento.
c) Deve-se sempre indicar no plano de manejo uma descrição geral da rede de estradas
existentes dentro da área, que se refere a qualidade, melhorias e manutenção necessárias.
Porém, para garantir o regime sustentado deve existir uma certa relação entre os
volumes por classes de idade (floresta de alto fuste) ou de classes de diâmetro (floresta
plenterwald). Por isto, o estoque de reserva deve possuir uma relação racional com o total
existente na classe de manejo.
A regulação de excesso ou falta de estoque se faz melhor através de métodos de
diminuição de volumes levantados, por exemplo, diminuição de 5 % do estoque real na
natureza.
povoamentos de Pinus elliottii, manejados em sistema de alto fuste para produção de madeira
de vários sortimentos.
No presente caso foi tomado por base uma empresa que possui 4.000 ha de plantações
de acácia-negra e produz anualmente 700 toneladas de tanino, sendo que sua unidade
A empresa necessita saber se terá estoque de casca e madeira suficientes para garantir
um contrato, além de manter o seu atual nível de produção, uma vez que possui contratos
Além da área própria, a empresa conta com mais 2.000 ha de floresta pertencentes a
terceiros, que possuem contratos de parceria com a empresa. Esses contratos de parceria
prevêem que a empresa. deve comprar ao final de no máximo 10 anos, no mínimo 50% do
próprias da empresa e de terceiros, sendo os resultados apresentados nas Tabelas 123 e 124.
421
Considerando-se que a idade de rotação definida pela empresa para todos os sítios é de
mais ou menos 7 anos, faz-se uma projeção em relação a produção de casca e madeira,
realizando-se a simulação do corte raso nesta idade. Para os povoamentos com idades
superiores a 7 anos, o corte foi programado para o primeiro ano no período de planejamento
(2001).
Deve-se destacar que nas áreas de terceiros o volume considerado foi de apenas 50%
da produção total, de acordo com o contrato de parceria, existindo a possibilidade dos
parceiros disponibilizarem um volume superior ao estabelecido no contrato.
A Tabela 125 mostra o cronograma de realização dos cortes e as Figuras 44 e 45
mostram o fluxo de produção, considerando as áreas próprias e de parceiros na idade de
rotação utilizada pela empresa..
TABELA 125 - Cronograma de realização dos cortes nas áreas próprias e de terceiros,
considerando uma idade de rotação de 7 anos, em hectares.
Local 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Vila Caibaté 135
Três Forquilhas 308
Espumoso 51
Capão Bonito 430
Coxilha Rica 528
Cerro Branco 98
Rincão dos Peludos 421
Fazenda Cadeia 604
Cascavel 756
Fazenda do Cerro 350
Fazenda do Coqueiro 319
Arlindo Flores 73
Bill Pinton 10
Justiniano Moraes 32
Juca Santos 27
Afonso Camargo 19
Antoninho Costa 53
Miro Silva 61
Martimiano Peleti 34
Hilbebrando Pascoal 152
Nicolau S Neto 214
Luis Estevão 113
Ibsem Pinheiro 96
Anselmo Boligoi 7
Jõao Alves 234
Nicéia Cardoso 15
Georgina Caldas 28
Lino Oviedo 67
Antonio Schmith 311
Carlos Hussein 251
Pedro Arafat 120
Paulo Milosewich 83
423
60000
50000
40000
Casca (ton)
30000
20000
10000
0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Ano
FIGURA 44 - Fluxo de produção de casca verde para uma idade de rotação de 7 anos.
250000
200000
Volume (m3)
150000
100000
50000
0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Ano
FIGURA 45 - Fluxo de produção de madeira sem casca para uma idade de rotação de 7 anos.
TABELA 126 - Cronograma equilibrado de realização dos cortes nas áreas próprias e de
terceiros, com respectivas áreas de corte. em hectares
Local 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Vila Caibaté 42 93
Três Forquilhas 308
Espumoso 51
Capão Bonito 430
Coxilha Rica 528
Cerro Branco 98
Rincão dos Peludos 421 188
Fazenda Cadeia 255 349
Cascavel 338 418
Fazenda do Cerro 350
Fazenda do Coqueiro 304 15 319
Arlindo Flores 73
Bill Pinton 10
Justiniano Moraes 32
Juca Santos 27
Afonso Camargo 19
Antoninho Costa 53
Miro Silva 61
Martimiano Peleti 34
Hilbebrando Pascoal 152
Nicolau S Neto 214
Luis Estevão 113
Ibsem Pinheiro 96
Anselmo Boligoi 7
Jõao Alves 234
Nicéia Cardoso 15
Georgina Caldas 28
Lino Schmith 67
Antonio Both 311
Carlos Hussein 251
Pedro Arafat 120
Paulo Milosewich 83
Sendo: = Areas reformadas
426
30000
25000
20000
Casca (ton)
15000
10000
5000
0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Ano
180000
160000
140000
120000
Volume (m3)
100000
80000
60000
40000
20000
0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Ano
Pela análise das Figuras 46 e 47, observa-se que o contrato com a empresa japonesa
pode ser cumprido, havendo excesso de produção de casca nos anos de 2001, 2005, 2008,
2009 e 2010. Com relação à produção de madeira, observa-se um excedente de produção em
todos os anos do período de planejamento, sendo que o maior excesso de madeira sem casca
ocorre no ano de 2001, indicando que para a empresa compensar estes excessos, deverá
buscar novos mercados ou propor um aumento na venda de madeira com a empresa japonesa.
A Tabela 128, mostra a área a ser cortada antes e após a equilibração da produção.
nesta tabela observa-se que a área média anualmente cortada para atender ao contrato é de
650.7 ha /ano em um período de 10 anos.
A empresa florestal, possui 837 ha reflorestados com Pinus elliottii e consome 6.000
m3/ano de madeira para celulose e 20.000 m3/ano de toras para a serraria. O complexo
industrial utiliza os sortimentos com diâmetros entre 7 e 15 cm para fabricação de celulose.
As toras que atingem maiores dimensões são atualmente vendidas para serrarias de terceiros,
sendo que os sortimentos exigidos pelo mercado são:
- Toras com diâmetro superior a 25cm na ponta fina e 4 m de comprimento;
- Toras com diâmetro entre 15 e 25cm na ponta fina e 4 m de comprimento
429
- Sortimento S1: Madeira utilizada para serraria com diâmetros superiores a 25cm na
ponta fina e 4m de comprimento correspondendo aos sortimentos C2B%, C3A%, C3B% e
C4+, das tabelas de produção;
- Sortimento S2: Madeira utilizada para serraria com diâmetros entre 15 e 25cm na
ponta fina e 4m de comprimento correspondendo aos sortimentos C1B% E C2A%, das tabelas
de produção;
- Sortimento S3: Madeira utilizada para celulose com diâmetro entre 7 e 15cm na
ponta fina, com 4m de comprimento correspondendo ao sortimento C1A% das tabelas de
produção.
430
TABELA 131 - Diâmetro médio remanescente e volume total/ ha retirado nos desbastes e no
corte final.
Assim, tomando-se como exemplo o Horto Florestal Afonso, tem-se: idade de 4 anos,
o volume total estimado pelo simulador, retirado no primeiro desbaste aos 9 anos, foi de
110,62m3/ha. Sendo a área total deste horto de 70ha, o volume total é igual a (110,62m3 x
70ha) 7.743,40 m3.
Como este horto encontra-se no índice de sítio 34 (ver Tabela 129), busca-se a tabela
de produção correspondente. Para o cálculo do sortimento S3, devemos interpolar os valores
do sortimento C1A% entre 7,5 e 12,5 anos.
O valor interpolado, no caso 47,61%, deve ser multiplicado pelo volume total retirado
no primeiro desbaste.
Desta forma :
C1B% interpolado = 30.86%;
C2A% interpolado = 7,18%.
A Figura 48 mostra que a empresa terá um excesso de madeira industrial nos anos de
2001, 2005 e 2019; produção igual ao consumo nos anos de 2009 e 2013, sendo que nos
demais haverá falta de madeira para a indústria.
Em relação a madeira para serraria, a Figura 49 mostra que haverá um excesso de
madeira nos anos de 2001, 2008, 2009, 2012, 2013, 2015, 2018, 2019, 2020 e 2023; produção
igual ao consumo nos anos de 2007, 2017 e 2022 e falta nos demais, sendo que nos anos de
2010 e 2021 não haverá produção deste tipo de sortimento.
Para equilibrar a produção será necessário planejar o manejo, levando em
consideração a oferta e demanda de madeira durante o período de planejamento. Para isto,
fez-se nova simulação, adiantando ou atrasando os desbastes e o corte final. As atividades
realizadas e os respectivos volumes são apresentados abaixo, e na Tabela 132.
434
20000
15000
10000
5000
0
01
03
05
07
09
11
13
15
17
19
21
23
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
Ano
140000
Volumeanual em metros cúbicos
120000
100000
80000
60000
40000
20000
0
01
03
05
07
09
11
13
15
17
19
21
23
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
Ano
Ano de 2019: Foi realizado o corte final no Afonso 6 anos, Horto 1 e em apenas
10.7ha no Perin 8 anos.
Ano de 2020: Foi realizado o corte final em 45.07ha no Afonso 4 anos.
Ano de 2021: Foi realizado o corte final no Taquaruçu 12 anos, Horto 1, previsto
inicialmente para 2019.
Ano de 2022: Foi realizado o corte final no Afonso 6 anos, Horto 2 e no Perim 8 anos
em 33,8ha. Ainda foi realizado o corte raso no Perim 6 anos.
Ano de 2023: Foi realizado o corte final em 26,93ha do Afonso 4 anos. Ainda
realizou-se o corte final no Valter 7 anos.
As Figuras 50 e 51 mostram a distribuição da produção após a equilibração.
20000
Volumeanual (m3)
15000
10000
5000
0
01
03
05
07
09
11
13
15
17
19
21
23
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
Ano
140000
120000
Volumeanual (m3)
100000
80000
60000
40000
20000
0
01
03
05
07
09
11
13
15
17
19
21
23
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
Ano
A análise da Figura 50, mostra que mesmo com a equilibração, a empresa vai dispor
de madeira para consumo apenas nos anos de 2001 (onde ocorrerá um excesso de 14.000 m3),
2005 (com excesso de 4.000 m3), 2009, 2013 e 2019.
Com relação a madeira para serraria, a Figura 51 mostra que, haverá falta de madeira
nos anos de 2003, 2004, 2005, 2007, 2008 e 2011. A partir de 2017 começam a ocorrer
grandes sobras de madeira, ocasionada pelo grande número de hortos, que entram em corte
final.
Este problema pode ser resolvido de três formas:
1) Caso se trate de uma empresa verticalizada, haverá a necessidade do plantio de
novas áreas. Neste caso o problema principal é determinar que área a empresa deverá plantar
e/ou fomentar durante o período de planejamento, de forma a aumentar o volume disponível
para celulose (a partir de 2006), sem aumentar o volume para serraria, a partir de 2009.
438
439
TABELA 133 - Simulação do crescimento em sítio médio para área não desbastada.
TABELA 135 - Distribuição de freqüência estimada para o Horto Taquaruçu aos 18 anos
A análise da Tabela 135 os valores indicam que o volume para celulose produzido,
toras com diâmetro inferior a 15cm na ponta fina, será de 58,5m3/ha; para Serraria, toras com
diâmetro acima de 15cm na ponta fina, o volume será de 457,7m3/ha. Estes volumes foram
utilizados para obter a área a ser plantada e/ou fomentada pela empresa durante um período de
planejamento de 23 anos, (veja Tabela 133).
O cálculo da área necessária para suprir o déficit de madeira em determinada idade foi
realizado dividindo-se o mesmo pela produção média por hectare, 58,5m3 para celulose e
457,7m3 para serraria.
O cálculo do plantio foi feito levando-se em consideração uma rotação de 18 anos, ou
seja, o plantio feito em 2001 supre a necessidade em termos de área para 2019, e assim
sucessivamente.
Deve ser observado, que a área descrita na Tabela 136, refere-se apenas à área a ser
adquirida e/ou fomentada pela empresa, que deverá ser adicionada às áreas hoje estocadas no
momento do corte raso.
442
A opção por uma rotação de 18 anos, apesar de suprir a falta de madeira para celulose,
gerou um grande excedente de madeira para serraria (Figura 52). Ao adotar este sistema, a
empresa deverá buscar novos mercados para madeira serrada.
100000
Demanda para celulose
90000
Demanda para serraria"
80000
70000
60000
50000
40000
30000
20000
10000
0
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
2022
2023
FIGURA 52 - Distribuição da produção no tempo, com a aquisição e/ou fomento de novas
áreas produtoras.
Caso 2: A empresa poderá optar pelo aumento do diâmetro limite para 20cm na ponta
fina. Neste caso não haverá a necessidade do plantio de novas áreas. O cálculo para este caso
foi realizado somando ao sortimento C1a, o sortimento C1b (ver tabela de produção, p. 46).
A Figura 55 apresenta a distribuição da produção no tempo ao se adotar esta prática.
A análise da Figura 55 mostra que mesmo aumentando para 20cm o diâmetro mínimo
para a produção de celulose, ainda haverá falta de madeira a partir de 2014. Para solucionar
este problema o diâmetro mínimo para este tipo de sortimento foi aumentado para 25cm na
ponta fina.
O cálculo para este caso foi feito somando o sortimento C2a aos sortimentos C1a e
C1b (ver tabela de produção). A Figura 56, mostra a distribuição da produção no tempo ao se
adotar esta prática.
443
70000
Demandaparacelulose
60000 Demandaparaserraria
50000
Volume (m3
40000
30000
20000
10000
0
01
03
05
07
09
11
13
15
17
19
21
23
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
Ano
FIGURA 55 - Distribuição da produção no tempo com a utilização dos sortimentos C1a e CIb
para a produção de celulose.
60000
Demandaparacelulose
50000 Demandaparaserraria
40000
Volume (m
30000
20000
10000
0
01
03
05
07
09
11
13
15
17
19
21
23
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
Ano
FIGURA 56 - Distribuição da produção no tempo com a utilização dos sortimentos C1a , C1b
e C2a, para a produção de celulose.
A análise da Figura 56, mostra que a adoção desta prática eliminou o déficit de
madeira para celulose, existindo ainda um excesso de madeira para serraria.
Caso 3: A solução para a falta de madeira neste caso é dada com a compra de madeira
no mercado regional. O volume necessário para a compra, depende da necessidade de cada
ano, tanto para celulose quanto para serraria, conforme mostra a Tabela 137.
445
8.1.1 Introdução
Esses objetivos principais podem variar de acordo com as metas a serem atingidas. De
acordo com SPEIDEL (1972), MLR Baden-Wüttenberg (1982), SCHNEIDER (1985), um
plano de manejo na sua formulação deve, no mínimo, conter detalhadamente as seguintes
partes: descrição das bases naturais e econômicas, inventário, controle, planejamento e
crônica do manejo.
Por outro lado, quando a preocupação também for a obtenção da Certificação
Florestal, há necessidade de agregar à presente metodologia para elaboração do plano de
manejo as normas do agente certificador.
No presente momento, essas normas estão em fase de elaboração por um grupo de
trabalho liderado pela Forest Stewardship Council – FSC (FSC, 1998) para serem aplicadas
na floresta de terra firme da Amazônia brasileira.
447
Para aplicação das normas do FSC, descritos para a Bacia Amazônica, em outros tipos
florestais e diferentes estruturas fundiárias, entende-se que se deverá revisá-las, adequando-as,
quando necessário, às condições locais.
De forma geral as normas elaboradas estão inseridas nos conceitos e princípios que
regem o plano de manejo estabelecidos pela Forest Stewardship Council – FSC (FSC, 1998).
a) Objetivos da propriedade
b) Objetivos do manejo
Os objetivos do manejo são definidos para cada propriedade individualmente, sendo
alvo as técnicas silviculturais. A elas pertencem, especificamente: o sistema de manejo, o
conjunto de espécies, o ciclo de corte, a quantidade e composição do volume de madeira, bem
como a construção da distribuição de freqüência nas classes de diâmetro.
448
Esse objetivo deve ser fixado para o período de validade do plano para os sítios e
funções estabelecidas ou naturais da floresta.
c) Objetivo econômico
Identificação
• Responsável (eis) Técnico (s): indicar o nome do (s) Engenheiro (s) Florestal (is)
responsável (is) pela elaboração e pela execução do plano, com endereço e o número de
registro no CREA.
• Local e data: indicar o local e a data da confecção do plano.
• Identificar o processador da matéria-prima e do consumidor dos resíduos com
razão social, CGC e endereço, número de registro e categoria junto ao Cadastro
Florestal Estadual.
Resumo do plano
O resumo do plano deve conter basicamente os seguintes tópicos: período de validade
do plano; áreas com indicação dos usos da terra; objetivos do manejo a que se propõe o plano,
indicando os métodos a serem utilizados; divisão da área florestal, indicando as áreas de
atividades de plantio, replantios, tratos culturais, tratos silviculturais e cortes; estimativa do
estoque em crescimento e rendimentos anuais previstos; prescrever as principais medidas de
proteção da flora e fauna; transcrever os principais planejamentos dos investimentos florestais
de infra-estrutura; prescrever as rendas brutas, despesas e rendas líquidas previstas.
Nessa parte, encontra-se a estrutura geral do plano, sendo constituído dos seguintes
itens:
450
A. Introdução
B. Metodologias
B1. Mapeamentos
C. Formulação do plano
Essa parte do plano corresponde ao relatório técnico que deve conter as partes dos
inventários, controle, planejamento e crônica dos povoamentos.
a) Histórico
b) Localização
d) Área
e) Divisão da floresta
f) Relevo
g) Altitude
h) Climatologia
i) Geologia
j) Edafologia
k) Hidrologia
l) Vegetação original
• Grau de cobertura: É o grau de ocupação do solo pela copa das árvores. O grau de
cobertura é determinado para o povoamento total, pelos seguintes critérios:
1- Denso: copas profundas e cruzam-se umas as outras.
2- Fechado: copas tocam-se na ponta dos ramos.
456
3- Aberto: copas estão distanciadas sem que uma segunda copa possa ocupar este
espaço.
4- Claro: copas estão distanciadas de tal forma que uma segunda copa possa
ocupar este espaço.
5- Espaçado: copas estão distanciadas de tal forma que várias copas de árvores
possam ocupar este espaço.
f) Incremento
2- Cortes de cobertura.
3- Cortes seletivos, etc...
a) Composição florística
b) Estrutura da floresta
• Posição sociológica
Classificar as árvores de acordo com a posição que ocupam no estrato, em três classes:
1- Estrato superior.
2- Estrato médio.
3- Estrato inferior.
• Tendência à valorização
• Classe de copa
• Condição de sanidade
Causas:
1- Saudável.
2- Danos abióticos (geadas, vento, etc.).
3- Danos por insetos.
4- Danos por fungos.
5- Danos por animais.
6- Danos complexos (causados por dois ou mais danos).
7- Morta.
Intensidade:
1- Baixa.
2- Média.
3- Alta.
• Qualidade do fuste
Essa classificação é feita de acordo com os tipos de usos que podem ser dados à
madeira:
1- Compreende aquelas espécies arbóreas de alto valor econômico, considerado como
“madeiras de lei” e “pinho”, possíveis de serem utilizadas na confecção de móveis
em geral, construção civil (aberturas, portas, etc.), construção naval, faqueados,
laminados, na dependência das dimensões e qualidade da tora.
2- Compreende todas as espécies de importância secundária no mercado, ou com
limitação na forma do tronco para alguns fins citados na classe 1.
3- Compreende todas as espécies arbóreas e arbustivas de utilização restrita, mas com
finalidade para lenha, carvão e celulose.
4- Compreende todas as espécies sem perspectivas de utilização da madeira.
A análise estatística dos dados do inventário deve abranger: estimativas médias e totais
do estoque, erro de amostragem, intervalo de confiança, número de amostras, etc.
f) Regeneração natural
Essa parte não se faz necessária, quando se tratar do primeiro plano de manejo. Caso
contrário, deve-se abordar os seguintes itens:
a) Histórico do manejo
• Cortes realizados
Comparar as taxas de corte real com os cortes planejados. Verificar a sua influência
ecológica e econômica para a empresa, bem como sobre a produção dos talhões.
461
• Medidas silviculturais
• Resultados econômicos
C7. Planejamentos
b) Objetivos ecológicos
Determinar a rotação para as espécies das florestas equiâneas e por tipo florestal o
ciclo de corte a ser adotado no manejo das florestas inequiâneas, justificando-o mediante
critérios biológicos e/ou econômicos.
d) Utilização secundária
e) Manutenção e conservação
f) Direitos e obrigações
Esses aspectos se referem à parte legal do manejo das florestas, como a declaração de
reserva legal de áreas, ITR, entre outros. Outros direitos ainda devem ser analisados, como o
direito de pastagem, moradia, caminhos cedidos a terceiros, etc.
463
g) Administração
h) Condução do manejo
• Ordem espacial
Deve-se citar os critérios para formação e/ou revisão da ordem espacial existente.
Justificar as modificações do estado atual. Indicar a direção dos cortes, revisar a marcação das
linhas de divisórias ou de propriedade.
• Tratos silviculturais
• Proteção florestal
• Proteção à fauna
A taxa de corte deve ser determinada e justificada no plano de manejo. Citar o método
de determinação da taxa de corte utilizada para os cálculos, os parâmetros biométricos e os
critérios tomados para a sua fundamentação no período de validade do plano. Caso na
empresa existirem sistemas equiâneos e inequiâneos de manejo, a determinação da taxa de
corte deve ser feita separada.
i) Investimentos
• Estradas
• Infra-estrutura
j) Medidas de recreação
k) Trabalho florestal
l) Comercialização
8.2.1 Introdução
servirem para a caça ou recreação. Surgiu aí a idéia de que a áreas deveriam ser manejadas
para a obtenção de diferentes produtos, substituindo o manejo para um único produto, pelo
manejo integrado dos principais produtos naturais da floresta. A partir de então, o conceito de
uso múltiplo foi instituído e aprovado pelo Congresso Florestal Americano, por meio da Ata
do Uso Múltiplo e Rendimento Sustentável, para as Florestas Nacionais.
Atualmente, é um conceito aplicado no mundo inteiro para a problemática do manejo
de florestas, que inclui os seguintes temas: recreação ao ar livre, produção de pastagens,
exploração de madeira, manejo de bacias, manejo de vida silvestre e de peixes (LOPEZ,
1993)
Ainda segundo LOPEZ (1993), com o uso múltiplo de uma área, busca-se alcançar
variados e elevados rendimentos de bens e serviços, provenientes dos recursos naturais,
assegurando-se, ao mesmo tempo, sua perpetuação para obter-se variedades de produtos, que
necessitam, como insumos fundamentais, do tempo e da manifestação de fatores ecológicos,
biológicos e físicos, próprios do ambiente natural do lugar. Significa fazer uso, ao mesmo
tempo e na mesma área, de todos os valores ou benefícios que os ecossistemas florestais
oferecem à humanidade, ligados às funções sociais de produção, de proteção e de recreação.
A Reserva Extrativista é uma área utilizada por populações, cuja subsistência está
baseada no extrativismo, na agricultura de subsistência e na criação de animais de pequeno
porte, com objetivo básico de proteger os meios de vida e a cultura dessas populações,
assegurando os usos sustentáveis dos recursos naturais da unidade (SNUC, 2000). As
Reservas Extrativistas são criadas em área onde, simultaneamente, exista população
tradicional, recursos naturais a serem utilizados de forma sustentável e interesse ecológico e
social (CNPT, 1999).
Na Reserva Extrativista a visitação é permitida, assim como a pesquisa científica,
sendo proibidas, porém, a exploração de recursos minerais e a caça amadorística ou
profissional. A exploração de produtos madeireiros será permitida, quando complementadas
as atividades desenvolvidas na unidade (SNUC, 2000).
milhões de hectares a área de Florestas Nacionais na Amazônia Legal, até 2010”. A área total
de Florestas Nacionais até 2010 deverá ser a suficiente para atender, de forma sustentada, às
demandas atual e projetada de madeira tropical brasileira. Na seleção destinadas à criação de
novas Florestas Nacionais, as áreas escolhidas devem apresentar as seguintes características:
áreas não-protegidas; possuírem cobertura florestal; não revelarem indícios de ocupação
humana; abrigarem estoques de madeira de valor comercial; estarem dentro do raio de
acessibilidade econômica da indústria madeireira e notável importância para a conservação e
uso sustentável da biodiversidade (VERÍSSIMO et al., 2000).
A situação das Florestas Nacionais pode ser caracterizada por região. As unidades das
Regiões Sul e Sudeste são as que apresentam melhor infra-estrutura estabelecida. São
unidades tradicionalmente fornecedoras de madeira, provenientes da exploração dos
povoamentos de pinus e araucária, e são as que geram a maior receita das Florestas Nacionais.
As Florestas Nacionais da Região Nordeste abrigam mata que cumpre importante
papel na região, como fonte de energia, de alimento e de plantas medicinais, além de servirem
de importante refúgio para a fauna silvestre.
Na Região Norte é que existem as maiores áreas e os maiores problemas. As Florestas
Nacionais dessa região podem suprir de madeira os mercados regionais, podendo, portanto,
tornarem-se reguladoras de preços. Das 35 Florestas Nacionais da Região, parte foi criada
como área tampão de Reservas Indígenas e outras estão localizadas fora do raio econômico de
produção. É esperado que, gradativamente, todas as Florestas Nacionais venham a ser
implantadas. O importante de estas áreas estarem destinadas a unidades de conservação, em
especial, a Florestas Nacionais, é a possibilidade de que, no futuro, elas venham a tornar-se
pólos de desenvolvimento da região, dado às possibilidades de manejo, visando tanto à
produção madeireira, como a não-madeireira, incluindo aí o manejo de fauna silvestre
(SALOMÃO, 1996).
Atualmente, existem 21 Reservas Extrativistas, num total de 3.950,619 ha, sendo 13
unidades, na região norte, que possuem, como principais recursos, a borracha, a castanha, a
copaíba e a pescado. As demais têm sus economia baseada no babaçu e no pescado.
genéticos “in situ” e a diversidade biológica, assegurando o controle ambiental nas áreas
contíguas.
As Florestas Nacionais desempenham papeis estratégicos, tais como: de ordenamento
territorial do solo com vocação florestal; de reserva estratégica de terras e recursos florestais
de propriedade pública, possibilitando a regulação de preços e mercados de produtos
florestais; de base para a oferta sustentável de produtos madeireiro e não-madeireiro; de
promover a utilização, pela iniciativa privada, do estoque de recursos florestais de forma
sustentável e controlada pelo Poder Público; de potencial de geração de receitas públicas pela
cobrança de taxas, royalties e outros, e, ainda, pela venda de madeira e de produtos não-
madeireiros; de demonstração de modelos de uso sustentável dos recursos florestais e da
viabilidade econômica desse uso; e, de permitir o uso do recurso florestal de forma
comunitária por populações residentes e locais.
O manejo de uma Floresta Nacional, visando ao rendimento sustentável dos produtos,
com base em uso múltiplo, é extremamente complexo e representa um grande desafio para os
manejadores de florestas. Requer conhecimentos multidisciplinares, considerando a parte
dendrológica, econômica, política e social. Existe também limitação por parte da legislação
nacional, como no caso da caça, atividade desenvolvida nas Florestas Nacionais dos Estados
Unidos, relacionada tanto com a vida silvestre quanto com a recreação. Outra atividade não
desenvolvida nas Florestas Nacionais do Brasil, por tradição, é o pastoreio (SALOMÃO,
1996).
As Florestas Nacionais podem ser manejadas em escala empresarial ou por meio de
manejo comunitário, segundo o que determina a legislação específica sobre o uso dos
diferentes produtos.
O manejo empresarial em Floresta Nacional possibilita, para a empresa, a isenção de
custos de imobilização de capital em terras, reduzindo a necessidade do latifúndio florestal
privado e proporcionando segurança quanto ao planejamento do suprimento da indústria de
base florestal e ao investimento em escalas ótimas de produção.
A proposta para a realização de manejo comunitário é apresentada por associações ou
cooperativas formadas por populações tradicionais residentes nas Florestas Nacionais ou
formadas por populações locais. Estas organizações deverão ter, no mínimo um ano de
existência, a contar do registro da ata de criação e a área a ser manejada não deverá
ultrapassar 500 ha por ano.
As comunidades tradicionais residentes em Florestas Nacionais também poderão
apresentar proposta de manejo em escala empresarial.
471
a) Sumário
Apresentar o conteúdo do Plano de Manejo com indicação das respectivas páginas.
c) Introdução
Abordar o conceito de Plano de Manejo, seus objetivos e forma de estruturação,
descrevendo, brevemente, a metodologia de elaboração, além do período e resultados das
avaliações dos planejamentos anteriores, assim como o estágio atual de implantação do Plano
em vigência.
472
d) Contexto Federal
Esse item visa a situar a unidade de conservação no contexto federal, permitindo,
dessa forma, conhecer a sua representatividade e o seu enquadramento sob diferentes
aspectos.
j) Aspectos institucionais
Pessoal - relacionar o pessoal lotado (contratado ou cedido à unidade de conservação)
em número, capacitação, idade e nível de qualificação e perfil profissional.
Infra-estrutura e Equipamentos - identificar a infra-estrutura da unidade de
conservação, indicando a localização e estado de conservação.
Estrutura Organizacional - apresentar o organograma e regimento interno.
k) Zona de amortecimento
m) Declaração de significância
Analisar a Floresta Nacional com relação à raridade, representatividade, grau de
ameaça, importância ecológica, exclusividade, distintividade e possibilidades de processos
demonstrativos, entre outros. A base da referida análise serão os conhecimentos obtidos,
476
b) Diretrizes de planejamento
As Diretrizes de Planejamento deverão estar baseadas na interpretação dos resultados
da Oficina de Planejamento, depois de sua análise e discussão pela equipe responsável.
Deverão ser apresentados os fatores externos à abrangência do planejamento que são
importantes para a consolidação da Unidade e que possam impedir a implementação do
mesmo, assim como os indicadores que comprovarão o grau de satisfação.
c) Zoneamento
O objetivo de se estabelecer o zoneamento da Floresta Nacional é o de organizar
espacialmente a área em parcelas, denominadas zonas, que demandam distintos graus de
proteção, e uso sustentável, contribuindo, desta forma, para que a Floresta cumpra seus
objetivos específicos de manejo.
d) Programas de manejo
Programa de Conhecimento:
Sendo o conhecimento científico uma importante ferramenta para o estabelecimento
das Ações de Manejo e o cumprimento dos objetivos de criação de uma unidade de
conservação, neste roteiro lhe é conferido o status de programa.
Este programa é composto de três subprogramas:
Subprograma de Pesquisa
Subprograma de Monitoramento Ambiental
Subprograma de Geração de Tecnologia
Programa de Operacionalização:
O objetivo deste Programa é garantir a funcionabilidade da unidade de conservação,
fornecendo a estrutura necessária para o desenvolvimento dos outros programas.
Esse Programa é composto dos seguintes subprogramas:
Subprograma de Regularização Fundiária
Subprograma de Administração
Subprograma de Proteção e Fiscalização
479
Com base nas atividades propostas nos subprogramas de manejo, deverão ser
apresentados estudos preliminares de viabilidade econômica, contendo os quadros de custos de
investimentos e operacionalização e identificação dos investimentos e custeios necessários, além
do quadro de receitas, de forma a explicitar seus níveis de contribuição para a auto-sustentação
da Floresta Nacional.
Nesse item relaciona-se, por tema, as ações estabelecidas para as Áreas Funcionais e
Estratégicas, indicando instituições envolvidas, tempo de execução e custos estimados. Esse
cronograma destina-se a orientar o planejamento operativo da Floresta para o período de cinco
anos.
8.2.5.6 Bibliografia
8.2.5.7 Anexos
IX - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AARON, J. R. Pros and cons of pruning in conifers. Journal of Forestry, v.63, n.4, p.295-
304. 1969.
AHRENS, S. A concepção de regimes de manejo para plantações de Pinus spp. no Brasil.
Espaço Florestal, v.1, n.2. p.37-43. 1985.
ALEXANDER, P. R, EDMINSTER, C. B. Uneven-aged management of old growth
spruce-fir forest: cutting methods and stand structure gools for the initial entry.
USDA Forest Service, Rocky Mountain Forest and Range Experiment Station, 1977. 12p.
(Research Paper RM 186).
ARNEY, J. O. Tables for quantifying competitive stress in individual trees. Can. For. Serv.
Inf. Rpt. BC-X-78. 1973.
ASSMANN, E. The Principles of Forest Yield Study. New York: Pergamon Press, 1970.
506p.
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490
Símbolos:
i = taxa de juro anual (= 0,0i)
n = número de anos, durante os quais se capitaliza ou desconta,
r = valor do rendimento ou custo que ocorre anualmente;
t = número médio de anos entre as ocorrências periódicas de “r”;
vo = valor inicial, isto é, agora ou no começo: valor referido ao ano zero; e
vn = valor final referido ao ano “n”.
491
1 – Se tivermos 100$ aplicados durante 2 anos durante 2 anos a uma taxa de juro de 5% ao
ano. Qual o valor obtido no final do período?
Vn = V0 (1 + i )
n
Vn = 100(1,05)
2
= 110,25 $
2 – Qual o valor do investimento inicial, necessário para obter 110,25$, ao fim de 2 anos, à
taxa de juro de 5% ao ano?
Vn
V0 =
(1 + i )n
110,25
V0 = = 100 $
(1,05)2
3 – Se for deixado 100$ por tempo indefinido ao juro constante de 5%, e se o juro for pago
todos os anos (se for retirado). Qual será o rendimento anual?
r = i *V0
r = 0,05 * 100 = 5$
4 – Se um investimento render 5 $ ao ano, quando a taxa de juro for 5%. Qual é o valor inicial
do capital?
r
V0 =
i
5
V0 = = 100 $
0,05
6 – Um capital estando sujeito por 6 anos a uma legislação especial, e que se deseja obter o
valor atual de 5$ a 5% ao ano, durante apenas estes 6 anos. Qual é o valor final
atualizado?
2 3
r r r
+ + + ....
1+ i 1+ i 1+ i
ou
V0 =
[
r (1 + i ) − 1
n
]
i (1 + i )
n
V0 =
[
5 (1,05) − 1
6
] = 25,37 $
0,05(1,05)
6
492
7 – Qual é o valor atual de uma propriedade florestal, se render 34$ líquidos por hectare a
uma taxa de juro de 5%, de 6 em 6 anos, com início daqui a seis anos?
r
V0 =
[ ]
(1 + i )t − 1
34
V0 =
[ ]
(1,05)6 − 1
= 100 $/ha
8 – Qual é o valor final acumulado de uma série periódica que de 5$ em 6 anos, a uma taxa de
juro de 5% ao ano?
Vn =
[ ]
r (1 + i ) − 1
n
Vn =
[
5 (1,05) − 1
6
] = 34 $
0,05
493
ANEXO II - CUSTOS
A composição de custos pode ser feita seguindo um índice dos custos totais em tipos
de custos e centros de custos (SPEIDEL, 1984):
1. Tipos de Custos:
a) Custos de salários:
– salário para trabalhador;
– salário do administrador; e
– salário do proprietário.
b) Custos de amortização.
c) Custos de material:
– material propriamente dito;
– matéria-prima; e
– energia.
d) Custo de terceiros:
– serviços terceiros;
– seguros;
– honorários; e
– outros custos.
e) Custos de juros.
f) Custo de imposto:
g) Custo de risco:
– risco de instalação;
– risco de povoamento
– risco de fornecimento;
– risco de mercado; e
– risco de desenvolvimento.
2. Centro de custos:
a) Custo de cultura:
– preparo do solo;
– muda;
– plantio;
– replantio; e
– tratos culturais.
b) Custo de administração:
- Todos os custos da empresa, exceto os custos de cultura e exploração
c) Custo de exploração:
– abate;
– desalhamento;
– traçado;
– descascamento;
– armazenamento (empilhamento); e
– transporte.