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Índice

Introdução .................................................................................................................................... 3
Tendências da Atividade .............................................................................................................. 4
Em Portugal ............................................................................................................................... 7
Região Oeste ............................................................................................................................. 8
Desenvolvimento do projeto ..................................................................................................... 11
Procura no nosso destino ........................................................................................................ 11
Oferta no nosso destino .......................................................................................................... 12
Indicadores de medição .......................................................................................................... 14
Taxa de ocupação ................................................................................................................ 14
Índice de Saturação Turística .............................................................................................. 14
Permanência Média ............................................................................................................ 14
Índice de Preferência .......................................................................................................... 14
Índice de Sazonalidade ........................................................................................................ 15
Conclusão .................................................................................................................................... 16

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Introdução
O presente trabalho pretende desenvolver uma ideia de investimento turístico,
enquadrar o setor a que pertence, no mundo, em Portugal e na região escolhida, analisar
de que modo o projeto seria viável e verificar que impactos teria na região.
Assim, a ideia do grupo consiste na criação de um hotel rural, situado na região
Oeste, mais precisamente no Bombarral. Este hotel iria localizar-se no meio das vinhas
e possuiria ainda um restaurante. Nestas condições, o hotel iria ter uma vertente mais
familiar e outra mais luxuosa e direcionada para eventos.
As ofertas do hotel, na vertente familiar, baseiam-se na organização de
atividades de desporto e culturais, desde aulas de surf nas praias de Peniche ou do
Baleal, até a atividades de campismo e de trilhos na Serra do Montejunto. Para além
disso, são ainda organizadas excursões a cidades e vilas próximas, como Óbidos,
Alcobaça ou Nazaré.
Para a vertente de luxo e para eventos, o hotel e o restaurante organizariam
provas de vinhos. Teriam ainda disponibilidade para organizar eventos como
casamentos, batizados, galas ou outros. O restaurante iria explorar a gastronomia local,
providenciando pratos típicos da região. Adicionalmente, as vinhas situadas na região
possuem quintas que produzem os vinhos. Em parceria com o nosso projeto, seriam
organizadas visitas guiadas a esses espaços que iriam explicar todo o processo envolvido
para a produção destes vinhos.
Este projeto tem como objetivo dinamizar a região e proporcionar uma
experiência para os consumidores muito completa e da qual a oferta não é muito
elevada.
No corpo do trabalho, a ideia deste projeto será desenvolvida, especificando
mais pormenorizadamente a parte relacionada com a vertente de luxo das provas de
vinho, fazendo esta parte do enoturismo e, começando pela caracterização e análise do
setor, enquadrando teoricamente e estatisticamente, no mundo, em Portugal e na
região.
Na segunda parte, iremos desenvolver o projeto em si, explicitando os critérios
de escolha, o enquadramento nos objetivos e analisando a viabilidade do projeto. Por
último, iremos retirar as conclusões mais importantes da análise e descrever os
impactos que este projeto poderá ter na região.
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Tendências da Atividade

No mundo

O Enoturismo é uma atividade que agrupa todos os aspetos inerentes à cultura


do vinho com o turismo, promovendo o conhecimento das etapas do processo produtivo
do vinho.
A atividade turística na qual está inserida a cultura do vinho, é muito mais do que
uma simples visita às caves seguida de uma prova de vinhos. O Enoturismo convida a
vivenciar a cultura e a tradição local de forma a reforçar a importância histórica desta
atividade agrícola na região. As atividades proporcionadas no enoturista vão desde a
escolha do melhor vinho a acompanhar com a refeição, passando pela participação nas
vindimas (colheita das uvas e pisa a pé com os trabalhadores locais), até à oportunidade
de poder dormir confortavelmente envolto por vinhas integradas com as magníficas
paisagens.
De um modo geral, o enoturismo, atualmente, é um mercado maduro,
impulsionado essencialmente pelo mercado interno. Muito mais aberto aos turistas
internacionais (42% de enoturismo estrangeiro na França), o enoturismo europeu está
a tornar-se mais estruturado, ainda assim, tem um forte potencial de desenvolvimento.

A indústria do vinho é competitiva. Existem tantas empresas de vinho nos EUA e


no mundo que torna a concorrência violenta. Para dar alguma referência, existem mais
de 11.000 vinícolas apenas nos EUA. Este número cresceu 50% desde 2009 e deverá

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continuar a crescer. Essas vinícolas produziram 718,1 milhões de litros de vinho, o que
representa apenas 12% do total produzido no mundo. Isto demonstra a magnitude da
indústria mundial do vinho e como é competitiva.
A indústria do vinho é lucrativa. Só em 2020, a indústria global de vinhos faturou
mais de US$ 350 biliões em receita, apesar de um ano de queda nas vendas para muitos
setores devido à pandemia do COVID-19. Esta está fragmentada uma vez que existem
muitas variedades de vinho cultivadas em todo o mundo.
Desta forma, uma empresa não pode produzir em massa todos os tipos de vinho
a partir de um local central porque as uvas que entram em cada tipo de vinho precisam
de climas diferentes para crescer e os métodos usados para envelhecer o vinho são
diferentes.
Como resultado, é difícil para apenas um conjunto de empresas governar a
indústria do vinho. Além disso, é relativamente fácil para os clientes pesquisar e alternar
entre variedades de vinho, o que permite que vinícolas locais menores concorram com
as empresas maiores.
Os cinco principais países para o consumo total de vinho são os EUA, França,
Itália, Alemanha e China. Reino Unido, Espanha, Rússia, Argentina e Austrália compõem
o restante da lista dos dez países que mais consomem vinho.
Os EUA lideram o mundo na quantidade de vinho consumido a cada ano,
bebendo cerca de 872 milhões de litros. No entanto, ficam muito atrás quando se trata
da quantidade de vinho consumida per capita: Portugal, França e Itália lideram com
12,8, 10,3 e 9,6 litros de consumo por pessoa por ano, respetivamente.

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No entanto, Itália, França e Espanha foram os três maiores produtores de vinho
no mesmo ano.

A sustentabilidade é uma das maiores tendências da indústria do vinho em 2022.


Ainda assim, os consumidores estão preocupados com a sua saúde pessoal e com a
saúde da terra. Felizmente, focar na vinificação sustentável também se traduz em
benefícios para a saúde, por exemplo, os produtores certificados como orgânicos não
podem usar pesticidas, herbicidas e fertilizantes químicos.
A indústria mundial do vinho vale mais de US$ 340 bilhões. Globalmente, espera-
se que a indústria do vinho cresça mais de US$ 456 bilhões em 2028, o que seria um
CAGR de 4,3% de 2021 a 2028. Além disso, somente em 2022, estima-se que haverá 281
milhões de casos de vinho vendido em todo o mundo, que corresponderá a cerca de
US$ 32,9 biliões.
Através da análise mais profunda deste setor verificamos as inúmeras vantagens
associadas ao mesmo, possibilitando o crescimento e desenvolvimento económico não
só da região como no país. Salienta-se também, que reforçará o consumo de vinho em
todo o mundo.

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Em Portugal
Portugal assume-se como um país que apresenta uma forte tradição vitivinícola,
sendo reconhecido mundialmente pela produção e pela qualidade dos seus vinhos. Este
setor tem elevada importância, a nível nacional, pela criação de valor que gera para o
país e para a sua população.
Para potenciar o setor, o país tem apostado no enoturismo e, por isso, decidimos
investir neste setor, pois permite o desenvolvimento turístico em Portugal, com a
agregação do setor do turismo ao dos vinhos, proporcionando a sua valorização e o
aumento do seu valor.
A oferta a nível nacional destaca-se pela diversidade de práticas de produção e
de regiões vitivinícolas. Muitas empresas tendem a apostar nestes projetos onde há a
combinação de várias experiências alicerçando visitas às vinhas, às adegas, passeios nas
quintas e herdades, provas de vinhos, refeições, alojamento entre muitas outras
atividades.
Estas quintas/hotéis podem ser encontradas em todo o território nacional
destacando-se entre elas o Douro e o Alentejo, uma vez que, é onde se encontram o
maior número de espaços dedicados ao enoturismo.
Um dos maiores concorrentes, para o nosso projeto de investimento é, por isso,
o Douro, porque é uma das mais antigas e belas regiões vinícolas de Portugal e do
mundo. Esta região apresenta uma vista para o vale do Douro, onde se veem quintas
produtoras de vinhos, há contacto com o rio e podemos usufruir de visitas a quintas e
às caves do vinho do Porto para além da participação nas próprias vindimas ou na pisa
da uva. Além da escolha do vinho para a refeição surge a oportunidade de ficar durante
a noite num hotel envolto com belíssimas paisagens.
A procura por estes espaços de lazer tem vindo a crescer devido à notoriedade
dos vinhos portugueses. No início, quando as empresas entraram neste setor
começaram a abrir os seus estabelecimentos para provas de vinhos para estimular as
vendas dos seus produtos. No entanto, esta procura foi evoluindo e as empresas
começaram a abrir restaurantes e a ter espaços para alojamentos.
Um dos outros fatores que podem ter levado ao aumento da procura são os
gostos/preferências dos consumidores por destinos em que haja “um maior contacto

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com a natureza e atividades que lhes permitam “desligar” das suas rotinas e fazer um
“detox” urbano” refere Maria Manuel Ramos, diretora de turismo da Sogevinus.

Região Oeste
Após conhecermos melhor o setor do enoturismo tanto em Portugal como no
mundo conseguimos perceber o aumento da procura destes serviços. Surge, então, a
pergunta “Porquê a escolha da região Oeste?”
A Região Oeste beneficia de um posicionamento territorial relativamente central
no quadro do espaço de Portugal Continental, inserindo-se no corredor que, entre as
metrópoles de Lisboa e Porto, melhor comportamento demográfico e económico tem
evidenciado no contexto nacional.

A região apresenta uma luminosidade intensa, em que a costa marítima e o


campo se interligam, e é de clima muito ameno. É um espaço unido por uma herança
cultural comum, cimentada em séculos de cultura da vinha e num apego muito forte à
terra e ao mar. Esta é especial devido, principalmente, às seguintes características:

• Recursos naturais, paisagísticos e patrimoniais privilegiados;


• Serras de Montejunto, Aire e Candeeiros;
• Castelo de Óbidos, Alenquer e Torres Vedras;
• Conventos da Graça, em Torres Vedras, de S. Francisco, em Alenquer, e
Stº António, no Varatojo;
• Praias de areia fina como o arquipélago das Berlengas e a tranquila Lagoa
de Óbidos.
• Mosteiro de Alcobaça - Património Mundial da Unesco, Óbidos –
Património Nacional desde 1951

Esta região, ainda que central, é de fácil acesso, e com uma variedade de opções
de deslocação para a mesma, podendo os potenciais clientes deslocarem-se através de
autoestradas como a A1 ou A8, ou ainda para quem preferir deixar o carro em casa e ir
de transportes públicos, o comboio.
Mais especificamente, o concelho do Bombarral por se localizar na região do
circuito de “Rota da Vinha e do Vinho do Oeste”, beneficia da possibilidade de quem
assim optar, ter a oportunidade de visitar o “Circuito das linhas de Torres”, o “Circuito

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de Óbidos” ou o “Circuito das Quintas de Alenquer”, os três incluem experiências
diferenciadoras que conjuntamente com o projeto de investimento hotel + restaurante
permitiriam obter uma experiência rural e típica.
Já para quem preferir uma estadia com visitas mais perto da hospedagem pode
sempre optar por visitar as Quintas do Sanguinhal, das Cerejeiras, de São Francisco ou
dos Loridos. Esta última permite a prova de vinhos em grupo ou individual, com
atendimento personalizado tendo em conta a preferência de vinho dos visitantes, o que
para o serviço de luxo pretendido tornaria a experiência ainda mais diferenciadora face
aos concorrentes, principalmente fora da região.
Analisando o enoturismo específico da região reparamos que, em comparação
aos últimos 20 anos, a região oeste aparece no topo apresentando os maiores níveis de
produtividade face às restantes regiões produtoras de vinho, verificando-se um
crescimento de mais de 66% face a 2011, tornando-se assim atrativa não só para lazer
como para trabalho.

Face ao ano de 2020, verificou-se um acréscimo da exportação de vinho desta


região para países como França, Reino Unido, EUA ou Brasil, o que demonstra ser um
bom indicador para motivar os consumidores deste tipo de vinho a virem conhecer a
região, descentralizando o turismo das grandes cidades.
A procura por este tipo de experiências envolventes tem aumentado na região,
no entanto não existe ainda na mesma um projeto de investimento para turismo de
luxo, um fator determinante para a evolução positiva do mesmo.
Ao analisarmos a oferta hoteleira notamos que existe apenas um hotel na região,
existindo posteriormente alojamentos locais que se apresentam preferenciais. Este

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hotel denominado de “Hotel Comendador” está localizado perto do centro do
Bombarral, no Largo Comendador João Ferreira Dos Santos, 2540-033 Bombarral.
Devido à sua localização encontra-se a 20 e 10 minutos de carro das praias de Peniche e
a da vila de Óbidos, respetivamente. O Comendador fica a 3,6 km do Bacalhôa Buddha
Eden, um conhecido jardim local, está a 40 minutos de carro do Santuário de Fátima e a
45 minutos de carro para a cidade de Lisboa. A propriedade está avaliada, de forma
geral, no site da Booking em 7.3, no entanto são apresentadas algumas críticas
relativamente ao conforto, comodidade e relação qualidade-preço.
Face a esta última é notório uma grande diferença entre os preços do
estabelecimento hoteleiro e dos alojamentos locais, podendo em alguns casos, para o
mesmo período de estadia e com as mesmas condições de comodidade, existirem
diferenças de mais de 100€. Todavia, a localização do hotel torna-se inatingível quando
comparada com a dos estabelecimentos de AL.

Quais as principais diferenças do nosso projeto comparativamente ao Douro?


Comparativamente a um dos nossos maiores concorrentes neste setor, o nosso
projeto pretende oferecer não só experiências únicas para os consumidores, como
também permitir usufruir de um conjunto de atividades que promovem interatividade
entre as famílias.

E comparativamente ao mundo?
Um dos fatores que influenciam a procura turística são as condições
meteorológicas e estas revelam-se importantes na escolha das pessoas para o seu
destino turístico. O clima em Portugal é mais favorável do que em França, uma vez que
no país francês neva mais, o que faz com que as pessoas não se desloquem para as
provas de vinho nestas regiões por essa mesma razão.
Devido a este fator produtivo do lado da procura poderá levar a que as pessoas
se desloquem a Portugal, aumentando assim as exportações e a um aumento do
enoturismo nas regiões.

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Desenvolvimento do projeto

Procura no nosso destino

A região Oeste foi reconhecida nacionalmente desde sempre como uma das
prediletas dos portugueses para passar uns dias de férias ou visitar com a família,
especialmente nas épocas de sazonalidade. No entanto, nos últimos anos tem crescido
não só o turismo nacional como internacional, isto é, a percentagem de turistas
estrangeiros na região tem aumentado, algo que se tem verificado na percentagem de
hóspedes não residentes nos principais estabelecimentos de alojamento locais, em que
aproximadamente 50% dos hospedados não são de origem portuguesa.
O processo de decisão da escolha de um ponto turístico a visitar, pode ser, em
alguns casos, difícil de tomar. Fatores como os rendimentos, tempo disponível,
diferentes motivações psicológicas, sociais ou até de ostentação são determinantes para
a escolha do destino turístico a visitar. Para além destes fatores, e assumindo o
pressuposto de que a alternativa a trabalhar é gastar o rendimento e tempo em
atividades de lazer, o turista irá defrontar-se com diversas alternativas como: local,
formas de alojamento e o meio de transporte necessário para chegar ao seu destino de
férias.
Por isso, o grupo decidiu, como já foi referido anteriormente, investir num
projeto de criação de um hotel + restaurante de luxo voltado para o enoturismo. Através
deste projeto pretendemos criar experiências únicas direcionadas a um público-alvo de
luxo, de classe média/alta, com interesse por experiências de enoturismo, na faixa etária
dos 30 aos 65 anos, podendo ser ou não residentes em Portugal e com disponibilidade.
O consumidor desta experiência estaria predisposto a alocar proporções fixas do
seu rendimento para usufruir da estadia no hotel, no entanto consideraria este bem
como substituto, uma vez que existe um outro hotel na região principal concorrente do
nosso projeto. A tipicidade, ruralidade e contacto com a natureza presente no
Bombarral seriam fatores decisivos na tomada de decisão, assim como, a procura por
experiências que compensam o espírito requintado, luxuoso, aventureiro, apreciador da
cultura e gastronomia portuguesa do turista.

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Tendo em conta que o hotel é um projeto diferenciador, apresentaria uma
elasticidade da procura inelástica, por se dirigir ao segmento de consumidores de
rendimentos elevados. Todavia, ainda que pelas mesmas razões, a elasticidade procura-
rendimento poderá seguir duas vertentes: ser diferente da anterior e apresentar-se
como elástica, obtendo o estabelecimento hoteleiro maior procura por parte da
população com menor nível de rendimento que manifesta uma elevada sensibilidade à
procura deste tipo de bens aquando do aumento dos rendimentos; ou, ser semelhante
à primeira e mostrar-se inelástica, isto é, ainda que ocorra uma diminuição dos
rendimentos, estes consumidores são menos sensíveis à variação no preço e mantém-
se fiéis aos destinos turísticos a que pretendem ir.

Oferta no nosso destino

Cada vez mais os turistas procuram experiências autênticas em locais mais


calmos e descontraídos, onde o contacto com a natureza é um fator de destaque. Por
isso, o grupo decidiu apostar num hotel rural constituído por 20 quartos, com
aproximadamente 40 camas e com a possibilidade de, se necessário, adicionar camas
extras ao local.
O hotel está localizado no Bombarral e disponibiliza quartos que estão mobilados
e tem acesso a uma varanda privada com vista para as vinhas. Estão equipados com ar
condicionado, acesso Wi-Fi gratuito, acesso a uma televisão e estacionamento gratuito
no local. Os turistas do hotel têm acesso direto ao restaurante na qual podem desfrutar
de produtos regionais, da própria gastronomia local e ainda dos vinhos que se produzem
na quinta.
A quinta/restaurante disponibiliza diversas infraestruturas adequadas à
realização de eventos como casamentos, batizados, galas e outros. Está inserida num
local agradável, requintado, onde está sempre presente o contacto com a natureza e
uma região com forte poder vitivinícola.
O foco do nosso projeto turístico baseia-se em atividades e experiências mais
relacionadas com o enoturismo, ou seja, numa vertente mais luxuosa em que
oferecemos a possibilidade de os turistas visitarem as vinhas e as adegas e perceberem

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como é que todo este processo de criação do vinho é desenvolvido e quais os meios
necessários para a sua concretização. No entanto, se quiserem poderão participar na
pisa ou na colheita da uva que a quinta tem para oferecer. Os visitantes podem também
fazer passeios nas vinhas da qual desfrutarão do contacto com a natureza e das belas
paisagens da região. A quinta e o restaurante organizam provas de vinhos para os
turistas que quiserem experimentar e saborear o nosso vinho alicerçado a uma
experiência inesquecível de sabores e tradições.
Para além dessas atrações e serviços referidos anteriormente, também podemos
oferecer programas que permitem a interação entre as famílias e promover momentos
de descontração entre eles. As ofertas do hotel, na vertente familiar, baseiam-se na
realização de atividades desportivas e culturais na quinta que vão desde a oportunidade
de fazer campismo à possibilidade de realizar um conjunto de atividades na serra de
Montejunto (escalada, trilhos) que permite o contacto com a natureza.
Uma vantagem existente neste projeto é a proximidade entre a região de
Bombarral e outras localidades próximas como a Nazaré, Peniche, onde as famílias
poderão ainda usufruir dos desportos náuticos que essa região tem para oferecer,
destacando-se entre elas o surf pelas características únicas das ondas e o Bodyboard, tal
como os diversos eventos desportivos que atraem muitos portugueses e muitos
estrangeiros para essas regiões. Também são organizadas visitas a essas regiões para as
pessoas conhecerem a cultura, história e as tradições desses locais.
No que toca à acessibilidade, o Bombarral é um local com bastantes opções de
transporte. Para lá chegar, podemos deslocar-nos de carro, autocarro ou comboio. Nas
visitas organizadas pelo hotel, o transporte também estará incluído no preço de cada
experiência, para que os hóspedes não tenham de se preocupar com a organização da
mesma.
Do ponto de vista da estratégia de marketing que poderemos aplicar ao hotel,
esta passará pela divulgação dos diversos eventos nas redes sociais e pela divulgação do
espaço e das experiências que este oferece. Para além disso, o hotel marcará presença
em sites como o Booking ou TripAdvisor para facilitar o aluguer dos quartos por parte
dos hóspedes. Por último, iremos investir numa campanha de publicidade com outdoors
na autoestrada A8, que é um dos principais acessos à região.

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Indicadores de medição

Taxa de ocupação

A taxa de ocupação de um hotel consiste numa percentagem que se baseia no


número de quartos que estão preenchidos face ao nº total de camas. Neste caso
assumimos que teremos uma taxa líquida de ocupação igual à do setor na área do
Bombarral que corresponde a 28.4%. Assumindo que o hotel possui 20 quartos
constituídos por 2 camas cada um, corresponde a aproximadamente 40 camas/pessoas
(com possibilidade de camas extras). Verificando assim que este hotel apresenta como
taxa de ocupação 11 camas.

É importante ainda referir que estes valores foram calculados numa base anual,
o que não impede que os valores em determinadas alturas do ano, como é o caso do
verão, atinjam valores superiores aos referidos.

Índice de Saturação Turística

Este índice corresponde ao rácio entre o número de turistas (tanto portugueses


como estrangeiros) e a população residente total. Através do cálculo deste indicador
verificamos que representa aproximadamente 78%.

Permanência Média

Relativamente a este indicador que relaciona o número de dormidas totais com


o número de turistas, verificamos que a maioria dos hóspedes ficam cerca de 1.6 dias
alojados no hotel rural.

Índice de Preferência

Através do índice de preferência observamos de que forma a região é impactada


com o turismo. O rácio entre o número de turistas do Bombarral (9969) e o número
global de turistas no país (2 625 000) leva-nos a uma percentagem de preferência de
apenas 0.4%. Constatamos que este valor é muito reduzido, no entanto, esperamos que
com o nosso atual investimento no hotel rural permita contornar a situação atual e
potenciar o desenvolvimento e dinamização da região.

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Índice de Sazonalidade
Este rácio permite-nos avaliar as variações da sazonalidade da procura de um
bem/serviço. Através deste conseguimos analisar as tendências e identificar quais as
melhores atividades de acordo com cada época. Tal como já era de esperar a
concentração de dormidas é mais intensa de julho a setembro, destacando em
particular a época das vindimas em setembro e outubro, traduzindo assim este
indicador em 39.2%.

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Conclusão
Com este trabalho propusemo-nos a criar um projeto turístico inovador numa
região portuguesa. Enquadrámos o setor em que este se insere no mundo, em Portugal
e na região em si. Desenvolvemos o projeto, focando nas necessidades dos
consumidores, pensando nas componentes de ligação e fornecendo o que consideramos
ser a melhor oferta.

Posto isto, a criação do hotel rural com restaurante dar-se-ia na região do


Bombarral, que como explicado ao longo do corpo do trabalho, é uma região promissora
para o enoturismo, principalmente devido à rota dos vinhos em que esta está
enquadrada e ao forte crescimento do setor vinícola na mesma.

A oferta de diversas experiências, tanto as de luxo, ligadas às experiências que


envolvem o vinho, tanto as familiares, com todas as diversas atividades que lhe estão
associadas permitem uma maior incrementação de valor para o estabelecimento. Estas
permitem a abrangência de diversos tipos de consumidores e, portanto, uma maior
rendibilidade.

Tendo em conta os indicadores de medição, pudemos observar que a região


escolhida poderia não ser a preferencial numa primeira análise. No entanto, tendo em
conta as variáveis qualitativas referidas acreditamos que seria uma grande
potencialidade.

Assim, postas todas as condições e todas as análises em ponderação, concluímos


que o nosso projeto tem uma perspetiva rentável, associada a uma experiência
diferenciadora, numa região com um grande potencial de crescimento e, que o nosso
projeto poderia impulsionar ainda mais.

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Bibliografia
• https://www.publituris.pt/2021/09/08/enoturismo-o-papel-na-recuperacao-
do-turismo-em-portugal
• https://www.turismodeportugal.pt/SiteCollectionDocuments/estrategia/progra
ma-acao-enoturismo-et2027-mar-2019.pdf
• https://www.vagamundos.pt/enoturismo-douro-melhores-quintas/
• https://turismodocentro.pt/regiao/oeste/caracterizacao-da-regiao
• http://www.cm-bombarral.pt/

• https://www.revistadevinhos.pt/tendencias/a-industria-do-vinho-no-pos-
pandemia

• https://www.clubevinhosportugueses.pt/vinhos/portugal-entre-os-10-maiores-
paises-produtores-de-vinho/

• https://www.ivv.gov.pt/np4/2435.html

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