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Diagnostico PT8 23-24 PDF
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I – Oralidade
1. Para cada item (1.1. a 1.5.), seleciona a opção que completa a frase, de acordo com o sen do do texto.
1.1. As florestas tropicais são exemplos de regiões
(A) localizadas no Ár co.
(B) em que os invernos são longos e rigorosos.
(C) com clima quente e húmido.
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Mentoria, Mar m Paiva
II – Leitura
Texto A
Compromisso geracional
A questão ambiental surge como problema significa vo a nível mundial por volta dos anos 70, evidenciando
um conjunto de contradições entre o modelo dominante de desenvolvimento económico e industrial, baseado
no crescimento sem regras, e a realidade social e ambiental. Essas contradições revelaram-se na degradação dos
ecossistemas e da qualidade de vida das populações levantando ameaças à con nuidade da vida, primeiro de
5 algumas espécies e por fim dos seres humanos, a longo prazo. O problema dos resíduos nucleares, a
contaminação de linhas de água e o desaparecimento da floresta tropical foram os primeiros sinais sérios de
aviso.
[...]
A questão ambiental veio agregar à realidade contemporânea uma faceta inovadora pela sua capacidade de
10 relacionar problemas até então aparentemente desligados, por mostrar a universalidade – embora com
variações regionais – dos temas ambientais contemporâneos e por alertar para a necessidade de se promoverem
mudanças efe vas que garantam a con nuidade e a qualidade da vida a longo prazo.
O nosso tempo colocou o problema de um compromisso geracional, da necessidade de um pacto de
preservação das gerações futuras e o princípio da u lização prudente e racional dos recursos naturais, bem como
15 a noção da sua finitude e universalidade. Em suma, o conceito de desenvolvimento sustentável. Tudo isto
significa que, às ameaças sociais, polí cas e económicas de sempre, acrescem agora os impera vos ambientais
de como administrar e garan r recursos vitais e finitos como o ar, o solo, a água e os recursos energé cos – para
citar os mais óbvios.
O crescimento ininterrupto da população e a globalização (que levou a cultura do consumo ao mundo todo)
20 levaram a um aumento fenomenal do uso de energia. A procura de petróleo e gás con nua a crescer.
Concomitantemente, cresce exponencialmente a poluição do ar e dos solos.
[...]
No leque de escolhas que se nos apresentam, algumas realidades quo dianas clamam que não haja
leviandade na resposta aos apelos de reintrodução de hábitos de frugalidade e de procura de soluções
25 energé cas de longo prazo. O aumento de doenças relacionadas com a alimentação, com os níveis de ruído e
com a poluição do ar, bem como as alterações climá cas são apenas exemplos.
Podemos reinventar a escrita, a arte, o design, a moda e a arquitetura. Podemos reinventar a economia, o direito,
a sociologia e todas as outras criações humanas. O mesmo não acontece ao ar, à água e ao solo. Esses não são
nossos, sempre lá es veram e lá con nuarão, se os deixarem. É uma decisão cole va e muito, muito urgente.
Manuel Tavares, in No cias Sábado, 26 de abril de 2008
1. Seleciona, em cada item (1.1. a 1.7.), a opção correta rela vamente ao sen do do texto.
1.2. Os primeiros indícios de que o modelo vigente poderá contribuir para o fim da espécie humana foram
(A) a existência de resíduos nucleares, a contaminação das águas e o desaparecimento da floresta
tropical.
(B) o fim de algumas espécies, a construção de mais indústrias e o crescimento desregrado da população.
(C) o consumo cada vez maior de energias não renováveis, a alteração gené ca de plantas e a
preservação da diversidade das espécies.
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Mentoria, Mar m Paiva
1.3. A tese defendida pelo autor ao longo do texto é a seguinte:
(A) a questão ambiental é um problema de todos nós.
(B) os problemas ambientais derivam da industrialização.
(C) a responsabilidade de resolução das questões ambientais é das gerações futuras.
1.5. O cronista refere uma série de criações humanas que podem ser reinventadas para demonstrar que
(A) a Terra possui recursos finitos que não podemos recriar.
(B) o ser humano é uma espécie extremamente cria va.
(C) as artes e outras criações humanas serão eternas.
1.6. A locução “bem como” (linha 25) pode ser subs tuída por
(A) nomeadamente. (B) por outras palavras. (C) e ainda.
Lê o seguinte texto, com muita atenção. Em caso de necessidade, consulta o glossário que é apresentado a
seguir ao texto.
Texto B
Sorriso, diz-me aqui o dicionário, é o ato de sorrir. E sorrir [...] é rir sem fazer ruído e executando
contração muscular da boca e dos olhos. [...]
O sorriso, meus amigos, é muito mais do que estas pobres definições, e eu pasmo ao imaginar o autor
do dicionário no ato de escrever o seu verbete, assim a frio, como se nunca vesse sorrido na vida. Por aqui se
5 vê até que ponto o que as pessoas fazem pode diferir do que dizem. Caio em completo devaneio e ponho-me a
sonhar um dicionário que desse precisamente, exatamente, o sen do das palavras e transformasse em fio-de-
prumo a rede em que, na prá ca de todos os dias, elas nos envolvem.
Não há dois sorrisos iguais. [...] temos o sorriso de troça, o sorriso superior e o seu contrário humilde,
o de ternura, o de ce cismo, o amargo e o irónico, o sorriso de esperança, o de condescendência, o deslumbrado,
10 o de embaraço, e (por que não?) o de quem morre. E há muitos mais. Mas nenhum deles é o Sorriso.
O Sorriso (este, com maiúscula) vem sempre de longe. É a manifestação de uma sabedoria profunda,
não tem nada que ver com as contrações musculares e não cabe numa definição de dicionário. Principia por um
leve mover de rosto, às vezes hesitante, por um frémito interior que nasce nas mais secretas camadas do ser. Se
move músculos é porque não tem outra maneira de exprimir-se. Mas não terá? Não conhecemos nós sorrisos
15 que são rápidos clarões, como esse brilho súbito e inexplicável que soltam os peixes nas águas fundas? Quando
a luz do sol passa sobre os campos ao sabor do vento e da nuvem, que foi que na terra se moveu? E contudo era
um sorriso.
Mas eu falava de gente, de nós, que fazemos a aprendizagem do sorriso e dos sorrisos ao longo da vida
própria e das alheias. [...]
20 A tudo isto é que eu chamo sabedoria. [...]
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Mentoria, Mar m Paiva
Dir-me-ão que não cabe tanto no sorriso. Eu digo que cabe. Soube-o a noite passada, quando foi ele a
única resposta para a insónia e para os monstros do pesadelo nascido no sono onde o corpo acabou por deslizar,
cansado e aflito. Sorrir assim, mesmo sem olhos que nos recebam, é o verbo mais transi vo de todas as
gramá cas. Pessoal e rigorosamente transmissível. O ponto está em haver quem o conjugue.
25
José Saramago, «O sorriso», Deste Mundo e do Outro, 5.ª edição, Lisboa, Editorial Caminho, 1997
VOCABULÁRIO:
verbete (linha 4) – conjunto de significados respeitantes a um vocábulo num dicionário.
diferir (linha 5) – ser diferente, divergir.
devaneio (linha 5) – imaginação, sonho, fantasia.
fio-de-prumo (linha 6/7) – instrumento usado para verificar a direção ver cal de uma parede.
ce cismo (linha 9) – dúvida, incredulidade.
condescendência (linha 9) – tolerância, indulgência.
frémito (linha 13) – estremecimento, tremor.
insónia (linha 22) – falta de sono, dificuldade em dormir.
1. Nos dois primeiros parágrafos do texto (linhas 1-7), o autor dá a sua opinião sobre o significado que
encontrou, num verbete de dicionário, para a palavra «sorriso».
Indica a opinião apresentada pelo autor sobre o conteúdo desse verbete do dicionário, jus ficando a tua
resposta com uma expressão do texto.
3. Relê o excerto: «Não conhecemos nós sorrisos que são rápidos clarões, como esse brilho súbito e
inexplicável que soltam os peixes nas águas fundas?» (linhas 14-15)
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3.3. Explica de que forma a expressão «... sorrisos que são rápidos clarões...» valoriza a descrição de
«sorriso».
4. No final do texto, o autor declara: «Sorrir assim, mesmo sem olhos que nos recebam, é o verbo mais
transi vo de todas as gramá cas. Pessoal e rigorosamente transmissível. O ponto está em haver quem o
conjugue.» (linhas 24-25)
IV – Gramá ca
1. Escreve uma palavra que corresponda a cada alínea, respeitando a classe de palavras iden ficada em
cada coluna. Preenche cada linha de modo que, na horizontal, figurem só palavras da mesma família.
2. Para cada uma das afirmações que se seguem (itens 2.1. e 2.2.), seleciona a alterna va que completa
cada afirmação corretamente.
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Mentoria, Mar m Paiva
3. Considera a seguinte conversa entre o Francisco e a Maria, que teve lugar no mês passado e reescreve no
discurso indireto a fala do Francisco, procedendo a todas as alterações necessárias.
4. Escreve, para cada alínea, a forma do verbo apresentado entre parênteses, de acordo com o tempo e o
modo indicados.
b) Pretérito imperfeito simples do indica vo – Já em 1993, (haver) ins tuições preocupadas com o
desenvolvimento sustentável.
V – Escrita
O texto B apresenta uma reflexão sobre o valor do sorriso. Um sorriso pode ser muito especial. Redige um
texto narra vo em que recordes ou imagines uma situação na qual um sorriso tenha do um papel
fundamental.
Constrói a narra va, desenvolvendo a ação num espaço e num tempo determinados e descrevendo a
personagem ou as personagens interveniente(s).
Bom trabalho!
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