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REDUPLICAÇÃO VERBAL EM LÍNGUAS BANTU VIVI
REDUPLICAÇÃO VERBAL EM LÍNGUAS BANTU VIVI
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REDUPLICAÇÃO VERBAL EM LÍNGUAS BANTU. CASO DE DA LÍNGUA
EMAKHUWA
ii
Nampula, Junho de 2023
Classificação
Indicadore
Categorias Padrões
s Pontuação Nota do
Subtotal
máxima tutor
Índice 0.5
Aspectos Introdução 0.5
Estrutura organizaci Discussão 0.5
onais Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução
Descrição dos objectivos 1.0
Metodologia adequada ao
2.0
objecto do trabalho
Articulação e domínio do
Conteúdo discurso académico
(expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão
Revisão bibliográfica
nacional e internacional 2.0
relevante na área de estudo
Exploração dos dados 2.5
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e tamanho
Aspectos Formataçã
de letra, paragrafo, 1.0
gerais o
espaçamento entre linhas
Normas
Referência APA 6ª
Rigor e coerência das
s edição em
citações/referências 2.0
Bibliográfi citações e
bibliográficas
cas bibliografi
a
iii
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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iv
ÍNDICE
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ......................................................................................... 7
BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................... 12
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1. INTRODUÇÃO
Os números aproximados de línguas africanas que se têm apresentado em diversas pesquisas,
caracterizam a África como um continente diversificado em termos linguísticos (e culturais),
devido a vários fatores históricos, sociais, ideológicos etc., agregados ao continente. Ou seja,
ainda encontrarem-se obstáculos sobre o número taxativo das línguas africanas, o que faz com
que o seu levantamento ainda não tenha atingido resultados precisos, pois, existem reduplicação
da temática dessas línguas (QUIRAQUE 2017).
Reduplicação, é um processo natural que consiste na emersão de associações de forma repetida,
a duplicação e o redobro, tornando-se essencial para tomar como ponto de partida a incursão
em dicionários a fim de que o recorte temático não suscite qualquer tipo de sobreposição
semântica indesejável. Para alcançar essa tarefa, é necessário fazer consulta a um dicionário
(HOUAISS & VILLAR, 2001).
A variante da língua Emakhuwa é de referência, e muito falada na província de Nampula, uma
parte de Cabo Delgado, uma parte de Niassa e uma parte da Província da Zambézia,
respectivamente. A língua Emakhuwa pertence às línguas moçambicanas mais estudadas
(Kröger 2006). Portanto, para este trabalho de campo, objectivou descrever as reduplicações
mais frequentes na língua emakhuma, que é umas línguas bantus mais faalda em Moçambique.
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Dentre várias razões a história da diversidade linguística e cultural em África fundamenta- se
em três:
A chegada, nos anos 200 a 300 d.C, de vários grupos populacionais à região Austral da
África, que foram substituindo e/ou se misturando gradualmente as comunidades
primitivas Koi e San (Khoisans), processo que ficou conhecido por expansão Bantu,
grupo etnolinguístico conhecedor da técnica de ferro e da agropecuária. A expansão
deste povo teve como consequência a proliferação de inúmeras línguas e seus dialetos
hoje falados na parte meridional de África, incluído Moçambique, conhecidas por
línguas bantu.
A penetração, no século IX, dos primeiros mercadores árabe-persas à costa oriental e
norte africana como árabes, indianos, chineses, indonésios e persas (PANGAIA, 2013),
o que contribuiu para o surgimento de novos grupos linguísticos em África, a exemplo
do eKoti, kiMwani e Nahara em Moçambique, os kiSwahili na Tanzânia, Zâmbia,
Malawi, Quênia etc., aumentando, assim, a diversidade linguística e cultural daquele
continente.
A entrada de várias colônias britânicas, alemãs, franceses, portuguesas etc. Por exemplo
a chegada do português Diego Cão, em 1484, e posterior luta dos portugueses pela
conquista terras angolanas, e a chegada do navegador português Vasco da Gama a
Moçambique, em 1498, e posterior início da penetração portuguesa, em 1505. Estes
marcos coloniais também contribuíram para a entrada de várias línguas indo-europeias
em África cujas algumas delas goza do estatuto de línguas oficiais em muitos países
africanos (QUIRAQUE 2017).
Geográfica e politicamente, Moçambique está distribuído em três regiões (norte, centro e sul)
que constituem as 11 províncias do país. Por outro lado, tradicionalmente o país está dividido
em territórios de linhagens. Trata-se de territórios delimitados normalmente por rios,
montanhas, picadas ou simples árvores, dirigidos por um chefe máximo tradicional que recebe
o nome de Régulo (FERNANDO, 1996).
Em todas as regiões de Moçambique, a questão de linhagens é um assunto pertinente. Isto é,
cada indivíduo pertence a uma linhagem territorial que pode ser matrilinear ou patrilinear.
Assim, assuntos como casamentos, ritos tradicionais etc. também são guiados por tradições de
cada linhagem. Regionalmente, a zona norte é composta por uma comunidade que
majoritariamente pertence à linhagem matrilinear (QUIRAQUE 2017).
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2.1. Língua Emakhuwa
A língua emakhua em Moçambique e falada em quatro províncias, sendo Nampula, Cabo
Ddelgado, Niassa E Zambézia.
Conforme o instituto Nacional de Estatistica em 1999 a população que falavam emakhua
estiam-se em três milhões de indivíduos. A língua emakhua pertence ao rupo P.30 encontrando-
se na zona Este-Central, que e identificada como sendo 5/5/.
De acordo com, refere que a lingua emakhua compreende as seguintes variantes. Elomuwe,
Emakhua, Emarevoni, Emeetto,Enahara, Esaaka, Esankaci E Eshirima. Para este trabalho de
foi tratada língua emakhua, falada na sua maioria na cidade de Nampula.
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2.3. O verbo
Para Ngunga (2004) verbos são palavras que servem para relatar os factos, as acções, descrever
Os estados, seres, situações, etc. Este autor, acrescenta que em muitas línguas o verbo
conjugado trás consigo as marcas do sujeito sobre o qual se faz a afirmação, o tempo em que o
fenómeno tem lugar, o número dos sujeitos sobre os quais se faz a afirmação, etc. Várias são as
definições apresentadas por outros estudiosos, mas, para o âmbito desta abordagem, os pontos
de vista que se apresenta na medida em que, retomando o pensamento apresentado por Ngunga
(2004) encontra-se a representação da acção como por exemplo.
Anakhu galinhas;
Etene todos
Ceele térmite
Imba enxada
Ambiinli dois o ova medo
Oodowa foi u uthu farinha
Wuunla chorar
Kuni lenha
Muthu pessoa
Baba pai
A flexibilidade estrutural deste visa adequá-lo a diferentes morfemas que nele se adjuntam ou
acoplam particularmente na forma radical ou de base verbal com finalidades referenciais
diversificados, tal é o caso da marca do sujeito (MS) que refere ao elemento sobre o qual se
faz a afirmação, o momento ou tempo em a acção, facto têm lugar; marca de objecto (MO)
etc. (Norombi, 2005, p. 9).
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palavra que se requer uma outra correspondente.” Concretamente, um determinado substantivo
determina a forma do verbo seguinte (Lingu 2006). O verbo concorda com o sujeito em número
e género. O adjectivo concorda com o substantivo em número e género. Por isso, os géneros
em Português tem sido em dois, podem ser masculino e feminino, os substantivos com
diferentes formas de singular e plural e mais outros, como por exemplo locativo, abstracto e
infinitivo nominal. Os verbos seguem a concordância na seguinte maneira:
Como por exemplo os nomes mulombwana “homem” e alombwana “homens”, que são
caracterizados pelos prefixos mu- no singular e a- no plural, requerem que o verbo concorde
com o nome através do prefixo verbal u- respectivamente a-. Por sua vez, os nomes ittelo
“peneira” e vittelo “peneiras” com os seus prefixos respectivamente.
Mulombwana unoogwa. O homem está a cair.
Alombwana anoogwa. Os homens estão a cair.
Ittelo inoogwa. A peneira está a cair.
Vittelo vinoogwa. As peneiras estão.
2.6. Nome
O nome é constituído pela raiz e prefixo nominal que indica a classe gramatical do nome. As
dez das várias classes nominais elas se agrupam em pares cujos membros alteram entre singular
e plural. Como por exemplo.
Classe singular plural
1ª mulobwana homem alobwana homens
2ª Muhale cana doce mihale canas doces
3ª Libwe pedra mabwe pedras
4ª Ittelo peneira vittelo peneiras
2.7. As classes
As classes MU- e A- “homem (s)” sendo que essas duas classes são constituídas pelos nomes
que muitas vezes referem a seres humanos ou as suas profissões
Mulombwana ukakata mutengo wa koko que refere o homem cortou um coqueiro.
Muhiyana ugula somba que refere que a mulher comprou peixe.
Alombwana kokakata mutengo wa koko refere que os homens cortaram um coqueiro.
Ahiyana kohogula somba que refere que as mulheres compraram peixe.
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CONCLUSÃO
A reduplicação é um recurso que a própria língua encontra para exprimir frequência e repetição
de acções, ela realiza-se sob duas formas: a total e parcial. A reduplicação total ou completa é
aquela em que a parte que se repete é idêntica à base. Quase que sempre, o verbo reduplicado
expressa o sentido de repetição, interactividade, frequência de acções, factos e estados. Dado
importante é que, em quase todas as línguas moçambicanas, os verbos reduplicados totalmente
têm formas não reduplicadas correspondentes na língua e que são parte do vocabulário de cada
uma dessas línguas.
O verbo nas línguas moçambicanas pode deriva-se de outros verbos a partir de um processo
denominado reduplicação. Existem três tipos de reduplicação: reduplicação total ou completa,
reduplicação fossilizada e reduplicação de verbos dissilábicos. Os verbos reduplicados trazem
a interpretação de repetição, interactividade ou frequência dos eventos ou acções.
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BIBLIOGRAFIA
Kröger, Oliver. 2006. “Algumas Notas Gramaticais Sobre a Língua Emakhuwa.”
Lingu, Monografias. 2006. “Algumas Notas Gramaticais Sobre Imarenje.”
Massimaculo, Pedro Alberto. 2003. “Reduplicacao Verbal Em Eshirima.”
Dissertação (Mestrado em Linguística) – Faculdade de Letras e Ciências Sociais, Universidade
Eduardo Mondlane, Maputo-Moçambique, 2014.
CÂMARA JÚNIOR, Joaquim Mattoso. Língua e cultura. In: UCHÔA, Carlos Eduardo Falcão.
(Org.). Dispersos de J. Mattoso Câmara Jr. 9. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Lucerna,
2004 [1955].
QUIRAQUE, ZACARIAS ALBERTO SOZINHO. 2017. “Zacarias Alberto Sozinho
Quiraque.”
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