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Lingua Portuguesa 1 Material - Didatico
Lingua Portuguesa 1 Material - Didatico
PORTUGUESA
Núcleo de Educação a Distância – www.unigranrio.com.br
Rua Prof. José de Souza Herdy, 1.160 - 25 de Agosto - Duque de Caxias - Rio de Janeiro (RJ)
Reitor
Arody Cordeiro Herdy
Pró-Reitor de Administração Acadêmica
Carlos de Oliveira Varella
Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-graduação
Emilio Antonio Francischetti
Pró-Reitora de Ensino de Graduação
Virginia Genelhu de Abreu Francischetti
Regência Verbal
Emprego da Crase
1. Crase...........................................................................................................................27
Colocação Pronominal
1. Casos de Próclise.........................................................................................................31
2. Casos de Mesóclise......................................................................................................32
3. Casos de Ênclise...........................................................................................................32
Nova Ortografia
Língua Portuguesa 3
2. O Acordo Ortográfico..................................................................................................37
3. Emprego do Hífen........................................................................................................40
4. Uso de Maiúsculas e Minúsculas..................................................................................43
5. Separação Silábica.......................................................................................................45
1. Fatores de Coerência...................................................................................................56
2. Informatividade...........................................................................................................58
3. Intertextualidade........................................................................................................58
Referências.....................................................................................................................59
Língua Portuguesa 4
A Leitura e a Escrita no
Mundo Contemporâneo
Língua Portuguesa
1. O Papel e o Sentido da Leitura e da Escrita no Mundo
Contemporâneo
Em um mundo construído por meio da palavra, é imprescindível que se façam diversas leituras, sejam
elas técnicas (ligadas às áreas de atuação) ou espontâneas (escolhidas livremente pelo leitor, de acordo
com seus gostos pessoais).
A escrita possibilita ao homem vencer suas demandas. Algumas situações informais – tais como
escrever um bilhete, um e-mail, uma carta etc. – ou até mesmo em situações formais – como escrever
um relatório, uma carta comercial etc. – exigem habilidades de escrita que passam pela prática
prévia da leitura.
Dessa forma, a leitura e a escrita são duas atividades fundamentais em um mundo pós-moderno e
repleto de oportunidades.
Língua Portuguesa 6
Na era da informação e da tecnologia avançada, o processo de globalização fica ainda mais evidente.
As diferenças culturais não se limitam às barreiras geográficas e comportamentais.
MULTIMÍDIA
A leitura pode ser a grande diferença que leva ao caminho do sucesso. Assista ao vídeo indicado e
veja o porquê de a leitura ser vital. https://www.youtube.com/watch?v=zd0VoQRrTGQ
O ser humano precisa considerar o impacto das novas tecnologias da informação e comunicação
no seu cotidiano. O homem contemporâneo dispõe de mais recursos de comunicação e informação do
que o homem da década de 1930. Porém, não basta dispor de tais meios; é preciso saber utilizá-los em
seu benefício.
Nesse sentido, merecem atenção especial o “analfabeto funcional” (aquele que lê e escreve, mas não
compreende e nem elabora um texto coeso e coerente) e o “analfabeto digital” (aquele que não faz uso dos
recursos digitais). Nesse cenário, conclui-se que uma pessoa que não sabe ler e nem escrever percebe em
um grau infinitamente menor o impacto de uma sociedade informada e informatizada.
Língua Portuguesa 7
Atualmente, o mercado de trabalho exige do profissional não apenas os requisitos básicos de seu
ofício. O recrutador leva em consideração uma série de outras habilidades que o candidato a uma vaga
pode oferecer.
OBS: A autonomia e a capacidade de resolver problemas também são pontos importantes para se
conseguir uma boa colocação profissional.
Ainda na temática leitura, é preciso considerar que há textos literários e não literários. Os textos
literários são plurissignificativos e remetem a outras significações, pois expressam os sentimentos de quem
os escreve, por meio, geralmente, de figuras de linguagem, recriando, de forma estética, a realidade.
Romances, contos, textos dramáticos e poemas são exemplos de textos literários que exigem do leitor
um olhar analítico. Ou seja, é preciso que o leitor infira o que está além da “superficialidade”.
Língua Portuguesa 8
1.1 Texto Literário
Nesse sentido, a pessoa que lê poemas, contos, romances e crônicas terá mais facilidade de
compreender, interpretar e redigir um texto de qualquer modalidade, bem como fazer uso de
intertextualidades.
O texto não literário é objetivo e transmite, de forma clara, o ponto de vista de quem escreve, sem a
utilização de figurações.
Bom
trabalho! Aprenda essa
incrível receita...
Língua Portuguesa 9
Além disso, o texto não literário é de caráter informativo e tem ênfase na informação, no conteúdo.
Bulas de remédios, manuais de instrução e artigos de opinião são exemplos de textos não literários.
2. Gêneros Textuais
Podemos citar como exemplos de gêneros textuais: bilhete, diário pessoal, agenda, anotações, carta
pessoal, carta comercial, romance, conto, crônica, novela, poema, artigo de opinião, resumo, resenha,
artigo científico, ensaio, comunicação escrita, blog, e-mail, bate-papo virtual, Facebook, videoconferência,
Second Life (realidade virtual), fórum, lista de discussão, aula-chat, aula expositiva, reunião de condomínio,
debate, palestra, entrevista, propaganda, depoimento, piada, sermão, cardápio, lista de compras, bula
de remédio, horóscopo, manual de instruções, inquérito policial, telefonema, charge, história e tira em
quadrinhos, canção etc.
MULTIMÍDIA
Para compreender melhor o conteúdo, assista ao vídeo sobre gêneros literários. https://www.
youtube.com/watch?v=Eiu5PWn-wfE
Língua Portuguesa 10
Relativo à gramática internalizada.
●● Desenvolver o gosto pela leitura. Ler jornais, revistas, romances, contos, poemas, textos
publicitários, artigos científicos, resenhas, ensaios etc.;
●● Observar as características de textos verbais (orais ou escritos) e textos não verbais (imagens,
gráficos, símbolos, desenhos etc.;
●● Analisar o título e considerar o estilo do autor. Isso facilita o entendimento e direciona o esquema
de leitura;
●● Considerar as características de textos literários e não literários e seus elementos constitutivos;
●● Aumentar vocabulário. Para isso, é preciso estar atento às novas palavras encontradas em textos
diversos e consultar sempre o dicionário. Deve-se ler o texto na íntegra, no mínimo duas vezes,
atentamente, antes de tentar responder a qualquer questão. Novas ideias devem ser assimiladas
a cada leitura;
●● Estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor, definindo o tema e a mensagem;
●● Analisar o texto em partes (como introdução, desenvolvimento e conclusão) para uma melhor
compreensão, procurando entender quais foram os pontos básicos apresentados em cada um
dos parágrafos;
●● Relacionar a leitura feita a outras leituras (de gêneros variados), estabelecendo uma interação
entre elas e promovendo novas formas de compreensão e interpretação do texto.
MULTIMÍDIA
Assista ao vídeo indicado e veja outras dicas sobre interpretação de texto.
https://www.youtube.com/watch?v=P6dFGN3b5LI
Língua Portuguesa 11
Concordância Nominal
e Verbal
NOMINAL
VERBAL
Língua Portuguesa
1. Concordância Nominal
Gênero Número
Masculino e Singular e
Feminino Plural
A concordância nominal deve ser feita com base no artigo, no adjetivo, no pronome adjetivo e no
numeral adjetivo aos quais o nome se refere.
b) O adjetivo posposto a dois ou mais substantivos de gênero e número diferentes ou vai para o
masculino plural ou concorda com o substantivo mais próximo.
●● Ex2.: Os jornalistas e o fotógrafo eminente chegaram cedo ao local da reportagem. (Nesse caso,
somente o fotógrafo é eminente).
c) O adjetivo, anteposto a dois ou mais substantivos concorda, geralmente, com o mais próximo.
Língua Portuguesa 13
e) Quando o sujeito for um pronome de tratamento, o predicativo concorda com o sexo da pessoa a
quem nos dirigimos.
●● Ex3.: Entrada boa. (Sem o verbo, concorda com a palavra a que se refere).
g) Quando as palavras são adjetivas, devem concordar com o nome a que se referem.
ANEXO, INCLUSO, MESMO, PRÓPRIO, OBRIGADO, AGRADECIDO, GRATO, APENSO, QUITE, LESO.
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9. Os relatórios estão apensos aos autos.
h) As palavras BASTANTE, MEIO, MUITO, POUCO, CARO, BARATO, LONGE e SÓ podem funcionar
como adjetivo ou como advérbio. Elas seguem a seguinte regra: como adjetivo, estarão ligadas a um
substantivo e concordarão normalmente com ele. Entretanto, como advérbio, elas estarão ligadas a um
verbo, a um adjetivo ou a outro advérbio e ficarão invariáveis.
Veja exemplos:
2. Os alunos são bastante inteligentes. (“bastante” está ao lado de um adjetivo, sendo, assim, um
advérbio).
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11. As bolsas eram baratas.
Obs.: A locução adverbial “a sós” é invariável e significa “sem mais companhia”. Portanto, pode ser
usada com sujeito no singular também.
A expressão TAL QUAL concorda em gênero e número com os elementos determinados. Assim também
ocorre com a palavra TAL como determinante.
Já a palavra POSSÍVEL só irá para o plural se houver determinantes no plural, como artigos (os, as).
Caso contrário, ficará invariável.
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2. Concordância Verbal
Geralmente, o verbo concorda com o sujeito em pessoa e número. Observe os exemplos a seguir:
MULTIMÍDIA
Antes de conhecer um pouco mais sobre concordância verbal, assista ao vídeo da música
“Inútil”, do Ultraje a Rigor. https://www.youtube.com/watch?v=qxRRxN5Lx3o
a) O verbo vai para a 3ª pessoa do plural, caso o sujeito seja composto e anteposto ao verbo. Se o sujeito
composto for posposto ao verbo, este irá para o plural ou concordará com o substantivo mais próximo.
Mesmo na concordância atrativa, o verbo refere-se, ideologicamente, a todos os elementos mencionados.
Exemplos:
b) O verbo haver, no sentido de existir ou referindo-se a tempo, é impessoal e não admite sujeito.
O mesmo ocorre com o verbo fazer referindo-se a tempo. Esses verbos ficam na 3ª pessoa do singular.
As locuções com esses verbos ficarão no singular também.
Exemplos:
Língua Portuguesa 17
O verbo haver, quando não possui o sentido de existir, é o primeiro verbo da locução.
Exemplos:
c) O verbo ficará no singular ou no plural se o sujeito coletivo for especificado com o substantivo no plural.
Exemplos:
d) Havendo exclusão da palavra ou, o verbo fica no singular. Se o verbo se referir aos dois sujeitos, irá
para o plural.
Exemplos:
●● Flamengo ou Vasco ganhará o campeonato. (Somente um time poderá ser campeão, portanto,
há ideia de exclusão)
●● O ônibus ou a barca passam em Niterói. (Os dois transportes passam em Niterói)
Se o substantivo é um nome próprio usado com artigo plural, o verbo concordará com o artigo.
Exemplos:
e) Quando aparece nas expressões É MUITO, É POUCO, É SUFICIENTE, É BASTANTE, que denotam
quantidade, distância, peso etc., o verbo ser fica sempre no singular.
Exemplos:
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f) Quando o sujeito, que indica quantidade aproximada, for formado de um número plural precedido
das expressões CERCA DE, MAIS DE, MENOS DE, o verbo vai para o plural.
Exemplos:
A expressão MAIS DE UM deixa o verbo no singular. Se houver ideia de reciprocidade, o verbo vai para
o plural.
Exemplos:
g) Quando o SE é “pronome apassivador”, o verbo concorda com o sujeito paciente. Isso ocorre com os
verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos. Portanto, a frase está na voz passiva sintética.
Exemplos:
h) Quando o SE é “índice de indeterminação do sujeito”, o verbo fica no singular. Isso ocorre com os
verbos transitivos indiretos, intransitivos ou de ligação.
Exemplos:
●● Precisam-se de webdesigners.
●● Trabalha-se muito aqui.
●● Está-se feliz estudando.
●● Confia-se em professores especializados.
MULTIMÍDIA
Leia a letra da canção “Nunca”, de Lupicínio Rodrigues, e perceba o cuidado que o cantor Nelson
Gonçalves (seu intérprete) tinha com a concordância verbal, a ponto de fazer adaptações na letra
para mantê-la. https://www.vagalume.com.br/lupicinio-rodrigues/nunca.html
Língua Portuguesa 19
Regência Verbal
Língua Portuguesa
1. Regência Verbal: Verbos de uma Regência
Regência verbal é a relação entre o verbo e seus complementos. Dessa forma, observar a regência de
um verbo é verificar se ele é regido ou não por preposição.
Língua Portuguesa 21
“Meu professor de análise sintática era o tipo do sujeito inexistente. Um
pleonasmo, o principal predicado da sua vida regular como um paradigma da
1a conjugação. Entre uma oração subordinada e um adjunto adverbial, ele não
tinha dúvidas: sempre achava um jeito assindético de nos torturar com um
aposto. Casou com uma regência. Foi infeliz.
Era possessivo como um pronome. E ela era bitransitiva. Tentou ir para os EUA.
Não deu. Acharam um artigo indefinido em sua bagagem. A interjeição
do bigode declinava partículas expletivas, conectivos e agentes da
passiva, o tempo todo. Um dia, matei-o com um objeto direto na
cabeça.” (Paulo Leminski)
MULTIMÍDIA
Acesse o link indicado para ler e ouvir a canção “Metamorfose ambulante” de Raul Seixas. Nela,
o cantor usa o verbo “preferir” com uma regência inadequada à norma culta. No entanto, a música
é um texto literário e, como tal, não fica presa às regras gramaticais. https://www.vagalume.com.
br/raul-seixas/metamorfose-albulante.html
Língua Portuguesa 22
●● No sentido de caber, pertencer: exige a preposição a.
Esquecer/lembrar
Observação: Na tradução do título do filme Home Alone (sozinho em casa), conhecido, em português
como “Esqueceram de Mim 2”, há uma inadequação quanto à regência. Segundo a norma culta, o título
deveria ser: “Esqueceram-se de mim” ou “Esqueceram-me”.
Visar
Língua Portuguesa 23
Querer
Proceder
Pagar/ perdoar
●● Se tem por complemento uma palavra que denote alguma coisa, tais termos não exigem preposição.
●● Se tem por complemento uma palavra que denote uma pessoa, tais termos são regidos pela
preposição a.
Informar
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b. Pode-se informar alguma coisa a alguém.
Obs.: Os verbos noticiar, avisar, cientificar e proibir têm o mesmo tipo de regência que o verbo
informar.
Implicar
Custar
●● No sentido de acarretar, exigir, obter por meio de, usa-se sem preposição.
Língua Portuguesa 25
Emprego da Crase
Língua Portuguesa
1. Crase
A crase é a fusão de duas vogais idênticas. Ela é representada
graficamente pelo acento grave( `). De maneira geral, ocorre crase
quando um verbo exige a preposição a ou quando há uma palavra
feminina determinada pelo artigo a ou as.
Exemplo:
●● Diante de nomes de lugar (“Venho de” não tem crase, mas “venho da” tem).
●● Com os pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s) e aquilo, quando houver um verbo que,
por regência verbal, venha acompanhado da preposição a.
Língua Portuguesa 27
●● Com o pronome demonstrativo a.
●● Antes de verbo.
Língua Portuguesa 28
●● Antes de pronomes de tratamento, exceto em: senhora, senhorita,
madame e dona (este último pronome quando estiver antecedido
de adjetivo)
Língua Portuguesa 29
Colocação Pronominal
Língua Portuguesa
1. Casos de Próclise
A Próclise é definida como a colocação do pronome átono antes do verbo. Ela ocorre quando alguma
palavra atrai o pronome.
Na colocação pronominal, entende-se que o pronome oblíquo átono pode ocupar algumas posições
em relação ao verbo:
Veja um caso de próclise (o advérbio de lugar aqui atrai o pronome para perto) no logo da Estação das
Letras: “Aqui se faz Literatura”.
d) Conjunções subordinativas.
Língua Portuguesa 31
Próclise facultativa
a) Com os substantivos.
●● Ex.: Foi à palestra tarde, mas me encontrou. / Foi à palestra tarde, mas encontrou-me.
●● Ex.: Não lhe chamamos antes para não o incomodar. / Não lhe chamamos antes para não
incomodá-lo.
2. Casos de Mesóclise
Mesóclise é a colocação do pronome no meio do verbo. Ocorre com o verbo futuro do presente ou do
pretérito, quando não há nenhuma palavra exigindo a próclise.
3. Casos de Ênclise
Ênclise é a colocação do pronome depois do verbo. Ocorre quando nenhuma palavra exige a próclise.
Veja alguns casos:
Língua Portuguesa 32
a) No início do período.
●● Ex.: Passe-me o queijo. (não é permitido, na língua culta, começar frases por pronome oblíquo)
Língua Portuguesa 33
Nova Ortografia
Língua Portuguesa
1. As Novas Regras de Acentuação
Você sabe como surgiu a Língua Portuguesa?
Breve história da LP
Partimos da premissa de que não há língua que permaneça uniforme e que todas elas mudam.
O conhecimento histórico do passado é imprescindível para quem usa e se interessa por uma
determinada língua.
●● A língua portuguesa pertence ao grupo de línguas originárias do latim, língua que era falada pelo
povo romano. Desse grupo, fazem parte o espanhol, o francês, o italiano, o romeno, o rético, o
sardo, dentre outros idiomas.
●● O latim foi introduzido na Península Ibérica por volta do século III a.C. Os romanos venceram a
chamada Guerra Púnica contra os cartagineses e deram início à romanização da Ibéria, que se
tornou uma província de Roma.
Língua Portuguesa 35
1.1 Fases da Língua Portuguesa
2
●● Fase Proto-Histórica – Estende-se do século IX ao XII. Nesta fase,
encontram-se nos documentos redigidos em latim algumas palavras
portuguesas.
Língua Portuguesa 36
●● Período Fonético – Começa com os primeiros documentos escritos em
português e vai até o século XVI. A língua era escrita para o ouvido, com certa
3.4 flutuação na escrita. Era possível encontrar duas ou mais grafias para a mesma
palavra. Ex.: omrra (honra), ceeo (céu), composison (composição)...
2. O Acordo Ortográfico
Você já conhece as novas regras de acentuação? Acompanhe!
Língua Portuguesa 37
Observações:
01
Hiato oo - não mais recebe acento circunflexo.
Abençoo, creem, deem, leem, enjoo, perdoo, zoo.
Era assim Ficou assim
Abençôo Abençoo
Vôo Voo
Enjôo Enjoo
Magôo Magoo
Foi abolido o acento circunflexo na terceira pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos crer,
dar, ler, ver e os seus derivados.
Além disso, também foi abolido o acento nos ditongos abertos éu, éi, ói nas palavras paroxítonas.
Língua Portuguesa 38
Era assim Ficou assim
Assembléia Assembleia
Idéia Ideia
Heróico Heroico
Jibóia Jiboia
As letras I e U tônicas que formam hiato com a vogal anterior, quando precedidas de ditongo, não são
mais acentuadas.
Observações:
●● Nos demais casos, nada muda. As letras I e U receberão acento agudo se ficarem sozinhas na
sílaba ou acompanhadas de S, se vierem precedidas de vogal e não forem seguidas de N ou NH.
Ex.: saída, saíste, saúde, balaústre, baús, rainha, caindo, campainha.
A letra U dos grupos GUE, GUI, QUE, QUI, se fossem átonos, recebiam o trema; se fossem tônicos, eram
acentuados. Agora, nem trema nem acento.
Língua Portuguesa 39
Os verbos terminados em UAR oferecem duas pronúncias. Em ENXÁGUE, uma forma rizotônica,
a vogal tônica é a letra A e deve ser acentuada. A outra pronúncia possível é ENXAGUE, em que a vogal
tônica é U.
●● Pôde (3ª pessoa do singular, do pretérito perfeito do verbo poder) para distinguir de pode (3ª
pessoa do singular, do presente do indicativo do mesmo verbo).
b. Dêmos (1ª pessoa do plural do presente do subjuntivo) para distinguir de demos (1ª pessoa do
plural do pretérito perfeito do indicativo);
3. Emprego do Hífen
Embaraçoso, complexo e controvertido. O emprego do hífen nas palavras prefixadas e nas compostas
sempre foi acompanhado desses comentários. As regras trazem mais dúvidas do que certezas, desde a
reforma de 1943. O atual acordo ameniza em parte as dificuldades, mas há pontos que continuam obscuros.
Há casos em que o acordo se omite; já em outros casos, não há clareza quanto ao uso ou não do hífen.
Língua Portuguesa 40
É aconselhada a consulta a um bom dicionário e ao VOLP
(Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa), da Academia
Brasileira de Letras.
●● Se a palavra for composta, deve-se seguir a norma que impõe o hífen sempre que o nome
composto sofrer alguma alteração em relação às partes que o formam.
●● Se houver prefixos, deve-se seguir as regras específicas de alguns deles e as normas gerais que se
aplicam aos demais.
●● Emprega-se o hífen em palavras compostas por justaposição (as palavras não sofrem alteração
fonética), sem elemento de ligação. Ex.: sul-africano, guarda-chuva, amor-perfeito, couve-flor etc.
●● Emprega-se o hífen nas palavras compostas iniciadas pelos prefixos ante-, anti-, auto-, circum-,
co-, contra-, entre-, extra-, hiper-, infra-, intra-, pan-, semi-, sobre, sub-, super-, supra-, ultra- etc.
Língua Portuguesa 41
●● Quando o prefixo termina com a mesma vogal que começa o segundo elemento: anti-ibérico,
auto-observação, contra-almirante, re-escrever. Obs.: O prefixo co-, quando se junta a outro
elemento iniciado por o, não é separado por hífen: cooperar, coordenar, coordenação.
●● Com os prefixos circum- e pan-, quando o segundo elemento começa por vogal, m, n, h:
circum-escolar, circum-navegação, pan-africano.
●● Com os prefixos hiper-, inter-, super-, quando o segundo elemento começa por r: hiperrequintado,
inter-racial, super-realista. Com os prefixos tônicos acentuados graficamente pós-, pré-, pró-,
quando o segundo elemento tem vida autônoma: pós-operatório, pré-escolar, pró-britânico.
●● Quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal diferente dela:
antiaéreo, autoestrada, coeducação, socioeducativo.
●● Não se usa mais o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r,
s ou vogal diferente.
Língua Portuguesa 42
Esta é uma amostra sucinta. Consulte uma boa
gramática, o VOLP, já citado, ou alguns manuais, como os
indicados na bibliografia.
Hífen
Segundo a Base XIX do novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, a letra maiúscula inicial é
obrigatória em:
Língua Portuguesa 43
Antroponômios (nomes próprios) sejam reais ou fictícios: Brasil, Branca de Neve, João, Pinóquio.
Toponômios (nomes de lugares), sejam reais ou fictícios: Bahia, Atlántida, Brasília, Pasárgada.
Nomes que designam instituições: Instituto do Servidor, Ordem dos Advogados do Brasil, Senado
Federal.
Nomes de festas, festividades e efemérides: Quaresma, Carnaval, Páscoa, Ramadã, Ano Novo, Dia
das Mães.
Títulos de jornais e revistas, que devem ser grafados em itálico: O Estado de São Paulo, Veja, O Globo,
A Tarde.
Os nomes de dias, estações e meses do ano: quarta-feira, sábado, domingo; janeiro, fevereiro, março;
primavera, outono.
Língua Portuguesa 44
5. Separação Silábica
Veja, a seguir, as principais regras:
As letras que formam os dígrafos rr, ss, sc, Os dígrafos ch, lh, nh, gu, qu. Ex.: es-qui-si-to,
msç, xc. Ex.: car-ro, as-sal-to, ex-ce-ção. ma-lha, ca-che-col.
Língua Portuguesa 45
Acentuação Gráfica e Pontuação
Língua Portuguesa
1. Regras de Acentuação Gráfica: Palavras Oxítonas,
Paroxítonas e Proparoxítonas.
A namorada
Havia um muro alto entre nossas casas.
Difícil de mandar recado para ela.
Não havia e-mail.
O pai era uma onça.
A gente amarrava o bilhete numa pedra presa
Por um cordão
E pinchava a pedra no quintal da casa dela.
Se a namorada respondesse pela mesma pedra
Era uma glória!
Mas por vezes o bilhete enganchava
Nos galhos da goiabeira
E então era agonia.
No tempo do onça era assim.
(BARROS, 2001, p.17)
Viu quantas palavras são acentuadas? A minoria. A rigor, apenas duas: difícil e glória.
Neste conteúdo, veremos as regras gerais e as especiais, além de um sinal de pontuação corriqueiro,
mas traiçoeiro: a vírgula – tão traiçoeiro que pode até matar uma pessoa. Veja:
Língua Portuguesa 47
Todas as palavras, com exceção dos monossílabos átonos, possuem sílaba tônica; no entanto, poucas
recebem acento. O princípio geral é que se acentuam as palavras que fogem ao padrão mais comum de
tonicidade. O uso do acento gráfico tem como finalidade marcar a sílaba tônica de algumas palavras e/ou
marcar o timbre aberto ou fechado de algumas vogais.
Exemplo:
●● ●● Oxítonas,
oxítonas, quando
quando a tonicidade
a tonicidade estáestá na última
na última sílabasílaba. Ex.: Paraná;
(Paraná);
●● ●● Paroxítonas,
paroxítonas, quando
quando a tonicidade
a tonicidade estáestá na penúltima
na penúltima sílaba.
sílaba Ex.: Caráter;
(caráter);
●● ●● Proparoxítona,
proparoxítona, quando
quando a tonicidade
a tonicidade estáestá na antepenúltima
na antepenúltima sílaba.
sílaba Ex.: Sábado;
(sábado).
●● ●● Há,ainda
Temos ainda,ososmonossílabos
monossílabostônicos
tônicos. Ex.:
(só, fé).Só, fé.
Essa frase é formada apenas por monossílabos, dos quais sol, já e pôs são pronunciados com maior
intensidade, enquanto que o e se são pronunciados fracamente, já que não têm acento próprio e apoiam-se
nas palavras que os antecedem ou os seguem; é como se fossem uma sílaba dessa outra palavra.
Monossílabos Átonos
Artigos: o, a, os, as, um, uns; pronomes pessoais oblíquos: me, te, se, o, a, os, as, lhe, nos, vos;
preposições: a, com, de, em, por, sem, sob; pronome relativo: que; e as conjunções: e, ou, que, se.
Língua Portuguesa 48
1.1 Monossílabos Tônicos
Oxítonas
São aquelas palavras cuja sílaba tônica é a última. São acentuadas, quando terminarem em A, E, O,
seguidos ou não de S, e quando terminarem em EM, ENS.
Exemplo:
Maracujás, Maringá, rapé, massapê, filé, mocotó, jiló, amém, armazém, parabéns, armazéns.
1.2 Paroxítonas
São aquelas palavras cuja sílaba tônica é a penúltima. São acentuadas quando terminarem em:
●● L: amável, lavável
●● X: ônix, fênix
●● N: abdômen, Éden.
●● R: âmbar, caráter.
Língua Portuguesa 49
1.3 Proparoxítonas
Casos especiais
a) Ditongos de pronúncia aberta éu, éi, oi: O acento nesses ditongos permaneceu nas palavras oxítonas
ou monossilábicas. Ex.: céu, anéis, dói, mausoléu, herói, pastéis.
Nas palavras paroxítonas, o acento foi abolido. Ex.: assembleia, ideia, heroico, jiboia.
b) Acentuação da letras i e u nos hiatos: As letras i e u tônicas que formam hiato com a vogal anterior
não são mais acentuadas quando precedidas de ditongo. Ex.: feiura, baiuca, boiuna.
Obs.1: O acento nas letras i e u foi mantido nas palavras oxítonas. Ex.: baú, Piauí, tuiuiú.
Obs.2: Nos demais casos, nada muda. As letras i e u receberão acento agudo se ficarem sozinhas na
sílaba (ou juntas com s), se vierem precedidas de vogal, e não forem seguidas de nh. Ex.: saída, saíste, saúde,
balaústre.
c) Os verbos ter e vir e derivados, no presente do indicativo, têm as terceiras pessoas do plural e do
singular acentuadas da seguinte maneira:
Verbo
Língua Portuguesa 50
3º Singular
3º Plural
se esqueça
Obs.: Não se esqueçade
deque
queaaterminação –eemdos
terminação–eem dosverbos
verboscrer,
crer,dar,
dar,ler,
ler,ver
vere seus
e seus
derivados nãoéémais
derivados não maisacentuada:
acentuada.eles
Ex.:creem,
eles creem,
leem,leem,
veem,veem, releem,
releem, descreem.
descreem.
Língua Portuguesa 51
2. Pontuação: Emprego da Vírgula
Você sabe usar a vírgula? Veja, a seguir, algumas regras sobre esse uso:
a) Para separar os termos da oração com a mesma função sintática, se não estiverem ligados por “e”.
●● Meninos, estudem.
●● “D. Glória, a senhora persiste na ideia de meter o nosso Bentinho no Seminário?” (Machado de Assis)
d) Para separar o adjunto adverbial, quando formado por várias palavras (locução adverbial) e em
ordem inversa.
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f) Entre as orações coordenadas assindéticas.
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k) Para separar os termos e orações intercaladas ou palavras denotativas.
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Acentuação Gráfica e
Pontuação
Língua Portuguesa
1. Fatores de Coerência
Coerência está ligada ao sentido. Um texto precisa ser compreendido por quem o lê, o ouve ou o
vê. No caso da arte, muitas vezes, esse parâmetro de coerência deve ser entendido de outra forma. O
quadro do pintor espanhol Salvador Dali ilustra adequadamente o sentido de uma obra de arte que,
como texto artístico, requer daquele que vê, uma compreensão de plurissignificação e conhecimento de
mundo sobre a questão do Surrealismo (movimento artístico que destaca o papel do inconsciente como
uma atividade criadora).
Língua Portuguesa 56
Para um texto ter coerência é preciso estar atento aos seguintes fatores:
Conhecimento de mundo:
Considera de que forma
este conhecimento será
compartilhado pelo
emissor e receptor.
Conhecimento linguístico:
Interlocutores: Deve-se Depende do domínio das
considerar a situação em regras gramaticais comuns
que se encontram suas aos interlocutores.
intenções de comunicação,
suas crenças, bem como
a função comunicativa
do texto.
Era meia-noite, o sol brilhava. As tartarugas voavam de galho em galho, ruminando a relva
fresca sob um intenso areal. Um homem velho, um pouco moço, nu com a mão no bolso,
em pé sentado, num banco de pedra feito de pau, lia um livro que estava fechado à luz de
um lampião apagado. E pensava nas quatro maravilhas do mundo que são três: a mulher e
a cachaça. E dizia calado:
“Antes morrer do que perder a vida” (Autor desconhecido)
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Perceba que, em uma primeira leitura, o texto parece incoerente. Isso ocorre porque apresenta
ideias contraditórias. Porém, se apresentarmos a informação de que esse texto foi produzido por um
bêbado, por exemplo, pode-se dizer que, nesse contexto, você o perceba “coerente”. Ou seja, dependendo
do contexto, da situação de produção, o texto pode ser considerado coerente ou incoerente. Dessa forma,
a contextualização, ou seja, a situação de um texto é um importante componente de coerência.
2. Informatividade
A informatividade está ligada ao conhecimento de mundo. Ela diz respeito ao nível de previsibilidade
da informação que o texto oferece. Se um texto apresentar apenas uma informação previsível, terá um
baixo nível de informatividade.
Ao contrário, um texto com alto grau de informatividade é aquele que apresenta informação
inesperada, ou seja, que acrescente ao leitor o que lhe faltava. Quanto mais imprevisível a informação
contida em um texto, maior seu grau de informatividade.
3. Intertextualidade
A intertextualidade diz respeito à relação de um texto com outros textos já produzidos.
Intencionalidade e Aceitabilidade
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Referências
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com/watch?v=zd0VoQRrTGQ>. Acesso em: 03 set. 2018.
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