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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação a Distância


Centro de Recurso de Quelimane

Nome da estudante
Código

Práticas de Fecalismo a Céu aberto na cidade de Quelimane: caso do bairro de Icidua

Quelimane, Fevereiro de 2023


Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação a Distância

Centro de Recurso de Quelimane

Nome do estudante

Código:

Práticas de Fecalismo a Céu aberto na cidade de Quelimane: caso do bairro de Icidua

Projecto cientifico a ser apresentada na Universidade Católica


de Moçambique, Instituto de Educação a Distância, Centro de
Recursos de Quelimane, como requisito exigido para a obtenção
do Grau Académico de Licenciatura em Ensino de Geografia.

Supervisor:

Quelimane, Fevereiro de 2023


Índice
CAPÍTULO I- INTRODUÇÃO............................................................................................................3

1.1. Introdução.......................................................................................................................................3

1.2. Delimitação do Tema......................................................................................................................4

1.3. Justificativa.....................................................................................................................................4

1.4.Objectivos da pesquisa....................................................................................................................5

1.5. Problematização..............................................................................................................................5

1.6. Perguntas de Investigação...............................................................................................................6

CAPITULO II- REVISÃO DA LITERATURA...................................................................................7

2.1. Conceitos Básicos...........................................................................................................................7

2.1.1. Participação Comunitária.............................................................................................................7

2.1.1. Conceito de Participação Comunitária........................................................................................7

2.2.1. Tipos/níveis de Participação........................................................................................................9

2.2. Fecalismo a Céu Aberto................................................................................................................10

2.3. Problemas relacionados com o fraco Saneamento Básico do Meio nas Comunidades................14

2.3.1. Doenças relacionadas com o fraco acesso a água......................................................................15

2.3.2. Doenças relacionadas com esgotamento sanitário e/ou fezes....................................................16

2.3.3. Doenças relacionadas com o lixo..............................................................................................18

2.3.4. Drenagem e maneio das águas pluviais.....................................................................................19

2.3.5. Doenças relacionadas com a localização da habitação..............................................................19

CAPÍTULO III - PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS............................................................21

3.1. Pesquisa quanto a abordagem.......................................................................................................21

3.2. Pesquisa quanto aos objectivos.....................................................................................................21

3.3. Pesquisa quanto ao Método de Abordagem..................................................................................22

3.4. Técnicas e Instrumentos de Colecta de Dados.............................................................................22


3.4.1.Entrevista....................................................................................................................................23

3.4.2. Observação................................................................................................................................23

3.4.3. Questionário...............................................................................................................................24

3.5. População e Amostra....................................................................................................................24

3.5.1. População...................................................................................................................................25

3.5.2. Amostra......................................................................................................................................25

3.6. Técnicas de tratamento de Dados.................................................................................................25

3.7. Cronograma..................................................................................................................................26

3.8. Orçamento.....................................................................................................................................26

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CAPÍTULO I- INTRODUÇÃO

1.1. Introdução
O mundo enfrenta um enorme deficit no saneamento básico, que está extremamente concentrado nos
países em desenvolvimento, onde uma em cada duas pessoas está privada de acesso a esses serviços.
A maioria dessas pessoas se encontra nos continentes asiático e africano, onde menos de metade de
todos os asiáticos têm acesso ao saneamento básico e dois em cada cinco africanos têm falta de
abastecimento de água (PNUD, 2006).

Relativamente às condições sanitárias, estima-se que em Moçambique, pouco mais de 45% da


população tem acesso ao saneamento adequado. A DNA (2007) define saneamento adequado como
serviços de saneamento que podem variar desde uma latrina melhorada até a ligação de um sistema
de saneamento urbano. Perante este cenário, parte considerável da população tem adoptado padrões
comportamentais nocivos à saúde e ao ambiente. A maior parte da população não tem latrinas,
prática o fecalismo a céu aberto, utilizando principalmente as matas.

Nesta ordem de ideias, o presente projecto científico com tema “Práticas de Fecalismo a Céu aberto
na cidade de Quelimane: caso do bairro de Icidua”, tem como objectivo geral analisar o contributo
da Participação Comunitária na eliminação das práticas de Fecalismo a Céu aberto, uma vez que as
províncias de Zambézia e Nampula, segundo estudos feitos pela FANTA (2012) apresentam uma
amostra de 50% da população que não possuem latrinas melhoradas e as necessidades pessoais são
supridas nas zonas de preservação ambientais.

Assim, para a materialização do trabalho, usar-se-á diversos procedimentos metodológicos, que


justificarão, com maior destaque, os dados colhidos. Deste modo, a pesquisa quanto a abordagem
será mista, com maior enfoque qualitativa e de natureza dedutiva e bibliográfica, onde se usará
também a entrevista com base no questionário bem como a análise documental.

Portanto, o trabalho está estruturado em três capítulos: o primeiro capítulo é inerente à introdução,
onde compreende a problematização, perguntas de pesquisa, objectivos, justificativa e a delimitação
da pesquisa. O segundo capítulo, diz respeito à fundamentação teórica, onde aparecem ideias de
diferentes autores referentes ao tema em estudo. Já no terceiro capítulo, são apresentados os
procedimentos metodológicos, os elementos que vão garantir a recolha das informações da pesquisa,
isto é, a apresentação, análise e interpretação dos dados.
3
1.2. Delimitação do Tema
O tema Intitulado “Práticas de Fecalismo a Céu abertoˮ será desenvolvido na cidade de
Quelimane, no bairro de Icidua, bairro este que Juridicamente faz parte do posto
administrativo urbano número 2 e localiza-se nos arredores do litoral da cidade de
Quelimane, numa distância aproximadamente de 7 quilómetros para o centro da Cidade,
com uma área estimada em 290,2 hectares e cerca 8523 habitantes. Limitada: A Norte pelo
bairro Sangariveira, a sul pelo rio dos Bons sinais, a Este rio Txipaca e a Oeste temos rio
Mirozone, vulgo Muarua. (CMCQ, S/D).

1.3. Justificativa
A escolha deste tema justifica-se por um lado, pela crença de que participação comunitária poderá
contribuir em muito na promoção do saneamento, ou seja, na diminuição da prática de fecalismo a
céu aberto no bairro de Icidua e consequentemente a promoção da saúde das pessoas residente neste
bairro. Por outro lado, pelas constantes observações de situações causadas por esta prática, como são
os casos da poluição visual e do ar, proliferação de vectores causadores de doenças, como por
exemplo as moscas, entre outras causas que atentam contra a saúde dos moradores. Referir que a
realização do trabalho em questão possui as seguintes relevância:

Quanto a relevância individual, de aferir que a escolha deste tema, deveu-se por a proponente
possuir contacto directo com o bairro Icidua, e de ter verificado que o fecalismo a céu aberto é uma
realidade que tem se arrastado desde os tempos atrás, e em função disso, tem se registados varias
doenças nas épocas de precipitação criando assim uma vulnerabilidade de doenças de veiculação
hídrica influenciado pela ausência de um saneamento do meio adequado criando assim uma brecha
da autora desenvolver esta pesquisa de modo trazer mecanismos para reverter a situação lastimável
que o bairro esta a passar.

A nível científico, sem dúvidas, o estudo irá servir de base, no repertório documental e cientifico da
universidade, porque acredita-se que com este trabalho traremos algumas ideias claramente
alicerçadas as de vários autores conceituados nesta temática, assim como experiencias dos Países
que apresentavam esta situação e os possíveis meio de solucionar este problemática e poderá ajudar
os futuros estudantes em caso de procurarem referências no que diz respeito a tema semelhante para
os próximos tempos.

A nível social, o estudo pretende fazer entender os moradores do bairro em estudo que a pratica de
fecalismo a céu aberto constitui um dos elementos geradores de ma qualidade de vida e da saúde das

4
pessoas dando aos moradores possibilidade de gerirem a questão do saneamento de modo a se
reduzir caso de doenças relacionado com o fecalismo a céu aberto na área me estudo.

1.4.Objectivos da pesquisa
Gerais
 Compreender de que forma a participação comunitária influenciara no combate da prática de
fecalismo a céu aberto no bairro Icidua, cidade de Quelimane.

Específicos
 Identificar as medidas adoptadas pela comunidade de Icidua que visa a minimizar a prática
de fecalismo a céu aberto;
 Descrever a contributo da participação comunitária no combate a prática de fecalismo a céu
aberto, no bairro Icidua;
 Propor medidas para minimizar a prática de fecalismo a céu aberto no bairro Icidua.

1.5. Problematização
Actualmente, o mundo tem enfrentando um grande défice no que se refere ao saneamento básico do
meio onde em cada dez (10) pessoas, seis (6) estão privadas do acesso a esses serviços devido as
péssimas condições que a população está imposta em relação as condições financeiras, acabando se
habitar em zonas sem condições aceitáveis. Entretanto, o último relatório divulgado pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef)
afirmou que cerca de 4,5 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso a saneamento básico seguro.

Portanto, fora de outros itens de saneamento do meio, em alguns bairros da cidade de Quelimane,
dispor de uma latrina é um luxo, na lógica a segundo a qual “ quem não tem cão caca com gatoˮ
dezenas de moradores recorrem ao mangal para preencherem as suas necessidades, tanto durante ao
dia como a noite. Mas a prática de fecalismo a céu aberto naquele local não é apenas o reflexo da
negligência das autoridades municipais locais e de falta de uma política de saneamento do meio
eficaz, é também cultural, ate porque grande parte dos residentes é oriundo do litoral, onde é hábito
defecar ao longo da praia.

A título de exemplo, segundo o Jornal Notícias edição Online (2017), os bairros de Icídua, Manhaua
e Madal são os bairros que mais casos de cólera têm registado na cidade de Quelimane. E o Bairro
em estudo apenas em 2016 registou mais de 1000 casos de diarreias e cólera. Isso deve-se em grande

5
parte pelas condições inadequadas de saneamento., cujas condições sanitárias inadequadas têm sido
um dos principais factores para propagação de doenças graves, com mais de quatro bilhões de casos
por ano, é uma das doenças que mais aflige a humanidade (causa de 30% das mortes de crianças
com menos de um ano de idade).

Diante disto, para que essa prática se concretize, faz-se necessária a presença da Participação
Comunitária com visão sistémica e integral do indivíduo, família e comunidade, capaz de actuar com
criatividade e senso crítico, mediante uma prática humanizada, competente e resolutiva, que envolve
acções de promoção, de protecção específica, assistencial e de reabilitação. Diante destas
constatações se coloca para esta pesquisa, a seguinte pergunta de partida:

 De que modo a Participação Comunitária pode contribuir na eliminação da prática de


Fecalismo a Céu aberto na cidade de Quelimane, bairro Icidua?

1.6. Perguntas de Investigação


Olhando para a natureza da pesquisa e do problema em estudo, levantam-se as seguintes perguntas:
 Que medidas são adoptadas pela comunidade de Icidua na eliminação da prática de
Fecalismo a Céu aberto?
 Qual é o contributo da Participação Comunitária na eliminação da prática de Fecalismo a Céu
aberto, no bairro Icidua?
 Que medidas a propor na eliminação da prática de Fecalismo a Céu aberto, de modo a
melhorar o estado Nutricional no bairro de Icidua?

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CAPITULO II- REVISÃO DA LITERATURA
Conforme foi mencionado na parte introdutória deste trabalho, o capítulo em destaque diz respeito à
Revisão da Literatura. Assim, é neste capítulo onde são discutidos os principais teóricos de
diferentes autores inerentes ao tema.

2.1. Conceitos Básicos

2.1.1. Participação Comunitária


A Participação Comunitária, como centro do poder local, está cada vez mais preparada e empenhada
na melhoria da saúde da população e tem competências para tal. Nesse sentido, a Participação
Comunitária deve ser detentora da chave para intervir em alguns factores socioeconómicos e
ambientais, condicionantes do estado nutricional da população.

2.1.1. Conceito de Participação Comunitária


O processo de participação desenvolve-se com base no confronto de interesses presentes, com
objectivos de se alargar na sociedade. Assim, o desenvolvimento social do ser humano exige a
participação deste nas definições e na tomada de decisão da vida social que o afecta.A real
participação popular está subjacente a uma participação efectiva para os que realmente exercem a
sua cidadania. Estes ao exercerem a sua cidadania intervêm no planeamento, nas decisões e no
controlo das políticas públicas.

De acordo com Santos (2005), “Hoje a Participação Comunitária tem um papel importante na gestão
da comunidade. Esta gestão não tem a ver apenas com a administração. Num conceito muito mais
alargado de gestão, a Participação Comunitária é, por excelência, um órgão de acesso directo à
sociedade e por isso a chave no trabalho comunitário” (p. 69).

Conscientes dessa realidade, a Participação Comunitária tem competências definidas por lei para
melhorar afincadamente a qualidade de vida da comunidade, sendo esse o grande objectivo de
qualquer governante local.

Como diz Boog (2008):

A Participação Comunitária tem vindo já há algum tempo a trabalhar na


comunidade para a modulação dos factores ambientais condicionantes da
alimentação. A descentralização de competências tem atribuído à Participação
Comunitária cada vez mais responsabilidades e este acompanha essas
exigências, tendo um papel cada vez mais importante, assegurando a
7
promoção da saúde, a prevenção da doença e o bem-estar da população na
comunidade. (p. 45)

A Participação Comunitária tem cada vez mais um papel importante na promoção do bom estado de
saúde da população. De facto, a Participação Comunitária como órgão local de uma comunidade tem
todas as mais-valias para ela mesma ser a chave para a qualidade de vida desse espaço.

No que diz respeito a uma política de Nutrição e Alimentação, Ferreira & Magalhães (2007),
afirmam que “o papel da Participação Comunitária passa por enfatizar uma nutrição adequada e
actividade física, estabelecendo-as como uma prioridade para a qualidade de vida e apoiar a
educação alimentar, o envolvimento com parceiros, a comunicação, promovendo hábitos alimentares
saudáveis”. (p. 32)

Criar um ambiente propício para a saúde e responder às necessidades das comunidades, zelando pela
sua saúde e bem-estar. Na comunidade, a Participação Comunitária tem um espectro de actuação que
envolve muitas das suas competências e um campo de actuação absolutamente privilegiado pela
proximidade das populações. Aqui possui um conjunto diversificado de meios e formatos de
comunicação aos seu dispor que lhe permite uma posição única para fazer educação para a saúde
bem como comunicar com qualidade sobre alimentação e nutrição, atingindo diversos estratos
sociais e económicos da população, tentando influenciar consumos alimentares e melhorar a saúde e
o bem-estar das comunidades.

Assim, a Participação Comunitária pode ser um aliado importante da diferenciação regional, na


medida que vai reforçando as potencialidades já existentes, como a identidade alimentar regional e
estimular na promoção da saúde da região. Visto que a Participação Comunitária, depois de conhecer
a sua população e a realidade da comunidade, é capaz de intervir nas micro realidades aí existentes,
potencialidade que lhe fornece uma sensibilidade que qualquer outro profissional inserido
provavelmente não teria.

Portanto, a Participação Comunitária, sendo promotor de saúde pública da comunidade, actua como
gestor de vários projectos, comunicando e dando projecção a actividades efectuadas e eventos
desenvolvidos na área da saúde entre outras, que resultam no esforço da saúde das populações e no
reforço da imagem da comunidade que ficará mais forte, será vista como proactiva e reconhecida
como envolvida nas questões de saúde pública actuais.

8
2.2.1. Tipos/níveis de Participação
O acto de participação é visto em várias dimensões e visa contribuir para um determinado fim a que
os indivíduos se propõem atingir. Ao longo deste ponto vai-se desenvolver os tipos de participação
segundo os autores (Formosinho et al, 2011; Chichava, 1999; & Lima, 2001).

Lima, (1992, cit. em Formosinho et al, 2011) ao descrever a participação, afirma que este pode ser
vista obedecendo três formas:
 Participação formal– que está subjacente a forma de organização funcional de uma
organização concebido no seu sistema de comunicação seja ela interna ou externa. Neste tipo
de participação é estabelecido um conjunto de regras com estrutura que regulam o processo
de participação.
 Participação mista – estabelecida pela organização em função do que está pré-definido no
regulamento de funcionamento e das relações entre os indivíduos que nela se juntam.
 Participação informal – estabelecida por consensos entre os indivíduos dentro da
organização, tomando em conta as relações informais vinculadas entre estes dentro da
organização. Neste processo de participação não tem uma base escrita sobre os
procedimentos e nem uma estrutura orientadora. Nesta participação está assente os valores
que o grupo aceita em seguir.

Formosinho et al (2011), acrescenta que para perceber melhor a participação dos indivíduos nas suas
diferenciadas formas há necessidade de perceber o processo de envolvimento destes participantes.
Deste modo os actores apresentam três formas de envolvimento:
 Participação activa–onde os indivíduos têm a capacidade de auto-mobilização, estes
analisam, sugerem, tomam uma posição, contribuem e reagem positivamente ou
negativamente aos assuntos em debate.
 Participação passiva– estão em posição de estar fisicamente presentes, mas não aderem e
também não contrariam as decisões a serem tomadas e por outro lado não estão
estrategicamente formulando acções para mudar a sua posição perante a decisão.
 Participação alienante– uma posição de submissão, onde o que for decidido se segue
porque aqui os indivíduos não participam, mas vão seguindo o que for definido

9
Por outro lado, Chichava (1999) distingue a participação em sete formas que contribui na
organização e execução do processo de desenvolvimento, nomeadamente:
 Participação passiva– esta acontece depois de tudo ser consumado, comunica-se as
actividades a serem desenvolvidas pelas estruturas locais e sem uma prévia consulta as
comunidades abrangidas.
 Participação em informação–os indivíduos são apenas informantes das questões que os
investigadores pretendem obter, os indivíduos não são chamados a influenciar no processo.
 Participação pela consulta–está subjacente a recolha de informação na comunidade por um
agente exterior que analisa a informação recolhida e decide o seguimento. Este processo não
envolve a comunidade, apenas esta recebe as decisões tomadas.
 Participação por impulso–nesta participação é motivada por um aspecto, exemplo de
chonga Maputo, e quando este incentivo termina, as comunidades não participam.
 Participação funcional–as comunidades organizam-se em grupos para adquirir a um
programa implementado por agentes externos.
 Participação interactiva– as comunidades interagem com as autoridades governamentais,
participam na elaboração do plano, nas capacitações, na implementação dos planos, formação
das instituições locais e no seu fortalecimento.
 Auto-mobilização–as comunidades são dinâmicas, elas se organizam voluntariamente para
realizar mudanças no seu modovivendi. Estas vão a busca de recursos externos que possam
ajudar no melhoramento do seu desempenho e assegurar o seu fortalecimento.
Nesta forma de participação todos os interessados num determinado projecto, participam desde o
desenho, implementação, monitoria e avaliação. Todos os interessados fazem parte do processo e
asseguram a sua efectividade.

2.2. Fecalismo a Céu Aberto


De acordo com o Inquérito sobre o Orçamento Familiar publicada pelo Instituto Nacional de
Estatística (INE 2016), cerca de quarenta e dois por cento (42%) da população urbana de
Moçambique (3,4 milhões de pessoas) não tem acesso a infra-estruturas básicas de saneamento e,
cerca de dois terços do crescimento populacional de Moçambique está previsto nas áreas urbanas, o
acesso a melhores infra-estruturas de saneamento e serviços de saneamento nessas áreas continuará
sendo um desafio crítico.

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A falta de acesso ao saneamento melhorado é geralmente significativa nos aglomerados
populacionais informais e nas áreas periurbanas das 23 cidades moçambicanas com alta frequência
de surtos de cólera e diarreia generalizada e outras doenças transmitidas pela água, resultando em
alta mortalidade infantil.

Segundo Gomes (1995):

Desde a Independência Nacional em 1975, a provisão de serviços de


saneamento em Moçambique constitui um desafio, quer nas zonas
urbanas bem como nas zonas rurais. Em 1976, o Governo lançou em
1976 a Campanha Nacional de Saneamento com o lema “Uma família,
uma latrina”. Como resultado da campanha, muitas latrinas foram
construídas pelas famílias, nas zonas rurais e peri-urbanas, tendo a
cobertura de saneamento rural atingido 43%. (p. 32)
Porém, durante a campanha a educação para a mudança de comportamento de higiene e os aspectos
técnicos ligados à construção de latrinas sustentáveis, não foram considerados preponderantes, o que
levou a não sustentabilidade das intervenções. Para reverter o cenário, o Governo estabeleceu em
1985 o Programa Nacional de Saneamento a Baixo Custo (PNSBC), que teve como base o subsídio à
venda de latrinas melhoradas para as famílias das zonas peri-urbanas das cidades.

Existe pouca informação sobre o financiamento alocado às actividades de saneamento e higiene


rural, principalmente devido a: Ausência de uma discriminação clara das intervenções de
saneamento integradas em outros sectores; Difícil rastreio do financiamento à construção das infra-
estruturas uma vez que são financiadas pelas famílias. Todavia, em relação as zonas rurais,
decorridas cerca de quatro décadas o saneamento seguro nas áreas rurais cresceu de 3% em 2002
para 13,2% em 2015.

Entretanto, dados recentes do Censo da População (2017), indicam um crescimento da taxa de uso
de saneamento seguro nas zonas rurais, em 28%. Dados históricos de 2000 a 2015 mostram uma
tendência de redução do fecalismo a céu aberto de 68% para 48,5% respectivamente, equivalente a
cerca de 1,6% por ano. Neste contexto, caso o ritmo actual de decréscimo não seja alterado, só será
possível eliminar o fecalismo a céu aberto em 2043.

Este avanço não é ainda suficiente para o País, pois a falta de um saneamento melhorado custa aos
cofres do Estado, cerca de 4 mil milhões de meticais anualmente – equivalente a 1,2% do produto

11
interno produto – que se perdem maioritariamente devido às mortes prematuras, tratamento médico e
perdas de produtividade.

Devido ao seu carácter transversal, a resolução dos desafios de saneamento em Moçambique, requer
uma abordagem multisectorial com participação de todas entidades do Estado a todos os níveis, a
sociedade civil, o sector privado e os parceiros de cooperação e desenvolvimento, e que haja espírito
de colaboração interinstitucional para garantir melhores serviços a população moçambicana; daí a
visão de que o saneamento é responsabilidade de todos.

O Governo de Moçambique, estabeleceu no seu Plano Quinquenal (PQG 2014-2019) e nos


Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), metas nacionais que visam expandir o acesso
aos serviços básicos de saneamento e para a eliminação do fecalismo a céu aberto até 2025, bem
como para o acesso universal dos serviços básicos de saneamento seguro e higiene para as famílias,
escolas e unidades sanitárias até 2029.

Foi nesse contexto, que o Grupo Multisectorial de Saneamento, desenhou de Estratégia Nacional de
Saneamento Rural, o qual apresenta a visão, os princípios e as acções estratégicas a serem seguidas
no processo de implementação, bem como os papéis e as responsabilidades de cada um dos
intervenientes a vários níveis.

A Estratégia considera preponderante o papel das lideranças locais mas também a descentralização
das actividades, pois constitui uma oportunidade premente para alavancar os níveis de acesso aos
serviços básicos sustentáveis de saneamento e higiene, ao nível local. A teoria de mudança é um dos
elementos fundamentais, que a estratégia considera fulcral, pois para a implementação do
saneamento rural, uma mudança de comportamento ao nível comunitário, e não apenas individual,
que inclua soluções tecnológicas, inclusão de pessoas e famílias vulneráveis, contribuirá para o
alcance a longo prazo e à escala nacional, na melhoria da saúde pública e reflectindo no impacto da
saúde no desenvolvimento económico.

É necessário criar uma nova consciência social que reconhece os impactos negativos na saúde
individual e comunitária da prática de fecalismo a céu aberto, através da promoção de boas práticas
de higiene e de saneamento á escala, com enfoque na intensidade a todos os níveis e na qualidade da
intervenção. As acções devem ser coordenadas entre sectores, usando metodologias e abordagens
participativas testadas e que resultam no impacto desejado. Os meios de comunicação de massa
12
devem reforçar as actividades implementadas ao nível individual, familiar e comunitário,
considerando as dinâmicas e barreiras socioculturais prevalecentes.

Segundo Kamal (2005):

Para garantir a promoção do saneamento do meio zona rural, têm sido


implementadas abordagens participativas baseadas na comunidade. As
técnicas de maior destaque incluem visitas porta a porta, palestras, PHAST e
muito recentemente, o Saneamento Total Liderado pela Comunidade
(SANTOLIC) e marketing de saneamento. As intervenções nas comunidades
são feitas através de técnicos de medicina preventiva, APEs, Unidades
Móveis, professores, Empresas da Área Social (EAS) e Organizações Não-
Governamentais (ONGs). Esta estratégia visa estabelecer uma plataforma de
coordenação e interacção entre as abordagens, bem como promover a
intensificação das intervenções. (p. 89)

Por outro lado, a estratégia orienta para a mobilização de recursos, quer humanos, financeiros e
materiais a todos os níveis, para assegurar o alcance das metas e resultados preconizados. É também
necessário assegurar a introdução sustentável de mudanças institucionais com vista à
descentralização efectiva dos serviços de saneamento e higiene.

No que concerne ao financiamento do saneamento rural, destaca-se a necessidade de aumentar o


nível de financiamento a pelo menos 0,5% do PIB, alinhado com os compromissos internacionais. O
plano orçamental multissectorial, deve também permitir ter uma visão geral das dotações
orçamentais ao saneamento e promoção da higiene, e avaliar o nível de execução financeira em cada
linha orçamental a todos os níveis, incluindo o descentralizado.

O protocolo das comunidades livre do fecalismo a céu aberto, é um instrumento deveras importante
para alimentar todos os sectores, que lidam com as questões de saneamento, em particular das áreas
rurais. Por outro lado, as lideranças comunitárias, os profissionais de saúde nas Unidades Sanitárias
(técnicos de medicina preventiva, técnicos de saúde materno-infantil e agentes de medicina) e os
Agentes Polivalentes Elementares (APE) serão responsáveis pela recolha da informação ao nível dos
agregados familiares. Ao nível das escolas a informação será recolhida e agregada pelas respectivas
direcções, através dos professores responsáveis pela saúde escolar.

No processo de monitoria, os APEs irão trabalhar em estreita colaboração com as lideranças


comunitárias, os comités de saúde e os comités de água e saneamento existentes em cada

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comunidade, bem como com outros actores relevantes de extensão rural e escolas. A nível de cada
comunidade a monitoria será feita pelo líder comunitário de maior escalão existente ou em alguns
casos pelos líderes naturais, que irão articular com as organizações comunitária de base e reportar ao
Chefe da Localidade e sucessivamente aos níveis imediatamente acima. Ao longo da implementação
das acções estratégicas dever-se-á avaliar a possibilidade de premiação das comunidades que
alcancem o estatuto LIFECA. Ao nível central, os ministérios deverão assegurar que os quadros de
monitoria incluam indicadores do saneamento e higiene.

2.3. Problemas relacionados com o fraco Saneamento Básico do Meio nas Comunidades
Os problemas que afectam as comunidades, destacam-se na maioria das vezes a partir da
inacessibilidade do saneamento básico do meio, como é o caso da intensa poluição dos recursos
hídricos (água), em particular de mananciais de abastecimento de água das comunidades; a
deficiência no sistema de drenagem que contribui para a ocorrência de enchentes (cheias); as
precárias condições para a colecta e destinação do lixo; a poluição do ar (Lopes, 2004).

Os parasitas em geral possuem duas fases de vida: uma dentro do hospedeiro e outra no meio
ambiente. Enquanto estão no corpo do hospedeiro, eles possuem condições ideais para seu
desenvolvimento, como temperatura e humidade adequadas, além de dispor de alimento em
abundância.

Quando estão no meio ambiente, ao contrário, estão ameaçados e morrem com facilidade, devido à
luminosidade excessiva, à presença de oxigénio, de calor, e à falta de alimentos. O tempo que esses
microrganismos passam fora do hospedeiro deve ser suficiente apenas para que alcancem novos
organismos, continuando seu ciclo de vida (Ribeiro & Rooke, 2010).

Normalmente os parasitas são eliminados pelo portador junto com suas excretas, isto é, fezes, urina e
catarros, e então se misturam com os microrganismos que vivem livremente no solo, na água e no ar.
Assim, uma pessoa ainda sadia poderá ficar doente se ingerir água ou alimentos contaminados e
também se andar descalça ou mexer directamente na terra que contenha excretas de pessoas
enfermas ou contaminadas (Ribeiro & Rooke, 2010).

É comum os parasitas serem disseminados por insectos (moscas, mosquitos, pulgas e baratas), ratos
e outros animais que, por essa razão, são chamados de vectores. Muitas vezes, a transmissão de
doenças ocorre quando estes animais picam uma pessoa enferma e em seguida uma pessoa sadia. A

14
maior parte das doenças transmitidas para o homem é causada por microrganismos, organismos de
pequenas dimensões que não podem ser observados a olho nu (Idem).

Os principais grupos de microrganismos veiculados pelo fraco saneamento básico do meio e que
podem provocar doenças no homem são: os vírus, as bactérias, os protozoários e os helmintos. Neste
contexto, aos profissionais da área de saúde e os ambientalistas, interessa conhecer as formas de
transmissão e as medidas de prevenção das doenças relacionadas com a água, com as fezes, com o
lixo e com as condições de habitação (Ribeiro & Rooke, 2010).

2.3.1. Doenças relacionadas com o fraco acesso a água


Segundo a OMS (2007), grande parte das doenças que se alastram nos países em desenvolvimento
são provenientes da água de má qualidade. De várias maneiras a água pode afectar a saúde do
homem: através da ingestão directa, na preparação de alimentos; na higiene pessoal, na agricultura,
na higiene do ambiente, nos processos industriais ou nas actividades de lazer. Há vários tipos de
doenças que podem ser causadas pela água (vide, tabela 2).

São assim denominadas quando causadas por organismos ou outros contaminantes disseminados
directamente por meio da água. Em locais com saneamento básico deficiente (falta de água tratada
e/ou de rede de esgoto ou de alternativas adequadas para a deposição dos dejectos humanos), as
doenças podem ocorrer devido à contaminação da água por esses dejectos ou pelo contacto com
esgoto despejado nas ruas e rios e/ou mares.

A falta de água também pode causar doenças, pois, sua escassez impede uma higiene adequada.
Inclui ‐ se também na lista de doenças de transmissão hídrica, aquelas causadas por insectos que se
desenvolvem na água (OMS, 2007). A presença de coliformes fecais é indicação de contaminação
fecal.

Quando se observa presença de bactérias do grupo coliforme, considera-se a água como contaminada
por fezes. Estes coliformes também podem ser encontrados no solo, nos alimentos. Essas bactérias
são oriundas da presença de homens e animais que utilizam o rio para eliminação de dejectos e/ou a
prática de fecalismo a céu aberto ou mesmo de esgotos sanitários não tratados que são lançados
directamente no rio ou no oceano, tornando a água imprópria para o consumo e para o lazer
respectivamente (Philippi Jr., 2004).

15
O uso de formas precárias para deposição de dejectos humanos aumenta o surgimento e o contacto
com vectores transmissores de doenças à população residente e aumenta o surgimento do mau
cheiro, poluição do ar no local habitado (Philippi Jr., 2004). Estas doenças relacionadas com as
fezes, podem ser agrupadas segundo a tabela 3, que segue:

Tabela 2: Doenças relacionadas com fraco acesso a água.

Grupo de Doenças Forma de Principais doenças Formas de prevenção


transmissão
Diarreias e disenterias
Transmitidas pela via O organismo Proteger e tratar águas
; cólera; giardíase;
feco-oral patogénico (agente de abastecimento e
amebíase; ascaridíase
causador de doença é evitar uso de fontes
ingerido) (lombrigas). contaminadas.
Controladas pela A falta de água e a Infecções na pela e nos
Fornecer água em
limpeza com a água higiene pessoal olhos, como tracoma e
insuficiente criam quantidade adequada e
(associadas ao o tifo relacionado com
condições favoráveis promover higiene
abastecimento piolhos e a escabiose.
para sua disseminação pessoal e doméstica.
insuficiente de água)
Associadas à água
O patogénico penetra Esquistossomose Evitar o contacto de
(uma parte do ciclo da
pela pele e/ou é pessoas com águas
vida do agente
ingerido. infectadas; proteger
infeccioso ocorre em
mananciais.
um animal aquático).
As doenças são Combater os insectos
Transmitidas por Malária, febre-
propagadas por transmissores,
vectores que se amarela, dengue,
insectos que nascem na Eliminar condições
relacionam com a água filariose (elefantíase).
água ou ficam perto que possam favorecer
dela. criadouros.
Fonte: (LAZZARETTI, 2012).

2.3.2. Doenças relacionadas com esgotamento sanitário e/ou fezes


A presença de coliformes fecais é indicação de contaminação fecal. Quando se observa presença de

16
bactérias do grupo coliforme, considera-se a água como contaminada por fezes. Estes coliformes
também podem ser encontrados no solo, nos alimentos. Essas bactérias são oriundas da presença de
homens e animais que utilizam o rio para eliminação de dejectos e/ou a prática de fecalismo a céu
aberto ou mesmo de esgotos sanitários não tratados que são lançados directamente no rio ou no
oceano, tornando a água imprópria para o consumo e para o lazer respectivamente (Philippi Jr.,
2004).

O uso de formas precárias para deposição de dejectos humanos aumenta o surgimento e o contacto
com vectores transmissores de doenças à população residente e aumenta o surgimento do mau
cheiro, poluição do ar no local habitado (Philippi Jr., 2004). Estas doenças relacionadas com as
fezes, podem ser agrupadas segundo a tabela 3, que segue:

Tabela 3: Doenças relacionadas com esgotamento sanitário e/ou fezes.


Grupo de doenças Formas de transmissão Principais doenças Formas de prevenção
Feco-orais (não Contacto de pessoa para Poliomielite; hepatite Implantar sistema de
bacterianas). pessoa, quando não se tem A; giardíase; disenteria abastecimento de água;
higiene pessoal e amebiana; diarreia por Melhorar as moradias e
doméstica adequada. vírus. as instalações
sanitárias.
Feco-orais Contacto de pessoa para Febre tifóide; febre Implantar sistema de
(bacterianas) pessoa, ingestão e contacto paratifóide; diarreias e abastecimento de água;
com alimentos disenterias bacterianas, Melhorar as moradias e
contaminados e contacto como a cólera. as instalações
com fontes de água sanitárias;
contaminadas Promover a educação
pelas fezes. sanitária.
Helmintos Ingestão de alimentos Ascaridíase Construir e manter
transmitidos pelo contaminados e contacto da (lombrigas); tricuríase; limpas as instalações
solo pele com o solo. ancilostomíase sanitárias;
(amarelão). Tratar os esgotos
antes da disposição no
solo

17
Ténias (solitárias) Ingestão de carne mal Teníase; cisticercose. Construir instalações
na carne de boi e cozida de animais sanitárias adequadas;
de porco. infectados. Tratar os esgotos antes
da disposição no
solo.
Helmintos Contacto da pele com água Esquistossomose Construir instalações
associados à água. contaminada sanitárias adequadas;
Controlar os
caramujos.
Insectos, vectores Procriação de insectos em filariose (elefantíase). Combater os insectos
relacionados com locais contaminados por transmissores;
as fezes. fezes. Eliminar condições que
possam favorecer
criadouros.
Fonte: (PHILIPPI Jr., 2004).

2.3.3. Doenças relacionadas com o lixo


Várias doenças são transmitidas quando não há colecta e disposição adequada do lixo nas residências
(Ribeiro & Rooke, 2010). Quando o lixo é disposto de forma inadequada, a céu aberto, por exemplo,
os problemas sanitários e ambientais são inevitáveis. Isso porque estes locais tornam-se propícios
para a atracção de animais que constituem vectores de diversas doenças, especialmente para as
populações próximas.

Além do mais, são responsáveis pela poluição do ar, quando ocorre a queima dos resíduos, do solo e
das águas superficiais e subterrâneas (Ribeiro & Rooke, 2010). Os mecanismos de transmissão são
complexos e ainda não totalmente compreendidos. Como factor indirecto, o lixo tem grande
importância na transmissão de doenças através, por exemplo, de vectores que nele encontram
alimento, abrigo e condições adequadas para proliferação. São muitas as doenças (tabela 4)
relacionadas ao acúmulo e a falta de recolha do lixo (idem).

Tabela 4: Doenças relacionadas com o lixo

Vectores Formas de transmissão Principais doenças

18
Ratos  Através da mordida, urina e fezes;  Peste bubônica; Tifo murino;
 Através da pulga que vive no  Leptospirose.
corpo do rato.
Moscas
 Através das asas, patas e corpo;  Febre tifóide; Salmonelose; Cólera;
Através das fezes e saliva. amebíase; disenteria; giardíase.
Mosquitos  Através da picada da fêmea.  Malária; leishmaniose;
 febre-amarela; dengue; filariose.
Baratas  Através das asas, patas e corpo;  Febre tifóide; cólera; giardíase
Através das fezes.
Suínos  Pela ingestão de carne  Cisticercose; toxoplasmose;
contaminada  triquinelose; teníase.
Aves  Através das fezes  toxoplasmose
Fonte: (Ribeiro & Rooke, 2010).

2.3.4. Drenagem e maneio das águas pluviais


De acordo com Barros et al. (1995), os sistemas de drenagem são essencialmente sistemas
preventivos de cheias, erosões e assoreamentos, principalmente nas áreas mais baixas das
comunidades sujeitas a alagamentos ou marginais de cursos naturais de água. No campo da
drenagem, os problemas agravam-se em função da urbanização desordenada e falta de políticas de
desenvolvimento urbano.

Um adequado sistema de drenagem urbana, quer de águas superficiais ou subterrâneas, onde esta
drenagem for viável, proporcionará uma série de benefícios, tais como desenvolvimento do sistema
viário, redução de gastos com manutenção das vias públicas, valorização das propriedades existentes
na área beneficiada, escoamento rápido das águas superficiais, reduzindo os problemas do trânsito
e da morbilidade urbana por ocasião das precipitações; eliminação da presença de águas estagnadas
e lamaçais, rebaixamento do lençol freático, recuperação de áreas alagadas ou alagáveis, segurança e
conforto para a população (Barros et al. 1995).

2.3.5. Doenças relacionadas com a localização da habitação


Em moradias construídas próximas a concentrações elevadas de vectores, há o aumento de
transmissão de doenças. Assim, o local onde as moradias são construídas, bem como a qualidade

19
dessas habitações, tem efeito importante na saúde da população.

Nas habitações também deve ser promovida a higiene doméstica, pois esta é uma das estratégias
preventivas na transmissão de doenças e das controladas pela limpeza com a água. As habitações
ainda têm influência nas doenças transmitidas pelo ar, como meningite, difteria e doenças
respiratórias.

O projecto de uma habitação deve prever condições adequadas de espaço, ventilação, temperatura do
ar e humidade, de forma a não favorecer a transmissão de patogénicos pelo ar. Finalmente, é
importante ressaltar que o material e o acabamento inadequados nas habitações podem favorecer a
proliferação de ratos, mosquitos, piolhos, pulgas, etc., estes animais são transmissores de várias
doenças (Philippi JR., 2004 citado por Ribeiro & Rooke, 2010).

20
CAPÍTULO III - PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Como afirma Gil (2002):
Os procedimentos Metodológicos da pesquisa devem ser entendidos como
conjunto detalhado e sequencial de métodos e técnicas científicas a serem
executados ao longo da pesquisa, de tal modo que se consiga atingir os
objectivos inicialmente propostos. (p. 26)

Nisso, serão seguidos os seguintes caminhos para a concretização da pesquisa:

3.1. Pesquisa quanto a abordagem


Em relação à pesquisa quanto a abordagem, esta é de natureza Mista, onde segundo Gil (1999) é
uma pesquisa que combina os métodos de pesquisa qualitativo e quantitativo e tem por objectivo
generalizar os resultados qualitativos, ou aprofundar a compreensão dos resultados quantitativos, ou
corroborar os resultados (qualitativos ou quantitativos.

Desta feita, para este trabalho optou-se em usar este tipo de pesquisa, uma vez que para além de se
preocupar com a ocorrência dos fenómenos, isto é, como a Participação Comunitária contribui na
eliminação da prática do Fecalismo a Céu Aberto, também haverá a necessidade de se triangular a
pesquisa, apoiando-se desta forma, nos valores numéricos e mensuráveis, onde será possível
conhecer quantas pessoas na Comunidade de Icidua estão em estado nutricional comprometido e
quantas delas já passaram por um atendimento por parte dos promotores das saúde comunitária.

Portanto, cabe afirmar que a pesquisa mista será a mais indicada para este estudo, uma vez que
permitirá um estudo exaustivo e profundo, tendo como fonte de análise uma gama de fenómenos que
decorrem no acto de promoção da saúde pública em nível comunitário, onde os dados que serão
apresentado e discutidos em forma de percentagem e descritivos de modo a fazer entender a
veracidade dos factos estudado.

3.2. Pesquisa quanto aos objectivos


Para este estudo, a pesquisa quanto aos objectivos é desritiva-exploratória, uma vez que permitirá
uma maior familiaridade entre a proponente e o tema em questão, visto que este ainda é pouco
explorado. Não só por esta natureza, como também se optou por este tipo de pesquisa por ser típica
no estudo de caso, fazendo-se valer das referências bibliográficas e das entrevistas com pessoas que
tiveram experiências práticas com o problema pesquisado.

21
3.3. Pesquisa quanto ao Método de Abordagem
Partindo do princípio que um método é uma forma escolhida para se chegar a um determinado
resultado, a presente pesquisa científica será desenvolvida sob os seguintes métodos:

3.3.1. Método Dedutivo


Olhando para a natureza do tema e o tipo de pesquisa (mista), optou-se pelo uso deste método como
forma de se chegar ao conhecimento ou demonstração da verdade, partindo de factos gerais e
comprovados, o que levou à uma conclusão particular, isto é, o bairro de Icidua.

Assim, acredita-se que os problemas que a população enfrenta em relação ao estado nutricional face
ao fecalismo a céu aberto, não sejam apenas vividos no bairo Icidua, mas que é também um dilema
enfrentado pelas outras regiões em nível da cidade de Quelimane.

3.3.2. Método Bibliográfico


Toda a pesquisa necessita de uma bibliografia de consulta, pelo facto de ser um método
desenvolvido com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos
científicos, não sendo aconselhável, em muitos casos, que textos retirados da internet constituam a
arcaboiço teórico do trabalho.

Desta feita, usou-se este método para a obtenção de bases teóricas e científicas, que justificam os
factos e fenómenos a serem observados, através de consultas de uma gama de livros relacionados
com a prática de fecalismo a céu aberto e o estado nutricional, concretamente nas comunidades
Moçambicanas.

Portanto, com este procedimento obter-se-á várias informações que constituirão o corpo teórico da
pesquisa, assim como a elaboração de instrumentos e sua aplicação durante a realização do trabalho
de campo.

3.4. Técnicas e Instrumentos de Colecta de Dados


Numa pesquisa para se colher os dados é fundamental definir-se, de princípio, as técnicas bem como
os instrumentos a serem usados para o efeito, uma vez que ambos recursos representam a maneira
através da qual serão colhidos os dados da pesquisa.

22
Conforme Barbetta (1999):

Técnica é a parte material que fornece a operacionalidade ao método. Por sua


vez, a definição do instrumento de colecta de dados dependerá dos objectivos
que se pretendem alcançar com a pesquisa e do universo a ser investigado. (p.
19)

Nesta ordem de ideia, olhando para a natureza do problema, o tipo de pesquisa bem como os
objectivos das técnicas e instrumentos de colecta de dados, optou-se em usar nessa pesquisa, para a
recolha de dados, as seguintes técnicas e instrumentos:

3.4.1.Entrevista
Considerando que a entrevista é a obtenção de informações de um entrevistado, sobre um
determinado assunto ou problema, para esta pesquisa optou-se por esta técnica com vista a obter-se
informações quanto à caracterização da amostra, experiência profissional da Participação
Comunitária, a interacção com a comunidade e os programas de promoção da saúde, a fim de se
identificar as dificuldades, as causas e as estratégias adoptadas pela Participação Comunitária na
promoção do estado nutricional.

Nesta ordem de ideia, farão parte da entrevista cinco (05) abordagens participativas actuantes na
promoção da saúde, especificamente o estado nutricional tendo em conta ao fecalismo a céu aberto
na cidade de Quelimane. Assim, a entrevista será estruturada, onde se elaborará antecipadamente as
questões abertas para a recolha de dados inerentes aos problemas vividos na região em estudo,
respectivamente quanto ao contributo da Participação Comunitária na eliminação da prática do
Fecalismo a Céu Aberto.

3.4.2. Observação
Optou-se por esta técnica para se obter uma percepção racional, atenta, e sistemática dos fenómenos
relacionados com os objectivos aqui traçados, principalmente na observação da promoção da saúde
comunitária, na medida que a observação sistemática não tem planeamento e controle previamente
elaborados, esta técnica ajuda a observar o comportamento da população em estudo.

Nisso, será efectuado uma observação directa acerca do problema no distrito em estudo, com vista a
familiarizar o proponente do trabalho em relação ao problema, como forma de adquirir dados
concretos da problemática em estudo.

23
Portanto, esta técnica permitirá entrar em contacto directo com a região e todos seus componentes,
embora não sendo necessário o proponente ter que participar nas acções realizadas pela Participação
Comunitária, pois ficando somente por testemunhar estas actividades.

3.4.3. Questionário
O questionário é um documento escrito, usado para guiar uma ou mais pessoas a responder a uma
serie de questões, como afirma Chizzott (2005):

Questionário é um conjunto de questões pré elaboradas, sistemáticas e


sequencialmente dispostas em itens que constituem os temas de pesquisa com
objectivos de suscitar respostas dos informantes por escrito ou verbalmente
sobre o assunto que os informantes saibam opinar. (p. 55)
Para esta pesquisa, usar-se-á este instrumento pelo facto de a administração ser de pouco custo, leva
menos tempo e permite obter informações sobre o objecto de pesquisa em pouco tempo. Assim, o
questionário produzido foi padronizado (aberto e fechado) de forma combinada, onde o primeiro
proporcionou respostas mais espontâneas e livres, enquanto o segundo permitirá ao inquirido a
economizar o tempo.

Portanto, produzir-se-á um questionário1 dirigido a cinco (05) profissionais engajados na promoção


da saúde comunitária da região em referência, sendo este número um pequeno grupo dentro do
universo, com o objectivo de se verificar a compreensão do tema em função das questões a levantar,
a fim de se ter a validade dos mesmos.

Nesse sentido, não ocorreu o processo de sondagem com vista a aperfeiçoar ideias, descobrir
intuições e, posteriormente, construir hipóteses, uma vez que o problema proposto já apresenta
aspectos que permitem a visualização dos procedimentos a serem adoptados.

3.5. População e Amostra


No campo de pesquisa existe um conjunto total referente aos dados que, por sua vez, um número
considerável deste conjunto vai constituir a amostra, isto é, uma parte convenientemente
seleccionada da população ou universo que vai constituir o seu subconjunto, como se pode observar
a seguir:

1
Vide em anexo
24
3.5.1. População
A população da pesquisa será a cidade de Quelimane, especificamente o bairro Icidua,
correspondente aos profissionais da saúde, Participação Comunitária e a população local. Acredita-
se que com este grupo de população será possível colher informações concretas sobre a manifestação
do problema em estudo, assim como as limitações encontradas pela Participação Comunitária na
eliminação de Fecalismo a Céu Aberto nas comunidades que ajude a melhorar o estado nutricional.

3.5.2. Amostra
Para esta pesquisa, usar-se-á o tipo de amostra não probabilística, onde consiste na seleção dos
elementos da população para compor a amostra depende ao menos em parte do julgamento do
pesquisador ou do entrevistador no campo. portanto, farao parte deste estudo um número de
sessenta (60) pessoas, dentre eles: 30 moradores do bairro icidua, 10 tecnicos da EMUZA, 10
tecnicos do hospital de icidua. A validade das questões de investigação anteriormente apresentadas
dependerá das informações que serão fornecidas, bem como as propostas ou sugestões que serão
comentadas por este grupo alvo.

3.6. Técnicas de tratamento de Dados


Para o tratamento, análise e interpretação de dados, recorrer-se-á a técnica de estabelecimento de
categorias, codificação, tabulação e a técnica de a análise estatística, que consistiu na apresentação,
interpretação e discussão dos quadros construídos com os programas SPSS e Word.

De acordo com Gil (2006, p. 38):

Para que as informações possam ser adequadamente analisadas,


faz-se necessário organiza-las, o que é feito mediante seu
agrupamento em certo número de categorias. A codificação é o
processo pelo qual os dados brutos são transformados em
símbolos que possam ser tabulados. Isso pode ocorrer antes ou
após a colecta. Já a tabulação é o processo que consiste em
agrupar e contar os casos que estão nas várias categorias de
análise, ou seja, a tabulação simples consiste na simples
contagem das frequências das categorias de cada conjunto.

Sendo assim, para a colecta de dados mediante à Codificação, dividir-se-á em duas partes: a
primeira, classificar-se-á os dados agrupando-os sob determinadas categorias; já a segunda atribuir-
se-á uma letra tendo nisso um significado, com a finalidade de facilitar não só a tabulação dos dados,
mas também sua comunicação.

25
Em relação à Tabulação, possibilitará maior facilidade na verificação das inter-relações entre as
amostras, visto que é uma parte do processo técnico de análise estatística, permitirá, desta forma,
sintetizar os dados de observação conseguidos pelas diferentes categorias.

Por fim, na Triangulação, far-se-á uma ‘triangulação’ dos dados, uma vez que se usará os dois tipos
de pesquisa, a qualitativa e a quantitativa, onde para além da interpretação dos fenómenos e a
atribuição de significados, que são básicos no processo de pesquisa qualitativa, far-se-á também o
uso de dados numéricos.

3.7. Cronograma
Tempo/Período
Acções a Realizar Fev. -Abril Maio- julho Ago.- Set. Out. - Dezembro.
Nov.
Revisão de literatura
Trabalho de Campo
Revisão de Literatura
Trabalho de Campo
Análise e Apuramento
Materialização do
Trabalho
Submissão
Avaliação
Apresentação
Fonte: Elaborado pela autora (2023)

3.8. Orçamento
# Descrição do Material Qt. Preço/Unit. Preço Total

1 Resma de Papel 08 360,00 mts. 2.880,00 mts.


2 Esferográficas 30 15,00 mts. 450,00 mts.
3 Bloco de Notas 10 85,00 mts. 850,00 mts.
4 Bostits 15 35,00 mts. 525,00 mts.
5 Embalagens de Mascaras faciais 20 350,00 mts. 7.000,00 mts.
26
6 Frascos de Álcool em gel 50 95,00 mts. 4.750,00 mts.
7 Garrafas de Água Mineral 60 50,00 mts. 3.000,00 mts.
8 Lanches/Pequenas refeições diárias ------- ----------------- 7.000,00 mts.
9 Adicionais e Diversos ------- ---------------- 23.545,00 mts.
- ---------------------- ------- Total = 50.000,00 mts.
Fonte: Elaborado pela autora (2023)

27
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