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TRATADO DAS ORGANIZADORES IRENE QUEIROZ MARCHESAN Graduada em Fonoaudiologia pela Pontificia Universidade Catélica de Sio Paulo, Mestre Fonoaudiologia pela Pontificia Universidade Catdlica de Sto Paulo e Doutora em Educagio Universidade Estadual de Campinas, Titulo de Especialista em Motricidade O concedido pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa). Diretora do Membro da Intemational Association Orofacial Myology (IAOM), Presidente da S Brasileira de Fonoaudiologia (gest6es 2012-2013 e 2014-2016), HILTON JUSTINO DA SILVA Moiricidade Orofacial pelo CEFAC/CFFa, Mestre em Morfologia/Anatomia Nutrigdo pela U MARILEDA CATTELAI Fonoaudiéloga, Mestre em Distirbios da Comunica Santa Maria (UFSM) e Doutora em Ciéncias d Humana pelo Hospital de Reabilitagio. Professora do Curso de Graduagio - Professora do Curso de E Digitalizado com CamScanner Voz na Adolescéncia Anno Alice Figueirédo de Almeida ° Jessen BecgmN ROSSA recta ornicar. tes transformagies biologicas, psicolégicas e sociais. Esse ciclo da vida baseia-se no aparecimento inicial aracteristicas sexuais secundarias e no desenvol- to de processos psicolégicos ¢ de padres de identificagdo que evoluem da fase infantil para a adul- além da transigfo de um estado de dependéncia ins autores postulam que a adolescéncia encer- ie bs hes aes ear lade ocidental, por motivos educacionais e cultu- mais, esse periodo pode ser prolongado por conta das ferengas nos ritmos do desenvolvimento psicosso- cial de cada cultura para que o jovem, de fato, assuma as responsabilidades da vida adulta”. Essa é a fase da vida em que se verificam progressi- vas alteragdes fisicas como 0 aumento da massa corpo- ral ¢ da velocidade de crescimento e 0 aparecimento de caracteres sexuais secundarios, entre outras*. Caracteri- Za-se, também, pela busca da propria identidade, sendo comum 0 adolescente ser contestador, curioso e insatis- fcito, pois se defronta com as transformagdes do seu sbes da familia e da sociedade na qual tet un pov popesocial apart desea inten adolescente ¢ um ser que se percebe sem limites, que «st sempre & procura de novos desafos, sendo impe- Ao final dessa fase, geralmente observam-se deter- minadss caraceristicas como estabelecimento da bao crap desea poeta oa eae capacidade de manter selagdes amorosas e retomo ag ‘asonamento mais stv com a fui puberdade ocorre nesse periodo e é marcada Jss moditcagdes bioldgieas qe envolvem as made corpo, novas Patricia Maria Mendes Ba as hormonais, desenvolvimento dos 6 jumento da estatura fisica, pelos pibicos, s ada pelo surgimento de pelos na face € ponto de vista fisiolégico, a idade cronolé Considerada como parametro seguro dessa turacio.E mais confidvel considerar 0 esta puberal como medida para estabelecer a fase volvimento em que se encontra 0 adolescer O método de estadiamento mais utili minado pelo médico inglés J. M. Tanner na d 1960, cuja referéncia da-se pela avaliagao do: duo pode apresentar estagios diferentes do. mento para cada um desses aspectos (1 e pilosidade), em decorréncia de ago res genéticos, condigdes nutricionais & bientaiss Aprecocidade da ocorréncia desses fem nhecida como pubarca, na qual ha 0 apai coce dos pelos pubianos em meninos telarca, quando ocorre o aparecimento pre do ou broto mamério nas meninas e, por ue se caracteriza pela primeira menst tém Verificado que a precocidade e at beral tém sido mais frequentes na atuali poderd decorrer no estabelecimer para se configurar essa fase da Seja, 0 que deverd ser Digitalizado com CamScanner ona atuam modifieando a esteuty muscular © no caso das pregas vocals, aumentando a massa muscular resultando na virilizagto da vor? A escala de Tanner & a literatura especializad no referem a voz como um wor do desenvolvimento puberal, embor se re: conhega que « muda voeal seja um pariimetro relacio- axio com © chamado estirdo puberal que dura entre 2 Durante a puberdade, ocorrem as alteragdes antropo- métricas que provocam mudangas em diversas fun- Ses do organismo humano. No que tange fonagao na infineia, ita e anterior som pr aos Srgi0s -se em posi- Widade oral ainda é pequena e o oduzido € metilico agudo, Na puberdade, a a posiciona-se em postura mais rel maior mobilidade. A iingua encont ixada e com avidade oral também se amplia, a fim de facilitar os movimentos da laringe e sons da a uma qualidade vocal mais sonora, ple- na e rica em harménicos graves!”. A larin € praticamente igual em ambos os sexos uuberdade, mas nesse perfodo ocorre um cresci- iento evidente e mais acentuado nos sexo masculino. As mudangas ocorrem com a perda da transparéncia da mucosa da laringea; 0 aumento da largura e do comprimento do pescoe: rebaixando a posigdo da la- Finge no nivel da véterbra cervical C6 no sexo femini- no ¢ C7 no sexo masculino; 0 aumento do didmetro nteroposterior da laringe: ¢ o alargamento do trato vocal do sistema de ressonancia, Essa tiltima é mar- pelo aumento das cavidades nasais, crescimento dos seios paranais e cometos nasais, além da atrofia ou involugo das amidalas e adenoides que favorecem a mudanga ressonantal da qualidade vocal!!! Ocorre, ainda, 0 aumento do comprimento das pregas voeais que provocaré mudangas na frequén- cia fundamental da voz na relagdo indireta, ja que, sendo maior a estrutura vibratil, menor sera a fre- quéncia vibratoria, ou seja, havera o agravamento vocal esperado. ‘As pregas vocais das meninas tém em torno 12 a 15 mm na puberdade, média de 12,5 mm. Como parimetro de referencia, pode-se ilustrar que canto- ras sopranos podem ter tal comprimento € em canto- ras do naipe contralto podem ter pregas vocais com até 17 mm, As pregas vocais masculinas podem che- gar a 23 mm em uma voz de baixo e 17 mm em can- tor tenor, Um cantor com voz de tenor e uma con- tralto, por exemplo, podem ter a mesma faixa de tom, porém so as cavidades ressonadoras maiores, como laringe, faringe e trax, que distinguem a voz mascu- lina da femininal, Além do aumento das pregas vocais, a epiglote achata-se ¢ eleva-se, O Angulo da cartilagem tireoide Vor na Adolescéncia 163 toma-se mais fechado, sendo 110 graus nas mogas € 90 graus nos rapazes. Dessa maneira, as mudangas vo- silo mais expressivas no sexo masculino, no qual 4 voz sofie um abaixamento tonal em até uma oitava, enquanto, nas meninas, a voz desce entre 2 a 4 semi tons, encerrando 0 dito perfodo da muda yocal!?, Essas modificagdes no aparetho fonador, embora sejam presentes no perfodo da adolescéncia, nfo acon- tecem de mancira uniforme, ocorrendo cronologica- mente por volta dos 13-15 anos de idade no sexo masculino e 12-14 anos no sexo feminino, e podem ter 4 durago de meses até | ano'*. Pode ocorrer de modo tardio ou antecipado de acordo com o am ente, habi tos comportamentais (alimentares, pritica de exercicio fisico constante) ¢ temperatura climética em que 0 adolescente estd inserido. O clima quente pode de- sencadear a antecipagdio desse processo de mudanga ‘vocal ¢ o contrario pode ocorrer no clima frio. Estu- dos também relatam que criangas obesas e mais altas tém a muda vocal mais tardia do que criangas no ‘obesas!*!6, Acorrelagao da mudanga vocal com 0 estadiamento puberal, segundo a escala de Tanner que varia entre 0s raus | a 5, foi verificada em estudos'7-!8, cujos dados: referem que as maiores evidéncias das alteragdes vo- ‘ais ocorreram entre os estagios 3 e 4 do desenvolvi mento genital (G3 e G4). Ou seja, foram mais marcantes entre as fases central e final (entre os 16 € os 20 anos de idade) do que no inicio da puberdade. Essas e outras ocorréneias podem acometer 0: Iho fonador, o que ocasiona uma disfonia temporaria, mareada por rugosidade, instabilidade, com quebras de frequéncia e sonoridade e, em alguns casos, Sopro- sidade!??°. A instabilidade da frequéncia vocal € mais. marcante nos rapazes e a instabilidade de loudness, mais comum nas mogas!?. De modo geral, observa-se que a mudanga que ocorre na voz. feminina dependerd das caracteristicas do trato vocal e da frequéneia vocal individual, ndo sendo to definida como no sexo mas- culino, Todas as caracteristicas anatomofisiolégicas importantes que ocorrem no trato vocal e na produgao da voz durante a adolescéncia esto descritas de modo. ‘esquematico no Quadro 19.1. Assim, € muito comum observar a ocorréncia de disfonia nessa época, na qual os proprios adolescentes masculinos relatam tal alteragdo. Quanto mais grave tomna-se a voz, maiores as dificuldades na adaptagao, muscular, consequentemente, maior a autopercepeio, auditiva da mudanga’!. Alguns adolescentes ficar orgulhosos das mudangas vocais como det tragdo de maturidade, outros podem sentir ¢ embarago. Tudo depende da personalidade. Alér 0, estados de nervosismo e tensio incoordenagao da produgo vocal22, Autores postulam que a voz d nessa fase da vida, devendo-se evitat tro, uma vez que é possivel da yoz permanentemente™, Digitalizado com CamScanner 164 Vor ‘Qvedro 19.) —Descigo de cractoristicas anatomofsolgis ¢vorls marantes : Infancia | Cevidode orl Nai rst Uingue Posi aloe anterior Posie do larnge No alu ene C1-C3 Macose lringeo Trnsporente Cortilogens loringeos Epiglote em formato de 6meg0 Giccide em formoto circular Tireode: Gngulo de 120 graus Mosculaturaintrinseca Predominio dos fungbes de respras00 e protecGo Tomanho da prega vocal 2,5 (recémnascido) 0 8 mm Histologia de prega vocal Rodimentores povco defnidas isco vocal ia Mude vocal = [ve teanos 113-15 anos ‘oractristica ve ‘ugosidade | Instbilidade principalmente da | Instobilidade principale Cena wed meme soni omei ee eta wena | Frequéncio fundamental 4502502 =| 250-150 Hz | 223-90 Hz 1 infncia © adolescéncia. ~ Adolescéncia Mocas Ropares Nis omplo | Mai mpl fina com mais mobiidade | Boxo com mais mobidad, No ola de C6 “No otua de C7 isco | Levemente avermelhoda | (edema) ~ | Epiglte achatoe elova coi em formate orl Tireoide:dngulo de 90 gr | Epiglote achato e eleva icaide em formato circular | Tireoide: angulo de 110-120 gous “ Instvel nstével 120 17 mm (opds nudo voc!) | 17 0.23 mm (opés muda | Epitlio, lamina propia Epitlio, laine prépria © é | misculo vocal seja uma continuidade da carreira conquistada na in- fancia, o adolescente deve passar por acompanhamen- to especializado com fonoaudidlogo e preparador vocal com experiéneia na area para direcionar essas mudangas, a fim de que jovens cantores ou atores no realizem ajustes inadequados a sua voz ou ao seu pre- paro técnico!” Estabelecido o desenvolvimento puberal, podem ocorrer alteragdes da muda vocal, a chamada puberfo- nia (ou falsete mutacional). E caracterizada principal- mente pela persisténcia de voz aguda apés a idade esperada, quando jd ocorreu o fim da puberdade, que pode coexistir com desajustes funcionais que mante- nham esse padrdo vocal’, Considera-se a puberfonia como um distirbio psi- cogénico vocal, referente ao insucesso na mudanca para uma modulago mais grave de voz, sem a presen- a de alteragdes laringeas. Dessa maneira, a voz per- ‘anece inadequada quanto ao porte fisico e ao sexo, No entanto, as reagbes laringeas reflexas, como tossir € sorrir podem apresentar modulagiio mais grave ou normal para 0 esperado?2, ‘As disfonias relacionadas com a muda voeal podem ser classificadas em seis tipos com base na caracteris- tica mais evidente do quadro clinico e guarda relagio ‘com 0 proprio nome. Assim, tém etiologia psicogénica como: mutagao prolongada, mutagao precoce, muta- ‘gto retardads, mutagao excessiva, falsete mutacional ¢ ‘mutagdo incompleta!?>, ‘A disfonia na adolescéneia de origem funcional ou -psicogénica é marcada pelo desajuste muscular do tra- to vocal que mantém a laringe alta no pes de poder haver um comportamento psiquico conscientemente, impega que ocorra a. como: o desejo de manter uma voz que troux algum desvio da fonago no inicio da muda; das alteragdes vocais; mito de adoragdo a medo de enfrentar as responsabilidades adulta, entre outros!224, Na puberfonia, a voz apresenta a freq ‘mental aguda mesmo apés puberdade, emiss® sete, disereta soprosidade, quebras de ff sonoridade, loudness diminuida, fadiga fixa em posig2o alta, constrigao larin pregas vocais. Isso pode ocasionar les tipo nédulos vocais e fenda glética, tensio fonatéria!™!420, teragdo biolégica ou hormonal, co til; deficiéneia auditiva profunda; i cular; atraso no desenvolvimento ‘metrias laringeas; doenga debi berdade, doenga neurolégica com hi sia unilateral de prega vocal ou diafra Essas doengas causam modificagd acarretar na permanéncia de vo configuraria como puberfonia, visto peal 0u psicogénico nao ‘oval. Portanto, ia € Rate aaae a puberfonia & Pontuado o fendmeno fisi Digitalizado com CamScanner poemse a fatores de riseo que podem comprometer 0. Jevenvolvimento fisico © voeal adequados, como 0 uso ss ctjos maleficios podem ser ins flungOes que se encon= tram en mutagio intensa © Constante, Estudos relaci nam o uso de drogas ilfeitas como maconha, crack e cocaina com distitbios latingeos © vocais do tipo ede- ina ¢ hiperemia laringea que resultam em disfonia262?, Em um estudo com 55 usu ilicitas, predon de drogas Heitas & ilteita sistemicos, acometendo, ios de drop: Hantemente fumadas do ti maconha ¢ crack, que se submeteram a av: ringologica ¢ vooal, foi identifi Hicitas ado que todos apre- sentaram transtomos vocais do tipo mugosidade ¢ tensio, predominantemente de grau 1 s GRBASI, Dentre 08 29 usuarios submetidos ao exame Jaringologico, 74,1% apresentaram transtomnos larin- gcos atribuiveis ao uso de drogas do tipo edema e hi- peremia lariny © que a frequéncia de {ranstomos vocais © alteragdes laringeas, atribuiveis, clacionados e agravados pelo uso de drogas fumadas, devem servir de alerta para implantagtio de triagem fo- noaudiol6gica, a fim de prevenir doengas laringeas?*, As politicas piblicas atuais voltadas para essa po- pulagio pontuam que, entre os diversos aspectos a se- remavaliados em adolescente que de saiide, esta a aten undo escala Coneluiu- corte aos servigos oz deste, em especial, no jovem do sexo masculino®, Por isso, a voz. pode ser estabelecida como um mareador de do desenvolvimento humano, j4 qu 1 impactante fase acompanha as de- mais alteragdes fisiologicas € vitalicias de criangas € aliacéo vocal do adolescente ‘A produgio da voz deve ser considerada como uma fungio multidimensional, envolvendo aspectos anato- mofisiologicos, perceptivo-auditivos, actisticos e de auloavaliagio, Isso justifica a indissociabilidade da avaliagdo otorrinolaringologica € fonoaudiolégica na determinagdo de condutas no campo da voz e seus dis- Lirbios, A integragiio dos dados de diferentes aspectos sempre sera a melhor opgao para um tratamento dire~ cionado, Isso reduz custos para 0 sistema de saide beneficia o paciente em termos de resolutividade do problema ¢ reduz o tempo do tratamento™, Avaliacéo laringea © exame laringeo completo ¢ detalhado é importante para elucidaros juss musculare ealerayBies anat®- micas de pessoas com queixas ou sintomas de distr bios vocais. Atualmente, esse tipo de exame ¢ realizado, preferencialmente, com o recurso da fibra éptica flexi- ‘el ou do telescépio rigido, que possibilita a documen- ‘ago clinica e cientifiea em sistema de dudio e video! Vor na Adolescéncia 165 Desa mancira, a laringoscopia & imprescindivel para a avaliagio das estruturas laringeas dos adoles- Centes que apresentem queixas vocais, a fim de desear- tar alguma alterag’o orginica ou organofuncional, frequente encontrar pregas vocais edemaciadas segui ‘das ou nilo de bordas livres irregulares, bem como al- teragdes vasomotoras © musculatura intrinseca sem: idade constante!2, E comum o uso de uma excessiva constrigdo larin- gea, caracteristicas da produgiio da voz com frequén- cia agud asos de puberfonia, Esse quadro, no ‘qual o mau uso da voz leva @ lesto da estrutura glotica € sua reconfiguragiio, ¢ classificado como uma disfo- nia organofuncional e nao mais funcional como na pu- berfonia®!, ‘Além da avaliagdo interna da integridade laringea, inspegiio externa do érgdo compée uma parte da ava- liagdio da voz. E feita mediante a visualizagao e a pal- pagiio do pescogo, sendo avaliada quanto a toque (neutra, tensto, dor, desconforto, outros); & si- ‘metria (simétrica, desviada para esquerda ou direita);e 4 posigao (neutra, elevada ou rebaixada). Normalmen- te, nos protocolos de avaliagdo vocal, esses itens sio marcados de modo qualitativo, a fim de descrever os achados referentes a cada condigdo analisada. No en- tanto, essa classificagao qualitativa pode dificultar a comparagdo entre o pré, peri e pés-fonoterapia, ja que 4 referéncia tatil e visual do avaliador pode dis ao longo do tempo. Portanto, a diolégica pode incluir a fotografia e melhor avaliagdo e seguimento clin Avaliacao perceptivo-auditiva da voz E uma avaliagio subjetiva com base no julgamento que ‘© avaliador faz da emissdio da voz que pode ser maximi- zada com treino ¢ experiéncia prévios, nivel de atengaio. do avaliador, sensibilidade e habilidade tarefa de analisada, além de gravacdo digital da voz"3, mizar a subjetividade da avaliagdo perceptivo-a deve-se adotar um protocolo preestabelecido liar as vozes a partir dos mesmos parmetros. te, a tendéncia mundial é utilizar 0 protocolo Ce Auditory-Perceptual Evaluation of Voice ‘Trata-se de uma ferramenta clinica para de modo perceptivo-auditiva, com o. ficar a intensidade do desvio vocal grau geral do desvio vocal, ru tensilo, pitch e fo i 166 Vor auidivel na vor, tensto 6 o esforgo fonatério (hipertn (lo) durante a prodtugdo vooal, pitcl & a percepgto da Troquéneia fundamental (natureza do desvio: grave ou aagucto) ¢ Zouciesy relacionada com a pereepyto da in- Tensicate vocal (natureza do desvios forte ou fraco)™. Cada uum esses atributos € avatiado a partir de uma scala analigico visual (AV) que varia de 0a 100. rm, em que 0 ¢ auséneia do desvio vocal e 100 desvio intense, Un estudto'® propos que a EAV fosse categ com base na escala numériea de 4 graus, em que Va odes entre zero © 35,5 mm foram classifieadas como Vozes dentro da variabilidade normal da qualidade vo- cals 35,6 a 50,5 mm desvio da qualidade voeal leve; $0,6 a 90,5 mm desvio da qualidade vocal moderada ¢ 90,62 100 mm desvio da qualidade vocal intenso, Conforme exposto, a muda vocal fisiolbgica pode provocar uma disfonia transitéria, marcada prineipal- mente por instabilidade, com quebr sonoridade, rugosidade e, em alguns casos, soprosida- de, sendo mais marcada e percebida em rapazes. As- sim, parece interessante que o parimetro instabilidade seja adicionado, pois ¢ a caracteristica mais marcante nessa faixa etiria, Em estudo que mapeou a qualidade vocal de ado- lescentes entre 13 ¢ 17 anos", a partir da EAV e cate- gorizagao com base na escala numérica, observou-se que a maioria dos adolescentes apresentou qualidade vocal desviada de grau leve, com predominio de insta- bilidade fonatoria e rugosidade, Quando comparado 0 grau de desvio entre 0s sexos, percebeu que as mulhe- res apresentaram maior gra de soprosidade e 0s ho- ‘mens apresentaram maior grau de tensdo fonatéria. Em termos perceptivo-auditivos, a muda vocal fisio- légica e puberfonia podem ser bastante semelhantes, a grande diferenga é que na puberfonia 0 adolescente jé passou por todas as mudancas fisiolégicas ¢ permane- eu com a voz aguda. Assim, pode apresentar voz ten- sa, metilica, podendo ser confundida inclusive com voz feminina. Avaliagéo actstica do sinal vocal Aanilise actistiea da voz é um procedimento que con- siste na extrago e mensuragao do sinal vocal quantifi- ‘cado por um sistema de avaliagio computadorizado. (Os dados extraidos dessa maneira necessitam ser cor- relacionados com a histéria clinica do sujeito, com a avaliaglo i itiva € com os achados larin- gologicos””. ‘As informagées dadas pela andlise actstica refe- rem-se as medidas dos padrdes de vibrago das pregas vocais, da quantidade de ruido existente nos harméni- cos de um som; as formas do trato vocal; ¢ as suas vvariagdes dentro de um determinado tempo. As medi- das quantitativas sao a grande vantagem dessa modali- dade de avaliagao ¢, para isso, os cuidados com a gravagdlo quanto ao sistema utilizado, tipo € posicig mento do microfone e condighes aciisticas do ambj {e silo fundamentais na captagio adequada da voz, Fin estudo recente com adolescentes', que ht decréscimo da média da frequéneia fundamen {al (FO) de acordo com o avangar da faixa etiria d {te vogal sustentada, com 0 valor de 223,28 Hz parag faixa etdria de 11-12 anos; 249,86 Hz para 13-15 122,63 Hz 16-18 anos; © 127,61 Hz para 19-20 A FO durante a fala encadeada foi de 217,09 246,18 Hz, 117,27 Hz © 123,42 Hz, para as mes fiaixas etdrias, respectivamente. O shimmer apres valores aumentados nos quatro grupos de faixa, 0 jitter, a intensidade © a relagio harménico-ruidg tiveram-se dentro dos padres de normalid silo tipicos da voz infantil. Dos 16 aos 20 anos ha créscimo significativo da FO, porém como a vor, sti em processo de estabilizagao, apresentou aumentados de shimmer. grau de desenvolvimento puberal, com b desenvolvimento dos genitais € pelos pubianos, significantemente correlacionado com a FO durant fala encadeada e com a FO durante a emissiio da ¥@ sustentada. A finalizagao do processo de muda apresentou-se como um evento tardio em relagdo desenvolvimento puberal!®. Outro estudo" identificou que a média FO d lescentes estava dentro do esperado para ambos 0 xos, com a FO masculina média mais grave € feminina de 205,85 Hz. O desvio pad encontrou-se elevado em ambos 05 sexos, valores de instabilidade fonatoria, visto que 0 taria no limite entre o alterado e o “normal”, €4 do esperado no shimmer para vozes infantis ‘Tais dados indicam tratar-se de uma fase de relacionando-se com redugao da ia existéncia de ruido e ar durante a emissio instabilidade fonatéria, Com relagiio ao diagrama de des (DDE), as vozes dos adolescentes foram : quanto a area, ao quadrante, a densidade e meio do software de anilise acustica Vo (CTS Informatica)®. Observou-se que ‘vores estava situada fora da drea de n densidade ampliada, de modo py rizontal no quadrante inferior-esquei silo. compativeis com vozes desyiadas com predominio de irregularidade/in: nagiio. A densidade do DDF ion ‘mente com a idade, apresentando-se 1 ‘nos adolescentes mais velhos, Ao correlacionar a andlise perceptivo-au © DDF em um grupo de adolescentes®, ob que as vozes com maior intensidade de d com maior rugosidade, soprosidade e i Digitalizado com CamScanner tuaram-se fora da dea de normalidade e no quadrante inferior esquetdo. As vozes com maior gra de sopra. sidade ¢ tensio apresentaram forma circular, Quaror dnsicade, as vozes com maior grat geral de alterugto, maior tensto ¢ instabilidade apresentaram densidade mais ampliada, Assim, vésse que os dados acisticos aliados &-anitise perceptivo-auditiva formecem ele, mentos complementares da fisiologia da produgto da ‘ov. a fim de favorecera compreensto global dos aus: tes laringeos que estio sendo realizados. Autoavaliacdo da voz Atualmente, sabe-se que a avaliagio da voz, seus dis- tirbios ¢ os tratamentos ministrados devem envolver no somente indicadores de mudangas na frequéncia e idade da disfonia e nem apenas na perspectiva do co, mas também uma estimativa do bem-estar, medida por meio da avaliago da qualidade de vida ¢ dda pereepeio do proprio individuo de sua posigdo na vida. Desse modo, é possivel observar a visto dele junto ao contexto cultural no qual esto inseridos eren- 2s, valores, expectativas, padries e interesses envol- Vidos. Sabe-se que a tendéncia atual é adotar protocolos validados que tenham como objetivo a autoavaliagao do paciente acerca do impacto da disfonia a partir da desvantagem, limitagao, comprometimento da quali- dade de vida e sintomas advindos da disfoniat!, Além disso, contempla-se o enfrentamento da disfonia e 0 estigio de prontidao para o tratamento, entre outros. Estudo recente verificou que adolescentes entre 13 e 17 anos de idade, de ambos os sexos, apresenta- ram 0 dominio funcionamento fisico do Questionério de Qualidade de Vida em Voz (QVV) comprometido, média de 79,5 (# 15,9). Esse dado demonstra o incd- modo fisico provocado por problemas vocais, fato esse que ndio invalida que tal problema pode afetar 0 psicol6gico ¢ as relagdes interpessoais. Quando corre- lacionado os escores do QVV e anélise perceptivo-au- ditiva, observou-se que quanto maior o grau de instabilidade, menor 0 escore total do QWV. Isso indi- ca que a instabilidade vocal interfere na qualidade vida dos adolescentes. ‘Ao avaliar a quantidade de fala autoreferidos*, notou-se que 0: ram as médias 5, 2.¢ 4,6, respecti rau de instabil impacto negativo no dominio de funei © escore total do QVV. Assim, 0 grau fluenciou 0 modo como o adolescent qualidade de vida em vor, além de hi ‘alteragao vocal, Pesquisas apontam que os adol tar expostos a muitos fatores de risco, alto que o ruido ami rir bebida alcodlica, além de fazer uso de dro tas!4628, © problema reside no fato de q lescente pode ndio identificar esses {que comprometam a emissio vocal e que, ec temente, prejudicam a fungdo social Sabe-se que esses habitos rente para cada individuo, cia de poder ide desenvolver alteragdes vocais, assim cc situagdes de conflito ou riscos, a fim ‘mecanismos de protegio, no apenas & com mas ao adolescente como um todo, Conforme abordado a voz do adolescente esti Digitalizado com CamScanner 168 Voz inge para cima ¢ ‘agudos, Portanto, ede trato wularem a gio de sons que tracionem a lar favorecam a produgao de sons mals ati indicadas técnicas dle sons faclitador Vocal semiocluido manipuladas para est frequéncia desejada De modo geral, @ atuagdo fonoaudiol6gica com adolescentes convem facilitar a conscientizagao © a Yo dos processos ¢ dos drgios envolvidos na produgio de sua voz ¢ fala. Simultaneamente, essa me pedo deve preocupar-se para que a funcionalidade vocal apresente a intengao comunicativa atribuida aos diversos contentos discursivos. proprioe: Avancos tecnoldgicos Na era da comunicagao digital, acesso wi-fi a internet, midias sociais, smartphones, touchscreen € aplicati- Vos, nao se pode deixar de lado esses recursos para cancar a populagao, sobretudo os adolescentes que tém o interesse por esses avangos tecnolégicos. A par~ tir desse progresso, principalmente da informatica e da transmissao de dados, novas formas de ensino e treina- jmento comecam a ser utilizadas, inclusive na drea de satide. Flas se caracterizam como recursos que favore- Gem o controle vocal pelo feedback auditivo ou visual que promovem Em um estudo que entrevistou adolescentes de am- os os sexos sobre o interesse em saber sobre voz, bem como o conteado e a forma de abordar esse tema com cles, verificou-se que os adolescentes tinham interesse Gm saber mais sobre tal fungao, Os conteiidos predo- minantes foram anatomofisiologia € salide vocal; @ voz como facilitador da expressio; e dicas para o can ios maioria afirmou que a melhor forma de abordar toi tema seria por meio de um site interativo voltado a essa faixa etéria®?. “A partir desse estudo, elaborou-se um site interativo voltado aos adolescentes para que obtivessem infor: idolescéncia, pro- mages a respeito de mudangas na a dugto da voz, cuidados com a voz, expressividade, dicas para canto, ¢ por fim, curiosidades em geral. Foram avaliados adolescentes antes € depois da nave- 'do website e pade-se perceber que houve mu- danga do nivel do conhecimento, Além diss0, notou-se {que a internet pode ser uilizada como um meio Para Bromover a educagio em sade jé que se trata de uma Jerramenta voltada principalmente para adolescentes, por esse segmento ser uma populagdo bastante ativa ho uso desse meio de comunicagao, Uma maneira diferente de abordar outras tecnolo- gias seria uilizar softwares para interagit werapeutich- Bronte com os jovens. A seguir, serio descritos de ‘alguns encontrados no mercado. *O VoxTraining® € um software desenvolvido pela CTS Informatica em parceria com Centro de Estudos Ga Voz (CEV), sob a coordenayio dos fonoaudidlogos Dra, Mara Beblau ¢ Guilherme Pecoraro. E jogos de exercicios vocais com 0 obj 4p, condicionamento e treinamento da vou fiipiném pode ser trabalhado com adolescente primoram-se @ sos pardmetros vocais sesociagio de frequéncia ¢ intensidade da guéncia voeal e tempo maximo de fonagsn aque vocal, aém de sons surdos ¢ sonores) ‘© VoxGames® também é um sofware des pela CTS Informatica em parceria com @ Prentro de Estudos da Voz. (Clincev), soba io das fonoaudidlogas Dra. Mara bliveira. Abrange 25 jogos com 0 foco em modificagdo de voz e fala, a fim de prot produgao ¢ controle de pardmetros como in Te, frequéncia, tempo maximo de fonlagao «son fo (sons surdos e sonoros), entre OUtTOS: ‘oltado prioritariamente para criangas © Pre Centes, Nao ¢ indicado para todos adolescen nnecessdrio conhecer 0 perfil do paci fantilizé-lo, ‘Algumas disfonias podem estar culdade no processamento auditivo. O site “Al 6 cérebro” (http://www.afinandoocerebro: desenvolvido pelas fonoaudidlogas Dra. low e Ms. Diana Melissa Faria, com o intuito mular as habilidades de proc auditivo e visual, atengdo, meméria, lingua escrita, Muitas das suas atividades podem s das em adolescentes. Existem ainda softwares que podem ser na area de Educagiio em Saiide, com 0 obj formar e ilustrar com mais nitidez as t do corpo na adolescéncia ou ainda mais mente a laringe e a produgdo vocal. Sao it sites dos DVD “Projeto Homem Virtual” projefotomeravireal comet) e “Vocal www. bluetreepublishing.: ne ey ing.com/Details. uso dos dispositivos méveis (tablets e Nesse meio, os aplicativos sio 5 progr dos atualmente ¢ podem ser utilizados terapéuticos, sobretudo para essa popul + FonoFAQ: Voz desenvolvida pela et em parceria com 0 Departamento de dade Brasileira de Fonoaudiologia. ‘voz, juntamente com quiz sobre a pr mens ou mulheres, onde posteri poder ouvira voz gravada, algm de medidas de perturbagio (jitter e shimmer). um instrumento de feedback rapido para Digitalizado com CamScanner Voz na Adolescéncia 169 9.1 cente se monitorar, principalmente em relagdo a ins- abilidade de Frequéncia, Change voice: desenvolvido pela Purple Penguim, Inc. A partir de uma amostra de fala (vogal sus- ientada, contagem de niimero e outras) pode alterar frequéncia, a intensidade e a velocidade da emis- so, Muito interessante para trabalhar dissociagio ¢ nercepgdio da voz atual com a comparagio da voz istorcida. Piano: existem varios aplicativos gratuitos que six Importante para trabalhar em crapia € ajustar a nota ideal para que o paciente nossa se monitorar ao longo do dia. Outro método que pode ser incorporado a terapia nto a adolescentes é biofeedback eletromiogritico. 1 método nao invasivo ¢ indolor que fornece infor- ages da atividade muscular captadas, em tempo. al, por eletrodos dispostos na regidio em que se pre- nde avaliar a fungdo (Figura 19.1), Assim, mediante um cendrio-estimulo, o paciente >ode monitorar o grau de tensiio muscular, na pro- posta de reduzi-la ou aumenté-la, eonforme 0 obj ‘© do tratamento. Isso possibilita armazenar as in- ‘ormagdes para posterior comparagio ¢ avaliaglo®. Todavia, os autores destacam que 0 controle da ten= so nao ¢ 0 sufieiente para garantir a methora da qua: Jade vocal, sendo necessirio © uso de recursos: ados e outras estratégias para garantir 0 sus 0 cesso terapeutico’ Na terapia da yor, as téenicas de monitoragto © ioofeedback tem evidéneia moderada dente as estra- \égias de terapia direta, porém, 0 uso da técnica para ‘monitoramento pelo biofeedback eletromiogrifico ain~ da € pouco difundido na clinica vocal, desenvolvimento tecnologico fomenta o uso elini= 0 de instrumentos de medigio da atividade muscular tanto para fins de avaliagao quanto para terapia. A Ble~ ‘romiografia de Superficie (EMGS) permite a avaliagiio ‘mioelérica de determinado grupo muscular Ioealizado ‘mais proximo & derme, Assim, capta de forma no ine Tieino com bioofeedback eletromiogrético mediante uso de cen stimulo, (Ver encarte colorido.) vasiva @ fungio durante a contragiio muscular ou no re- pouso. Na clinica de voz, a EMGS se presta a avaliar os misculos extrinsecos da laringe assim como outros grupos que participam da fonagiio como os cervicais & respiratorios. No entanto, essa ferramenta ainda tem sido pouco utilizada, mas os recentes protocolos de avaliagiio tem conferido a incluso dessa ferramenta de modo mais confidvel ¢ pritica, conforme ocorre com 0 uso do biofeedback eletromiogrifico™. Tendo tem vista que é recorrente a alteragiio da posigiio Verti= cal da laringe do adolescente com tendéneia it alta no pescogo, 0 biofeedback pode ser uma es muito promissora na terapia fonoaudiol6gica jt «essa populagdo as ‘Um terapeuta atualizado deve ser um facilitador do paciente, tomando a terapia mais atrativa e motivadora para que o adolescente tenha uma adestio consistente & terupia ealcance o resultado esperado. Dessa maneira, 0 adolescente poder passar por essa fase e aleangar a ma- tutidade com ganhos positivos e vivenciar suas relagdies interpessoais, adequadamente, no que tange & sua co- ‘municaglo como importante meio de insergdio social, REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS |, WHO, World Heath Organization, Maternal, newborn, child adolescent eal. Hah for the world's adolescents (online) Poonivel em itp. who ivmateral child i saolesencelen, Acesso emt 20 de setembyo de 2013. ‘Kaplan DW, Mammel KA. Adolese@ncia In: Hay WW nitico @ tratamiento em Pediatr, 12, ed, Rio de ‘nara Koogan; 1997. p. 75: Bastos AC. Adolescents feminina, Sto Palo: ‘alo Chipkeviteh E, Avatiagdo clinien da ‘dni. J Peat 2001,772)81 ‘Monte O, Longui CA, Calis LEP. ‘ng Dingndstico ¢ Tratamiento, At 4s(4) 221-30. Digitalizado com CamScanner cy eckson ruber LouregoB, Quer, Crest es 9, ation, Csr Cone tame Ta: SH Cone ag 9 EN da Coan Fore Aer rnb SMR. Avaliagao fone 10 Son DD, Siva APN Ian janis Rev. 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