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Curso de Vigas Protendidas:

dimensionamento, análise e detalhamento

Pós-tração não aderente (cordoalha engraxada)

Realização: Apoio:

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Eng. Fábio Kikuchi
• Formação Curricular:
• Engenheiro Civil, Calculista de Estruturas há 10 anos.
• Sócio-Diretor na Empresa de Projetos KIKUCHI Arq & Eng.
• Sócio-Diretor na Construtora KIKUCHI Engenharia.
• Sócio-Diretor do Instituto de Pós-Graduação INBEC Porto Velho e INBEC Manaus.
• Professor do Instituto de Pós-Graduação INBEC.

• Especializações:
• Estruturas de Concreto Armado e Protendido pela IESPLAN Brasília/DF.
• Estruturas Metálicas pela FATESG Goiânia/GO.
• Estruturas de Concreto Protendido pelo IDD Curitiba/PR.

• Experiências acadêmicas:
• Curso de Extensão em Projeto Estrutural com o Eberick: Conceitos e Utilização.

• Curso de Extensão de Dimensionamento de Vigas Protendidas não-aderente utilizando o Software V-PRO: Conceitos, Análise e Utilização.

• Curso de Extensão de Estruturas Metálicas: dimensionamento de galpões utilizando o Software Mcalc3D: Conceitos, Análise e Utilização.

• Informações adicionais:
• Certificação em diversos cursos de estruturas nas instituições: YCON-SP, ABACUS-RJ, IMPACTO-CE, AEA-SP, IDD-PR, QISAT, IEP-PR,
SINDICER-RS, CBCA, ADAPT, etc.
• Domínio de diversos softwares estruturais: Eberick, TQS v16, Cypecad, SAP2000, Metálicas 3D, Mcalc3D, McalcLig, McalcAC, CadEM, Adapt
Floor Pro e V-PRO.

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Objetivo do Curso

1. Calcular uma viga protendida com 12,00 m de vão livre (cordoalha engraxada)

2. Calcular uma viga protendida em balanço de 5,00 m (cordoalha engraxada)

3. Utilização do Software para Cálculo de Vigas Protendidas V-PRO

4. Análise e interpretação do resultados

5. Critérios de detalhamento

6. Projeto finalizado de uma viga protendida

7. Tópicos Especiais:

8.1. Carregamentos adicionais: alvenaria

8.2. Como importar/exportar os esforços de protensão para o Eberick

8.3. Comparativo de custo: viga em concreto armado x protendido

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Introdução

Viga em concreto simples:

Características:

• Compressão na fibra superior;

• Tração na fibra inferior;

• Ruptura frágil: rompe bruscamente ao aparecer as fissuras.

• Resistência à tração em torno de 10% da resistência à compressão;


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Introdução
Existem 3 tipos básico de ensaio à tração em uma peça de concreto:

• fct,f = Resistência do concreto à tração na flexão (NBR 12142:2010)

• fct,sp = Resistência do concreto à tração indireta (NBR 7222:2010)

• fct = Resistência do concreto à tração direta (S/ NORMA BRASILEIRA)*

5
Introdução

Para o cálculo da tração na flexão para concreto de 30MPa:

fct,f = α x fctk,inf = 1,5 x 2,03 = 3,045 MPa

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Introdução

Viga em concreto armado:

I Ii I

Características:

• Ao contrário do concreto simples, o concreto armado não rompe com as primeiras


fissuras e suporta a carga até o aço entrar em escoamento;

• Concreto armado tem a capacidade de se deformar bastante entre o início da fissuração


até sua ruptura: Dutilidade.

• Fissuração no concreto armado: corrosão, redução de inércia e maiores deformações.

• Trabalha no Estádio de deformação I e II. 7


Introdução
Estádio I

• Início do carregamento

• Tensões atuantes menores que a resistência à tração do concreto, ou seja, não há fissuração.

• Comportamento linear (lei de Hooke): toda a seção funciona no regime elástico.

• Limite do estádio I é a fissuração da peça.

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Introdução
Estádio II

• Seção fissurada: Concreto não resiste mais a tração.

• Desconsidera-se a resistência à tração do concreto e passam a ser aplicadas na armadura

• Comportamento não-linear (tensões não são proporcionais às deformações), porém a lei de


Hooke ainda se aplica na região comprimida da seção

• Fissuras caminham em direção à linha neutra e geram abertura de fissuras.

• Limite Estádio II: Início da plastificação da região comprimida de concreto

9
Introdução
Estádio III

• Plastificação do concreto comprimido – limite da ruptura

• Comportamento não-linear: tensões não são proporcionais às deformações

• Diagrama parábola-retângulo para concreto

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Introdução

Viga em concreto protendido:

I I I

Características:

• Armadura ativa (fios ou cordoalhas de alta resistência) e passiva (CA-50 ou CA-60);

• Eliminar ou limitar as tensões de tração (através das tensões de compressão);

• “Aumento” da rigidez (EI) ??? (2 a 3 vezes maior que o concreto armado)

• Redução das flechas (“contra-flecha”);

• Possibilidade de vãos maiores e com seções menores.


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Introdução

Viga em concreto protendido:

I I I

Particularidades do Concreto Protendido:

• Não depende da aderência em aço e concreto. É o caso da cordoalha engraxada;

• O Dimensionamento é feito no ELS;

• ELU:Verificação e encontrar área de aço da armadura passiva;

• Combinação entre armadura ativa e passiva gera diversos resultados;

• Geralmente se trabalha no estádio 1.

• No ELS o aço e o concreto trabalham no regime elástico linear (Lei de Hooke) 12


Sistemas de Protensão
• Pré-Tração (aderente)

a) Os fios/cordoalhas de aço (1) são


protendidas entre os dois apoios (2), ficando
ancoradas provisoriamente nos mesmos;

b) o concreto (3) é colocado dentro das


fôrmas, envolvendo as armaduras;

• Pré-Tração (aderente)

c) após o concreto haver atingido resistência


suficiente, soltam-se as ancoragens dos
mesmos (2), transferindo-se a força para a viga,
por aderência (4) entre o aço e o concreto.

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Fonte: TecnoServ Engenharia
Sistemas de Protensão

Fonte: TecnoServ Engenharia

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Sistemas de Protensão

15
Fonte: Kikuchi Engenharia
Sistemas de Protensão
Laje Alveolar: Viga Calha:

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Sistemas de Protensão
Pós-Tração (aderente)

• O pré-alongamento da armadura ativa é


realizado após o endurecimento do
concreto.

• Aderência posterior com o concreto, de


modo permanente, através da injeção das
bainhas.

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Sistemas de Protensão
Pós-Tração com cabo aderente:

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Sistemas de Protensão

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Sistemas de Protensão
Pós-Tração com cabo não aderente –
Cordoalha Engraxada:

• O pré-alongamento da armadura ativa é


realizado após o endurecimento do
concreto, sendo utilizadas, como apoios,
partes do próprio elemento estrutural;

• Não é criada aderência com o concreto,


ou seja, não há injeção das bainhas, ficando
a armadura ligada ao concreto apenas em
pontos localizados, a outra parte é
engraxada.

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Aplicações
Lajes: Reforço Estrutural:

Tanque:

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Aplicações
Viga Protendida

Radier Protendido

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Aplicações
Fonte: TecnoServ Engenharia

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Aplicações
Viga Protendida em residências

Fonte: Kikuchi Engenharia

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Aplicações

Fonte: Kikuchi Engenharia


25
Aplicações

Fonte: Kikuchi Engenharia

26
Aplicações

27
Fonte:TecnoServ Engenharia
Aplicações

Fonte:TecnoServ Engenharia

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Aplicações

Fonte: Kikuchi Engenharia

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Aplicações (video)

Fonte: Kikuchi Engenharia Fonte: Kikuchi Engenharia

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Aplicações

Fonte: Kikuchi Engenharia 31


Aplicações

Fonte: Kikuchi Engenharia 32


Aplicações

Fonte: Kikuchi Engenharia 33


Aplicações

Fonte: Kikuchi Engenharia 34


Sistemas de Protensão

1) Pocket Former

2) Cunhas

3) Placas de Ancoragem

4) Cap aberto e luva

5) Cordoalha

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Sistema não-aderente
• Característica da Cordoalha engraxada (NBR 7483:2008):

• CP-190 RB e CP-210 RB (Correspondem ao limite da resistência à tração em kgf/mm² ou 1900 Mpa


e 2100 Mpa, respectivamente)

• Cordoalha de 7 fios

• Diâmetros comerciais: 12.7mm (mais usual) e 15.2 mm

• Para Ø 12.7mm, temos:

• Área: 0,99 cm²

• Massa: 0,89 kg/m

• fptk: 1900 Mpa (resistência característica à ruptura por tração)

• fpyk: 1710 Mpa (resistência característica ao escoamento)

• Módulo de Elasticidade: Ep = 200 GPa

• Tensão máxima nas cordoalhas (item 9.6.1.2.1.b da NBR 6118):

• 0,80 fptk e 0,88 fpyk (protensão do macaco no ato da protensão): 150 kN ou 15 ton
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Perdas de Protensão
Perdas imediatas (ocorre no ato da protensão):

• Perdas por atrito


• Perda de força de protensão devido ao atrito entre a bainha e a cordoalha.

• Perda em linha (k = 0,01/m)

• Perda pela curvatura (µ = 0,05/rd)

• Perdas por encunhamento


• Perda da força de protensão pela cravação da cunha no bloco de ancoragem, ocasionando uma diminuição
do seu alongamento e, consequentemente, perda de tensão. Em geral essa distância para a caravação é de
6mm.

• Perdas por encurtamento imediato do concreto


• À medida que se protende um cabo, ocorre um encurtamento do concreto e o cabo já protendido perde
tensão. Muitos projetistas não levar em consideração essa perda, pois o valor é muito baixo.

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Perdas de Protensão
Perdas progressivas (ocorrem ao longo do tempo):

• Fluência do concreto
• Com o tempo, as tensões de compressão introduzidas pela protensão causam encurtamento adicionais no
concreto.

• Retração do concreto
• É o fenômeno de diminuição do volume do concreto com o tempo em função da perda de água excedente
existente no concreto (poros).

• Relaxação do aço
• É o fenômeno que causa redução da tensão no aço com o tempo sob deformação constante.

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Estudo de Caso 1

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Estudo de Caso 1

Informações iniciais:

• Laje maciça: 10 cm (arm. unidirecional)

• Revestimento: 1,00 kN/m²

• Carga acidental: 1,50 kN/m²

Carregamentos na viga:

• Peso próprio da viga: 25 kN/m³ x 0,40 m x 0,60 m = 6,00 kN/m

• Carga permanente (peso próprio da laje): 0,10 m x 25 kN/m³ x 5 m = 12,5 kN/m

• Carga permanente (revestimento): 1,00 kN/m² x 5 m: 5,00 kN/m

• Carga acidental (residencial): 1,50 kN/m² x 5 m: 7.50 kN/m


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Pré-dimensionamento
O elemento a ser pré-dimensionado deve estar dentro dos limites do concreto armado.

Para a determinação das dimensões mínimas, usaremos as expressões a seguir:

Fonte: Alexandre Souza Silva


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Pré-dimensionamento
O elemento a ser pré-dimensionado deve estar dentro dos limites do concreto armado.

Para a determinação das dimensões mínimas, usaremos as expressões a seguir:

Fonte: Alexandre Souza Silva


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Pré-dimensionamento
Isolando o bw, podemos também, encontrar a largura necessária em função de uma altura útil pré-
estabelecida:

Procedimento:

1. Estimar uma altura (3 a 5% do vão): vamos usar 60 cm (seria 5% do vão)

2. Estimar uma largura (para obter o Md): 20cm → largura inicial pré-estabelecida

Usar planilha do excel “Pré-dimensionamento da seção”.

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Pré-dimensionamento
Traçado do cabo:

Parabólico

Excêntrico reto

44
Pré-dimensionamento

Traçado típico de viga bi-apoiada com pós-tração

Traçado típico de viga contínua com pós-tração 45


Pré-dimensionamento

Traçado típico de viga em balanço com pós-tração

Pórtico com pilar protendido 46


Pré-dimensionamento
Traçado do cabo para viga bi-apoiada:

No meio do vão: 5 cm

Nas extremidades*: iniciar pelo CG.

* Preferencialmente dentro do núcleo central de inércia.

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Nível de Protensão

Nível 1: Protensão Parcial

Na protensão parcial, admite-se fissuração com abertura de fissuras característica de 0,2 mm.

Nível 2: Protensão Limitada

Na protensão limitada, admitem-se tensões de tração, mas sem ultrapassar o estado limite de
formação de fissuras, ou seja, o concreto deve resistir a tração.

Nível 3: Protensão Completa

Na protensão completa não se admitem tensões normais de tração, a não ser em casos
excepcionais (combinações raras de ações).

48
Durabilidade das estruturas

49
Durabilidade das estruturas

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Durabilidade das estruturas

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Nível de Protensão

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Nível de Protensão

Nível 2: Protensão Limitada


Na protensão limitada, admitem-se tensões de tração, mas sem ultrapassar o estado limite de
formação de fissuras, ou seja, o concreto deve resistir a tração.
No nosso exemplo, a tensão de tração pode atingir até 3,04 MPa.

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Estado Limite de Serviço (ELS)

• ELS-DEF: Deformação excessiva → para vigas L/250 e L/125 (tabela 13.3 NBR 6118)

• ELS-VE: Vibração excessiva

• ELS-W: Abertura de fissuras

• ELS-CE: Compressão excessiva

• ELS-F: Formação de fissuras

• ELS-D: Descompressão

• ELS-DP: Descompressão parcial

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Combinações de Serviço
São classificadas de acordo com a ordem de grandeza da permanência na estrutura em:

• Combinação frequente: (ex: vibração, abertura de fissuras)


São aquelas que se repetem muitas vezes durante o período de vida da estrutura (ou atuam por
mais de 5% da vida da construção). A ação variável principal Fq1 é tomada com seu valor frequente
ψ1.Fqk,1

• Combinação quase-permanente: (ex: deformação excessiva)


Podem atuar durante grande parte do período de vida da estrutura (pelo menos metade da vida da
construção). Nas combinações quase-permanentes de serviço, todas as ações variáveis são
consideradas com seus valores quase-permanentes ψ2.Fqk:

• Combinação rara:
Podem atuar no máximo algumas vezes durante o período de vida da estrutura. A ação variável
principal Fq1 é tomada com seu valor característico. 55
Combinações de Serviço

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Estudo de Caso 1

Informações iniciais:

• Laje maciça: 10 cm (arm. unidirecional)

• Revestimento: 1,00 kN/m²

• Carga acidental: 1,50 kN/m²

Carregamentos na viga:

• Peso próprio da viga: 25 kN/m³ x 0,40 m x 0,60 m = 6,00 kN/m

• Carga permanente (peso próprio da laje): 0,10 m x 25 kN/m³ x 5 m = 12,5 kN/m

• Carga permanente (revestimento): 1,00 kN/m² x 5 m: 5,00 kN/m

• Carga acidental (residencial): 1,50 kN/m² x 5 m: 7.50 kN/m


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Combinação de ações (ELS)

Nomeclatura padrão:
G0 → Peso próprio
G1 → Carga permanente
Q → Carga acidental

• Combinação Frequente:
G0 + G1 + Ψ1*Q = 6 + (12,5+5) + 0,4*7.5 = 26,50 kN/m

*Significa que ao utilizarmos esse carregamento de 26,50 kN/m, a tensão de tração admissível na viga é o valor da
tração que o concreto sozinho resiste, pois estamos trabalhando no ELS-F.

• Combinação Quase-Permanente:
G0 + G1 + Ψ2*Q = 6 + (12,5+5) + 0,3*7.5 = 25,75 kN/m

*Significa que ao utilizarmos esse carregamento de 25,75 kN/m, não pode haver tração na viga pois estamos
trabalhando no ELS-D (só compressão).

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Pré-dimensionamento

Esforços primários ou isostáticos de protensão:

V= P. sen a

N= P cos a → N = P

M= N . e → M= P . e

Para estimar a quantidade de cabos, vamos utilizar o conceito de carga balanceada:

8.𝑝.𝑒
𝑤 =
𝐿2

59
Pré-dimensionamento
Passo 1 - Carga balanceada para 1 cabo:

• w = (8*p*e)/ L² = (8x120kN x 0,25m) / 12² = 1.67 kN/m


• 1 cabo → 1x 1,67 kN/m = 1,67 kN/m

• 2 cabos → 2x 1,67 kN/m = 3,34 kN/m

• 3 cabos → 3x 1,67 kN/m = 5,00 kN/m

• 4 cabos → 4x 1,67 kN/m = 6,68 kN/m

• Na prática, para vigas, balanceia-se de 80% a 100% da carga permanente:


Carregamentos na viga:

• Peso próprio da viga: 25 kN/m³ x 0,40 m x 0,60 m = 6,00 kN/m

• Carga permanente (peso próprio da laje): 0,10 m x 25 kN/m³ x 5 m = 12,5 kN/m

• Carga permanente (revestimento): 1,00 kN/m² x 5 m: 5,00 kN/m

• Carga acidental (residencial): 1,50 kN/m² x 5 m: 7.50 kN/m

• Vamos usar: 80% x (6+12.5+5)= 18,80 kN/m

• 18.80 / 1,67 = 12 cabos (arredondando pra cima)


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Pré-dimensionamento
Passo 2 – Verificar a pré-compressão (nível de tensão normal após todas as perdas):

• Pré-compressão mínima: 1 Mpa (NBR 6118 seção 20.3.2.1)


• Para diminuir a fissuração devido à retração e contribui para a resistência ao cisalhamento.

• Pré-compressão máxima: até 8 Mpa para vigas (recomendação, a norma não limita)
• Para evitar a compressão excessiva.

• Nosso exemplo:

σ = F/A (em MPa ou N/mm²) = 6,0 MPa → Ok!!


Onde:

F = 12 x -120kN = -1440 kN → -1440x10³ N

A = 400mm x 600mm = 240.000 mm²

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Pré-dimensionamento
Alojamento das ancoragens:

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Pré-dimensionamento

Resumindo, o que definimos até agora foi:

1. Resistência do concreto: 30 Mpa

2. Seção da viga: 40x60cm

3. Traçado do cabo: parabólico

4. Quantidade de cabos: 12

Próximo passo?

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Curso de Vigas Protendidas

Dimensionamento manual!

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Conceito de dimensionamento

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Dimensionamento

Passo 1 - Dimensionamento no ELS-D (Combinação Quase-Permanente):


a) Verificar as tensões no meio do vão (600 cm)
b) Verificar tensões nos apoios (0 cm e 1200 cm)

Passo 2 - Dimensionamento no ELS-F (Combinação Frequente):


a) Verificar as tensões no meio do vão (600 cm)
b) Verificar tensões nos apoios (0 cm e 1200 cm)

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Dimensionamento ELS-D
Dimensionamento no ELS-D (Comb. Quase-Permanente): x=600 cm (meio do vão)
• Sinal “-” é compressão

• Sinal “+” é tração

P/Ac = Tensão gerada pelo CABO em toda seção da viga (compressão uniforme) em MPa (N/mm²)

Onde:

P = 12 x -120kN = -1440 kN → -1440x10³ N

Ac = 400mm x 600mm = 240.000 mm²


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Dimensionamento ELS-D
Dimensionamento no ELS-D (Comb. Quase-Permanente): x=600 cm (meio do vão)
• Sinal “-” é compressão

• Sinal “+” é tração

Mp / W = Tensão gerada pela flecha do CABO em MPa (N/mm²)

Onde:

Mp = P x e = (12x120kN) x 0,25m = 360 kN.m → 360x10^6 N.mm

W = b.h² / 6 = 0,40x0,60² / 6 = 0,024 m³ → 0,024x10^9 mm³

*Obs.: W inf = W sup


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Dimensionamento ELS-D
Dimensionamento no ELS-D (Comb. Quase-Permanente): x=600 cm (meio do vão)
• Sinal “-” é compressão

• Sinal “+” é tração

Ms / W = Tensão gerada pelo carregamento da Combinação Frequente em MPa (N/mm²)

Onde:

Ms = P x L² / 8 = 25,75 x 12² / 8 = 463,50 kN.m → 463,50x10^6 N.mm

W = b.h² / 6 = 0,40x0,60² / 6 = 0,024 m³ → 0,024x10^9 mm³ Obs.: W inf = W sup

Combinação Quase-Permanente: (já calculamos na pág.58)


69
G0 + G1 + Ψ2*Q = 6 + 17,5 + 0,3*7.5 = 25,75 kN/m
Dimensionamento ELS-D
Dimensionamento no ELS-D (Comb. Quase-Permanente): x=600 cm (meio do vão)
• Sinal “-” é compressão

• Sinal “+” é tração

Ms / W = Tensão gerada pelo carregamento da Combinação Frequente em MPa (N/mm²)

Onde:

Ms = P x L² / 8 = 25,75 x 12² / 8 = 463,50 kN.m → 463,50x10^6 N.mm

W = b.h² / 6 = 0,40x0,60² / 6 = 0,024 m³ → 0,024x10^9 mm³ Obs.: W inf = W sup

Combinação Quase-Permanente: (já calculamos na pág.58)


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G0 + G1 + Ψ2*Q = 6 + 17,5 + 0,3*7.5 = 25,75 kN/m
Dimensionamento ELS-D
Dimensionamento no ELS-D (Comb. Quase-Permanente): x=600 cm (meio do vão)
• Sinal “-” é compressão

• Sinal “+” é tração

Tensão na fibra inferior: - 6 Mpa – 15 Mpa + 19,313 Mpa = -1,687 Mpa (Compressão)

Tensão na fibra superior: - 6 Mpa + 15 Mpa - 19,313 Mpa = -10,313 Mpa (Compressão)

*Fibra inferior é a região situada abaixo do CG da viga.

*Fibra superior é a região situada acima do CG da viga.


71
*No ELS-D NÃO pode ter tração. (Tensão de tração é igual a Zero)
Dimensionamento ELS-D
Dimensionamento no ELS-D (Comb. Quase-Permanente): x= 0 cm e 1200 cm (apoios)

• Sinal “-” é compressão

• Sinal “+” é tração

P/Ac = Tensão gerada pelo CABO em toda seção da viga (compressão uniforme) em MPa (N/mm²)

Onde:

P = 12 x -120kN = 1440 kN → 1440x10³ N

Ac = 400mm x 600mm = 240.000 mm²

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Dimensionamento ELS-D
Dimensionamento no ELS-D (Comb. Quase-Permanente): x= 0 cm e 1200 cm (apoios)

• Sinal “-” é compressão

• Sinal “+” é tração

Mp / W = Tensão gerada pela flecha do CABO em MPa (N/mm²)

Onde:

Mp = P x e = (12x120kN) x 0,0 m = 0 kN.m → 0 N.mm

W = b.h² / 6 = 0,40x0,60² / 6 = 0,024 m³ → 0,024x10^9 mm³

*Obs.: W inf = W sup


73
Dimensionamento ELS-D
Dimensionamento no ELS-D (Comb. Quase-Permanente): x= 0 cm e 1200 cm (apoios)

• Sinal “-” é compressão

• Sinal “+” é tração

Mp / W = Tensão gerada pela flecha do CABO em MPa (N/mm²)

Onde:

Ms = Zero (não tem momento nos apoios em viga bi-apoiada)

W = b.h² / 6 = 0,40x0,60² / 6 = 0,024 m³ → 0,024x10^9 mm³

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Dimensionamento ELS-D
Dimensionamento no ELS-D (Comb. Quase-Permanente): x= 0 cm e 1200 cm (apoios)

• Sinal “-” é compressão

• Sinal “+” é tração

Tensão na fibra inferior: -6 Mpa (Compressão)

Tensão na fibra superior: -6 Mpa (Compressão)

*Fibra inferior é a região situada abaixo do CG da viga.

*Fibra superior é a região situada acima do CG da viga.

*No ELS-D NÃO pode ter tração. (Tensão de tração é igual a Zero) 75
Dimensionamento ELS-D
DIAGRAMA DE TENSÕES PARA O ELS-D (PROTENSÃO LIMITADA)

Limite de tensão de tração na flexão (fct.f) em ELS-D: ZERO!

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Dimensionamento ELS-F
Dimensionamento no ELS-F (Combinação Frequente): x=600 cm (meio do vão)
• Sinal “-” é compressão

• Sinal “+” é tração

P/Ac = Tensão gerada pelo CABO em toda seção da viga (compressão uniforme) em MPa (N/mm²)

Onde:

P = 12 x -120kN = 1440 kN → 1440x10³ N

Ac = 400mm x 600mm = 240.000 mm²


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Dimensionamento ELS-F
Dimensionamento no ELS-F (Combinação Frequente): x=600 cm (meio do vão)
• Sinal “-” é compressão

• Sinal “+” é tração

Mp / W = Tensão gerada pela flecha do CABO em MPa (N/mm²)

Onde:

Mp = P x e = (12x120kN) x 0,25m = 360 kN.m → 360x10^6 N.mm

W = b.h² / 6 = 0,40x0,60² / 6 = 0,024 m³ → 0,024x10^9 mm³

*Obs.: W inf = W sup


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Dimensionamento ELS-F
Dimensionamento no ELS-F (Combinação Frequente) : x=600 cm (meio do vão)
• Sinal “-” é compressão

• Sinal “+” é tração

Ms / W = Tensão gerada pelo carregamento da Combinação Frequente em MPa (N/mm²)

Onde:

Ms = P x L² / 8 = 26,50 x 12² / 8 = 477 kN.m → 477x10^6 N.mm

W = b.h² / 6 = 0,40x0,60² / 6 = 0,024 m³ → 0,024x10^9 mm³ Obs.: W inf = W sup

Combinação Frequente: (já calculamos na pág.58)


79
G0 + G1 + Ψ1*Q = 6 + 17,5 + 0,4*7.5 = 26,50 kN/m
Dimensionamento ELS-F
Dimensionamento no ELS-F (Combinação Frequente): : x=600 cm (meio do vão)
• Sinal “-” é compressão

• Sinal “+” é tração

Tensão na fibra inferior: - 6 Mpa – 15 Mpa + 19,875 Mpa = -1,125 Mpa (Compressão)

Tensão na fibra superior: - 6 Mpa + 15 Mpa - 19,875 Mpa = -10,875 Mpa (Compressão)

*Fibra inferior é a região situada abaixo do CG da viga.

*Fibra superior é a região situada acima do CG da viga.

*No ELS-F pode ter tração. O limite é a tensão de tração resistida pelo concreto. 80
Dimensionamento ELS-F
Dimensionamento no ELS-F (Combinação Frequente): x= 0 cm e 1200 cm (nos apoios)

• Sinal “-” é compressão

• Sinal “+” é tração

P/Ac = Tensão gerada pelo CABO em toda seção da viga (compressão uniforme) em MPa (N/mm²)

Onde:

P = 12 x -120kN = 1440 kN → 1440x10³ N

Ac = 400mm x 600mm = 240.000 mm²

81
Dimensionamento ELS-F
Dimensionamento no ELS-F (Combinação Frequente): x= 0 cm e 1200 cm (nos apoios)

• Sinal “-” é compressão

• Sinal “+” é tração

Mp / W = Tensão gerada pela flecha do CABO em MPa (N/mm²)

Onde:

Mp = P x e = (12x120kN) x 0,0 m = 0 kN.m → 0 N.mm

W = b.h² / 6 = 0,40x0,60² / 6 = 0,024 m³ → 0,024x10^9 mm³

*Obs.: W inf = W sup


82
Dimensionamento ELS-F
Dimensionamento no ELS-F (Combinação Frequente): x= 0 cm e 1200 cm (nos apoios)

• Sinal “-” é compressão

• Sinal “+” é tração

Mp / W = Tensão gerada pela flecha do CABO em MPa (N/mm²)

Onde:

Ms = Zero (não tem momento nos apoios em viga bi-apoiada)

W = b.h² / 6 = 0,40x0,60² / 6 = 0,024 m³ → 0,024x10^9 mm³

83
Dimensionamento ELS-F
Dimensionamento no ELS-F (Combinação Frequente): x= 0 cm e 1200 cm (nos apoios)

• Sinal “-” é compressão

• Sinal “+” é tração

Tensão na fibra inferior: -6 Mpa (Compressão)

Tensão na fibra superior: -6 Mpa (Compressão)

*Fibra inferior é a região situada abaixo do CG da viga.

*Fibra superior é a região situada acima do CG da viga.

*No ELS-F pode ter tração. O limite é a tensão de tração resistida pelo concreto. 84
Dimensionamento ELS-F
DIAGRAMA DE TENSÕES PARA O ELS-F (PROTENSÃO LIMITADA)

Limite de tensão de tração na flexão (fct.f) em ELS-F:


3
fct.f = α x 0,21 x 𝑓𝑐𝑘² = 3,04 𝑀𝑃𝑎
Dados:

fck: 30Mpa

α = 1,5 para seção retangular

α = 1,2 para seção T ou duplo T

α = 1,3 para seção I ou T invertido 85


Curso de Vigas Protendidas

S o f t w a r e V- P R O
https://store.tqs.com.br/apps/v-pro/ 86
V-PRO: Configurações
• Menu → Critérios → Protensão (aba)

• Para força de protensão (NBR 6118:2014) → Item 17.2.4.3.1.b

• Menu → Critérios → Perdas de Protensão

• Perdas imediatas de 10%

• Perdas progressivas de 20%

• Menu → Critérios → Concreto

• γc: 1.4

• fct,f: 1.5 fctk,inf (seção retangular)

• Tensão máx tração do concreto no ato da protensão: 1.2 fctm,j (NBR 6118:2014)

• Tensão máx de compressão do concreto no ato da protensão: 0,7 fck,j (NBR 6118:2014)

• Configurar as propriedades do concreto C-30 (planilha “propriedades concreto”):


Classe fck (Mpa) fctm (Mpa) Ec (Gpa) fckj (Mpa) fctmj (Mpa) Ecj (Gpa)
C30 30 2.90 27 20.52 2.25 21.59
87
V-PRO: Configurações
Menu → Critérios → Armadura ativa → Fios e cordoalhas → pós-tração não aderente:

Para Cord CP-190 RB 12.7, temos:

• Ø 12.7mm

• Área: 0,99 cm²

• Massa: 0,89 kg/m

• fptk: 1900 Mpa (resistência característica à ruptura por tração)

• fpyk: 1710 Mpa (resistência característica ao escoamento)

• Tipo: Cordoalha

• Relaxação: Baixa (Módulo de Elasticidade: Ep = 200 GPa)

• Pi (força de protensão inicial): 150 kN

Menu → Critérios → Armadura passiva → Tudo Ok!

88
Roteiro V-PRO
Roteiro V-PRO:

1. Configuração 9. Verificar as tensões ELS-D, ELS-F e ELU-ATO

2. Concreto 10. Deslocamentos

3. Geometria 11. Esforços

4. Seção 12. Dimensionamento da armadura passiva

5. Cordoalha 13. Detalhamento da armadura passiva

6. Ações e Combinações 14. Detalhamento da armadura ativa

7. Carregamentos 15. Relatórios

8. Calcular! 16. Exportação em DXF

89
Verificação no ELU-ATO

90
Verificação no ELU-ATO

Força total no ATO da Protensão:


γp x Po (força contabilizando apenas as perdas imediatas 10%) = 1.1𝑥 12𝑥150𝑘𝑁 𝑥90% = 1782 𝑘𝑁

Momento devido à excentricidade da protensão:


γp x Mpo = 1.1𝑥 12𝑥150𝑘𝑁 𝑥90%𝑥0,25𝑚 = 445,50 𝑘𝑁.m

Momento de serviço (atuante para essa combinação):


𝑝𝑥𝐿² 6𝑥12²
Ms = = = 108,00 kN.m
8 8

Seção bruta da viga:


Ac = 0,4𝑥0,6 = 0, 24 𝑚²

Módulo de resistência à flexão inferior:


𝑏𝑥ℎ² 0,4𝑥0,6²
Wi = = = 0,024 m³ (seção retangular)
6 6

Módulo de resistência à flexão superior:


𝑏𝑥ℎ² 0,4𝑥0,6²
Ws = = = 0,024 m³ (seção retangular)
6 6 91
Verificação no ELU-ATO

P/Ac = 1782 kN / 0,24 m² = 7.425 kN/m² ou 7,43 Mpa

Mp/Wi = Mp/Ws = 445.5 kN.m / 0.024 m³ = 18.563 kN/m² ou 18,56 Mpa

Ms/Wi = Ms/Ws = 108 kN.m / 0.024 m³ = 4500 kN/m² ou 4,50 Mpa

Analisar o gráfico de tensões → ver os limites de tensões admissíveis → analisar:

Limite de compressão no ato da protensão aos “j” dias (NBR 6118 → Item 17.2.4.3.2.a):

fck,j = 0,7 x fckj = 0,7 x 20,52 Mpa = 14,36 Mpa

Limite de tração no ato da protensao aos “j” dias (NBR 6118 → Item 17.2.4.3.2.b):
Fct,f (j) =1,2 x 0,3 x fckj^2/3 (item 17.2.4.3.2 da 6118) = 1,2 x 0,3 x 20,52^(2/3) = 2,70 MPa

92
Análise Estrutural

Analisar se esses limites são atendidos. Senão, verificar as opções:

1. Aumentar a seção ?

2. Diminuir/aumentar a quantidade de cabos ?

3. Protensão em mais de uma etapa?

4. Aumentar o tempo inicial de protensão: alterar o fckj e fctmj e analisar as tensões ?

5. Compressão na fibra inferior

6. Tração na fibra superior (cálculo da As)

7. Alterar a excentricidade do cabo no apoio ?


Qual solução?!
8. Diminuir a flecha do cabo ?

9. Combinação das soluções acima.

93
Flechas Imediatas (fase: 0, 0, 1, 1)

Peso Próprio (Obs.: Ecs,j):

5 × 𝑃 × 𝐿4 5 × 6 × 124
𝑓=− =− = −0,0092 𝑚 = −0,92 cm
384 × 𝐸𝑐𝑠, 𝑗 × 𝐼 384 × 24,50𝑥106 × 0,0072

Permanente (Obs.: Ecs):

5 × 𝑃 × 𝐿4 5 × 17,5 × 124
𝑓=− =− = −0,0243 m = −2,43 cm
384 × 𝐸𝑐𝑠 × 𝐼 384 × 27𝑥106 × 0,0072

Acidental (Obs.: Ecs):

5 × 𝑃 × 𝐿4 5 × 7.5 × 124
𝑓=− =− − = −0,0104 𝑚 = −1,04 cm
384 × 𝐸𝑐𝑠 × 𝐼 384 × 27𝑥106 × 0,0072

94
Flechas Imediatas (fase: 0, 0, 1, 1)

• Contraflecha provocado pela curvatura do cabo (Obs.: Ecs,j):

5𝑥𝑃𝑥𝐿4 5 × 18 × 124
𝑓= = = 0,0275 𝑚 = 2,75 cm
384 × 𝐸𝑐𝑠, 𝑗 × 𝐼 384 × 24,50𝑥106 × 0,0072

• Carga Balanceada provocada pela curvatura dos cabos: 𝑒 𝐹𝑙𝑒𝑐ℎ𝑎 𝑑𝑜 𝐶𝑎𝑏𝑜 = 0,20

8 × 𝑃 × 𝑒 12 × 8 × 135 × 0,20
𝑄𝑏𝑎𝑙 = 𝑁ú𝑚. 𝐶𝑎𝑏𝑜𝑠 × = = 18 𝑘𝑁/𝑚
𝐿2 122
*135 kN está contabilizando apenas as perdas iniciais de protensão 10%.

• Flecha imediata total: - 0,92 - 2,43 - (1,04 x 0,3) + 2,75 = -0,91 cm

*0,30 é o Ψ2 (fator de combinação de simultaneidade de ações variáveis)

*Esse resultado da flecha imediata pode ser visto no deslocamento da combinação quase permanente.

95
Flecha Diferida

Coeficiente Fluência

96
Flecha Diferida

Flecha imediata x 2,32:

-0.91 cm x (1+1,32) = -2.11 cm

Limite é L/250:

1200cm/250 = 4,80 cm (aceitabilidade visual)

*Obs.: se tiver alvenaria o limite do deslocamento é de 1,0 cm. 97


Dimensionamento
Dimensionamento da armadura passiva longitudinal:

Ver em menu → resultados → armadura longitudinal

Armadura mínima: 0,15%.b.h = 0,0015x40x60=3,6 cm² (ver tabela 17.3 da NBR 6118)

Dimensionamento ao cisalhamento:
Ver em menu → resultados → armadura transversal

Para fck 30Mpa:


Vsd, mín = 0,132.b.d = 0,132.40.57= 300.96 kN

Para fck 30MPa:


Asw = 2,55.(Vsd/d) – 0,22.b = 2,55 (300,96/57) – 0.22x40 = 4,63 cm² (aprox.)

Ver pág.33 do artigo: http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/concreto2/Cortante.pdf

Artigo sobre redução de 16% da força cortante quando considera a protensão com traçado parabólico:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-41952016000500765&script=sci_arttext&tlng=pt

98
Dimensionamento
Armadura de fretagem para vigas protendidas:
Armadura de fretagem é a armadura locada na região da ancoragem para impedir que o concreto
fissure por conta dos esforços de protensão concentrados.

Fonte: Eduardo C. S.Thomaz 99


Dimensionamento
Ensaios:

Cone de compressão e fendilhamento

Vista superior do topo


do bloco: fissuras radiais

Fendilhamento longitudinal

100
Fonte: Eduardo C. S.Thomaz
Dimensionamento
Cálculo de armadura de fretagem (fendilhamento):
𝑎0 𝑃0
𝐴𝑠𝑤1 = 0,3. 1 – .
𝑎1 𝑓𝑦𝑑

Sendo:
a0 = 12,7 cm, é a altura da placa de ancoragem;
fyd = 434,78 MPa, é a tensão de escoamento de cálculo da armadura transversal;
Para x = 0 cm e y = 30 cm:
P0 = 12x 150kN x 1,1 = 1980 kN;
a1 = 60 cm;
Asw1 = 10,77 cm² (17,95 cm²/m distribuído em 60 cm);

Para x = 1200 cm e y = 30 cm:


P0 = 1980 kN;
a1 = 60 cm;
Asw1 = 10,77 cm² (17,95 cm²/m distribuído em 60 cm);

Estribo nessa seção (0 até 60cm e 1140 até 1200cm):

17,95 cm² (fendilhamento) + 0 cm² (cisalhamento) = 17,95 cm²

Demais trechos da seção: 4,63 cm² (armadura mínima de cisalhamento)


101
Detalhamento
Detalhamento da fretagem em viga (estribo):

Detalhamento genérico

Corte seção do nosso projeto


102
(alojamento das ancoragens)
Detalhamento (especificações)

Espaçamentos mínimos – Caso de Pós-Tração (tabela 18.1 da NBR 6118)

Seção no meio do vão x=600cm

103
Detalhamento (especificações)
Cálculo da elevação dos cabos:

30 − 10
𝑦1 = 𝑥 6002 + 10 = 30 𝑐𝑚 Equação da parábola do 2º grau:
600²
Cabos Parabólicos
30 − 10
𝑦2 = 𝑥 4802 + 10 = 22.8 𝑐𝑚
600²

30 − 10
𝑦3 = 𝑥 3602 + 10 = 17.2 𝑐𝑚
600²

30 − 10
𝑦4 = 𝑥 2402 + 10 = 13.2 𝑐𝑚
600²

30 − 10
𝑦5 = 𝑥 1202 + 10 = 10.8 𝑐𝑚
600²

30 − 10
𝑦6 = 𝑥 02 + 10 = 10 𝑐𝑚
600²

104
Detalhamento (especificações)

Cálculo “prático/estimado” do alongamento do cabo:

AL = 0,66% x (comp. reto do cabo em centímetros +4% da curvatura):

AL = 0,66% x (1200 cm x 1,04)= 8,2 cm ou 82 mm

Observação sobre o alongamento:

• Única maneira de saber se a execução da protensão foi bem sucedida.

• O cálculo exato deve-se levar em consideração as perdas por atrito e encunhamento.

• Variação aceitável entre o alongamento de projeto e o alongamento real é de 7%

• Possíveis problemas caso o alongamento não esteja correto:

• Nichos de concretagem (falha de concretagem – falta ou excesso de vibração);

• Ruptura da cordoalha;

• Erro de cálculo;

• Equipamento de protensão descalibrado.


105
Comparativo:
Concreto Armado x Protendido

106
Estudo de Caso 3
(Fonte: Alexandre A. Emerick)

Viga em balanço - Conceituação:

*Usual, também, utilizar o traçado reto excêntrico na


fibra superior da viga.

107
Referências Bibliográficas

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118:2014 – Projeto de estruturas de


concreto – Procedimento. São Paulo, 2014.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7483:2008: Cordoalhas de aço para


estruturas de concreto protendido – Especificação. Rio de Janeiro, 2008.

SILVA,A. S. Notas de Aula – Introdução ao Dimensionamento em Protendido. Curitiba: IDD, 2016.

BASTOS, P. S. S. Notas de Aula – Concreto Protendido. São Paulo: UNESP, 2015.

CARDOSO, S. D. Notas de Aula – Vigas Protendidas. São Paulo:ABECE, 2019.

CARVALHO, R. C. Estruturas em Concreto Protendido - Pós-Tração, Pré-Tração e Cálculo e Detalhamento.


São Paulo: PINI, 2012

KOERICH, R. B. Notas de Aula – Curso Eberick: Conceito,Análise e Aplicação. São Paulo: Qisat, 2018.

CHOLFE, L.; BONILHA, L. Concreto Protendido - Teoria e Prática. São Paulo: PINI, 2013.

EMERICK,A.A. Projeto e Execução de Lajes Protendidas. Brasília, 2002.

LOUREIRO, G. J. Teoria e Práticas atuais do Projeto de Lajes Protendidas. Fortaleza, 2013.


108
OBRIGADO!
Eng. Fábio Kikuchi Yamura
eng.fabiokikuchi@gmail.com
(69) 99229-2222 | (69) 3222-2242

109

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