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  • NBR 7187.2021 Projeto de Pontes Concreto

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    NBR 7187.2021 Projeto de Pontes Concreto (1)

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    NBR 7187.2021 Projeto de Pontes Concreto

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    NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 7187 ‘Segunda edigtio. 21.07.2021 Projeto de pontes, viadutos e passarelas de concreto Design of concrete bridges, viaducts and footbridges oe hr dre } ses joven era ae BN TECNICAS 72 paginas Fu. © ABNT 2021 Todos os direitos reservados. A menos que especficado de outre modo. nenhuma parte desta publcacéo pode ser feproduzida ou utlizada por qualquer meio, eletrtnico ou mecanico, incluindo fotocdpia @ microfime. sem permisso por fetctia da ABNT. ABNT ‘Av. Treze de Maio, 13 - 28° andar 20031-801 - Rio de Janero- RJ Tel: + §5 21 3974-2300 Fax: + 5521 3974-2346 abnt@abri.org br ‘wmwabnitorg br BABNT 2024 - Tedos 08 draitos reservados ABNT NBR 7187:2021 ‘Sumario Pagina Prefacio .. 1 Escopo we 2 Referéncias normativa: 3 Termos e definicoes. 4 Simbologia 5 54 52 Elementos basicos do projeto...... 53 Memorial descritivo e justificativo. . : os ey 54 Memorial de calculo: 55 Desenhos... 6 Requisitos gerais de qualidade da estrutura e avaliagao da conformidade 7 Peso proprio dos elementos estruturai: Pavimentagao Lastro ferroviario, trithos e dormente: Empuxo de terr: Empuxo d’agua. Forcas de protensa Retracao.. Fluénci: Deslocamento de fundacées. Aces variaveis Goneralidade: Cargas méveis. Cargas de construcao. Carga de vento Empuxo de terra provocado por cargas méveis.... Pressao da agua em movimento Efeito dindmico do movimento das aguas Variagdes de temperatura. .n Agdes excepcionai: Generalidades. Choques de objetos mévei Acbes sismicas Outras agdes excepcionais.. Procedimento na elaboracao do projeto.. (©ABNT 2021 -Tooos 08 sens reservados ii FB. at 82 83 a4 a5 854 8.5.2 853 85.4 8.5.5, 8.6 8.6.1 8.6.2 8.6.3 8.6.4 8.6.5, 8.6.6 8.6.7 a7 ot O44 912 91.3 91.4 91.5 9.1.6 O17 92 9.3 94 95 95.4 95.2 9.6 97 98 99 9.10 9.10.1 9.10.2 9.10.3 22021 Modelo estrutural Propriedades dos materiais ... Analise estrutural - 16 Solicitagées, deformacées e deslocamentos. Generalidades. Instabilidade e efeitos de 2° ordem Imperfeigdes geométricas globais Anilise de vibragao em pass Dimensionamento, verificacdes de seguranga e detalhamento.. Goneralidades.... Cisalhamento longitudi Interagao entre cisalhamento longitudinal e flexao transversal. Articulagao de conereto .. Equilibrio estatico durante a construgao pelo método dos balancos suce: Laje de continuidade. Cisalhamento em Pontes estaiadas. Disposigées construtivas. Dimensdes das pega: Lajes macigas.. Canalizagées embutidas.. Armadura nao protendida Generalidades......... é : ee Distribuigao da armadura longitudinal de tra¢ao do vigamento principal nas mesas das vigas de seco T, L ou celular. Armadura de protensao. 24 Juntas de concretagom ... on Juntas de dilatag: 24 Aparelhos de apoio 25 Ligacao de elementos pré-moldados.. Generalidade: Ligagao de elementos pré-moldados conjugados por colagem Ligagao concretada de elementos pré-moldado: (© ABNT 2021 - Todos 08 dretor reservados Fut ABNT NBR 7187:2021 9.10.4 Ligagao argamassada de elementos pré-moldados 941 Laje de transigéo.. 912 Inspecao e manutencao, 10 Execugao da estrutura... Anexo A (informativo) Efeito do tempo no concreto estrutur AA Fluéncia ¢ retracio.. : Az Efeitos do tempo no comportamento estrutural do concreto .. A214 Generalidades. 22 Tipos de andlise dos efeitos do tempo no concreto estrutural A221 Generalidades. A222 Método ge 2.23 Método incremental A224 Métodos baseados na teoria da viscoelasticidade linear . A.22.5 Método do coeficiente de envelhecimento.. Categorizagao das pontes para a andlise sismica. Requisitos sismicos para as estruturas de pontes .. Generalidades. Requisitos de anal pontes de categoria sismica A Requisitos de andlise para pontes de categoria sismica B C. Coeficientes de modificacao de resposta. Efeitos do sismo vertical Critérios de modelagem da fundagao ¢ da estrutura .. Limitagées para deslocamentos... Efeitos de 2° ordem. Analise sismica pelo método espectral Niimero de modos a ser considerado. Respostas modais para 0 projeto. Combinag&o das respostas modsis ¢ nas diferentes diregdes ortogonais Analise sismica com histéricos de aceleragées no tempo. Requisitos da anilise.. Requisitos para os acelerogramas Definigao dos efeitos finais da anal Variabilidade espacial da acdo sismica 5.6.1 Consideracao da variabilidade espacial da agdo sismica..... B.6.2 _Efeitos sismicos inerciais B.6.3 _ Consideracio aproximada da variabilidade espacial da ago sismica ‘Anexo C (informativo) Andlise dinémica de passarela ca Generalidades.. cz Calculo e verificagao de aceleracaio maxima vertical e horizontal. c3 Nivel de conforto... © ABNT 2021 - Todos on dretos reservados v ABNT NBR 7187:2021 Anexo D (normativo) Avaliagao de estruturas existentes. DA Generalidade: D.2 _Premissas para avaliagao das estruturas existentes.. D241 — Generalidades. D.2.2 _ Estruturas com limitagéo: D.23 —_Inexisténcia de projetos D.2.4 — Estruturas sem limitagdes estruturai D241 Generalidades.. 0.24.2 Obras rodovisrias.. D.24.3 Obras ferrovidria: Anexo E (normativo) Cisalhamento longitudinal na ligagao entre mesa e alm ruturais identificad: e1 Esforcos na ligacao ... i £2 \Verificagao da compressio diagonal do concrete. £3 Célculo da armadura transversal B4 Decalagem das barras longitudinais alocadas fora da alma... Anexo F (informativo) Interacao entre cisalhamento e flexao transversal FA F2 F3 Fa Interacao entre cisalhamento longitudinal e flexao transversal... Anexo G (informativo) Articulagao de conereto.. G4 Simbologia especifica. G2 Condigoes geométricas e fisicas... G3 Forgas de tracao nos elementos articulados G4 Forgas cortantes na articulagao. Anexe H (normativo) Equilibrio estatico durante a construgao por balangos sucessivos Ha ‘Agoes a serem consideradas.. H.A1 — Agdes permanentes 2 H.1.2 Ago do vento... 1.3 Cargas de construga H.1.4 Ago excepcional de queda de trelica ou aduel H2 Combinagées de acdes H.24 — Combinagao especial ou de construgao.. H.2.2 Combinagao excepcional Anexo | (informativo) Modelos simplificados de analise e dimensionamento de lajes Casos de carregamento. Gonoralidade: Carga permanente.. Carga mével nos Carga mével na laje de continuidade. ‘Anexo J (informativo) Pontes es vi (PABNT 2021 - Todos 08 droits reservatos ABNT NBR 7187:2021 Goneralidades.. Projeto Acompanhamento técnico Plano de inspegao e manutengao. Especificagées do sistema. Componentes do sistema. Generalidades... Rigidez equivalente dos estais Rigidez exata dos estais. Forca de vento. Anexo K (informativo) Lajes de transicao.. KA Generalidades K2 Dimensces-iimite.. K3 Analise estrutural K.4 —_Detalhes construtivos. Bibliografia ~ Figuras Figura 1 — Geometria dos elementos sujeitos 4 pressao da agua em movimento Figura 2— Geometria do actimulo de detritos.. Figura 3 — Largura da seco transversal da fibra de cota y... Figura 4— Valores estimados para distancia entre pontos de momento nulo. Figura 5 — Exemplos de laje de continuidade. Figura 6 — Solucao de pré-laje e capa de concreto em obras em vigas pré-moldada: Figura 7 - Movimento resultantes nas juntas de dilatacao.. Figura E.1 ~ Cisalhamento longitudinal na ligag: Figura E.2 ~ Elementos geomeétricos na ligagao entre mesa e alm: Figura F.1 - Tensdes de cisalhamento, devido ao esforco cortante, em secdo celular simétric Figura F.2 - Fluxo de cisalhamento, devido a torcao, em secao celular simétrica. Figura F.3 - Campos de tensées na alma..... Figura F.4 - Exemplo de diagrama de momentos fletores transversais em secio ci Figura F.5 - Campo de tensées na alma em fungao da presenga de momento transversal Figura G.1 - Identificagao dos simbolos. Figura G.2 - Representacdo da articulacdo de concreto em elementos de se¢ao retangular. Figura G.3 - Forcas de tracao nos elementos articulados.. Figura G.4 - Indicacao da armadura para absorver as forcas de tracao.. ‘© ABNT 2021 - Todos 08 direitos reservados vii “fu ABNT NBR 7187:2021 Figura H.1 ~ Configuracao das aces na combinacao especial Figura H.2 ~ Configuracao das ages na combinagao excepcional Figura 1.1 — Comprimento dos tramos (L ~ distancia entre eixos dos aparethos de apoio) . Figura 1.2 - Deformacées impostas pelo carregamento dos vaos adjacentes..... Figura 1.3 — Carga permanente nos vaos adjacentes. Figura 1.4 Carga mével em um vao adjacente... Figura 1.5 - Carga mével nos vaos adjacentes. Figura J.1 — Componentes dos estais. Figura J.2 ~ Rigidez equivalente... Figura K.1 ~ Seco tipica da laje de transicao e dimensées minimas Figura K.2 ~ Esquema estrutural para célculo sobre base elastica Figura K.3 ~ Esquema estrutural para andlise simplificad Tabelas Tabela 1 - Valores de k em fungao do angulo de incidéncia para sedes retangulares Tabela 2 - Variacao linear de temperatura ao longo da altura da seco transversal... Tabela 3 — Distribuicdo da temperatura ao longo da altura da secao transversal Tabela 4 — Distribuicdo da temperatura ao longo da altura da segdo transversal para diferentes alturas da seco transversal e de pavimentacao... om Tabela A.1 - Tipos de andlises..... Ramos 2B Tabela B.1 ~ Definis8o das categorias de ulllizagio © dos fatores de importancia de utilizagao (Fator I) o.sunesen Tabela B.2 - Zonas sismicas e categorias sismicas.. Tabela B.3 - Coeficientes de modificado de resposta R Tabela B.4 — Distancia Lg Tabela C.1 - Constantes para aceleracées verticais Tabela C.2 - Constantes para aceleragées horizontais, Tabela C.3 - Valores de massas modals associadas aos modos de vibragao. Tabela C.4 - Constantes para aceleragées-limite vertical Tabela C.5 — Constantos para aceleragées-limite horizontai viii © ABNT 2021 - Todos 08 direitos reservatos ABNT NBR 7187:2021 Prefacio ‘AAssociagao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) € 0 Foro Nacional de Normalizagao. As Normas Brasilelras, cujo contetido 6 de responsabilidade dos Comités Brasileiros (ABNT/CB). dos Organismos de Normalizacéo Setorial (ABNT/ONS) ¢ das Comissées de Estudo Especiais (ABNT/CEE), sao claboradas por Comissées de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no toma objoto da normalizacao. Os Documentos Técnicos ABNT sao elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2. AABNT chama a atenco para que, apesar de ter sido solicitada manifestacao sobre eventuais direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados @ ABNT a qualquer momento (Lei n° 9.279, de 14 de maio de 1996). (Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Intemacionais (ISO e IEC), s40 voluntarios € nao inoluem requisitos contratuais, legals ou estatutarios. Os Documentos Técnicos ABNT nao substituem Leis, Decrelos ou Regulamentos, acs quais os usuérios devem atender, tendo precedéncia sobre qualquer Documanto Técnico ABNT. Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citagao em Regulamentos Técnicos. Nestes casos, 0s érg8os responsdvels pelos Regulamentos Técnicos podem determiner as datas para exigéncia dos requisites de quaisquer Documentos Técnicos ABNT. A ABNT NBR 7187 fol elaborada pela Comisséo de Estudo Especial de Pontes de Concreto Simples, Armado e Protendido (ABNT/CEE-231). O 1° Projeto de Revisdo circulou em Consulta Nacional conforme Edital n® 11, de 25.11.2020 a 04.01.2021, O 2° Projeto de Revisdo circulou em Consulta Nacional conforme Edital n° 05, de 11.05.2021 a 09.06.2021. AABNT NBR 7187:2021 cancela e substitu a ABNT NBR 7187:2003, a qual! tecnicamente revisada. O Escopo em inglés da ABNT NBR 7187 6 0 seguinte: Scope This Standard establishes the procedures and basic requirements for the design of concrete bridges, viaducts and footbridges. This Standard applies to projects for the repair and rehabilitation of existing structures, not including repair and rehabilitation systems and materials. This Standard appliss to normal concrete structures, identified by a dry specific mass groator than 2,000 kg/m’, not exceeding 2,800 kg/m3, of strength group | (C20 to C50) and strength group Il (C55 to C90). Among the special concretes excluded from this Standard are mass concrete and concrete without fines. (@ABNT 2021 - Todos 08 cites reservados ix NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 7187:2021 Projeto de pontes, viadutos e passarelas de concreto 1 Escopo Esia Norma estabelece os procedimentos ¢ requisitos basicos para 0 projeto de pontes, viadutos e passarelas de concreto. Esta Norma se aplica aos projetos de recuperagao ¢ reforgo de estruturas existentes, no abrangendo sistemas e materiais de reforco. Esta Norma se aplica as estruturas de concretos normais, identificados por massa especifica seca maior do que 2 000 kg/m®, nao excedendo 2 800 kgim®, do grupo | de resistencia (C20 a C50) e do grupo Il de resisténcia (C55 a C90). Entre os concretos especiais excluidos desta Norma esto 0 concreto-massa e o concreto sem finos. NOTA As classes do concreto em funcao de sua massa especifica, resisténcia & compressao axial ¢ consisténcia so estabelecides na ABNT NBR 8953, 2 Referéncias normativas Os documentos @ seguir so citados no texto de tal forma que seus contetidos, totais ou parcial, constituem requisitos para este Documento. Para referéncias datadas, aplicam-se somente as edigoes citadas. Para referéncias nao datadas, aplicam-se as edigdes mais recentes do referido documento {incluindo emendas). ABNT NBR 6118:2014, Projeto de estruturas de concrete ~ Procedimento ABNT NBR 6123, Forgas devidas ao vento em edificagdes ABNT NER 7188, Carga move! rodovidria e de pedestres em pontes, viadutos, passarelas @ outras ostruturas ABNT NBR 8681:2003, Agdes @ seguranca nas estruturas ~ Procedimento ABNT NBR 9062, Projeto € execupéo de esiruturas de concreto pré-moldado ABNT NBR 9452, Inspedo de pontes, viadutos e passarelas de concreto ~ Procedimento ABNT NBR 12655, Concreto de cimento Portiand — Preparo, controle, recebimento © aceitagéo — Procedimento ABNT NBR 14931:2004, Execugo de estruturas de concreto ~ Procedimento ABNT NBR 15421:2006, Projeto de estrufuras resistentes a sismos — Procedimento vas ore ABNT NBR 7187:2021 3 Termos e definigées Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definigées da ABNT NBR 6118 € os seguintes. 34 barreira rigida erfil-padrao, engastado na estrutura, com a fungao de protec lateral da pista rodovidria NOTA Os requisitos minimos exigiveis para o projeto construtivo e implantagao de barreiras de concreto para seguranca no trafego so estabelecidos na ABNT NBR 14885. a2 guarda-corpo elemento continuo ou vazado de protegao do pedestre na borda do passeio 3.3 infraestrutura conjunto de elementos destinados a receber as cargas provenientes da mesoestrutura ou diretamente a superestrutura e transferi-las para o substrato 34 mesoestrutura conjunto de elementos destinados a receber as cargas provenientes da superestrutura e transferi-las Para a infraestrutura 3.5 obra de arte especial OAE estrutura classificada como ponte, viaduto ou passarela 36 passarela estrutura longilinea, destinada a transpor obstéoulos naturais e/ou artificiais exolusimente para pedestres lou ciclistas a7 ponte estrutura sujeita & ago de carga em movimento, com posicionamento variével, chamada de carga mével, utiizada para transpor um obstéculo natural (como no, cérrego, vale etc.) 38 superestrutura conjunto ce elementos destinados a receber as cargas permanenies e acidentais e transferllas para @ mescestrutura ou dirstamente para a infraestrutura 3.9 vao distancia horizontal no eixo da superestrutura entre dois apoios consecutivos 3.40 viaduto estrutura para transpor um obstaculo artificial (como avenida, rodovia ete.) 2 BABNT 2021 - Todos os direitos reservados FL ABNT NBR 7187: 3.14 viga pré-fabricada viga pré-moldada executada industriaimente, em instalag5es permanentes de empresa destinada para este fim NOTA Os requisitos para o projeto, a execugao @ 0 controle de estruturas de concreto pré-moldado sao estabelocidos na ABNT NBR 9062. 4 Simbologia No projeto das ponies, viadutos e passarelas de concreto devem ser adotadas as simboiogias geral @ especifica estabelecidas na ABNT NBR 6118 ou de outras normas brasileiras pertinentes. As grandezas representadas pelos simbolos constantes desta Norma devem sempre ser expressas em unidades do Sistema Internacional (S1). 5 Requisitos e apresentacdo do projeto 5.1 Generalidades ‘Os documentos técnicos minimos que constituem o projeto estrutural sao memorial descritivo ejustificativo, memorial de calculo € desenhos. Para a elaboragao do projeto, s40 necessarios elementos basicos conforme descrito em 5.2. 5.2 Elementos basicos do projeto Os elementos basicos compreendem todas as informacdes necassérias para justificar a obra e definir suas caracteristicas técnicas e funcionais. Incluem levantamentos topogratficos (também batimetria, se necessario) @ de interferéncias, projato geométrico completo, dados geolégicos, geotécnicos @ hidrolégicos, gabaritos em largura e altura e outros concicionantes do projeto. Em alguns casos, devem ainda ser consideradas, na elaboragao do projeto, as condiodas de acesso & obra, caracteristicas regionais e disponibilidade de materiais e mao de obra. 5.3 Memorial descritivo e justificativo © memorial descritivo e justifcativo deve conter a descrigo da obra e dos processos construtivos definidos bem como a justificativa técnica do sisterna estrutural adotado. 5.4 Memorial de calculo 5.4.1 Omemorial de calculo deve ser iniciado com uma indicagao clara do modelo estrutural adotado, com as dimensées principais, caracteristicas dos materiais. condigSes de apoio, carregamentos aplicados, hipdteses de célculo e outras informagées que sejam necessarias para defini-lo. Em seguida, os calculos destinados para a determinacao das solicitac6es e para o dimensionamento dos elementos estruturais devem ser apresentados em sequéncia légica e cujos resultados possam ser facilmente entendidos, interpretados ¢ verificados. 5.4.2 Os simbolos nao usuais devem ser bem definides, as equagées aplicadas devem figurar antes da introdugao dos valores numéricos e informar as citagdes bibliogréficas utilizadas 5.4.3 Sendo os calculos efetuados com auxilio de computadores, devem ser fornecidas as identificagdes dos programas e as indicagSes claras dos dados de entrada e de saida. @ABNT 2024 - Todos 08 ctitos reservados 3 FL. ABNT NBR 7187:2024 5.5 Desenhos 5.5.1 Os desenhos, em formato normalizado ¢ escalas adequadas, devem conter todos os elementos hevessarios para a execugdo da obra e estar condizentes com os calculos. 5.5.2 Os desenhos de implantagdo da obra devem conter sua localizacdo e os elementos principais do Projeto geomeétrico, de forma a ficar porfeitamente definida sua intogragao com as caracteristicas locais.. 5.5.3 Em perfil, devem ser mostradas as cotas do greide, do terreno natural, dos aterros de acesso ou cortes, do obstéculo transposto (como curso d’agua, niveis de maré, rodovia, ferrovia e outros), constando também no desenho os gabaritos impostos, em largura e altura, Devem ser mostradas inclusive as cotas dos elementos de fundacao, os perfis dos boletins de sondagens com indicacao do lancol freatico e 0 perfil geolégico/geotécnico do terreno, estimado a partir das sondagens e ensaios geotécnicos realizados. 5.5.4 Emplanta, o desenho deve ser langado sobre bases obtidas do lavantamento topogréfico (inclusive cadastro de interferéncias) com as linhas rebaixadas, mostrando a compatibilizacao da obra com as condigSes locais, indicando saias de aterro e teludes de cortes, e fomecendo as coordenadas para locacao das fundagées. 5.5.5 Devem também constar nos desenhos de implantagao outras informagées importantes relativas € cra, principalmente: classe em que se enquadra (em relacao as cargas moveis), classe de agressividade ambiental, espectficagdes dos materiais que sardo utilizados e, conforme 0 tipo de fundagao, pressées no terreno exercidas por sapatas rasas ou bases de tubulbes, cargas em estacas e comprimentos previstos. 5.5.6 Os desenhos de formas devem detalhar todos os elementos componentes da estrutura, através de plantas, elevagées e cortes, mostrando, além de todas as dimensdes, dados complementares, como: contraflechas, aberturas provisdrias para as fases construtivas, detalhes de drenagem da pista, de fixagao de postes e outros. 5.5.7 Os desenhos de armagao devem indicar tipo de ago, quantidade, bitola, dimensées e formas, posigao e espacamento das barras ou cabos, tos de emendas e ganchos, ralos minimos de dobramento, cobrimentas, bem como prever espacos para lancamento do concreto e utiizagao de vibradores. Deven também constar nos desenhos de armagdo 08 planos e tabelas de protensao. 5.5.8 Nos desenhos de detalhamento dos cabos de protensao, devem constar os dados estabelecides na ABNT NBR 14931:2004, A.8.2, assim como o tipo de bainha adotada para projeto, detalhes com 05 Angulos de saida dos cabos e as respectivas dimensGes dos nichos de ancoragem. 5.5.9 Nocaso de metodologias executivas serem consideradas como premissas do projeto estrutural, influenciando na estabilidade da estrutura durante a construgSo, nos esforgos finals ou na mudanga de geometria da esirutura, serdo necessérios desenhos especificos da sistematica construtiva prevista, 6 Requisitos gerais de qualidade da estruturae avaliagao da conformidade do projeto 6.1. As estruturas de concreto devem ser concebidas, calculadas e detalhadas de modo a atender 05 requisitos de qualidade estabelecidos na ABNT NBR 6118:2014, Secao 5, exceto 0s estabelecidos em 5.2.3 ¢ 5.3.1, principalmente garantindo que, para todas as combinagdes de acdes suscetiveis de intervir durante sua construgao e utilizacdo, sejam respeitados os estados-limites limos e os estados-limites de servico, bem como as condigdes de durabilidade requeridas. 6.2 Aavaliagao da conformidade do projeto deve ser realizada, devendo essa avaliagao ser elaborada or profissional habilitado, independentee diferente do projetista, requerida e contratada pelo contratante, @ registrada em documento especifico que acompanhara a documentacao do projeto citada na Secao 5. 4 {©ABNT 2021 - Todos 08 arts reservados Fuld ABNT NBR 7187:2021 7 Agées a considerar 7.1 Generalidades Conforme definic3o constante na ABNT NBR 8681, aces so as causas que provocam o aparecimento de esforgos ou deformagves nas estruturas, ¢ classificam-se em: a) _permanentes; b) variaveis; ©) excepcionais. 7.2. Ages permanentes 7.24 Generalidades ‘Ag6es cujas intensidades podem ser consideradas como constantes ao longo da vida util da construgao. ‘Também sao consideradas agdes permanentes as que crescem no tempo, tendendo a um valor-limite constante, As ages permanentes compreendem, entre outas: a) cargas provenientes do peso proprio dos elementos estruturais; b) cargas provenientes do peso da pavimentacao, dos trilhos, dos dormentes, dos lastros, dos revestimentos, das barreiras rigidas, dos guarda-rodas, dos guarda-corpos e de dispositivos de sinalizagao; ©) empuxos de terra e de liquidos; 4d) forcas de protensao; €) deformagées impostas, isto 6, provocadas por fluéncia e retragao do concreto, e por desiocamentos de apoios, 7.2.2 Peso préprio dos elementos estruturais 7.2.2.1 Naavaliagaodas cargas devidas ao peso préprio dos elementos estruturais, opeso especifico deve ser tomado no minimo igual a 24 kN/m’, para o concreto simples, e 25 kNim®, para o concreto armado ou protendido. 7.2.22 Devem ser consideradas cargas devidas ao peso do enchimento para compatibilizaao do reide com a laje do tabuleiro, 7.2.3 Pavimentacao Na avaliagao da carga devida ao peso da pavimentagao, deve ser adotado para peso especifico do material empregado 0 valor minimo de 24 kKN/m3, prevendo-se uma carga adicional de 2 kN/m? para tender a um possivel recapeamento. A consideragao desta carga acicional pode ser dispensada, a critério do proprietario da obra 7.2.4 Lastro ferroviario, trilhos e dormentes ‘As cargas correspondentes ao lastro ferrovidrio devem ser determinadas por meio de ensaios utilizando (© material da jazida. Na auséncia de ensaios, deve ser considerado um peso especifico aparente minimo de 19 kN/m3, Deve ser suposto que 0 lastro atinja 0 nivel superior dos dormentes @ preencha ARNT 2021 - Todos 08 drotos reservados 5 rus. completamente 0 espaco limitado pelos guarda-lastros, até o seu bordo superior, mesmo se na sero transversal do projeto assim nao for indicado, Na auséncia de indicagdes precisas, a carga referente aos dormentes, trilhos e acessérios deve ser considerada no minimo igual a 8 kN/m por via. 7.2.5 Empuxo de terra 7.2.5.1 O-empuxo de terra atuante sobre as estruturas deve ser determinado de acordo com os principios da mecénica dos solos, em fungo de sua natureza (ativo, passivo ou de repouso), das caracteristcas geomecénicas e geométricas do macico (aterro, solo natural ou sobrecarga), da presenca do nivel agua, assim como da rigidez dos paramentos. Como simplificacao, pode ser suposto que o sola nao tenha coesdio @ que nao haja atrito entre o terreno e a estrutura, desde que as solicitagées assim determinadas estejam a favor da seguranga. O peso especifico do solo Umido deve ser definido de acordo com as caracteristicas do material natural ou do material a ser utilizado no corpo do aterro, nao sendo inferior a 18 kN/m® eo angulo de atvito interno no maximo igual a 30”, 7.2.5.2. Os empuxos ativo e de repouso devem ser considerados nas situagdes mais desfavoraveis. Aatuagéo do empuxo passivo s6 pode ser considerada quando os deslocamentos relativos a sua plena mobilizago no prejudicarem 0 desempenho da estrutura @ sua ocoréncia puder ser garantida ao longo de toda a vida util da obra. Quando a superestrutura funcionar como arrimo dos aterros de acesso, ago do empuno de terra proveniente desses aierros deve ser considerada unilateraimente (em ambos 05s lados alternadamente). Nos casos de tabuleiro em curva ou esconso, deve ser considerada a atuagao simultanea dos empuxos nas extremidades, quando for mais desfavoravel. 7.2.5.3 No caso de pilares implantados em taludes de aterro, na auséncia de estudo especifico de interacdo entre o solo e a estrutura, deve ser adotada, para 0 célculo do empuxo de terra, uma largura ficticia igual a trés vezes a largura do pilar, devendo este valor ficar limitado @ largura da plataforma do aterro. Os pilares-parede, na presente situagdo, devem sertratados como estruturas de contengao. Deve ser considerado também 0 efeito do adensamento do aterro, que pode originar solicitagdes adicionais sobre 0s pilares. Para grupo de pilares alinhados transversalmente, quando a largura ficticia, obtida de acordo com 7.25.1, for Superior a distancia transversal entre eixos de pilares, a nova largura ficticia a considerar deve ser: a) paraos pilares externos, a semidistdncia entre eixos acrescida de uma vez e meia a largura do pilar; b) para os pilares intermediarios, a distancia entre eixos, 7.2.8.4 Pode ser prescindida a consideragao da agéio do empuxo de terra sobre os elementos estruturais implantados em terraplenos horizontais de aterros previamente executados ¢ estabilizados, desde que sejam adotadas precaugées especiais no projeto e na execugao como: compactagdo adequada, inclinagbes convenientes dos taludes, distancia minimas dos elementos as bordas do aterro, terreno de fundagao com suficiente capacidade de suporte, entre outras. 7.2.8.5 Quando os aterros dos encontros forem executados sobre solos moles, deve ser analisada a presenca de solicitagdes horizontals adicionais nas fundagdes em virtude de carregamentos nao uniformes na superficie do terreno (efeito Techebotarioff) 7.2.6 Empuxo d'agua 7.2.6.1 Oempuxo d’dgua e a subpresséo devem ser considerados nas situagdes mais desfavoraveis para a verificagao dos estados-limites, sendo dada especial atencgao ao estudo dos niveis maximo e minimo dos cursos d'égua e do lencol fredtico. 6 ARNT 2021 - Tedos 08 datos reservados FL16- 7.2.6.2 No-caso de utilizago de contrapeso enterrado, deve-se, na avaliagao de seu peso, considerar a hipdtese de submersao total do contrapeso, salvo se comprovada a impossibilidade de ocorréncia dessa situacao, 7.2.6.3 Nos elementos estruturais que funcionam como arrimo do aterro de aproximagao, deve ser provista, om toda a altura destes elementos, uma camada filtrante continua, na face em contato com ‘Solo contido, associada a um sistema de drenos, de modo a evitar a situagao de pressdes hidrostaticas. Caso contrario, deve ser considerado nos calculos o empuxo d’égua resultante. 7.2.64 As estruturas em quadro fechado, normalmente utilzadas em passagens inferiores, devem ser projetadas, independentemente da presenga de um sistema de drenagem, para resistir ao empuxo d’agua e subpressao provenientes do lencol freatico, da agua livre ou da agua acumulada de chuva 7.2.7 Forgas de protensio 7.2.7.1 As forcas de protensao e respectivas perdas devem ser consideradas conforme disposto na ABNT NBR 6118. 7.2.7.2 Emestruturas protendidas hiperestaticas deve ser considerada a ago indireta da protenso que gera os esforcos hiperestaticos de protensao. 7.2.7.3 No caso de estruturas hiperestaticas, que tém sua condicéo estrutural modificada durante 0s estagios de construcao (por exemplo, obras construidas pelo método dos balancos sucessivos & obras estaiadas), devem ser considerados os esforgos hiperestaticos de protensao gerados pelo efeito do tempo (deformacao lenta). 72.8 Retraga Adeformacao especifica por retracao do concreto pode ser avaliada conforme o Anoxo A. 729 Fluéncia ‘Adeformagao especifica por fluéncia do concreto pode ser avaliada conforme o Anexo A. 7.2.10 Deslocamonto de fundacdes. ‘Se a natureza do terreno e 0 tipo de fundagdes permitirem a ocorrencia de deslocamentos que induzam efeitos na estrutura, as deformagdas impostas decorrentes devem ser consideradas no projeto estrutural com base nos parametros definidos por estudo geotécnico. 7.3 Agées variaveis 7.3.1 Generalidades Agbes de carder transitorio que compreendem, entre outras: a) cargas méveis; b) cargas de construgao; ©) cargas de vento; d) empuxo de terra provocado por cargas moves; ©) pressao da agua em movimento; ‘©ABNT 2021 - Todos 08 cretosreservatos Fur. f)_ efeito dindmico do movimento das agua: 9) variagdes de temperatura. 7.3.2 Cargas méveis 7.3.2.1 Devem ser considerados os valores caracteristicos das cargas méveis rodovidrias, incluindo cargas verticais, efeito dinamico, forga centrifuga, efeitos da frenagéo e da aceleracéo, fixados na ABNT NBR 7188. Para outros usos especificos onde as cargas méveis nao s4o abrangidas pela ABNT NBR 7188, estes valores devem ser definidos pelo proprietario da obra, 7.3.2.2 Na auséncia de norma especifica, os valores caracteristicos das cargas méveis ferrovidrias, incluindo cargas verticais, efeito dinamico, fora centrifuga, choque lateral, efeitos da frenacao e da aceleragao, devem ser definidos pelo proprietério da obra, 7.3.3. Cargas de construcao No projeto e no célculo estrutural, devem ser consideradas as ages (estaticas e dinamicas) passiveis de ocorrerem durante 0 periodo da construcao, notadamente aquelas devidas a equipamentos & estruturas auxiliares de montagem e de langamento de elementos estruturais © seus efeitos em cada etapa executiva da obra, 7.3.4 Carga de vento 7.3.4.1. Deve ser avaliada de acordo com a ABNT NBR 6123. 7.3.42 Na combinapao de aco do vento com agées das cargas movels, a area frontal efetiva utilizada no célculo da forga de arrasto do vento deve considerar: fa) para pontes rodoviérias, uma altura de 2 m a partir da superficie do pavimento b) para pontes forroviérias, uma altura de 4 ma partir do topo dos trilhos. ©) para passarelas de pedesires, uma altura de 1,70 m a partir da superficie do pavimento. 7.3.5 Empuxo de terra provocado por cargas moveis Deve ser calculado conforme 7.2.5, transformando as cargas méveis no terrapleno em altura de terra equivalente, Quando a superestrutura funcionar como arrimo dos aterros de acesso. a acao deve ser considerada em apenas uma das extremidades, a menos que seja mais desfavordvel consideré-la simultaneamente nas duas extremidades, como nos casos de tabuleiros em curva horizontal ou esconsos. 7.3.8 Pressdo da agua em movimento 7.3.6.1 Generalidades Apressao da agua em movimento sobre os pilares e elementos das fundagdes pode ser determinada pela seguinte equagao: p=k-vg onde Pp Gapressao estatica equivalente, expressa em quilonewtons por metro quadrado (kN/m?), 8 \©ABNT 2021 - Todos 08 dretos reservados FL ABNT NBR 7187:2024 Va a velocidade da agua, expressa em metros por segundo (m/s); k um coeficiente dimensional. O valor de k deve ser: a) b) c) 4) °) = 0,34 para elementos com seco transversal circular (ver Figura 1), k= 0,71 para elementos com seco transversal relangular (ver Figura 1) com Angulo de incidéncia de 90°. O valor de k em fungao do Angulo de incidéncia do movimento das aguas em relagao 0 plano da face do elemento deve ser 0 estabelecido na Tabela 1 = 0,26 para elementos com secao transversal de extremidade triangular (ver Figura 1) com Angulo entre as paredes igual ou inferior a 30°. k= 0,47 para olementos com seco transversal de extremidade triangular (ver Figura 1) com Angulo entre as paredes igual a 90°. k= 0,26 a 0,47, interpolado linearmente em fungao do Angulo das paredes, para elementos com ‘seco transversal de extremidade triangular (ver Figura 1) com angulo entre as paredes variando de 30° a 90°. ,26 para elementos com segao transversal de extremidade em arco (ver Figura 1) com intersegao das paredes em Angulo igual ou inferior a 90°. Tabela 1 - Valores de k em fungao do angulo de incidéncia para seges retangulares Angulo de incidéneia k 90° o71 aa " 4 ee o 0 Para situag6es intermediias, 0 valor de k deve ser obtido por interpolagai linear. Apressio p deve ser considerada sobre uma rea igual da projecao do elemento ‘em um piano perpendicular & ciregdo do movimento da égua. (©ABNT 2021 - Todos os direitos reservados “Fs 10 ABNT NBR 7187:2021 a) Elemento com segao transversal retangular ) Elemento com secao transversal circular ou de extremidade circular ¢) Elemento com seco transversal de extremidade triangular d) Elemento com segie transversal de extremidade em arco Figura 1 — Geometria dos elementos sujeitos a pressao da égua em movimento 7.3.6.2 Actimulo de detritos Os detritos carregados pela agua em movimento (como troncos fiutuantes, raizes e outros) podem se acumular nos pilares da ponte e, bloqueando partes do leito do rio, aumentar a pressdo da agua nos apoios da ponte. Esse actimulo 6 fungdo da disponibilidade destes detritos @ do nivel de esforcos de manutengao para sua remogao, A possivel ocorréncia de carreamento de detritos deve ser informada ao engenheiro responsavel pelo projeto pela autoridade competente sobre a ponte. devendo a pressao da agua também ser aplicada no acuimulo de detritos alojado contra os apoios. As dimensées e o formato do actimulo de detritos (ver Figura 2) so de dificil determinagao. Como referéncia, na falta de dados mais precisos, pode-se adotar 0 seguinte: a) adimensao A deve ser a metade da profundidade da agua, mas nao superior a 3,0 m; b) adimensao B deve ser ametade da soma dos comprimentos dos vaos adjacentes, mas nao superior a 12,0 m acrescidos da largura do elemento estrutural. A pressao da égua em movimento sobre 0 acimulo de detritos deve ser calculada utilizando o fator dimensional k igual a 0,71 (© ABNT 2021 - Todos 08 dieitos reservados FLZ- ABNT NBR 7187:2021 | Superficie da gua DD! = ‘Acimulo de detritos Figura 2- Geometria do acumulo de detritos 7.3.7 Efeito dindmico do movimento das aguas 7.3.7.1 O efeito dindmico das ondas @ das aguas em movimento deve ser determinado através de métodos baseados na hidrodinamica. 7.3.7.2 Em obras costeiras devem ser elaborados estudos espacificos considerando os efeitos conjuntos de ondas, marés, correntes, conformagao da costa e vento. 7.3.8 Variagdes de temperatura 7.3.8.1 Variagées uniformes de temperatura Variages uniformes de temperatura devem ser consideradas de acordo com a ABNT NBR 6118. 7: Variagées nao uniformes de temperatura 7.3.6.2.1 Generalidades As varlagSes da temperatura ao longo da altura de cada segao transversal devern ser consideradas conforme os métodos 1 ou 2 desta Norma e devem ser combinadas com as variagSes uniformes de temperatura (Ver 7.3.8.1) 7 2 Variagoes nao uniformes de temperatura (método 1) As variagdes da temperatura ao longo da altura de cada secao transversal podem ser consideradas por meio de uma variagdo linear equivalente, conforme Tabela 2. ‘© ABNT 2121 - Todos 08 direitos reservados 1" Fu2t- ABNT NBR 7187:2021 Tabela 2 — Variagao lin r de temperatura ao longo da altura da secao transversal Variagao de temperatura linearizada Tipo de seco em concreto ATeq (°C) obs = 5 n245m E==a7|* 7 n<1sm ‘Sogo om laje ou retangular I 7 - ‘Segdo em viga In . 5 = Secao celular Para valores de espessura de revestimento menores que 100mm, a veriacao de temperatura deve ser multipicada por: 1,2 para hrevestmento = 70 mm, 1,4 para Frevestimento = 50 mm e 1,5 caso nao haje revestimenio. Para fespessuras inteimediarias, permite-se interpola’ linearmente o fator de mulipicagao. [Nao usar variacao de temperatura menor que 5 °C, exceto no caso de lineatizaro por meio do método 2, 73. 3 Varlages nao uniformes de temperatura (método 2) As variagdes da temperatura ao longo da altura de cada segao transversal devem ser consideradas, ‘combinadas com as variagoes uniformes de temperatura, conforme Tabela 3. 12 (© ABNT 2021 - Todos 08 dreitos reservados ABNT NBR 7187:2021 ‘Tabela 3 — Distribui¢ao da temperatura ao longo da altura da se¢ao transversal Tipo de segao em concreto Variagao de temperatura (7) 100 mmde revestimento ar, — nim [ariea|aratee arsire) Cees) ‘AT, ea | ao | 50 as eienk | sous Secao em laje ee tiae aaa 100 mm de zos | iss | 30 2s //_revestmenta ary Gaerne 7 i 4 . 3h; <0,15m. : . 3h; 20,10 m e< 0,25 m 3h; $0,10 m+ Mrevestimenta @

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