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Rao Rica Paulie A ers his, o equccime / Pal Rieu ~ eral ‘Aun Fanos tal) ~ Campinas SP flor da Uap, soo Tadao: Ltn, hie Fa, 1. Mena Fos 2 Hist ~ Filo Tel, Indies pura cate sisomsico 1 Meméria (Flot 1 2 Hiss = Filet oo Tiel oginal: adn. Psi, al Copy by incl sooo Fn da capac or Stace Shilo nd Gren aden Wrst, lotr Wain Sehloae 8 o0r9 Ulm Copyigh ds rea sso by ees ela Uninyp Dino reser eran pala 96 de. 98 poi epoca paisa aor, or ct don tons dn dios, Poe rai Feed h Dincon orion ora Unica ua Caio Grace Pra, Capos Uncanp ‘CurHsosp9s — Campinas ae Besa erie ewaloauincanpbr — yondacdturtanicnp be 3 O Esquecimento Nota de orientagao esqrerimento¢0 pei designan, separa e continent « horzonte de eka. Jess posqusa. Spaadamente, at medida em qe end vn eles dep una probledtca sit: mo vas do esquvient, ala moira ea fdeidade a ps do: mo do pore, sculpt cata eevniliagdn cone possne. Cannan, aa eda em qe seus respects inert se eercane mum lugar queue lugar, eq {erm horizon designe mats corretamente, Horizonte de umn meairaaposiguada cat n> no de ran esgic fi Ni sentido, 0 problemitica do esquvinnnte 6a mats isto. na edd em qe aps Swansto da naira, em que consist 0 penki, parece constitu a iki ea env ss fo esquecinet ge nn wea ats obivionts te Harald Weinril desjria wr ‘ostituida paralelamente ars memoriae examina e ekebada por Fae Yates. Fi emt considera a ess toque devi ir tito presenter, esquerimest, em p Heute com a meonnat ca stra, Dy its, oesucinet continua seagate mea que se dctinia no ple de fade da fenomurntagia da mesa eda epsemetogia dr istirin, Sol esseaspeto ete tera euttendtcn da coi histvca tana conten de tins ferent porte ebm da vader desc. Niue vst sent, op ‘ewe a memivin bons awso, visto qua cetual aes oblivionis se ajc um dapho sto ars memoriae, sna fun ca meinria fic. Ora, de erta mei. iio de mean fi Lia tert o camino ara tla mse empretal,ctante que ratsscnns le a dar etologta dla memri evar n mello sole a fenoncnulogi a memniia coynannconsitrada em sts ass cumprinuoto bem seeds € verdad que sais, ei, gual seria prog 1 agar por ater sent pln aig de meri fli, a saber a tavessia a dai da istireda mecri ,par conclu. dla prove do esquecionstoe se pent. E nese jig hones, no mus send em que eres ilar jing eels gu ss estigai tevin. No sent dad por Galan que tw, orzo nfo cr 7 somente fast dos hovicontes, mas tannin fing de riots, inant, eaze fos no ¢inespernda mua empreendinente qu éaprsentad, desde nici, soe signa dt si total ‘ten imprdsa dria conten a ibs da a Paes for longa sob esqucimento sem ecvcar in a prblemti do pero Eo que formas neste capitulo. De nice neigamente fone danodconfibilidade ria que 0 escent Piciows presorear do esqucinesto a lara dos gros as rds, Enos fons dever de mera caunciase con va extasia nto esquccer. Pore, ao msi Kenge 0S Inovinnctespontince,aastames oespeteo de tana mensria que vada esqceria. Conse rama olé west wronstruosa Temas preset mu espa a fable de Lis Borges sobre ho- tm qc nada espcio,retratado por Funes ef memorioso™ Havers, pirtant, ayaa mea tno uso mena fuimava, “nada deasiad”, segundo rma fan da sarin ain? ‘Oesjecimento nto sera, portato, sob tas os aspects, w ining da emda, a meméria deri negovia com oesuevinente aa acs, sega, med exate de sequin com te? Ecos usta meni teria alguna cos em cote cn a renin reflex ota? Una Immdrn som especie seria ine fasason, a itinar mepresentagi dost relent tte que contenu stinadamente en fod os estes da herent da codigo Kista? E procter em mite esse pessentinento — ess Ahnu, — dante tx a tvs dos dsfladeies ue esondent a ind [Na €exager flor agi de desir serem transpostes. Quem resolve air as ma Iefcosevidentes 0s benefcis presuits do esquevimento confronts, em primero lug ‘ow una poissemiaepresion de paar “esquecinento caja abandincia éaestada a st ria lita tal com Harald Weinrich a esecoe. Para nos iorar da opresso ura Bgnger neescenta, pla sa profisdo, inconstincia nostlgica erent ao tenia doesent, pro pons une vate de leitura based aia de gra de profundidade co esqnecimento, Para tsclaroer exc dist eu a coecase en rela cma gue presi anterionmunte, & descr ‘dos fenders mnennicoscnsieradas sob seu dngula“ebjtal” segundo 0 uso subst sata prinwira, © nennci es aprevindida de acar com sit amiga de representa kent 0 passa, enguanto a segunda refers a0 lad oeratrie da meri, se exerci, o qual dh tyme “lenbranga”) a distin entre abaragenn cognition &abrdagen prota feces do aes memoriae, sas tani de usc ¢ wuss que tnunos repertornr, seguido tuna escla prpria. O esqcinento comida a nna reteitura das das problemiten ee sta ariculagae gragas a um principio nor de discriinagao, dos nfews de profiad e de nist, De fat, oesqucciment prope ua nace signage ada iid de prin dade que ofounmenclogia da mena tendo a dentifcar com a distinc, camo asta, segundo we firma horizontal da profenditadeeesqueciment preps, no plan existencia una espe de perspctiengo que a ctor da profundidade vertien eta exprimir 211 Bong "Funes gu soba psa Paton, Pass Cllimaed 9 ease Detende-me tn nstente me plans da proftidads,proponlo pr em correla ap enutics relatio a esse nie com a abntagem cognition da meni espantina. De fat, 0 que wesqneciment desperta nessa eneracilhada a priprinapuria que est afte do canter roblemitcn da representa do pussade sate, afta de cnfbilidade da wera: 0 e- "nuevinents & 0 desofo pur exceléneie posto mb de vnibilidad sda mesnira, Ora, a confit da fontvanga proce do cnigmi constitute de xt problemtcn da meen, a saber a daltica de presen ede ansencia wo dna da veprsentago do juss, a0 gu se sereseet sentiment de distinc pyro eminang,lifrentennnte da ausdncia simples «fa imagem, quor eta sro para descrever ou sina. A profemiica de esquccinent, nine loa emt sen nev le maior puniae, inersn no poo mais citcn dss praematica ste prsenga, de austncia v de distinc, nw pl ypnstoa esse pone milagre de meme iz «consttuid pee recone ate da tembranga pasado, E esse pontocritco qu ¢ propost asym fungi ge commande as das prt 1s partes deste stk — a saber, a polridade te dus gnnndes nas do esqicncte afd, que donoming esquecimenta por apagaoiont dos rates, eesguciant de reser, expresso gue, dentro em pour, etary justine A essn grande bifcagte si dicts Armen a segunda partes deste capital, Com a denominaa apnea fgue do ese mento profeado permite compreenler a prota i ensto gue comanda ado sgucei= mente mse mie! radio, Esa irupeto & totale previsiee. Dose w nic desta ona fos confrontades con a proysiga do Toeteto ke Plato de unr destin leek ao di tupos, da impress, asenfo nun muda da marca ded por an anel i cern Bess incu lw aleyno entre aug einresste que w esqucinunt oligo explorar mais profundancte ve gue fixmosaté agora. Deft, ova nossa probematca de astro, da Auta as sss ins herr oss no antiga de pessoa qual fongete ester wenigan da presen sta ausncia que agra problemiticn da epresintag do passat, acrescona lle st engine priprio. Qual? ase »comentiris dos evtos de Plato « de Arisiteles, flamed no wtf sa ingress na cera, props sing ts ese de rast: nase eset que se om, lone de opera histoviogrfica, rasta docunentl asta pique, qué prfevicel chanar ele presi, ne seid aft, data ems por asm aster mareaue on) canteen, rastro cvrebra, cortical, trata plas neurociéacas. Agu, dinar te ado destin do astro documenta que jf iscutido na suntan parte, no sem lene «gue, came tad ration material — ea ese rest, 9 anstro cortical esti ov unsold 9 ‘sto documenta —, ele pte ser alferad fisicamcts apa, esta: fi nee ones Finaidaes, para conjuraresso amen de apegamessto que se institu argue, Resta a juste sig fos des utes de rast: nasi pique, east corte. Tala a prblentica sdoesqueciawnto profionde se decide nese artcula. A ifculdae 6 em priv fuga, ana dfculdad: de abundant, E por canes radi ‘gmmsoprtrn, come montana de La Mone Mons, que Dele se nos ‘lin se uma conserva integral do asad enconton cia vez nae 8 ver eg empiics Inv vastus enporents nett lon Spo se Fd La Tes Mono eo aya e {ops p. 288), Essa tese permanece na onem do pressuposto e da retrospeccio, N80 percebemas a sobrevivéncia, nds a pressupames e nea aceditamos”, Eéo recone mento que nos autoriza @ acreditar: aquill que uma ver vimws, ouvimos, sentimes, fprendems nao esti defistivamente perdi, mas sabrevive, pois petemes recor ddslo e reconhecélo. Ele sobrevive. Mas onde? Esso pergunta constitui uma cilada sas cla talver sea inevizdve, no media em que & li ontinenteo hagar psiquieo “ce onde”, como se diz, a lembranga volta. © proprio Berg: son ndo afirma que vamos buscar a fembrana onde ela esta, no passado? Mas toda su empreitada consiste em substituira pergunta “onde?” pe estiture ft lembranca) seu caréter de lembranga reportando-me a operacao pela qual {do fundo de seu passa” (pci, .282)-Talvez a este a verdade i io designar em termos de pergunta “como?” "6 a evoguei, virtua profunda da ana f) que uma vez — anteriormente — se aprencleu. As posterosas imagens de “agar jgreya: buscar, éesperarreencontrar. Eeencontraréreconecer raw Confess de Son Agostinho, comparande a memoria a “sastos palicios”, 2 "e- ‘penitew” onde as lemirangas so armazenads, nos encantam literalmente. E 2 ant associagio entre cin tupes fotma-se de nove, insidiesamente Para resisir a e580 exlucio,€ preciso incessantemente formar de nove a cada conceitua: sabrevivéncia igual aténeia iguah impoténcia igual inconscieia igual existencia, O winculo a cae doin 6a conviceto de queo devir nie signitiea fundamentalmente passagem, mas, S00 fo signo da meméria, curaglo, Um devir que dura niste consist a intuigdo mestra de Matériae Meni ‘Mas formar de nove ess cadeia conceitual e elevar sempre saltar para fora do circulo desenhado em torno dens pela tengo a vida. F transportar-nos para esse outro lugar daa sonhasse sua existéncia ao invés de vivéla também manteria provavelmente sob seu thar, a todo momento, 2 multidio infinita dos detathes ce sia histiria passada” (p vit, p95). Um sate & de fato necesssro para remontar forte da Fembranga “pura”, nna medida em que outra vertente da analise a leva a sexuir o movimento descendente {que sono 6: “Um ser humano que dla lembranga “pura” rama a imagem na qual aquela se ealiza. Conhece eo esque sma chamado de cone invertid (op i, pp. 282-294) pelo qual Bergson visualizou de lgum modo para seus leiteres (como fez Huser! nas Ligdrs de 196) esse proceso tie waizagio. A base do cone figura a totaidade das lembrancas acumulatas na me- imsria, O vértice figura 0 contato pontual com o plano da agi, nese ponte estreite onstituide pelo corpo que age esse centeo & a Seu moxto, un agar de memoria, Mas ‘essa memria quase instantinen nada mais & gue t memér ponte mével,aquele do presente que, incessantemente, pass, 0 canto da “verda habits nto pasa de um ty Seton procien sume Matern Meira mums ase, era pris der qe a eban "c Hep “Tec BES Ragntacia mua ems por roar weno sustinc cop ese ei Sena eaten prong ncessanteanene presente un passa indetative. “Tapenade vate meane pri de buncar nde a kmbrancacoersada a seers 95 tres" nl pr Deu, veep, eau? deira meméria” (ep. it, p. 293) representada pela vasta base do cone. Esse esquema busca ilustrar a0 mesmo tempo a heterogencidace das memérias e a maneira como ‘las se prestam um apoio mituo. O esquema se enriquece se quisermos apt iguracao do capitulo anterior, onde a massa das lembrangas era representada por circulos con profundidade crescentes ou de se concentrarem numa lembranga precisa, “segundo rau de tensio gu '. 251); assim, &a multiplicidade no numérica das lembrangas que vem se incorporar ‘no esquema simpliicado do cone. Esse esquema nio pode ser negligenciado, sobre. {ude porque marca o ponto culminante do metode bergsoniano de divisao, do pasado com o presente” (op, cit, p. 291 e segs) ilustnida pelo esquema desig, ntricos capazes de se diluirem indefinidamente segundo os graus de nosso espiito adota, segundo a alturs.em queele se situa” op ci, rwlagio a it fine a reconstrucdo de uma exper apenas 0 pasado, presente ‘puro sendo 0 inapreensivel progresso de passado rvendo ‘© porvir” (op. cit p. 291) Toda a sutileza do metodo bergsoniane esta aqui em acdor & ‘movimento reflexive de subida isola a lembranga “pura” no momento do pensamento sonhaclor. Poxterse-ia falar, aqui, de meméria meditante, em um dos sentdes do ale mao Graal, distinto de Erimeruny e apatentado com Denkew e Andetken; de fato, 'hé mais do que sonho na evocagio da latoncia daquilo que permanece do pasado, algo como uma especulagto (Bergson fala, 3s vezes, “de uma memeéria inteiramente contemplativa [op cit, p- 296), no sentido de um pensamento no limite, pensamento {que especula sobre as inevitiveis aspas que delimitam a palavra lembranga “pura”. De fato, essa especulagio procede na contra-encosta do esforgo de recordacio, Na ve de, ela ndo progride, ela regride,recua, remonta, Entretanto, & no préprio movimiento 4a recordacio e, portanto, na progressio da “lembranga pura” eumo a lembranca imagem, que a reflexio se esforga por desfazer 0 que o reconhecimento faz, a saber, reapreender © passado no presente, a austacia na presenca. Bergson descreve essa Dpperagio de modo admirével;a0 falar da passagem da lembranga do estado virtual oo ‘estado atl, ele observa: “Mas nossa lembeanga ainda continua noestado virtual sim. plesmente dispomo-nos a recebé-laadotando a atitude apropriada. Aos poucos, surge comme que uma nebulosidade que se condensa; de virtual, ela passa ao estado atualse 2 medida que seus contornos se desenham e que sua superficie se color ela tence a Imitar a percepcio. Mas permanece ligada ao pasado por suas razes peofundas, ese, uma ver. realizada, nao sofresse 0 efeitos ele sua virtuaidade original, se no fosse, a0 ‘mesmo tempo em que é um estada presente, algo que se destaca do passad, nunca 2 Feconeceriamos como uma lembranga” (op. it, p. 277). Reconhecer 3 lembranca ‘como uma lembranca”, eis todo o enigma resumido, Mas para trazélo 4 luz do dio, & preciso sonhar, obviamente, mas também pensar, Entao comegamos a especular sobre ‘© gue significa a metéfora da profundidade, e.0 que significa estado virtual” ia hibrida, mista: "yeaticamente,perctemes 1 Deleuze enatzs esse tiga proens ens nerd pela moreha ft a rua “Ine alarm pasado, pulse no passa omni clement pip Asin som petccbemen as cstv ns mex no ne spon grec anand ne case Algumas observagSes ritcas impoem-se antes que consideremos.o quarto e iti mo pressuposto dessa segunda a saber, 0 dieeito de consierar a “sobrevivéncia das imagens” como uma figura do esquecimento, dina agem ao pais do esquecimente dle ser oposta ao esquecimento por apagament dos rastros Minhas observacies enfocam dois pontes: primeira, ¢ egitim isolara tese que © proprio Bergson chama de psicoldgica da tese metafisica que di seu titulo completo dA Materia e Memiéiria? De fat, 0s dois capitals centrais que tomamos como guins 80 tenquadrados por um capitulo inicial e um capitulo terminal que, juntos, desenham o envelope metafsico da psicologia, Ecom uma tese metafisica que olivro comeca: a de considerar o conjunto da ealidade como um mundo de “imagens” num sentido da palavra que excede toda psicologia nao se trata de nada menos que de decidir entre 0 realism € 6 idealismo em teoria de conhecimento; essas imagens, que no So mais ‘imageas de nada, so, diz Bergson, um. pouico menos consistentes que aquilo que o realism considera como independente de toda consciéncia © um pouco mais do que quilo que eideaismo, pelo menos o de Berkeley — ji visado por Kant sob o titulo de 4 refutagto do idealismo” na Critica dt Ri 1 rd —, cansidera como simples con tevido evanescente de percepgio. Ora, corpo e 0 eérebeo Sio considerados como es pécies de itrupgao praca nesse universo neutro de imagens; nessa condigio, cles io fo mesmo tempo imagens eo centro pritica desse mundo de imagens. O desmantela- ‘mento daquilo que se cham de matéria i comegou, na medida em que o materialismo constitu o edimulo do realismo, Mas 0 capitulo 1 no vai mais onge. E preciso entio pailar ae o fim do capitulo 4 para formar a tese metafisica integral que, segunda texpressio de Frédéric Worms®, ni consiste em nada menos que “uma metatisica da smatéra fundada na duragic” (Intintaction Motion et Méaine’ de Bergson, p. 87 € sej:).Ora, éna base de tal metafisica que é propasta uma reletura do problema class Coda unido da alma ao corpo (como Bergson prefere dizer, Matiereet Meine, p- 317), releitura que, por um lado, consiste na eliminacdo de um falo problema e, pelo out, tdatora um dualismo inclasificavel entre as figuras histricas do dualism, Ali, f sesde monismo ede dualismo alternam-se segundo o tipo ce multiplicidades a dividir ‘ede mistos a reconstruir. Assim, descobre-se com surpresa gue a oposigio entre dura {ow materia na & defnitiva, se for cendadeiro que se pode formar a idéia de uma tnuitiplcidade de ritmos mais ou menos tensas de duragies. Esse monisma diferer psc partial dese ou agus presets moe ge om que elements on Simporentcterm etn oe tmpos odie pe a oss tad presente pt En poids em Guta talon pals: Revlon price, di Bt haven er ra sapreseeve ses sl ant a ip 32 QE anand, Deere sere son, ote dle requis Py ppubite (De bers Toasts inp Fl BN “Aspect dines Ly mm be Berg ‘Ripon, Alin para Bern,» fence pol contin a serum rena ne emetic gual sokavermon ah ante ral ve i ot), cna a Inerpreloo Picante do texto ease «lado das duragdes nde fem mais nada em comum com nenhum des dualisinos elabe rads desi a época dos cartesianos e dos pdsscartesianos ‘Mas essa ndo 6 iltima palavra da obra. As ttimas paginas de Marine Mensirie ‘io dedicadas 3 formulacao de trés polaridades ehissicas: extenso /inextenso,qualids- sde/quantidade, liberdade /necessidade. Portanto, € precisa lor Mativa e Mein do primeiro a0 lkimo capituls ¢ este a nas. Admito isto, Resta quea psicologia estabelecda sobre o par reconecimento/sebrevivenia nie apenas é perteitamente delimitaga no decorrer da obra, mas pode ser considerada "uma chave distnta da metafisiea que a crcunscreve. De fato, tudo comega pela tese de {que “nosso corpo & um instrumento de acio e somente de ago” (cit, p- 356). Assim ‘comecam as paginas intituladas “Resumo e conclusto” (op. cit, pp. 356-378). Neste sentido, 9 oposigho agio/representagio constital uma primeira lese explictamente psicoligica © apenas implictamente metafisico em razio de suas conseaiéncias para 1 ida de matéra, Passa-se dat tese da sobrevivéncia por si as imagens do passe 4, por meio cle um coroliio da primeira tese, a saber, que a consciéncia do presente cconsisteessencialmente na atengio a vida; ora, isso & posto da tse segundo a qual a lembranga “pura” & marcada pela impoténcia e pela inconsciéncia e, nesse sentido, existe por si, Uma antitese psicoldgica preside assim a toda a empreitada,e par que 1 seu titulo aos dois capitulos centrais — o reconhecimente cas imagens a sobrevi- o sobre essa antitese Psicologia que teoria generalizada das imagens do capil 1 0 uso hiperbélico que de curacao no final do capitulo 4 em nome de sma hierarquia de ritmos de tensdes cede contragaes da duragio. Por meu lado —eesta serd a segunda série de mints observagdes —, tento reinterpretar a oposigio princeps entre 0 cérebro instrument dle acio © a representacio auto-suficiente em termos compativeis com a distingdo que fago entre rastros mnésicos, ensquanto substrato materiale rastos psiquicos,enquarte dlimensdo pré-tepresentativa da experigncia viva. Dizer que « eérebro ¢ insteumerto de ago © de agio apenas, significa, a meu ver, caracterizar em bloco a abordager neuronal, qual apenas dé acesso 3 observacao de fendmenos que so agdes no sentido uramente objetivo do termo; de fato, as neurocigneias conhecem apenas organizachies € funcionamentos correlative, logo, ages fisicas,e 08 rastos que dizem respeito a ‘esas estruturas nao designam a si prdprios coma rastras no sentido semioligica de 2. Essa transposicho da tese inaugural de Bergson a respeito do eérebro como simples instrumento de agio aio impede de retituie ag30, ne ser tido vivido da palavra, sua parte na estruturacio da experiéneia vive itis pi véncia das imagens — constr ento situarsme, deixando de lado a feito da nogio Portanto, & em relagie a ess efeitos-signos de sua ca em conjunto-e rio em antitese com a repre certa por parte de Bergson. A acio, segundo ele, & muito mais queo movimento isco, ‘esse corte instanténeo no devir do mundo — é uma atitude de vida; éa propria cons. mlagao. Ora, esa restituigao encontra uma resistenc 21 Deez dic um capitulo gusto: "ine plusieurs dun?” (he hg wap 71 24460 ciéncia enguanto atuante. E€ por um salto que se deve romper o citculo migico da atengio 3 Vida para entregar-se @ lembranga numa especie de estado de sono, Sob ‘esse aspecto, a literatura mais que a experinca cotidiana esté do lado de Bergson: teratura da melancolia, dla nostalgia, do spleen, sem falar da Busca do tema perio que, mais que nena obra, se en -Memiria, Mas pose-se desassociar tio radicalmente 9 aglo @ a epresentagio? A tee léncia geral da presente obra & considerar © par agio e representagi come a matriz lupla do vincule socal & das identidades que o astituem. Esse cssentimento seri, portanto,a marca de uma ruptura com Bergson? Naw ezeio. E preciso voltar ao meé= tox bergsoni como. monuments literrio simeétrce a Maria 1 de divisio que convida 9 se Tevar aos extremos de um espectra de {ensmenos antes de reconstruie come um misto a experiencia cotidiana cuja complet lace e confusao conslituem obsticulo a descrigio. Entdo, posse dizer que reencont Bergson no caminho dessa reconstrucio: de fato, a experigneia princes do reconec mento, que forma o par com a da sobrexivincia das imagens, propoe-se como uma dessasexper cas vivnsna caminiv da recordasio das lembrangas?é nessa experi cia viva que a sinergia entre agi e representagio se atesta.O momento da lembeana ‘pura’, aleangada por um salto pata fora da esfera pric, era apenas viral, #0 me mento do reconhecimento efetivi area a reinsergao da lembranca na massa da age viva. 0 fato de, no momento do salto, lembranga “se destacar” do presente, segundo a expressio feliz de Bergson, esse movimento de retrada, de hesitagao, de question snamento faz parte da diltica concreta da representagio ¢ da ago. Os interlocutores lo Fit de Plato no param dese indagat: quem & lugar da confusio ¢ designad por essa cpoki, essa suspenso,cecidida pela propesi «0 declarativa:& le, sen ela, sim Resulta dessas ebservagives que © reconhecimente pode ser colocado auma eutra scala que a dos graus de proximidade da representagao em reagan prtica, Pole-se também abordar a representagio.em termos de modo de "apresentagao", 8 maneira de ‘um homem ou uma davore? ©. Husserl © opor a apresentagio perceptiva a tabua das ee-faypresentagies, out melhor, clas presentificagtes, como na trinde husseriana Phantasit, Bild, Einnerany; uma con: cepsio alternativa da representagie abro-se nto para Se essas observacies criticas nos afastam de certo use indiscriminado do conceit reflexio, de ago, aplicad tanto a0 cérebro enquanto objet cientifco quanto a pritica da vida las rforgam,a meu ver, atese mal slo sabruvivéneia porsi das imagens de passa, Fssa tese prescinde da oposigio entre agho vivida ¢ representacio para ser entendi- dda, Basta-the 3 afimmacio dupla: primeiro, que umm rastro cortical no sobrevive si mesmo sentide de sabur-se enguanto rastro de... ~ do acontesimento que se to, passado; em seguida, que uma experiéncia viva, para exist enquante ta Ii de se desde © comego, sobrevivincia de si mesma, nesse sentido Faso psiquieo. Mita Mow inteiro deisa-se enti restimie do seguinte mode no vecabulro da inserigao «que a polissennia da nogdo de rastro desenvolve a inserigso, no sentido psiquien do term, nad mais éque a sobrevivéneia por ida imagem mn ‘nica comtemporines da experienc eure a fnalizar, chegou 0 momento de consideraro dltime dos pressupostos sobre o qual a presente investigacio se edit ses afeccies merece ser considerada ‘ha mesma categoria que @ esquecimento por apayamente dos rastros. Iso, Bergson a saber, que a sobrevivéncia por si das impres como uma figura do esquecimento fundamental, i diz, Ele parece mesmo nunca ter pensado no esquecimenta seo em termos de "pagamento. A titima frase do capitulo 3 referee explicitamentea tal frma do es quecimento, Fle surge ao fim de um racicinio no qual o metodo de divisio reconduz ao nivel ds fendmenos mists: 0 eérebro & entorecolocado a posgdo “de um i teemedirio entre as sensagées eos movimtentos” (cit, p. 315). E Bergson observa ‘Nese sentido, o cérebro contribu para recordar a lembranga si, mas mais ainda para alastar provisoriamente todas 3s outta” (ib) Cai entao a sentenga: "No v :mos como a meméria se lojra na mati, mas entendemos ber, segundo a pal profunda de um fidsofocontemporineo [Ravaison], que ‘a materialidade ponha 6 esquecimento em nds’ “(pct pp. 315-316) Ea ultima palavra do grande capitulo sobre a sobreive Attulo de que, entio, a sobrevivéncia da lembrangs teria valor de equecimento? Ora, precisamente em nome da impotincia, da inconseiéncia, da existancia rec necidas na lembranga na condigo do “viewal”.Portanto, nde & mas oesquecimento

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