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‘SAUL FUKS Terapeuta de casa ‘eamador de terapeuias € oe facades de gies. ‘emai cocouts @amal com ELOISA VIDAL ROSAS Psicdioga cna terapeuta cde casa efaciltadora de orupos. * data de pubileagso em Sistemas Famiiaes no 25, 12, nvarbro de 2008, Buenos Ares, p. 24-9, * come parte da cooperaean Aesenvolvida ene o insti Malversa do io de Jai (Gras) ea Fundacao Moin .e Rosi (Argentina) parts de 2008, Fecebio om 13/08/2013 ‘Aprovado em 16/01/2014 AFSPC — FACILITAGAO SISTEMICA DE PROCESSOS COLETIVOS — EM GRUPOS, ORGANIZAGOES E COMUNIDADES* ‘SYSTEMIC FACILITATION OF COLLECTIVE PROCESSES IN GROUPS, ORGANIZATIONS AND COMMUNITIES RESUMO: Nest artigo seré enftzadas alumas contribuigdes do pensamento sistémico para 0 ‘trabalho com grupos, oranizagbes, rdes ¢ comu- nidades. nroduzimos a apari¢ao da epslemologia sistémica no campo, algo renovador que se am plu até a avaidade Mostraremos como as crises paradigmaticas recentes abriram possibiidades para que os facitadoressistémicos expandam sua visto, liderando a intradugao do construcanismo social ¢ dos modo colaboratvos a esto campo e praticas socials, Finamente,apresentarenos uma sintase de nasso modelo de Facillacto Sisté- mica de Processos Colatves (FSPC), representa do por um dagrama de flxo como os momentos caves deste tipo de faciltagao. PALAVRAS-CHAVE: Facitagdo Sistémica, gru- os, organizagées, processos coletivos ABSTRACT: In this article we wil emphasize some contributions ofthe systemic thought to the work wth groups, organizations, networks and. com- ‘munities. We wil itoduce the outcoming of the systemic epistemology inthis fd, as something ew whieh has been ampifed up to the curert importance. We wil show how the paradigmatic recent crisis had opened posses in order that the Systemic Facitators expand their vision leading tho invoduction of the social constructions and the colaboratve models to ths fl of social practices. Fraly we will present a sythesis of a mode of ‘Systemic Facitation of Caetve Processes (FSPC) under the form of a "flow chart” that emphasizes key moments of colectve processes faitation. KEYWORDS: Systemic faciltation, groups, orga- nizations, collective processes |Nao enstem pessoas sem conhecimentos; elas no chegam vaias, chegam chelas de coisas. Na ‘matoria dos casos trazem consigo opinides sobre o mundo e sobre a vida. Pru Fem tera est esgotando seus recursos rapitaent, mas uma font d energaespetal que tm sido pouco bizada Ea enegia csponie nes grupos, o pode da Sneraia Grupa Aexporacio da IntRODUGAO: sinergia grupal é possive! através da facilitacdo. ‘AF Frcuson JESCOBRINDO O “PATRIMONIO” A diretora de uma Rede de Museus da cidade do Rio de Janeiro, que conhecia 1nosso trabalho, entrou em contato com nossa equipe de facilitadores**, com vistas, 2 facilitar um processo participativo que demandaria um trabalho com todos os niveis da organizagio. Esses muscus tém um rico patriménio cultural, colegdes particulares guarda- das por um abastado empresiio ¢ mecenas que, na primeira metade do século XX, dedicou parte de sua vida a comprar obras de arte e a incentivar os artistas da época. Viajante, quando se encontrava no Brasil vivia no Rio de Janeiro, onde construiu duas mansées, convertidas em museus sob a tutela do IPHAN (Instituto do. Patriménio Histérico © Artistico Nacional). Em 2006, esse Instituto indicou a todos os centros culturais sob sua coordenagio a reali- zagao de um Plano Diretor”. Realizamos a primeira reunido com todos os funciondrios dos museus. Esse foi o momento escolhido para que a diretora apresentasse os aspectos for mais ¢ explicitos de nossa tare! panhar a realizagao de um “Plano Di- retor” para os proximos quatro anos. 0 “Plano” solicitado deveria oferccer ‘uma proposta do crescimento possivel da vida dos Muscus, das relagdes com © entorno ¢ do possivel crescimento tecnolégico (digitalizagao ¢ informati- zagio do patriménio), o que implica va reconhecer € apreciar 0 existente € imaginar alguns “futuros possfveis” Apresentamios, como exemplo, um tipo frequente de situagio na qual uma equipe € convocada para “intervir” em. uma organizagio que ja tem uma his toria, uma cultura € uma identidade, assim como objetivos ¢ metas que cons troem a experiéncia de uma vida coti diana conhecida, evidente e ordenada. Os “convidados” como nés trazem, com sua presenca, perturbagdes que podem impulsionar a0 reforgo do ja estabelecido, fortalecendo regras co- nnhecidas € histérias que justificam o “Iugar” de cada um, afirmando 0 co- nhecido, as tradigies € 0 visivel. Nao obstante a presenga de estranhos/es- trangeiros nao ter ~ necessariamente ~ que se constituir em uma ameaca, ja que pode abrir oportunidades para a descoberta de habilidades desconheci- das, de sonhos esquecidos e de entu- siasmos apagados pelas rotinas mecé- nicas. De que depende para que os que ‘adentram esses universos amplifiquem @ conservagao do existente ou convo- ‘quem a aventura do descobrimento? \com- CONCEPGOES SOBRE 0 FUNCIONAMENTO DOS PROCESSOS COLETIVOS O que é um faciltador? Facilitar é liberar as dificuldades ou obsticulos, ou tornar mais facil ow mais fluido, ou se responsabilizar por um conjunto de fungdes ow ativida- des, antes, durante ou depois de um, encontro ou reuniio, a fim de ajudar tum grupo a alcangar seus préprios ob- jetivos, Em sintese, um facilitador é al- -guém que ajuda um grupo de pessoas a definir seus objetivos comuns ¢ acom- panha-o no caminho para alcangé-los, sem tomar partido na discussio. O facilitador, entio, propde-se a ajudar ‘© grupo a alcangar um consenso em. ‘qualquer desacordo que ocorra - tan- to prévio ao encontro como algum que possa surgir durante o mesmo —com a intengao de que se construa uma base consistent para futuras agies. A mis- so que um Facilitador assume como © sentido de sew trabalho € contribuir ‘com stias competéncias para a criagao de organizages flexiveis, criativas, adaptaveis e resilientes, nas quais as [pessoas sejam vistas como uma rique- a ¢ no como um problema, As ideias e contribuigdes da ciéncia atual sobre 0 caos, a auto-organizacio, acomplexidade, o acaso, a interdepen- déncia, as redes e a emergéncia de no- vvidade, sustentam esta perspectiva do facilitador e fortalecem a congruéncia de suas agoes, NOSSO ENFOQUE NA FACILITAGAO DE PROCESSOS COLETIVOS Para apresentar nossa perspectiva de trabalho tentaremos sintetizar um per- curso de quarenta anos de atuagio com ‘grupos, organizagdes, comunidades € -AFSPC—Feciaga Satie ‘tePmcsts Cater om pn, oranges ‘aerator ‘Surtees * Plano Dieta ¢ de vied Import para uma boa adminisragio e para Sequranca dos Museus. E um pyocesso ave pode guar os Museus nos empos leis que mutos dels estan enfetando, resutando em meres arias 0 maior fciencia, assim coma eanbundo median a produgao de um ocument tt para os érgios ‘inanciadores, que exigam provas coer de que testes tenham passado por um processo de planejamento. Sugerimas a segue defngio: “estaelecer uma visto clara a respeto de para onde sede ‘seu 9 come chega até |i, aestencia de un Plano Dito responde as questoes esses latias@instiuggo, sem 2s quai no pode have condos ara tabahar com efi. “a solugso Sara recor a um Factor dequadopara err a8 esses, tazendo um elemento bjetvado para elaboraga0 as tas, qe possa contrtuir para producéo de um ltr de documentos de acordo com as ncessidades da fqupe. Un facitador expen aa ua corrbuigan muto| postva para o rocessoe ‘citar as coisas para.os partants”. Daves, S. Pano Dirtor Museuns&Galles Comission = trad de Maia Liza Pacheco Femandes, Univesidae de So Pao, 2001 Nova Perspectiva Sistémica, Rio de Janeiro, n_48, p. 8-23, abril 2014 40 PS 4 | i 2006 * Um cagrama de xo 6 ur forma adeona de especcar (0s detalesalgorticas de um processoe consti a represetacdo rica de 1am rocesso miifstori Uuiza-seprneipamente em rogramcao, economia processos indus, passando também, apatir essascscipinas, a Ser pate ‘fundamental do ouas, como a psicoogia cognitive esses <éagramas uicam ura sé

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