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Capitulo 9 Adaptacées Circulatérias ao Exercicio Objetivos Ao estudar este capitulo, vocé deverd ser capaz de 1, Fornecer uma visio geral da estruturaeda 5. Identificar os fatores que regulam o fluxo fung&o do sistema circulatorio. sanguineo durante o exercicio. 2. Descrever 0 ciclo cardiaca e a atividade 6. Listar e discutir fatores responsdveis pela elétrica associada registrada por mei um eletrocardiograma 3. Discutir 0 padrao de redistribuig&o do 7. fluxo sangufneo durante o exercicio. 4, Descrever as respostas circulatérias a varios tipos de exercicio. de regulacdo do volume sistolico durante o exercicio, Discutir a regulagio do débito cardiaco durante o exe! Conteudo Organizacao do Sistema Caracterfsticas Fisicas do Regulagio do Fluxo Sanguineo Circulatério 165 Sangue 178 Local Durante o Exercicio 182 Estrutura do Coragso 165 Relagoes entre a Presséo, a Respostas Circulatérias a0 Circulago Pulmonar e Resisténcia eo Fluxo 179 Exercicio 184 Sistémica 165 Fontes de Resisténcia Influéncia Emocional 184 Coragao: Miocardio e Ciclo Vascular 179 ‘Transigéo do Repouso a0 Cardfaco 166 Alteragdes da Liberagdo de Exercicio 184 Miocérdio 166 Oxigénio aos Misculos Recuperacéo do Exercicio 184 Ciclo Cardiaco 167 Durante 0 Exerefcio 180 Exercicio Progressivo 185 Pressao Arterial 169 Alteragbes do Débito Cardfaco Exercicio de Braco Versus Atividade Elétrica do Durante 0 Exercicio 180 Exercicio de Pera 186 Coragio 170 Alteragbes do Contetido de O, Exercfcio Intermitente 186 Débito Cardfaco 173 do Sangue Arterial e do Exercfcio Prolongado 186 Regulagao da Frequéncia Cardiaca 174 Regulacao do Volume Sist6lico’ 176 Hemodinamica 178 164 Sangue Venoso Misto Durante oExercicio 181 Redistribuigéo do Fluxo Sangufneo Durante 0 Exercicio 181 Regulacao dos Ajustes Cardiovasculares a0 Exercicio 187 Palavras-chave anérias diéstole arteriolas discos intercalares auto-regulagao duplo produto capilares ‘entra do controle cardiovascular ‘miocérdio Circuito pulmonar nerva vago ‘comando central debito cardiaco cletrocardiograma (ECG) nervos aceleradores cardiacos node atrioventricular (nodo AV) Ccapieulo 9 Adspagses Cirastéris a0 Exereico 165, redo sinoatrial (nodo SA) pressao arterial dlastélica Dressao arterial sistlica Sangue venoso misto sistole venules volume sistélico [m dos principais desafios & homeostasia causados pe- To exercicio 60 aumento da demanda de oxigénio pe- los misculos, Durante o exercicio Intenso, a demanda pode ser 15 a 25 vezes maior do que em tepouso. O principal ob- jetivo do sistema cardiorrespiratorio € liberar quantidades suficientes de oxig@nio e remover produtos de degradacio dos teciios do organismo. Além disso, o sistema circulat6- rio transporta nutrientes e auxilia na regulagéo da tempera- tura. O sistema respiratério e o sistema circulatério funcionam como uma “unidade acoplada”.O sistema respi- ratério adiciona axigénio e remove di6xido de carbono do sangue, enquantoo sistema circulatério libera sangue oxi- ‘genado e nutrientes aos tecidos de acordo com suas neces- sidades, Em outras palavras, o “sistema cardiopulmonar’ trabalha para manter a homeostasla do axigénio e do did- xxido de carbono nos tecidos do organismo. Para que as demandas musculares aumentadas de oxignio durante o exercicio sejam satisfeitas, devem ser feitos dois ajustes no fluro sangutneo: (1) um aumento do débito cardiaco {isto é, o aumento da quentidade de FIGURAS21 Alteragbes do débito cardiaco, do volume sistélico e da freqléncia cardiaca na transicao do repouso para 0 exercicio submaximo de intensidade constante e durante a recuperacio. Ver discussio no texto. Dados de L Rowell, 1974, "Human Cardiovascular Adjustments to Exercise and Thermal Stress,” American Physiological Society, Bethesda, MD: Physiological Reviews, 94:75-159; € L Rowell, Human Circulation Regulating During Physical Stress. 1986: Oxford University Press, New York, NY. DNS oo ee er eee ek ecru Rect iets Ccapiio 9 Adapagées Cirainsras 1 Eerckto 185 miisculo aumenta como uma fungo do volume de oxigé- nio (Figura 9.19}. Isso garante que o suprimento de O, ‘que chega ao mdsculo aumente a medida que aumenta a necessidade de sintetizagio de ATP a fim de suprir a energia para a contrago muscular, No entanto, tanto a deébito cardiaco quanto a frequéncia cardiaca atingem um plat6 a 100% do VO, méx (Figura 9.18). Esse ponto repre- senta um teto maximo do transporte de oxigénio aos tisculos esqueléticos em exercicio e ocorre simultanea- mente ao atingit 6 consumo méxima de axigénio. © aumento do débito cardiaco durante 0 exercicio progtessivo é obtido por meio da diminuigéo da resis- téncia vascular ao fluxo e do aumento da pressao arterial média. A elevacio da presséo arterial média durante o exercicio se deve a um aumento da pressao sist6lica, uma vez que a pressio diastdlica permanece constante duran- te o trabalho progressivo (Figura 9.18), Conforme mencionado, 0 aumento da frequéncia cardiaca e da pressao arterial sistélica que ocorre duran- te 0 exercicio resulta num aumento da carga de trabalho imposta ao corago. A demanda metabélica aumentada imposta ao coracdo dutante o exerc{clo pode ser estima- da examinando-se o duplo produto. duplo produto é calculado multiplicando-se a freaiéncia cardfaca pela pressio arterial sist6lica Duplo produto = freqtiéncia cardiaca x pressao arterial sistélica A Tabela 9.2 ilustra as alteragdes do duplo produto durante um teste de exercicio progressivo. Os aumentos da Intensidade do exercicio acarretam tanto uma eleva- ‘0 da freqlléncia cardfaca quanto da pressdo arterial sis- t6lica, Cada um desses fatores aumenta a carga de trabalho imposta a0 coragéo. (© exame cuidadoso da Tabela 9.2 revela que o duplo produto durante o exerciclo no WOz max é cinco vezes maior do que 0 duplo produto em repouso. Isso faz com que 0 exercicio maximo aumente a carga de trabalho im- posta ao coragao em 500% em relagao & carga de trabalho, fem repouso. ee cerns (Eric eccentric ie urey Observe que 0 duplo produto & um termo sem dimensio que reflete as alteracSes relativas da carga de trabalho imposta 20 coracio durante o exercicio ou outras formas de estresse. Condigio Freq. Cardiaca (bpm) Pressio Arterial Sistolica (mmHg) Duplo Produto Repouso B Ho 8250 Exercicio 25% VO, max 100 130 13.000 50% VO, max 140 160 22400 75% VO; max \70 180 30.600 100% VO. méx 200 210 42.000 186 Seo! Facing do Buarsclo 10 15 20 Consumo de oxigdnio durante 0 exercicio Win FIGURAS22 Comparacdo entre a pressdo arterial méctia ea frequéncia cardiaca durante 0 exercicio submaximo ritmica do brago e da pera, ‘Aaplicacao pratica do duplo produto é que essa med!- dda pode ser utilizada como orientago na prescticdo de jexercicios para pacientes com obstrugso coronéria, Por exemplo, suponha que um paciente apresente dor torécica (angina pects) numa determinada intensidade de exercicio lem razao de uma Isquemia miocérdica num duplo produ- to de> 20.000. Como essa dor surge num duplo produto de > 30.000, 0 cardiologista ou o fisiologista do exerccio de- ver recomendar que o paciente realize exercicios que re- sultem num duplo produto de < 30.000. Isso reduz 0 risco| de o paciente apresentar dor toracica decorrente de uma demnanda metab6lica elevada imposta ao coracao. Exercicio de Braco Versus Exercicio de Perna Conforme mencionado, num determinado nivel de con- sumo de oxigénio, tanto a frequéncia cardfaca quanto pressdo arterial s20 mals elevadas durante o trabalho de ‘braco em comparacio com o trabalho de pera (1,2, 14,34 41, 52) (ver Figura 92), A explicagao para a freqUéncia car-

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