da Perversidade'
o considerarem as faculdades e os impulsos — os
prima mobilia — da alma humana, os frenologistas
deixaram de fora uma propensao que, embora ob-
viamente existente como sentimento radical, primiti-
vo, irredutivel, foi igualmente ignorada por todos os
moralistas que os antecederam. Na pura arrogancia
da razao, todos nés a desprezimos. Permitimos que
a sua existéncia nos passasse despercebida aos sen-
tidos, unicamente por falta de crenga — de fé —,
fé na Revelacao ou fé na Cabala. A ideia da sua existéncia nunca nos
deyido unicamente ao seu caracter supérfluo. Nao viamos preciséo do
— para a propensao. Nao nos apercebfamos da sua necessidade. Nao
compreender, quer isto dizer, nao poderiamos ter compreendido
que a nocio deste primum mobile alguma vez se nos tivesse impos-
poderiamos ter compreendido de que maneira se conseguiria que
esse os objetivos da humanidade, quer temporais, quer ctcrnos.
le negar que a frenologia e, em grande medida, toda a metafisica
uitetadas a priori. Foi o homem intelectual ou ldgico, em lugar do
lo A compreensao ou observagao, que comegou a imaginar desig-
ditar propésitos a Deus. Tendo assim penetrado a seu bel-prazer
de Jeova, construiu com base nestas intengGes os seus inimeros
nal do conto € The Jip of the Perverse. Da explicacao que 0 autor dé para o termo
. podemos concluir que nao se trata necessariamente de , com o senti-
que, modo geral, lhe € dado, mas mais propriamente de