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(0002 - o1neg oes (, seueb Ins,, eanBy ewn) SAOSINGIHLNOO Q0FY¥d OITAYNV ODYVW CConrannagoes (us sauna "st Gest") dagao de privilégios e discriminags situagdes de vantagem nd flundadas Gtifei o adjetivo “injustificadas” e a expresso “nao Fundadas”, pois toda norma juridica, ma medida em que consagra determinada circunsereve uma par idade feno- ménica & qual imputa certa conseqiiéneia juridica, nao aplicavel as demais pareelas da realidade, Por isso, toda norma, em principio, diserimina. ‘© que Constituigao procura impedir sio as discriminagdes injustificadas, vale dizer, aquelas que nao se apoiem em circunstan cits concretas dos destinatarios, da situagio-base, do momento ete, que possam configurar uma ravzi0 suffeiente para un tratamente di ferenciado." Este “motivo” determinante da discriminagao é que vai permi- por exemplo, se hii, nfio, vinlago a isonomia, Haventlo 4 violugio, Esta ve was de cada easo con es sendo que “privilégios so hipstese de incidl tir afer motivo, cla nao estar ferida; imexistindo, hia rificagiio depende-ri do exame das cireunst ereto, o que lorna extremamente complexa it tarefa de interpretar as legislagdes pertinentes as contribuigdes, especialmente, ay de segu ridade social Dai a importincia de explicitar o quadro referencial dentro do qual entendo que a interpretagao devera se conduzie: p-cit, pg, 240. Op foe. ei Inge Miranda distingue as simples diseriminagies que So situs de dessa ks ahsctininaySes postvas” qe coerespondom a vantagens Fandatas sendo ‘iMaxks ke direite em conseqiencia Ue desigualdades de Fete tems 3 ie 240) tests” tp wT 2" Parte - Regime Constitucional das Contribuigées 5. Validagdio Condicional ¢ Validagao Finalistica 5.1. Ponto de Partida é 0 Direito Posi O ponto de partida da presente analise & 0 Direito positivo, mais espeeificamente, a Constituigzio Federal quando disciplina a figura das contribuigdes, impostos, taxis ete. Portanto, ponto de partidkt nde 6 nenhuma classificagao em particular. Isto signilica que, ao ler os extrair deles 0 seu contetido © risticas desta ou daquelt aulor de earacteristics wa figura de outras, sera pro dispositivos perti significado e niio buscar identificar ear cespéeie. A formutigaio de um eritétio ay que permitira distanciar uma determi prio de etapa posterior e nao desta primeira (Ow seja, cumpre encontrar no Diteito Positivo el permitarn uma Formutagao astra ceretas de eiuda cntidade real: ou seja, deve ser evitada a tentagzio de querer subnicter os fatos coneretos st conceitos abstratos e categorias previamente formutudas, Conceitos ¢ classificagoes vém depois do exam do Dircilo positive, nao antes, emtes, proc smentos que istics | Sem neg as Cara eon 5.2. Técnicas de Validagiio Adotadas pela Constitui © ponto de partida da andlise & a constatago de uma mudan- 6 Direito Tributirio ga pela qui esta pasando o Direito em si: 93 nem o brasileiro, mas 0 Direito como um todo, Esta mudanga & re tratada em alguns trabalhos de Teoria Geral, especialmente de Nor: ocorrendo de uma berto Bobbio, que expdem a passagem que est Visio estrutural para uma visio funcional do Direito. Esta passagem E reflexo de uma mudanga de postura na compreensao do mundo, em que mais do que olhar para 0 passado (regulando fatos) olha-se para ‘0 futuro (regulando objetivos e finalidades). Isto implica afirmar que ‘as normas juridicas, hoje em dia, adotam maneira diferente de qui 18 CConrsioic0es (van rma “at ocnems") lifieagao da realidade 0 qu lidade das normas, os quais passam, também, a assumir fei ‘inta repercute nos critérios de aferigio da va- > dis- Nos vérios campos da regulago normativa, podemos encon- trar dois tipos de regulagio possivel que correspondem a duas téeni- cas de validagdo das normas hierarquicamente subordinadas: um primeiro modelo corresponde ao que Tércio Sampaio Ferraz Jn de nomina de validagio condicional, no qual, em grandes linhas, st nor ima juridiea preocupa-se em prever determinadas sitwages como hit bilitadoras da prética de determinado ato, da realizagio de determina da atividade, da edigio de determinada norma juridica, ¢ assim por di ante 5.2.1, Validagao condicional Se formos a Constituigo Federal, s6 para exemplils tar deixar claro 0 conceito, encontramos normas prevendo que 3 Unido compete legislar sobre “xigaas”, “javidas”, “poupanga”, enfin, conceitos certos que se estruturam a partir de um modelo (entre = pas) Mo”; “se” ocorrer determinada situagio, “entio” seri possfvel realizar determinada conduta; "se" for gua, “entao” hi com peténcia legislativa Federal; se” for jazida, “entao” cabe a edigiv de Lunna lei a respeito, Em ess€ncia, a idéia que est subjacent de regulagao € a idéia do “por que”: a disciplina advém “porque” se trata de deta, “porque” se trata de propaganda, “porque” se tata de jiuzida, e assim por diante Esta visio condicional da disciplina juridi mente protetiva de valores na medida em que parte-se de algo certo (0 pressuposto). Neste contexto, entendem-se 0s valores como erité= re ten: Leste tipo predominate ios negativos, algo a nao ser viokudo; ou seja, para nao permitir a violagio de determinado valor, edita-se uma norma. O mode a rigor, apdit-se no que "é” (daf ser uma visio voltada para na, como regra, vem depois do fato, Vale dizer, diciona © passado), e an primeiro existe a gua para dai poder ser editada uma legislagio so- bre “agua”, primeiro existe a jazida para entdio produzir-se a legisla- lo sobre “jazidus”. Se visualizarmos este fenémeno sob a dtica da relagao entre meios e fins, 0 modo de regulagio condicional da at vvidade humana é uma regulagdo de meios: desde que realizados aque: 1 tava cit. pis. ITH 72: Teri da worm javidica. cit pigs. 109 6 se9s Manco Auneuo Gaico 19 les meios, desde que ocorridos aqueles fatos, deflagram-se as con- seqiiéncias “x”, ” Mas nfo € esta a tiniea maneira pela qual o Direito diseiplina as condutas humanas. O Direito pode disciplinar as condu- tas pondo a tonica nfo mais no “por qué” mas no “para que”, na fi nilidade que se quer atingir, no objetivo que se quer aleangar, num determinado resultado que se quer obter e assim por diante 5.2.2, Validagao finalisiica Dentro da Constituigio também encontramos exemplos de normas de competéneia que adotam un eritério finalistico de quali ficagao. Por exemplo, nv artigo 24 da CF-88 encontra-se a aptidao ar sobre “protegio ao meio ambiente”, "protegdo 3 infancia © a juventude”, “defesa do consumidor”, “protegio ao patriménio cultural” ete, Nestas norms de competéncia, esta autorizada a edi de {30 de um lei ndo porque tenha aeonteeido algo ou porque exist certo objeto Giga on jurida), mas para que se obtener um resultado, qual sot defesa da inFlineka, a protegio ao patsimidnio cultural, hist6ri- co, paisagistico © assim por diante, Este & um outro modo pelo qual fo oidenamento juridico regula a realidade e valida as normas intra ordenadas, Fago questio de citar exemplos extraidos da Constituigao io se trata de mero modelo tedrieo ou abstra to, may modelo que efetivamente encontra apoio na diseiplina con cretamente existente, Este segundo modelo, que & um modelo find Iistico de disciplina da conduta humana © de validagio das normas infracordenadas, no qual encontramos a qualificagiio de objetives (*protegio", “defesa"), é um modelo fundamentalmente pare que se skinja algo, implicando visio muito mais modificadora da realidade Fm stima, enquanto o primeiro modelo & um modelo proteti- vo da realidade, o segundo & um modelo modificador da realidade pois, na medida em que se edita uma norma jurfdiea para obter um resultado, & porque este resultado ainda nio existe. Se o resultado ainda nio existe, a diretriz do ordenamento, nestes casos, & de cons- trugio de uma realidade nova, de busca de um contexto inexistent ‘no momento da prépria edigio da norma, Por isso, este segundo mo: delo de regulagio volta-se para o futuro e «norma vem antes do fat. ( nicleo regulado pela norma nao & o que ocorreu, mas é o que se {quer que ocorra. O que se quer & a inffincia protegida, © meio ambi-

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