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Tema: Incontinência em Idosos

Introdução

A Incontinência Urinária (IU), considerada uma das mais recorrentes


síndromes geriátricas, consiste em uma problemática social bem mais comum
que se parece, sendo uma condição angustiante que afeta pacientes de todas
as idades e tem um efeito devastador nas atividades sociais, profissionais e
sexuais dos pacientes. Contudo, sua ocorrência torna-se mais frequente na
população feminina podendo apresentar os primeiros sinais na velhice,
especialmente após os 70 anos. Entretanto, apesar de na maioria dos estudos
(utilizados de bases nesse ensaio científico) apontarem a prevalência dos
sintomas presentes nas mulheres, pessoas do sexo masculino também podem
apresentar sintomas advindas de diversas situações e causas. Partindo dessa
premissa, objetiva-se nesse ensaio estabelecer um debate assertivo acerca
das principais causas e situações que envolvem a saúde de pessoas idosas no
enfrentamento das problemáticas advindas da Incontinência Urinária, tendo
como base estudos realizados nos últimos cinco anos (2018-2023).

Metodologia

O presente resumo científico consiste em um levantamento de estudos


referente debates e temáticas relacionadas a Incontinência Urinária (IU) em
idosos, nos últimos cinco anos (2018-2023). Levantamento esse, conduzido a
partir de pesquisas em formatos de artigos científicos e revisões sistemáticas,
nas plataformas Scientific Electronic Library Online (Scielo), PubMed1 e
Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) com
palavras-chave regulares, e principais palavras-chave Incontinência Urinária;
Idosos; Saúde; Trato Urinário2. Os critérios de inclusão consistiram em estudos
baseados em populações humanas masculinas e femininas, no idioma
português brasileiro e inglês disponíveis em texto completo publicados entre
2018 e 2023.

Resultados e Discussões

1
Plataforma de busca da National Library of Medicine (NLM), que reúne registros da base de dados
MEDLINE (principal base produzida pela NLM) e registros únicos PubMed.
2
Dentre as palavras-chave, algumas foram traduzidas para o idioma inglês, objetivando o andamento
das buscas nas plataformas, como por exemplo, na interface da PuMed.
Considerando o levantamento preliminar, realizado com buscas nas
plataformas Scientific Electronic Library Online (Scielo), PubMed e Literatura
Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), foram
identificados quatro (4) artigos de cunho científico original, e uma (1) revisão
sistêmica que contextualiza com o tema vinculado a Incontinência Urinária em
Idosos. Cada material identificado teve seus critérios e pontuações para análise
de qualidade, validando as especificidades (sexo e idade) dos sujeitos
utilizados nos estudos, a presença de sintomas e consideravelmente
denotando o contexto em que estão inseridos.

Dentre os estudos analisados, observa-se prevalência e incidência de


incontinência urinária (IU) foi significativamente maior entre as mulheres
(KESSLER; VOLZ; BENDER; NUNES; MACHADO; SAES; FACCHINI; THUMÉ,
p. 2263, 2022) sendo essa apenas uma amostra dos resultados. Considerando
um levantamento de dados realizado por outro grupo de pesquisadoras da
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), analisa que dentre 100 idosos
entrevistados, 65,0% referiram IU, sendo 78,0% coma idade superior a 70 anos
havendo relatando a perda de urina diversas vezes em pequenas quantidades.
(SILVA; D’ELBOUX; p.341, 2021). É importante denotar que os idosos
utilizados nesse ensaio científico apresentam perfil de grande vulnerabilidade
aos eventos adversos a saúde, o que pode justificar a numerosa porcentagem
na amostra apresenta, mas que também possibilita entender especificidades de
contexto dos mesmos, “...decorrentes de diversos fatores tais como tipo de IU,
estado de saúde do sujeito, comorbidades e grau de dependência funcional,
entre outros.” (p. 344, 2021). Apesar de não haver consenso entre os autores
sobre o avanço da idade ser um fator fortemente relacionado à IU,
notavelmente é validável compreender tamanha ocorrência de IU com o
avançar da idade. Outro exemplo a se denotar é abordado em um estudo
realizado por pesquisadores de Belgrado e Novi Sad (Sérvia), apresentando a
existência de dois picos de incidência, sendo eles na infância e pacientes
acima dos 40 anos, se utilizando do discurso recorrente da maior incidência
conforme aumenta continuamente a idade do paciente (ŽIVKOVIĆ; FRANIĆ;
KOJOVIĆ; 2022).
Apesar dos números trabalhos que envolve a prevalência da UI
interligado a população feminina, existe um existem dados significativos de
homens que também são afetados, sendo atingidos em suas atividades sociais,
profissionais e sexuais. Sendo as causas nítidas por disfunção da bexiga ou do
esfíncter, ou ambas (ŽIVKOVIĆ; FRANIĆ; KOJOVIĆ; 2022). Nessa perspectiva,
conseguimos encarar uma realidade atrelada a falta de busca da população
masculina nos ambientes hospitalares e de saúde em geral, considerando
contínuas dificuldades desses indivíduos a serviços e ações de promoção a
saúde ALMEIDA; MARTINS; SPINDOLA; PESSANHA; ALVEZ; BARROS; p. 1,
2023). No mais a percepção de IU nos homens é estritamente em idosos acima
de 60 anos, afetando principalmente a inter-relação de ser homem e o conviver
com a UI, as repercussões (disfunção erétil) e a prática sexual.

Indubitavelmente a IU pode estar associada à má qualidade de vida


através de vários mecanismos. A presença de comorbidades é uma das
grandes razões que valida tal afirmação, “...embora vários fatores de risco
sejam relatados, os mais especificamente relacionados são sexo, idade e
capacidade de mobilidade” (PIZZOL; DEMURTAS; CELOTTO; MAGGI; SMITH;
ANGIOLELLI; TROTT; YANG; VERONESE. 2021). Sendo assim, é totalmente
considerável as pontuações e resultados em torno da presença de IU em
idosos usadas nesse ensaio, principalmente considerando as condições físicas
dos pacientes, conforme vai seguindo os anos. Exceto algumas doenças
subjacentes que podem agravar o quadro do paciente, a incontinência urinária
é geralmente uma doença que possui tratamentos específicos, conseguindo ter
bons resultados.

Referências Bibliográficas

ALMEIDA; J. S. M. DE, MARTINS; E. R. C.; SPINDOLA, T.; PESSANHA; F. S.


ALVES; R. N., & BARROS, E. DA C. S. Dando voz aos homens: repercussões
do viver com incontinência urinária e a prática sexual. Revista Enfermagem
UERJ. 2023.
D’ELBOUX, Maria José; SILVA, Vanessa Abreu da. Fatores Associados à
Incontinência Urinária em Idosos com Critérios de Fragilidade. 2021.
KESSLER, Marciane; VOLZ, Pâmela Moraes; BENDER, Janaina Duarte;
NUNES, Bruno Pereira; MACHADO, Karla Pereira; SAES, Mirelle de Oliveira;
SOARES, Mariangela Uhlmann; FACCHINI, Luiz Augusto; THUMÉ, Elaine.
Efeito da incontinência urinária na autopercepção negativa da saúde e
depressão em idosos: uma coorte de base populacional. Ciência & Saúde
Coletiva, 2022.
PIZZOL; DEMURTAS; CELOTTO; MAGGI; SMITH; ANGIOLELLI; TROTT;
YANG; VERONESE. Urinary incontinence and quality of life: a systematic
review and meta-analysis. Aging Clin Exp Res. 2020.

ŽIVKOVIĆ D, FRANIĆ D, KOJOVIĆ V. Urinary Incontinence - From Childhood


Onwards. Acta Clin Croat. 2022 Mar;61(1):115-123. doi:
10.20471/acc.2022.61.01.14. PMID: 36398081; PMCID: PMC9616033.

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