Professional Documents
Culture Documents
2 MEle 2017 18 Sem2 - Slides Cap2 TRANSF
2 MEle 2017 18 Sem2 - Slides Cap2 TRANSF
Capítulo 2
TRANSFORMADORES ELÉTRICOS
Textos utilizados nas aulas teóricas
PARTE 1
FEUP – DEEC
2018
TRANSFORMADORES ELÉTRICOS
Página 1
TRANSFORMADORES ELÉTRICOS
Página 2
TRANSFORMADORES ELÉTRICOS
Página 3
TRANSFORMADORES ELÉTRICOS
Página 4
TRANSFORMADORES ELÉTRICOS
Página 5
TRANSFORMADORES ELÉTRICOS
PARTE A
1. Tipos de transformadores
2. Aspetos construtivos
3. Transformador monofásico
a. Teoria de funcionamento e Modelização
b. Caraterísticas de funcionamento
c. Valores estipulados (nominais).
d. Ensaios
Página 6
TRANSFORMADORES ELÉTRICOS
Tipos de transformadores
Página 8
TRANSFORMADORES ELÉTRICOS
Aspetos construtivos
2. Circuito magnético
• Laminado, se em chapa ferromagnética (mais usada) ou materiais amorfos –
usado na generalidade dos transformadores
Solução para núcleos toroidais: Chapa enrolada (também é laminado)
Página 9
TRANSFORMADORES ELÉTRICOS
Aspetos construtivos
3.Travessias (internas) e terminais
terminais de ligação
• Em cobre, estão na continuidade dos enrolamentos, recebem isoladores de
travessia e são afastados de modo a garantir isolamento elétrico eficaz entre si
Página 10
TRANSFORMADORES ELÉTRICOS
Aspetos construtivos
ÓRGÃOS NÃO ATIVOS
4. Sistema de Isolamento
• Composto por vários materiais isolantes, que aliam a propriedade isolante a um bom
comportamento térmico: óleo (mineral, sintético ou vegetal), silicone ou SF6 como líquido/gás eletroisolante
para transformadores imersos, papel impregnado e cartão prensado (celulose), materiais à base de mica, fibras de
vidro, vernizes, esmaltes, resinas epóxidas, borracha e madeira, entre outros.
• Garantem o efetivo nível de isolamento entre os enrolamentos e destes em relação às
massas (circuito magnético e restantes peças metálicas).
• As caraterísticas dos materiais empregues definem a Classe de Isolamento
Página 11
TRANSFORMADORES ELÉTRICOS
Aspetos construtivos
Página 12
TRANSFORMADORES ELÉTRICOS
Aspetos construtivos
CHAPAS MAGNÉTICAS (Aço magnético)
Composição: Ferro, com adição de 3% a 5% de Silício e vestígios de Carbono
Página 13
TRANSFORMADORES ELÉTRICOS
Aspetos construtivos
As chapas de cristais não orientados são magneticamente ISOTRÓPICAS:
• permeabilidade magnética igual em todas as direções !
COEFICIENTE DE EMPACOTAMENTO:
quociente entre a área de ferro (área útil) e a área geométrica da seção
reta de um empacotamento de chapas
Página 15
TRANSFORMADORES ELÉTRICOS
Aspetos construtivos
“CHAPA” DE MATERIAIS AMORFOS / “VIDRO METÁLICO” (vs chapa de cristais orientados)
• Propriedades descobertas cerca de 1970
• Usados recentemente em TRANSFORMADORES DE DISTRIBUIÇÃO
• Apresentam-se na forma de filmes muito finos (espessura de 0,025 mm)
• Permitem a construção de circuitos magnéticos “laminados”
• Tendencialmente, os fatores de empacotamento são piores secções de núcleos maiores
• Núcleos magnéticos um pouco mais volumosos
• Resistividade cerca de 3x maior
• Perdas magnéticas específicas bastante inferiores
• Para transformadores equivalentes, perdas em vazio cerca de 1/3 ou melhor
Perdas específicas < 0,3 W/kg @ 1T – 50Hz
• Dureza cerca de 3x maior
• Transformadores: O custo inicial é maior comparado com o tipo de transformador convencional
utilizando chapa de aço magnético de cristais orientados; porém o custo operacional será menor,
devido às menores perdas magnéticas, fazendo com que o Custo do Ciclo de Vida (Life Cycle Cost)
do transformador amorfo seja menor.
Página 16
TRANSFORMADORES ELÉTRICOS
Aspetos construtivos
a a 2a a 2a
Tipo COLUNAS (Core) Tipo COURAÇADO Tipo COURAÇADO (Shell)
com bobinas concêntricas com bobinas concêntricas com bobinas alternadas (em
(baixa potência) galettes)
a a
Potências e tensões intermédias
Página 19
TRANSFORMADORES ELÉTRICOS
Aspetos construtivos
SEÇÃO DOS NÚCL EOS LAMINADOS
NÚCLEO TO ROIDAL
• O ou os enrolamentos envolvem o circuito magnético.
• Usados em transformadores de medida, em certos
Página 20
TRANSFORMADORES ELÉTRICOS
Aspetos construtivos
JUNTAS
Colaça ou Travessa
Janela
Janela
Colaça ou Travessa
NOTE BEM
A necessidade de segmentar as chapas do circuito
magnético, obrigando à existência de JUNTAS, resulta
das chapas serem NÃO ISOTRÓPICAS: fluxo
magnético deve seguir sempre a direção da
permebilidade magnética máxima. Este núcleo é de cristais não orientados.
Página 21
TRANSFORMADORES ELÉTRICOS
Aspetos construtivos
TIPOS DE JUNTA
1. Plana
2. Imbricada reta clássica
3. Imbricada clássica, montagem de topo, com canto a 45/45° (eventualmente, 30/60°)
- especialmente adaptada para chapa de cristais orientados
4. Imbricada, montagem tipo “step lap”, com canto a 45/45° - idem
Montagem de topo
Página 22
TRANSFORMADORES ELÉTRICOS
Aspetos construtivos
1. O tipo de junta influencia a componente magnetizante da corrente em vazio e o
valor as perdas magnéticas.
2. A melhor é a junta tipo STEP LAP que, em relação à junta imbricada normal:
• reduz as perdas magnéticas até cerca de 10%
• reduz a componente magnetizante da corrente em vazio até cerca de 50%
• … mas aumenta custos de produção.
Zona mais
saturada
Com junta STEP LAP os aumentos locais Com junta imbricada normal há
da indução magnética são atenuados. aumentos locais da indução magnética.
Página 23
TRANSFORMADORES ELÉTRICOS
Aspetos construtivos
ESTRATÉGIAS PARA REDUÇÃO DAS PERDAS
Joule:
Magnéticas: 1. Materiais melhores
1. Materiais melhores 2. Densidades de corrente nos condutores
2. Núcleos de construção laminada de valores adequados
3. Indução magnética de trabalho de 3. Projeto, com geometrias otimizadas
valor conveniente Suplementares:
4. Projeto, com geometrias otimizadas 1. Combate a fluxos parasitas
Blindagem magnética da carcaça e tampas / shunts
5. Maquinação (corte da chapa) e magnéticos.
tratamento térmico pós-corte
2. Escolha de formatos das secções dos
6. Juntas condutores condutores multifeixe.
7. Parafusos de aperto não metálicos 3. Permutação de condutores multifeixe
Igualiza tensões e correntes entre feixes de
condutores.
Página 24
TRANSFORMADOR MONOFÁSICO
Modelização
Transf.
Circuito equivalente (MODELO) EXATO: Ideal
I1 I21 I2
r1 jx1 r2 jx2
I0
U1 Ia Im
E1 E2 U2
R0 jXm
N1 : N2
(a:1)
N1 E1 E 1
a = ⇒ = 1 =a ; I 21 = − ∗I2
N2 E2 E2 a
I0 = Ia +Im
Página 27
TRANSFORMADOR MONOFÁSICO
Modelização
Página 28
TRANSFORMADOR MONOFÁSICO
Modelização
1
I 21 = − ∗I2 U 21 = − a ∗ U 2
a
r21 = a 2 ∗ r2 x 21 = a 2 ∗ x 2
Transf.
I1 I21 I2
r1 jx1 Ideal
r21 jx21
I0
Ia Im
U1 R0 jXm U21 U2
(a:1)
Página 29
TRANSFORMADOR MONOFÁSICO
Modelização
1
I 12 = − a ∗ I 1 U 12 = − ∗U1
a
1 1
r12 = 2
∗ r1 x12 = 2
∗ x1
a a
Transf.
I1 Ideal I12 I2
r12 jx12 r2 jx2
I02
Ia2 Im2
U12 jXm2 U2
U1 R02
(a:1)
Página 30
TRANSFORMADOR MONOFÁSICO
Modelização
(a:1)
1
I 21 = − ∗I2 U 21 = − a ∗ U 2
a
R1 = r1 + r21 = r1 + a 2 ∗ r2 X 1 = x1 + x 21 = x1 + a 2 ∗ x 2
Este modelo simplificado presume que o fluxo magnético no núcleo é exatamente constante.
Página 31
TRANSFORMADOR MONOFÁSICO
Modelização
(a:1)
1 R0 Xm
I 12 = − a ∗ I 1 U 12 = − ∗U1 R 02 = X m2 =
a a2 a2
I 02 = − a ∗ I 0
r1 x1
R 2 = r12 + r 2 = 2
+ r2 X 2 = x 12 + x 2 = 2
+ x2
a a
Página 32
TRANSFORMADOR MONOFÁSICO
Modelização
X1 (ou X2) - Reatância combinada de fugas do transformador, referida ao primário (ou secundário).
Modeliza o efeito de queda de tensão indutiva associada aos fluxos magnéticos de fugas no
conjunto dos dois enrolamentos.
Página 33
TRANSFORMADOR MONOFÁSICO
Modelização
Página 34
TRANSFORMADOR MONOFÁSICO
Caraterísticas de Funcionamento
(Regime estacionário)
CARATERÍSTICAS DE FUNCIONAMENTO
• Regime permanente ou estacionário
• Regime transitório
DETERMINAÇÃO DE CARATERÍSTICAS
• Métodos diretos: ENSAIOS
• Métodos indiretos: MODELOS → Exigem valores rigorosos dos parâmetros
Página 35
TRANSFORMADOR MONOFÁSICO
Caraterísticas de Funcionamento
(Regime estacionário)
CARATERÍSTICAS EXTERNAS
U2 (V)
U2 = f ( I2 ) U20
Página 36
TRANSFORMADOR MONOFÁSICO
Caraterísticas de Funcionamento
(Regime estacionário)
CARATERÍSTICAS EXTERNAS
DEFINIÇÃO 1
U2 (V) ϕ2 cap.
VARIAÇÃO DE TENSÃO (em carga)
∆ U20
ϕ2 = 0
DEFINIÇÃO 2
VARIAÇÃO DE TENSÃO ϕ2 ind.
ESTIPULADA ou
REGULAÇÃO Na região normal de
funcionamento, as
caraterísticas externas U2=f(I2)
∆ % 100% são quase RETILÍNEAS !
Página 37
TRANSFORMADOR MONOFÁSICO
Caraterísticas de Funcionamento
(Regime estacionário)
CARATERÍSTICAS DE RENDIMENTO
η(%) η=f(I2)
η = f ( I2 )
com U1 e f estipuladas e fator
100% cosϕ2 = 1
de potência secundário
especificado. cosϕ2 < 1
O rendimento:
• cresce com o fator de
potência.
• elevado desde cargas
baixas.
• apresenta um máximo I2(A)
quando pJ = pn/J vazio
fc’ I2N
Página 38
TRANSFORMADOR MONOFÁSICO
Ensaios para determinação de parâmetros
ENSAIO EM VAZIO
• Realizado com um dos enrolamentos em CIRCUITO ABERTO, sendo o outro
alimentado com tensão estipulada, de frequência estipulada.
MONTAGEM I10
A W
U1N U20
V V
RESULTADOS
• Verifica razão de transformação (m = U1N/U2N) • Perdas no ferro (pFe ≅ P10)
• Razão de números de espiras (a ≅ U1N/U20)
• Corrente em vazio (I10) • Impedância em vazio: R0 e Xm.
Página 39
TRANSFORMADOR MONOFÁSICO
Ensaios para determinação de parâmetros
ENSAIO EM CURTOCIRCUITO
• Realizado com um dos enrolamentos CURTOCIRCUITADO, sendo o outro
alimentado com tensão, de frequência estipulada, que leve à circulação da
corrente estipulada “em ambos os enrolamentos”.
MONTAGEM I1N
A W
U1c I2N
V A
RESULTADOS
• Tensão de curtocircuito estipulada (ez = U1c/U1N×100%)
• Perdas Joule estipuladas (pJ.N ≅ P1c) • Impedância de fugas: R1 e X1
Página 40
TRANSFORMADORES
Principais Valores estipulados (nominais)
Correntes estipuladas: I1N ; I2N (A) (em transformadores com um só secundário, verificam-se as relações:
S N = 3U1 N I1 N = 3U 2 N I 2 N ( 3 ~)
S N = U 1 N I1 N = U 2 N I 2 N (1 ~)
Frequência estipulada: fN (Hz)
Z1 I1n Z I
Tensão de curtocircuito estipulada: ez (%) ez =× 100% = 2 2n × 100%
U1n U 2n
R I + jX1 I1n R I + jX 2 I 2n
e z = 1 1n × 100% = 2 2n × 100% = er + j e x
U1n U 2n
• A tensão de curtocircuito estipulada é o valor percentual (em relação ao respetivo valor estipulado) da tensão, de
frequência estipulada, que é necessário aplicar a um enrolamento para que nesse enrolamento circule a corrente
estipulada quando o outro se encontra em curtocircuito.
• Esta grandeza mede as quedas de tensão internas do transformador em curtocircuito, sendo diretamente
proporcional à sua impedância (série) interna.
Página 41
TRANSFORMADORES
Principais Valores estipulados (nominais)
Note Bem:
• U2N é sempre a menor das duas tensões estipuladas, independentemente da função abaixador ou
elevador realmente desempenhada pelo transformador.
• A razão de transformação estipulada (mN) é diferente (ainda que pouco) da razão dos números de
espiras (a) do transformador. Esta última pode ser determinada com bom rigor através do quociente entre as
tensões de um ensaio em vazio: a ≅ U10/U20
• Pode definir-se uma razão de transformação em carga (m = U1/U2), que é variável com a condição
de funcionamento do transformador e é igual ao quociente entre os valores eficazes da tensão de
alimentação e da tensão secundária em carga, como decorre das caraterísticas externas.
• Em transformadores com vários secundários, a soma das potências estipuladas destes totaliza a
potência estipulado do primário, que é a potência estipulada do transformador.
Página 42
TRANSFORMADOR TRIFÁSICO
Transformação trifásica
Capítulo 2 – Parte 2
• Transformador trifásico:
o A transformação trifásica: banco versus transformador trifásico.
o Ligações dos enrolamentos, sua referenciação e aplicações.
o Funcionamento em regime sinusoidal simétrico.
o Índices e Grupos horários.
• Funcionamento em paralelo de dois ou mais transformadores
• Efeitos harmónicos em transformadores: corrente em vazio.
• Autotransformadores.
• Transformadores de número de fases.
• Transformadores de medida.
Página 43
TRANSFORMADOR TRIFÁSICO
Transformação trifásica
Página 44
TRANSFORMADOR TRIFÁSICO
Transformação trifásica
Mas …
Uab Ubc
a b c Potência instalada: 2/3 ≅ 0.667 da total
Uca
√3 ≅ 0,577 da total
Potência disponível: 1/√
A
In a
Un
B b
c
C
Ligação Normal
Potência instalada = Potência disponível
I=In
A
In a
Un
B b
c
C
Ligação em V
Potência instalada: 2/3=0,667 da total
Potência disponível: 1/v3=0,577 da total
Página 46
TRANSFORMADOR TRIFÁSICO
Ligações dos enrolamentos
c/ neutro s/ neutro
( ZN ou zn ) ( Z ou z )
Referenciação:
As letras maiúsculas usam-se para referir ligações dos enrolamentos do
primário e as minúsculas para as ligações do secundário
POR EXEMPLO:
Dyn transformador com triângulo no primário e estrela com neutro
acessível no secundário.
Página 47
TRANSFORMADOR TRIFÁSICO
Ligações dos enrolamentos
Assim, usa-se …
• Ligação zig-zag só para tensões nominais abaixo de 500V,
tipicamente em enrolamentos de BT de alguns
transformadores de distribuição e bobinas de reatância.
• Ligação em estrela é preferida para tensões nominais acima
de cerca de 20kV, por implicar menor tensão por
enrolamento (a tensão simples).
• Para as restantes situações, as ligações em estrela e em
triângulo são indiferentes, mas:
o Ligação em triângulo é preferida para enrolamentos de potência
elevada e tensões moderadas (grandes correntes nominais) já
que a menor corrente por enrolamento (√√3 vezes menor que a
corrente de linha) pode permitir menor secção e menor preço do
cobre do enrolamento.
Página 48
TRANSFORMADOR TRIFÁSICO
Funcionamento em regime sinusoidal simétrico
Análise de funcionamento:
• Análise por fase, recorrendo aos modelos definidos para o
transformador monofásico.
• As tensões participantes no modelo são fase-neutro (tensões
simples) e as correntes são nas linhas.
• Adaptar expressões a trifásico, mormente as de potência: 3
vezes a potência monofásica por fase.
• Triângulos: redução Triângulo Estrela equivalente.
Caraterísticas de funcionamento:
• Em tudo idênticas às estabelecidas para monofásico.
Ensaios económicos:
• Idênticos aos de transformadores monofásicos, neles se
medem tensões (simples ou compostas), corrente nas linhas de
alimentação e potências totais - exigem o uso aparelhos em
número apropriado.
• Determinação de parâmetros: procedimento idêntico, com a
salvaguarda de, nas expressões estabelecidas, as tensões
serem por fase (tensões simples), as correntes serem na linha e
as potências serem 1/3 das potências trifásicas.
Página 49
TRANSFORMADOR TRIFÁSICO
Índices e Grupos Horários
POLARIDADE DE UM ENROLAMENTO
• •
E1 E2
Página 50
TRANSFORMADOR TRIFÁSICO
Índices e Grupos Horários
DESVIO ANGULAR: Desfasamento, medido em atraso, entre os fasores
representativos das tensões entre o ponto neutro (real ou fictício) e os
terminais homólogos de dois enrolamentos, quando se supõe aplicado aos
terminais de mais alta tensão um sistema de tensões trifásico direto com a
sequência alfabética desses terminais se eles forem designados por letras, ou
na sequência numérica se designados por números.
Página 51
TRANSFORMADOR TRIFÁSICO
Índices e Grupos Horários
DETERMINAÇÃO DO INDICE HORÁRIO
Representação dos enrolamentos (exemplo de ligação Dy)
I i
II ii Dy11
III iii
PRIMÁRIO SECUNDÁRIO
• Representar ligações dos enrolamentos: primário à esquerda e
secundário à direita, com os terminais do lado esquerdo (a representação
pode ser feira na vertical, com o enrolamento primário por cima).
• Marcar os terminais acessíveis e numerá-los (maiúsculas para primário e
minúsculas para secundário, como figura ou letras ABC/abc).
• Notar que as tensões (e as f.e.m.) nos enrolamentos primário e
secundário da mesma coluna têm a mesma fase se os seus terminais
homólogos forem ambos de entrada, estando em oposição de fase se
um for de entrada e outro de saída (adaptar para ligação zig-zag).
• Fazer a representação dos fasores das tensões primárias de modo a
que a tensão simples (real ou fictícia) correspondente à fase I aponte
para as 12 horas.
• A partir desse referencial e atendendo ao critério de fases indicado
anteriormente, representar os fasores das tensões secundárias
(compostas ou simples) e definir o fasor tensão simples (real ou
fictícia) da fase i secundária.
• O índice horário é calculado dividindo o esfasamento em atraso entre
os fasores das tensões simples das fases I e i, primária e secundária,
respectivamente.
De acordo com estas regras, o índice horário correspondente à
ligação Dy acima representada será o 11, ou seja, a ligação é Dy11.
Página 52
TRANSFORMADORES ELÉTRICOS
Corrente em vazio e suas consequências
Transformador Monofásico
i Φ(t)
A componente de
excitação iH(t), da
corrente em vazio i0(t),
não pode ser sinusoidal
devido à sua relação com
o fluxo magnético não
ser linear.
IH(t)
Página 53
TRANSFORMADORES ELÉTRICOS
Corrente em vazio e suas consequências
Φ
≅ → ≅ Φ
Φ
A corrente em vazio:
• Não é sinusoidal
• Está fortemente atrasada em relação à tensão
• Só contém termos harmónicos ímpares, o mais
importante dos quais é o 3.º HARMÓNICO
• Distorção aumenta com a saturação
• Fluxo e corrente não podem ser
simultaneamente sinusoidais.
Página 54
TRANSFORMADORES ELÉTRICOS
Corrente em vazio e suas consequências
CONSEQUÊNCIAS DA CORRENTE EM VAZIO
Em transformadores MONOFÁSICOS
• O termo harmónico de 3ª ordem da corrente em vazio (bem
como os termos restantes, aliás) deve existir para que o fluxo
magnético seja sinusoidal. Ele circula nas linhas de
alimentação.
• Se o fluxo for sinusodal, a f.e.m. induzida no secundário
também o será, tal como a tensão secundária.
• A corrente em vazio tem, em relação à corrente de carga
(primária e secundária), valores muito baixos (<<5%).
• Em transformadores monofásicos, a distorção harmónica da
corrente em vazio não cria problemas especiais além de uma
fraca poluição harmónica na corrente dos circuitos a
montante.
NOTAS:
1. Decorre do antecedente que, no circuito equivalente de um
transformador, a representação da corrente em vazio é
feita de uma forma aproximada, através de uma sinusóide
equivalente cujo valor eficaz é I0.
2. No circuito equivalente, esta corrente I0 é decomposta nas
componentes activa (Ia) e magnetizante (Im), que não
correspondem, diretamente, às componentes de histerese
de correntes de Foucault, antes citadas.
Página 55
TRANSFORMADORES ELÉTRICOS
Corrente em vazio e suas consequências
Em transformadores TRIFÁSICOS
• O harmónico de 3ª ordem constitui um sistema sinfásico de
correntes, isto é, as correntes de tripla frequência estão em
fase nas três fases do sistema.
• Esse 3º harmónico só poderá circular nas linhas de
alimentação se existir condutor de neutro - ligações de
enrolamentos em estrela com neutro acessível.
• Ele também pode circular no “interior” de uma associação de
enrolamentos em triângulo.
• Quando existe neutro, a corrente de tripla frequência no neutro
é a soma da corrente de tripla nas três fases
intensidade 3 vezes superior!
Página 56
TRANSFORMADORES ELÉTRICOS
Corrente em vazio e suas consequências
IMPLICAÇÕES
Primários em estrela com neutro: uma componente de 3ª ordem
(150Hz) circulará no neutro das linhas de alimentação do
transformador, onde se adicionarão as componentes das 3 fases.
Este facto não prejudica o funcionamento do transformador mas
pode originar interferência eletromagnética com equipamentos (de
comunicações, por exemplo) que se situem na vizinhança do
circuito de alimentação do transformador.
YNy, YNyn, YNd, YNz e YNzn.
Página 57
TRANSFORMADORES ELÉTRICOS
Corrente em vazio e suas consequências
MELHORIA DO DESEMPENHO DA LIGAÇÃO Yy
Página 58
TRANSFORMADORES ELÉTRICOS
Domínios de aplicação das ligações trifásicas
Página 59
TRANSFORMADORES ELÉTRICOS
Autotransformador
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO (1~)
(autotransformador ideal)
F.e.m. por espira :
I1
Φ/dt)
Eesp = - (dΦ
I2 F.e.m. por
enrolamento :
U1 E1 = N1× Eesp
N1 esp.
I3 U2 E2 = N2× Eesp
N2 esp.
E1/ E2 = N1/ N2
a = N 1 / N2
F.m.m.:
(N1-N2)I1 = N2× I3
× I1
⇒ I3 = (a-1)×
Repare-se que:
E1/ E2 = N1/ N2 × I1
I2 = I1 + I3 = a×
U1/ U2 = m = a
I1/ I2 = 1/m = 1/a
…. tal como acontece
num transformador convencional
(embora as grandezas primárias e secundárias estejam em fase)!
Página 60
TRANSFORMADORES ELÉTRICOS
Autotransformador
Potência transferida para o secundário:
S2 = U 2 × I 2*
= U2 × I1* + U2 × I3*
×S2 + (a-1)/a×
= 1/a× ×S2 = Scond + Sind
Isolamento do enrolamento:
• Todo para a tensão mais elevada.
Página 61
TRANSFORMADORES ELÉTRICOS
Autotransformador
COMPARAÇÃO COM UM TRANSFORMADOR
(em igualdade de potências)
Vantagens:
• Menor peso e volume.
• Menor preço.
• Maior rendimento.
• Menor corrente de magnetização.
• Menores variações de tensão em carga (devido à impedância
combinada de fugas ser mais baixa).
Inconvenientes:
• Falta de Isolamento eléctrico entre alta e baixa tensão
• Maiores correntes de curtocircuito (resultante da menor
impedância combinada de fugas).
INTERESSE DO AUTOTRANSFORMADOR
• Na versão VARIAC, para aplicações laboratoriais.
• No restante, só para razões de transformação baixas,
habitualmente não mais de 2 (pois acentuam-se os ganhos e
mitigam-se os inconvenientes anteriores).
SÍMBOLOS (1~):
Página 62
TRANSFORMADORES ELÉTRICOS
Autotransformador
LIGAÇÕES TRIFÁSICAS
A B C
A B C A
a b
c
C
B
TRIÂNGULO a b c
a b c
ESTRELA ZIGUE-ZAGUE
A A B C
C b
c
a b c
B
LIGAÇÃO EM V
Variante de usa 2
TRIÂNGULO autotransformadores
monofásicos
Página 63
TRANSFORMADORES ELÉTRICOS
Transformadores de número de fases
Transformação TRI-HEXAFÁSICA
A B C Secundário em A
DUPLA ESTRELA
1
C PRIMÁRIO
B
1 3 5 6 2
n
n
3
5
4 6 2
4
A B C
A
6 1
C PRIMÁRIO
B
1 3 5
5 n 2
4 3
Note-se o desfasamento de 30° introduzido
4 6 2 pela ligação primária em triângulo em relação
à ligação de cima, em estrela.
Página 64
TRANSFORMADORES ELÉTRICOS
Transformadores de número de fases
Secundário em
DUPLO TRIÂNGULO A
A B C 1
C PRIMÁRIO
B
1 3 5
d1
A B C
d2
A
4 6 2
1 2
y1
C PRIMÁRIO B
1
y2 y1 6 5
y2
n
3 4 y3
Secundário em n
y3
TRIPLA ESTRELA
Página 65
TRANSFORMADORES ELÉTRICOS
Transformadores de número de fases
Transformação TRI-DODECAFÁSICA
A B C
1 5 9 2 6 10
7 11 3 8 12 4
1
12 2
11 3
10 n 4
5
9
8
6
7
Página 66
TRANSFORMADORES ELÉTRICOS
Transformadores de número de fases
Transformação TRI-DIFÁSICA:
LIGAÇÃO SCOTT ou Ligação em T
C B A
UAB=UX -UBM
N1 / 2 esp.
UBM UX
M
N1 esp. • • N’1 esp.
T2 T1
N2 esp. • •
N2 esp.
a2 = N1/N2 a1 = N’1/N2
U2.T2 U2.T1
A
U2.T1 em fase com -UX
U2.T2 em fase com -UBM
UAB=UX -UBM (ou com UBC)
UX
M UBM U2.T2
C B
Primário
U2.T1
Secundário
3 Sistema difásico
N' 1 = N1 U2.T1 = U2.T1 simétrico
2
Página 67
TRANSFORMADORES ELÉTRICOS
Transformadores de medida
APLICAÇÕES e EXIGÊNCIAS
• Em sistemas de medida, os transformadores de
medida servem como interface entre a grandeza a
medir e o equipamento de medida.
• Estes aparelhos também são usados em sistemas de
controlo, na aquisição de grandezas eléctricas.
• O seu interesse resulta da possibilidade de
economizar (e estandardizar) a aparelhagem de
medida, bem como da exigência de segurança que
certos sistemas e regulamentos obrigam (tensões
perigosas).
• A estes aparelhos, exige-se:
o razão de transformaçãoem carga pouco variável,
o desfasamentos mínimos entre as grandezas primária e
secundária
o linearidade.
TIPOS / FUNÇÕES
• Transformadores de Intensidade (ou de corrente) - TI
Usado na aquisição de intensidades de corrente
Página 68
TRANSFORMADORES ELÉTRICOS
Transformadores de medida
SIMBOLOS E LIGAÇÕES
Transformador de Intensidade
TI I TI I TI
100/5A 100/5A 100/5A
Cl. 0,5 Cl. 0,5 I Cl. 0,5
Transformador de Tensão
U
TT TT TT
15000/110V 15000/110V 15000/110V
Cl. 0,5 Cl. 0,5 Cl. 0,5
Página 69
TRANSFORMADORES ELÉCTRICOS
Transformadores de medida
CARATERIZAÇÃO
• Razão de transformação
I 1n U 1n
TI: kn = TT: kn =
I 2n U 2n
• Classe de precisão
TI: 0,1 – 0,2 – 0,5 – 1 – 3 – 5
TT: 0,1 – 0,2 – 0,3 – 1 – 3
• Potência de precisão
TI: 2,5 – 5 – 5 – 10 – 15 – 30 (VA)
TT: 10 – 25 – 50 – 100 – 200 – 500 (VA)
• Erros de medida
• Fruto das suas “imperfeições”, os transformadores de
medida introduzem erros de medida.
Erro de amplitude
Erro de fase (medido em minutos de grau)
Página 70