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- rrr err wewwwwewwewne METODOS DE INVEST SOCIOLOGICA Peren H. Mans ‘ erie reamento humane is act rguens cone ai ‘ine nde Ben eeu zi) A calture 0 servigo do progress socie! SHELTON H. DAVIS idade de Harvard ‘ORGANIZADOR ANTROPOLOGIA DO DIREITO ESTUDO COMPARATIVO DE CATEGORIAS DE DiviDA E CONTRATO MAX GLUCKMAN Obrigagée e Divida " PAUL BOHANNAN A Categoria Injé na Sociedade Tiv PAUL BOHANNAN Etnografic e Comparagée em Antropolegia E.R. LEACH A Categoria Hka na Sociedade Kachir CONRAD ARENSBERG e SOLON KIMBALL Relagdes de Crédito na Irlanda Rural ANTROPOLOGIA DO DIREITO O éiteito come ieologie social & 0 fascinan= coe por ra ia. contemporanes ‘Apeaar deo estado. de ideologaa, ser ma das HTeas de maior desenvolvimento G8 Antzo. Sainarestan pron erpriptie miedo que sativa ——"€ ebfato Social do Mae Harvard, 103 protoon Do Drxarro batar que 0 que esté fim problema cléssico h da indugio versus ttiens, Esse problema 0 “mundo zeal” turas) do outzo povo smos 0 que sabemos” es para a Antropo- estfo presentes om menos neste ponto entre os Professores lestBo aqui é a salugto la filoséfico e nflo ss Hilema como tal, 1po de estudantes de wer, Eles representa logia do Direito que jnides, como também rae debate que tem ga Social, Poderiamos fa intelectual do que significa viver jeacional e democra~ TON H, Davis or Vietante do. Pro- eM a se dw dem « Wt 8g, . OBRIGACAO E DIVIDA* Max Gruckman direito inglés at igualmente se baseava na Seagle confirma esse fa fem relagio a todo to antigo e, comentando a forma areaica de troea a crédito, gue 0 crédito concedido era registrado como empréstinio, cle aficma: “Essa maneira curiosa de realizar uma venda ltustra a verdade de que o diteito arcaico nfo conbe lei de contratos, ¢ sim umn lei de divides. Seu poder arece terse exaurido em imaginar mecanismos pera registrar ou tomar obrigatéria uma divida, qualquer qi ineorporar qualquer questo de di esenvolveu um processo geral de romeno a locagdo de uma casa e 0 cram garantidos precisamente pela mesma forma de contrato ou tran sugio. Em Roma, 0 contrato de transacdo depois do mar de empréstimo”, Os zido, com auterienedo dos eattores, do. Uvro de Max @ 1€ea) in Barotse Jurisprudence, New Haven ¢ Londres: ‘Yale Unversity Press, 1965, ps, 242272. CUUUUUTVVLATEUUETViiisrreccece 26 ANTROPOLOGIA DO DIREITO © Pignus, © peahor.* O que Seagle parece querer res gue todos esses contratos romanos reacia de propriedade e 2 idéia de ume ‘uma entrada fetta p 10 de contas doméstico, também contém esse elemento, Seagle cone lrasta essa situago com 0 deseavolvimento dos quetro contratos conseasuais romanos — venda, aluguel, sociedade ¢ represen tagdo — todos contratos bilaterais formades no séeulo Tl A. medida que se expandia 0 comércio romano, emb © aluguel fossem obviamente de origem mais anti Essas breves citapOes servem para acentuar que 2 divida, uma obrigasio concebida em termos de propriedade, pode predominado no direito romano antigo, como ocorteu ‘no direito Inglés. Essa concepedo associa-se 2 idéia de que um devedor negligente € um malfeitor, conforme afirma Seagle nu do mesmo capftilo, em gue discute o surgimeato do entanto, mesmo aleancado esse estégio, ge a era dos compromissos obrigatdrios. E possivel, mas bastante improvével, que 0 vendedor que se desfizeste ‘de ume vaca ppensasse no comprador negligente em termos de infragdo 20 compromisso, B muito mals provavel que ele viesse a conside- arse Togrado ¢ olhasse 0 comprador como um ladréo, Em circunsténcias semelbantes, € pouco provavel que um agricultor ‘ou camponés modemo pense em termos de infracto ow com- i val querer, acima de tudo, receber a vaca de i20s que lidem com ofensas pessoais ¢ transferéncts lar a transaclo &s categories legais conhecidas. Consideraréo a transacfo original como uma transferéncia ou allenagto de propriedade que deixou de ser completada, a falta de pagamento como um dano pare o aval © vendedor tem 0 direito de buscer punigfo. Daf, portanto, @ grande selvageria do direito antigo em relacio aos devedores que eram tratados como pessoas que se tinham apossado de uma propriedade fraudulentamente. Eles tinham pecado contra 0 grande deus da Propriedade, € néo 0 do Contrato, © oédigo ita e © antigo diteito chinés impunham punieGes especial Beagle, The Quest jor Lew as 250.62, Tote, Osnicacio g Divina mente eruzntas para o que hoje considetariemos « infragées de costrat tho de Seagle acestus a ligesdo igo ¢ a of - Misha dese © coi idéias de divi divide de sangue. Barton, por exemplo, no estudo facgees & considerada ‘pe inteiramente justficavel «m pagamen as mesmas divindades para testemunhar que sua fam ; gue nfo se devia nada 2 ninguém sim por diante; e que, mesmo inacen Ge assassinato.” + Eu poderia multiplicar afirmacdes des ‘entanto, poderiam levar a enganos, pois a pal 28 AwtRopotocia po Dirziro | Onticagio » Divipa 29 Mo muna (grande malate), ere, 90 na almente, ad ¢ “endividado". No entanto, nos trechos que citei de § trangparece que ele, a0 lado de outros especalistas em dieito ‘antigo, encoutra uma especificidade na maneire como a idsia Ge divida predomina nesse dreito, 20 contrério do desenvolvido, Seria, portanto, po: Baroise em termos ‘de divida, quer se estiveise lidende nate ‘Cansagdes, com obrigngées de status, com ofensas ou intrascen Meus dados a respeito do uso do mulatu néo sio bison espectices, porque quando eu estava adequadamente da importiacia de di uate. Além disso, as relagées sociais Barotse erara em grates atte organizadas pelo poder do Estado, ¢ dal, talvez, eu nfo ine ter impressionado taato pelo poder orgenizador das diviese ‘quanto os estudiosos de. sociedades tibais sem governamenteis, Outros antropélogos que estudaram Bstaase trcanos também no fomeceram muitos detalhes. sobre “o dghatesexplicitos sobre esse tema em extudos frauder ou enganar. Ngo hé nenhuma “ceparasio no contrato”. © juizo supde a existéntia de uma divida ea agio & sobre a Assunto, Givids. Tsto porque uma parte s6 esté em divide com @ outra Duas ex provém de sociedades depois que esta tiima tenha desempeahado seu papel na bar- om gue a autoridade ¢ pouco descnvolvids. Parece-me que ganha, porque o autor sofreu um ‘‘dano” passivel de reparacao. citagses desses estudos poderdo esclatecer mais o problema do Logo, basta haver pagameato para que a aco seja que @ acumulagdo de reteréncias incidentais a0 uso da palavra liquidads, desde que 2 demora em efetuar 0 pagameato nflo Givida em muitos estudos de diteito tribal muito longa. Tgualmente, ele mostra como no caso da ‘Comego com o estudo de Leach, The Political System of cabana incendiada que citei nos capitulos 6 e 7, que quando Highland Burma (1954), onde dea. paginas so dedicadas a discussio do fka, que é traduzido como divida,’ Seguirsi, embora resumindo em parte com miahas préprias pelevras, rumo da discussio de Leach, Ble inicia declaraado que as ideias Kechin de divida correspondem a concepeio do antropélogo alguém softeu uma ofensa, © juizo considera que lhe foi cau- um dano, e isso estabelece uma divida que deve ser paga, nio fui eu 0 tinico a observar o predominio da di relatério de Epstein estado ito aftieano da Rodésia do Nort & particularmente valios0, porque os eram compostas de representantes de diversas tribos. Resta-nos, contudg, um problema: qual a diferenga entre vide nesses contextos e o fato de que qualquer obriga¢io estabelece um estado de endividamento, em outro sentido da Dalavra, ume vez que a obrigacio & bisica em qualquer sistecna 4e direito? Quando examine! o contedido dos dados que coletara previamente na Barotselandia, 4 luz do estudo de Epstein sobre 0s julaos atricanos nas cidades da Rodésia do Norte, vi que os Barotse exprimiam as obrigagses legais como milatu (no sin- gular: mulaws), © Dictionary of the Lozi Language (1936), de Jalla, assim define © muldtu: “erro, infragto, culpa, divide, TUVUTTT AVA eene "em Glucanan, org, £35092 ent 100 @ «3 +30 ANTROFOLOGIA Do Disziz0 Onnicagio x Dips 31 Que nas reivindi legais os itens s£0 estipulados segundo ban eke tadicional em bens tadicionaix. Cera eb qoutes dos om pagamento apés uma inftagio, Eases ens tredicionais so relacionados, embora atuaimeete so Sao precisas @ aparentemente especificas para ‘cada tipo £ ice BEA6 © taesmo dinero sejam usados; mas quando inne jetos de uma lista n&o podem ser trocados, € keto, € sempre num proceso. de subsit iqueza titual so impostos 20 homem ate Lasiciontis, Os objets rituals tadicionals sao ‘iguihee veans sole ‘objeto, ou conjuato de ‘edes em mercado aberto, mas nommalmente sua troce¢ vai para uma pessoa especifice. Os pais da moa re Si og Gstorminadas ocsides: casamentos, funerais, pogee de servigos rituals de sacerdotes ou agentes (latemen, 2 panela de ferro e uma espada, Os trés outiog Siéros), transferéncta So ltecaes ee oe Soar ais Renee tra fem de les ear a ae ees tages Soe in ae sa onion sedan Esses objet is_varia natureza sa Mas como essa expresso pode gerar confuséo com @ situaglo tus ae pene Batam om @ natureza da ofensa ¢ atos de representagdo, eu os chamarel de Os intermedidrios encontram-se, jogam a0 tim sanm®, Ge compensacdo, além de dar trés objetos rite contes eoetts CObrit 25 pegadas do biitalo, um colar de com Goatas como cabresto para o biifalo, © uma contraste entre 0 page, um "a divide imatecal", antes de explicar fenaaatts om relag oaga ‘sipsiica sitaplesmente comin. Sage $ complexas. um comercianie arabulante We Sesées envolvendo ebet, com cada um dos le estabelece: sistema ¢ tornado flexivel pelo prineipio que ite a a iam Sots lhl cea tee el pl gue pte vara de bambu, que é patida a0 meio, ficado Ebdigo, “Aer auanta om rieo oferece bilalas, de scart en ' 4 metade. Cada entalhe representa ume transasio objetoe An RroPededes do um homem pobre contaea ye Giferentes transagdes devem ser seldadas em a0 ase ySomO "em Heorin as obrigegbes de ese a = resentes ‘calonadas lo ‘9 so reduzem a uma média comum nem sao 5 $80 escelonadas seguado classe eles outras not ivi ea er coise, dependendo das circus 98 ltGiis podcus ser ies da troea, enquento igualnent mento por um casa 32 ANTROPOLOGIA DO DixeiTo Leach cita uma série de exemplos numa mesma familia fara mostrar que “quasé sempre a escala do bride price." me Ado’ pelo nimero de cabegas de gado, corcesponde a posisae de staius do novo ¢ aio da noiva”, Examina, entio, a seagio centre esse Bato e 0 embora a teoria soja de da_noiva, de fio homens pagam mais para gaahar stats, Esse {ato geral é in: Portante para nossa anélise, mas é desnecessério eitar os deta. thes que ele dé. suficente notar a conclusao de Lesch do que “o conctito de riqueza ritual /page [perguntese: a troca de page?) ¢ de grande signticagio, pois permite que se interpreter rouba de B, engra- dos de um contrato vido 20 chefe B, A esté ligado a B por uma divica, Se Guas linhagens A e B tém contratada uma relagio de casemen, {o @ A casa com alguém do grupo C, quando deveria ter-se ca. Sado no grupo B, a linhagem A deve a linhagem B. Se A mata B, intencionalmente ou por acsso, a linhagem A do gem B. Se B sofre um acidente fatal ov nfo, eng) trabelbando para A, a linkagem A deve a linhagem B, Se us hhomem da linhagem A morre deizando uma viva da linhagem 2B, nenhum outro homem da linhagem A toma-a em casamento levitético, a linhagem A deve a linkagem B. (A vinculagéo da ‘vide com a mobilidade social é presumidamente a de que esse nto estabelece uma nova relaggo com outras pessoas, o a uma nova série de dividas.) Onnicagio & Divupa 33 Todas as dividas devem ser saldadas, ¢ se no o sfo podem ocesionar disputas entre facge “Em prineipi ade, qualquer que seja sua orlgem:, € potencislmente uma fonte de’disputa entre face des. Para’ um Kachin, disputa entre facgoes e divide sio a mesma coisa, hka, Sto especialmente as dividas entre estrachos que devem ser saldadas rapidamente, caso contrdrio.o credor tem uma desculpa legitima para recorrer vieléncia; por outro lado, 4s dividas entre parentes, especialmente parentes afins, nfo $0 ucgentes,. algumas delss sfo sempre deixadas sem pagemeato, quase come uma questio de pri divida & um tipo de conta de exédito que garante a continvidade da relagio [seme- f iso no Condado de Clare, Islanda, classicamente pot Atensberg e Kimball, a que me refeti anteriormen- yrtanto, uma espécie de paradoro no fato de que de uma divida posse signiticar no apenas um estado fade mas também um estado de dependéncia © ami. Com ratas excesées, as dividas entre 03 Kachin se dio no 36 enite individuos, como também entre linhagens, Uma divida do paga passe de gerapio 2 geracéo. Leach conclui a sua discussie do htka (mas nfo dos objetos ‘ituais) com a seguinte afirmagao: ir clara agora a estreita correspondénela entre 0 coneeito Kachin de divide e 0 conceito de estrutara £0 ‘antropéloges. A tradi¢fo ¢ o citual Kachin estabelecem queis a8 fclugées adequadus entre individuos, quer dizer, especiticam us obrigagdes de A diante de B c deste diante de’A. Uma divida paisa a existir sempre que alguém sente que essas obrigagSes ‘fo foram adequadamente cumpridas.” 36 ANTROPOLOGIA DO DinzITo nico que nfo pode ser examinado em termos dos conceit a cigacia do diteito ocidental, Ble comesa por insists, coreta renle, em que se deseteva com precisfo 2s idéias de.um povo, 0 ‘que ele chama de seu “sistema de folk”. Mas insiste ainda (p. 69) Gin que: “O erro principal éa anise eo GP clovar abtemss de folk, somo 0 ‘direito', destinado 2 ago so tial em nosso proprio sistema, ao status de vim sistema anaiico, ¢Gepols enter organizar os éades brutos de outa sociededes Centro dessas categorias, Eu [Bohannen} também tentei evitar © istomas de folk dos romanos ou ema analltico para dados dos trobriandeses ao nivel de um ‘que talvez nao se encainassem nele Essa questio levanta dois problemas separados: primeiro, rmpararse sistemas legais diferentes; © segundo, fazer comparagao, em qu pode-se fazé-la sem destoreer os sistemas Sem divide, acarreta esse perigo, Bohansan enfetiza constante- mente 0 perigo, e et devo, portanto, discutir sua argumentaglo fantes de proceder & minha andlise de seus dados. Os Tiv, diz Bohanaaa, classificam os danos, por exemple, ‘de corrego que provocam. Qualquer fo ritual € fwaghbo: todo bomicidio conclui entéo: “Os Tiv.niio estabelecem as distingSes européias, entre tam toda a comunidade e os que atingem indivi- jue nenbum del 2 comunidade, ¢ dividuals. A dis- fingEo estabelecida pelos europeus & uma distincdo de folk. A ao eatre Awaghbo, kwaghdang ¢ ifer € uma distingio de Fode-se comparar os dois conjuntos de distingSes, mas ¢ ‘errado © parcial forgar os casos Tiv dentro das categorias de distingbes de folk europeias quanto forgar as classfieagbes euso- pélas dentro das distingdes de folk Tiv."* 7 Bonannen, Justioe and Judgement among the Tiv (96t), ps, 119-20, Osnicacio e Divina ” © Kenny especialmente rejeta esse critério, embora ole tenha sido adotedo pot outros; enfatiza sobretudo 0 procedimen- toe a reparacio, Segundo indica Kenny. a distingo existente no Gireito romano entre delicta privata qual Radcliffe-Brown baseou sua mente os crimes na Roma ovo romano, reunido em ¢: Keany para distingul danos caja sancio € p siveis por uma pessoa particulaz, mas apenas pela Cozos, quando silo de algumua forma remissiveis. " Ble procurou observar antes 4 puniglo, a reparagio ¢ o procedimento do que « quem se atinge, de clossificar agées judiciais. Igualmente, 0 advo- ¢ nfo sio de modo algum remis- Em termos das categorias-Tiv, uma infragio que ua Gri Bretaaba cai aa definigio de Kenny de um crime seria kwagh- infracées © as ages aquelas que calem so fguelas que eram passiveis de julgamento pelo clero ot ‘Além éisso, varios fipos de infratores reczbiam ou nfo o privi de refigio na igreja, ou de juremento, até 1623-24, Havie um elemento ritual © rligioso tanto nas infrag8es cuanto us teaclo 48 infracdes, © problema que se coloca aqui & seme- Thante 20 da di ‘tribal e no direito europeu antigo 1 essa categoria adicionel de ritual para os casos de infracées. [RE RZR 38 ANTROPOLOGIA pO Dineiro For que ela deseparece terfor? Inversamen desenvolvido? R as sengdes organizadas do di ial. Em nosse prope tendeu ar Contre forgar os conceitos Tiv ir de distinggo entre dizeito dos Tiv, um corpur eomparaglo (ps, mparar aqui Tomano quanto © Tive ses de sistemas de folk, O dine independente, 5, tem um paralelo na fase fase — én di na espe idade freqtientemente obscurece © exemple segu llustra esse aspect com clareza 2% sion ex Trevet Sects (898), pas Be, Messe Parisrato sio de seu tivo Suction ed he Tio. CISST OrRicagio & Divina 38 Peaade o Ti faz a autépsia de um homem para verse ele pre- ‘ceria, a culpa € revelads pela presence, perto do core. , supostamente depésites de sangue arte- Yenoso. Da, o Thy reletise & inoeéncia como “pelto Ve fica uma ess gue more por algum motivo que ni seit sth proms Propensio zo mal [su fligaria trazendorae & Condenastor not ‘uel de um bom rlual). Ascemelnee 4 nose popes soe, 30 0 que ele traz,conotegées de bem, Ty oon dominam a conotagées depreciativas de fala de experiacia’ Sem divida nifo hi nada de espectico nessa idéia Tiv de he fet Inocente € nfo ter culpa o, portant, de cerla forma see ea alicia © tolo, como mostra qual- a em sociedades ido distantes: da spect, © 0 fraco e pobre & inocente, € coloce-nos um problema. geral. A {esas ientificasto enconunae em hebraleo, atdbico, geege Iet tim e pelo menos em alguns idiomas bantos A abordagem de Bohannan @ todos os fenbmenos de con tole sceiel Ti parecesme criar uma barreira A andlise casey Bios antas gnels do dizeto e, por isso, preferi usar outror exem: ls antes de pasar @ um resumo de sa atirmagees 2 sespevo 40 ANTROPOLOGIA DO DIREITO jo do gado contrai una com o dono da fezenda, A cvida ¢ um aspecto tanto desse tipo de contrato quanto desse que nossas categorias de contrato coincidem com a categoria Tiv de divida.’ ‘A semelhanga entre essa situacio ‘Tiv ¢ a dos dircitos Ka- i alavra Tiv Injd, abrange um fmbito mais amplo de fendmenos ¢ inglesa ‘debr’ geralmente o fi divida quando toma emprestado e no Tepe, quando guarda 0 imal danifica # colhcita voo8 passa a dever a ela um cadéver. Além expressas em termos de f20 so chamados divida. ig6es nflo-contratuais, contrato, direitos ‘ocultando assim o que eles thm de mais forma que ficasse casos europeus de de propriedade et a nogio Tiv de distingoes mais refinadas dentro do sistema de folk Tiv”. * Em ‘sua conclusto ao livro, ele declara ainda com mais énfase: ““(Emboral fosse possivel dizer-se que os Th se meramente fizéssemos 1550, ‘organizador que contém véries categorias ingleses, Esse conce categorizante 6 0 de divida, .. Muitas relagoes nfo-contratuais aspectos de dfvida; 2 maioria dos contratos também. Os ifieam @ partir da no¢o de divida como tal, partir da nooo de relacées nZo-contratuais ou ‘contrato! Buse 6 um argomento sélido numa primeira apresentagio das lias Tiv. No entanto, apesar da Enfase no modo como os id, ys. M1312. também da Onnicagio & Divina at Tiv clasiicam pela nogao envolve, Suspe at um segundo pass fo se deve dizer que os Tiv nfo entendem a selagio nio- ual ou 0 contrato; nem og Tiv podem aficmar que os ingleses no entendem a divide. preciso comprecader que 0 geral de material pode ser classficado de varios as clasificagées de folk € que so iawportantes ‘opdlogos soc de relagoes nio- do ambos conceitos de folk e ana- laro 0 que essa de Bobannan idero importante examinarmos em que sentido 2 'ndo compreende! de divides simples, as na realidade, decorreram de relag6es mais complexas com um “melhor amigo”, com uma testemunha paga para dar proves com um intermedisrio numa transagio de penhora, € Por diante. © tribunal entEo investiga uma série de obripa- G62 € queizas entre as partes (ps. 106 e ss.). Essas afirmacées ssclarecem apenas que nfo se esti lidando com uma sociedade a qual wma pessowempesta bens a ours com & qual nfo tena ativo ainda & 0 trecho sobre a regra da tiva prépria. Os Tiv podem tomar coisas de determinados paren- tes sem permissto, embora seia mais cortés pedi-las (os. 25, 127-28). Isso nfo € roubo, é um privil © orivilégio Be “om compensito por ene = Bid 1 sn stnion do ptalnas om pastnenes sto noramente de seu Justice and Judgement, “ 9 Cltsdo por mlm antertormente no enpftule 9, & p, 200 Ps ANTROFOLOGHA DO Dineiz0 | Osrtoagio » Diving 43 iecldirdo, entio, se 0 epoiardo ou exigitéo fizessem alguma coisa pera recone. igo. A aséo € pi 42 Ralls pages, continon Bobaanan! fora CU aso just 3 & ta, que getalmente se teadue inadequadamente & SG St Alo Se els “nko coacordacem com 2 zie Em snimal que os Ti levam ser fee 1 Ou acharem que 0 método de obter o bem nao reonadg en, oF gue © animal seja abatidd quanse , € entG0 0 dono do artigo pode busca. fotare nto aeeatde”. Tradiionahmente eusmn yhoo ae ° cAot aparentes de roubo entre of Tiy pares Gael gue pera o aso, Todas ene com ligarse se & apropriaeto de bens era justi, partheve de came do gnimal % ior do indi im de seus Fine SU le suas questeso relagdes reamed harmonia ard ZZEUENEZEY am presente de consis, tado sua molher por nde the ve ela tvera Com otties z 5 amo Um pagamento B comunidade eee eae Fo decays Sol do relates cate PE f tro da comonidada. j es aim 8 cies chaos envateam peequias ante ‘ Dolaclasete coxpeenes lat sinks oe ees © eve SiR ie Sta mee a Snconodos em postanen quer dnet quando sma eet slassfcam com de fato foi feito ou nfo (ps. 99, 79, outro base na noeio de divide. Essa Rogdo $6 se torna clare quando ordenou que pagasse uma voltames &'sua andlise inieial do Parentesco, ¢ mais particular. 3 ‘Mente do casamento, Sado que, num livre sobre justica ¢ Julga- 32). Comentando esses dete cas trang ci swlaebes mai plenamtate angled eens aquelas a par. tr das quais de ‘aiorla das disputas, reais eas mais agitadas de vida entre en costumavam praticar 9 Gtsanegee Por troca, or “danos’ centra-se na noco de wa, Tesente, fezendo esquecer um serve come ume infrator © como um sinal de perdi por Wm out eee endlde, AS vce, uma pesoa ofecone roan 2 de suns as Eeatentemene uma das pessoas forest 00s diferenges.” Imente relevantes sz0 as ‘esponséve! pelasintrag sobrinho mora com fin setts mascolinos de um pequene? ‘Brupo de parentes agadticos Gitovem 2s mulher do grace ee Sh, como tutelas de casae a ee Tie = tgement emong the rie agen, ae ANTROPOLOGIA DO Diner préprio casamento ou o de um dependente ma coments Bohannan sobte esse fato: "Q resultado de, abolipfo Gos casamentos por troca fol que aus estruturas anteriorments confundjdas isolaram-se. Num sis- tema sovial caracterizado pelo casaménto ratificado por ‘ride ‘wealth [pagamento de easamento] pode-se ver ra de parentesco que tem seus nédulos em casaaaer além disso, ume rede de, relagSes de divi acompanhando a rede de relegdes de cas mas que tem seus nédulos nos contratos ‘i aguardites de mulheres e seis maridos. Essa seperagio I6giea nflo sob o sistema de-casamento poi iambém existiam, mas podiam ser mulher — tutelada para um homem, esposa para outro. A. civida assumida por uma pessoa com o casamento era compen- sada quando o guaréifo de sua mulher casava-se com 2 tutelada dessa pessoa. O aspecto divida do casameato & resumido na nogdo Tiv de kem, Dizse ‘Eu kem minha mulher do seu guar. io’, Kem significe ‘zcumular’, ¢ seu nico outro uso corrente & fem ‘acumular uma fazenda’, quer dizer, gradual dos anos, ir reunindo cada vez mais sementes de modo que se possa ter uma fazenda cada vez Kem de divids entre um homem e 0 guard jamais € quebrada, porque o kem & perpétuo, a divida ounca pode set ‘page. Eu (Bobannan} traduzo em como ‘fazer pa- gametes ‘As divides por mulheres a parontes consangiineos.e afins slo separadas; se um parente masculino de um guardiao recebe Gicheizo por sua tutelada, a questio torna-se uma divida entre parentes consengilfsees que nfo conceme 20 matido. * ‘Aqui esté a matriz da nogio Tiv de injé — traduzida por Bobennan como divida — ¢ que ele encontra 08 tpos de relagdes Tiv. © uma obrigaso particular ex ia numa rede complexa de relagées de starus, dependentes umas das outras, © constituindo © principal envolvimento de wm homem fou uma mulher para a maior parte dos objetivos. A obrigacto assume uma forma material — uma mulher, bens tannsferidos Osnioagio & Divina 45 por cesamento, Faz.se um pagamento pary criat uma obrigagdo Inyersa: acumulam-se obrigagoes ab derio", assim como se acumula uma fazenda que dard érutos, jas por mulhes zs so também importantes vineulos de cooperasio, assim como fontes de hostlidade, entre os homens dos grupos agnatices que tuam como unidades produtoras ¢ seqoes politicas. Dessa com- ‘medos € lagos cas de infortd- Ja a um guardigo, ¢ os implicados em seu casamento com alguém de fora do grupo sio mantides dis- tito. © conceito de injd parece io terse estendido pare além git ovtras relagdes decozren- ransagGes e ofeasas. Isso sigaifica que os pagimentos im- postes nessas relegées, os elementos de propriedade, slo vistos como se decorressem de obrigagées numa relacdo de quase- Status; Bohannan néo discute esse aspecto. Sua tinica discussie relevante refere-se a colocagio do gedo para ser guardado e uli- meatado em pastagem alheia sob pagamento, Os Tiv no guar- dam seu gado em casa, porgue entio “ele poderia ser reivindi- cado legitimamente pelos parentes". O gedo, e especialmente a5 cabras, sfo colocades na casa de amigos ou de partntes distan- tes e obtémse gado para seu proprio uso desses amigos ou pa- rentes, Pode-se, portanto, dizer com toda certeza que todas as cabras na proptiedade de uma pessoa pertencem a outra. compensa do guardador € que ele zecebe um ea complicada éstrutura de di propriedade, ¢ 05 Kachia, de hka, Rellete 0 estceito envolvimento dos direitos de propriedade com relagdes de staius. AS mulheres entram nesse céleulo, em parte como foco da extensio de lagas de quase-parentesco, no sistema de exogamia, ¢ em parte porque os Tiv consideravam que todas fs troeas de bens daveriam levar A acumulacio de propriedade, Told, p. 166 © sepies seguintes, ae 4% ANTROPOLOGIA Do Dinero ft Por mulheres. * Maticowsid igsaimente do diteito da Oceania, ay obrigacées recj- fede divides. es ome EO 6 cone aemarse gue eg Nn pen- Opes fre de conte ofensa Cots se-contratal) © présrio Bohannan secre Tiv em que desejarmos 8eS autores da divi io Barotse & tipiea d mp minha cis 1, pate refetic Bohiannan em afizmar que, wt classitiengio Fer ae etPIS of Exchange and investment JF sabtin Goody. Destiny Proper eae ST ee" 8 Hola, 200 end Onder ig Polynesia, pa Sry gman, Justoe ond dudgement among the tie (sgn, Ps. 1046 OBRIGAGIO Divnpy ie 8558 Sob 0 thule d tr oatrat te de octdentai. 9, do casio de inencl® 8 acdes antoas no ae Préximo e no chings, Poss? mane, no do Orisate Refirome agora Se um lado © responsabilivade Ios cbs © romano, Embora took conscigacia wionsarBes que f2¢0 de desea entos vida, © nao ai a distingdo entre 47 POF sua origem nfoscon. to Tiv difere radicalmen. specialists para mos. Possivelmente 20 10- delitoosa ou agbes sobre di. sesponsabilidade con. Gor miementeintrincados, ees vide, indicar apenas os perigos do tipo de 5 trahere (te contracts "Coniractus & simplesmente relmente ‘Yineular’ iento, reeotii ow obii e6 (Maine) duran de conttato eG houvesse uma © substanti “smo cultural de Bohannes’ ‘rical Introduction to Roman Law (1939), Jo- usado clipticemente ‘por zomano permaneceu gout to nos interse fe muitos séculos, mas es teorie geral garam a sep 0 contrao 48 ANTRoPOLOGIA vo Dirsito “Ao que se sabe, foram os bizantinos que desenvolveram teoria independente do contrato; eles usaram a pal © desenvolvimento das doutrinas inglesas sobre & mareadamente influ: ‘do encontra uma demarcaeio clara entre relagdes nio-contsa- tus, conforme sio entendidas atualmente, ¢ crimes, infraglo de sontrato, a nfo-devolupdo de bens éntregues em confianga co nio-vumprimento de obrigagSes por parte do agente encartegada de administcar bens de teretiros. O contrato estava entdo ume fase de répido crescimento. ‘As confusbes do livio, diz ele, acen: stande dificuldade dos advogados da época em perceber a diferenga entre contrato e relagdo nfo-contratual” (p. 23). lackstone percebeu mais a diferenge, mas o diséito’ inglés “ainda nfo estava suficientemente madixo” para que se estabe- lecesse uma distingio profunda entre relagéo nfo-contratual, de um lado, ¢ 0 nfo-cumprimento poz parte do agente encarregado ce administrar bens de tereeiros, intagio de contrato es nfo tcegues em confien¢a, do outro, embora fossem nessa época diferencidveis ‘com razoivel clareza”, Blackstone ainde tratou do contrato de ma- neira disperse, de modo que ele aparecia no “Direito das Coisas” também em “Danos Privados"; mes a obzigagio contratval era separivel_ da obrigagtio decorrente de zelagio nfo-contratual, sendo tratada como uma chase in action ou espécie de proprieda. de (p. 27). Entretanto, o acordo distinguia-o da responsabilidade ndo-contratual, Apenas no século XIX, & medida que as for. de bens iGncia do dieito, esses aspectos foram substancial- cidas. Parece que a distinedo mais clara entre contratos e relegBes mo.conteatuais, nfo desenvolvide mesmo nto Osricacio = Dips outs cocedads, op gio tos Bure, Pro forma de apo‘ 4 O formalism do. proce Inds de advopadc 0 lberagto ass dea Procush mestear,« Bohunnan encera consol simplamente po dist tos otosjrtgsatiy turopen ange E caro ‘dequar-se the co com tigun culdsdor€ pass comparagie © an mlsclega i nde tic; preocuge-me aul Sra apie dss ominadas peo wal alguns enex Na década dos 30, tores do’¢ ageicultores vivem da tet derem obter produtos qj campos so trabalhados 4 tesco, que se estend ‘Como as propried| bres, apenas um filo € } 10 que deve herdar ; traz (1936) um dote tat ximado ao Valor de umal tam e entregam a propri ato de casamento a cor pei, | As familias de | | uum principio semeliante, ANTROPOLOGIA SOCIAL Goomey LiewHaRp? (2° digi) sve, Brodominavam ® due alter specu 4 ustigeae bases aparentemente cientificas um ZAHAR EDITORES @ cultura a servigo do progresso social RIO DE JANEIRO H 50 ANTROPOLOGIA D0 DiRerTo " 4 divides estabeizcem ir x ls das geracSes de pai saminar esse conjusto rolagées na perspectiva do problema mundi de e pequencs agriculiores; alguém, no sists de fato sustonta 2 divida para 0 co: es umas as ovtras, e como as pessoas rel os menores favores. A mulher de um alde&o que facia ratalhos loeais de construgdo dividiu seu negécio com of comers Mas ainda nos falta informagao para indicar quais as ancias que evocam determinados pactdes, Parece clave ie i ATOCHbEEE, The Frih Countryman (9D, cap 5 Osricacio e Divipa St Gus sempre que texmos conjuntos de relagdes aniltiplas ne socie- Gace moderaa, o problema da divida matetial torna-se prepon, Gleranie, como ocorze na sociedade tribal. O relate de Frankes, betg evidencia que 2 obrigagio material, e resgate dessa obriga: fio, sto importantes para os seus aldeses galeses. © que cies femem é coatrair dvidas que cepois nfo possam esgatan, = Estou bem informado do fato de que as cbrigagées ema todas A telagoes pessoais na soviedade moderna sdo expressas na foome © 2 reparaglo de pequonas infragdes segue 1m cigasro ou uma bebida, convidar Jum espetéculo, constituera 0 préprio © essjo consciemte do juizo ao tentar resolver disputas gntte parentes¢ aplicar o dzcito de modo que os ltigantes pessams Gentinuer & viver juntos, © que sua relagdo, como um eenjunto Gelinide de obrigactes mituas, possa perdufar. Para atiagis ee cbictivo, © juizo deve avaliar eticamente seu comportamcnts faultuo, assim como para outras pessoas ligadas no mesuio ais, ‘ema de relagées, © deve apoiar os que agiram bem ¢ repreender 0s que agiram mel, de modo que venham a ter um melhor com portamento, Mas o juizo também tem que julgar uma demande sspectfca, por exeniplo quando autor ou réu tim direito a um jatdim pasticuler, Ordens 2 respeito da. prop em meio a sermBes sobre 0 amor , fli Bi fesse a peso que tem dieto & propriedade &a qu agie Ral. Q julzo, conforme vinos, néo se esquiva & tarefa disse “esse é um tribunal de direito ¢ néo um tibunel de tro teata unia reconciliacdo d i sstritamente liritada pelo juizo deve aplicar. Quando uma mulher pede 0 divércioe este Ihe & concodide cong 92 On the Border (1867), ps. 108 es, 2 Avraopotosis po Dinsiro base em que o marido Ihe causou danos, 0 julzo nfo pode coo a dar mais do que metade de sua colheita; ele pode ape- spelar a ele para que o face. Quando um superior num lagi de patentesco, numa aldeis, ou numa unidade politica causou dano a um inferior, o julzo igualmente nem sempre pode ‘2 agireerlo, © nem sempre pode privé-lo dos direitos fa posi¢do. Isso é bem ilustrado pelo caso dos agudes de ixe do chele nos capitulos 1 ¢ 4. Quando o chefe proibiu os hos de suas irmas de pescarem nos seus agudes de peixe, 0 ser que fossem morar na sua aldeis, 0 tribunal desaprovou-o ‘nao causaram nenhum dano”, disse um juiz). sostnton gue os audes gor pttencian a3 ‘am perdidos para o chefe. © juiz principal de- sae yocemoe mca o deta conta Nihal halt" (o chefe), e a maioria dos jutzes concordou com ele. Con- tentaramse com declaragées imprecisas de que ele deveria inhos pescassem, Tss0 porque, alterar o direlto fe dar acs sobriahos 0 direito de controlar os agudes ou de pescar neles sera sua permis prineipios sobre os quais se ergue toda a estrurura: a terra numa Eidela vincula-se & posigfo de chefia, e todos os aldedes tém di- jos a uma paroela dessa terra suficente para seu utros_parentes tém 0 dizeito moral de reivindicar 0 2 se hé mais do que os hebitantes da aldeia podem jes nfo podem solicitar a transferéncla do dirsito de posse sobre o que usam para outra aldeia, Os direitos de propric= poragio néo devem ser ach 30 jd ido. pode por si mesmo abdicar de alguns), Ao contrério as conseqléncias seriam incalculéveis, Nesse casd, Tegra adotada pelo tibunal fosse que o chefe perderia seus fos sobre 0 agudes, outros filhgs de inmés, wrabalhando na terra de seus tios materaes enquanfo vivem com seus Pals, oY filhos residindo na aldein das mies mas trabalhando nas terras dos pais, poderiam também entrar com agdes pars se estabele- orem independentemente. Os chefes hesitariam em emprestar # terra a parentes que vivem em outros lugares, Toda a estroture focial Lozi, como um atranjo permanente de ttulos de chetes fem relacdo 2 distribuigdo da terra, teria sido destruida. Coube 20 experiente ¢ sensato presidente do tribunal encontrar uma s 40 que, no destorcendo 0 dirtito, observasse a justiga funal deixasia intocada a posigfo de chefia, como um univer- Ver “rhe Case of the Ungen Judicial Process among the Borotse ( Husband’, em meu tho p. ‘Oanicacko 2 Diva 3 sitas juris, mos colocaria na posigdo um individuo que resgataria sung diversas obrigacées para dispor mais generosamente da pro posigao. A organizacao das relagdes de starus deve Pa propriedade € interdependent e referide a essa Duestées tegais @ morais sfo constantements confundidas, € 0s Greitos de um homem 20 que Ibe € devido legalmente dependem die que ele cimpra honestamente com suas obrigagées moras. Emtora as relagdes de status Barotse impliquem ese elemento ioral, deve haver uma medida para avaliarse 0 desempenbo. Exe desempenho € visto no constante resgate de obrigegbes, 0 fomecimeato de servigos ou de aurilio material, ito 6, o resgute da divida, HA de rma um paradoxo no fato de que @ propria éafase na moralidade, numa sociedade de bens limitedos, Trentue o resgate material de obrigases e torne um dano 0 nio- camprimento desse resgate. Essa situagio reflote o fato de que, nessas relagdes in renciades, servindo a interesses miltiplas, © Di Posi 0 Diteito da Propriedade sio confundldos, nantes, gue 0 rel € oUlros dirgentes ¢ chefes t8m sobre a terra ¢ outras propriedades dos gtupos sobre os quais tém controle, Sonstiuem o esséncia de suas relagBes com outros membros da Sociedade, Néo quero dar a Impressfo de que a propriedade seia tim apéndice das relagées socius, ou de que as relagSes socais Sejam constridas uieamente com base ne propriedade. Em algumas relapses, oF diteltos de propriedade zesultam do st de pacentesco: em outras, es prOprias transferénchas de propre Gade estabelecem a5 relagBes. Em todos 0s casos, relagSes de propriedade e relagdes de status so etributos, fundamenta 2 es Barotse afirmam isso explieitame a aldeia, sio ho com bésicos ema suas relagées com os subordinados, itos de marido ¢ mulher & propriedade do casamento si0 inba opinidio é a de que no sis- ‘a terra, sobre as ( LA BE $4 ANTROPOLOGIA DO Dinero io das pessoas. A propriedade é um nezo essen. ‘que no podem ser definidas Daf que as transagdes com propriedade materiais — dominem as relagées Imostres em minha andlise do Dieito de Transesces Danos que esses conceitor se estendem tere relscdes com "estranhos". As transferencias de pret briedade para estabelecer uma divida cdo necessdrias para tofany 9, acorde brigetério por dreto. Um ofeasa estabeléoe moran eigatada, pois ou sigoitien uma infragao & , ov tende a fundar uma responsabllidade aiget , Somio as transagaes entce estranhcs tendon © padrio de relagdes de, parentesco, um dana tm homem a um estranho pode ser’ screstioo dis erengas misticas, Todas as relapses assumeno iseastas no pos 7a histia encpeie ie cessara de ser dor us, embora de um rein expandirase pa tribos que venho examinend, a empregada em re no para venda, sse nfo era um melo de vids 190s que thes ‘4 de formas estabelecidas de uma classe de advoga- Stone acentuos a impor “a contemporaneidade do ni Ehrlich comenteu a persisténcia ta The Institution 0f Prove Province and Puretion of tai ‘Gnrisagio s Divina 55 Schuié sa hist6ria do contrato, * Mes novas idéias desenvolve- ‘como 0s. contrat comecezam a formar um sistema autOnomo nina soviedade mais Glferenciads, e clas préprias cada vez mais reuniam pessoas em 3 estitas ¢ efémeras, perderam uma parte de orias, rias encaravanas como decorrentes de formas dife~ renciadas de posse, contrate e ofensa, ¢ nflo como eausadas pela vida. ugestfo é a de que, so analisarmos o direito Ba- » ou talvez qualquer sistema legal tribal, vecificames que cada dostrina ¢ influenciada pelo fato de a sociedade ser prevo- ‘minantemente organizada em tomo de relagdes de status fixas, Permanentes e miltiplas, Esse aspecto apareceu como funda: fnentel na abordegem de Sir Henry Meine, mas copero que 0 Uratamento dado por mi aiguns detathes, Des ais, € como a posse da terra é estrcita: mente ligada as relagées de status. terre, entre os Berotse, esempenha um papel bastante diferente daquele relativo aos . A tera ¢ a utlidade de Sociedade, mas, , tode a estrutura social é estabilizads através do tem: os da mudanca de posigbes em relacio & terra. B por sso que 0s julzes Barotse defendem essa estrutura de. azrendamen posse e proprisdade da terra; mas eles distinguem entre 2s

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