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Douro 2.0
Douro 2.0
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Índice
Introdução ___________________________________________________________ 3
Metodologia __________________________________________________________ 4
Enoturismo___________________________________________________________ 5
O que é?__________________________________________________________________ 5
Evolução do enoturismo ____________________________________________________ 6
O Douro Através do Olhar do estrangeiro __________________________________ 9
O Aproveitamento da região na história _______________________________________ 9
O Aproveitamento estrangeiro atualmente ____________________________________ 10
Estudo de caso _______________________________________________________ 12
O perfil do enoturista __________________________________________________ 12
Procura e Oferta______________________________________________________ 14
Procura __________________________________________________________________ 14
Oferta ___________________________________________________________________ 15
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Introdução
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Metodologia
Para a realização deste trabalho foram usadas diversas fontes de informação que após
serem filtradas, acrescidas de opinião deram o trabalho final.
Procurou-se que as fontes fossem o mais atualizadas possível, de forma que este
trabalho possa plasmar com a maior atualidade possível o tema em tratamento.
Foram usados na pesquisa os seguintes materiais:
• Livros;
• Ensaios;
• Noticias;
• Apontamentos de outras cadeiras, nomeadamente de economia do turismo;
• Trabalhos realizados noutras cadeiras;
• Estudos do Instituto Nacional de estatística;
• Site do Turismo de Portugal e ensaios por eles produzidos;
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•
Enoturismo
O que é?
• Como se faz, é a primeira pergunta que se coloca, e aí que podemos dividir isto em
dois, o conceito e parte-se do princípio que para fazer este tipo de turismo há um grande
interesse não só no vinho como em todo o processo da criação deste bem, e por isso
procuramos sítios de excelência que nos vendam o enoturismo como uma atividade de
lazer enriquecedora. A operacionalização, é a segunda parte, como vamos levar as
pessoas a fazer este tipo de turismo, o que vamos vender que vai captar a atenção do
potencial enoturista, que vinhos vamos dar a provar, que caves podemos visitar, que
conceitos enológicos vamos dar a experienciar, que quintas vamos visitar, assim este
assume-se como a questão mais abrangente desta
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• Quais são os produtos que integram esta oferta, neste ponto devemos refletir sobre
todos os potenciais produtos que podemos inserir num programa enoturistico, que pode
e deve incluir coisas desde a poda da vinha , à colheita, pisa da uva, visitas guiadas a
quintas, adegas e destilarias ( no caso das águas-ardentes vínicas).
• Onde se faz, logicamente numa região onde a atividade principal seja a produção de
vinho ou onde haja estruturas associadas (como no caso do cais de gaia) em que se
possa experienciar vinho e semelhantes.
• De que Maneiras pode ser experienciado, o enoturismo pode ser experienciado de
muitas maneiras, a prova de vinhos é uma delas e a mais popular, contudo e devido ao
crescente interesse, as quintas no douro passaram a incluir a vindima como um
acrescento ao enoturismo e assim fazer com que o enoturista saia mais enriquecido da
experiência. De uma maneira sintética o turista paga para fazer aquilo que o produtor
teria de contratar para fazer, ainda que numa escala muito maior .
Enoturismo, é assim tipo de turismo que se dedica a dar ao turista a oportunidade de Apreciar e
experienciar vinhos, assim como tudo o que está a montante e a jusante deste bem. Assim o
enoturismo põe ao dispor do turista todas as fases processuais do vinho, começando na vindima
até ao engarrafamento deste bem luxuoso, dando assim o prazer ao turista de apreciar os aromas
do vinho, sabores e até mesmo texturas, estes últimos através dos chamados vinhos
corposos/licorosos. (Cancela, 2019)
Evolução do enoturismo
Após isto devemos referir que o enoturismo no mundo vem adquirindo uma grande procura,
onde se evidência que o gosto do turista é fator de diferenciação e que logicamente tem peso na
decisão do turista.
Espanha, França, Itália, Turquia e Portugal assumem-se como os países europeus com mais área
de vinha plantada.
Figura 2- Percentagem de vinha plantada nos países europeus e em comparação com o mundo
(Bi, 2022)
(Bi, 2022)
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Estes dados estatísticos são importantes peças e que merecem uma analise com algum cuidado,
pois têm interferência naquilo que é a evolução do enoturismo quer em Portugal, quer na europa
quer no mundo.
Aqui vê-se presente a evolução das industrias em que passamos do pequeno empresário para os
grandes Stakeholders do vinho, que veem nesta industria uma grande oportunidade de não só
atraírem turistas como também de pessoas para as atividades de animação turística , logística e
produção de eventos.
Com este surgimento e consequente evolução das duas indutrias (Vinhateira e turística) Portugal
assume em 2022 a 2ª posição enoturismo mundial ,como demonstra o gráfico abaixo:
(Bi, 2022)
Somos assim obrigados a concordar que o surgimento destes stakeholders na industria vínica
portuguesa fez com que Portugal começasse a ser aposta dos turistas para experienciar o
enoturismo, e a região do Douro em muito ajudou nisso quer a montante do enoturismo que é o
desenvolvimento da indutria vínica quer a jusante na criação de diversos produtos turísticos
desde a prova dos vinhos ao passeio de barco rabelo ( barco usado no transporte de pipas de
vinho desde o alto douro até a foz onde era vendido a grandes mercantes no inicio do boom da
atividade vinhareira no Douro no no sec.XVIII).
Com estes dados conseguimos também concluir que, ao nível do património, obtemos proveitos
quase transcendentais.
Podemos afirmar isto fazendo um raciocínio lógico, pensemos quais são os sítios onde
produzimos o vinho, as quintas, muitas senão a maioria delas são centenárias, carregam história
e com elas o peso de uma marca , e assim as marcas aproveitam não só para a principal
atividade que é a produção de vinho mas também para o turismo como demonstra a passagem
de uma noticia que abaixo deixo:
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Figura 5- Quinta do Vallado, um exemplo do bom impacto do enoturismo no Douro
(Mag, 2021)
Porém agora coloca-se uma questão quase estrutural, já vimos que somos visitados, temos
visibilidade internacional e tudo mais, mas quanto vale isso tudo, quanto vale o enoturismo em
portugal?
Quais são os impactos do mesmo na economia local e nacional?
O turismo enquanto atividade económica vale em Portugal cerca de 8 % do PIB ( no ano de
2021) (INE, 2021)
Estima-se que só o enoturismo valha cerca de 1% destes 8% (INE, 2021)
A nível mundial, a ultima perspetiva que existe de valor do enoturismo é de 2020 e prevê-se que
tenha gerado cerca de 9 mil milhões de euros , sendo que até 2030 prevê-se um aumento de até
quase 30 mil milhões de euros.
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Figura 6- Resultados e perspetivas mundiais para o enoturismo
(Bi, 2022)
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De seguida temos lagares, as primeiras adegas e anforas, estas são descobertas nos topos
das montanhas, onde os primórdios realizavam todo o processo de produção vinica,
estes datam do seculo I d.c. com a invasão romanica e com as novas maneiras de
produção agricola, os romanos introduzem as anforas para armazenamento e proteção
do vinho, bem como dos lagares que dava uma maior produção e higiene na produção
vinicola.
Do seculo XI ao XIII temos o primeiro boom no vinho e na região, isto consegue-se
através da atribuição de cartas de foral a grandes senhores que tinham uma grande
produção de vinho e assim contrinuiam para a economia do reino, são introduzidos os
primeiros barcos rabelos, para o transporte rio abaixo para o escoamento aos grandes
mercantes na foz do rio.
No seculo XVII a produção de vinho já era a principal atividade e fonte de receita do
reino e é também quando encontramos a primeira refrência ao vinho do porto.
Em 1703, Portugal assina um tratado com os seus mais velhos aliados (Inglaterra), o chamado
tratado de Methuen, tratado esse que ainda nos dias de hoje tem uma enorme influência, ainda
que de informa indireta.
Este tratado abriu as portas á proliferação desenfreada de ingleses no alto douro e que
contruíssem todas ou maioria das quintas produtoras de vinho no douro, contudo condenou a
indústria dos lanifícios, uma vez que uma das condições para que a exportação do vinho para
Inglaterra acontecesse era Portugal deixar portas abertas à entrada de lã no mercado português,
fazendo com que a indústria dos lanifícios em Portugal perde-se muita força.
Contudo, assim foi crescendo a indústria vinhateira, ao ponto de Portugal instaurar uma medida
vanguardista à altura, instauração de uma área demarcada e legislada, o alto douro vinhateiro,
no longínquo ano de 1756 por Sebastião José de Carvalho e Mello, mais conhecido por Marquês
de Pombal.
Com a assinatura do tratado de methuen em 1703 entre Portugal e Inglaterra muitos foram os
bretões que se instalaram em Portugal, tendo desenvolvido grandes marcas e marcos quer na
história do alto douro vinhateiro quer na história do próprio vinho, estes aprenderam a fazer,
melhoraram a qualidade e conseguiram começar a produzir também em quantidade.
Marcas como a Graham´s, Offley, Sandeman, Nieport são exemplos dessa mesma proliferação
inglesa no mercado do vinho do porto e do vinho em geral, uma vez que a Nieport desenvolveu
mais vinhos de elevado renome como o Diálogos, Batuta entre outros.
Esta proliferação inglesa foi frutífera também para a internacionalização do próprio vinho do
porto, uma vez que desde a sua entrada em Portugal até aos dias de hoje vemos a
internacionalização do bem, não como vinho inglês, mas sim como vinho do porto, trazendo o
prestígio e prémios à região duriense, tirando assim proveitos direitos desta internacionalização.
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Figura 8- Sandeman, marca de vinho do porto com mais prémios do mundo
(Adegga, 2021)
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Estudo de caso
Nesta segunda parte do trabalho focar-me-ei na aplicação prática do estado da arte, dividindo o
estudo de caso em 3 subgrupos:
O perfil do enoturista
O perfil do enoturista é uma temática com diversificadas conceptualizações, sendo diferente nos
diversos países produtores, uma vez que existem fatores culturais, sociais que influenciam o seu
perfil, para além disso as motivações do enoturista são muito diferentes, uma vez que cada um
tem os seus focos de interesse que diferenciam o enoturista.
No decorrer dos tempos o estudo deste perfil tem sido orientado para a perspetiva da visita às
caves e adegas (Xerardo pereiro, 2021) , o que faz com que o perfil do enoturista fique resumido
a apenas uma parte muito redutora daquilo que é o enoturismo.
Assim a alguns investigadores ( O’Neill & Charters em 2000 e Williams & Dossa em 2003)
concluem exatamente o plasmado no paragrafo anterior e concluem que a falta de recolha de
dados faz com que não se venda os produtos mais adequados aos enoturistas, fazendo com que
muitas vezes o turista não fique com a sua procura satisfeita, estes últimos sustentam assim que
há uma necessidade de estudarmos mais estes turistas principalmente no que toca aos seus
gostos, podendo assim dividi-los em subgrupos e podendo adequar os produtos as vontades.
Assim cria-se um problema na conceptualização de o que é um enoturista.
O perfil mais adequado e adequado as estatísticas portuguesas presentes nas estatísticas do
turismo de 2021 é, na minha opinião a junção de factos, vejamos:
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motivações do enoturista quando viaja para um destino enoturistico, e no qual o douro
enquadra-se, os visitantes querem aprender, descobrir e ter experiências únicas.
Procuram alguma forma de interatividade, querem conhecer os modos de vida do habitantes
locais, visitar os bastidores das adegas e principalmente ter acesso a lugares que os turistas não
procuram habitualmente. (Bi, 2022)
Figura 9- principais motivações da viagem do enoturista, medido em pax numa amostra total de 620 pax
(Bi, 2022)
Adegas, passagem e património assumem-se como as principais motivações, e que podia
perfeitamente ser um inquérito feito a saída de um avião ou em hotéis no douro que as respostas
seriam quase as mesmas, basta abordarmos aquilo que são os principais produtos turísticos do
Douro ( Caves e provas de vinhos, cruzeiros no douro e por fim a visita a quintas no Douro).
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Procura e Oferta
Procura
Portugal no decorrer dos tempos tem vindo a fixar clientes, ou seja, países que se tornaram por
excelência emissores de turistas para Portugal.
Segundo Turismo de Portugal os mesmos são os países europeus que também são destinos de
enoturismo por excelência como Reino unido,França , Espanha e Alemanha.
Somos também procurados, e com quotas bastante interessantes e com tendência para crescer,
por Brasil e Eua.
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As atividades mais procuradas são também aquelas em que temos mais oferta, sendo elas as
provas de vinhos, visitas guiadas a adegas e caves, visitas guiadas a vinhas, refeições temáticas
bem como a própria vindima.
Em suma, maior parte dos enoturistas que nos procuram são europeus ou provêm do continente
americano, são na sua maioria clientes individuais ou vêm em excursões e tem como principais
atividades procuradas, as atividades básicas, sendo elas as provas de vinhos, visitas a caves e a
vinhas , refeições temáticas e vindimar.
Oferta
No que concerne à oferta, Portugal tem uma enorme panóplia de oferta neste setor.
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Bibliografia
Adegga. (2021). Sandeman é marca de vinho do porto com mais prémios no mundo.
Bi, T. (2022). Enoturismo- Dimensão Nacional e Europeia. Obtido de
https://travelbi.turismodeportugal.pt/turismo-em-portugal/enoturismo-dimensao-
nacional-e-europeia-2022/
Cancela, H. (2019). Enoturismo: a Perola de portugal.
INE. (2021). Estatisticas do Turismo 2021. Obtido de
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOE
Spub_boui=22122921&PUBLICACOESmodo=2
Macionis, H. &. (1998).
Mag, V. (2021). 9 das melhores quintas para visitar no Douro.
Portugal, T. d. (s.d.). O Enoturismo em Portugal.
Xerardo pereiro, o. s. (2021). Douro Turistico - Representações, Recursos e politicas. Edições
Ismai.
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