You are on page 1of 56
i 3 8 BANCO NACIONAL DE ANGOLA Gabinete do Governador AVISO N.° 10/2021 de 18 de Junho ASSUNTO: SISTEMA FINANCEIRO - Codigo do Governo Societario das Instituicdes Financeiras Considerando evolugio do Sistema Financeiro Angolano (SFA), € observando as. boas praticas internacionalmente aceites, a luz da Lei n.° 14/21, de 19 de Maio - Lei do Regime Geral das Instituigées Financeiras, que visa garantir que o quadro normativo responda aos desafios actuais que subsistem em matéria de estabilidade financeira, em particular no que respeita ao reforgo do enquadramento legal da regulago e supervisdéo das Instituiges intervenientes no sector financeiro, procedendo-se a introdugao de alteracdes significativas no actual regime juridico, designadamente em matéria de governo societario das instituigées, sistema de controlos internos, auditoria interna, bem como aos processos de superviséo do Banco Nacional de Angola, para a solidez e estabilidade do sistema financeiro; Havendo necessidade de se dotar as Instituigdes Financeiras de mecanismos e procedimentos de bom governo societério, em termos proporcionais ao plano de negécios e aos riscos a sua organizasio interna e ao 4mbito e complexidade das actividades exercidas. Convindo regulamentar o artigo 71.° da Lei n.© 14/21, de 19 de Maio - Lei do Regime Geral das Instituigdes Financeiras, a qual institucionaliza 0 Cédigo do Governo das Instituigdes Financeiras Bancérias. Nos termos das disposigdes combinadas da alinea f) do n.° 1 do artigo 21.° e alinea d) do n.° 1 do artigo 51.9, ambas da Lei n.° 16/10, de 15 de Julho - Lei do Banco Nacional de Angola, € do artigo 166.° da Lei n.9 14/21, de 19 de Maio - Lei do Regime Geral das Instituig6es Financeiras. Avenida 4 de Fevereiro, n® 181 - Luanda, Angola - Caixa Postal 1243 “Tok: (+24) 22 679200 Fan: (+244) 222 678217 BANCO NACIONAL DE ANGOLA DETERMINO: Capitulo I Disposices Gerais Artigo 1.° (Objecto) © presente Aviso regulamenta 0 governo societério e controlo interno e fixa os padrdes minimos a ser observados pelas InstituigBes Financeiras Bancarias, adiante designadas por “Instituigbes", sem prejuizo de outras disposigées legais e regulamentares aplicdvels. Artigo 2.° (Ambito) 1. O presente Aviso é aplicdvel as Institui es Financeiras Bancérias sob superviséo do Banco Nacional de Angola, previstas no nimero 2 do artigo 7.° da Lei do Regime Geral das Instituigdes Financeiras. 2. Ficam, igualmente, abrangidas pelo disposto no presente Aviso, Instituicbes Financeiras Nao Bancarias sob supervisdo do Banco Nacional de Angola, previstas no nimero 3 do artigo 7.9 da Lei n.° 14/21, de 19 de Maio, Lei do Regime Geral das Instituices Financeiras, nomeadamente: a) Sociedades gestoras de participacées sociais; e, b) Sociedades operadoras de sistemas de pagamentos, nos termos do artigo 10.° da Lei n.° 40/20, de 16 de Dezembro, Lei do Sistema de Pagamentos de Angola, e da alinea k) do artigo 3.° da Lei n.° 14/21, de 19 de Maio, Lei do Regime Geral das Instituigées Financeiras. Artigo 2.° (Definigées) Sem prejuizo das definicdes estabelecidas na Lei n.° 14/21, de 19 de Maio, Lei do Regime Geral das Instituicées Financeiras, para efeitos do presente Aviso, entende- se por: ‘CONTINUACAO DO AVISO NW. 10/2021 ‘igina 2 de 56 t, BANCO NACIONAL DE ANGOLA a) Adi responsabilidades na gestao corrente, sem prejuizo das atribuigées globais inerentes ao seu cargo. b) Admit exerce as suas fungées com independéncia nos termos da alinea s) do presente artigo. trador Executive: membro do drgéo de administrago com strador Independente: membro do drgdo de administracao que ©) Administrador Nao-Executivo: membro do drgdo de administracdo, que deve participar no processo de tomada de decisées estratégicas, aconselhar, fiscalizar e avaliar a actividade dos administradores executivos, sem prejuizo das atribuigées globais inerentes ao seu cargo. d) Apetite ao Risco: o nivel agregado e os tipos de risco que uma instituigo esta disposta a assumir, definida antecipadamente e dentro da capacidade de risco de cada instituigéo de forma a alcangar os seus objectivos estratégicos e o seu plano de negécios. e) Beneficidrio Efectivo: entidade com o verdadeiro interesse econémico na detencio de um activo, possuindo o seu controlo final ou na realizagao de uma transaccao. f) Comité desempenho do auditor externo da instituicao financeira. de Auditoria: unidade responsdvel pela fiscalizagdo do g) Conflito de Interesses: situac3o em que os accionistas, os membros dos 6rgos sociais ou os colaboradores tém interesses préprios numa relago da instituigdo com terceiros, da qual esperam obter beneficios. h) Deficiéncia de Controlo: erro na concepsao ou utilizacéo das politicas ou dos processos do sistema de controlo interno com impacto negativo nos seus objectivos e principios. i) Empresa-Mae: pessoa colectiva que exerce relagio de dominio ou de grupo relativamente a outra pessoa colectiva, designada por filial, quando se trate de Instituiges Financeiras sob supervisio do Banco Nacional de Angola. j) Factor de Risco: aspecto ou caracteristica, designadamente dos produtos € mercados financeiros, dos intervenientes na relagdo de negécio e dos processos em vigor nas instituicdes, com influ€ncia no risco. TOnINAODOASON 2a. Pina 3c BANCO NACIONAL DE ANGOLA k) Fungao: conjunto integrado de processos realizados de forma recorrente para se alcangar determinados objectivos da instituicao e que, de forma auténoma, corresponde a uma unidade de estrutura. |) Fungées de Controlo: cada uma das componentes do sistema de controlo interno, cuja responsabilidade consiste em monitorar a conformidade da sua actuago com a legislagdo e procedimentos internos, gerir e monitorizar 0 risco a que a instituicao estd ou venha a estar exposta, realizando avaliacées € anilises objectivas, de forma independente e fiavel, bem como o reporte dos seus exames aos érgios de gestio. m) FungGes de Negécio: compreendem as fungées directamente ligadas a actividade principal ou negécio central da instituicao. n) Fungées de Suporte: compreendem as fungées de suporte a actividade da instituigo, isto é, funcdes, cujo dia-a-dia nao se encontram directamente relacionadas ao negécio da instituico, contudo, auxiliam e complementam o negécio da instituigéo. 0) Gestdo Corrente: conjunto de decisées, tomadas numa base diaria e de forma recorrente, sobre matérias respeitantes a administragao da instituicao, com exclusao das relativas a definicdo da estratégia de negécio, a estrutura organica e funcional, a divulgacao da informacao legal ou estatutariamente prevista e as operacées relevantes em fungdo do seu montante, risco associado ou caracteristicas especiais. p) Gestéo Intermédia: compreende as fungées de gestio, em termos hierarquicos, imediatamente inferiores 4 administracio e direcgdo da instituigo, isto é, regra geral, compreende as fungées que englobam os primeiros responsdveis pelas unidades de estrutura de uma instituicao. Estas funcdes so comummente denominadas como “directores de primeira linha” € so 0s responsaveis pela efectivagio dos objectivos dentro das suas areas de responsabilidade. q) Governanga Corporativa: conjunto de relagées, politicas e processos, envolvendo 0s accionistas, os érgios sociais e os colaboradores da instituico financeira em articulaco com os organismos de supervisio, os auditores externos e os restantes agentes dos mercados financeiros, tendo em vista 0 (CONTINUACAD DO AVISO N.® 10/2021 Pagina #06 56 BANCO NACIONAL DE ANGOLA alcance de objectivos estratégicos, bem como promover a transparéncia organizacional e efectuar 0 controlo e fiscalizac3o das _instituicdes, especificando, para o efeito, as fungdes acometidas as diversas unidades organicas e as competéncias, responsabilidades e nivel de autoridade dos diversos intervenientes nas instituigdes. Grupo Financeiro: conjunto de sociedades residentes e nao residentes, Possuindo a natureza de Instituicées Financeiras, com excepgio das Instituigdes Financeiras ligadas a actividade sequradora e previdéncia social, em que existe uma relagio de dominio por parte de uma empresa-mae supervisionada pelo Banco Nacional de Angola face as outras sociedades integrantes. Independéncia: capacidade para efectuar juizos valorativos e tomar decisdes correctas, objectivas e independentes sobre as politicas e processos da instituicao financeira sem a influéncia da gestao didria e de interesses exteriores contrarios aos objectivos da instituigo financeira. Considera-se que um membro do érgio de administragéo néo cumpre os requisitos de independéncia se se verificar alguma das seguintes situacdes: i. Tem ou teve, nos tiltimos doze meses, um cargo de administrador executivo na instituigao; ii. Presta ou prestou, nos iiltimos doze meses, servicos a instituicio; ili, Detém ou representa um detentor de participacao qualificada no capital da instituicdo, ou participacao, superior a 2%, que permita, no entendimento do Banco Nacional de Angola, exercer infiuéncia significativa na instituicio; iv. Recebe uma remuneragdo de componente varidvel concedida pela instituicao; v. _ Desempenha fungées nos drgios sociais de outra sociedade, sem que tenha existido processo formal de averiguacao de possiveis conflitos de interesses; vi. Tem uma relagéo de cénjuge, descendente ou ascendente, de primeiro e segundo graus, com pessoa abrangida por, pelo menos, FTINUAGRO DO AVISO N° 10/2021 Paona 5 de 56 BANCO NACIONAL DE ANGOLA uma das situagdes previstas nos incisos de i a v da presente alinea; e vi. Se encontra abrangido por, pelo menos, uma das situacdes referidas nos incisos i, iv e vi, numa sociedade que se encontre em relago de dominio ou de grupo com aquela em que é membro do 6rg30 de administracio. t) Instituigées Financeiras Bancarias de Importancia Sistémica: Instituigdes Financeiras Bancérias, qualificadas como tal pelo Banco Nacional de Angola, mediante regulamentagao a publicar numa base periddica; u) Orgdo de Administracao: pessoa ou conjunto de pessoas, eleitas pelos accionistas, incumbidos de representar a sociedade, deliberar sobre todos os assuntos e praticar todos os actos para realizagao do seu objecto social. v) Pelouro: atribuico a um membro do érgaio de administracdo de fungées especificas ou da superintendéncia de unidades de estrutura, sem prejuizo das responsabilidades acometidas ao drgao de administragao. w) Perfil de Risco: representacéo da exposicéo real ao risco de uma instituigdéo. O perfil de risco esta intrinsecamente ligado a estratégia de negécio, e depende do tipo de actividades realizadas pela instituicao, bem como ao risco inerente as mesmas. x) Politica de Compliance: documento com directrizes, cujo objective & garantir a conformidade com os principios éticos e os requisitos legals e regulamentares, nacionais e internacionais, que regem, directa ou indirectamente, toda a actividade da instituicao. y) Politica de Remuneracao: conjunto de politicas e processos destinados a estabelecer 0s critérios, a periodicidade, os responsaveis pela avaliacao do desempenho e a forma, estrutura e condicdes de pagamento das remuneracées; z) Remunerago: conjunto de beneficios econdmices atribuidos aos membros dos érgaos sociais e aos colaboradores de uma instituicdo, como contrapartida dos servicos prestados, podendo ter caracter periddico ou nao, fixo ou variével, monetario ou nao, incluindo, designadamente, os salarios, ‘os prémios de desempenho e as responsabilidades por pensdes de reforma; a "CONTINUAGHO DO AVISO N° 10/2027 Pagina 6 02-55 BANCO NACIONAL DE ANGOLA aa)Risco: possibilidade de ocorrer um acontecimento futuro com impacto negativo na situacdo liquida das _instituigdes, _considerando-se, designadamente, as seguintes categorias: Risco de crédito: 0 proveniente do incumprimento dos compromissos financeiros contratualmente estabelecidos, por parte de um mutudrio ou de uma contraparte nas operacées; ji, isco de estratégia: 0 proveniente de alteragdes adversas no ambiente de negécios, da incapacidade de resposta a estas alteracées e de decisées de gestdo estratégica inadequadas; ili. isco de liquidez: o proveniente da incapacidade de a instituigdo cumprir as suas responsabilidades quando estas se tornarem exigiveis; iv. Risco de mercado: proveniente de movimentos adversos nos precos de obrigagées, acces ou mercadorias, incluindo o risco de taxa de cambio e de taxa de juro: a. Risco de taxa de cambio: 0 proveniente de movimentos nas taxas de c4mbio, resultando das posigées cambiais, originadas pela existéncia de instrumentos financeiros denominados em diferentes moedas; b. Risco de taxa de juro: o proveniente de movimentos nas taxas de juro, resultando de desfasamentos no montante, nas maturidades ou nos prazos de refixacao das taxas de juro observados nos instrumentos financeiros com juros a receber e a pagar. v. isco operacional: 0 proveniente da inadequacao dos processos internos, pessoas ou sistemas, possibilidade de ocorréncia de fraudes, internas e externas, bem como dos eventos externos. Inclui o risco de sistemas de informagio e de compliance. vi. Risco de compliance: proveniente de violacées ou incumprimento de leis, regras, regulagées, contratos, préticas prescritas ou standards ou padrées éticos; ‘CONTINUACAO DO AVISON© 10/2021 ragna 7 de 56 BANCO NACIONAL DE ANGOLA vii. isco de sistemas de informaca © proveniente da inadequacio das tecnologias de informacéo em termos de processamento, integridade, controlo, disponibilidade e continuidade, proveniente de estratégias ou utilizagées inadequadas; e vii. isco de reputac&o: percepcao adversa da imagem das Instituicdes por parte de clientes, contrapartes, accionistas, investidores, supervisores e opiniao publica em geral. bb) Segregacdo de Funcées: conjunto de regras e directrizes de controlo interno que visam descentralizar a gestio, estabelecendo independéncia entre as fungées de controlo, negécio e suporte. cc)Silos Organizacionais: barreiras organizacionais que dificultam e/ou impossibilitam a comunicag3o e/ou a cooperacéo atempada, objectiva, concisa, efectiva e completa entre as varias unidades de estrutura e/ou entre fungdes. Neste sentido, a auséncia de “silos” organizacionais promove, directa e indirectamente, uma estrutura organizacional funcional e, consequentemente, a atempada tomada de decisdes. dd)Sistema de Controlo Interno: conjunto integrado de politicas e processos, com caracter permanente e transversal a toda instituigdo, realizados pelo 6rgao de administrac&o e demais colaboradores, no sentido de se alcancarem 0 objectivos de eficiéncia na execucao das operacées, controlo dos riscos, fiabilidade da informacao contabilistica e de suporte a gestao e cumprimento dos normativos legais e das directrizes internas. ee)Tolerancia ao Risco: “quantidade” maxima de risco que uma instituicéo é capaz de assumir, dada a sua base de capital, gestio do risco e capacidades de controlo, bem como as suas restricées regulatérias, ff) Transacgdes com Partes Relacionadas: trata-se de uma transferéncia de recursos, servigos ou obrigages entre a Instituiggo e uma entidade relacionada, independentemente de haver ou nao um débito de prego; gg)Unidades de Negécio: departamentos ou areas da instituigdo que representam e desempenham uma fungo especffica. a CONTINUAGAD DO AVISO N° 1072021 Pigna 8 36 56 BANCO NACIONAL DE Capitulo 11 Governanga Corporativa Artigo 4.0 (Principios) © “Cédigo de Governo das Instituigées”, tem subjacente os seguintes principios: a) Estimulo a cultura da transparéncia no ambito interno das Instituigées Financeiras Bancérias; b) Contribuigao para o reforco da integridade institucional, visando promover maior confianga, qualidade e seguranga dos produtos e servicos comercializados no sistema financeiro; ¢) Favorecimento de politicas convergentes no contexto da organizagao; d) Promogao do acesso a informagao de forma tempestiva, clara e transparente; €) Promogéo da comunicagao entre 0 drgdo da administracao, fiscalizac3o e comités instituidos; f) Actuagéo de forma independente e auténoma, com livre acesso as informagdes necessarias para o exercicio de funsées ou atribuigées; 4) Monitorizagao continua do ambiente regulatério e divulgacao dos normativos aplicdveis para actuacao das areas responsaveis; e, h) Avaliagao do cumprimento da regulamentacao e implementacao de manuais de processos e procedimentos, bem como de outras politicas institucionais que digam respeito as actividades das Instituigées que mitiguem os riscos associados. Artigo 5.° (Cultura e Estrutura Organizacional) 1. A cultura organizacional da instituigdo deve constituir preocupagio constante do 6rgdo de administracéo e fiscalizaco, a qual assenta em bases sélidas, e elevados padrdes de controlo interno relativos a autorizagio, execucao, registo, contabilizacio e controlo das operagées, designadamente, através da: a) Observancia de elevados principios éticos e de integridade, consubstanciados em cédigos de conduta e em politicas que identifiquem € mitiguem os conflitos de interesses; ee EE "COVTINDAGAO DO AVION 10/2021 Paina 906 55 BANCO NACIONAL DE AN‘ b) Definigao e implementagdo de processos em linha com os principios e as praticas de controlo interno, os quais determinam que exista um conhecimento dos riscos relevantes e da forma como podem ser geridos; e, ©) Adequada segregacdo entre as fungées de autorizagao, de execucio, de registo, de contabilizaco e de controlo, adaptada e considerando a dimensao, natureza e complexidade da actividade. 2. A cultura organizacional deve ser do conhecimento de todos os colaboradores e os mesmos devem contribuir para um eficiente sistema de controlo interno, devendo, assim, compreender 0 seu papel no sistema implementado. 3. A estrutura organizacional, considerada na sua vertente organica e funcional, deve: a) Estar adequadamente definida, servindo, assim, de suporte a actividade e a implementacao de um sistema de controlo interno adequado e eficaz; b) Ser compativel com a estratégia, adaptada ao volume, natureza e complexidade da actividade desenvolvida e prever recursos humanos suficientes em termos de numero, conhecimento e experiéncia para as tarefas que Ihes esto acometidas; e, ©) Ser transparente, coerente, objectiva e perceptivel na definicfo das unidades de estrutura e respectivas atribuicdes e competéncias, responsabilidades e autoridade, respeitando a segregacao de funcées estabelecendo linhas precisas de prestacdo de informagio. 4, No caso de uma instituico com reduzida amplitude de actividade e de riscos associados e em que, devido a limitagao de recursos humanos disponiveis, seja inexequivel a total segregacio de fungées potencialmente conflituantes, devem ser implementados procedimentos alternativos de controlo, de modo a evitar ou a reduzir ao minimo, o risco da ocorréncia de conflitos de interesses. 5. A estrutura organizacional, incluindo as competéncias e responsabilidades de cada unidade de estrutura e/ou funcao, as linhas de reporte e de autoridade e © grau e ambito de cooperacio entre os diversos departamentos ou fungées, deve ser documentada, analisada e revista periodicamente, com vista a garantir a sua permanente adequacdo. ————— ‘GONTINUAGHO DO AVISO N.® 10/2021 ‘Pagina 10.06 56 BANCO NACIONAL DE ANGOLA Artigo 6°. (Governanca Corporativa) 1. Omodelo de governanca corporativa deve ser compativel a dimensdo, natureza, complexidade, estrutura, perfil de risco e a0 modelo de negécio da instituicao. 2. 0 6rgao de administragao & responsavel pela definicéo de politicas, devendo aprovar e supervisionar a implementagao dos objectivos estratégicos da instituigéo por parte da gestéo, estrutura de governanca e cultura organizacional. 3. 0 6rgao de administracao e fiscalizagao ou érgaos com competéncias delegadas previstos nos artigos 11.° a 16.°, ambos do presente Aviso, devem: a) Reunir nas periodicidades formalmente definidas, sem prejuizo de reunides extraordinarias determinadas por acontecimentos relevantes; b) Formalizar adequadamente as ordens de trabalho, agendas e demais documentos de suporte as reuniées referidas na alinea a) do presente niimero, bem como partilhar atempadamente os mesmos; ©) Reflectir, de forma sucinta e objectiva, as deliberagées em actas, por forma a garantir a fundamentacéo das decisdes tomadas, bem como reflectir 0 sentido das declaragées de voto, se requerido; d) Garantir que todas as decisdes so devidamente fundamentadas; e, e) Dar conhecimento das actas e dos restantes documentos referidos na alinea b) do presente ntimero, a todos os membros e recolher a assinatura das actas de todos os participantes nas reunides. 4. As Instituigdes podem contratar servicos de consultores independentes para auxiliar as entidades ou os orgaéos com competéncias delegadas, mantendo a responsabilidade pelas fungdes que Ihes esto acometidas, as quais devem ser considerados os seus niveis de integridade, a sua competéncia e os potenciais conflitos de interesses. 5. Na subcontratagdo de funges as Instituiches devem assegurar 0 exacto cumprimento dos objectivos e principios de governanga corporativos enunciados no presente Aviso, designadamente, no que respeita as responsabilidades do érgao de administracao. "CONTINUAGAO DO AVISO N° 10/2021 BANCO NACIONAL DE ANGOLA 6. 0 érgio de administragao deve promover a formalizacao, divulgagao e revisao periddica do modelo de governanca corporativa em vigor na instituicéo. 7. Os principios estabelecidos nos némeros anteriores do presente artigo, devem ser consistentemente aplicados no grupo financeiro, competindo @ empresa- me implementar um sélido modelo de governanga corporativa, garantindo: a) Aos seus érgéos sociais uma viséo completa, verdadeira e actual das sociedades pertencentes ao grupo financeiro e das respectivas estruturas de capital, organica e funcional; e, b) Uma correcta politica de divulgagao de informagio, nos termos dos artigos 22.° e 23.° do presente Aviso. Artigo 7°, (Modelo de Governanca Corporativa) 1. As Instituigdes devem definir, implementar e, periodicamente, rever 0 seu modelo de governanca corporativa, pelo menos uma vez por ano, contemplando a estrutura de capital, a estratégia de negécio, as politicas e processos de gestio do risco, as unidades e estruturas orgnicas e as politicas aplicadas, designadamente: a) A politica de remuneracéo; b) A politica de controlo interno; ©) Apolitica de compliance; d) A politica de transaccdes com partes relacionadas e de prevengao de conflitos de interesses; e) A politica de transparéncia e divulgagao de informacio; f) O cédigo de conduta; e, 4g) O canal de deniincias. 2. O érgio de administragéo é¢ 0 responsavel maximo perante os accionistas, reguladores e outras partes interessadas. 3. O 6rgao de administracdo deve desenvolver uma estrutura de governanca corporativa e de risco que facilite a supervisao e contribua para a definicao da estratégia da instituicao, a cultura de risco e a apetite ao risco. ‘GONTINUAGAO DO AVISO N° 10/2021 BANCO NACIONAL DE ANGOLA 4. A estrutura de governanga corporativa deve facilitar e viabilizar avaliagdes independentes da qualidade, preciso e eficdcia das atribuigdes de gest do risco da instituigo, relatérios financeiros e conformidade com a regulacéo. 5. A alteragdo do modelo de governanca corporativa deve ser comunicada previamente ao Banco Nacional de Angola, sendo necessaria uma justificacao, do ponto de vista prudencial, da razao pela qual a instituigao considera que o novo modelo de governanca corporativa contribuira para uma gestdo mais sé e mais prudente, considerando a situagao da mesma. Artigo 8°. (Estrutura de Capital) 1. As Instituigbes devem assegurar a transparéncia da sua estrutura de capital, mediante a dentificagio dos detentores de participagées qualificadas, considerando toda a cadeia de entidades a quem a participago é imputada nos termos do niimero seguinte. 2. No célculo das participagdes qualificadas devem ser considerados, para além dos respeitantes a participacées directas, os direitos de voto: a) Pertencentes a sociedades que se encontrem em relacdo de dominio ou de grupo com o participante; b) Pertencentes a terceiros, mas por conta do participante; ©) Pertencentes a terceiros com os quais o participante tenha celebrado acordo para 0 exercicio dos direitos associados, exceptuando os casos em que, pelo mesmo acordo, o participante estiver vinculado a seguir instrugdes do terceiro; d) Pertencentes aos membros dos érgaos sociais do participante, nos casos em que este é uma sociedade; €) Que possam ser adquiridos pelo participante através de um acordo previamente celebrado com os respectivos titulares; f) Referentes a acces entregues em garantia ao participante, nos casos em que os direitos de voto Ihe foram atribuidos; g) Para os quais os titulares tenham conferido poderes discricionarios de exercicio ao participante; —— GONTINUACAD DO AVISO N.° 10/2021 igina 13 06 56 di: ‘CONTINUAGHO 00 AVISON® 10/2021 BANCO NACIONAL DE ANGOLA h) Pertencentes a pessoas que tenham celebrado algum acordo com o participante de exercicio concertado de influéncia sobre a sociedade participada; e, i) Imputaveis as pessoas referidas nas alineas a) a h) do presente nimero, por aplicacao articulada e conjunta dos critérios nelas descritos. © Banco Nacional de Angola pode requerer informagao adicional as instituicdes, no caso de considerar que nao existe transparéncia na titularidade das participacdes, designadamente por nao estar identificado o seu beneficiério ultimo, Artigo 9°, (Estratégia e Gestao do Risco) © modelo de governanga corporativa em vigor nas Instituigées deve permitir a correcta definicao, implementacio, monitorizacdo e revisao do seu sistema de controlo interno, designadamente da estratégia do negécio, das politicas e dos processos de gesto do risco. AAs fungGes de gestdo relevante devem assegurar que, o érgio de administragio tenha conhecimento, frequente e tempestivo de questées materiais relacionadas com alteracées na estratégia de negécio, gestdo e apetite ao risco. Artigo 10°. (Modelo de Organizacao) As Instituigées devem adoptar um modelo de governanga corporativa que melhor se adeque aos processos organizativos, de gestio corrente e de risco da sociedade. As Instituigdes devem adoptar uma comissao executiva, nos termos da Lei n.9 14/21, de 19 de Maio, Lei do Regime Geral das Instituicdes Financeiras. © presidente do érgdo de administragdo nao pode, cumulativamente, desempenhar fungées de presidente da comissio executiva e vice-versa. As Instituices devem delegar competéncias: BANCO NACIONAL DE Al a) Num ou mais sécios ou accionistas, no que respeita 4 remuneragao dos membros dos érgios sociais, nos termos do artigo 21.° do presente Aviso; e, b) Num ou mais membros do érgao de administrago no que respeita 20 acompanhamento do sistema de controlo interno, nos termos do artigo 18.° do presente Aviso. 5. © érgdo de administragdo deve distribuir pelouros pelos seus membros respeitando as regras de segregagao de funcdes de negécio, suporte e controlo, 6. Os responsaveis pelas fungées de controlo interno devem reportar toda a informacao relativa a0 desempenho das suas fungées, directamente a0 administrador do pelouro e, sempre que ocorram situagées, entre outras, susceptiveis de afectar a estabilidade financeira da instituigo, configurar riscos de branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo e conflito de interesses, ao drgao de administracao. 7. No caso do modelo de organizagio de um grupo financeiro, 0 draéo de administrag3o da empresa-mae tem a responsabilidade de assegurar a implementacao e 0 funcionamento eficaz de uma estrutura de governanca corporativa clara e adequada & composicao, actividade e riscos quer do grupo como um todo, quer das Instituicées individualmente consideradas. Artigo 11°. (Orgao de Administracao) 1. O érgdo de administracéo deve ser constituido por um ntimero impar de membros fixados pelos estatutos da sociedade, englobando um numero suficiente de administradores independentes, os quais exercem a referida fungao por um mandato tinico, ndo renovavel. 2. © numero de membros referidos no niimero anterior, deve ser suficiente, atendendo a dimensio, a natureza, a complexidade e a situagéo econdmica da Instituigao, a actividade efectivamente exercida, a sua implantacao geografica, bem como a disponibilidade para 0 exercicio da fungo, devendo possuir 0 seguinte: a) Experiéncia profissional ou empresarial relevante, preferencialmente obtida no sistema financeiro; ‘CONTINUAGAO DO AVISO N.® 10/2021 ‘gina 15.00 56 BANCO NACIONAL DE ANGOLA b) Elevados padres éticos e de idoneidade; ©) Compreensao das responsabilidades globais do érgao a que pertencem e das acometidas a cada um dos seus membros; d) Conhecimento profundo da actividade desenvolvida e dos riscos assumidos pela Instituigdo onde exercem funcdes; e, ¢) Capacidade de leitura e de andlise da informacéo que Ihes é disponibilizada, a qual pode ter origem interna ou externa e possuir natureza contabilistica ou de gestio. 3. Os administradores no executivos do érgao de administracao, integrado, no minimo, por 1 (um) administrador independente, efectuam o controlo e avaliago do desempenho da comissao executiva, nos termos previstos na Lei n© 14/21, de 19 de Maio, Lei do Regime Geral das Instituicdes Financeiras, relativamente as matérias sobre a estratégia de negécio, estrutura organica e funcional, divulgagao da informagao legal ou estatutaria e operacées relevantes em fungo do seu montante, risco associado ou caracteristicas especiais, focando-se, em: a) Garantir que os membros executivos realizam a gestao corrente de forma 38, prudente e efectiva; b) Fornecer uma opiniao independente no processo de tomada de decisio; ) Participar na definigao e monitorizagao da estratégia de negécio; d) Analisar e debater os relatérios produzidos pelas fungdes chave do sistema de controlo interno, ou seja, auditoria interna, compliance gestao do risco; e) Supervisionar o processo de divulgago da informagio contabilistica e de gesto; f) Actuar enquanto entidade ou participar nos érgaos com competéncias delegadas previstas nos artigos 16.° a 18.0, todos do presente Aviso; e, 9) © desempenho da func&o do administrador independente deve ser objecto de um relatério, reportado ao érgio de administracao e, anualmente ao Banco Nacional de Angola. 4. © drgao de administracao deve instituir um regulamento relativo ao seu funcionamento, devidamente formalizado, contemplando, designadamente: CTIMAGODONBONC IRE a TCE BANCO NACIONAL DE ANGOLA a) As responsabilidades acometidas ao érgao; e, b) As regras para: i. A periodicidade das reunides, a sua convocagio, a disponibilizacéo prévia dos temas para debate e a presidéncia dos trabalhos; ii. A formalizagdo das decisdes em actas e 0 arquivo dos documentos de suporte as decisdes, incluindo informagao de indole contabilistica ou de gestio; e, iii, A delimitagdo das competéncias no ambito da atribuigo de pelouros deve estar de acordo com o respectivo descritivo de fungées inerente 20 pelouro em causa. Artigo 12°. (Competéncias do Orgao de Administracéo) 1. © Grgao de administragdo é responsdvel pela gestdo das actividades da Instituigo, devendo subordinar-se as deliberages dos accionistas ou as intervengdes do érgao de fiscalizacao ou do comité de auditoria apenas nos casos em que a lei ou 0 estatuto da Instituigao 0 determinarem. 2. A Instituigdo € representada pelo drgio de administracéo. O érgao de administracao é competente para deliberar sobre qualquer assunto de administragao da Instituicao, nomeadamente sobre: a) DefinigSo e monitorizacio da estratégia de negécio e do risco associado; b) Definigdo da estrutura organica e funcional das Instituigées individuais e da estrutura empresarial do grupo financeiro; ) Concepsao, avaliagao periddica e revisao do sistema de controlo interno; d) Divulgacao da informacao legalmente prevista; e, e) Aprovacao de operagées relevantes. 4. O 6érgao de administracdo deve, na sua actuagao, considerar os interesses dos accionistas e dos colaboradores da Instituicéo, bem como os dos supervisores e dos clientes, designadamente dos depositantes, dos demais credores da Instituigo, e do piblico em geral. 5. Para efeitos do disposto no numero anterior, deve definir, formalizar, implementar e rever periodicamente: a) Aestratégia de negécio; a ‘CONTINUACAO 00 AVISO N© 10/2021 igina 17 0 56 6. ds BANCO NACIONAL DE ANGOLA b) Aestrutura organica e funcional; ©) As relagées, politicas e processos de autoridade, de delegacio de competéncias, de comunicacao e de prestacao de informacao; d) Os critérios para classificagdo de operagées relevantes, tendo em consideracao o montante, risco associado ou caracteristicas especiais; e, e) As politicas e processos relacionados com: i. Gesto do risco e de compliance, ii, _ Remunerago dos colaboradores; il, Politica de formacao; iv. Etica, integridade e profissionalismo; v. _ Transacgées com partes relacionadas; vi. Cédigo de conduta; vii, Canal de dentincias; vil, Prevengo de conflitos de interesses; e, ix. Prevengio e deteccdo de operages suspeitas de actividades criminosas ou situagées de fraude. 0 6rgao de administracio da empresa-mae do grupo financeiro deve instituir um modelo de governanca corporativa que garanta: a) A transparéncia das estruturas organicas e funcionais utilizadas nas diferentes filiais e a facil compreensdo do seu objecto de negécio; e, b) Aexistncia de politicas e processos de controlo interno consistentes; e a efectiva supervisdo da actividade das filiais independentemente da sua dimensao, natureza, complexidade, a actividade efectivamente exercida, sua implantago geografica, bem como os riscos especificos de cada uma. Artigo 13°. (Comissao Executiva) A comissdo executiva, constituida por um numero impar de membros, é eleita em assembleia geral ou nomeada pelo 6rgao de administracao, de acordo com 0 Estatuto da Sociedade. A comissao executiva é responsavel pela gestao corrente, nao Ihe podendo ser delegadas, sem prejuizo do disposto na Lei n.° 14/21, de 19 de Maio, Lei do COMING DOAVISON S120 gia 10 ce 58 Regime Geral das Instituiges Financeiras, as competéncias estritas do dro de administracao. 3. A comissio executiva deve distribuir pelouros pelos seus membros respeitando as regras de segregacao fungées entre as fungdes de negécio, suporte e controlo. Artigo 14°. (Orgiio de Fiscalizagao) 1. A fiscalizaco da Instituico deve ser exercida pelo érgio de fiscalizacao. 2. 0 6rgo de fiscalizacéo deve ser composto por membros independentes, o qual deve incluir, obrigatoriamente, pelo menos, um membro que seja perito contabilista ou contabilista. 3. Aos membros do érgao de fiscalizagio, aplicam-se os critérios de independéncia previstos no artigo 3.° do presente Aviso. 4. Sem prejuizo do disposto no ntimero anterior, ao perito contabilista, referido no nimero 2 do presente artigo, aplica-se 0 disposto no Aviso n.° 09/2021, sobre Auditoria Externa, 5. O drgao de fiscalizagdo deve instituir um regulamento relative ao seu funcionamento aplicando, com as necessérias adaptagées, 0 disposto no ntimero 4 do artigo 11.° do presente Aviso. 6. 0 érgio de fiscalizacdo deve dispor de condicées necessérias para desempenhar cabalmente as respectivas funcdes. Artigo 15°. (Atribuicées do Orgao de Fiscalizacéo) Sio atribuigées do drgao de fiscalizagao da instituigao: a) _ Fiscalizar a eficdcia dos sistemas de controlo interno; b) _ Receber as comunicacées de irregularidade apresentadas por accionistas, colaboradores da instituicao ou outros; c) _Propor a contratagao de prestacao de servicos de peritos que coadjuvem um ou varios dos seus membros no exercicio das suas fungées, devendo a contratagdo e a remuneracao dos peritos ter em conta a importancia dos assuntos a eles acometidos e a situagao econémica da instituicao; Cen EEE 'CONTINGACAO DO AVISO N.2 10/2021 igi 19.00 56 4 d) h) JE ANGOLA BANCO NACIONAL Fiscalizar 0 proceso de preparagdo e divulgacdo de informacSo financeira; Propor assembleia geral a nomeacao do auditor externo; Fiscalizar a auditoria externa aos documentos de prestacao de contas da instituigao; Fiscalizar a independéncia do auditor externo; Pronunciar-se previamente & sua conclusdo sobre quaisquer negécios a celebrar, directamente ou por interposta pessoa, entre titulares de Participacao qualificada e a instituicao, ou Institui¢des que com esta se encontrem em relacao de dominio ou de grupo; e, Emitir pareceres na apreciagao e decisdo de operagées e concessdo de crédito, nos termos do disposto no niimero 6 do artigo 152.° da Lei n.° 14/21, de 19 de Maio, Lei do Regime Geral das Instituigdes Financeiras. 2. 0 Grado de fiscalizacao deve: a) b) ° d) e) Participar nas reuniées do drgio de administracio e nas assembleias gerais em que se apreciem as contas do exercicio; Exercer uma fiscalizago consciente e imparcial; Guardar segredo dos factos e informagées de que tiverem conhecimento em razao das suas fungées; Dar conhecimento & administragéo das verificagées, fiscalizagdes e diligéncias que tenham feito e do resultado das mesmas; Informar a assembleia, todas as irregularidades e inexactidées verificadas, bem como obter os esclarecimentos necessério para o desempenho das suas fungées; e, Registar por escrito todas as verificagies, fiscalizagées, deniincias recebidas e diligéncias que tenham sido efectuadas e o resultado das mesmas. Artigo 16°. (Delegacao de Competéncias) 1. Sem prejuizo do disposto no ntimero 4 do artigo 11.° do presente Aviso, 0 érgdo de administracéo deve delegar competéncias num ou mais dos seus membros, COTINAGO CONOR? IgaaT Pagina 206 visando aumentar a eficiéncia do seu funcionamento e facilitar a focalizago em areas e matérias especificas. 2. No Ambito da faculdade prevista no numero anterior, o érgio de administracao mantém a responsabilidade pelas funcdes delegadas e deve instituir processos de prestagdo de informacéo para acompanhamento da delegacao, designadamente das agendas das reunides e as actas das decisdes tomadas 3. A determinacao do niimero, modalidade e natureza das entidades ou orgies com competéncias delegadas depende da dimensao e do perfil de risco das InstituigBes, devendo 0 contetido da delegago estar perfeitamente delimitado e documentado e aplicar-se as suas reunides as obrigacdes previstas nos incisos ie ii, da alinea b), do nmero 4 do artigo 11.° do presente Aviso. 4. Sem prejuizo das atribuigdes especificas de cada entidade ou érgéo com competéncias delegadas, compete-Ihes: a) Exercer a sua fungao com independéncia; b) Documentar adequadamente os processos associados 4 sua area de intervengio, incluindo a elaboragio de actas das suas reuniées; e, ©) Elaborar, no minimo, anualmente um relatério sobre a sua actuagao, destinado ao érgdo de administragéo e com conhecimento do érgio de fiscalizagao. 5. As Instituiges pertencentes ao mesmo grupo financeiro, podem acordar entre si, a delegacao de competéncias em entidades ou érgéos comuns, respeitando © disposto nos némeros 1 a 4 do presente artigo e as funcées previstas nos artigos 17.° e 18.° do presente Aviso. Artigo 17°, (Constituigéo de Comités) 1. Compete a0 drgio de administracao estabelecer os comités necessérios a mais eficiente prossecugio das respetivas competéncias. 2. Sem prejuizo do disposto nos artigos 184.°, 191.° e 196.° da Lei n.° 14/21, de 19 de Maio, Lei do Regime Geral das Instituigdes Financeiras, as Instituigdes devem constituir comités especializados, conforme 0 disposto nos artigos seguintes. em "CONTINUAGAO DO AVISON.® 10/2021 gna 21 de 56 NAL DE ANGOLA Artigo 18°, (Comité de Controlo Interno) 1. 0 6rgao de administragio deve delegar num ou mais administradores néo executivos, a responsabilidade de presidir um comité com as seguintes fungées de acompanhamento do sistema de controlo interno: a) Assegurar a formalizacao e operacionalizagao de um sistema de prestacao de informagao eficaz, devidamente documentado, incluindo o proceso de preparacao e divulgago das demonstrages financeiras; b) Supervisionar a formalizaco e operacionalizacéo das politicas e praticas contabilisticas da Instituigao; ©) Rever todas as informagées de cariz financeiro para publicagio ou divulgago interna, designadamente as contas anuais da Instituigao; d) Fiscalizar a independéncia e a eficdcia da auditoria interna, aprovar e rever o Ambito e a frequéncia das suas accdes e supervisionar a implementacaio das medidas correctivas propostas; e, e) Supervisionar a actuagio da fungao de compliance. 2. Aexigéncia prevista no numero 1 do presente artigo deve atender a dimensio, natureza, complexidade, bem como a actividade efetivamente exercida e a sua implantaco geografica e situagao econémica da instituigio. 3. O comité, além de administradores deve integrar gestores com fungées de gestio relevante com conhecimentos técnicos que possam potenciar as fungées consagradas no niimero 1 do presente artigo. ‘As instituigdes, de acordo com as melhores praticas nacionais e internacionalmente aceites, devem definir e sustentar o seu sistema de controlo interno em trés linhas de defesa, designadamente: a) 12 linha: unidades de negécio; b) 28 linha: gestao de riscos e conformidade com a legislagéo (compliance); e ) 3 linha: auditoria intema. ‘CONTINUAGAO DO AVION. 10/2021 ‘gina 22 02 56 BANCO NA Artigo 19°, (Comité de Auditoria) 1. 0 6rgao de administracao deve instituir um comité de auditoria responsavel por supervisionar a actividade e a independéncia dos auditores externos, estabelecendo um canal eficaz de comunicacao, com objective de avaliar os relatorios emitidos pelos auditores externos. 2. Para efeitos do disposto no numero anterior, o comité de auditoria deve: a) Dispor de um processo robusto de aprovagio e reapreciagéo da remuneraco do auditor externo; b) Monitorar e avaliar a independéncia e eficiéncia das acgées do auditor externo; ©) _Dispor de canais eficazes de comunicagéo com 0 auditor externo, para permitir uma melhor fiscalizagdo do seu desempenho e aperfeicoar a qualidade do trabalho do auditor externo; e, d) Exigir do auditor externo 0 reporte de todas as matérias relevantes para melhor fiscalizagao do seu desempenho. Artigo 20°. (Informagio Adicional) Sem prejuizo da politica de remuneracao definida pelas Instituic6es, conforme o disposto no artigo 186.° da Lei n.° 14/21, de 19 de Maio, Lei do Regime Geral das Instituigdes Financeiras, 0 Banco Nacional de Angola pode solicitar que a Instituicdo demonstre que os incentivos proporcionados no ambito da sua politica de remuneragao de administradores tem em consideragao os aspectos de gestdo de riscos, adequacéo de capital e liquidez, bem como determinar medidas de compensagao de qualquer risco adicional resultante da inadequagao da politica de remuneracéo de administradores implementada pela entidade, inclusive a revisdo da referida politica ou reforgo de capital. a "CONTINUAGAO DO AVISON® 10/2021 Pagina 23 de 56 |AL DE ANGOLA BANCO NACIONAL DE AN Artigo 219, (Remuneracao dos Membros dos Orgaos Sociais) A remuneragéo dos membros da mesa da assembleia geral e do érgao de fiscalizago é constituida, exclusivamente, por uma componente fixa, ou seja, nao deve estar directamente associada aos resultados da Instituicao 2. A remuneragéo dos administradores no executivos no deve estar directamente relacionada com uma componente variével, ndo variando em funco do seu desempenho e/ou do desempenho financeiro da Instituigo. 3. Aremuneracao dos membros executivos do érgio de administraco pode conter uma componente variével associada ao desempenho de curto, médio e longo prazo da Instituicdo, mas sem incentivar, directa ou indirectamente, a tomada excessiva de risco. 4, A remuneracao do érgao de fiscalizagdo é equivalente & dos administradores no executivos da instituigio financeira. Artigo 22°. (Cédigo de Conduta) 1. 0 érgio de administracao deve definir e, formalmente, instituir um cédigo de conduta, aplicavel a sua actuagio e a dos restantes colaboradores, tendo por objectivos, designadamente: a) Estabelecer elevados padrées de actuagdo de acordo com principios éticos, regulatérios e deontolégicos, promovendo a transparéncia das relacdes, envolvendo os érgios sociais e os colaboradores; b) _Inibir a participacdo em actividades ilegais e a tomada excessiva de risco; ©) Contribuir para a transparéncia das relagées contratuais entre a instituigo e as suas contrapartes; e, d) _ Estipular que os membros dos érgaos sociais e os colaboradores nao podem receber ofertas de valor nao simbdlico, isto é, ofertas de valor superior a 10% do salario minimo nacional legalmente previsto, que comprometam 0 exercicio independente das suas _fungdes, designadamente: i. Numerdrio, em moeda nacional ou estrangeira; ‘GONTINUAGAO D0 AVISO N° 10/2021 Pagina 2406 56 Gc BANCO NACIONAL DE ANGOLA ii, Iméveis; iii, Méveis; iv. Viagens; e, ve Outros bens e servicos. 2. O cédigo de conduta referido no numero anterior deve contemplar, no minimo, ‘0s seguintes elementos estruturais: a) Ambito e objectivos da instituicao; b) Principios gerais de condul ©) Regras de deontologia; e, d) Prevengo da actividades criminosas, designadamente branqueamento de capitais e abuso de mercado. 3. O cédigo de conduta deve ser publicado e divulgado internamente devendo ser do conhecimento de todos os colaboradores. 4. O cédigo de conduta deve definir e distinguir concisa e objectivamente os comportamentos aceitaveis, tolerdveis e/ou expectaveis dos comportamentos nao aceitaveis considerando a estratégia e perfil de risco da instituigao. 5. © cédigo de conduta deve prever que os colaboradores desenvolvem a actividade da instituigéo de acordo com a legislagao e regulamentacao aplicéveis com as normas adoptadas internamente. 6. 0 cédigo de conduta deve ser transversal a todo 0 grupo financeiro, quando aplicavel. Artigo 23°. (Conflitos de Interesses) 1. O drgéo de administragéo deve formalizar e implementar um conjunto de politicas e processos para identificacio, monitorizagao e mitigacao de conflitos de interesses, envolvendo: a) Os accionistas, os clientes, os érgaos sociais, os colaboradores € os demais credores; e, b) As relagGes, servicos, actividades e transacgées da instituicdo. 2. Para efeitos do numero anterior, e sem prejuizo do disposto na Lei n.° 14/21, de 19 de Maio, Lei do Regime Geral das Instituigdes Financeiras, as Instituic6es devem formalmente instituir: Se eee ae nnn an en "CONTINUACAO DO AVISON® 10/2021 ‘Pagia 25 ce 56 BANCO NACIONAL a) A proibicao dos membros dos érgios sociais e dos colaboradores ‘ocuparem cargos potencialmente conflituantes noutras sociedades; b) A obrigagéo de todos os membros do érgéo de administracao revelarem tempestivamente qualquer assunto que possa originar ou tenha originado conflitos de interesses, abstendo-se de participar nos processos de tomada de deciséio associados; ©) Um proceso efectivo, prévio 4 tomada de decisio pelo érgao de administrago, que assegure que estas decisées nao potenciam conflitos de interesses e que sao identificadas e avaliadas as transacgdes com partes relacionadas; d) A obrigago dos créditos concedidos aos accionistas, membros dos 6rgdos sociais, colaboradores ou partes relacionadas com estes, serem realizados em condigées normais de mercado atendendo ao seu nivel de risco; e, €) A possibilidade de derrogagao da alinea d) do presente ntimero no caso de operagées de crédito a membros dos érgios sociais colaboradores que revistam cardcter social, designadamente crédito para compra de habitagao prépria permanente e para pagamento de despesas de saiide. 3. Compete ao drgao de administragio da empresa-mae assegurar a consisténcia das politicas e processos para identificagdo, monitorizago e mitigagdo de conflitos de interesses no Ambito do grupo financeiro. Artigo 24°. (Transparéncia da Organizacdo Societaria) 1. Oobjectivo da transparéncia no dominio da organizagao societaria e governanca corporativa é fornecer a todas as partes interessadas de uma instituicio, incluindo accionistas, trabalhadores, clientes, demais credores e publico em geral, todas as informacées indispensaveis a avaliagao da eficdcia dos éraios de administracao e fiscalizagao na governanca da instituicao. 2. As Instituicdes devem garantir a transparéncia e facil compreens’o do seu modelo de governanca corporativa, designadamente pelos accionistas, membros dos érgaos sociais e colaboradores. ‘CONTINUAGHO 0 AVISO N° 10/2027 BANCO NACIONAL DE ANGOLA 3. No contexto do numero anterior, a estrutura societdria em vigor nas Instituicées deve ser transparente e compreensivel no que respeita a: a) Composigao dos drgaos de administragao e fiscalizagio, contemplando os curriculum vitae dos seus membros e a identificagio dos administradores executivos e nao executivos, independentes e nao independentes; b) Identificago dos auditores externos, incluindo as suas credenciais e 0 cumprimento dos requisitos de independéncia previstos no Aviso n.° 09/21, sobre auditoria externa; ©) Identificago das unidades de estrutura, das competéncias que Ihes estao atribuidas e dos respectivos responsaveis, designadamente no caso das fungées chave do sistema de controlo interno, nomeadamente, auditoria interna, compliance e gestao do risco; d) Distribuigdo de pelouros e & segregacao entre as fungées de negécio, suporte e controlo; e, e) Identificago das politicas e dos canais de comunicagao relatives as relagbes de autoridade, 4 delegago de competéncias e & comunicagio e prestacio de informagdo, designadamente no que respeita as irregularidades no 4mbito da governanga corporativa, 4. Os requisitos de transparéncia referidos no ntimero 3 do presente artigo so aplicaveis & totalidade das filiais, designadamente as sedeadas em paises ou territérios que se caracterizam por menor exigéncia no que respeita a) A obtencdo de autorizagao para o exercicio da actividade financeira; b) Ao regime especial de sigilo bancario; c) A obtengio de vantagens fiscais; e, d) A constituigéo de veiculos de finalidade especial. . Artigo 25°. (Divulgacao de Informagao) 1. © 6rgao de administracéo deve promover uma adequada divulgac3o de informagao de modo a impedir a assimetria no seu acesso entre os accionistas, 0s colaboradores e o puiblico em geral. 2. As Instituicbes devem garantir a publicacao de informacao completa, fidvel, actual, tempestiva, consistente e compreensivel, tendo por objectivo possibilitar cee i "COVTINUAGAO DO AVISO N° 10/2021 Pagina 27 0@ 56 uma visio abrangente da estratégia, do perfil de risco, da situacao financeira e do comportamento dos mercados a todas as suas partes interessadas. Devem ser objecto de divulgacio, designadamente através do Portal das Instituiges, no minimo, as seguintes informagGes materiais: a) A estrutura de capital da instituico com identificacao dos detentores de participagdes qualificadas; b) Os actos societarios respeitantes a alteracdes relevantes nos objectivos globais estratégicos e nas estruturas organicas e funcionals das Instituigdes e empresarial dos grupos financeiros; ©) Informagéo financeira da Instituic30, incluindo os seguintes documentos: Balanco; ii, Demonstragao de resultados; ili, Demonstracao de alteragao de capitais préprios; iv. Demonstragao dos fluxos de caixa; v. Notas as demonstragées financeiras; vi. Certificagao legal das contas e relatério do auditor externo; e, Vii. Outros documentos cuja publicagdo seja requerida pelo Banco Nacional de Angola. d) Informagao sobre os membros dos érgios sociais, incluindo: i. Politica de remuneragéo, explicitando os valores globais pagos pela instituicao a totalidade de cada érgao, bem como o processo pelo qual a politica é implementada e aprovada; |. Qualificagdes e experiéncia profissional; ill, Identificaao de participacdes na instituicao; iv. identificagéo de cargos em érgaos sociais de outras sociedades, pertencentes ou ndo ao grupo financeiro; e, v. Categorizacéo dos membros do érgao de administragao como executivos ou nao executives e, como independentes ou nao independentes. rr nt ee "CONTINUAGAO DO AVISON.* 10/2021 "Pigina 28 de 56 ANCO NACIONAL DE ANG OLA BANCO NACIONAL DE ANGOLA e) Descric&o dos riscos materialmente relevantes para a Instituigo, dos processos existentes para a gestiio dos mesmos e previsio da evolucao dos factores de risco associados; f) Politicas de governanca corporativa, nomeadamente 0 cédigo de conduta da instituigdo e as politicas de identificagdo e mitigacéo de conflitos de interesses; 4g) Politica de formacao, prevista 0 niimero de horas anual de formacdo, detalhadas por natureza da formacao, identificando, em particular, as dirigidas aos colaboradores das areas tomadoras do risco e aos das areas ou fungées de controlo; e, h) A empresa mae do grupo financeiro deve promover a divulgacéo da informagao acima referida respeitante ao ambito consolidado. 4, As informagées previstas no ntimero anterior devem ser publicadas numa base anual e ficar disponiveis por um periodo de cinco anos, sem prejuizo de serem actualizadas com maior periodicidade sempre que se pretenda garantir que a informacao disponivel € completa, fidvel, actual, tempestiva, consistente e compreensivel. 5. Todas as informacées ou documentos, publicados no site das Instituigdes de acordo com as disposigdes do presente Aviso, devem ser disponibilizadas a0 Banco Nacional de Angola a data da sua publicagao. Capitulo 111 Sistema de Controlo Interno Artigo 26°. (Principios Gerais) 1. O sistema de controlo interno deve ser adaptado a dimenséo, natureza, complexidade, estrutura e modelo de negécio, perfil de risco, tolerancia ao risco, apetite a0 risco, grau de centralizagdo e delegagdo de competéncias da instituig&o e implantacéio geografica. 2. © sistema de controlo interno deve estar formalizado em documentos especificos, suficientemente detalhados, que considerem o ambiente de controlo, a apetite ao risco, os sistemas de gestdo do risco e de informacao e comunicagao e 0 processo de monitorizacao. COrINMGODOASONeI@@a Pigina 29 oe 56 BANCO NACIONAL DE ANGOLA 3. Os documentos referidos no numero 2 do presente artigo devem ser do conhecimento dos colaboradores, que devem ser impelidos para o seu cumprimento e arquivados de forma a permitir a identificagao das datas das alteragdes e possibilitar a leitura das versées anteriores. Na subcontratacdo de fungées, as Instituigées devem assegurar 0 exacto cumprimento dos objectivos enunciados no artigo 27.9 do presente Aviso. 5. O sistema de controlo interno deve ser periodicamente revisto e actualizado para que as medidas relacionadas com riscos nao identificados previamente sejam facil e atempadamente incorporadas no processo a decorrer. 6. Aactividade de auditoria interna deve fazer parte do sistema de controlo interno de cada instituicao. 7. Sem prejuizo do niimero anterior, sempre que, a actividade de auditoria interna nao for executada por funcao pertencente a instituigéo, pode ser exercida por um auditor independente devidamente registado, desde que este ndo seja o responsavel pela auditoria das demonstraces financeiras da mesma instituicao. 8. Nocaso de a actividade de auditoria interna ser exercida por entidade ou pessoa inerente instituigdo, este departamento deverd reportar directamente ao rao de administracéo ou comissio executiva Artigo 27°. (Objectivos do Controlo Interno) 1. O sistema de controlo interno, cujas disposigdes devem ser acessiveis a todos 05 funciondrios da instituicgo, de forma a garantir o reconhecimento de determinada fungo no processo, bem como as responsabilidades atribuidas aos diversos niveis da organiza, tem por objectivo assegurar: a) A continuidade do negécio e a sobrevivéncia das Instituicdes através da eficiente afectacdo dos recursos e execugdo das operagées, do controlo dos riscos, da prudente e continua avaliagio de activos, da definicio e segregacao de responsabilidades, da seguranca e controlo de acessos nos sistemas de informacao e comunicagio e da mitigagio de conflitos de interesse; ‘COVTINUAGO DO AVION. 10/2021 Paina 30 06 56

You might also like