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Bakhtin Aula 1 Rel Positivismo
Bakhtin Aula 1 Rel Positivismo
• Em pesquisas desenvolvidas na área das Ciências Humanas e Sociais, na qual se pode dizer
que a área de Educação em Ciências está incluída, há debates interessantes quanto ao
desenvolvimento de pesquisas em dois tipos aparentemente antagônicos de métodos, os
quantitativos e os qualitativos.
• Nas percepções mais clichês dessas duas perspectivas, podemos descrevê-las como na tabela
a seguir (Packer, 2010, p. 19).
É objetiva É subjetiva
• Essas quatro características comumente aceitas sem a devida crítica, postas lado a lado para
comparação, sugerem uma falsa superioridade dos chamados métodos quantitativos sobre
os qualitativos, como se os primeiros pudessem levar a resultados mais “cientificamente
legitimados” do que os últimos, resultando em evidências mais sólidas pelo fato de se
alinharem mais a uma processo de teste de hipóteses resultado de uma lógica hipotético-
dedutiva. Pode-se afirmar que (Packer, 2010, p. 19):
A ideia básica nesse modelo é que a ciência procede em dois passos. O primeiro é o passo
especulativo de propor uma hipótese. O segundo é o passo lógico de testar essa hipótese para
ver se suas previsões se sustentam. A ciência constrói conhecimento, por conta disso, testando
sistematicamente hipóteses e eliminando aquelas que são consideradas falsas.
• Um tipo clássico de método quantitativo que se alinha a essa visão de ciência é o Estudo
Clínico Randomizado (ECR) que, de forma simplificada, consiste em fazer uma comparação
entre dois ou mais grupos, cujos integrantes foram randomicamente designados a cada
grupo.
• O objetivo mais primordial é testar a hipótese de que algum tipo de “tratamento” (por
exemplo, um método de ensino, uma intervenção didática) implementado em um dos grupos
promove uma diferença estatisticamente significativa em alguma característica no grupo que
recebeu esse tratamento (grupo experimental) e o que não recebeu (grupo de controle).
• Essa característica é expressa por uma variável dependente relevante para o estudo. Esse tipo
de design de pesquisa é bastante comum na área de Ciências da Saúde, na qual o significado
de “tratamento” é mais literal, mas também é muito adotado na em pesquisas educacionais
(Styles & Torgerson, 2018), a despeito das dificuldades inerentes que a natureza dos
contextos educacionais podem impor para que esse tipo de estudo seja bem implementado
(Sullivan, 2011).
• Assim, tal discordância seria resolvida, pois estariam definidos os papéis na ciência para a
experiência (em termos de medições) e para a razão (em termos da lógica) (Packer, 2010, p.
21).
• Em seu apogeu, esse movimento foi ambicioso a ponto de chancelarem uma ideia de Ciência
Unificada, proposta por um de seus líderes mais proeminentes, Otto Neurath. Neurath
acreditava que as ciências deviam trabalhar juntas, de forma articulada.
• Elas deviam se interligar por meio de uma estrutura comum, uma Física mais ampla, por
meio de um conjunto de leis que expressam vínculos espaço-temporais entre si.
• A isso Neurath chamou de Fisicalismo, que consiste em uma linguagem por meio da qual
todos os enunciados das mais diversas áreas da ciência poderiam ser concebidos. Segundo
afirma Reisch (1994, p. 157):
Como as ciências estariam ligadas pela utilização de uma linguagem comum, uma linguagem
"fisicalista", cada uma delas ganharia uma certa continuidade com a física. Como linguagem
cotidiana, livre de termos metafísicos e não empíricos, essa linguagem não era a da própria
física. Mas, uma vez que todas as afirmações fisicalistas conteriam referências à ordem
espaço-temporal, a ordem que conhecemos da física, elas seriam transformáveis ou
substituíveis pela linguagem da física.
• Em outras palavras, esse último enunciado seria não-científico. Porém, esse mesmo
enunciado pode ser reformulado no sentido de alcançar status científico, ou seja, adquirir
significado para a pesquisa científica: As nuvens superiores de Júpiter se interpõem formando
um padrão similar ao padrão típico das pinceladas de Van Gogh.
• Nesse caso, a metafísica foi (ao menos supostamente) eliminada do enunciado, podendo ele
ser submetido ao crivo de processos empíricos e racionais para ser refutado ou não.
• Esse enunciado é o que Neurath chamava de sentença protocolar, uma curta e precisa
representação linguística do que é observado no momento.
• É importante ressaltar que, embora possa ser verdade que esta frase não contém conceitos
metafísicos explícitos, é possível argumentar que a frase ainda carregue suposições
metafísicas implícitas. Por exemplo, o uso do termo padrão pode implicar uma certa visão
metafísica da natureza da realidade, como a crença de que a realidade é composta de
padrões ou estruturas discerníveis. Da mesma forma, a referência às pinceladas de Van Gogh
pode implicar uma crença na existência da beleza e da estética, que são conceitos subjetivos
e culturais que podem ser considerados metafísicos.
• Positivistas lógicos concordavam com Comte e uma forma de materializar esse ambicioso
empreendimento seria por meio dessa unificação das ciências.
• No entanto, é necessário enfatizar que Neurath defendia uma ciência plural, não a ideia de
uma ciência superior que governasse as demais.
• O que ele defendia era o estabelecimento de conexões entre as diferentes ciências pela
linguagem comum, mantendo as características próprias de cada uma (Neurath, 1983).
• Ainda que para essa unificação, incluindo a Ciência Social como originalmente desejava
Comte, fosse desejável definir conjuntos de conceitos que pudessem ser expressos
quantitativamente como se faz na Física, os positivistas lógicos não restringiam a pesquisa
científica necessariamente a uma perspectiva quantitativa.
• O aspecto mais caro para eles é que que essa pesquisa seja objetiva, livre de metafísica, de
qualquer expectativa ou visão de mundo particular.
• Ainda que não haja esse compromisso com a quantificação, é evidente que a medição e
quantificação de variáveis pode aproximar esse tipo de pesquisa às crenças mais
fundamentais do Positivismo Lógico, dependendo de como é encarada essa pesquisa.
• Essas medições podem ser compartilhadas em público, tornando-as verificáveis por outros
pesquisadores, procedimentos estatísticos podem ser empregados para realizar inferências
e/ou validações a respeito do resultado de um estudo, além de outras aspectos.
• Porém, uma pesquisa científica na perspectiva qualitativo também pode ser enquadrada nas
premissas básicas positivistas.
• Ou seja, a disputa não necessariamente reside na quantificação ou não dos dados, mas por
qual perspectiva epistemológica esses dados serão analisados e interpretados. É uma questão
de visão de mundo, não de um dualismo simplista quantitativo versus qualitativo.
• Packer (2010, p. 24) considera que as seguintes premissas são as mais fundamentais no
Positivismo Lógico:
• O conhecimento científico envolve questões de fato, não de valor. Os valores são apenas
preferências pessoais ou opiniões subjetivas;
• O objetivo da ciência é uma rede de declarações de conhecimento (uma teoria unificada
de tudo);
• A pesquisa é baseada em medição e inferência lógica;
• A medição é a aplicação objetiva de um instrumento;
• Observação e teoria são distintas;
• O método científico é o mesmo em todos os lugares;
• O conhecimento científico se acumula;
• Declarações científicas significativas não incluem metafísica. Eles incluem apenas
proposições lógicas e declarações de regularidades empíricas;
• A observação fornece as afirmações elementares;
• A lógica proposicional combina isso para construir afirmações teóricas.
• É evidente que tais premissas foram e vêm sendo bastante criticadas. Um exemplo
emblemático dessas críticas é Thomas Kuhn, que rejeita a ideia de que a pesquisa científica
evolui linearmente por meio uma acumulação contínua, objetiva e imparcial de
conhecimento.
• Por exemplo, ao invés disso, Kuhn defende a ideia de competição entre paradigmas (Kuhn,
2012). Outros epistemólogos também problematizam a ideia de acumulação contínua,
objetiva e imparcial de conhecimento.
• Apesar de pesquisas científicas que envolvam ECR como método central se aproximarem da
visão de ciência propagada pelo Círculo de Viena, isto não quer dizer que essa seja a única
alternativa de pesquisa considerada válida.
• Há inúmeros problemas de pesquisa em que o ECR (ou similares) por si só seria insuficiente
ou inadequado – depende do problema de pesquisa.
• A teoria na Estatística atual permite ir muito além do teste de hipóteses e métodos modernos
podem ser articulados a abordagens qualitativas, em uma perspectiva mais ampla chamada
métodos mistos, que pode adotar um design completamente integrado, no qual os métodos
são combinados consistentemente ao longo da pesquisa, produzindo resultados ricos e bem
fundamentados (Symonds & Gorard, 2010, p. 130). Não detalharemos aqui a perspectiva
mista, por ser fora do escopo desse curso.
Quantitativo Qualitativo
Ferramentas de coleta de dados Ferramentas de coleta de dados
Fechado/estruturado: questionário, entrevista Aberto/semiestruturado: questionário, entrevista,
observação sistemática, análise de documentos, observação, análise de documentos, análise de
estatísticas oficiais. imagem (qualquer tipo de imagem), gravação de
vídeo.
Tipo de dados produzidos Tipo de dados produzidos
Numérico, categórico. Texto (ou fala), imagem, áudio.
Técnicas analíticas Técnicas analíticas
Contagem, comparação, análise estatística. Análise temática, análise narrativa, análise de
imagem
Tipo de informação produzida Tipo de informação produzida
Quantitativa (quantidade). Qualitativa (categoria, classe)
• Porém, por maiores e melhores que sejam os esforços para definir mais precisamente as
diferenças e aproximações entre perspectivas quantitativa e qualitativa de pesquisa, esse é
um trabalho bastante árduo. Aspers e Corte (2019, p. 139) mostram que há diversas
propostas de definições de pesquisa qualitativa, sinalizando em direção de uma posição
conciliatória entre as duas perspectivas:
Definimos a pesquisa qualitativa como um processo iterativo no qual se consegue um melhor
entendimento para a comunidade científica fazendo novas distinções significativas resultantes
da aproximação com o fenômeno estudado. Essa formulação é desenvolvida como uma
ferramenta para ajudar a melhorar os projetos de pesquisa, enfatizando que uma dimensão
qualitativa também está presente no trabalho quantitativo. Além disso, pode facilitar o
ensino, a comunicação entre pesquisadores, diminuir a lacuna entre pesquisadores
qualitativos e quantitativos, ajudar a abordar críticas aos métodos qualitativos e ser usado
como padrão de avaliação de pesquisa qualitativa.
• Outra definição mais bem-elaborada é proposta por ten Have (2004, p. 5), ressaltando que a
perspectiva qualitativa tem o papel de estudar complexidades típicas dos contextos sociais,
justamente onde os processos educacionais estão inseridos. Segundo o autor, o ponto crucial
da pesquisa qualitativa é:
[...] processar os próprios materiais de pesquisa, buscar significados ocultos, características
não óbvias, interpretações múltiplas, conotações implícitas, vozes não ouvidas. Enquanto a
pesquisa quantitativa se concentra em caracterizações resumidas e explicações estatísticas, a
pesquisa qualitativa oferece descrições complexas e tenta explicar teias de significado.
• Na pesquisa qualitativa, a forma mais comum de abordagem é pela entrevista, podendo ser
uma entrevista aberta ou mais restritiva (ten Have, 2004).
• No entanto, há outros tipos de abordagem importantes na pesquisa qualitativa, mas em
grande parte os dados são baseados em linguagem verbal, seja em forma de textos ou falas.
• Em contextos educacionais, em especial, falas de alunos, de professores, textos de livros ou
similares, vídeos educacionais e outras fontes de recursos didáticos são adotados para
mediar interações entre os atores desses contextos.
• No referencial sociocultural, é comum que o termo texto seja adotado para designar
qualquer forma de discurso, seja oral ou escrito (Lemke, 1990; Wertsch, 2004).
• Lemke (1990, p. 1) defende que aprender sobre ciência significa aprender a falar sobre
ciência, ou seja, aprender o uso da sua linguagem especializada, tanto na leitura quanto na
escrita, no raciocínio (que é de natureza fundamentalmente linguística) em situações de
resolução de problemas, em atividades de laboratório e ainda na vida diária. Segundo o
autor, falar sobre ciência significa:
[...] observar, descrever, comparar, classificar, analisar, discutir, formular hipóteses, teorizar,
questionar, desafiar, argumentar, planejar experimentos, seguir procedimentos, julgar, avaliar,
decidir, concluir, generalizar, relatar, escrever, dar palestras e ensinar na e por meio da
linguagem da ciência.
• Wertsch (2004, pp. 14-29), um teórico sociocultural neovygotskyano, também adota essa
noção mais ampla do texto como manifestação discursiva, mas propõe algo bem maior.
• Esses textos mediam o que ele chama de memória coletiva ou, melhor dizendo, lembrança
coletiva. Lembrança (ou memória) não são ações realizadas por um indivíduo isolado, mas
uma ação mediada por recursos textuais socialmente compartilhados.
• Tais recursos semióticos podem ser parte de um contexto amplo, temporal e/ou espacial. Por
isso o termo lembrança coletiva, que enfatiza que essa lembrança é distribuída, não
localizada em ou propriedade apenas de um indivíduo específico, sendo esse processo de
compartilhamento mediado por textos.
• Assim, para Wertsch essa lembrança coletiva (socialmente compartilhada) é vista como um
contexto de produção discursiva amplo, em que participantes interagem discursivamente
mediados por diversos textos que podem estar imersos em um espaço-tempo histórico-
cultural mais restrito (por exemplo, a um contexto didático específico) ou mais amplo (não
restrito a um local específico e abrangendo longo período de tempo).
• Em outras palavras, o contexto sociocultural e histórico é constitutivamente considerado na
análise dos dados nesse tipo de pesquisa, seja esse contexto mais restrito ou amplo –
depende da natureza das perguntas de pesquisa.
• Coerentemente com esse ponto de vista, as falas dos alunos são usualmente a principal fonte
de dados a serem analisados, o que normalmente exige uma perspectiva qualitativa de
pesquisa.
• Portanto, o texto – encarado aqui como discurso oral ou escrito – é considerado no
referencial sociocultural como a principal forma de mediação entre atores em contextos
didáticos (e também em outros). Isso explica por que pesquisas qualitativas são privilegiadas
neste referencial. Mas como é encarado o texto nesse referencial?
• Para responder essa pergunta, vamos contrastar brevemente uma perspectiva de texto, mais
alinhada ao Positivismo Lógico, considerado meramente como meio de propagação de
informação, e a perspectiva de dois tipos de análise discursiva, a análise de discurso francesa
de Michel Pêcheux e a análise bakhtiniana, do russo Mikhail Bakhtin.
• O objetivo é situar epistemologicamente essas duas abordagens em relação a abordagens de
cunho mais positivista, como, por exemplo, a Teoria Fundamentada e Análise de Conteúdo.
• Para responder essa pergunta, vamos contrastar brevemente uma perspectiva de texto, mais
alinhada ao Positivismo Lógico, considerado meramente como meio de propagação de
informação, e a perspectiva de dois tipos de análise discursiva, a análise de discurso francesa
de Michel Pêcheux e a análise bakhtiniana, do russo Mikhail Bakhtin.
• O objetivo é situar epistemologicamente essas duas abordagens em relação a abordagens de
cunho mais positivista, como, por exemplo, a Teoria Fundamentada e Análise de Conteúdo.
• Portanto, a comunicação é vista apenas como uma transmissão de informação entre pessoas,
que desempenham papel de emissor, aquele que fala e coloca seus significados nas palavras,
e o receptor, aquele que decodifica a informação emitida e interpreta os significados contidos
na mensagem.
• Essa interpretação da comunicação textual (lembrando, texto considerado como discurso)
simplesmente desconsidera qualquer tipo de interação entre locutor e ouvinte na produção
discursiva.
• Em outras palavras, a produção discursiva não é conjunta, mas separada em papéis definidos
de emissor e receptor.
• Além disso, os indivíduos falantes são vistos como entes separados, independentes, cada um
executando sua parte no processo comunicativo – um é apenas emissor, outro é apenas
receptor. Assim, os enunciados produzidos pelo emissor são autossuficientes, uma vez que o
receptor não participa dessa construção discursiva.
• Qualquer falha nessa comunicação seria atribuída a erros de ordem subjetiva. Nesse caso, ou
o emissor não soube usar as palavras corretas para expressar o que desejava ou o receptor
interpretou esses significados equivocadamente (Packer, 2010, p. 54).
• A proposta original dessa ideia foi feita em 1979, por Reddy (1993, p. 170), consistindo no
seguinte:
• a linguagem funciona como um canal, transferindo pensamentos materialmente de uma
pessoa para outra;
• ao escrever e falar, as pessoas inserem seus pensamentos ou sentimentos nas palavras;
• as palavras realizam a transferência contendo os pensamentos ou sentimentos e
transmitindo-os aos outros;
• ao ouvir ou ler, as pessoas extraem os pensamentos e sentimentos das palavras.
• Ao considerar a comunicação dessa forma mecanicista e objetiva, tal metáfora sem dúvida se
aproxima bastante das premissas básicas do Positivismo Lógico. Porém, não se pode negar
que essa interpretação da interação discursiva tem aproximação com uma versão mais radical
dessa corrente de pensamento.
• Fica claro que tanto o termo descoberta quanto o termo emerge são usados para sugerir que
o pesquisador tem apenas o papel de extrair significados que já estão contidos no texto, ou
seja, preexistem no texto e são independentes do observador, são objetivos (Willig, 2008, p.
44).
• Além disso, a ideia de que as categorias emergem do texto é usada para evitar que o
pesquisador se apoie em seu próprio background teórico para formular suas próprias
categorias, evitando qualquer aspecto subjetivo na análise e, assim, assumindo a crença de
que fenômenos criam suas próprias representações que são percebidas diretamente pelos
observadores (Willig, 2008, p. 44).
• Outro método famoso, com características similares (mas também com diferenças
importantes) à Teoria Fundamentada é a Análise de Conteúdo.
• Ao contrário da Teoria Fundamentada, a Análise de Conteúdo apresenta mais variantes na
literatura (Cho & Lee, 2014).
• Enquanto na Teoria Fundamentada o objetivo principal seria obter uma teoria de um
fenômeno social a partir dos dados textuais, na Análise de Conteúdo esse objetivo se
concentra mais em sistematicamente descrever o significado de um material textual
escolhido como relevante pelo pesquisador.
• Reddy, M. J. (1993). The conduit metaphor: a case of frame conflict in our language about
language. In A. Ortony (Ed.), Metaphor and Thought (2 ed., pp. 164-201). Cambridge:
Cambridge University Press. doi: https://doi.org/10.1017/CBO9781139173865.012
• Reisch, G. A. (1994). Planning science: Otto Neurath and the "International Encyclopedia of
Unified Science". The British Journal for the History of Science, 27 (2), 153-175. Disponível em
http://www.jstor.org/stable/4027433
• Styles, B., & Torgerson, C. (2018). Randomised controlled trials (RCTs) in education research –
methodological debates, questions, challenges. Educational Research, 60 (3), 255-264. doi:
https://doi.org/10.1080/00131881.2018.1500194
• Sullivan, G. M. (2011). Getting off the "gold standard": randomized controlled trials and
education research. Journal of Graduate Medical Education, 3 (3), 285-9. doi:
https://doi.org/10.4300/jgme-d-11-00147.1
• Symonds, J. E., & Gorard, S. (2010). Death of mixed methods? Or the rebirth of research as a
craft. Evaluation & Research in Education, 23 (2), 121-136. doi:
https://doi.org/10.1080/09500790.2010.483514
Referências