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Ondas e Óptica - Lentes

José Gonçalves e Tiago Pereira

7 de Abril de 2023
Conteúdo

1 Dados 1
1.1 Lentes Delgadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.2 Lentes Espessas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1

2 Cálculos 3
2.1 Cálculos da Lente Delgada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2.1.1 Cálculo da Distância Focal da lente . . . . . . . . . . . . 3
2.2 Cálculos da Lente Espessa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.2.1 Verificação da fórmula de Newton . . . . . . . . . . . . . 4
2.2.2 Determinação da distância focal efetiva do sistema . . . . 5
2.2.3 Diagrama do sistema óptico . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.2.4 Verificação da equação dos focos conjugados . . . . . . . . 7
2.2.5 Cálculo da Distância Focal Esperada . . . . . . . . . . . . 9
2.2.6 Cálculo da Amplificação Lateral . . . . . . . . . . . . . . 10

3 Análise de Dados e Discussão de Resultados 11


3.0.1 Lente Delgada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3.0.2 Lente Espessa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3.0.3 Telescópios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

i
Capítulo 1

Dados

Os dados obtidos foram registados nas tabelas seguintes (Nota: Todas as medi-
ções estão feitas em centímetros)

1.1 Lentes Delgadas


Esta tabela contém a localização da lente utilizada no banco óptico, bem como
as posições do foco objeto (F.O.) e do foco imagem (F.I.). A estes valores estão
associados as respetivas incertezas. É importante notar que, tanto para a posição
da lente como para a posição do foco objeto, considerámos uma incerteza de
0.1, que é o dobro da metade da menor divisão da escala. Fizemos esta escolha
de forma a não subestimar o erro da medição. Para além disso, o valor do foco
imagem e da respetiva incerteza foram obtidos através de cálculos que serão
apresentados no capítulo seguinte. Note-se que nesta lente foi possível chegar
ao valor do foco imagem a partir dos outros dois valores, uma vez que, por se
tratar de uma lente delgada, a distância focal frontal e a distância focal traseira
são iguais. A lente utilizada afirmava ter f=+100mm.

Tabela 1.1: Dados da Lente Delgada


Posição Lente δPosição Lente F.O. δF.O. F.I. δ F.I.
50.0 0.1 40.1 0.1 59.9 0.2

1.2 Lentes Espessas


Para criar a lente espessa, utilizámos uma combinação de duas lentes delgadas
com distâncias focais de +100mm (Lente 1) e de +200mm (Lente 2) (combinação
i do guião fornecido). Tal como era pedido no guião, fizemos com que as duas
lentes estivessem a 6cm de distância. De seguida, determinámos o foco objeto e o
foco imagem através do procedimento descrito no ponto 7.1 do guião fornecido.
No entanto, ao contrário do que foi feito para a lente delgada, neste caso foi
necessário determinar as duas posições através do método descrito no guião, uma
vez que o foco objeto e o foco imagem se medem a partir dos planos principais e
não dos vértices das lentes (para o caso de uma lente espessa). Como tal, não é

1
possível calcular a distância focal frontal e afirmar que a distância focal traseira
é igual. Assim, para determinar o foco objeto, seguimos o procedimento descrito
no ponto 7.1 e, para obter o foco imagem, trocámos a posição do espelho com
a do objeto.

Tabela 1.2: Dados da lente Espessa


Posição Lente 1 δPosição Lente 1 Posição Lente 2 δPosição Lente 2 F.O. δ F.O. F.I. δ F.I.
50.0 0.1 56.0 0.1 43.9 0.1 59.6 0.1

Após termos os valores que caracterizam a lente espessa, efetuámos 11 medi-


ções de um objeto (O), com a altura (y0) de 1.80 ± 0.05. Para tal, colocámos
o objeto a diferentes distâncias do sistema de lentes e registámos a posição da
imagem (I) resultante, bem como a sua altura (yi). Nesta tabela, consideramos
a incerteza do Objeto como ±0.05, uma vez que considerámos que a incer-
teza da escala era suficiente para representar o erro cometido nesta medição.
O mesmo não aconteceu na medição da imagem. Para os valores da imagem,
considerámos, por norma, uma incerteza de ±0.1, visto que achámos que esta
incerteza é suficiente para englobar a incerteza da escala mais o erro na focagem
da imagem. Todavia, existe um dado com uma incerteza de ±0.5. Fizemos esta
escolha de incerteza uma vez que, no ato de medição, a posição de focagem foi
bastante difícil de determinar, pelo que concluímos ser necessário sobrestimar
o erro. Em relação aos valores da altura da imagem, houve certas medidas em
que concluímos que a incerteza associada à escala era suficiente. Porém, houve
casos em que foi necessário estimar uma incerteza de ±0.1, devido ao facto de
a altura mudar com a posição da imagem e haver uma maior incerteza nesta
última medida, garantindo assim que não se subestima o erro.

Tabela 1.3: Medições com a Lente Espessa


Objeto δObjeto Imagem δImagem yi δyi
30.00 0.05 64.6 0.1 1.20 0.05
36.00 0.05 67.8 0.1 1.90 0.05
40.00 0.05 75.8 0.1 3.70 0.05
32.00 0.05 65.0 0.1 1.30 0.05
34.00 0.05 66.2 0.1 1.50 0.05
38.00 0.05 70.7 0.1 2.50 0.05
42.00 0.05 92.4 0.5 7.1 0.1
28.00 0.05 63.7 0.1 1.0 0.1
26.00 0.05 63.4 0.1 0.9 0.1
24.00 0.05 62.9 0.1 0.8 0.1
22.00 0.05 62.7 0.1 0.7 0.1

2
Capítulo 2

Cálculos

2.1 Cálculos da Lente Delgada


Cálculo do Ponto Foco Imagem da Lente Delgada
Tal como foi referido anteriormente, é possível obter o foco imagem de uma
lente delgada sabendo a distância focal da lente. Assim que obtivemos os valores
da posição da lente e da posição do ponto foco objeto no banco óptico, foi
possível obter a posição do ponto foco imagem no banco óptico. Para tal,
utilizou-se a seguinte fórmula:

F.I = P.L. + (P.L. − F.O.)

F.I. = 50.0 + (50.0 − 40.1) ≡ F.I. = 59.9cm


De forma a obter a incerteza, aplicou-se a fórmula de propagação de erro.
p
δF.I. = (2 ∗ δP.L.)2 + (δF.O.)2
p
δF.I. = (2 ∗ 0.1)2 + (0.1)2 ≡ δF.I. = 0.2cm

2.1.1 Cálculo da Distância Focal da lente


Tendo os valores da posição do foco objeto e da posição da lente no banco
óptico, é possível obter a distância focal da lente, bem como a respetiva incer-
teza.
f = P.L. − F.O.
f = 50.0 − 40.1 ≡ f = 9.9cm
p
δf = (δP.L.)2 + (δF.O.)2
p
δf = (0.1)2 + (0.1)2 ≡ δf ≈ 0.1cm
Tal como já foi referido, a distância focal da lente utilizada foi de 100mm.

3
2.2 Cálculos da Lente Espessa
2.2.1 Verificação da fórmula de Newton
A fórmula de Newton é xx0 = f 2 , onde x é a distância do objeto ao plano
focal objeto e x’ é a distância da imagem. Deste modo, é possível calcular os
valores de x e de x’, com as respetivas incertezas para cada linha da tabela 1.3,
utilizando para isso as seguintes fórmulas:

x = F.O. − O.
p
δx = (δF.O)2 + (δO.)2
x0 = I − F.I.
p
δx0 = (δI)2 + (δF.I.)2
De seguida, determinou-se a distância focal através da fórmula de Newton, bem
como a respetiva incerteza. √
f = x ∗ x0
s 2  2
x0 ∗ δ x x ∗ δx0
δf = +
2f 2f
Aplicando estas fórmulas aos valores da tabela 1.3, obtivemos os valores da
tabela seguinte:

Tabela 2.1: Valores cálculados de x, x’ e f com as respetivas incertezas ()em


[cm])
x δx x’ δx’ f δf
13.90 0.11 5.00 0.14 8.34 0.12
7.90 0.11 8.20 0.14 8.05 0.09
3.90 0.11 16.20 0.14 7.95 0.12
11.90 0.11 5.40 0.14 8.02 0.11
9.90 0.11 6.60 0.14 8.08 0.10
5.90 0.11 11.10 0.14 8.09 0.09
1.90 0.11 32.80 0.51 7.89 0.24
15.90 0.11 4.10 0.14 8.07 0.14
17.90 0.11 3.80 0.14 8.25 0.16
19.90 0.11 3.30 0.14 8.10 0.18
21.90 0.11 3.10 0.14 8.24 0.19

De forma a obter um único valor para a distância focal, calculou-se a média


pesada do conjunto de valores de f calculados, utilizando-se para isso as seguintes
fórmulas: P
w i fi
f˜ = Pi
i wi
1
δ f˜ = pP
i wi

4
Nas fórmulas anteriores, wi representa o peso de cada valor de fi e é dado
por wi = 1/δi2 . Aplicando estas fórmulas, chegámos ao seguinte valor para a
distância focal obtida pela fórmula de Newton:

f˜ = 8.09 ± 0.04cm

2.2.2 Determinação da distância focal efetiva do sistema


De forma a obter o valor da distância focal efetiva do sistema graficamente, foi
necessário modelar alguns dos dados para alcançar uma relação linear. Partindo
da fórmula de Newton, f 2 = xx0 , concluímos que, para obter uma relação linear,
é necessário considerar o eixo y com os valores de x’ e o eixo x com os valores
1
do inverso de x. Para obter a incerteza nos valores de , aplicou-se a fórmula
x
de propagação de erros, obtendo-se:
δx
δ1 =
x2
x
Aplicando as fórmulas anteriores aos valores de x’ da tabela 2.1, é possível obter
os valores necessários para a representação gráfica.

Tabela 2.2: Valores Utilizados na representação gráfica [cm]


1/x δ1/x x0 δx0
0.0719 0.0006 5.00 0.14
0.1266 0.0018 8.20 0.14
0.2564 0.0072 16.20 0.14
0.0840 0.0008 5.40 0.14
0.1010 0.0011 6.60 0.14
0.1695 0.0032 11.10 0.14
0.5263 0.0305 32.80 0.51
0.0629 0.0004 4.10 0.14
0.0559 0.0003 3.80 0.14
0.0503 0.0003 3.30 0.14
0.0457 0.0002 3.10 0.14

Assim, para obter uma relação linear na fórmula de Newton, fez-se:


 
1
x0 = f 2
x

Repare-se que a fórmula anterior representa uma relação linear considerando


que o declive da reta y = mx + b é m = f 2 . Fazendo a representação gráfica,
obtém-se o gráfico da figura 2.1.

Fazendo a regressão linear através do straight line fit da North Eastern Uni-
versity, é possível obter o valor do declive da reta de ajuste.

5
Figura 2.1: Rpresentação gráfica dos valores da tabela 2.2

Figura 2.2: Regressão linear do Gráfico da Figura 2.1

Tendo o valor do declive da reta de ajuste, é possível obter a distância focal


efetiva do sistema, bem como a respetiva incerteza. Para tal, utilizaram-se as
seguintes fórmulas:
√ √
f = m ≡ f = 63.26 u 7.95cm
s 
2
δm δm 1.34
δf = ≡ δf = = u 0.08cm
2f 2f 2 ∗ 7.95

2.2.3 Diagrama do sistema óptico


Com os dados obtidos, é possível fazer uma representação do sistema óptico
(figura 2.3).

No entanto, para obter a posição dos planos principais, é primeiro necessário


obter a distância focal da lente. Repare-se que, como o sistema óptico está no
ar (i.e., o meio final e inicial são iguais), então a distância focal frontal e a
distância focal traseira serão iguais. Assim, para obter um único valor para a

6
Figura 2.3: Representação do sistema óptico

distância focal, fez-se a média pesada dos valores de f obtidos graficamente e


pela utilização da fórmula de Newton.

f1 = 8.09 ± 0.04cm ∧ f2 = 7.95 ± 0.08cm

f˜ = 8.06 ± 0.04cm
Repare-se que f > 0 e, como tal, o plano principal 1 deverá estar à direita
do foco objeto e o plano principal 2 deverá estar à esquerda do foco imagem.
Assim, as distâncias dos planos principais às respetivas lentes podem ser obtidas
pelas seguintes fórmulas:

f˜ = (F.O.−L1)+h1 ≡ h1 = f˜+(F.O.−L1) ≡ h1 = 8.06−(43.9−50.0) = +1.96cm


q p
δh1 = (δf˜)2 + (δF.O. )2 + (δL1 )2 ≡ δh1 = 2 ∗ 0.12 + 0.042 u 0.15cm

f˜ = (F.I.−L2)−h2 ≡ h2 = (F.I.−L2)−f˜ ≡ h2 = (59.6−56.0)−8.06 = −4.46cm


q p
δh2 = (δf˜)2 + (δF.I. )2 + (δL2 )2 ≡ δh1 = 2 ∗ 0.12 + 0.042 u 0.15cm

Tendo em conta os valores de h1 e de h2, é possível afirmar que h1 está na posição


da marca de 51.96cm no banco óptico e h2 está na marca 51.54 cm. Assim, o
diagrama do sistema óptico com os planos principais deverá ser semelhante à
figura 2.4.

2.2.4 Verificação da equação dos focos conjugados


Sendo s a distância do objeto ao plano principal 1 e s’ a distância da imagem
ao plano principal 2, é então possível obtê-los através das seguintes fórmulas:

s = (L1 − O) + h1

7
Figura 2.4: Representação do sistema óptico com os planos principais

8
p
δs = (δL1 )2 + (δO )2 + (δh1 )2
s0 = (I − L2) + |h2|
p
δs0 = (δI )2 + (δL2 )2 + (δh2 )2
Olhando agora para a equação dos focos conjugados, obtemos as equações para
1
o valor de e a respetiva incerteza:
f
1 1 1
= + 0
f s s
s 
2  0 2
δs δs
δ1 = +
s2 s02
f
Agora, para obter a distância focal, basta calcular o inverso. A incerteza de f é
dada por:
δ1
f
δf =  2
1
f
Aplicando estas fórmulas aos dados obtidos obtemos os valores da tabela 2.3

Tabela 2.3: Valores cálculados para o teste da equação dos focos conjugados
(Valores em [cm])
s δs s’ δs0 1/f δ1/f f δf
21.96 0.12 13.06 0.15 0.1221 0.0009 8.19 0.06
15.96 0.12 16.26 0.15 0.1242 0.0007 8.05 0.05
11.96 0.12 24.26 0.15 0.1248 0.0009 8.01 0.05
19.96 0.12 13.46 0.15 0.1244 0.0009 8.04 0.06
17.96 0.12 14.66 0.15 0.1239 0.0008 8.07 0.05
13.96 0.12 19.16 0.15 0.1238 0.0007 8.08 0.05
9.96 0.12 40.86 0.51 0.1249 0.0012 8.01 0.08
23.96 0.12 12.16 0.15 0.1240 0.0010 8.07 0.07
25.96 0.12 11.86 0.15 0.1228 0.0010 8.14 0.07
27.96 0.12 11.36 0.15 0.1238 0.0011 8.08 0.07
29.96 0.12 11.16 0.15 0.1230 0.0012 8.13 0.08

2.2.5 Cálculo da Distância Focal Esperada


Para efetuarmos este cálculo vamos utilizar a fórmula da distância focal efetiva
para a combinação de duas lentes:
1 1 1 d
= + −
f f 1 f 2 f1 f2
1 1 1 6 3 25
= + − = ≡f = ≈ 8.33cm
f 10.0 f 20.0 10.0 ∗ 20.0 25 3

9
2.2.6 Cálculo da Amplificação Lateral
A amplificação lateral da imagem pode ser obtida de duas formas: através da
razão entre as alturas ou através da razão entre s e s’.
yi
MA =
yo
s 2  2
δyi yi ∗ δyo
δMA = +
yo yo2
s0
MAteorico = −
s
s 
2  0 2
δs0 s ∗ δs
δMA teorico = +
s s2
Aplicando estas fórmulas ao dados já apresentados, obtêm-se os valores da tabela
2.4.

Tabela 2.4: Valores cálculados para a Ampliação lateral


MA δMA Mteorico δMteorico
-0.67 0.03 -0.59 0.01
-1.06 0.04 -1.02 0.01
-2.06 0.06 -2.03 0.02
-0.72 0.03 -0.67 0.01
-0.83 0.04 -0.82 0.01
-1.39 0.05 -1.37 0.02
-3.94 0.12 -4.10 0.07
-0.56 0.06 -0.51 0.01
-0.50 0.06 -0.46 0.01
-0.44 0.06 -0.41 0.01
-0.39 0.06 -0.37 0.01

10
Capítulo 3

Análise de Dados e Discussão


de Resultados

3.0.1 Lente Delgada


Nos cálculos da lente delgada, chegámos à conclusão de que a distância focal da
lente era de 9.9cm e a distância focal nominal era de 10.0cm. Ou seja, é possível
afirmar que estes valores estão congruentes um com o outro. Por estas razões, é
possível afirmar que este método é valido para a determinação dos pontos focais
de uma lente.

3.0.2 Lente Espessa


Verificação da fórmula de Newton: Comparando os valores da distância
focal efetiva obtidos, f1 = 8.09 ± 0.04 e f2 = 7.95 ± 0.08, concluímos que são
discrepantes. No entanto, tendo a conta as margens de erro, podemos considerar
que os valores são relativamente semelhantes e que a discrepância entre os dois se
deve a erros experimentais, tal como a má focagem. Por isso mesmo, é possível
concluir que a fórmula de Newton é valida para esta associação de lentes, apesar
dos valores serem discrepantes. Queremos ainda mencionar que um dos valores
comparados foi obtido de forma gráfica e seria expectável que a reta resultante
passasse na origem (isto é, em y = mx + b, b=0).Tal era esperado uma vez
1
que, para −→ 0 ou, por outras palavras, x −→ ∞ , a imagem dever-se-ia ter
x
formado sobre o foco imagem (x’=0). No entanto, o mesmo não aconteceu, o
que indica a existência de erros experimentais nos dados, corroborando a origem
da discrepância entre os dois valores.

Verificação da Equação dos Focos Conjugados: Comparando os resulta-


dos para os valores do foco das tabelas 2.1 e 2.3, observamos que a maioria das
distâncias focais calculadas está coerente com os valores de f obtidos no ponto
anterior. Por esta razão, podemos inferir que a equação dos focos conjugados é
verificada.

Comparação dos valores da distância focal: Para além das distâncias


focais obtidas experimentalmente, também se calculou a distância focal que era

11
esperada teoricamente e conclui-se que fteorico = 8.33. Olhando, mais uma
vez, para os valores das tabelas 2.1 e 2.3 e comparando-os com o valor teórico,
concluímos que a maioria dos pontos não está de acordo com o valor esperado,
mas são concordantes, à exceção do primeiro, com o valor de 8.06 ± 0.04. Esta
concordância pode indicar que os erros experimentais cometidos são de caráter
sistemático: os resultados obtidos são muito precisos, mas focam-se em torno de
um valor incorreto. Tal poderá ter-se devido a erros na montagem do sistema,
ou até mesmo a defeitos das lentes, que as desviaram do comportamento que
seria de esperar dados os seus valores nominais.

Ampliação Lateral: Comparando, por fim, os valores das ampliações espe-


radas com o valor obtido, concluímos que, à excepção da primeira linha, os
valores experimentais estão congruentes com os valores esperados e que a dife-
rença existente no valor da primeira linha deve-se a erros experimentais.

3.0.3 Telescópios
Em todas as observações feitas nesta parte, o sistema ótico do telescópio foi
apontado para uma janela para observar Santa Clara. Embora este não seja
um objeto verdadeiramente infinitamente afastado, e por isso não produza raios
paralelos, irá ser aproximado a tal.

Telescópio de Galileu: Observou-se uma imagem virtual, direita e com uma


ligeira ampliação angular face ao objeto. De facto, tendo em conta que os mó-
dulos das distâncias focais das lentes objetiva e ocular eram muito semelhantes
(20.0 cm e 15.0 cm, respetivamente), esperava-se uma ampliação angular, em
20 4
módulo, de |MA | = = u 1.33. Daria para apreciar melhor o efeito de
15 3
ampliação do telescópio se a distância focal da objetiva fosse muito superior à
da ocular, o que não era o caso.

Telescópio de Kepler: Observou-se uma imagem virtual, invertida e com


uma ampliação angular maior do que a do telescópio de Galileu. Desta vez, as
lentes objetiva e ocular tinham distâncias focais de, respetivamente, 20.0 cm e
20
10.0 cm, logo, esperava-se de facto uma ampliação angular maior (|MA | = =
10
2). Mais uma vez, se houvesse uma maior diferença de distâncias focais, seria
mais nítido o efeito de ampliação angular.

O facto de uma das imagens ser direita e a outra invertida é facilmente expli-
cado explicitando os diagramas de raios para cada um dos casos:

Estes diagramas também permitem explicar o facto de as imagens serem vir-


tuais.

12
Figura 3.1: Diagrama de raios de um telescópio de Keppler (Figura retirada da
apresentação da teoria do Professor)

Figura 3.2: Diagrama de raios de um telescópio de Galieleu (Figura retirada da


apresentação da teoria do Professor)

Bíbliografia
1: Guião da Experiência fornecido pelo Professor, "Ondas e Óptica - Trabalho
Prático nº2"

2: Slides das Aulas Teoricas

3: Straight line fit da North Eastern University

13

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