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TANQUES

DE
ARMAZENAMENTO

STENIO MONTEIRO DE BARROS

Teoria
Palavras-Chave:
- Tanques de armazenamento
- Caldeiraria

Rio de Janeiro – Março 2010


B 277

Barros, Stenio Monteiro de.

Tanques de Armazenamento
Stenio Monteiro de Barros
Rio de Janeiro – RJ
PETROBRAS. Recursos Humanos. Universidade Petrobrás, 2009.
5xx p. : il. ; 28 cm.

Bibliografia: p. 5xx- 5xx

ISBN 85-85227-17-6

1 - Tanques de Armazenamento 2 – Caldeiraria


I – PETROBRAS II – PETROBRAS. Recursos Humanos. Universidade
Petrobrás. III – Título

CDD 665.542

É proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios, sem autorização por
escrito, da PETROBRAS – Petróleo Brasileiro S/A ou do autor.

Rio de Janeiro – Março 2010


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Apresentação
Desde a sua criação, a PETROBRAS vem se notabilizando pelo desenvolvimento e
aproveitamento do seu potencial humano, justa consequência de um compromisso
permanente com a qualidade do seu DRH.
A responsabilidade torna-se ainda maior numa época de mudanças rápidas e
cada vez mais frequentes, aonde o Recursos Humanos (RH), através da Universidade
Petrobras (UP), vem enfrentando o desafio de agregar aos seus produtos o que há de
mais moderno em Tecnologia Educacional. Assim é o livro “Tanques de
Armazenamento”, resultado de um esforço de elaboração e editoração, que reforça o
compromisso permanente desta atividade com a qualidade do patrimônio de nossa
PETROBRAS.

Mais do que uma obra mágica divina, a vida retrata um gesto poético de Deus.
Stenio Salles Monteiro de Barros
Meu pai, meu amigo e meu mestre

Março 2010

_________________________________________________________________________ Apresentação III


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Boston 1919

RPBC 1954

_________________________________________________________________________ Apresentação IV
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

CAPÍTULO I
IN T RO DU ÇÃ O

Tanques de armazenamento são equipamentos de caldeiraria pesada,


sujeitos à pressão aproximadamente atmosférica e destinados, principalmente, ao
armazenamento de petróleo e seus derivados.

O presente trabalho tratará, exclusivamente, de tanques de armazenamento


atmosféricos, cilíndricos, verticais, não enterrados, de fabricação soldada e
construídos com chapas de aço carbono. São equipamentos tipicamente
encontrados em refinarias, terminais, oleodutos, bases de distribuição, parques
industriais etc.

A construção de um tanque de armazenamento normalmente é


regulamentada pela norma americana API 650 “Welded Steel Tanks for Oil
Storage”1 do American Petroleum Institute (API). No Brasil utiliza-se, também, a
norma NBR 7821 “Tanques Soldados para Armazenamento de Petróleo e
Derivados”2, publicada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Atualmente, os tanques de armazenamento convencionais — projeto


convencional e material de fabricação nacional — são construídos numa ampla
faixa de capacidades, desde 100 barris (16 m3) até aproximadamente 600.000 barris
(95.400 m3). Como o custo do barril armazenado decresce com o aumento da
capacidade do tanque, haverá, normalmente, o interesse na construção de tanques
de armazenamento com capacidade cada vez maior. Isto será limitado, conforme
veremos, pela espessura requerida ao costado do equipamento. Desta forma,
construções especiais — projeto mais elaborado, material de alta resistência
mecânica e de elevada tenacidade — permitem a construção de tanques de
armazenamento (Figura 1.1) com capacidade superior a 1.000.000 barris (159.000
m3). Os maiores tanques de armazenamento construídos no Brasil, pertencentes à
PETROBRAS, apresentam capacidade nominal da ordem de 600.000 barris (Figura
1.2).

______________________________________________________________________ Introdução 1
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 1.1
Tanque de armazenamento com capacidade acima de 1.000.000 barris.

Figura 1.2
Construção de um tanque de armazenamento com 550.000 barris de capacidade
nominal. (PETROBRAS – RLAM).

______________________________________________________________________ Introdução 2
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

A construção de um tanque de armazenamento merece a mais cuidadosa


atenção possível, principalmente devido aos seguintes motivos:

• elevado investimento de capital envolvido;


• são equipamentos imprescindíveis ao funcionamento de uma unidade
operacional.

A Figura 1.3, indica os principais componentes de um tanque de


armazenamento.

Figura 1.3
Principais componentes de um tanque de armazenamento.

Nas Figuras 1.4 e 1.5 ilustramos alguns tanques de armazenamento pertencentes à


PETROBRAS e, na Figura 1.6, apresentamos um quadro resumo em que um tanque
de armazenamento é enquadrado na grande família de vasos de armazenamento.

______________________________________________________________________ Introdução 3
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

a)

b)

c)

Figura 1.4
Tanques de armazenamento da PETROBRAS. a) Terminal marítimo. b) Região de
produção. c) Refinaria.

______________________________________________________________________ Introdução 4
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

a)

b)

c)

Figura 1.5
Tanques de armazenamento da PETROBRAS. a) Distribuição. b) Petroquímica.
c) Biocombustíveis.

______________________________________________________________________ Introdução 5
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

• Tanques de Armazenamento
API 650 e NBR 7821

Vácuo Pressão
Apêndice V Apêndice F

1 psi 37 mm H 2 0 22 mm H2 0 0 22 mm H20 37 mm H20 2,5 psi

• Tanques de Baixa Pressão


API 620

2,5 psi < P ≤ 15 psi

• Vasos de Pressão
ASME VIII

P > 15 psi
Vácuo Total

Figura 1.6
Classificação dos Vasos de Armazenamento. Tanques de Armazenamento, Tanques
de Baixa Pressão e Vasos de pressão.

______________________________________________________________________ Introdução 6
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

CAPÍTULO II

CLASSIFICAÇÃO
DOS
TANQUES DE ARMAZENAMENTO

Os tanques de armazenamento são classificados, didaticamente, conforme a


natureza do teto, em 3, 4, 123:

• Tanques de Teto Fixo


• Tanques de Teto Móvel
• Tanques de Teto com Diafragma Flexível
• Tanques de Teto Flutuante

2.1 Tanques de Teto Fixo (Fixed Roof)


São tanques cujos tetos estão diretamente ligados à parte superior de seus
costados. Podem ser autoportantes ou suportados por uma estrutura interna
de perfis metálicos. Os tetos autoportantes são apoiados exclusivamente na
periferia do costado.
Dependendo da forma do teto fixo, podemos distinguir as seguintes
variações construtivas:

____________________________________________________________________ Classificação 7
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

a) Teto Cônico (Cone Roof): apresenta a forma aproximada de um cone reto


(Figura 2.1).

Figura 2.1
Teto fixo cônico.

b) Teto Curvo (Dome Roof): apresenta a forma aproximada de uma calota


esférica. Normalmente é autoportante (Figura 2.2).

Figura 2.2
Teto fixo curvo.

____________________________________________________________________ Classificação 8
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

c) Teto em Gomos (Umbrella Roof): é uma modificação do tipo anterior, no


qual qualquer seção horizontal terá a forma de um polígono regular com número
de lados igual ao número de chapas utilizadas nesta região do teto (Figura 2.3).

Figura 2.3
Teto fixo em gomos.

2.2 Tanques de Teto Móvel (Lifting Roof)

São tanques cujos tetos se movimentam externamente ao costado (Figura


2.4), em função da pressão de seu espaço vapor. O equipamento deverá conter
dispositivos de segurança para evitar o excesso de pressão ou vácuo interno. As
perdas por evaporação são evitadas por meio de um sistema de selagem entre o
costado e o teto (Figura 2.5).

Figura 2.4
Teto móvel.

____________________________________________________________________ Classificação 9
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 2.5
Teto móvel. Sistema de selagem. a) Selagem líquida. b) Selagem seca.

2.3 Tanques de Teto com Diafragma Flexível


(Diaphragm)
São tanques em que os tetos são fixos ao costado, mas apresentam a
possibilidade de variar o volume do espaço vapor em consequência da modificação
da pressão de armazenamento (Figura 2.6). A variação do espaço vapor é realizada
pela deformação de um componente interno que funciona como uma membrana
flexível. O diafragma flexível normalmente é fabricado de material plástico
(neoprene, nylon etc.) resistente ao produto armazenado sob a forma líquida ou
vapor.

____________________________________________________________________ Classificação 10
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 2.6
Teto com diafragma flexível.

Tanques de teto móvel e tanques de teto com diafragma flexível


normalmente são utilizados em sistemas fechados, objetivando a redução das
perdas por evaporação, trabalhando como “tanque pulmão” (Figura 2.7).

____________________________________________________________________ Classificação 11
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 2.7
Tanque pulmão.

2.4 Tanques de Teto Flutuante (Floating-Roof)


São tanques cujos tetos estão diretamente apoiados na superfície do líquido
armazenado, no qual flutuam, acompanhando sua movimentação durante os
períodos de esvaziamento e enchimento. São utilizados com o objetivo de
minimizar as perdas por evaporação devido à movimentação de produto. Como o
teto flutuante movimenta-se internamente ao costado, haverá necessidade de um
sistema de selagem. O teto flutuante pode ser:
- externo;
- interno a um tanque de teto fixo (Figura 2.15).

O teto flutuante externo apresenta os seguintes tipos construtivos:


a) Teto Flutuante Simples (Single Deck or Pan-Type Floating-Roof):
consiste essencialmente de um lençol de chapas. O teto é enrijecido por uma
estrutura metálica, na sua parte superior, para lhe conferir a necessária
estabilidade (Figura 2.8). É o tipo mais simples e de construção mais barata. A
flutuabilidade é precária. Dos tipos de teto flutuante é o que apresenta maior perda
por evaporação, pois o teto está em contato direto com o produto armazenado e
transmite, mais facilmente, a energia solar incidente.

____________________________________________________________________ Classificação 12
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 2.8
Teto flutuante simples.

b) Teto Flutuante com Flutuador na Periferia – Pontão Convencional


(Pontoon Floating-Roof): possui, na construção convencional, um disco central
e um flutuador na periferia do teto (Figura 2.9). Apresenta maior flutuabilidade,
menor perda por evaporação e maior custo do que o tipo anterior.

Figura 2.9
Teto flutuante com flutuador na periferia (Pontão Convencional).

____________________________________________________________________ Classificação 13
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Uma variação construtiva do teto flutuante pontão é o tipo “Buoyroof”5,


apresentado na Figura 2.10.

Figura 2.10
Teto flutuante pontão tipo Buoyroof.

Os tetos flutuantes pontão apresentam, principalmente, os seguintes


problemas6:

• dificuldade de drenagem do teto;


• possibilidade de colapso do teto devido à excessiva pressão de vapor do produto
armazenado (bolsão de gás).

c) Teto Flutuante Duplo (Double-Deck Floating-Roof): possui dois lençóis


de chapas ligados, internamente, por uma estrutura metálica formando
compartimentos estanques (Figura 2.11). É uma estrutura robusta e de excelente
flutuabilidade. É o tipo de teto flutuante mais caro, porém apresenta a menor perda
por evaporação, pois os dois lençóis de chapas formam um colchão de ar que
funciona como isolamento térmico entre a superfície do líquido armazenado e a
superfície externa do teto.

____________________________________________________________________ Classificação 14
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 2.11
Teto flutuante duplo.

Os tetos flutuantes duplos apresentam, principalmente, os seguintes


problemas6:

• maior custo de fabricação e de montagem;


• fundações mais caras devido à exigência de menores recalques;
• considerável volume de produto imobilizado por causa da necessidade de
manter sempre o teto flutuando. O apoio desigual das pernas de sustentação do
teto sobre o fundo pode provocar trincas por fadiga junto aos reforços das pernas
de sustentação e nas junções das anteparas dos flutuadores com o lençol inferior do
teto (Figura 2.12). Tais trincas podem provocar o alagamento do teto e até o seu
afundamento;
• possibilidade de graves danos (trincas nas soldas das anteparas) em
tanques com movimentação muito frequente (Figura 2.13).

____________________________________________________________________ Classificação 15
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 2.12
Aspecto das trincas junto às anteparas e pernas de sustentação em tetos flutuantes
duplos6.

Figura 2.13
Trincas nas anteparas em tetos flutuantes duplos devido à movimentação do
produto armazenado6. 1) Enchimento. 2) Esvaziamento.

____________________________________________________________________ Classificação 16
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

2.5 Seleção do Tipo de Tanque de Armazenamento em


Função do Produto Armazenado
A seleção do tipo de tanque de armazenamento em função do produto
armazenado deve ser feita levando em consideração: as condições ambientais, a
segurança operacional, o custo do equipamento e as perdas operacionais. A Tabela
A-1 da Norma N-2707 ilustra tal seleção.

Tabela A-1 da N-270


Tipo de tanque em função do produto armazenado7.

____________________________________________________________________ Classificação 17
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

A Tabela 2.1, recomenda o tipo de teto flutuante externo a ser adotado6, 7.

Diâmetro (m) Tipo de Teto Flutuante


D ≤ 20 Duplo

20 < D ≤ 35 Com flutuador periférico e disco central não reforçado (Pontão Convencional)

D > 35 Com flutuador periférico e disco central reforçado (Pontão Reforçado - Figura 2.14)

Tabela 2.1
Seleção do tipo de teto flutuante externo6, 7.

Figura 2.14
Teto flutuante pontão reforçado. Exemplos.

____________________________________________________________________ Classificação 18
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 2.15
Teto fixo com flutuante interno. Componentes típicos123 .

Figura 2.16
Teto fixo com flutuante interno. Projeto padrão PETROBRAS .

____________________________________________________________________ Classificação 19
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 2.17
Teto fixo geodésico (Geodesic dome roof tank).

Figura 2.18
Cobertura geodésica sobre um teto flutuante interno.

____________________________________________________________________ Classificação 20
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

CAPÍTULO III
LOCALIZAÇÃO DE
UM PARQUE DE
ARMAZENAMENTO

Como parque de armazenamento entendemos a área destinada à


armazenagem e transferência de produtos, onde se situam os tanques de
armazenamento, armazéns e bombas de transferência.

A escolha do local para construção de um parque de armazenamento merece


minucioso estudo e planejamento. Principalmente, os seguintes aspectos deverão
ser considerados:

• natureza do solo: um dos mais importantes fatores a analisar. Uma escolha


inadequada (Figura 3.1) implicará, fatalmente, em elevado custo de fundação para
os tanques de armazenamento;

• necessidade de ampliação: o local escolhido deverá apresentar área


suficiente para as expansões futuras (Figura 3.2);

• facilidade de operação: a elevação do terreno, na região dos tanques de


armazenamento, deverá facilitar as condições de sucção das bombas de
movimentação do produto armazenado (Figura 3.3);

• facilidade de acesso e segurança operacional8: a área a ser ocupada pelo


parque de armazenamento deverá ser de fácil acesso, completamente limpa,
desmatada e destocada. A localização dos tanques de armazenamento deverá
sempre visar à segurança operacional, com a máxima redução de riscos para as
áreas vizinhas. Normalmente, não é permitida a construção de tanques de
armazenamento dentro de zonas densamente construídas. A área ocupada pelo
parque deverá ser isolada do livre acesso de pessoas e animais. Os parques de
armazenamentos deverão ter acessos adequados para os equipamentos de combate
a incêndio (Figura 3.4).

____________________________________________________________________ Localização 21
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 3.1
Solo inadequado. a) Empoçamento de água de chuva. b) Recalque exagerado.

____________________________________________________________________ Localização 22
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 3.2
Expansão prevista.

Figura 3.3
Elevação do terreno visando facilitar a operação.

____________________________________________________________________ Localização 23
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 3.4
Facilidade de acesso e segurança operacional.

____________________________________________________________________ Localização 24
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

CAPÍTULO IV

CAPACIDADE
DE
ARMAZENAMENTO

A capacidade de armazenamento ou tancagem de uma unidade operacional


(Figura 4.1) dependerá de diversos fatores, entre os quais citaremos:

• tipo da unidade operacional: refinaria, base de distribuição etc.;

• produto armazenado;

• produção ou demanda da unidade operacional;

• consumo da região;

• tipo de transporte utilizado para o suprimento da unidade operacional.

A Resolução nº 03/819, do antigo Conselho Nacional do Petróleo (CNP),


atual Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), dispõe
sobre o armazenamento mínimo e o estoque de segurança de petróleo e seus
derivados.

_____________________________________________________ Capacidade de Armazenamento 25


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 4.1
Capacidade de armazenamento de uma unidade operacional.

_____________________________________________________ Capacidade de Armazenamento 26


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

CAPÍTULO V

DETERMINAÇÃO DO
NÚMERO DE TANQUES
DE ARMAZENAMENTO

Fixada a capacidade de armazenamento, conforme vimos anteriormente,


precisamos agora determinar o volume a ser adotado para cada tanque, isto é,
determinar qual o número de tanques a ser construído em função do produto
armazenado.
Diversos aspectos, normalmente, são considerados:
• custo do barril armazenado: o custo do barril armazenado decresce com a
capacidade do tanque de armazenamento;
• segurança da continuidade operacional: quanto maior for o número de
tanques de armazenamento, para um determinado produto armazenado, maior
será a segurança da continuidade operacional;
• manutenção e inspeção: quanto maior for o número de tanques de
armazenamento, maior será o número de tarefas de manutenção e de inspeção;
• exigências de serviço: em algumas situações, o próprio tipo de serviço
determina o número de tanques de armazenamento a ser adotado (Figura 5.1).
Assim, por exemplo, em região de produção, normalmente são construídos
diversos tanques de pequena capacidade para minimizar o problema de
contaminação do produto armazenado. Outro exemplo interessante é o de um
terminal marítimo, no qual o número de tanques de armazenamento e suas
respectivas capacidades dependem principalmente da capacidade dos petroleiros,
da frequência de chegada dos petroleiros ao terminal, da possibilidade ou não de
misturar produtos, do risco de pagamento de sobre estadia etc.;
• perdas por evaporação: em tanques de armazenamento de teto fixo, o
aquecimento e o resfriamento do espaço vapor ocorrem através da superfície
metálica do costado e teto. Obteremos uma menor quantidade de perdas por
evaporação, devido ao aquecimento e resfriamento do meio ambiente, quanto

____________________________________________________________ Número de Tanques 27


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

menor for a superfície de exposição térmica, para um dado volume de líquido


armazenado e mesma diferença de temperatura. Assim, um tanque de grandes
dimensões apresentará menor perda por evaporação do que vários tanques
menores, com a mesma capacidade de armazenamento e armazenando o mesmo
volume total.

Após analisar todos os aspectos citados, bem como seu inter-


relacionamento, poderemos fixar o número de tanques de armazenamento em
função do produto considerado.

Figura 5.1
Exigências de serviço determinando o número de tanques de armazenamento.
a) Região de produção. b) Terminal.

____________________________________________________________ Número de Tanques 28


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

CAPÍTULO VI

D ET E R MI N AÇ Ã O DA S
DIMENSÕES DE UM
TANQUE DE
ARMAZENAMENTO

Após fixação do número de tanques, com as respectivas capacidades


nominais, necessitamos estabelecer as dimensões principais de cada equipamento
— diâmetro e altura — que nos conduzirão ao projeto mais econômico, isto é, ao de
menor custo global.
A utilização de um método analítico para fixar a melhor relação “diâmetro
versus altura” é praticamente impossível, devido ao grande número de variáveis
que interagem na sua determinação. Apesar desta dificuldade, a literatura tem
indicado algumas relações10.

• Tanques de pequena e média capacidade: D ≈ H


8
• Tanques de grande capacidade: D ≈ H
3

Tais relações, fixadas depois de simplificada análise do problema, devem ser


encaradas como primeira aproximação. A determinação definitiva das dimensões
do equipamento será sempre realizada após análise acurada dos seguintes
aspectos:

____________________________________________________________ Dimensões de Tanques 29


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

a) Altura
a.1) O corte de chapas, paralelamente ao comprimento, não é prática
recomendável. Desta forma, a altura de um tanque de armazenamento deve ser
fixada a partir das larguras comerciais das chapas que serão utilizadas no costado.
a.2) Procura-se utilizar no costado, sempre que possível, as chapas com o máximo
comprimento e a máxima largura. Tal procedimento objetiva minimizar as
operações de soldagem e de controle da qualidade. É importante notar que, devido
ao escalonamento de espessura nos diversos anéis, a utilização de chapas com
maior largura implicará numa maior perda por excesso de espessura no costado.
a.3) Procura-se evitar a construção de tanques de armazenamento com grande
altura e pequeno diâmetro pois, neste caso, se a carga de vento não for considerada,
o fato poderá ocasionar sérios problemas estruturais. Como regra geral, a carga de
vento não deve ser desprezada em tanques com altura superior a 3 vezes o
diâmetro.

b) Diâmetro
b.1) Um grande diâmetro poderá ser conveniente quando se desejar uma maior
distribuição da carga do equipamento sobre a fundação, em função da qualidade do
solo na região onde o tanque será construído.
b.2) Um grande diâmetro implicará num maior afastamento entre tanques e,
consequentemente, numa maior área de ocupação para o parque de
armazenamento.
b.3) Um grande diâmetro implicará num menor volume útil para o tanque de
armazenamento (Figura 6.1).

Após análise dos aspectos anteriormente mencionados, poderemos fixar


definitivamente os valores dimensionais para diâmetro e altura de um tanque de
armazenamento.

Figura 6.1
O volume não movimentável em um tanque de armazenamento aumenta com o seu
diâmetro.

____________________________________________________________ Dimensões de Tanques 30


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

CAPÍTULO VII

DIQUES E BACIA DE CONTENÇÃO

Diques apropriados são normalmente construídos em torno de cada tanque,


ou conjunto de tanques, limitando uma região que se denomina bacia de
contenção (Figura 7.1).
Os diques e a bacia de contenção objetivam a segurança da instalação de
armazenamento, apresentando basicamente as seguintes finalidades:
• conter o produto armazenado em caso de rompimento do tanque de
armazenamento ou tubulação de interligação;
• conter o produto armazenado em caso de falha de operação ou qualquer
outro eventual vazamento proveniente do tanque de armazenamento ou de suas
tubulações (Figura 7.2);
• limitar um incêndio a uma pequena área (Figura 7.3).

______________________________________________________ Diques e Bacia de Contenção 31


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 7.1
Diques e bacia de contenção.

Figura 7.2
Bacia de contenção. Retenção de vazamentos.

______________________________________________________ Diques e Bacia de Contenção 32


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 7.3
Bacia de contenção. Limitação de um incêndio.

Os diques podem ser construídos utilizando-se diversos materiais, tais


como: terra, concreto, alvenaria, chapas metálicas etc., sendo os diques de terra e
de concreto os mais frequentes (Figura 7.4).

Figura 7.4
Diques. Materiais de construção. Diques de terra e diques de concreto.

______________________________________________________ Diques e Bacia de Contenção 33


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Os diques de terra devem ser construídos com camadas sucessivas e


uniformes, de espessura de camada não superior a 30 cm, havendo sempre
compactação antes da deposição da camada seguinte. O talude do dique deve ser
definido pela natureza do material empregado, sendo o talude 1:1,5 o normalmente
adotado nos diques de terra. A superfície do dique deve ser protegida da erosão
utilizando-se o plantio de grama, asfaltamento ou outro método adequado. Os
diques de terra são os mais baratos, porém apresentam elevado custo de
manutenção. Uma sobre altura, de aproximadamente 20 cm, normalmente é
adicionada à altura teórica do dique de terra para compensar a redução devida à
compactação e/ou à erosão do terreno. Outros 20 cm devem ser considerados,
independentemente do material do dique, para levar em consideração a onda de
movimentação do produto formada durante a ocorrência de um sinistro.
Os diques de concreto são os mais caros, porém o gasto de manutenção é
praticamente desprezível.
O deslocamento é definido como a parte do volume da bacia de contenção
ocupada pelo tanque, sua base e dique(s) intermediário(s), desde o nível do terreno
da bacia de contenção até o nível da crista do dique.
A bacia de contenção deve possuir um adequado sistema de drenagem,
constituído de drenos de bacia e drenos pluviais. A instalação de drenos pluviais
normalmente só será necessária quando o tempo para infiltração no terreno, da
água de precipitação pluviométrica, for superior a 3 horas. Os drenos de bacia
devem possuir válvulas de bloqueio, externamente à bacia de contenção e
permanentemente fechadas por motivo de segurança. O sistema de drenagem da
bacia deve ser mantido limpo, desobstruído e dimensionado adequadamente, de
modo a eliminar o risco de transbordamento durante o combate a incêndios
(Figura 7.5).

Figura 7.5
Drenagem da bacia de contenção. Obstrução e necessidade de limpeza.

______________________________________________________ Diques e Bacia de Contenção 34


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

As bacias de contenção devem possuir escadas de acesso ao seu interior


(Figura 7.4 e Figura 7.7).
Os tanques de armazenamento, sempre que possível ou exigido por norma11,
devem ser dispostos na bacia de contenção de tal forma que cada tanque tenha pelo
menos um lado adjacente a uma via de acesso. Desta forma, haverá o acesso mais
fácil e rápido do equipamento móvel de combate a incêndio durante um sinistro.

Melhorias recentemente adotadas, tais como: rampas permanentes, para


acesso ao interior da bacia de contenção durante serviços de manutenção (Figura
7.6); e mini-diques com passarelas de acesso aos tanques de armazenamento
(Figura 7.7), são extremamente recomendáveis.

Figura 7.6
Rampa para acesso ao interior da bacia de contenção. Serviços de manutenção.

Figura 7.7
Mini-dique e passarela de acesso ao interior da bacia de contenção.

______________________________________________________ Diques e Bacia de Contenção 35


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

A Resolução nº 308, de 26.10.2006 – DOU 27.10.2006, da Agência Nacional


do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), incorporou a Norma Brasileira
para Armazenamento de Líquidos Inflamáveis e Combustíveis (ABNT NBR 17505
Partes 1 a 7)11, que fixa os requisitos exigíveis para os projetos de instalações de
armazenamento, manuseio e uso de líquidos inflamáveis e combustíveis. Neste
documento encontraremos requisitos exigíveis para localização, disposição,
construção e segurança das instalações de armazenamento de tais produtos.
Em relação aos diques e bacia de contenção, os seguintes requisitos podem
ser encontrados na NBR-17505 Partes 1 e 2:
• disposições gerais: definições e classificação de líquidos inflamáveis e
combustíveis;
• dimensões dos diques (altura e crista);
• possibilidade ou não de grupar tanques de armazenamento dentro de uma
mesma bacia de contenção;
• no caso de tanques grupados dentro de uma mesma bacia de contenção,
necessidade ou não de diques intermediários de separação;
• volume mínimo da bacia de contenção;
• espaçamento entre tanques;
• espaçamento entre tanques e outras instalações, tais como: limites da
propriedade, rodovias, vias férreas, vias públicas, edifícios, vias de acesso da
unidade etc.

NBR 17505 – Parte 1: Disposições gerais. Definições 11.

______________________________________________________ Diques e Bacia de Contenção 36


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item 5.2.3.2 – Contenção por diques em torno de tanques

Volume da Bacia de Contenção

Vbc = Vmt + VBmt + Vdtq1 + Vdtq2 + VBtq1 + VBtq2 + Σ.Vdint

Vmt 1 2

Vdtq1 Vdtq2

Vdint Vdint
VBmtq VBtq1 VBtq2

NBR 17505 – Parte 2 – Item 5.2.3.2.b: Armazenamento em tanques e vasos.


Volume da bacia de contenção. Exemplo ilustrativo 11.

A Portaria No. 104 da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e


Biocombustíveis (ANP) regulamenta o procedimento de inspeção de instalações de
base de distribuição, de armazenamento e de terminal de distribuição de derivados
de petróleo, álcool combustível, biodiesel, mistura de óleo diesel com biodiesel
especificada pela ANP e outros combustíveis automotivos, com a finalidade de
avaliar a conformidade das mesmas com a legislação e normas de proteção
ambiental, segurança industrial e das populações145.
A seguir, reproduzimos alguns trechos desta portaria.

______________________________________________________ Diques e Bacia de Contenção 37


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

O DIRETOR-GERAL da AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, no uso de suas atribuições legais,


considerando o disposto na Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997, a Resolução de Diretoria nº 600, de 14 de
dezembro de 1999, e a Resolução de Diretoria nº 357,de 20 de junho de 2000, torna público o seguinte ato:

Art. 1º Fica regulamentado, pela presente Portaria, o procedimento de inspeção de instalações de base de
distribuição, de armazenamento e de terminal de distribuição de derivados de petróleo, álcool combustível,
biodiesel, mistura de óleo diesel/biodiesel especificada ou autorizada pela ANP e outros combustíveis
automotivos, com a finalidade de avaliar a conformidade das mesmas com a legislação e normas de proteção
ambiental, segurança industrial e das populações.

Art. 2º Para os fins desta Portaria, ficam estabelecidas as seguintes definições:


I – instalações: construções civis, tanques, vasos, equipamentos, dutos, e acessórios necessários à
operação de base de distribuição, de armazenamento e terminal;
II – lista de verificação: lista de itens a serem verificados pela Inspetora nas Instalações, conforme
modelo anexo a esta Portaria;
III – inspeção: serviços de levantamento de dados de campo, registro fotográfico e emissão de avaliação
técnica de conformidade, efetuados de acordo com a lista de verificação e com observância às Portarias ANP n°
170, de 26 de novembro de 1998, e n° 29, de 9 de fevereiro de 1999, da Resolução CNP nº 08, de 21 de setembro
de 1971, e da Portaria CNP n° 76, de 21 de julho de 1966;
IV – inspetora: empresa ou consórcio de empresas contratada pela ANP para executar a inspeção nas
bases de distribuição, de armazenamento e terminais;
V – vistoria: ato praticado pela ANP para avaliar o grau de risco da instalação e determinar a adoção das
medidas cabíveis.

Art. 3º As instalações de base de distribuição, de armazenamento e terminal serão inspecionados por


inspetora.

Art. 4º O proprietário de instalações de base de distribuição, de armazenamento e de terminal de


distribuição de derivados de petróleo, álcool combustível, biodiesel, mistura de óleo diesel/biodiesel especificada
ou autorizada pela ANP e outros combustíveis automotivos obriga-se a:
I - franquear o acesso da inspetora às suas Instalações para execução dos serviços de inspeção;
II – nomear representante para acompanhar os trabalhos da inspetora e atestar a lista de verificação;
III – disponibilizar à inspetora, durante a inspeção, os documentos relacionados na lista de verificação,
devendo a planta geral de locação das instalações ser fornecida em meio magnético.

Art. 5º A autorização de operação das instalações será cancelada quando comprovado, em processo
administrativo com garantia do contraditório e ampla defesa, a recusa do proprietário em se submeter ou
dificultar a inspeção.

Art. 6° A data de realização da inspeção e os nomes dos técnicos da inspetora que efetuarão a inspeção
serão comunicados ao proprietário das instalações, pela ANP, com antecedência mínima de 15 dias corridos.

Art. 7° A ANP comunicará ao proprietário a análise do resultado da inspeção no prazo máximo de 90


(noventa) dias após sua realização.

Art. 8º A ANP estabelecerá prazo para adequação de instalações que não estiverem em conformidade
com a legislação e as normas aplicáveis.

Art. 9º As instalações com pontuação igual ou superior a 350 pontos, apurados de acordo com o indicado
na lista de verificação, ou classificadas, pela inspetora, como de risco iminente serão objeto de imediata vistoria
da ANP, com os poderes que lhe confere a Lei 9847/99.

Art. 10. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Portaria No 104 da ANP145.

______________________________________________________ Diques e Bacia de Contenção 38


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

ANEXO
LISTA DE VERIFICAÇÃO

1 - FICHA DE INSPEÇÃO PARA DIAGNÓSTICO DE EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES


Aos_____dias do mês de_______________de 2xxx,___________________________________ Técnicos
da Empresa ___________________________________, doravante denominada INSPETORA, contratada pela
Agência Nacional do Petróleo - ANP, na forma do Contrato nº______, de _________________, procedemos, por
expressa solicitação e autorização da ANP e em conformidade com a Portaria ANP nº______,
de____de_____________de 2xxx, a inspeção na empresa abaixo discriminada, doravante denominado
PROPRIETÁRIO, com a finalidade de emitir avaliação técnica (diagnóstico) de conformidade das instalações
com a legislação e normas de proteção ambiental, segurança industrial e das populações.

2 - QUALIFICAÇÃO DO PROPRIETÁRIO

Razão Social:______________________________________________
Atividade: ________________________Registro na ANP n.º________
C.N.P.J. n.º:_______________________________________________
Autorização de Operação (AO) n.º___________ de____/____/_______
Endereço das Instalações:_____________________________________
Bairro: _____________ Município: _________________UF:________
CEP.: _________ Fone:________________Fax:__________________
Coordenadas Geográficas: Latitude: _________ e Longitude: _______

3 – ATESTADO

Atesto que fui designado pelo PROPRIETÁRIO,________________________________________________


______________________________________, para acompanhar os técnicos da INSPETORA, anteriormente
nominados, que realizaram, por determinação da ANP, inspeção técnica nessa instalação.
__________________________________________________
Local e Data
__________________________________________________
Nome Legível e Assinatura

4 – PARQUE DE TANCAGEM

PARQUE DE TANCAGEM
(inclusive de água de combate a incêndio)
PREFIXO DO PRODUTO ALTURA DIÂMETRO CAPACIDADE
TANQUE ARMAZENADO (m) (m) (m³)

Portaria No 104 da ANP. Anexo. Lista de Verificação145.

______________________________________________________ Diques e Bacia de Contenção 39


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

5 - DOCUMENTOS APRESENTADOS PELO PROPRIETÁRIO DA INSTALAÇÃO:


5.1 Registro da atividade perante a ANP SIM( ) NÃO( )
Caso afirmativo: n°, data de expedição e validade do registro
Caso negativo: pontuação 20
5.2 Certificado de Vistoria expedido pelo Corpo de Bombeiros SIM( ) NÃO( )
Caso afirmativo: n° , data de expedição e validade da vistoria
Caso negativo: pontuação 15
5.3 Alvará de funcionamento expedido pela Prefeitura local SIM( ) NÃO( )
Caso afirmativo: n° , data de expedição e validade do Alvará
Caso negativo: pontuação 10
5.4 Planta geral de locação das instalações existentes, disponível no local, identificando Norte SIM( ) NÃO( )
verdadeiro, limites da propriedade, vizinhos, arruamento, tanques, edificações, demais
instalações, etc., com cotas, afastamentos e elevações em metros. (A planta deverá ser elaborada
em AutoCad release 12 ou similar, devendo ser entregue à inspetora, em meio magnético).
Caso negativo: pontuação 10

5.5 Planta de locação dos tanques e demais equipamentos SIM( ) NÃO( )


Caso negativo: pontuação 5
5.6 Laudo da resistência elétrica da malha de aterramento, abrangendo equipamentos, plataformas de SIM( ) NÃO( )
carregamento e demais instalações do parque de armazenamento.
Caso negativo: pontuação 8
5.7 Radiografias das soldas dos tanques com o(s) respectivo(s) laudo(s) e Anotações de SIM( ) NÃO( )
Responsabilidade Técnica - ART(s).
Caso negativo: pontuação 5
5.8 Radiografias das soldas das tubulações com o(s) respectivo(s) laudo(s) e ART(s). SIM( ) NÃO( )
Caso negativo: pontuação 3

---------------------------------------------------------------------------------------

10. PONTUAÇÃO TOTAL DAS INSTALAÇÕES: __________ pontos


Local:
Data : ____/____/____

PELA INSPETORA PELO PROPRIETÁRIO

_______________________________ _______________________________
(Nome legível e assinatura) (Nome legível e assinatura)

Recebi 1(uma) cópia da presente LISTA DE VERIFICAÇÃO em: ____/____/____

Nome Legível:___________________________________________________

Assinatura:______________________________________________________

Portaria No 104 da ANP. Anexo. Lista de Verificação145.

______________________________________________________ Diques e Bacia de Contenção 40


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

CAPÍTULO VIII

BASES E FUNDAÇÕES

O projeto e a construção das bases e fundações dos tanques de


armazenamento devem ser orientados de modo que os recalques máximos,
absoluto e diferencial, sejam compatíveis com a segurança do equipamento12, 13.

Recalques, se excessivos, poderão ocasionar:


• deformações e tensões elevadas no equipamento, colocando em risco sua
estabilidade (Figura 8.1);
• esforços elevados nos bocais e tubos conectados ao equipamento, caso não
haja suficiente flexibilidade na tubulação para acomodar os recalques;
• erros na medição de nível;
• funcionamento inadequado de componentes do tanque de armazenamento
como, por exemplo, o sistema de selagem em tanques de teto flutuante.

_______________________________________________________________ Bases e Fundações 41


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 8.1
Falhas em fundações. Recalque excessivo.

O apêndice B do API 6501 apresenta as principais recomendações para a


construção das bases de tanques cilíndricos verticais destinados ao armazenamento
do petróleo e seus derivados.

_______________________________________________________________ Bases e Fundações 42


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

8.1 Cuidados na Execução da Base


A base de um tanque de armazenamento deve ser construída pelo menos 30
cm mais elevada que o fundo da bacia de contenção. Tal procedimento visa garantir
uma drenagem conveniente, mantendo o fundo do tanque praticamente seco.
A norma N-182214 fixa as condições exigidas para o tratamento da superfície
da base de assentamento de tanques de aço para armazenamento de petróleo e seus
derivados. Esta norma, no caso do produto armazenado apresentar temperatura
elevada que possa danificar a fundação do tanque, especifica os cuidados adicionais
que deverão ser realizados no tratamento da superfície da base para se conseguir a
devida proteção de todos os elementos constituintes da fundação do equipamento.
No caso mais frequente de uma fundação direta com anel do concreto, o
tratamento da superfície da base do tanque será constituído de uma base drenante
e de um revestimento (Figura 8.2).

Figura 8.2
Tratamento da superfície de bases de tanques com fundação direta e anel de
concreto14.

A base drenante será composta de material com granulação apropriada,


tendo por finalidade:
• manter a conformação superficial da base do tanque;
• permitir a drenagem das águas do subsolo;
• estabilizar o terreno para possibilitar a movimentação de materiais e
equipamentos durante a construção e montagem do tanque.

_______________________________________________________________ Bases e Fundações 43


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Como composição da base drenante (Figura 8.3), normalmente adota-se


uma das seguintes opções:

a) pedra britada e areia;


b) cascalho grosso lavado e areia;
c) areia grossa limpa.

Figura 8.3
Base drenante e sua imprimação.

_______________________________________________________________ Bases e Fundações 44


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

O revestimento normalmente é constituído de um material


impermeabilizante, objetivando a proteção da chaparia do fundo do tanque contra
a agressividade do solo. Como composição do revestimento, pode-se utilizar uma
das seguintes opções:
a) revestimento betuminoso;
b) argamassa de cimento e areia;
c) concreto simples.

Sendo que não é recomendável a aplicação do revestimento betuminoso


sobre uma base drenante composta de areia grossa limpa.
Antes da aplicação de um revestimento betuminoso é realizada a
imprimação da base drenante (Figura 8.3) através da aplicação de material
asfáltico diluído, visando:
• aumentar a coesão do material da base drenante;
• melhorar a aderência entre a base drenante e o revestimento betuminoso;
• impermeabilizar a base.

A movimentação de materiais e equipamentos poderá danificar o


revestimento betuminoso, causando dificuldades na soldagem e/ou risco de
corrosão na chaparia do fundo. Qualquer irregularidade ou dano provocado no
tratamento da superfície da base de um tanque de armazenamento deve ter sua
correção realizada antes do posicionamento definitivo da chaparia do fundo para
soldagem.
A base dever ser construída com uma inclinação mínima de 1:120, do centro
para periferia. Essa declividade facilitará a limpeza, drenagem e compensará
possíveis recalques que serão mais intensos na parte central. Para tanques
pequenos, com diâmetro no máximo de 6 metros, pode-se permitir a construção da
base plana. No caso de armazenamento da gasolina de aviação (GAV), de
querosene de aviação (QAV) ou de outros produtos com qualidade extremamente
controlada, para se evitar qualquer possibilidade de contaminação do produto
armazenado com água, o caimento da base deverá ser invertido (caimento da
periferia para o centro) e com o sistema de drenagem do fundo do tanque
posicionado no seu centro.

8.2 Tipos de Fundação


Os tanques de armazenamento podem ser construídos sobre 2 tipos de fundação:

a) fundação direta;
b) fundação profunda.

_______________________________________________________________ Bases e Fundações 45


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

8.2.1 Fundação Direta


Apresenta, basicamente, dois aspectos construtivos:

1) aterro compactado: a fundação consiste na remoção da camada superficial do


terreno, substituição por material adequado e compactação (Figura 8.4);

2) anel de concreto: a fundação consiste num anel de concreto periférico,


centrado sob o costado do tanque de armazenamento e região central de terra
compactada (Figura 8.5). A profundidade do anel de concreto, que poderá inclusive
ser estaqueado, dependerá das condições locais do solo. Devem ser previstos
rebaixos para acomodar as portas de limpeza, drenos do fundo ou qualquer outro
acessório que interfira com o anel de concreto. Recomenda-se esse tipo de
fundação direta em qualquer uma das seguintes situações:
• terreno de qualidade duvidosa;
• grandes diâmetros (D ≥ 100 ft);
• grandes alturas (H ≥ 40 ft);
• tanques de teto flutuante.

Figura 8.4
Fundação direta do tipo aterro compactado1, 2.

_______________________________________________________________ Bases e Fundações 46


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 8.5
Fundação direta do tipo anel de concreto1, 2.

_______________________________________________________________ Bases e Fundações 47


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

8.2.2 Fundação Profunda


É o tipo de fundação mais caro e só utilizado quando as condições do solo
não permitirem o emprego da fundação direta. Apresenta uma série de estacas sob
uma laje integral de concreto armado em cima da qual se apóiam as chapas do
fundo e o costado do tanque de armazenamento (Figura 8.6). Tal tipo de fundação
procura distribuir a carga total do equipamento sobre uma superfície
suficientemente grande, de modo a não ocorrer um recalque excessivo. Devem ser
previstos os rebaixos para acomodar as portas de limpeza, drenos de fundo ou
qualquer outro acessório que interfira com a laje de concreto (Figura 8.7).

Figura 8.6
Fundação profunda. Laje integral de concreto armado.

_______________________________________________________________ Bases e Fundações 48


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 8.7
Rebaixos na fundação.

As estacas podem ser de madeira, de aço ou de concreto. As estacas de


concreto do tipo “Franki” são as normalmente utilizadas.
Em tanques com fundação em laje de concreto a superfície da base deve ser
protegida por uma pintura betuminosa evitando-se o contato da umidade da laje
com as chapas do fundo do tanque (Figura 8.8).

Figura 8.8
Fundação profunda. Pintura betuminosa.

As diversas etapas construtivas da fundação de um tanque de


armazenamento, assunto específico e de elevado custo, devem ser supervisionadas
por um especialista em mecânica dos solos.

_______________________________________________________________ Bases e Fundações 49


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

8.3 Comportamento do Solo e Tipos de Recalques


A previsão do comportamento do solo e, consequentemente, a avaliação do
nível de recalque admissível, podem ser obtidas por meio de sondagens, testes de
carga e experiências anteriores com estruturas semelhantes construídas no mesmo
local.
O recalque da fundação de um tanque de armazenamento, em relação à
linha horizontal teórica do fundo do equipamento, pode ser considerado como a
soma dos seguintes componentes15 (Figura 8.9):
a) recalque uniforme: todos os pontos do fundo se deslocam de uma mesma
distância. Normalmente não apresenta problema caso haja flexibilidade suficiente
na tubulação para acomodar tal movimento;

b) recalque do centro do fundo do tanque em relação à periferia:


normalmente acomodado pela declividade contrária da fundação;

c) inclinação do fundo do tanque: movimento de corpo rígido não provocando


deformações ou tensões no costado. Normalmente seu efeito é desprezível devido
às tolerâncias de nivelamento exigidas durante a construção da fundação e do
equipamento;

d) recalque circunferencial diferencial: é o movimento mais crítico, pois


provoca deformações (ovalização) e tensões no costado. É muito mais crítico em
tanques de teto flutuante devido à necessidade do sistema de selagem absorver tal
deformação, podendo ocasionar perdas por evaporação ou prender o teto no
costado.

Figura 8.9
Componentes do recalque da fundação. a) Recalque uniforme. b) Recalque do
centro. c) Inclinação do fundo. d) Recalque diferencial15.

_______________________________________________________________ Bases e Fundações 50


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

8.4 Medição dos Recalques


A norma N-180716 fixa as condições exigíveis na medição de recalques de
fundação durante o teste hidrostático de tanques de armazenamento. Os recalques
são medidos utilizando-se pinos de referência chumbados à cerca de 10 cm abaixo
da face superior da fundação ou, no caso de uma fundação direta com aterro
compactado, fixados em cantoneiras de aço soldadas no costado do equipamento. A
quantidade mínima de pinos de referência é dada pela Tabela 8.1.

DIÂMETRO DO TANQUE (D) QUANTIDADE DE PINOS

D < 30 m 4

30 m ≤ D ≤ 50 m 6

D > 50 m 8

Tabela 8.1
Pinos de referência para medição de recalques16.

Os recalques devem ser medidos durante os seguintes estágios do teste


hidrostático:
a) enchimento:
0%, 25%, 50%, 75% e 100%;

b) esvaziamento:
Tabela 8.2.

DIÂMETRO DO ESTÁGIOS
TANQUE (D) FUNDAÇÃO DIRETA FUNDAÇÃO PROFUNDA
D < 30 m 100% – 0% 100% – 0%
30 m ≤ D ≤ 50 m 100% – 50% – 0% 100% – 0%
D > 50 m 100% – 75% – 50% – 25% – 0% 100% – 50% – 0%

Tabela 8.2
Estágios para medição dos recalques durante o esvaziamento16.

_______________________________________________________________ Bases e Fundações 51


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Os tanques de teto flutuante devem ser cheios até o ponto máximo de


elevação do teto e os de teto fixo até 2 in acima do topo da cantoneira de reforço da
borda superior do costado. O tempo mínimo de enchimento e de esvaziamento,
para cada estágio, deve ser de 2 dias.

As leituras são registradas em folhas de controle de recalque (Figura 8.10).


Após o término do controle de recalques deve ser preparado um relatório final, do
qual constem as folhas de controle de recalque, os gráficos tempo-recalque (Figura
8.11) e as conclusões pertinentes.

Figura 8.10
Folha de controle de recalque16.

_______________________________________________________________ Bases e Fundações 52


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 8.11
Gráfico tempo-recalque.

8.5 Recalques Admissíveis7, 105, 106


Conforme vimos anteriormente, os recalques da fundação produzem
ovalização e tensões no costado de um tanque de armazenamento. A fixação dos
valores de recalques admissíveis será função, principalmente, da qualidade do solo,
da carga considerada no projeto da fundação, das dimensões do equipamento e do
tipo de teto utilizado.

A Norma N-270 indica os seguintes valores máximos de recalques


admissíveis, medidos durante o teste hidrostático, na periferia da base sob o
costado do tanque:
a) recalque absoluto em qualquer ponto da periferia: 300 mm;
b) recalque diferencial entre dois pontos da periferia: 38 mm em 9.000 mm,
medido ao longo do perímetro;
c) recalque diferencial entre dois pontos quaisquer da periferia: 50 mm.

_______________________________________________________________ Bases e Fundações 53


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

A Norma N-270 exige, também, que após o teste hidrostático:


a) o recalque diferencial entre qualquer ponto da periferia da base (sob o costado
do tanque) e um ponto interno a 1.150 mm de distância (medida ao longo do raio)
deve ser, no máximo, 70 mm (Figura 8.12);
b) a declividade entre o centro e a periferia do tanque deve ser, no mínimo, a
declividade estabelecida no projeto do fundo do equipamento.

Para tanques com caimento do fundo da periferia para o centro, a N-270


exige que:
a) na montagem, a declividade do fundo deve ser igual à de projeto;
b) durante o teste hidrostático, o recalque diferencial máximo admissível (∆), entre
qualquer ponto da periferia e o centro do tanque, deve ser de:

∆ < D/A

Onde:
∆ = recalque diferencial máximo admissível em mm;
D = diâmetro nominal do tanque em mm;
A = 250 para tanques com caimento até 2%, inclusive, para o centro e
450 para tanques com caimento de 2% até 4% para o centro.

_______________________________________________________________ Bases e Fundações 54


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Para prevenir falhas em tanques de armazenamento, é prática aconselhável


exigir-se uma série de cuidados adicionais no projeto e na execução do fundo do
equipamento. Tais exigências, em função do nível de recalque esperado e diâmetro
do tanque, estão mencionadas na Tabela 8.3.

O API 6501 apresenta, atualmente, diversos requisitos referentes ao controle


de recalques a serem observados durante a realização do teste hidrostático de um
tanque de armazenamento logo após sua construção (Figura 8.13).

O apêndice B da Norma API 653111 apresenta uma série de indicações a


serem observadas caso haja a necessidade de realizar uma avaliação de recalques
no fundo de um tanque de armazenamento em operação (Figura 8.14 à Figura
8.18).

Figura 8.12.
Recalque localizado na periferia do fundo. Trinca na solda das chapas do fundo
com o costado (Solda do rodo). Medição do recalque110.

_______________________________________________________________ Bases e Fundações 55


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 8.13
Controle de Recalques durante o teste hidrostático de um tanque após construção1.

_______________________________________________________________ Bases e Fundações 56


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Charpy V impact requirements for storage tank materials1 TABLE 1


2
Design metal temperature

Class Type of steel Thickness Below 60º F 60ºF and above


I Rimmed and semikilled
1
t < 5/8 in. 15/12 None
a) Material with a specific minimum yield strength ≤ 35,000 psi and 5/8 in. ≤ t ≤ 1 1/2 in. 15/12 15/12
a specified maximum tensile strength ≤ 65,000 psi.
b) Material with a specific minimum yield strength ≤ 40,000 psi and t < 1/2 in. 15/12 None
a specified maximum tensile strength ≤ 85,000 psi. 1/2 in. ≤ t ≤ 1 1/2 in. 25/20 25/20
II Fully killed3
t < 1/2 in. 20/16 None
a) Material with a specified minimum yield strength ≤ 35,000 psi and
1/2 in. ≤ t ≤ 1 1/2 in. 25/20 25/20
a specified maximum tensile strength ≤ 75,000 psi.
b) Material with a specified minimum yield strength ≤ 50,000 psi and t < 1/2 in. 25/20 None
a specified maximum tensile strength ≤ 90,000 psi. 1/2 in. ≤ t ≤ 1 1/2 in. 35/28 35/28
III High strength None
Material with a specified minimum yield strength ≤ 70,000 psi t < 1/2 in. 30/25 40/35
and a specified maximum tensile strength ≤ 100,000 psi. 1/2 in. ≤ t ≤ 1 in. 40/35
1 in. ≤ t ≤ 1 1/2 in. 50/45 50/45
1. In the notation such as 15/12, the first number is the minimum average energy in ft-lb of three specimens while the second number is the minimum for one specimen
when full-size specimens are used, i.e., a 10 mm x 10 mm cross section.
2. As defined in API Standard 650 (Par. D.2 (b) in 1970 Edition).
3. Deoxidized steels made with fine grain pratice and containing at least 0.10% residual silicon.

TABLE 2 – Required annular plate thickness TABLE 3 – Maximun allowable settlements


Bottom Shell Course Annular Plate
Category I II III
Thickness Nominal Thickness
Up to 1/2 in. 1/4 in. Max. Shell Settlement (in) 12 6 2
Max. Differential Settlement
Up to 7/8 in. 5/16 in. < 2 in. in 30ft < 1 in. in 30 ft < 1/2 in. in 30 ft
of Bottom
Up to 1 1/4 in. 3/8 in.

Over 1 1/4 in. 7/16 in.

TABLE 4 – Tank bottom design requirements


Predicted Settlements Tank Diameter, D
Maximum at Differential in
D ≤ 50 ft. 50 < D ≤ 150 ft. D > 150 ft.
Shell Bottom
< 12 in. < 2 in. in 30 ft. Per API 650. Annular plates of 6 ft. min. width
Annular plates 3 ft. min. width and per Table 2.
Mat’1. per Table 1 and per Table 2.
Two-pass bottom welds per Note 1. Three-pass bottom plate welds per
Note 2.
Exceptions to the above requirements are permissive as shown below if settlements can be predicated accurately to fall within the following limits:
< 1/2 in. Annular plates of 2 ft. min. width
< 2in. Per API 650 Per API 650
in 30 ft. and per Table 2.
Annular plates of 4 ft. min. width
< 1 in. in Annular plates of 2 ft. min. with and per Table 2.
<6 Per API 650 and per Table 2. Two-pass bottom
30 ft. Two-pass bottom welds per Note 1.
welds per Note 1.
Notes:
1. The two-pass procedure shall consist of two passes with a 7018 rod. Bottom leg of finished weld shall be 3/8 inch – 1/16 inch. Breaking strengh shall be demonstred
to be at least 70% of that for unwelded plate at room temperature using a 3 inch wide test piece.
2. The three-pass procedure shall consist of a root pass with a 6010 rod and two subsequent passes with a 7018 rod. Bottom leg of finished weld shall be 3/8 inch – 1/16
inch. Breaking strength shall be demonstrated to be at least 80% of that for unwelded plate at room temperature using a 3 inch wide test piece.

Recommended foundation for large tanks supported by soil

Tabela 8.3
Exigências adicionais no projeto e na execução do fundo de tanques de
armazenamento12, 13.

_______________________________________________________________ Bases e Fundações 57


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 8.14
Apêndice B do API 653 – Avaliação de recalques no fundo. Tanque em operação.
Medição de recalques externamente ao costado. Número de pinos de medição 111.

Figura 8.15
Apêndice B do API 653 – Avaliação de recalques no fundo. Tanque em operação.
Medição de recalques localizados internamente ao fundo111.

_______________________________________________________________ Bases e Fundações 58


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 8.16
Apêndice B do API 653 – Avaliação de recalques no fundo. Tanque em operação.
Medição de recalques externamente ao costado. Critério de Aceitação 111.

_______________________________________________________________ Bases e Fundações 59


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Solução Gráfica

Figura 8.17
Apêndice B do API 653 – Avaliação de recalques no fundo. Tanque em operação.
Recalques localizados internamente ao fundo. Critério de Aceitação.
Soldas do fundo com um passe 111.

_______________________________________________________________ Bases e Fundações 60


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

B ≤ Bew . . . . . Junta sobreposta aproximadamente paralela (± 20º) ao costado


B ≤ Be . . . . . Junta sobreposta aproximadamente perpendicular (± 20º) ao costado
Junta de topo ou região sem solda
B ≤ Be – (Be-Bew). sen α . . . . . Junta sobreposta com inclinação α (Figure B-12)

Figura 8.18
Apêndice B do API 653 – Avaliação de recalques no fundo. Tanque em operação.
Recalques localizados no rodo. Critério de Aceitação 111.

_______________________________________________________________ Bases e Fundações 61


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Deformação no fundo (sulco : comprimento 35m


largura 20cm 1,5m do costado)
Acúmulo de água (não drenada)
Misturadores Inoperantes
Corrosão Acentuada
Rompimento do fundo / base
Inundação da Bacia de Contenção com Crú
Risco de Incêndio

Figura 8.19
Recalques no fundo afetando a integridade de um tanque de armazenamento.

_______________________________________________________________ Bases e Fundações 62


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

CAPÍTULO IX

NORMAS DE CONSTRUÇÃO

A seguir descreveremos, resumidamente, as principais normas adotadas na


construção de um tanque de armazenamento.

9.1 API Standard 650 “Welded Steel Tanks for Oil


Storage” do American Petroleum Institute1
Abrange especificações sobre material, projeto, fabricação, montagem e
testes de tanques de armazenamento verticais, cilíndricos, não enterrados, com o
topo fechado ou aberto, de construção soldada, com várias dimensões e
capacidades, para serviço não refrigerado, com temperatura de projeto máxima de
260º C e pressão interna aproximadamente atmosférica (não superior a 2,5 psig).
O API 650, atualmente, na sua 11ª edição, Addendum 1, novembro de 2008,
apresenta as seguintes seções e apêndices:

Seção 1 — Escopo
Seção 2 — Referências Normativas
Seção 3 — Definições
Seção 4 — Materiais
Seção 5 — Projeto
Seção 6 — Fabricação
Seção 7 — Montagem
Seção 8 — Métodos de inspeção das juntas soldadas
Seção 9 — Qualificação de procedimentos de soldagem, qualificação de soldadores
e operadores de soldagem
Seção 10 — Marcação

_____________________________________________________________ Normas de Construção 63


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Apêndice A — Projeto opcional para tanques pequenos


Apêndice B — Práticas recomendadas para o projeto e construção de fundações
Apêndice C — Tetos flutuantes externos (External Floating Roofs)
Apêndice D — Consultas técnicas
Apêndice E — Projeto de tanques submetidos a cargas sísmicas
Apêndice EC — Comentários do Apêndice E
Apêndice F — Projeto de tanques submetidos a pequenas pressões internas
(Pressão interna máxima de 2,5 psi)
Apêndice G — Projeto, fabricação e montagem de tetos em domo,
estruturalmente suportados e construídos em alumínio
(Structurally-Supported Aluminum Dome Roofs) - (Figura 9.1a)
Apêndice H — Tanques de teto fixo com flutuante interno
(Internal Floating Roofs) - (Figura 9.1b)
Apêndice I — Recomendações para o projeto e construção de sistemas de
detecção e de proteção da base de um tanque de armazenamento
no caso de vazamento no fundo do equipamento164
Apêndice J — Tanques de armazenamento montados na fábrica (Figura 9.2)
Apêndice K — Exemplo de aplicação do procedimento do ponto variável de
projeto na determinação da espessura requerida ao costado
Apêndice L — Folha de dados
Apêndice M — Requisitos adicionais para tanques operando em temperatura
elevada (entre 93ºC e 260ºC)
Apêndice N — Utilização de materiais disponíveis, porém não identificados
conforme as especificações recomendadas pelo API 650
Apêndice O — Recomendações para construção de conexões sob o fundo do
equipamento
Apêndice P — Cargas externas admissíveis em aberturas do costado
Apêndice R — Combinação de cargas
Apêndice S — Tanques de armazenamento construídos com aço inoxidável
austenítico
Apêndice SC — Tanques de armazenamento construídos com aço carbono e aço
inoxidável austenítico (mixed material storage tanks)
Apêndice T — Sumário dos requisitos de ensaios não destrutivos
Apêndice U — Ensaio por ultra-som em substituição do ensaio radiográfico
Apêndice V — Projeto de tanques de armazenamento submetidos à pressão
externa (Vácuo máximo de 1 psi)
Apêndice W — Documentação técnica e comercial recomendada
Apêndice X — Tanques de armazenamento construídos com aço inoxidável
duplex
Apêndice AL — Tanques de armazenamento construídos com alumínio

_____________________________________________________________ Normas de Construção 64


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 9.1
a) Tanque com teto em domo, estruturalmente suportado e construído em
alumínio. API 650 Apêndice G.
b) Tanque de teto fixo com teto flutuante interno. API 650 Apêndice H.

_____________________________________________________________ Normas de Construção 65


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 9.2
Tanque totalmente montado na fábrica. API 650 Apêndice J.

9.2 NBR 7821 “Tanques Soldados para Armazenamento


de Petróleo e Derivados” da Associação Brasileira de
Normas Técnicas — ABNT2
A antiga NB-89, atual NBR 7821, estabelece as exigências mínimas que
devem ser seguidas para materiais, projeto, fabricação, montagem e testes de
tanques de aço carbono, soldados, cilíndricos, verticais, não enterrados, com teto
fixo ou flutuante, destinados ao armazenamento de petróleo e seus derivados
líquidos. A norma abrange apenas tanques sujeitos a uma pressão próxima da
atmosférica (pressão manométrica máxima de 0,0035 kgf/cm2 e vácuo máximo de
0,0038 kgf/cm2) e cujos produtos armazenados tenham temperaturas
compreendidas entre os seguintes extremos: – 6ºC e + 200ºC. Seu Anexo F
estabelece requisitos adicionais para tanques de teto fixo dimensionados para
pequenas pressões internas, acima de 0,0035 kgf/cm2.

_____________________________________________________________ Normas de Construção 66


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

9.3 BSI BS EN 14015 “Specification for the design and


manufacture of site built, vertical, cylindrical, flat-
bottomed, above ground, welded, steel tanks for the
storage of liquids at ambient temperature and above” do
British Standards Institution — BSI17
Especifica os requisitos para materiais, projeto, fabricação, montagem e
testes de tanques de aço, não enterrados, não refrigerados, soldados no canteiro,
cilíndricos, verticais e de fundo plano. Projeto com pressão máxima de 500 mbar e
vácuo máximo de 20 mbar. Temperatura de projeto entre -40 oC e +300 oC.

9.4 API Standard 620 “Design and Construction of


Large, Welded, Low-Pressure Storage Tanks” do
American Petroleum Institute18
Abrange o projeto e a construção de grandes tanques de baixa pressão,
soldados, montados no campo e usados para armazenamento de petróleo e
derivados com pressão manométrica, no máximo, de 15 psi no espaço vapor (Figura
9.3).

Figura 9.3
Tanque de baixa pressão projetado pelo API 6203, 18.

_____________________________________________________________ Normas de Construção 67


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

9.5 API Standard 2000 “Venting Atmospheric and Low-


Pressure Storage Tanks (Non-Refrigerated and
Refrigerated)” do American Petroleum Institute19
Especifica os requisitos normais e de emergência para tanques de
armazenamento, não enterrados, de petróleo e seus derivados líquidos ou para
tanques de armazenamento refrigerado, enterrados ou não, de hidrocarbonetos
líquidos. A norma abrange tanques projetados para operação até 15 psi de pressão
manométrica.

9.6 API Specification 12A “Specification for Oil


Storage Tanks with Riveted Shells” do American
Petroleum Institute20
Especifica os requisitos para materiais, projeto, fabricação e montagem de
tanques de aço, verticais, cilíndricos, não enterrados, com o costado rebitado,
capacidade nominal de 240 bbl a 250.000 bbl (em tamanhos padronizados) e
destinados a serviços em campos de produção. Contém, também, especificações de
acessórios (Figura 9.4).

Figura 9.4
Tanque rebitado4, 20.

_____________________________________________________________ Normas de Construção 68


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

9.7 API Specification 12B “Specification for Bolted Tanks


for Storage of Production Liquids” do American
Petroleum Institute21
Especifica os requisitos para materiais, projeto, fabricação, montagem e
testes de tanques de aço, verticais, cilíndricos, não enterrados, com o costado
aparafusado, capacidade nominal de 100 bbl a 10.000 bbl (em tamanhos
padronizados), sujeitos a uma pressão aproximadamente atmosférica e destinados
a serviços em regiões de produção. Contém também especificações de acessórios
(Figura 9.5).

Figura 9.5
Tanque aparafusado21. Região de produção.

9.8 API Specification 12D “Specification for Field Welded


Tanks for Storage of Production Liquids” do American
Petroleum Institute22
Especifica os requisitos para materiais, projeto, fabricação, montagem e
testes de tanques de aço, verticais, cilíndricos, não enterrados, soldados na obra,
capacidade nominal de 500 bbl a 10.000 bbl (em tamanhos padronizados), sujeitos
a uma pressão aproximadamente atmosférica e destinados a serviços em regiões de
produção.

_____________________________________________________________ Normas de Construção 69


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

9.9 API Specification 12E “Specification for Wooden


Production Tanks” do American Petroleum Institute23
Especifica os requisitos para materiais, projeto, fabricação e montagem de
tanques de madeira, verticais, cilíndricos, não enterrados, de teto fixo, capacidade
nominal de 130 bbl a 1.500 bbl (em tamanhos padronizados) e destinados a
serviços em regiões de produção (Figura 9.6).

Figura 9.6
Tanque de madeira23.

9.10 API Specification 12F “Specification for Shop


Welded Tanks for Storage of Production Liquids’’ do
American Petroleum Institute24
Especifica os requisitos para materiais, projeto, fabricação e testes de
tanques pequenos de aço, verticais, cilíndricos, não enterrados, soldados em
oficina, capacidade nominal de 90 bbl a 750 bbl (em tamanhos padronizados e
diâmetro máximo de 15,5 ft), sujeitos a uma pressão aproximadamente atmosférica
e destinados a serviços em regiões de produção (Figura 9.7 e Tabela 9.1).

_____________________________________________________________ Normas de Construção 70


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 9.7
API 12 F. Tanque soldado em oficina e transportado para o local de utilização24.
Região de produção.

Tabela 1 e Figura 1 do API 12F


Valores Dimensionais. Capacidades Padronizadas24.

_____________________________________________________________ Normas de Construção 71


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

9.11 N-270 “Projeto de Tanque de Armazenamento


Atmosférico” da Comissão de Normas Técnicas da
PETROBRAS7
Fixa as condições exigíveis para o projeto mecânico de tanque de superfície,
para armazenamento de petróleo, seus derivados líquidos e outros produtos
líquidos, tais como: álcool, água, biodiesel etc. Esses tanques são metálicos, de
fabricação e montagem soldada, cilíndrico-verticais, com teto fixo, teto flutuante
externo, teto fixo com flutuante interno ou sem teto. Os tanques são usados para
serviços não refrigerados, armazenando produto na temperatura ambiente ou
produto aquecido até a temperatura máxima de 260 oC.
Esta Norma complementa a norma API STD 650. As condições não fixadas
pela Norma PETROBRAS N-270 devem estar em conformidade com a norma API
STD 650.

9.12 N-271 “Montagem de Tanques de


Armazenamento” da Comissão de Normas Técnicas da
PETROBRAS25
Fixa as condições exigíveis para a montagem de tanques de armazenamento
cilíndricos, verticais, soldados, operando a pressões atmosféricas e temperaturas
entre – 6º C e 150º C ou pressões até 98 kPa (1 kgf/cm2) e temperaturas entre –
50º C e 95º C.

9.13 N-1888 “Fabricação de Tanque Atmosférico” da


Comissão de Normas Técnicas da PETROBRAS26
Fixa as condições exigíveis para a fabricação, executada em oficina, de um
tanque de armazenamento atmosférico ou de seus componentes.
Considera-se como tanque de armazenamento atmosférico o equipamento
assim definido na Norma PETROBRAS N-270.

_____________________________________________________________ Normas de Construção 72


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

CAPÍTULO X

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

10.1 Chapas
As chapas utilizadas em tanques de armazenamento são fabricadas em usinas
siderúrgicas. Com relação às bordas, podem ser fornecidas:

• com bordas universais (naturais): apresentam as bordas naturais de


laminação;
• com bordas aparadas: as bordas de laminação foram eliminadas por
meio de aparamento lateral. São normalmente utilizadas no fundo e teto de
tanques de armazenamento. Para o costado, devido às tolerâncias de montagem,
haverá necessidade de esquadrejamento.

As chapas podem, conforme a espessura, ser classificadas em:

• chapas grossas: com espessura igual ou superior a 1/4 in;


• chapas finas: com espessura inferior a 1/4 in.

São as seguintes as dimensões comerciais de chapas fabricadas no Brasil e


normalmente adotadas7:
a) espessura até 4,75 mm (chapas finas laminadas a quente):
1 500 mm x 6 000 mm ou 1 800 mm x 6 000 mm, com as bordas aparadas;

b) espessura 6,30 mm e acima (chapas grossas laminadas a quente):


2 440 mm x 12 000 mm, com as bordas aparadas.

__________________________________________________________ Materiais de Construção 73


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

A Norma ABNT NBR 11889124 apresenta as seguintes espessuras


padronizadas para as chapas grossas fornecidas pelas usinas brasileiras:

Espessura Massa por Espessura Massa por Espessura Massa por Espessura Massa por
2(A) 2(A) 2(A) 2(A)
(mm) m (kg) (mm) m (kg) (mm) m (kg) (mm) m (kg)

5,30 41,61 12,00 94,20 26,50 208,03 63,00(B) 510,25

5,60 43,96 12,50(B) 98,13 28,00 219,00 70,00 549,50

6,00 47,10 13,20 103,62 30,00 235,50 75,00(B) 588,75

6,30(B) 49,46 14,00 109,90 31,50(B) 247,28 80,00 628,00

6,70 52,60 15,00 117,75 33,50 262,98 90,00 706,50

7,10 55,74 16,00(B) 125,60 35,00 274,75 100,00(B) 785,00

7,50 58,88 17,00 133,45 37,50(B) 294,38 110,00 863,50

8,00(B) 62,80 18,00 141,30 40,00 314,00 120,00 942,00

8,50 66,73 19,00(B) 149,15 42,50 333,63 130,00 1020,00

9,00 70,65 20,00 157,00 45,00 353,25 140,00 1099,00

9,50(B) 74,58 21,20 166,42 47,50 372,88 150,00 1177,50

10,00 78,50 22,40(B) 175,84 50,00(B) 392,50 — —


10,60 83,21 23,60 185,26 55,00 431,75 — —
(B)
11,20 87,92 25,00 196,25 60,00 471,00 — —
(A) 3 3
A massa indicada tem por base a massa específica média de 7,85 x 10 kg/m .
(B)
As espessuras são preferenciais, isto é, são padrões em pelo menos uma usina.

As chapas finas, de aço-carbono, utilizadas em tanques de armazenamento,


devem estar de acordo com a última edição da norma ASTM A 1011 Gr 33.

As chapas grossas, de aço-carbono, utilizadas em tanques de


armazenamento, devem estar de acordo com a última edição de uma das seguintes
especificações relacionadas na Seção 4 do API 650, respeitando-se as modificações
e os limites de espessura indicados (Itens 4.2.2 a 4.2.5 e Tabela 4-2 do API 650).

__________________________________________________________ Materiais de Construção 74


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Itens 4.2.2 a 4.2.5 do API 650


Especificações para chapas grossas. API 650 — Section 4 — Materials — Plates1.

__________________________________________________________ Materiais de Construção 75


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabela 4-2 do API 650


Especificações para chapas grossas. API 650 — Section 4 — Materials — Plates1.

O uso ou presença de nióbio, vanádio, nitrogênio, cobre, níquel, cromo e


molibdênio não deverá exceder os limites apresentados na Tabela 4-1 do API 650.

Tabela 4-1 do API 650


Máximo teor de elementos de liga1.

__________________________________________________________ Materiais de Construção 76


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Os materiais são classificados pelo API 650 em 8 grupos, conforme indicado


nas Tabelas 4.3a e 4.3b do API 650.

Tabela 4-3a do API 650


Grupos de materiais. Sistema Internacional de Unidades (SI Units)1.

__________________________________________________________ Materiais de Construção 77


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabela 4-3b do API 650


Grupos de materiais. Sistema Americano de Engenharia (US Customary Units)1.

__________________________________________________________ Materiais de Construção 78


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

A Figura 4.1 do API 650 indica a necessidade ou não de realização de teste


de impacto em função do grupo de material, espessura da chapa do costado e
temperatura mínima de projeto do tanque.
A Norma N-270 atualmente define como temperatura mínima de projeto do
tanque o menor dos seguintes valores:
a) a mais baixa temperatura média diária da localidade de construção do tanque
acrescida de 8º C;
b) a temperatura mínima do produto armazenado.

Figura 4-1 do API 650


Temperatura mínima de projeto permitida para chapas do costado de tanques de
armazenamento sem realização de teste de impacto1.

As chapas com espessura superior a 1,5 in devem ser de aço acalmado,


fabricadas com a técnica de grão fino e testadas, obrigatoriamente, ao impacto. Tais
chapas devem ser normalizadas ou temperadas e revenidas.

__________________________________________________________ Materiais de Construção 79


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

O teste de impacto, quando necessário, deve ser realizado conforme a ASTM


A 37027. O corpo de prova Charpy deve ter o entalhe em V tipo A e com a aresta do
entalhe posicionada perpendicularmente à superfície da chapa a ser testada.
As Tabelas 4-4a e 4-4b do API 650 indicam os requisitos mínimos exigidos
no teste de impacto.

Tabelas 4-4a e 4-4b do API 650


Requisitos mínimos de aceitação no teste de impacto Charpy com entalhe em V1.

10.2 Perfis Estruturais


Devem estar de acordo com a última edição de uma das especificações
listadas no item 4.4 do API 650.

__________________________________________________________ Materiais de Construção 80


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item 4.4 do API 650


Especificações para perfis estruturais (Structural Shapes) 1.

10.3 Tubos e Forjados


Tubos, acessórios de tubulações e forjados devem estar de acordo com a
última edição de uma das especificações listadas no item 4.5 do API 650 ou com
especificações nacionais equivalentes.

Item 4.5 do API 650


Especificações para tubos e forjados (Piping And Forgings) 1.

__________________________________________________________ Materiais de Construção 81


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figure 4-3 – Governing Thickness Impact Test Determination of Shell Nozzle and Manhole Materials (See 4.5.5.3)

Item 4.5 e Figura 4-3 do API 650


Especificações para tubos e forjados (Piping And Forgings) 1.

__________________________________________________________ Materiais de Construção 82


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

10.4 Flanges1,7,28,29,30,31,32
A Norma N-270 especifica que:
• os flanges e luvas devem ser de aço forjado ASTM A 105;
• para diâmetros de 16” e acima, admite-se os flanges de chapa ASTM A 285 Gr C,
ASTM A 515 Gr 60/70 ou ASTM A 516 Gr 60/70, desde que devidamente
calculados de acordo com o Appendix 2 do Código ASME Section VIII Div.1.
• para diâmetros até inclusive 10”, o pescoço deve ser de tubo conforme uma das
seguintes especificações:
a) API 5L Gr A/B;
b) ASTM A 106 Gr A/B;
c) ASTM A 53 Gr A/B.
• para diâmetros acima de 10”, o pescoço deve ser de:
a) tubos com costura, de chapa:
- ASTM A 285 Gr C;
- ASTM A 516 Gr 60/70;
- ASTM A 515 Gr 60/70;
b) tubos de especificação ASTM A 53 Gr B ou API 5L Gr B.

O API 650, para flanges, no item 4.6, especifica que:

Item 4.6 do API 650


Especificações para flanges (Flanges) 1.

10.5 Parafusos, Estojos e Porcas1,7,33,34,35


A Norma N-270 especifica que:
• os parafusos e estojos devem ser de aço ASTM A 193 Gr B7, dimensões conforme
norma ASME B 18.2.1 e classe de ajuste 2A da norma ASME B 1.1;
• as porcas devem ser de aço ASTM A 194-2H, dimensões conforme norma ASME
B 18.2.2 e classe de ajuste 2B da norma ASME B 1.1.

O API 650, no item 4.7, especifica que:

__________________________________________________________ Materiais de Construção 83


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item 4.7 do API 650


Especificações para parafusos, estojos e porcas (Bolts, anchors and nuts) 1.

10.6 Eletrodos
Os eletrodos para soldagem manual a arco elétrico, de materiais com limite
de resistência à tração inferior a 80.000 psi, devem pertencer às séries E 60 ou E
70 da classificação contida na última edição da especificação AWS A 5.136. Para
materiais com limite de resistência à tração de 80.000 psi até 85.000 psi, os
eletrodos devem pertencer às séries E 80XX-CX da classificação contida na última
edição da especificação AWS A 5.537.
Eletrodos básicos (baixo hidrogênio) devem ser utilizados,
obrigatoriamente, na soldagem manual a arco elétrico, nas seguintes condições:
• soldagem de chapas do costado com espessura superior a 0,5 in para materiais
dos grupos I a III;
• soldagem de chapas do costado, independentemente do valor da espessura, para
materiais dos grupos IV a VI.

Item 4.8 do API 650


Especificações para eletrodos. Soldagem manual a arco elétrico1.

__________________________________________________________ Materiais de Construção 84


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

CAPÍTULO XI

PROJETO DO FUNDO

11.1 Declividade

Os tanques de armazenamento devem ter o fundo cônico, com caimento


mínimo de 1:120 do centro para a periferia. Os tanques pequenos, com diâmetro
até 6 m, podem ter o fundo plano.

No caso de armazenamento de produtos com qualidade extremamente


controlada (teor de água), tais como: gasolina de aviação (GAV), querosene de
aviação (QAV) e biodiesel, o fundo do tanque deve ser cônico com o caimento da
periferia para o centro e com o dreno de fundo preferencialmente posicionado na
sua parte central. Neste caso, a declividade para o centro normalmente utilizada é
de 1:25.

11.2 Disposição, Material e Dimensões das Chapas


O contorno do fundo de um tanque de armazenamento pode ser realizado
adotando-se dois tipos de disposição de chapas:

• chapas anulares (annular plates): Figura 11.1;


• chapas recortadas (sketch plates): Figura 11.2.

________________________________________________________________ Projeto do Fundo 85


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 11.1
Disposição típica da chaparia do fundo com chapas anulares. Figura B-1 da N-2707.

________________________________________________________________ Projeto do Fundo 86


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 11.2
Disposição típica da chaparia do fundo com chapas recortadas. Figura B-2 da N-
2707.

________________________________________________________________ Projeto do Fundo 87


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

A qualidade mínima para o material de todas as chapas do fundo é a


especificação em aço carbono ASTM A 283 Gr C. As chapas anulares (Figura 11.1)
devem ser da mesma especificação de material utilizada no primeiro anel do
costado.
As chapas do fundo devem apresentar as bordas aparadas e espessura
mínima de 1/4 in (6 mm), excluída qualquer sobre-espessura de corrosão.
A sobre-espessura para corrosão só deve ser adotada quando o produto
armazenado provocar corrosão uniforme no fundo do equipamento. Caso a
corrosão seja localizada, a proteção do fundo normalmente é realizada por pintura
ou outro tipo de revestimento anticorrosivo adequado. Caso haja necessidade,
complementa-se com proteção catódica.

As Tabelas 11.1 e 11.2 resumem as exigências e recomendações, do API 650 e


da N-270, a respeito das dimensões e da disposição das chapas do fundo de um
tanque de armazenamento.

NORMA CHAPAS RECORTADAS CHAPAS ANULARES

. Recomendada quando o material do 1º anel


. Permissível quando o material do 1º anel do do costado for do grupo IV, IVA, V ou VI
costado for do grupo I, II, III ou IIIA . Largura(in) = 390 tb / (H.G)0,5
. Largura mínima recomendável = 72in onde:
(1800 mm) inclusive para as chapas tb = espessura da chapa anular (in)
recortadas na periferia H = altura do costado (ft)
G = densidade relativa do produto
. Espessura mínima = ¼ in (6 mm)
. Largura mínima :
API 650 . Permissível quando o material do 1º anel do 2” + t1 + 24” + transpasse
costado for do grupo IV, IVA, V ou VI e:
- tensão máxima, na condição de projeto,
para o 1º anel do costado ≤ 23200 psi (160
MPa)
- tensão máxima, na condição de teste
hidrostático, para o 1º anel do costado
≤ 24900 psi (171 MPa)
. Espessura mínima: Table 5-1a e Table 5-1b

. Obrigatório para D > 15m


. Permissível para D ≤ 15m
. Recomendável par D ≤ 15m
N-270 . Largura mínima = 1800 mm
. Largura mínima = 750 mm
. Espessura mínima = 6,3 mm
. Espessura mínima = Tabela A-3

Tabela 11.1
Dimensões e disposição das chapas do fundo1, 7.

________________________________________________________________ Projeto do Fundo 88


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabela 11.2
Item 5.5.3, Table 5-1a e Table 5-1b do API 650. Tabela A-3 da N-270.
Espessura mínima das chapas anulares.

________________________________________________________________ Projeto do Fundo 89


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

11.3 Métodos de Construção


As chapas do fundo de um tanque de armazenamento podem ser unidas por
dois tipos de juntas:
• juntas de topo;
• juntas sobrepostas.

As juntas de topo são normalmente empregadas na união, entre si, das


chapas anulares. É um método praticamente não utilizado para união das chapas
centrais (miolo do fundo). As chapas devem possuir suas extremidades preparadas
para solda de topo, com as bordas paralelas ou chanfradas em V simples. Na junta
de topo, soldada por um só lado, deve ser utilizado um cobre-junta ponteado na
face inferior de uma das chapas do fundo (Figura 11.1 Seção C-C e Figura 11.3).

Figura 11.3
Junta de topo com cobre-junta1.

As juntas sobrepostas são normalmente empregadas na união, entre si,


das chapas centrais (Figura 11.1 Seção A-A). São também utilizadas nas ligações
entre chapas centrais e chapas recortadas da periferia do fundo (Figura 11.2), bem
como das chapas centrais com as chapas anulares (Figura 11.1 Seção B-B). As
chapas são soldadas apenas na face superior (junta sobreposta simples), com
transpasse mínimo, após soldagem7, de cinco vezes a espessura nominal da chapa
mais fina (sem necessidade de exceder a 1 in)1 ou de 60 mm no caso da união das
chapas centrais com o anel periférico de chapas anulares7 (Figura 11.1 Seção B-B).
As sobreposições devem ser realizadas, sempre que possível, no sentido de facilitar
a drenagem. As chapas do fundo, sob o primeiro anel do costado, devem ser
preparadas adequadamente com a finalidade de formar uma superfície
razoavelmente plana para apoio das chapas do costado (Figura 11.4).

________________________________________________________________ Projeto do Fundo 90


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 11.4
Preparação das juntas sobrepostas do fundo sob o costado do tanque1.

11.4 Diâmetro do Fundo


Para evitar a penetração de água pluvial sob as chapas do fundo de um
tanque de armazenamento e permitir a soldagem adequada entre o fundo do
equipamento e o primeiro anel do costado (solda do rodo), as chapas da periferia
do fundo devem exceder à margem da solda externa que une o fundo ao costado ou
a qualquer chapa de reforço existente no costado, no mínimo, de:
a) 25 mm: para a disposição com chapas recortadas;
b) 50 mm: para a disposição com chapas anulares (Figura 11.1 Seção B-B).

Também, para evitar a penetração de água pluvial sob as chapas do fundo e


a erosão da base do tanque, a Norma N-270 indica a utilização de um defletor de
águas pluviais (Figura 11.5 e Figura 11.6).

Figura 11.5
Proteção da região do rodo. Exemplos: saia no costado e defletor de águas pluviais.

________________________________________________________________ Projeto do Fundo 91


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 11.6
Defletor de águas pluviais. Figura B-3 da N-2707.

11.5 Soldas no Fundo


A Figura 11.7 ilustra as soldas tipicamente encontradas no fundo de um
tanque de armazenamento.

Figura 11.7
Soldas típicas no fundo e no teto1. Figura 5-3A do API 650.
________________________________________________________________ Projeto do Fundo 92
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

As juntas sobrepostas do fundo são soldadas, somente na face superior, com


solda de ângulo integral (full-fillet weld). Define-se como solda de ângulo integral,
a solda de ângulo cuja dimensão é igual à espessura da chapa mais fina da união.
Na sobreposição de três chapas deve ser feito o arredondamento do canto da chapa
superposta (Figuras 11.1 e 11.2, detalhe 1).
As chapas anulares são ligadas, entre si, por solda de topo. Essa solda de
topo (Figura 11.1 Seção C-C) pode ser realizada por um só lado (com cobre-junta),
ou pelos dois lados (sem cobre-junta).
Todas as soldas do fundo, quando realizadas com eletrodo revestido, devem
ser executadas no mínimo em dois passes, visando obter um comportamento mais
dútil, mais resistente e evitar mordeduras7. Porém, na soldagem das chapas
centrais com as chapas anulares, recomenda-se um mínimo de 3 passes.
As soldas do fundo (Figura 11.8) contendo três sobreposições (juntas
sobrepostas) ou formadas por três chapas (juntas de topo) devem estar
distanciadas de, no mínimo, 12 in (300 mm):
- entre si;
- a partir do costado (para disposição com chapas anulares esta exigência
deve ser aumentada para 24in);
- a partir da junta de topo da chapa anular;
- a partir da solda da chapa anular com a parte central do fundo.

Figura 11.8
Distância mínima entre soldas no fundo.

________________________________________________________________ Projeto do Fundo 93


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

A ligação entre as chapas do primeiro anel do costado e as chapas do fundo


deve ser executada por meio de solda de ângulo contínua, depositada em ambas as
faces das chapas do costado. A dimensão de tais soldas apresenta as seguintes
limitações1:
a) não deve ser superior a 1/2 in;
b) não deve ser inferior à espessura nominal da chapa mais fina da união (chapa do
costado ou chapa do fundo sob o costado);
c) não deve ser inferior ao valor tabelado a seguir, em função da espessura do
primeiro anel do costado (Tabela 11.3);
d) no caso de chapas anulares, com espessura superior a 1/2 in, adotar as
indicações da Figura 11.9;
e) quando o material do costado pertencer ao grupo IV, IVA, V ou VI, o API 650
exige que cada solda de ângulo seja realizada, no mínimo, com 2 passes.

Tabela 11.3
Dimensão mínima da solda de ângulo entre o costado e o fundo1.

Figura 11.9
Solda do rodo para chapas anulares com espessura > 1/2 in.
Figura 5-3C do API 6501.

________________________________________________________________ Projeto do Fundo 94


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

A Figura 11.10 ilustra a ligação entre o primeiro anel do costado e o fundo do


tanque.

Figura 11.10
Ligação entre primeiro anel do costado e fundo do tanque. Simbologia de soldagem
conforme AWS A 2.438.

A firma montadora deve utilizar uma sequência de soldagem adequada,


visando obter o mínimo de empenos produzidos pela contração de soldagem.

11.6 Reforços no Fundo


Reforços no fundo são normalmente empregados nas regiões de apoio da
estrutura de sustentação do teto fixo suportado (19,0 mm de espessura)7, nas
regiões de apoio das pernas de sustentação do teto flutuante (6,3 mm de
espessura)7 e nas regiões afetadas pela presença de acessórios.
Nas regiões do fundo, afetadas pela ação de misturadores mecânicos,
recomenda-se a utilização de chapas com 2 mm a mais de espessura.

11.7 Desenho de Aproveitamento de Chapas


A firma projetista do tanque deve apresentar um desenho, em escala,
mostrando o aproveitamento e o posicionamento das chapas do fundo (Figura
11.11).

________________________________________________________________ Projeto do Fundo 95


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 11.11
Desenho esquemático de aproveitamento das chapas do fundo de um tanque de
armazenamento.

________________________________________________________________ Projeto do Fundo 96


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

CAPÍTULO XII

PROJETO DO COSTADO

O dimensionamento do costado de um tanque de armazenamento depende,


basicamente, da norma de projeto adotada:
• NBR 7821;
• API 650;
• BSI BS EN 14015.

12.1 Dimensionamento do Costado Pela NBR 7821


(Antiga NB-89/1978)2
A NBR 7821 apresenta as seguintes alternativas para o dimensionamento do
costado de um tanque de armazenamento:
• Corpo de norma e método básico
• Anexo E e método básico
• Anexo G e método básico
• Corpo de norma e método do Anexo J
• Anexo E e método do Anexo J
• Anexo G e método do Anexo J

12.1.1 NBR 7821 Corpo de Norma e Método Básico


Entende-se como método básico, o procedimento de cálculo das
espessuras do costado utilizando um ponto fixo de projeto, localizado a 300 mm
(1 ft) acima da extremidade inferior de cada anel. O dimensionamento das chapas
do costado é realizado conforme Item 6.3.2 da NBR 7821, reproduzido a seguir.
Admite-se, para as chapas do costado, uma espessura nominal máxima de 37,5
mm.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 97


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item 6.3.2 da NBR 7821


Dimensionamento do costado pela NBR-7821. Corpo de norma e método básico2.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 98


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

12.1.2 NBR 7821 Anexo E e Método Básico


O Anexo E da NBR 7821 representa uma alternativa de critério para o
projeto do costado de tanques de armazenamento. É equivalente ao antigo
Apêndice D do API 650 (6ª Edicão). O dimensionamento do costado é mais
coerente com a realidade do equipamento, admitindo-se duas condições de cálculo:
operação (projeto) e teste hidrostático. Exige, porém, uma série de requisitos
adicionais mais rigorosos que o corpo da norma, tais como:

• prevê o uso de aços de elevada tenacidade (Item E-2 e Tabela 30);


• a inspeção radiográfica do costado é mais rigorosa, de tal forma a permitir um
fator de eficiência de junta igual a 1,0;
• cuidados especiais devem ser tomados, na seleção da localização do tanque, bem
como no projeto e construção da sua fundação;
• prevê detalhes mais elaborados para o projeto e a fabricação dos bocais, bocas de
visita e portas de limpeza. Exemplificando, todas as portas de limpeza, bem como
qualquer outra abertura no costado com diâmetro nominal de 300 mm ou maior,
feita em chapa de costado com espessura superior a 25 mm, devem ser pré-
fabricadas na chapa do costado e o conjunto completo deve ser tratado
termicamente para alívio de tensões antes da montagem;
• recomenda a verificação da estabilidade do costado contra a pressão de vento.
Caso haja necessidade, são utilizados anéis de contraventamento intermediários no
costado do tanque de armazenamento.

Item E-2 da NBR 7821


Especificações de materiais para tanques projetados pelo Anexo E da NBR 78212.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 99


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabela 30 da NBR 7821


Especificações de materiais para tanques projetados pelo Anexo E da NBR 78212.

As tensões admissíveis, adotadas no projeto do costado, são as seguintes:


1) a máxima tensão admissível para a condição de operação (projeto), incluindo o
fator de eficiência da junta, é de 1480 kgf/cm2;
2) a máxima tensão admissível para a condição de teste de hidrostático, incluindo o

______________________________________________________________ Projeto do Costado 100


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

fator de eficiência de junta e a sobre-espessura para corrosão, é de 1610 kgf/cm2.


O dimensionamento das chapas do costado é realizado conforme Item E-5
da NBR 7821, reproduzido a seguir. Admite-se, para as chapas do costado, da
mesma forma que o corpo de norma, uma espessura nominal máxima de 37,5 mm.

Item E-5 da NBR-7821


Dimensionamento do costado pelo Anexo E e método básico da NBR 78212.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 101


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

12.1.3 NBR 7821 Anexo G e Método Básico


O anexo G apresenta um critério específico para o projeto do costado de
tanques de armazenamento, admitindo tensões mais elevadas e empregando aços
de alta resistência mecânica e de elevada tenacidade. É equivalente ao antigo
Apêndice G do API 650 (6ª Edição). O dimensionamento do costado é semelhante
ao Anexo E, pois admite as mesmas duas condições de cálculo: operação (projeto) e
teste hidrostático. A espessura nominal máxima, para as chapas do costado, pode
ser aumentada para 44,5 mm. Os requisitos adicionais exigidos no Anexo E são
também exigidos no Anexo G e, em alguns casos, são ainda mais rigorosos. Em
resumo, são as seguintes as principais características do Anexo G da NBR 7821:

• prevê o uso de aços de alta resistência mecânica e de elevada tenacidade


(Tabelas 34, 35, 36 e Figura 39 da NBR 7821);
• a inspeção radiográfica é idêntica à do Anexo E, permitindo um fator de
eficiência de junta igual a 1,0;
• especial atenção deve ser dedicada à localização do tanque, ao projeto e à
construção de sua fundação;
• para diminuir os pontos de concentração de tensões, as aberturas no
costado devem ser limitadas ao menor número possível;
• prevê detalhes, ainda mais elaborados que os do Anexo E, para o projeto e
fabricação dos bocais, bocas de visita e portas de limpeza. Exemplificando, toda
porta de limpeza, bem como qualquer abertura reforçada construída em chapa de
costado com espessura superior a 12,5 mm, devem ser pré-fabricadas na chapa do
costado e o conjunto completo deve ser tratado termicamente para alívio de
tensões antes da montagem;
• devido à menor espessura do costado, recomenda-se a verificação de sua
estabilidade contra a pressão do vento. Pode haver necessidade de anéis de
contraventamento intermediários;
• exige a utilização de chapas anulares no fundo do equipamento.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 102


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabelas 34 e 35 da NBR 7821


Especificações de material para tanques projetados pelo Anexo G da NBR 78212.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 103


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabela 36 e Figura 39 da NBR 7821


Controle de tenacidade exigido pelo Anexo G da NBR 78212.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 104


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

As tensões admissíveis, adotadas no projeto do costado, devem ser fixadas


conforme descrito no Item G-3 da NBR 7821, reproduzido a seguir.

Item G-3 da NBR 7821


Critério de fixação das tensões admissíveis para o projeto do costado pelo Anexo G
da NBR 78212.

O dimensionamento das chapas do costado é realizado conforme Item G-5


da NBR 7821, reproduzindo a seguir:

Item G-5 da NBR 7821


Dimensionamento do costado pelo Anexo G e método básico da NBR 78212.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 105


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

12.1.4 NBR 7821 Anexo J


O Anexo J descreve um método alternativo, para o dimensionamento do
costado, em relação ao método básico da NBR 7821. O método básico, como vimos
anteriormente, utiliza um ponto fixo de projeto localizado a 300 mm acima da
extremidade inferior de cada anel. O método do Anexo J utiliza um ponto
variável de projeto, para cada anel do costado, resultando em tensões
circunferenciais no costado bem mais próximas da máxima tensão admissível de
projeto do que as tensões resultantes calculadas pelo método básico. É equivalente
ao antigo Apêndice K e ao atual método do ponto variável de projeto do API 650. O
método do Anexo J leva em consideração a rigidez do fundo do equipamento, bem
como a rigidez de um anel do costado em relação a outro imediatamente superior.
É um método iterativo de cálculo, trabalhoso, baseado nos estudos de Zick e
McGrath39. Citaremos, a seguir, outras características importantes do método do
ponto variável de projeto:

• pode ser aplicado no dimensionamento do costado de tanques projetados


pela NBR 7821 corpo de norma, NBR 7821 Anexo E e NBR 7821 Anexo G. Assim,
exemplificando, podemos dimensionar um costado pela NBR 7821 Anexo E e
utilizar o método de cálculo segundo o Anexo J;
• resulta normalmente numa redução de espessura do costado e do peso total
de material, possibilitando a construção de tanques de maiores diâmetros dentro
da limitação de máxima espessura de chapa;
• a máxima tensão admissível para a condição de projeto (operação) e a
máxima tensão admissível para a condição de teste hidrostático devem estar de
acordo com o critério de projeto adotado (NBR 7821 corpo de norma, NBR 7821
Anexo E ou NBR 7821 Anexo G) ao qual este novo método de cálculo está sendo
aplicado. Alertamos para o caso de tanques dimensionados segundo os Anexos G e
J, em que a máxima tensão admissível para o primeiro anel do costado, em cada
condição de cálculo (projeto e teste hidrostático), deverá ter o mesmo valor
tabelado para os anéis superiores do costado, conforme a Tabela 34 da NBR 7821
Anexo G. O método do Anexo J já leva em consideração o efeito da rigidez do fundo
do equipamento, não havendo, portanto, necessidade de diminuir a tensão máxima
admissível para o primeiro anel do costado;
• a descrição detalhada do método do ponto variável de projeto encontra-se
nos Itens J-3, J-4, J-5 e J-6 da NBR 7821, reproduzidos a seguir.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 106


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Itens J-3 e J-4 da NBR 7821


Dimensionamento do costado pelo método do Anexo J da NBR 78212.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 107


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Itens J-5 e J-6 da NBR 7821


Dimensionamento do costado pelo método do Anexo J da NBR 78212.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 108


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

12.2 Dimensionamento do Costado Pelo API 650137

A partir da 7ª Edição do API 650 (novembro 1980) houve uma mudança


radical em relação às edições e revisões anteriores. Foram eliminados os antigos
Apêndices D e G, dos quais diversas partes foram incorporadas ao corpo de norma.
O procedimento de cálculo do costado pelo método do ponto variável de projeto,
antigo Apêndice K, foi também incorporado ao corpo de norma. Permaneceu,
entretanto, como atual Apêndice K, somente um exemplo de aplicação do
procedimento do ponto variável de projeto na determinação da espessura
requerida ao costado. O atual Apêndice A, projeto opcional para tanques pequenos,
equivale ao antigo corpo de norma e procedimento de cálculo das espessuras do
costado utilizando-se um ponto fixo de projeto, localizado a 1 ft acima da
extremidade inferior de cada anel (método básico ou método de projeto a 1 ft).
Desta forma, a atual 11ª Edição do API 6501, Addendum 1, de novembro de
2008, apresenta as seguintes alternativas para o dimensionamento do costado de
um tanque de armazenamento:

• API 650 corpo de norma e método básico;


• API 650 corpo de norma e método do ponto variável de projeto;
• API 650 Apêndice A (método básico).

Os requisitos gerais e o critério para fixação dos valores das tensões


admissíveis, adotados no projeto do costado de um tanque de armazenamento pelo
API 650, estão descritos nos Itens: 5.6.1 e 5.6.2 e Tabelas: 5-2a e 5-2b do API 650,
reproduzidos a seguir.
A espessura máxima das chapas do costado dependerá da especificação de
material utilizada, conforme Seção 4 do API 650. Quando for utilizado o
dimensionamento do costado pelo Apêndice A do API 650, a espessura máxima das
chapas do costado será de 0,5 in.
As chapas do costado com espessura acima de 1,5 in devem ser normalizadas
ou temperadas e revenidas, acalmadas, fabricadas com a técnica de grão fino e
testadas, obrigatoriamente, ao impacto.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 109


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item 5.6 e Item 5.6.1 do API 650


Projeto do costado. Requisitos gerais para o projeto do costado pelo API 6501.

Item 5.6.2 do API 650


Critério de fixação das tensões admissíveis para o projeto do costado pelo API 6501.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 110


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabela 5-2a do API 650


Valores das tensões admissíveis de materiais permitidos para chapas do costado1.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 111


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabela 5-2b do API 650


Valores das tensões admissíveis de materiais permitidos para chapas do costado1.
______________________________________________________________ Projeto do Costado 112
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

12.2.1 API 650 Corpo de Norma e Método Básico (One-Foot


Method)
O método básico, ou método de projeto a 1 ft, utiliza um ponto fixo de
projeto localizado a 1 ft acima da extremidade inferior de cada anel do costado. O
dimensionamento das chapas do costado é realizado conforme Item 5.6.3 do API
650. Este método de projeto está, atualmente, limitado a um diâmetro máximo de
200 ft.

Item 5.6.3 do API 650


Dimensionamento do costado pelo API 650 corpo de norma e método básico (1 ft)1.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 113


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

12.2.2 API 650 Corpo de Norma e Método do Ponto Variável de


Projeto (Variable Design Point Method)
Cabem aqui as mesmas considerações realizadas no dimensionamento do
costado pelo Anexo J da NBR 7821. O procedimento de cálculo é exatamente igual
e está descrito no Item 5.6.4 do API 650, reproduzido a seguir.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 114


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

______________________________________________________________ Projeto do Costado 115


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Itens 5.6.4 e 5.6.5 do API 650


Dimensionamento do costado pelo API 650 corpo de norma e método do ponto
variável de projeto. Dimensionamento do costado por Análise Elástica1.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 116


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

O Apêndice K do API 650 apresenta um exemplo de aplicação do


procedimento do ponto variável de projeto na determinação das espessuras
requeridas para a condição de teste hidrostático dos três primeiros anéis de um
tanque de armazenamento com as seguintes dimensões: diâmetro de 85 m (280 ft)
e altura de 19,2 m (64 ft). As Tabelas K-1a, K-1b, K-2a, K-2b, K-3a e K-3b contêm a
condição de teste hidrostático calculada, para diversos tanques, adotando-se as
seguintes tensões admissíveis: 159 MPa (23000 psi), 208 MPa (30000 psi) e 236
MPa (34300 psi), respectivamente.

Apêndice K do API 650


Exemplo de aplicação do método do ponto variável do projeto1.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 117


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Apêndice K do API 650


Exemplo de aplicação do método do ponto variável do projeto1.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 118


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Apêndice K do API 650


Exemplo de aplicação do método do ponto variável do projeto1.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 119


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Apêndice K do API 650


Exemplo de aplicação do método do ponto variável do projeto1.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 120


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Apêndice K do API 650


Exemplo de aplicação do método do ponto variável do projeto1.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 121


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabela K-1a do API 650


Espessuras requeridas ao costado. Método do ponto variável de projeto. Condição
de teste hidrostático. Anéis com 2400 mm de largura.
Tensão admissível de 159 MPa1.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 122


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabela K-1b do API 650


Espessuras requeridas ao costado. Método do ponto variável de projeto. Condição
de teste hidrostático. Anéis com 96 in de largura. Tensão admissível de 23.000 psi1.
______________________________________________________________ Projeto do Costado 123
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabela K-2a do API 650


Espessuras requeridas ao costado. Método do ponto variável de projeto. Condição
de teste hidrostático. Anéis com 2400 mm de largura.
Tensão admissível de 208 MPa1.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 124


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabela K-2b do API 650


Espessuras requeridas ao costado. Método do ponto variável de projeto. Condição
de teste hidrostático. Anéis com 96 in de largura. Tensão admissível de 30.000 psi1.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 125


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabela K-3a do API 650


Espessuras requeridas ao costado. Método do ponto variável de projeto. Condição
de teste hidrostático. Anéis com 2400 mm de largura.
Tensão admissível de 236 MPa1.
______________________________________________________________ Projeto do Costado 126
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabela K-3b do API 650


Espessuras requeridas ao costado. Método do ponto variável de projeto. Condição
de teste hidrostático. Anéis com 96 in de largura. Tensão admissível de 34.300 psi1.
______________________________________________________________ Projeto do Costado 127
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

12.2.3 API 650 Apêndice A


O Apêndice A do API 650, reproduzido a seguir, estabelece regras para
construção de tanques de armazenamento de pequena capacidade, montados no
canteiro e limitados a uma espessura máxima de costado de 0,5 in (12,5 mm). Seu
campo de aplicação, materiais permissíveis, critério de dimensionamento do
costado, tipos de junta e detalhes construtivos de bocais e acessórios estão descritos
do Item A.1 ao Item A.9.

Itens A-1, A-2 e A-3 do API 650


Campo de aplicação, materiais e projeto. Apêndice A do API 6501.
______________________________________________________________ Projeto do Costado 128
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Itens

Itens A-4, A-5, A-6, A-7, A-8 e A-9 do API 650


Dimensionamento do costado e tipos de junta. Detalhes construtivos de bocais e
acessórios. Apêndice A do API 6501.
______________________________________________________________ Projeto do Costado 129
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

As Tabelas A-1a a A-4b, reproduzidas a seguir, dão uma idéia das capacidades
e dimensões típicas, bem como listam as espessuras requeridas ao costado de
tanques dimensionados pelo Apêndice A do API 650.

Tabela A-1a do API 650


Dimensões e capacidades típicas. Anéis do costado com 1800 mm de largura.
Apêndice A do API 6501.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 130


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabela A-1b do API 650


Dimensões e capacidades típicas. Anéis do costado com 72 in de largura.
Apêndice A do API 6501.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 131


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabela A-2a do API 650


Espessuras requeridas ao costado. Anéis com 1800 mm de largura.
Apêndice A do API 6501.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 132


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabela A-2b do API 650


Espessuras requeridas ao costado. Anéis com 72 in de largura.
Apêndice A do API 6501.
______________________________________________________________ Projeto do Costado 133
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabela A-3a do API 650


Dimensões e capacidades típicas. Anéis do costado com 2400 mm de largura.
Apêndice A do API 6501.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 134


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabela A-3b do API 650


Dimensões e capacidades típicas. Anéis do costado com 96 in de largura.
Apêndice A do API 6501.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 135


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabela A-4a do API 650


Espessuras requeridas ao costado. Anéis com 2400 mm de largura.
Apêndice A do API 6501.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 136


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabela A-4b do API 650


Espessuras requeridas ao costado. Anéis com 96 in de largura.
Apêndice A do API 6501.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 137


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

12.3 Dimensionamento do Costado pela BSI BS EN


1401517

A fixação das tensões admissíveis e o dimensionamento das chapas do


costado pela Norma inglesa BSI BS EN 14015 estão descritos nos seus Itens 9.1 e
9.2. A espessura máxima para as chapas do costado é de 40 mm.

Item 9.1 e Tabela 15 da BSI BS EN 14015


Critério de fixação das tensões admissíveis17.
______________________________________________________________ Projeto do Costado 138
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item 9.1, Tabela 16 e Figura 6 da BSI BS EN 14015


Dimensionamento do costado. Espessura mínima estrutural de montagem17.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 139


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item 9.2 da BSI BS EN 14015


Dimensionamento do costado. Pressão interna17.
______________________________________________________________ Projeto do Costado 140
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

12.4 Espessuras Limites

12.4.1 Espessura Mínima


A espessura nominal das chapas do costado não deve ser inferior a um valor
mínimo estrutural, fixado por norma, baseado em requisitos de montagem.
Portanto, não é necessário acrescentar a sobre-espessura para corrosão a este valor
mínimo. O Item 5.6.1.1, a Tabela 4 e a Tabela A-5, reproduzidos a seguir,
apresentam, especificamente, as exigências do API 650, NBR 7821 e N-270. Para a
Norma BS BSI EN 14015, a exigência da espessura mínima estrutural de montagem
encontra-se na sua Tabela 16, reproduzida anteriormente.

Item 5.6.1.1 do API 650, Tabela 4 da NBR 7821 e Tabela A-5 da N-270
Espessura mínima estrutural de montagem para as chapas do costado1, 2 e 7.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 141


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

12.4.2 Espessura Máxima


Os tanques de armazenamento são equipamentos soldados e não tratados
termicamente para alívio de tensões. Portanto, é necessária a fixação de uma
espessura nominal máxima para as chapas do costado visando, principalmente,
resguardar o equipamento do risco de uma fratura frágil (Figura 12.1). A Tabela
12.1 relaciona tal exigência para as diversas normas estudadas.

Figura 12.1
Fratura frágil em tanque de armazenamento10.

Norma Espessura Nominal Máxima


CORPO DE NORMA
Depende da especificação de material utilizada
(método do ponto fixo ou do no costado (API 650 Section 4 - Materials)
API 650
ponto variável de projeto)
APÊNDICE A 0,5 in
CORPO DE NORMA 37,5 mm
NBR 7821 ANEXO E 37,5 mm
ANEXO G 44,5 mm
BSI BS EN 14015 40 mm

Tabela 12.1
Espessura nominal máxima para as chapas do costado1, 2 e 17.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 142


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

12.5 Disposição das Chapas do Costado


O costado deve ser projetado de modo que todos os seus anéis estejam em
posição vertical, respeitando-se as tolerâncias fixadas por norma. Quanto ao
alinhamento das chapas do costado, existem as seguintes possibilidades (Figura
12.2):
a) disposição simétrica: é o tipo de disposição mais recomendável
estruturalmente, porém de montagem praticamente impossível;

b) disposição com alinhamento pela face externa: é o tipo de disposição


mais recomendável esteticamente, de fácil montagem e bom acabamento;

c) disposição com alinhamento pela face interna: é a disposição usual na


prática. Apresenta fácil montagem e acabamento regular. É a mais recomendável
para o funcionamento do teto, no caso de tanques com teto flutuante.

As juntas verticais de dois anéis adjacentes do costado devem estar de


preferência defasadas de pelo menos 1/3 do comprimento de cada chapa,
admitindo-se um mínimo, para as chapas de fechamento de anel, de 5 vezes a
espessura nominal do anel mais espesso dos anéis considerados. Tal defasagem
mínima não precisa ser aplicada nos anéis cujas espessuras foram fixadas pelo
valor mínimo estrutural de montagem. As juntas verticais do primeiro anel do
costado e as juntas das chapas anulares do fundo devem também atender aos
requisitos de distância mínima entre as juntas verticais do costado. Não deve haver
acúmulo de juntas verticais em uma mesma região do costado do tanque (Figura
12.2).

Figura 12.2
Disposição das chapas do costado1 e 2.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 143


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

12.6 Juntas do Costado


As chapas do costado de um tanque de armazenamento devem ser
devidamente esquadrejadas para permitir uma montagem satisfatória.
As juntas do costado devem ser de topo, soldadas pelos dois lados (exceto
quando utilizado um processo especial de soldagem como, por exemplo, o arame
tubular), com penetração total e fusão completa. A face mais larga de uma junta de
topo assimétrica (V ou U) pode ser dirigida para o lado interno ou externo do
costado, a critério do fabricante/montador do equipamento.
A firma montadora deve utilizar uma sequência de soldagem adequada,
visando minimizar os empenos decorrentes da contração de soldagem.

12.6.1 Juntas Verticais


A Figura 5.1 do API 650 ilustra as juntas verticais do costado de um tanque
de armazenamento. A Tabela 12.2 apresenta as preparações recomendadas, para as
bordas das chapas de juntas verticais do costado, quando utilizado o processo de
soldagem com eletrodo revestido.

Figura 5.1 e Item 5.1.5.2 do API 650


Juntas verticais típicas do costado1.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 144


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

ESPESSURA g s
PREPARAÇÃO
In mm mm mm
3/16 4,75 3,20 —
1/4 6,35 3,20 —
5/16 8,00 4,00 —
3/8 9,50 3,20 4,00
1/2 12,70 3,20 4,00
5/8 15,88 4,00 4,75
3/4 19,05 4,75 4,75
7/8 22,23 4,75 4,75
1 25,40 5,00 5,00
1 1/4 31,80 5,00 5,00
1 1/2 38,10 5,00 5,00

Tabela 12.2
Preparações recomendadas para as bordas das chapas de juntas verticais do
costado. Soldagem com eletrodo revestido.

12.6.2 Juntas Horizontais


A Figura 5.2 do API 650 ilustra as juntas horizontais típicas do costado de
um tanque de armazenamento. A Tabela 12.3 apresenta as preparações
recomendadas para as bordas das chapas de juntas horizontais do costado, quando
utilizado o processo de soldagem com eletrodo revestido.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 145


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 5.2 e Item 5.1.5.3 do API 650


Juntas horizontais típicas do costado1.

ESPESSURA
PREPARAÇÃO
in mm

≤ 5/16 ≤ 8,00

> 5/16 > 8,00

Tabela 12.3
Preparações recomendadas para as bordas das chapas de juntas horizontais do
costado. Soldagem com eletrodo revestido.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 146


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

12.7 Aberturas no Costado


Todas as aberturas no costado, com diâmetro nominal superior a 2 in,
devem ser devidamente reforçadas. A área mínima da seção transversal do reforço
não deve ser inferior ao produto do diâmetro vertical do furo aberto no costado
pela espessura requerida, à chapa do costado, na região da abertura. A área da
seção transversal do reforço será medida segundo um plano vertical que contenha o
diâmetro da abertura. O reforço só é considerado efetivo se situado numa faixa
limitada pela distância de um diâmetro da abertura do costado, medida a partir da
linha de centro da abertura, para cima e para baixo. O reforço da abertura pode ser
obtido empregando-se qualquer uma das seguintes soluções ou combinações das
mesmas, conforme ilustrado na Figura 12.3.
a) flange da conexão soldado no costado;
b) chapa de reforço;
c) parte do pescoço da conexão, dentro dos seguintes limites:
— a que se estende para fora da superfície externa do costado, numa distância
igual a 4 vezes a espessura da parede do pescoço, ou até o ponto de transição se a
parede do pescoço sofrer redução de espessura dentro dessa distância;
— a que se estende para dentro da superfície interna do costado, numa distância
igual à especificada anteriormente;
— a compreendida pela espessura do costado.
d) excesso de espessura da chapa do costado além do valor requerido;
e) chapa inserida (insert plate).

As portas de limpeza e as conexões do tipo “flush-type” do costado


apresentam reforços dimensionados por procedimentos específicos (API 650 itens
5.7.7 e 5.7.8, respectivamente).
Todas as aberturas do costado exigindo reforço, tais como bocais, bocas de
visita e portas de limpeza, devem ser soldadas com penetração total na chapa do
costado do tanque, exceto quando se usa chapa inserida, caso em que se permite a
penetração parcial, conforme ilustrado na Figura 12.3.

Figura 12.3
Reforço em aberturas do costado. a) Flange da conexão. b) Chapa de reforço.
c) Pescoço da conexão. d) Excesso de espessura no costado. e) Chapa inserida.
______________________________________________________________ Projeto do Costado 147
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

O item 5.7.3 do API 650, reproduzido a seguir, fixa o espaçamento entre as


soldas periféricas de uma abertura no costado e as soldas de topo das chapas do
costado, bem como o espaçamento entre as soldas periféricas de uma abertura no
costado e a solda do costado ao fundo do equipamento.
A Norma N-270 exige uma distância mínima entre dois bocais adjacentes do
costado, medida entre suas linhas de centro, de uma vez e meia a média dos
diâmetros externos dos bocais.

Item 5.7.3 do API 650


Espaçamento mínimo entre as soldas da periferia de uma abertura e as soldas do
costado1.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 148


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 5-9 do API 650


Espaçamento mínimo entre as soldas da periferia de uma abertura e as soldas do
costado. Extensão de ensaio radiográfico1.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 149


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 5-6 do API 650


Espaçamento mínimo entre as soldas da periferia de uma abertura e as soldas do
costado. Figura resumo1.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 150


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

O item 5.7.4 do API 650, reproduzido a seguir, apresenta as exigências de


pré-fabricação e realização de tratamento térmico de alívio de tensões em aberturas
do costado de um tanque de armazenamento.

Item 5.7.4 do API 650


Pré-fabricação e tratamento térmico de alívio de tensões em aberturas do costado1.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 151


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

12.8 Densidade de Projeto e Sobre-espessura para


Corrosão
A Tabela 12.4 ilustra, para diversos produtos, as densidades normalmente
adotadas no projeto do costado de tanques de armazenamento.

PRODUTO DENSIDADE

Nafta leve (int.) 0,73


Gasolina A 0,75
Gasolina B 0,75
Nafta Petroquímica 0,75
Nafta Diluente 0,77
Nafta Craqueada 0,77
Nafta Pesada (int.) 0,77
Nafta Pesada para MEROX 0,77
Querosene Diluente 0,81
Querosene Jato 0,82
Álcool 0,82
Querosene Iluminação 0,83
Óleo Diesel 0,86
Óleos Lubrificantes: Spindle 0,86
Neutro Leve 0,87
Neutro Médio 0,88
Neutro Pesado 0,88
Bright Stock 0,90
Cilindro 1 0,92
Cilindro 2 0,94
Petróleo (valor médio) 0,90
Light Cycle Oil 0,94
Resíduo Craqueado 0,94
Gasóleo FCC 0,95
Slop 0,95
Resíduo Destilado 0,98
Resíduo de Vácuo para Desfaltização 0,98
Óleo Combustível 0,98
Resíduo Asfáltico 1,05
Asfalto Diluído (ADP) 1,05
Cimento Asfáltico (CAP) 1,06

Tabela 12.4
Densidade de projeto.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 152


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

A Tabela A-2 da Norma N-270 fornece as taxas médias anuais de corrosão,


para o costado de tanques, em função dos diversos produtos armazenados.
Normalmente a sobre-espessura para corrosão no costado é fixada a partir
da taxa média anual de corrosão e considerando-se uma vida útil para o tanque de,
no mínimo, 20 anos.
Um balanço econômico, entre o custo adicional de material para de
corrosão e o custo da pintura interna do tanque, deve ser realizado quando ocorrer
uma das seguintes situações:
a) corrosão esperada muito intensa: acima de 0,3 mm/ano;
b) sobre-espessura para corrosão superior a 6 mm.

Tabela A-2 da N-270


Taxas médias anuais de corrosão (mm/ano)7.

A pintura interna exige inspeção e manutenção periódicas. Só deve ser


preferida quando houver flexibilidade operacional que permita paradas frequentes
para manutenção e quando a vida útil do sistema de pintura adotado garantir o
intervalo previsto para manutenção do equipamento.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 153


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Ainda, em relação à sobre-espessura para corrosão, a Norma N-270


especifica que:
- para os tanques de teto flutuante (interno ou externo), em que o costado
seja pintado internamente, deve-se usar sobre-espessura de corrosão no
costado determinada com metade da taxa anual de corrosão indicada na
tabela A-2, ou como determinado pelo projeto básico do equipamento. Para
as colunas de sustentação do teto fixo com flutuante interno, usar 1 mm de
sobre-espessura de corrosão;
- para os tanques de teto fixo, com costado pintado internamente, deve-se
usar sobre-espessura de corrosão de 1 mm, no costado e nas colunas de
sustentação do teto;
- para fundo e teto não se adota, usualmente, sobre-espessura de corrosão.
Quando necessária proteção, usar um sistema adequado de revestimento
interno. Quando aplicável, pode ser utilizada proteção catódica para o fundo,
para compensar deficiências do revestimento interno.
A pintura interna de um tanque de armazenamento, quando necessária,
deve ser realizada conforme indicações da Norma N-120140.
Os tanques de armazenamento são pintados externamente, costado e teto,
conforme indicações da Norma N-120541.

12.9 Cantoneira de Topo do Costado


Todos os tanques de armazenamento devem ter um reforço adequado na
parte superior do costado. A Tabela 12.5 ilustra as exigências do API 650 para
tanques de teto fixo cônico suportado e para tanques de teto flutuante. A Norma N-
270 especifica que a cantoneira de topo do costado deve ser soldada de topo na
chapa superior do costado, com fusão completa e penetração total, tendo a aba
posicionada da seguinte forma:
a) voltada para o lado interno em tanques de teto fixo;
b) voltada para o lado externo em tanques de teto flutuante.

a) Tanques de Teto Fixo Cônico Suportado b) Tanques de Teto Flutuante


Quando o anel de contraventamento estiver localizado a
mais de 2 ft abaixo do topo do costado haverá necessidade
Diâmetro do Dimensões da de uma cantoneira de reforço, ou outro reforço de módulo de
tanque (ft) cantoneira (in) resistência equivalente, no topo do último anel do costado,
com as seguintes dimensões:

Espessura do último anel Dimensões da


D ≤ 35 2 x 2 x 3/16
do costado (in) cantoneira (in)

35 < D ≤ 60 2 x 2 x 1/4 3/16 2 1/2 x 2 1/2 x 3/16

D > 60 3 x 3 x 3/8 > 3/16 3 x 3 x 1/4

Tabela 12.5
Cantoneira de topo do costado.
a) Tanques de teto fixo cônico suportado. b) Tanques de teto flutuante1.
______________________________________________________________ Projeto do Costado 154
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

12.10 Seleção do Método de Projeto e do Material do


Costado pela N-270
A Tabela A-4 da Norma N-270 indica o método de projeto a ser adotado no
cálculo do costado de tanques de armazenamento.

Tabela A-4 da N-270


Seleção do método de projeto do costado7.

A escolha do material para o costado é feita de acordo com o API 650 e está
subordinada à temperatura de projeto e à espessura nominal da chapa. Algumas
observações importantes devem ser consideradas7:
a) é recomendado não se utilizar aços com limite de resistência superior a 481 MPa
(49 kgf/mm2 = 69.800 psi);
b) as chapas devem estar dentro das tolerâncias dimensionais e de deformação
previstas nas Normas ASTM A 6 e ASTM A 20, conforme aplicável;
c) para espessuras até 4,75 mm, inclusive, é permitido usar, como alternativa, o
aço ASTM A 1011 Gr 33 em substituição ao ASTM A 283 Gr C.

A Norma N-270 permite que se adote uma espessura nominal de chapa


menor que o valor calculado pelo projeto, quando a diferença entre esses dois
valores for inferior ao menor valor entre:
a) 0,1 mm;
b) 1% da espessura nominal a ser adotada.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 155


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

ESPESSURA PESO ESPESSURA PESO

2 2 2 2
in mm kg/ft kg/m in mm kg/ft kg/m

3/16 0,1875 4,76 3,4732 37,385 7/8 0,875 22,23 16,2084 174,465

7/32 0,2187 5,56 4,0521 43,616 29/32 0,9062 23,02 16,7874 180,697

1/4 0,25 6,35 4,6310 49,847 15/16 0,9375 23,81 17,3662 186,928

9/32 0,2812 7,14 5 ,2099 56,079 31/32 0,9687 24,61 17,9451 193,159

5/16 0,3125 7,94 5,7887 62,309 1 1,00 25,40 18,5239 199,389

11/32 0,3437 8,73 6,3676 68,540 1 1/32 1,0312 26,19 19,1028 205,620

3/8 0,375 9,52 6,9465 74,771 1 1/16 1,0625 26,99 19,6816 211,850

13/32 0,4062 10,32 7,5254 81,002 1 3/32 1,0937 27,78 20,2606 218,082

7/16 0,4375 11,11 8,1042 87,233 1 1/8 1,125 28,57 20,8394 224,313

15/32 0,4687 11,91 8,6831 93,464 1 5/32 1,1562 29,37 21,4183 230,544

1/2 0,50 12,70 9,2620 99,695 1 3/16 1,1875 30,16 21,9971 236,774

17/32 0,5312 13,49 9,8409 105,926 1 7/32 1,2187 30,96 22,5760 243,005

9/16 0,5625 14,29 10,4197 112,156 1 1/4 1,25 31,75 23,1549 249,236

19/32 0,5937 15,08 10,9986 118,388 1 9/32 1,2812 32,54 23,7338 255,468

5/8 0,625 15,87 11,5775 124,619 1 5/16 1,3125 33,34 24,3126 261,698

21/32 0,6562 16,67 12,1564 130,850 1 11/32 1,3437 34,13 24,8915 267,929

11/16 0,6875 17,46 12,7352 137,080 1 3/8 1,375 34,92 25,4704 274,160

23/32 0,7187 18,26 13,3141 143,311 1 13/32 1,4062 35,72 26,0493 280,391

3/4 0,75 19,05 13,8930 149,542 1 7/16 1,4375 36,51 26,6281 286,621

25/32 0,7812 19,84 14,4719 155,774 1 15/32 1,4687 37,31 27,2070 292,853

13/16 0,8125 20,64 15,0507 162,004 1 1/2 1,50 38,10 27,7859 299,084

27/32 0,8437 21,43 15,6296 168,235 1 3/4 1,75 44,45 32,4169 348,931

Tabela 12.6
Peso de chapas de aço.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 156


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

12.11 Programa CTA146


O Programa Cálculo de Tanques de Armazenamento – CTA, desenvolvido
na PETROBRAS, apresenta, na sua opção de cálculo COSTADO, as seguintes
possibilidades de dimensionamento do costado de tanques de armazenamento:
- Apêndice A
- Corpo de Norma:
- Método do Ponto Fixo
- Método do Ponto Variável:
. Cálculos independentes
. Aproveitamento integral da espessura comercial utilizada

A Figura 12.4 apresenta a tela inicial do Programa CTA. As Figuras 12.5 a


12.9 ilustram alguns exemplos de cálculo de costado realizados pelo Programa
CTA.

Figura 12.4
Tela Inicial do Programa CTA146.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 157


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 12.5
Exemplo de Cálculo do Programa CTA – Apêndice A – Arquivo PDF gerado146.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 158


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 12.6
Exemplo de Cálculo do Programa CTA
Corpo de Norma – Método do Ponto Fixo de Projeto – Apêndice S
Tela com o cálculo executado146.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 159


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 12.7
Exemplo de Cálculo do Programa CTA
Corpo de Norma – Método do Ponto Variável – Cálculos Independentes
Tela com o cálculo executado146.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 160


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 12.8
Exemplo de Cálculo do Programa CTA
Corpo de Norma – Método do Ponto Variável – Cálculos Independentes
Arquivo PDF gerado 146.
______________________________________________________________ Projeto do Costado 161
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 12.9
Exemplo de Cálculo do Programa CTA
Corpo de Norma – Método do Ponto Variável – Aproveitamento Integral da
Espessura Comercial.
Arquivo PDF gerado 146.

______________________________________________________________ Projeto do Costado 162


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

CAPÍTULO XIII

PROJETO DO TETO

Analisaremos o projeto do teto de tanques de armazenamento em função do


tipo de teto considerado:

• Teto Fixo Cônico Suportado


• Teto Fixo Cônico Autoportante
• Teto Fixo Curvo Autoportante
• Teto Flutuante Externo
• Teto Fixo com Flutuante Interno

13.1 Cargas sobre o Teto


Todos os tipos de teto e estruturas de sustentação devem ser projetados para
suportar sua carga morta (peso próprio das chapas do teto e da estrutura de
sustentação) mais uma sobrecarga correspondente a uma carga viva
uniformemente distribuída (homem, equipamento e carga de neve). Normalmente
se considera, como sobrecarga, o valor de 120 kgf/m2 (25 lbf/ft2) de área projetada
do teto. A sobrecarga mínima exigida poderá variar, consideravelmente, conforme
a norma de projeto adotada:

• API 650: Itens 5.2.1, 5.10.2.1 e Apêndice R, reproduzidos a seguir.


• NBR 7821: 60 kgf/m2 de área projetada do teto.
• N-270: 981 N/m2 (100 kgf/m2) de área projetada do teto.
• BSI BS EN 14015: conforme códigos europeus ENV 1991-2-1 (live load) e
EN 1991-1-3 (snow load), sujeita à concordância entre comprador e
fabricante.

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 163


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item 5.2.1 do API 650


Definição de cargas pelo API 650. Cargas a serem consideradas no projeto do teto1.

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 164


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item 5.10.2.1 e Apêndice R do API 650


Definição de cargas pelo API 650. Cargas a serem consideradas no projeto do teto.
Combinação de cargas1.

13.2 Material

A espessura nominal mínima das chapas do teto é de 4,75 mm (3/16 in),


devendo essa espessura ser adotada sempre que possível7. Para tal espessura o
material deve ser o aço carbono, de qualidade estrutural, ASTM A 1011 Gr 33 ou
ASTM A 283 Gr C, com largura mínima de 1500 mm.
Para produtos armazenados apresentando alta taxa de corrosão no teto, após
a devida análise técnico-econômica, é permitido utilizar chapas ou bobinas de aço
inoxidável no teto com espessura mínima de 4 mm (Figura 13.1).

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 165


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 13.1
Teto construído com bobinas de aço inoxidável tipo 439 (ASTM A 240, type 439).

Maiores espessuras podem ser requeridas aos tetos autoportantes.


Havendo necessidade, para uma corrosão considerada uniforme, adicionar a
sobre-espessura de corrosão ao valor calculado (teto fixo autoportante) ou ao valor
nominal mínimo (teto fixo suportado ou teto flutuante).
Para chapas de aço-carbono, com espessura igual ou superior a 6,3 mm (1/4
in), a especificação normalmente utilizada é ASTM A 283 Gr C com largura mínima
de 2440 mm.
Os perfis, da estrutura de sustentação de um teto suportado, devem ser de
aço- carbono, qualidade estrutural, ASTM A 36. Devem apresentar uma espessura
nominal, de alma e aba, no mínimo de:
• API 650: 4,3 mm (0,17 in)
• NBR 7821: 4,4 mm
• BSI BS EN 14015: 5 mm
• N-270: 6,35 mm

Para os suportes do teto flutuante são normalmente adotados os seguintes


materiais7:
• chapas: ASTM A 283 Gr C
• perfis: ASTM A 36
• tubos: ASTM A 53 Gr A ou B e API 5L Gr A ou B

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 166


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

13.3 Teto Fixo Cônico Suportado

13.3.1 Declividade e Soldagem das Chapas do Teto (Figura 13.2)


As chapas do teto devem ser montadas sobre uma estrutura com declividade
mínima de 1:16, devendo esse valor mínimo ser adotado sempre que possível. A
máxima declividade permitida pela Norma N-270 é de 1:6, sendo que os tanques
com declividade maior que 1:16 devem ter um guarda-corpo completo na periferia
do teto.
As chapas do teto devem ser soldadas por sobreposição, apenas na parte
superior (junta sobreposta simples), com cordão de solda contínuo e dimensão
igual à espessura das chapas do teto (“full-fillet weld”). A sobreposição das chapas
do teto deve ser realizada no sentido de facilitar a drenagem das águas pluviais e
com um transpasse mínimo, após soldagem7, de 5 vezes sua espessura, porém não
necessariamente superior a 25 mm (1 in). Observar, também, o arredondamento na
chapa superior nas regiões onde houver sobreposição de 3 chapas do teto.
As chapas do teto não devem ser fixadas a sua estrutura de sustentação. A
ligação entre as chapas do teto e a cantoneira de topo do costado deve ser realizada
por meio de solda de ângulo contínua com dimensão máxima de 4,75 mm (3/16 in).
Essas limitações objetivam criar, nesta solda de ângulo, uma ligação de baixa
resistência mecânica entre o teto e o costado. Tal região apresentará, portanto,
uma maior tendência à ruptura, devido à pressão interna, do que o costado ou a
ligação fundo-costado (rodo ou rodapé).
A sequência de soldagem a ser adotada deve minimizar as deformações
decorrentes das contrações das juntas soldadas.

Figura 13.2
Teto fixo cônico suportado. Declividade e soldagem das chapas do teto.

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 167


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

13.3.2 Descrição da Estrutura de Sustentação


A estrutura de sustentação do teto (Figura 13.3 e Figura 13.4), de um tanque
de teto fixo cônico suportado, é basicamente constituída de:

• Vigas radiais
• Vigas transversais
• Colunas

Figura 13.3
Teto fixo cônico suportado. Componentes da estrutura de sustentação.

Figura 13.4
Teto Fixo cônico suportado. Componentes da estrutura de sustentação.
Vigas radiais, vigas transversais e colunas.

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 168


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

13.3.3 Dimensionamento das Vigas Radiais e Transversais


As vigas radiais e transversais normalmente são construídas a partir de
perfis laminados (Seções I, H e U) ou, mais raramente, fabricadas a partir de
chapas. Os perfis laminados são fornecidos comercialmente com comprimentos
(tramos) de 6, 9 e 12 metros. As vigas radiais devem ser contraventadas7.
O número mínimo de vigas radiais é fixado a partir do espaçamento máximo
tolerado por norma (Tabela 13.1)

VIGAS RADIAIS DO ANEL VIGAS RADIAIS DOS ANÉIS


EXTERNO INTERNOS

NORMA (espaçamento medido ao longo da (espaçamento medido ao longo da


circunferência do costado) circunferência que passa pelos
centros das colunas do anel
considerado)

API 650

NBR 7821 2,5 m 2,2 m

BSI BS EN 14015 2,0 m 1,7 m

Valores Práticos 0,6π m (2π ft) [6,28 ft] 1,7 m (5,5 ft)

Tabela 13.1
Espaçamento máximo entre vigas radiais1, 2, 17.

O dimensionamento das vigas radiais e transversais é realizado


considerando-se: flexão, cisalhamento, flecha, flambagem de alma e flambagem de
mesa.
Apresentamos, a seguir, um roteiro simplificado do dimensionamento à
flexão, cisalhamento e flecha, que são normalmente os esforços predominantes.

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 169


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

a) FLEXÃO VIGAS RADIAIS — VR1


Q = carga total considerada uniformemente distribuída sobre o teto
Q = sobrecarga + peso próprio das chapas de teto + peso próprio das vigas
radiais
Sobrecarga considerada= 120 kgf/m2
Peso próprio das chapas do teto = 38 kgf/m2 (considerando a chapa com
espessura de 3/16 in)
As vigas serão consideradas submetidas a um carregamento
uniformemente distribuído e com as extremidades livres.
Desprezando-se a declividade do teto e, no primeiro cálculo, o peso próprio
das vigas radiais:
Q = 120 + 38 = 158 kgf/m2
N = número de vigas radiais VR1
D = diâmetro nominal do tanque em metros
πD
N≥ ---------
0,6π

Para obtenção de configurações simétricas, facilitando o projeto,


fabricação e montagem, é prática adotar-se um número de vigas radiais
múltiplo do número de lados do polígono de sustentação formado pelas
vigas transversais.

q = carga uniformemente distribuída por unidade de comprimento da viga


L = comprimento da viga radial

q=
(
158 ⋅ (π/4) ⋅ D 2 − a 2 )
N⋅L

M = momento fletor máximo


q ⋅ L2
M=
8
W = módulo de resistência
S = tensão admissível
S = 22000 psi ≈ 1540 kgf/cm2

M
W= ---------
S

Seleciona-se um perfil com módulo de resistência: Wadot ≥ W

Repetir a sequência de cálculo considerando-se o peso próprio do perfil


selecionado.

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 170


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

VIGAS RADIAS — VR2

O procedimento é análogo:

π⋅a
N≥
1,7
158 ⋅ (π/4) ⋅ a 2
q=
N⋅L
q ⋅ L2
M=
8
M
W= Wadot ≥ W Considerar o peso próprio
S
do perfil selecionado

VIGAS TRANSVERSAIS — VT

Procedimento análogo ao das vigas radiais.

R = reação de cada viga radial (VR1 e VR2) que se apóia na viga


transversal
L = comprimento da viga transversal
q = carga uniformemente distribuída por unidade de comprimento da viga
As vigas radiais constituem uma série de cargas localizadas sobre as vigas
transversais. Na prática, tal carregamento pode ser considerado
uniformemente distribuído quando quatro ou mais vigas radiais forem
suportadas por uma viga transversal.
∑R
q=
L
M = momento fletor máximo
q ⋅ L2
M=
8
W = módulo de resistência
S = tensão admissível
S = 22000 psi ≈ 1540 kgf/cm2
M
W=
S

Seleciona-se um perfil com módulo de resistência Wadot ≥ W

Repetir a sequência de cálculo considerando-se o peso próprio do perfil


selecionado.

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 171


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

b) CISALHAMENTO

O perfil selecionado à flexão é então verificado ao cisalhamento.


τ = tensão cisalhante
R = máximo esforço cisalhante (reação no apoio)
A = área da alma do perfil selecionado

R
τ=
A

τ ≤ τ admissível
τ admissível = 13000 psi ≈ 910 kgf/cm2

c) FLECHA
A deflexão máxima ocorre no centro do vão da viga e tem por expressão:

5 ⋅ q ⋅ L4
y=
384 ⋅ E ⋅ I

y = deflexão máxima
L = comprimento da viga considerada (radial ou transversal)
E = módulo de elasticidade ( Eaço = 2,1 x 106 kgf/cm2 ≈ 30 x 106 psi)
I = momento de inércia

A Norma N-2707 limita as flechas, nas vigas radiais e transversais, a um


valor máximo de L/200.
A Norma N-27125 exige a inspeção visual da flecha vertical das vigas radiais e
transversais, antes da colocação da chaparia do teto. A tolerância é de 2 mm/m de
comprimento e, no máximo, 10 mm.

13.3.4 Dimensionamento das Colunas


As colunas devem ser dimensionadas à flambagem e podem ser construídas
a partir de perfis tubulares ou de perfis compostos (duplo U — Tabela 13.2).
Apresentamos, a seguir, um roteiro simplificado do dimensionamento das
colunas.
Índice de esbeltez: é a relação entre o comprimento à flambagem da
coluna (Lf) e o seu raio de giração mínimo (r).

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 172


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Supondo a coluna bi-rotulada nos extremos (Lf = L):


Lf L
Índice de esbeltez = =
r r
L = comprimento da coluna (Figura 13.5)

(Rint − Rci) (Rint − Rci)


L=H+ −
16 120
O API 650 admite para as colunas um índice de esbeltez máximo de 180.
Podemos então calcular o mínimo raio de giração (rmin) possível para um perfil a
ser selecionado:

L
rmin =
180

A coluna é preliminarmente dimensionada, utilizando-se uma tabela de


associação de perfis (Tabela 13.2) ou uma tabela de tubos (Tabela 13.3), de tal
forma que:

radot ≥ rmin

Calcula-se então o índice de esbeltez do perfil adotado (λ):

L
λ=
radot

radot = raio de giração mínimo do perfil adotado

Figura 13.5
Comprimento da coluna. Correção devido à declividade do teto e do fundo.

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 173


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

As seguintes expressões são utilizadas para o cálculo do valor da máxima


tensão admissível à compressão (σ adm) nas colunas, sem que haja risco de
flambagem:

⎡ λ2 ⎤ ⎡ 33000y ⎤
λ ≤ 120 σ adm = 1 −
⎢ 34700 ⎥ ⎢⎣ FS ⎥⎦
⎣ ⎦

⎡ λ 2 ⎤ ⎡ 33000y ⎤
1 −
⎢ 34700 ⎥ ⎢ FS ⎥
120 < λ ≤ 131,7 σ adm =
⎣ ⎦ ⎣ ⎦
λ
1,6 −
200
149000000 y
σ adm =
λ > 131,7 ⎡ λ ⎤
λ 2 ⎢1,6 −
⎣ 200 ⎥⎦

onde:

λ = índice de esbeltez do perfil adotado


σ adm = máxima tensão admissível à compressão nas colunas (psi)
5 λ λ2
FS = fator de segurança = + +
3 350 18300000
y = fator que depende do tipo de perfil selecionado para a coluna
y = 1,0 para seções estruturais (duplo U, por exemplo) ou para seções
t
tubulares tendo ≥ 0,015
Ro
⎡ 200 ⎛ t ⎞⎤ ⎡ 200 ⎛ t ⎞⎤ t
y= ⎢ ⎜ ⎟⎥ ⎢2 − 3 ⎜ Ro ⎟⎥ para seções tubulares tendo Ro < 0,015
⎣ 3 ⎝ Ro ⎠⎦ ⎣ ⎝ ⎠⎦
t = espessura da seção tubular (in)
1
tmin = in
4
Ro = raio externo da seção tubular (in)

Calcula-se, então, a carga atuando sobre a coluna considerada, resultante do


apoio das vigas transversais ou das vigas radiais no caso da coluna central (Figura
13.6).

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 174


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

P = Q E + QD ou P = ΣRi

coluna intermediária coluna central

A tensão de compressão atuando na coluna será calculada por:

P
σc =
A
σc = tensão de compressão (psi)
A = área da seção transversal da coluna (in2)

Figura 13.6
Carga sobre as colunas.

A associação de perfis ou o tubo escolhido, preliminarmente, não


apresentará risco de flambagem se:

σc ≤ σ adm

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 175


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

O critério atual de dimensionamento das colunas pelo API 650 encontra-se


descrito no seu item 5.10.3.4, reproduzido a seguir.

Item 5.10.3.4 do API 650


Dimensionamento de colunas pelo API 6501.

A Norma N-270 exige que as colunas sejam soldadas, na extremidade


inferior, sobre sapatas de perfis em forma de H (Figura 13.7). Estas sapatas devem
estar apoiadas sobre chapas de reforço, soldadas ao fundo e com 19 mm de
espessura. Tais sapatas são guiadas por cantoneiras soldadas somente às chapas de
reforço do fundo.

a) b)
Figura 13.7
Sapata da coluna em forma de H.
a) Construção antiga sem chapa de reforço no fundo.
b) Construção atual com chapa de reforço no fundo.

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 176


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

13.3.5 Tabelas de Perfis

Tabela 13.2
Associação de perfis U.

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 177


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabela 13.3
Tubos de aço. Dimensões normalizadas (ANSI B.36.10 e 36.19)42.

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 178


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabela 13.4
Perfis laminados de aço carbono. Vigas I. Padrão americano42.

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 179


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabela 13.5
Perfis laminados de aço carbono. Vigas H e Vigas C. Padrão americano42.

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 180


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabela 13.6
Perfis laminados de aço carbono. Cantoneiras de abas iguais e cantoneiras de abas
desiguais. Padrão americano42.

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 181


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

13.4 Teto Fixo Cônico Autoportante


A Norma N-270 recomenda que os tanques de teto cônico sejam
autoportantes até o diâmetro de 6 m. As exigências do API 650 estão descritas no
item 5.10.5.

Item 5.10.5 do API 650


Projeto do teto cônico autoportante1.

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 182


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

13.5 Teto Fixo Curvo e em Gomos Autoportantes


O projeto do teto fixo curvo autoportante ou do teto fixo em gomos
autoportante é praticamente semelhante ao projeto do teto fixo cônico
autoportante, visto anteriormente. As exigências do API 650 estão descritas no
Item 5.10.6.

Item 5.10.6 do API 650


Projeto do teto fixo curvo e do teto fixo em gomos autoportantes1.

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 183


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

13.6 Limites de Pressão para Tanque de Teto Fixo

A pressão interna de projeto de um tanque de teto fixo é a máxima pressão


de operação no espaço vapor do equipamento e está limitada ao peso das chapas do
teto por unidade de área. Para chapas de 3/16 in (4,75 mm) a pressão interna
manométrica de projeto é de 37 mm de coluna de água (0,363 kPa). Esta pressão
interna de projeto é utilizada no dimensionamento dos dispositivos de alívio de
pressão no teto fixo, para as condições normais de operação, mas não é aplicável
para tanques sem teto ou com teto flutuante externo e não deve ser adicionada à
altura de líquido utilizada no cálculo das espessuras do costado do equipamento7.
Admite-se pressão interna manométrica de projeto mais elevada, até 2,5 psi
(18,0 kPa), desde que seja aplicada a Norma API 650 Apêndice F, reproduzida a
seguir.
Para valores de pressão interna de projeto, maiores do que 2,5 psi (18,0
kPa), com um máximo de 15 psi (104,0 kPa), o tanque de armazenamento deve ser
calculado conforme Norma API 62018.

Pela Norma N-270 o vácuo de projeto de um tanque de teto fixo está


limitado a 37 mm de coluna de água (0,363 kPa).
Admite-se um vácuo de projeto mais elevado, até 1,0 psi (6,9 kPa), desde
que seja aplicado o Apêndice V da Norma API 650, parcialmente reproduzido a
seguir. Para o API 650, o Apêndice V já deverá ser atendido quando o tanque
operar normalmente com uma pressão externa que exceda 0,25 kPa (0,036 lbf/in2
/ 1 in de coluna de água).

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 184


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Apêndice F do API 650


Projeto de tanques para pequenas pressões internas1.

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 185


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Apêndice F do API 650


Projeto de tanques para pequenas pressões internas1.

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 186


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Apêndice F do API 650


Projeto de tanques para pequenas pressões internas1.

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 187


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Apêndice F do API 650


Projeto de tanques para pequenas pressões internas. Figura F-11.

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 188


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Apêndice F do API 650


Projeto de tanques para pequenas pressões internas. Figura F-21.

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 189


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

API 650 Apêndice F - Limite de Pressão Interna ( pi )

• pi . (πD2/4) ≤ W costado,teto,acessórios Sim


F.3 a F.6

Não Ancoragem F.7


• pi ≤ P Max: 2,5 psig

(0,962).(A.Fy).tgθ
P= + 8th
D2
Evitar
0,245 Wcostado,acessórios 0,817M Levantamento
P= 2
+ 8th -
D D3 da Base

• pi ≤ Pf Recomendado para:

Pf ≤ 1,6 P - 4,8th pi ≤ 0,8 Pf Grandes Tanques


Cantoneira Pequena
Pequena Inclinaç
Inclinação Teto

Apêndice F do API 650


Projeto de tanques para pequenas pressões internas. Limite de pressão interna.
Quadro resumo. Sistema Americano de Engenharia (US Customary Units)1.

Apêndice V do API 650


Projeto de tanques para operação com pressão externa. Itens V.1 e V.2 do API 650.
Escopo e considerações gerais1.

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 190


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

O detalhamento do cálculo de um tanque submetido à pressão externa e um


exemplo ilustrativo de dimensionamento poderão ser encontrados no API 650
Apêndice V, nos itens V.3 a V.10. A Figura 13.8 apresenta um tanque de
armazenamento deformado em decorrência de uma pressão externa exagerada.

Figura 13.8
Colapso à pressão externa. Deformação no teto (para baixo), costado (entra) e rodo
(para cima).

Apêndice V do API 650


Projeto de tanques para operação com pressão externa. Itens V.11 e V.12.
Modelo de cálculo adotado e referências bibliográficas1.

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 191


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

13.7 Ligação de Baixa Resistência Mecânica entre


Costado e Teto (Frangible Roof)
A ligação soldada entre o teto e a cantoneira de topo do costado, para os
tanques de teto fixo cônico, curvo e em gomos, suportados ou autoportantes, só pode
ser considerada de baixa resistência mecânica (ligação fraca), à pressão, quando as
condições descritas no Item 5.10.2.6 do API 650, reproduzido a seguir, forem
satisfeitas:

Item 5.10.2.6 do API 650


Ligação de baixa resistência mecânica entre costado e teto. Exigências de projeto1.

Se a ligação soldada entre o teto e a cantoneira de topo do costado for


considerada de baixa resistência mecânica, os dispositivos de alívio de pressão e
vácuo são dimensionados atendendo às condições normais de operação
(enchimento, esvaziamento, aquecimento e resfriamento máximos) conforme
exigência da norma API 200019. Em caso contrário, além das condições normais de
operação, tais dispositivos devem atender, também, à condição de emergência
(exposição a fogo) exigida pelo API 2000.

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 192


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

A Figura 13.9 ilustra diversas falhas em tanques de armazenamento em que


a solda entre o teto do equipamento e sua cantoneira de topo do costado não
apresentava a característica de baixa resistência mecânica.

a) b)

c) d)

e) f)

Figura 13.9
Solda não fraca na transição teto-costado. Colapso à pressão interna.
a) Região do rodo. b) Chumbadores da base. c) Transição teto-costado.
d) Região do rodo. e) Transição teto-costado. f) Transição teto-costado.

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 193


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

13.8 Teto Flutuante Externo

O teto flutuante externo e seus diversos acessórios devem ser projetados


conforme o API 650 Apêndice C e construídos de tal forma a permitir o
extravasamento do produto armazenado, sem danificar qualquer componente do
equipamento, no caso de um enchimento exagerado do tanque. O teto flutuante
externo tipo simples (“pan-type”) não é mais permitido por norma1.
A temperatura máxima de armazenamento do produto deve ser inferior à
sua temperatura inicial de ebulição na pressão atmosférica do local de
armazenamento. 7
A temperatura da superfície líquida sob a chaparia central do teto tipo
pontão deve ser calculada para a condição de máxima radiação solar na região de
construção do equipamento. Essa temperatura deve ser inferior à temperatura
inicial de ebulição do produto na pressão correspondente ao peso do teto7.
Pela Norma N-270, todo tanque de teto flutuante externo deve utilizar o selo
PW, padronizado pela Norma N-174254. O espaçamento entre o costado do tanque
e o costado do teto flutuante deve ser de 200 mm com tolerância de ± 12 mm, na
posição em que o teto é montado7.

13.8.1 Declividade, Material e Soldagem das Chapas do Teto


Os tetos tipo pontão devem ter uma declividade para a parte central de tal
forma a permitir a drenagem eficiente das águas pluviais. O lençol superior do
flutuador periférico deve apresentar uma declividade mínima de 1:64. Tal
declividade mínima também é exigida para o lençol superior dos tetos duplos.
O teto flutuante deve ser projetado para flutuar com o nível de produto
sempre acima do seu lençol inferior. Assim, não haverá espaço para armazenar
vapor de produto.
As chapas do teto devem ser de aço-carbono ASTM A 1011 Gr 33 ou ASTM A
283 Gr C, com espessura mínima de 4,75 mm (3/16 in) e largura mínima de 1 500
mm. Para chapas com espessura igual ou superior a 6,30 mm deve ser usada a
especificação ASTM A 283 Gr C, com largura mínima de 2 440 mm.
As chapas do teto devem ser soldadas por sobreposição, apenas na parte
superior, com cordão de solda contínuo e dimensão igual à espessura das chapas
(“full-fillet weld”). Quando necessárias, também são realizadas soldas na parte
inferior, como nas proximidades das anteparas e pernas de sustentação. Tais soldas
podem ser intermitentes, com comprimento mínimo de 2 in, espaçadas de 10 in de
centro a centro e localizadas em todas as sobreposições existentes numa faixa de 12
in de distância de qualquer um dos elementos rígidos anteriormente citados.
A sobreposição das chapas do teto deve ser realizada no sentido de facilitar a
drenagem das águas pluviais e com um transpasse mínimo de 5 vezes sua
espessura, porém não necessariamente superior a 25 mm (1 in). Na sobreposição
de 3 chapas deve ser feito o arredondamento do canto da chapa superior.
Todas as chapas divisórias dos compartimentos do teto flutuante devem ser
soldadas ao longo de todas as suas bordas: inferior, laterais e superior; a fim de se

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 194


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

obter estanqueidade entre os diversos compartimentos


A sequência de soldagem utilizada deve minimizar as deformações
decorrentes da contração de soldagem.

13.8.2 Flutuabilidade
Os tetos flutuantes externos, de qualquer tipo, devem apresentar
flutuabilidade suficiente e permanecer flutuando sobre um líquido de densidade
0,7, ou de densidade igual a do produto armazenado caso a sua densidade seja
inferior a 0,7, com seus drenos principais inoperantes, em ambas as seguintes
condições analisadas separadamente:
• 1ª condição (água de chuva): lençol superior com carga de água proveniente
de uma altura pluviométrica de 250 mm, sobre toda a área do tanque, num período
de 24 horas. Teto intacto.
O teto duplo deve suportar a carga de água mencionada anteriormente ou
permitir que a mesma escoe, em parte, por drenos de emergência (Fig. 13.10). Tais
drenos de emergência devem ser em igual quantidade e posicionados tão próximos
quanto possível aos drenos principais. O dreno de emergência deve impedir que o
produto armazenado passe para cima do teto.
• 2ª condição (furo no teto): Figura 13.11
— teto tipo pontão: dois compartimentos contíguos e lençol central inundados,
como se estivessem furados.
— teto duplo: dois compartimentos contíguos, mais externos, inundados, como
se estivessem furados.
Para ambos os tipos de teto, nesta segunda condição, nenhuma sobrecarga
adicional (água de chuva e carga viva uniforme) deve ser considerada. O projetista
deve indicar, utilizando memória de cálculo, quais os dois compartimentos mais
críticos.

Figura 13.10
Dreno de emergência em teto flutuante duplo.

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 195


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 13.11 Exigências de flutuabilidade do teto. 2ª condição: furo no teto.


a) Teto pontão. b) Teto duplo.

O teto flutuante deve ser projetado com resistência suficiente a evitar


deformações permanentes em decorrência de qualquer uma das condições de
flutuabilidade descritas anteriormente. Isto é particularmente importante para o
lençol central do teto tipo pontão112.
O projetista deve também demonstrar que o teto flutuante pode suportar a
inclinação decorrente do alagamento exigido pela segunda condição de
flutuabilidade, continuando o mesmo a deslizar livremente por dentro do costado.
Deve ser realizado um teste de flutuabilidade do teto (Figura 13.12),
conforme exigências do API 650 Apêndice C, simulando-se as duas condições de
flutuabilidade exigidas. O teste de flutuabilidade é realizado simultaneamente com
o teste hidrostático, dando-se o devido desconto pelo fato do teste hidrostático ser
efetuado com água e não com um produto de densidade exigida por norma (0,7 ou
menor).
O projeto do teto flutuante deve indicar os níveis de flutuação do teto para as
condições de operação, teste hidrostático e teste de flutuabilidade.

a) b)
Figura 13.12
Teste de flutuabilidade. a) Teto pontão convencional. b) Teto Buoyroof.

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 196


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Reproduziremos, a seguir, o item 11.5 da Norma N-2707 contendo os


requisitos de flutuabilidade exigidos no projeto de tetos flutuantes externos.

Item 11.5 da N-270


Requisitos de flutuabilidade para tetos flutuantes externos7.

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 197


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

13.8.3 Suportes do Teto


Os tetos flutuantes externos devem ter duas posições de repouso: operação e
manutenção; conseguidas por pernas de sustentação ajustáveis pela parte superior
do teto. A posição de manutenção deve garantir uma altura livre mínima de 2000
mm em qualquer região do fundo7. A posição de operação deve ser a mais baixa
possível, compatível com os acessórios do teto, do costado e do fundo, para a
operação do tanque com o máximo de aproveitamento.
Para melhor distribuir a carga do teto sobre o fundo, cada perna de
sustentação deve apoiar-se sobre uma chapa de reforço de, no mínimo, 6,3 mm de
espessura, soldada ao fundo do tanque em toda sua volta7.
A Norma N-270 exige, para evitar a entrada de produto, que as pernas de
sustentação sejam fechadas na extremidade inferior. Tal procedimento contraria as
indicações de outras normas1, 2, 17.
A Figura 13.13 ilustra o modelo antigo de suporte de teto flutuante, bem
como o reforço na região do tubo-guia (camisa) da perna de sustentação para
garantir a resistência à fadiga deste componente. O novo modelo de suporte de teto
flutuante, conforme a Norma 270, é apresentado nas Figuras 13.14 e 13.5. Neste
novo modelo, é o comprimento da camisa que determina a posição de operação do
teto.
As pernas de sustentação e camisas são dimensionadas à flambagem,
semelhantemente às colunas de sustentação de um teto fixo suportado, supondo o
teto apoiado no fundo (posição de manutenção e operação, respectivamente),
suportando seu peso próprio e uma sobrecarga de 981 N/m2 (100 kgf/m2)
distribuída sobre todo o teto7.
Como regra geral, os suportes dos tetos duplos são de diâmetros maiores e
em menor número do que os suportes para os tetos pontão. Evidentemente, os
suportes devem ser em número suficiente para evitar deformações nas chapas do
teto.
As camisas das pernas de sustentação devem ter um comprimento suficiente
de modo que o furo de ajustamento das pernas esteja sempre acima do nível
máximo de produto na periferia do teto. A altura máxima correspondente à
precipitação pluviométrica de 250 mm sobre a área do tanque também deve ser
considerada.
O prolongamento das camisas das pernas de sustentação, abaixo da
superfície inferior do teto, deve ser o necessário para manter a condição de
operação e a estanqueidade à passagem de gases que porventura se acumulem sob
as deformações do teto, nas condições normais de operação7.
Como ilustração, a Figura 13.16 apresenta alguns exemplos típicos de danos
observados nos suportes de um teto flutuante.

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 198


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 13.14
Suporte para teto flutuante. Reforços do teto. Modelo antigo.
a)Teto duplo ou flutuador do teto pontão. b) Lençol central do teto pontão7.

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 199


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

PERNA DE SUSTENTAÇÃO

Figura 13.14
Suporte para teto flutuante. Reforços do teto. Modelo novo. Figura B-6 da N-270.
Teto duplo ou flutuador do teto pontão7.

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 200


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

PINO
ATUANDO

Figura 13.15
Suporte para teto flutuante. Reforços do teto. Modelo novo. Figura B-7 da N-270.
Lençol central de teto tipo pontão7.

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 201


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 13.16
Danos nos suportes do teto flutuante. Exemplos típicos.
a) Corrosão na região de fixação. b) Desgaste na chapa de reforço do fundo.
c) Flambagem da perna de sustentação.

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 202


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

13.9 Teto Fixo com Flutuante Interno


A Norma N-2707 exige que os tetos flutuantes internos sejam construídos do
tipo pontão, em aço-carbono e atendendo o Apêndice H da Norma API 650.
Devem, também, utilizar o selo PW padronizado pela Norma N-174254.
A Norma API 650 permite a utilização de diferentes tipos de teto conforme
listados no seu Item H.2, reproduzido a seguir.

Item H.2 do API 650 Apêndice H


Tanque de teto fixo com flutuante interno. Tipos de teto flutuante interno 1.

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 203


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

13.9.1 Declividade, Material e Soldagem das Chapas do Teto


Pela N-270, o teto flutuante interno não tem requisito de declividade.
Quanto ao material, dimensões de chapas e soldagem do teto, utilizar as mesmas
observações citadas no projeto dos tetos flutuantes externos7.
A Norma API 650 permite a utilização de outros materiais, além do aço-
carbono, para o teto flutuante interno, conforme seu Item H.3, reproduzido a
seguir (Figura 13.17).

Item H.3 do API 650 Apêndice H


Tanque de teto fixo com flutuante interno. Materiais para o teto flutuante interno1.

Figura 13.17
Tanque de teto fixo com flutuante interno em alumínio.

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 204


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

13.9.2 Flutuabilidade
Pela Norma N-270, os tanques de teto flutuante interno devem atender aos
seguintes requisitos de flutuabilidade:
- 2 compartimentos contíguos mais críticos e lençol central inundados, como
se estivessem furados, flutuando em produto de densidade a menor entre 0,7 ou a
do próprio produto na temperatura máxima de armazenamento.
- Os compartimentos mais críticos devem ser demonstrados por memória de
cálculo.
- O ângulo de inclinação do teto não deve ultrapassar a 50% daquele que
provocaria o emperramento do teto na guia anti-rotacional.
- O nível máximo de flutuação não deve ultrapassar a altura correspondente
a 80% do volume do flutuador mais externo do teto.

Para verificação do projeto do teto deve ser executado o teste de


flutuabilidade, simulando as condições exigidas no projeto, conforme a Norma N-
271, comprovando que o teto é capaz de se movimentar livremente dentro do
tanque e sem sofrer deformação permanente. No desenho de conjunto geral do
tanque, devem ser indicados os seguintes níveis de flutuabilidade:
- operação normal (densidade do produto);
- teste hidrostático (densidade=1);
- teste de flutuabilidade (densidade: menor entre 0,7 ou do produto).

A Norma API 650 Apêndice H, Item H.4.2.1, reproduzido a seguir, apresenta


suas exigências sobre a flutuabilidade do teto flutuante interno.

Item H.4.2.1 do API 650 Apêndice H


Tanque de teto fixo com flutuante interno.
Requisitos de flutuabilidade para o teto flutuante interno1.

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 205


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

13.9.3 Suportes do Teto


Utilizar as mesmas observações citadas no projeto dos tetos flutuantes
externos com exceção da consideração da precipitação pluviométrica sobre o teto7.
A Norma API 650 Apêndice H, Item H.4.2.2, reproduzido a seguir,
apresenta suas exigências sobre as cargas que deverão ser consideradas no projeto
dos suportes do teto flutuante interno.

Item H.4.2.1 do API 650 Apêndice H


Tanque de teto fixo com flutuante interno.
Requisitos de carga sobre os suportes do teto flutuante interno1.

Figura 13.18
Tanque de teto fixo com flutuante interno. Suporte do teto flutuante interno tipo
cabo (“cable support”).

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 206


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

13.9.4 Dispositivos de Ventilação e Extravasores


Devem ser previstos dispositivos de ventilação no teto fixo e extravasores
(ladrões) no costado do tanque (Figura 13.19), conforme exigências do API 650
Apêndice H (Itens H.5.2.2 e H.5.3.3).

Figura 13.19
Tanque de teto fixo com flutuante interno.
Ventiladores no teto. Extravasores no costado.

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 207


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item H.5.2.2 do API 650 Apêndice H


Tanque de teto fixo com flutuante interno.
Requisitos de projeto para os dispositivos de ventilação (ventiladores/“circulation
vents”) no teto1.

Item H.5.3.3 do API 650 Apêndice H


Tanque de teto fixo com flutuante interno.
Requisitos de projeto para os extravasores (ladrões/“overflow slots”) no costado1.

_________________________________________________________________ Projeto do Teto 208


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

CAPÍTULO XIV

BOCAIS E ACESSÓRIOS

Os principais bocais e acessórios de um tanque de armazenamento serão


descritos e selecionados, a seguir, em função de sua localização no equipamento.
Assim, teremos:

• Bocais e acessórios do fundo


• Bocais e acessórios do costado
• Bocais e acessórios do teto

14.1 Bocais e Acessórios do Fundo


Basicamente, nesta região do tanque, só encontramos o sistema de drenagem
de fundo do equipamento (Figura 14.1). Sua construção deverá ser conforme Figura
5-21 e Tabelas 5-16a e 5-16b do API 650.

Figura 14.1
Dreno de fundo. Dreno com bacia. Dreno sifão (Water Drawoff Sump)1.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 209


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 5-21 e Tabela 5-16a (SI) e 5-16b (USC) do API 650


Dreno de fundo. Dreno com bacia. Dreno sifão (Water Drawoff Sump)1.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 210


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

A antiga Norma N-38343 padronizava dois tipos de drenos para o fundo de


tanques de armazenamento:
a) dreno sifão (Figura 14.2);
b) dreno por baixo (Figura 14.3 e Figura 14.4).

Os drenos por baixo normalmente não são mais recomendados pelos seguintes
motivos:
• risco de entupimento, no caso de armazenamento de produtos com sedimentos;
• dificuldade de inspeção;
• possibilidade de geração de trincas, no caso de tanques aquecidos.

Figura 14.2
Dreno de fundo. Dreno com bacia. Dreno sifão43.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 211


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 14.3
Dreno de fundo. Dreno por baixo43.

Figura 14.4
Dreno de fundo. Dreno por baixo43.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 212


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

14.2 Bocais e Acessórios do Costado

14.2.1 Bocais (Shell Nozzles)

No costado de tanques de armazenamento encontramos bocais com diversas


finalidades:
a) movimentação de produto;
b) sistema de drenagem (dreno de fundo e dreno de teto flutuante);
c) sistema de aquecimento (entrada de vapor e saída de condensado);
d) sistema de combate a incêndio (câmara de espuma);
e) misturadores, limpeza com vapor etc.

A Tabela 14.1 apresenta os principais tipos de bocais e flanges normalmente


empregados no costado e no teto de tanques de armazenamento.

Bocais Tipos

Luva de aço forjado rosqueada ou para solda de


D ≤ 1 1/2"
encaixe (ASME B16.11 / ASME B1.20.1)44, 45

D ≤ 24" Flange de pescoço ou


Tipo de Flange

(ASME B 16.5)28 sobreposto


Dimensões

Flangeados
D ≥ 2"
(API 650)
Classe de pressão 150 ou
D > 24”
da tubulação interligada
(ASME B 16.47)29 (maior valor)

Tabela 14.1
Tipos de bocais e flanges.

O diâmetro nominal de um bocal de movimentação de carga (Figura 14.5)


normalmente é determinado adotando-se uma velocidade de escoamento
recomendada para hidrocarbonetos de 1m/s.
Os detalhes construtivos dos flanges e bocais do costado encontram-se nas
Figuras: 5-7B, 5-8 e 5-10; e Tabelas: 5-6a, 5-6b, 5-7a, 5-7b, 5-8a e 5-8b do API 650,
reproduzidas a seguir.
Deve ser respeitada uma distância mínima entre bocais adjacentes do
costado de uma vez e meia a média dos diâmetros, medida entre suas linhas de
centro7.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 213


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 14.5
Bocais do costado. Bocal de movimentação de carga.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 214


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 5-7B do API 650


Bocais e bocas de visita do costado. Detalhes construtivos1.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 215


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 5-8 do API 650


Bocais do costado. Detalhes construtivos. Bocais flangeados e rosqueados1.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 216


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 5-10 do API 650


Bocais flangeados do costado. Detalhes dimensionais1.

Tabela 5-6a do API 650


Bocais do costado (flangeados e rosqueados). (SI) Detalhes dimensionais1.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 217


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabela 5-6b do API 650


Bocais do costado (flangeados e rosqueados). (USC) Detalhes dimensionais1.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 218


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabela 5-7a do API 650


Bocais do costado. (SI) Detalhes dimensionais (pescoço, chapa de reforço e
soldas)1.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 219


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabela 5-7b do API 650


Bocais do costado. (USC) Detalhes dimensionais (pescoço, chapa de reforço e
soldas)1.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 220


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabela 5-8a do API 650


Bocais flangeados do costado. (SI) Detalhes dimensionais dos bocais flangeados1.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 221


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabela 5-8b do API 650


Bocais flangeados do costado. (USC) Detalhes dimensionais dos bocais flangeados1.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 222


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

14.2.2 Bocas de Visita (Shell Manhole)


As bocas de visita do costado devem ser orientadas na direção dos ventos
predominantes no local de construção e localizadas de forma igualmente espaçadas
ao longo da circunferência do tanque. Tal procedimento visa facilitar o arejamento
do equipamento durante as paradas de manutenção.
Nos tanques de teto flutuante, para evitar a interferência durante a descida
do teto e, consequentemente, aproveitar ao máximo a capacidade do equipamento,
as bocas de visita do costado devem ser do tipo baixo (“low type”) com chapas de
reforço formando 90º com o fundo do tanque (Figura 14.6).
A sobre-espessura para corrosão utilizada no primeiro anel do costado deve
ser considerada em todas as partes da boca de visita em contato com o produto.
Os detalhes construtivos das bocas de visita do costado podem ser
encontrados na Figura 5-7A e nas Tabelas 5-3a, 5-3b, 5-4a, 5-4b, 5-5a e 5-5b do API
650, reproduzidas a seguir.

a)

b)

Figura 14.6
Bocas de visita do costado.
a) Tipo diamante (“diamond”). b) Tipo baixo (“low type”) 1.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 223


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 5-7A do API 650


Bocas de visita do costado. Detalhes construtivos1.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 224


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabelas 5-3a (SI) e 5-3b (USC) do API 650


Boca de visita do costado.Valores dimensionais. Espessura da tampa e do flange
aparafusado1.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 225


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabelas 5-4a (SI) e 5-4b (USC) do API 650


Boca de vista do costado. Valores dimensionais. Espessura do pescoço1.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 226


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabelas 5-5a (SI) e 5-5b (USC) do API 650


Boca de visita do costado. Valores dimensionais. Diâmetro da linha de centro dos
parafusos e diâmetro da tampa1.

14.2.3 Portas de Limpeza (Cleanout)


A porta de limpeza deve ser de construção soldada e do tipo rente ao fundo
(“flush type”), conforme ilustrada na Figura 14.7.
Quando houver duas ou mais portas de limpeza no costado, duas delas
devem ser posicionadas diametralmente opostas e orientadas na direção dos ventos
predominantes no local. Havendo somente uma porta de limpeza no costado, deve-
se posicionar uma boca de visita diametralmente oposta a ela e ambos os acessórios
devem ser orientados na direção dos ventos predominantes no local7.
O API 650 fixa as dimensões máximas da porta da limpeza em função do
material utilizado no costado do equipamento (Tabela 14.2).

MATERIAL DO COSTADO
DIMENSÕES MÁXIMAS
(GRUPO)

Largura = 48" (1200 mm)


I, II, III ou IIIA
Altura = 48" (1200 mm)

IV, IVA, V ou VI Altura = 36" (900 mm)

Tabela 14.2
Porta de limpeza. Dimensões máximas1.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 227


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Os detalhes construtivos das portas de limpeza podem ser encontrados nas


Figuras 5-12 e 5-13; e nas Tabelas 5-9a, 5-9b, 5-10a, 5-10b, 5-11a e 5-11b do API
650, reproduzidas a seguir.

Figura 14.7
Porta de limpeza. Detalhes construtivos.

Figura 5-12 do API 650


Porta de limpeza. Detalhes construtivos1.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 228


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 5-13 e itens 5.7.7.10 a 5.7.7.12 do API 650


Detalhes da fundação sob a porta de limpeza1.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 229


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabelas 5-9a (SI) e 5-9b (USC) do API 650


Porta de limpeza. Detalhes construtivos. Dimensões1.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 230


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabelas 5-10a (SI) e 5-10b (USC) do API 650


Porta de limpeza. Detalhes construtivos. Espessura da tampa, do flange
aparafusado e da chapa de soleira1.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 231


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabelas 5-11a (SI) e 5-11b (USC) do API 650


Porta de limpeza. Detalhes construtivos da chapa de reforço do costado1.

Item 5.7.7 (5.7.7.1 a 5.7.7.4) do API 650


Porta de limpeza. Detalhes construtivos da chapa de reforço do costado1.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 232


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 5-11 do API 650


Porta de limpeza. Detalhes construtivos da chapa de reforço do costado1.

Item 5.7.7 (5.7.7.5 e 5.7.7.6)


Porta de limpeza. Detalhes construtivos da chapa de reforço do costado1.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 233


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item 5.7.7 (5.7.7.6 continuação a 5.7.7.9)


Porta de limpeza. Detalhes construtivos da chapa de reforço do costado1.

14.2.4 Plataformas (Platforms), Passadiços (Walkways) e Escadas


(Stairways)
Todos os tanques devem ter sua própria escada de acesso ao topo do
equipamento, com corrimão e terminando em uma plataforma sobre o costado
(Figura 14.8). Tanques para óleos lubrificantes, água e outros produtos não
perigosos podem dispensar a escada ao topo do costado quando, em grupo,
estiverem interligados por passadiços7.
As escadas devem ser de preferência do tipo helicoidal. Escadas verticais do
tipo marinheiro só são permitidas para tanques com até 6 m de altura, sendo que
acima de 1,80 m exige-se guarda-corpo para diminuir o risco de acidentes7.
A plataforma do topo do costado deve ser apoiada diretamente no último
anel do costado no caso dos tanques de teto fixo (Figura 14.8a). Para os tanques de
teto flutuante a plataforma (Figura 14.8b) deve ser suportada por chapas de
extensão do costado e se projetar por cima do teto.
As escadas, patamares entre os lances da escada, plataformas de topo do
costado e passadiços de ligação entre tanques devem ser construídos com material
antiderrapante.
As tabelas 5-17, 5-18, 5-19a e 5-19b do API 650, reproduzidas a seguir,
apresentam os principais detalhes construtivos para plataformas, passadiços e
escadas de acesso ao topo de tanques de armazenamento.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 234


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 14.8
Escada e plataforma de topo do costado. a) Teto fixo. b) Teto flutuante.

Tabela 5-17 do API 650


Plataformas e passadiços. Detalhes construtivos1.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 235


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabelas 5-18, 5-19a e 5-19b do API 650


Escadas de acesso ao topo. Detalhes construtivos1.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 236


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

14.2.5 Câmaras e Aplicadores de Espuma Contra Incêndio


(Fixed Foam System. Foam Chambers and Fixed Foam Discharges Outlets)

São obrigatórios sistemas de espuma para proteção de todas as áreas onde


seja possível o derrame ou vazamento de líquidos combustíveis ou inflamáveis.
Para os tanques de teto fixo ou de teto fixo com flutuante interno a proteção
deve ser por meio de câmaras de espuma, instaladas no costado do
equipamento. Para os tanques de teto flutuante externo a proteção é realizada por
aplicadores de espuma localizados em chapas de extensão do costado, lançando
a espuma na região do sistema de selagem do teto envolvida por um anel de
contenção de espuma (Figura 14.9).
Número, tipo, dimensões e localização destes dispositivos de aplicação de
espuma, bem como a determinação da quantidade mínima de solução “água e
líquido gerador de espuma”, são determinados pelas seguintes normas:
- NBR 17505-7: Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis –
Parte 7: Proteção contra incêndio para parques de armazenamento com
tanques estacionários11.
- N-120346: Projeto de sistemas fixos de proteção contra incêndio em
instalações terrestres com hidrocarbonetos e álcool. Esta norma
incorporou a antiga N-188647.
- NFPA 11: Standard for low-, medium-, and high-expansion foam48.
Uma alternativa para proteção contra incêndio de tanques de teto fixo é
pressurizá-lo com gás inerte, normalmente nitrogênio. Neste caso, o tanque
normalmente será calculado pelo Apêndice F da Norma API 650.

a) b) c)
Figura 14.9
Sistema fixo de proteção contra incêndio. a) Câmara de espuma. Irregularidades:
guarda-corpo incompleto e ausência de plataforma fixa para acesso e manutenção7
b) Câmara de espuma corretamente instalada. c) Aplicador de espuma.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 237


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

----------

----------
Indicações da N-1203
Projeto de sistemas fixos de proteção contra incêndio em instalações terrestres com
- - - - - - - - - - e álcool46.
hidrocarbonetos

-----------

----------

Indicações da N-1203
Projeto de sistemas fixos de proteção contra incêndio em instalações terrestres com
hidrocarbonetos e álcool46.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 238


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

----------

Indicações da N-1203
Projeto de sistemas fixos de proteção contra incêndio em instalações terrestres com
hidrocarbonetos e álcool46.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 239


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

----------

----------

----------

Indicações da N-1203
Projeto de sistemas fixos de proteção contra incêndio em instalações terrestres com
hidrocarbonetos e álcool46.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 240


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Indicações da N-1203
Projeto de sistemas fixos de proteção contra incêndio em instalações terrestres com
hidrocarbonetos e álcool46.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 241


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Indicações da N-1203
Projeto de sistemas fixos de proteção contra incêndio em instalações terrestres com
hidrocarbonetos e álcool46.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 242


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Indicações da N-1203
Projeto de sistemas fixos de proteção contra incêndio em instalações terrestres com
hidrocarbonetos e álcool46.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 243


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Indicações da N-1203
Projeto de sistemas fixos de proteção contra incêndio em instalações terrestres com
hidrocarbonetos e álcool46.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 244


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

14.2.6 Indicadores de Nível (Liquid Level Indicators)

Figura 14.10
Indicadores de nível. a) Teto fixo. b) Teto flutuante.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 245


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 14.11
Indicadores de nível. Tipo Radar. Automação148, 149, 150.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 246


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

14.2.7 Misturadores (Mixers)


Homogeneízam o produto armazenado e evitam a sedimentação de
impurezas no fundo do equipamento (Figura 14.12).
Os principais tipos são:
a) mecânico;
b) jato.

Figura 14.12
Misturadores. a) Mecânico. b) Jato.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 247


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

14.2.8 Anéis de Contraventamento (Stiffening-Rings)


Pela Norma N-270, todo tanque de topo aberto (teto flutuante externo ou
sem teto) deve possuir um anel de contraventamento (Figura 14.13) para manter
sua circularidade quando submetido à carga de vento, posicionado a 1 m do topo da
cantoneira de reforço do costado. O anel de contraventamento deve servir de
passadiço e apresentar uma largura mínima, em toda sua extensão, de 600 mm.

a) b)

Figura 14.13
Anel de contraventamento.
a)Irregularidade: ausência de guarda-corpo. b) Guarda-corpo em toda periferia.

O anel de contraventamento pode ser construído a partir de perfis


estruturais, chapas ou combinações desses elementos e ligados por soldas
contínuas. A união das seções do anel de contraventamento deve ser realizada por
solda de topo com penetração total.
O anel de contraventamento deve apresentar a superfície superior
antiderrapante e seu contorno externo pode ser circular ou poligonal.
Todo contraventamento deve apresentar aberturas de drenagem para
escoamento de água de chuva e ser dimensionado para uma velocidade de vento de
100 km/h ou valor superior caso haja histórico de ocorrência no local de
construção do tanque7.
O anel de contraventamento deve ser projetado, apresentando um módulo
de resistência mínimo, conforme item 5.9.6.1 do API 650.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 248


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item 5.9.6.1 do API 650


Anel de contraventamento. Módulo de resistência requerido.

Para cálculo do módulo de resistência contam-se todos os perfis


componentes do anel de contraventamento e, se aplicável, um trecho da chapa do
costado de altura igual a 16 vezes sua espessura, abaixo e acima do anel de
contraventamento. A Figura 5-24 do API 650 apresenta os perfis padronizados por
norma, bem como os trechos do costado que podem ser considerados no cálculo do
módulo de resistência do anel de contraventamento.

Figura 5-24 do API 650


Anel de contraventamento. Perfis padronizados.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 249


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

As Tabelas 5-20a e 5-20b do API 650 apresentam os valores de módulo de


resistência dos perfis padronizados.

Tabela 5-20a do API 650


Anel de contraventamento. Valores do módulo de resistência dos perfis
padronizados (SI)1.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 250


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabela 5-20b do API 650


Anel de contraventamento. Valores do módulo de resistência dos perfis
padronizados (USC)1.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 251


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

O anel de contraventamento deve ser devidamente suportado por “mãos


francesas” sempre que sua largura horizontal ultrapassar 16 vezes sua espessura.
Os suportes devem ser dimensionados para resistir à carga estática e eventuais
sobrecargas especificadas pelo projeto. O espaçamento máximo entre suportes é de
24 vezes a largura da aba externa de compressão do perfil do anel de
contraventamento2.
A abertura no anel de contraventamento, para passagem da escada
helicoidal, deve ser devidamente reforçada, conforme indicações da Figura 5-25 do
API 650.

Figura 5-25 do API 650


Abertura no anel de contraventamento. Passagem da escada helicoidal.
Cálculo do reforço1.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 252


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14.2.9 Anéis de Contraventamento Intermediário138


(Intermediate Wind Girders / Secondary Stiffening Rings)
Independentemente da forma do teto e do critério de projeto adotado, deve
ser verificada a necessidade de anéis de contraventamento intermediário no
costado de tanques de armazenamento (Figura 14.14). Os anéis de
contraventamento intermediário têm por objetivo manter a circularidade do
costado, em toda sua altura, quando o equipamento estiver sujeito a cargas
simultâneas de vento e vácuo.

Figura 14.14
Anéis de contraventamento intermediário.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 253


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Pelo API 6501, a máxima altura não reforçada do costado (H1), não deve
exceder a:

3 2
⎛t⎞ ⎛ 120 ⎞
H1 = 600 000 t ⎜ ⎟ ⎜ ⎟
⎝ D⎠ ⎝ V ⎠

onde:
H1 = distância vertical entre o anel de contraventamento intermediário e a
cantoneira de topo do costado no caso de tanque de teto fixo ou entre o anel de
contraventamento intermediário e o anel de contraventamento superior nos
tanques sem teto ou de teto flutuante, em ft;
t =espessura do último anel do costado, em in;
D = diâmetro nominal do tanque, em ft;
V = velocidade do vento especificada pelo projeto, considerando um fator de rajada
de 3 segundos, em mph, conforme definido no API 650. Esta velocidade de vento
de projeto pode ser considerada como 20% acima da velocidade máxima de vento
ocorrida no local de construção do tanque de armazenamento, quando
determinada sem considerar o fator de rajada (fastest mile wind speed).

A necessidade de anéis de contraventamento intermediário é levantada pelo


método do costado fictício (“transformed shell”), conforme item 5.9.7 da
Norma API 650. Tal método consiste na determinação de um costado fictício, com
espessura constante e igual à espessura do último anel, com igual resistência à ação
do vento que o costado real. Isto é conseguido através da seguinte expressão:

5
⎛ tF ⎞
LF = LR ⎜⎜ ⎟⎟
⎝ tR ⎠

onde:
LF = largura fictícia do anel considerado;
LR = largura real do anel considerado;
tF = espessura do costado fictício. É a espessura tomada como constante para o
desenvolvimento do cálculo (espessura do último anel do costado);
tR = espessura real do anel considerado.

A soma das larguras fictícias, dos diversos anéis, representa a altura fictícia
do costado. Comparando-se a altura fictícia com a máxima altura não reforçada do
costado (H1), calculada com a espessura fictícia, pode-se determinar a necessidade
e a quantidade de anéis de contraventamento intermediário. A localização dos
anéis de contraventamento intermediário deve ser realizada de tal forma a obter,
para o costado, entre cada anel de contraventamento intermediário, igual

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 254


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

distribuição da resistência à ação do vento. A posição definitiva do anel do


contraventamento intermediário, no costado real, é obtida aplicando-se uma
simples regra de três ou novamente a expressão anterior. Um anel de
contraventamento intermediário não deve ser fixado ao costado a uma distância
inferior a 6 in (150 mm) de qualquer junta horizontal (Figura 14.15). Caso a
localização preliminar do anel de contraventamento intermediário cair nesta
região, deve-se posicioná-lo de preferência 6 in abaixo da junta horizontal, desde
que não seja ultrapassada a máxima altura não reforçada do costado.

Figura 14.15
Localização do anel de contraventamento intermediário.

O módulo de resistência mínimo (Z), em in3, necessário ao anel de


contraventamento intermediário é calculado pela seguinte expressão1:

2
⎛ V ⎞
Z = 0,0001 x D2 x H1 x ⎜ ⎟
⎝ 120 ⎠

O cálculo do módulo de resistência do anel de contraventamento


intermediário é baseado nas propriedades dos seus diversos componentes e pode
incluir uma parte do costado dentro de uma distância de 1,47 (D.t)0,5, em
polegadas, acima e abaixo do ponto de fixação do anel1, onde:
D = diâmetro nominal do tanque, em ft;
t = espessura do anel do costado onde será fixado o anel de contraventamento
intermediário, em in.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 255


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

A Norma BSI BS EN 1401517 simplifica o procedimento para seleção do anel


de contraventamento intermediário, recomendando a utilização dos perfis
constantes da Tabela 14.3.

DIÂMETRO DO TANQUE ANEL DE CONTRAVENTAMENTO INTERMEDIÁRIO


(m) (mm)

D ≤ 20 100 x 65 x 8

20 < D ≤ 36 120 x 80 x 10

36 < D ≤ 48 150 x 90 x 10

D > 48 200 x 100 x 12

Tabela 14.3
Anel de contraventamento intermediário. Seleção do perfil pela BSI BS EN 1401517.

A Norma N-270 exige que todos os tanques de armazenamento tenham o


costado verificado, quanto à necessidade de anéis de contraventamento
intermediário, pelo método do costado fictício da Norma API 650. Havendo
necessidade de contraventamento intermediário o perfil a ser utilizado deve ser
conforme Norma BSI BS EN 1401517.

Item 5.9.7 do API 650


Anel de contraventamento Intermediário1.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 256


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item 5.9.7 do API 650


Anel de contraventamento Intermediário1.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 257


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item 5.9.7 do API 650


Anel de contraventamento Intermediário1.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 258


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14.2.10 Aterramento Elétrico


Os tanques de armazenamento devem ser aterrados para escoamento das
correntes de descarga atmosférica, bem como para evitar elevações de potencial
que possam causar centelhamento para a terra7, 139.
Um tanque cilíndrico vertical é considerado naturalmente aterrado pela
Norma ABNT NBR 5419 – Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas 139
– quando estiver apoiado no solo, ou sobre uma base de concreto, e tiver no
mínimo 6 m de diâmetro, ou estiver apoiado sobre um revestimento betuminoso e
tiver no mínimo 15 m de diâmetro.
Pela Norma N-270, o dispositivo físico de aterramento (Figura 14.16) deve
estar de acordo com a Norma N-300147.

Figura 14.16
Aterramento Elétrico. Figura A-4 da N-300147.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 259


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

14.3 Bocais e Acessórios do Teto

14.3.1 Bocais (Roof Nozzles)

São normalmente utilizados para conexão de acessórios do teto e podem ser


flangeados (Figura 5-19 e Tabelas 5-14a e 5-14b do API 650) ou rosqueados (Figura
5-20 e Tabelas 5-15a e 5-15b do API 650).

-------------------------------------------------------------

Figura 5.19 e Tabelas 5-14a (SI) e 5-14b (USC) do API 650


Bocais flangeados do teto1.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 260


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

__________________ _____________________________

Figura 5-20, Item 5.8.9 e Tabelas 5-15a (SI) e 5-15b (USC) do API 650
Bocais rosqueados do teto1.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 261


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

14.3.2 Bocas de Visita (Roof Manholes)


Todo tanque de armazenamento, independentemente da forma do teto, deve
apresentar pelo menos uma boca de visita no teto (Figura 14.17) com as seguintes
finalidades durante os trabalhos de limpeza e manutenção:
a) ventilação;
b) iluminação;
c) acesso eventual ao interior do equipamento.

Figura 14.17
Boca de visita do teto. a) Tanque de teto fixo. b) Tanque de teto flutuante (acesso ao
compartimento). c) Tanque de teto flutuante (acesso ao interior do tanque).

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 262


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Os detalhes construtivos das bocas de visita do teto podem ser encontrados


na Figura 5-16 e Tabelas 5-13a e 5-13b do API 650.
A Norma N-270 especifica que nos tanques de teto flutuante deve haver pelo
menos uma boca de visita de 600 mm (24”) para acesso a cada compartimento
estanque do teto, conforme Figura B-10. Para compartimentos com comprimento
superior a 3 m devem ser instaladas, pelo menos, duas bocas de visita por
compartimento.

Figura 5-16 do API 650


Bocas de visita do teto. Detalhes construtivos1.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 263


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabelas 5-13a (SI) e 5-13b (USC) do API 650


Bocas de visita do teto. Detalhes construtivos1.

Figura B-10 da N-270


Boca de visita para acesso a compartimento estanque de teto flutuante (Pontão ou
Duplo). Detalhes construtivos7.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 264


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

14.3.3 Dispositivos de Proteção Contra a Sobre ou Subpressão


Interna
O tipo de dispositivo a ser utilizado depende da forma do teto. Assim,
teremos:

a) para tanques de teto fixo:


a.1) respiro aberto (open vent): normalmente utilizado quando o produto
armazenado tiver ponto de fulgor igual ou superior a 37,8ºC19 (Figura 14.18);
a.2) válvula de pressão e vácuo (pressure and vacuum relief valve):
dispositivo de funcionamento conjugado, a pressão e vácuo, normalmente utilizado
quando o produto armazenado tiver ponto de fulgor inferior a 37,8ºC19 (Figura
14.19);
a.3) dispositivo de emergência (emergency vent): normalmente utilizado
quando da impossibilidade da ligação entre teto e cantoneira de topo do costado
ser considerada de baixa resistência mecânica. Tal dispositivo pode ser, por
exemplo, uma tampa especialmente construída para a boca de visita do teto (Figura
14.20).

b) para tanques de teto flutuante:


b.1) quebra-vácuo automático (automatic bleeder vent): permite a saída do
ar ou gás, acumulados sob o teto, por ocasião do enchimento inicial. O quebra-
vácuo fecha automaticamente assim que o teto comece a flutuar. Quando o tanque
for esvaziado, o quebra-vácuo abre antes de o teto atingir a posição de repouso e
evita, portanto, o desenvolvimento de vácuo sob o teto (Figura 14.21);
b.2) dispositivos de alívio de pressão7: evita possíveis danos ao teto causados
por pressão de gás, anormalmente alta, desenvolvida sob o teto flutuante (Figura
14.22).

Os respiros abertos podem ser acoplados com corta-chamas (flame


arresters).
O corta-chamas (Figura 14.23) é constituído normalmente de um conjunto
de chapas corrugadas que evita o retrocesso de chama e permite, durante um certo
tempo especificado pelo fabricante do acessório, a operação de esvaziamento do
tanque mesmo havendo uma exposição a fogo externamente ao equipamento.
Atualmente, não é prática obrigatória o acoplamento de corta-chamas com
válvulas de pressão e vácuo7, 107. Entretanto, a Norma ISO 28300162, atual API
2000 6ª Edição19, recomenda o uso de corta-chamas em válvulas de pressão e
vácuo quando o risco de propagação de chama para o interior do tanque for maior
que a possibilidade de entupimento do corta-chamas.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 265


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

a)

b) c)

Figura 14.18
Respiro aberto. a) Modelos49. b) Instalação incorreta: na transição teto-costado e
sem guarda-corpo. c) Instalação correta: o mais próximo possível do centro do teto.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 266


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

a)

b)

Figura 14.19
Válvula de pressão e vácuo sem corta-chamas50. Válvula de pressão e vácuo com
corta-chamas178.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 267


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 14.20
Dispositivo de emergência. a) Respiro de emergência. b) Boca de visita com tampa
de emergência50.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 268


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 14.21
Quebra-vácuo automático.

Figura 14.22
Dispositivo de alívio de pressão. Figura B-12 da N-2707.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 269


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 14.23
Corta-chamas49.

Os dispositivos de proteção contra sobre ou subpressão interna são


normalmente dimensionados conforme especificado nas Normas API 200019 e N-
2707.
As válvulas de pressão e vácuo normalmente são calibradas para abrir a
partir de um valor de pressão interna ou de vácuo de 22 mm H2O (0,5 oz/in2). O
valor máximo de pressão interna e de vácuo, tradicionalmente adotado em tanques
de armazenamento, é de 37 mm H2O (0,84 oz/in2).
Reproduziremos, a seguir, a Seção 4 do API 2000, o item 26 da N-270 e
curvas de vazão de fabricantes, normalmente utilizados no dimensionamento dos
dispositivos de proteção contra sobre ou subpressão interna em tanques de
armazenamento.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 270


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

API 2000 — Seção 4


Tanques não refrigerados e não enterrados. Requisitos de ventilação. Dispositivos
de ventilação. Seleção e instalação dos dispositivos de ventilação19.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 271


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

API 2000 — Seção 4


Tanques não refrigerados e não enterrados. Requisitos de ventilação. Dispositivos
de ventilação. Seleção e instalação dos dispositivos de ventilação19.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 272


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

API 2000 — Seção 4


Tanques não refrigerados e não enterrados. Requisitos de ventilação. Dispositivos
de ventilação. Seleção e instalação dos dispositivos de ventilação19.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 273


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

API 2000 — Seção 4


Tanques não refrigerados e não enterrados. Requisitos de ventilação. Dispositivos
de ventilação. Seleção e instalação dos dispositivos de ventilação19.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 274


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

API 2000 — Seção 4


Tanques não refrigerados e não enterrados. Requisitos de ventilação. Dispositivos
de ventilação. Seleção e instalação dos dispositivos de ventilação19.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 275


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

API 2000 — Seção 4


Tanques não refrigerados e não enterrados. Requisitos de ventilação. Dispositivos
de ventilação. Seleção e instalação dos dispositivos de ventilação19.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 276


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

API 2000 — Seção 4


Tanques não refrigerados e não enterrados. Requisitos de ventilação. Dispositivos
de ventilação. Seleção e instalação dos dispositivos de ventilação19.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 277


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

API 2000 — Seção 4


Tanques não refrigerados e não enterrados. Requisitos de ventilação. Dispositivos
de ventilação. Seleção e instalação dos dispositivos de ventilação19.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 278


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

API 2000 — Seção 4


Tanques não refrigerados e não enterrados. Requisitos de ventilação. Dispositivos
de ventilação. Seleção e instalação dos dispositivos de ventilação19.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 279


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

API 2000 — Seção 4


Tanques não refrigerados e não enterrados. Requisitos de ventilação. Dispositivos
de ventilação. Seleção e instalação dos dispositivos de ventilação19.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 280


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

API 2000 — Seção 4


Tanques não refrigerados e não enterrados. Requisitos de ventilação. Dispositivos
de ventilação. Seleção e instalação dos dispositivos de ventilação19.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 281


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

API 2000 — Seção 4


Tanques não refrigerados e não enterrados. Requisitos de ventilação. Dispositivos
de ventilação. Seleção e instalação dos dispositivos de ventilação19.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 282


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

API 2000 — Seção 4


Tanques não refrigerados e não enterrados. Requisitos de ventilação. Dispositivos
de ventilação. Seleção e instalação dos dispositivos de ventilação19.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 283


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

API 2000 — Seção 4


Tanques não refrigerados e não enterrados. Requisitos de ventilação. Dispositivos
de ventilação. Seleção e instalação dos dispositivos de ventilação19.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 284


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item 26 da N-270
Dispositivos de proteção contra a sobre ou subpressão interna. Tanques de teto fixo
e tanques de teto flutuante7.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 285


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item 26 da N-270
Dispositivos de proteção contra a sobre ou subpressão interna. Tanques de teto fixo
e tanques de teto flutuante7.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 286


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item 26 da N-270
Dispositivos de proteção contra a sobre ou subpressão interna. Tanques de teto fixo
e tanques de teto flutuante7.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 287


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 14.24
Curvas de vazão. Respiro aberto sem corta-chamas49.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 288


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 14.25
Curvas de vazão. Respiro aberto com corta-chamas49.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 289


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 14.26
Curvas de vazão. Válvula de pressão e vácuo sem corta-chamas49.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 290


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 14.27
Curvas de vazão. Válvula de pressão e vácuo sem corta-chamas49.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 291


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 14.28
Curvas de vazão. Válvula de pressão e vácuo sem corta-chamas49.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 292


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 14.29
Curvas de vazão. Válvula de pressão e vácuo sem corta-chamas49.

Figura 14.30
Curvas de vazão. Válvula de pressão e vácuo com corta-chamas. Lado de pressão49.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 293


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 14.31
Curvas de vazão. Válvula de pressão e vácuo com corta-chamas. Lado de vácuo49.

Figura 14.32
Curvas de vazão. Respiro de emergência50.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 294


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 14.33
Curvas de vazão. Tampa de emergência50.

14.3.4 Escotilha de Medição (Gauge Hatch)

As escotilhas de medição (Figura 14.34 e Tabela 14.4) devem ter um pescoço,


com aproximadamente 1000 mm de altura, acima da chapa do teto. Devem ter uma
tampa articulada de material à prova de centelha e de emperramento.
Quando a escotilha de medição também for utilizada para coleta de amostra,
seu diâmetro nominal mínimo deve ser de 8 in.
Nos tanques de teto flutuante externo ou interno, a coluna guia
antirrotacional é também normalmente utilizada como escotilha de medição e
coleta de amostra, apresentando furos ao longo de todo seu comprimento em
contato com o produto armazenado, para maior representatividade das amostras.
Sob todas as escotilhas de medição, junto ao fundo do tanque e o mais baixo
possível, deve ser usada uma mesa de medição nivelada para servir de referencial
fixo na medição do volume estocado. A mesa de medição pode ser fixada no
costado ou no fundo do tanque e seu material deve ser similar ao do fundo do
equipamento.
Nos tanques com diâmetro inferior a 4 m é comum o uso de visores de nível
no costado, de modo a abranger toda a altura do tanque.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 295


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Diâmetro do Tanque Número de Escotilhas


Localização
(D) de Medição

D < 10 m 1 Próxima à plataforma de topo do costado

Diametralmente opostas e o mais distante


possível dos misturadores e do bocal de
entrada e saída de produto
Teto Fixo: uma escotilha próxima à
D ≥ 10 m 2 plataforma de topo do costado
Teto Flutuante Externo: uma das escotilhas
na plataforma de topo do costado, sobre o
teto, na guia antirrotacional. Para teto
flutuante interno usar uma única escotilha
posicionada na guia antirrotacional.

Tabela 14.4
Número mínimo e localização das escotilhas de medição7.

Figura 14.34
Escotilha de medição50.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 296


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

14.3.5 Guarda-Corpo (Safety Rail)


A plataforma de topo do costado deve apresentar um guarda-corpo, com
pelo menos 1 m de altura, em todos os seus lados livres. Nos tanques de teto fixo, o
guarda-corpo deve se estender, na periferia do teto, pelo menos 3 m de cada lado
da plataforma (Figura 14.35).

a) b)

Figura 14.35
Guarda-corpo na plataforma de topo do costado. a) Teto fixo. b) Teto flutuante.

Junto aos acessórios do teto e do topo do costado (escotilhas de medição,


bocas de visita, válvulas de pressão e vácuo, câmaras de espuma etc.) onde haja
possibilidade de serviços de operação, manutenção ou inspeção, deve haver um
guarda-corpo de pelo menos 3,0 m de comprimento (Fig. 14.35a e 14.36).

Figura 14.36
Guarda-corpo junto aos acessórios7.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 297


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

A utilização de um guarda-corpo completo, em toda a periferia do teto


(Figura 14.37), é exigida nas seguintes situações7:
a) tanque de teto fixo com diâmetro igual ou inferior a 10 m;
b) tanque de teto fixo cônico suportado com declividade do teto maior que 1:16;
c) tanques de teto fixo interligados por passadiços.
Quando o anel de contraventamento, de um tanque de teto flutuante
externo, servir também de passadiço é indispensável utilizar um guarda-corpo em
todo o contorno do anel de contraventamento.

Figura 14.37
Guarda-corpo contínuo. a) Em toda periferia de um teto fixo. b) Em toda periferia
do anel de contraventamento de um teto flutuante externo.

14.3.6 Drenos do Teto Flutuante Externo (Floating Roof Drains)


A drenagem de um teto flutuante externo (Figura 14.38) é realizada por:
a) drenos primários: do tipo articulado ou mangueira flexível;
b) drenos de emergência: do tipo aberto ou sifonado, descarregando águas
pluviais diretamente para o interior do tanque;
c) drenos auxiliares: usados na construção e montagem ou durante a
manutenção do tanque quando o teto estiver apoiado. São tamponados por bujões
ao final da sua utilização.

Figura 14.38
Tipos de dreno do teto flutuante externo.
a) Aberto. b) Sifonado. c) Articulado. d) Mangueira flexível3.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 298


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

A Norma N-270 apresenta, no Item 25.2 e nas Figuras: B-9 e B-13, as


principais características indispensáveis aos drenos primários de um teto flutuante
externo.

Item 25.2 da N-270


Drenos Primários: Dreno articulado e mangueira flexível7.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 299


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item 25.2 da N-270


Drenos Primários: Dreno articulado e mangueira flexível7.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 300


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Espessura típica: ¼ in

Figura B-9 da N-270


Drenagem Multiponto. Captador piramidal com antivórtice7.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 301


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura B-13 da N-270


Dreno articulado para teto flutuante7.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 302


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

a)

b)

Figura 14.39
Drenagem de teto flutuante.
a) Bacia de captação no teto. Válvula de retenção151.
b) Dreno articulado. Junta articulada giratória (swivel joint)152.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 303


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 14.40
Drenagem de teto flutuante. Dreno articulado. Junta articulada com mangote
flexível (swing joint/pivot-jointed pipe drain) 152, 153, 154.

Figura 14.41
Drenagem de teto flutuante. Mangueira flexível155.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 304


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

O sistema de drenagem de um teto flutuante deve ser projetado e construído


de tal forma a evitar a possibilidade de dobramento ou esmagamento pelas pernas
de sustentação do teto (Fig. 14.42).

a)

b)

Figura 14.42
Drenagem de teto flutuante. a) Mangueira flexível de qualidade inadequada.
b) Esmagamento da mangueira flexível pelas pernas de sustentação do teto.

Figura 14.43
Drenagem de teto flutuante. Drenagem multiponto.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 305


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

A Norma API 650 apresenta, no Item c.3.8, transcrito a seguir, as principais


características indispensáveis ao sistema de drenagem de um teto flutuante
externo.

Item c.3.8 do API 650


Sistema de drenagem de teto flutuante externo1.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 306


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

14.3.7 Escada do Teto Flutuante Externo (Ladder)


O teto flutuante deve ser provido de uma escada de acesso, com corrimãos
de ambos os lados, articulada na plataforma de topo do costado e rolante sobre
trilhos fixos no teto flutuante. Os degraus da escada devem ser de chapa
antiderrapante e autorreguláveis, de modo que se mantenham horizontais para
qualquer posição do teto (Figura 14.44).

Figura 14.44
Escada de acesso ao teto flutuante externo.

A escada deve ser projetada para o percurso máximo da operação do teto e


capaz de suportar uma carga de 454 kgf (4450 N / 1000 lbf) no meio do vão, em
qualquer posição de operação.

A Norma N-270 indica os seguintes valores dimensionais:


a) largura útil: 600 mm;
b) altura dos corrimãos intermediários: 650 mm;
c) altura dos corrimãos superiores: 1 100 mm;
d) ângulo máximo com o teto (teto na posição mais baixa possível): 50º;
e) se a escada for de alumínio, as partes em contato com o aço-carbono devem ser
feitas em aço inoxidável.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 307


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

14.3.8 Selo do Teto Flutuante (Seal)


O sistema de selagem de um teto flutuante pode ser de dois tipos:
a) metálico: com contrapeso (Figura 14.45a) ou com mola (Figura 14.45b);
b) não metálico: com bolsão de ar (Figura 14.46a), com bolsão de líquido (Figura
14.46b) ou com bolsão de espuma (Figura 14.47).

a) b)

Figura 14.45
a) Selo metálico com contrapeso. b) Selo metálico com mola.

a) b)

Figura 14.46
a) Selo não metálico com bolsão de ar. b) Selo não metálico com bolsão de líquido.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 308


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 14.47
Selo não metálico com bolsão de espuma.

Os selos metálicos estão praticamente em desuso pelos seguintes motivos:


• as sapatas metálicas em contato com o costado, devido ao atrito decorrente da
movimentação do teto, promovem intenso desgaste interno nas chapas do
costado;
• baixa eficiência de vedação, não se adaptando facilmente às irregularidades do
costado;
• existência de espaço vapor, provavelmente ocasionando maiores riscos de
incêndio.

Os selos não metálicos minimizam os aspectos negativos citados


anteriormente para os selos metálicos e, atualmente, são os mais utilizados.
Entretanto, apresentam alguns inconvenientes:
• maior custo;
• menor durabilidade;
• possibilidade de esmagamento.

Trabalhos51, 52 realizados com o intuito de estimar perdas por evaporação


em diversos tipos de sistema de selagem indicam que:
• provavelmente o selo não metálico com bolsão de líquido é o que apresenta
menor perda por evaporação;
• a utilização de um selo secundário (Figura 14.48) promove sensível diminuição
das perdas por evaporação.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 309


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 14.48
Selo secundário. Exemplos típicos151.

A Norma N-270 exige que o selo de vedação dos tetos flutuantes seja do tipo
denominado PW53, objeto do pedido de patente no INPI sob o número PI-
8703966, em nome da PETROBRAS e dos inventores, e padronizado pela Norma
N-174254.
O selo PW (Figura 14.49) é constituído basicamente dos seguintes
componentes:
a) chapa-mola: construída em aço inoxidável, cortada, calandrada e conformada.
As chapas-mola constituem a parte estrutural do selo, sendo presas ao teto
flutuante por meio de parafusos e barras de fixação. As chapas-mola são montadas
uma ao lado da outra, em toda a circunferência do teto. Devido ao seu formato,
essas chapas têm um efeito de mola, exercendo cada uma, na posição de
montagem, um esforço médio sobre o costado de aproximadamente 12 kg;
b) lençol de vedação: de borracha sintética com alma de tecido de poliester. É
colocado por trás das chapas-mola e suas emendas são coladas, garantindo total
estanqueidade à passagem dos gases;
c) perfil “D”: perfilado de borracha sintética extrudado, ranhurado
longitudinalmente, com o formato de um “D” oco.
O selo PW apresenta, praticamente, os seguintes aspectos favoráveis55:
• instalação mais fácil;
• menor desgaste causado à pintura interna do costado;
• melhor centralização do teto flutuante;
• manutenção mais fácil e barata, não necessitando tirar o tanque de operação;
• apesar de apresentar espaço vapor, o selo PW tem demonstrado ser mais seguro
que os outros selos atualmente em uso. As experiências de fogo realizadas no selo
PW mostraram que um incêndio no selo é muito difícil de ocorrer e, ainda que
aconteça, resume-se a um rápido “flash”, sendo imediatamente abafado pelo
próprio selo;
• é bem mais barato que os outros selos.

As condições exigíveis para fabricação e montagem do selo PW encontram-


se na Norma N-174356.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 310


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

a)

b)

c) d)

Figura 14.49
Selo PW. a) Desenho esquemático. b) Tabela descritiva. c) Versão atual. d) Versão
antiga54, 113.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 311


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

As principais recomendações da Norma API 650, a respeito do sistema de


selagem de um teto flutuante, estão contidas nos Itens C.3.13 e H.4.4, para teto
flutuante externo e teto flutuante interno, respectivamente.

Item C.3.13 do API 650


Selos de vedação de tanques de teto flutuante externo1.

Item H.4.4 do API 650


Selos de vedação de tanques de teto flutuante interno1.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 312


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item H.4.4 do API 650


Selos de vedação de tanques de teto flutuante interno1.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 313


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

14.3.9 Guia Antirrotacional do Teto Flutuante


(Centering and Anti-Rotation Device. Guide Pole)
É um dispositivo utilizado para manter o teto flutuante centrado e evitar sua
rotação em relação ao costado (Figura 14.50).
Deve haver um único dispositivo, qualquer que seja o tipo e diâmetro do teto
flutuante, capaz de suportar as cargas laterais impostas pela escada de acesso ao
teto, a ação do vento etc. Os roletes da guia antirrotacional devem ser cilíndricos.
Quando a guia antirrotacional for também utilizada como coluna de medição e
tirada de amostra, a mesma deve ter furos ao longo de seu comprimento para
permitir representatividade da amostra (Figura 14.51) 7.

a) b)

Figura 14.50
Guia antirrotacional. Teto flutuante com selo: a) Metálico. b) Não metálico.

a) b)
Figura 14.51
a) Guia antirrotacional utilizada como coluna de medição e tirada de amostra.
b) Roletes Cilíndricos

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 314


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

14.3.10 Equalização de Potencial Elétrico entre Teto Flutuante e


Costado
O teto flutuante externo deverá ter ligação elétrica permanente com o
costado para escoamento das cargas eletrostáticas através de:
• cabos e conexões elétricas, entre teto – escada articulada – costado, com
folga suficiente para prevenir os deslocamentos do teto e a consequente
movimentação da escada articulada (Figura 14.52);
• dreno(s) primário(s);
• outros contatos elétricos definidos pelo projeto (Figura 14.53): shunts no
sistema de selagem do teto, aterramentos retráteis etc.

a) b)
Figura 14.52
Equalização de potencial elétrico entre teto flutuante externo e costado
a) Cabos e conexões elétricas entre teto – escada articulada – costado.
b) Risco de esmagamento.

a) b)

Figura 14.53
Equalização de potencial elétrico entre teto flutuante externo e costado
a) Shunts no sistema de selagem do teto. b) Aterramento retrátil156.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 315


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

A equalização de potencial elétrico para o teto flutuante interno deverá


atender o item H.4.1.6 da Norma API 650, transcrito a seguir.

Item H.4.1.6 do API 650


Equalização de potencial elétrico para teto flutuante interno1.

Vazões elevadas de produto sendo descarregado no interior do espaço vapor


de um tanque de armazenamento podem causar níveis de cargas eletrostáticas
suficientes para servirem de fonte de ignição dos vapores inflamáveis presentes no
interior do equipamento. Neste aspecto, os tanques de armazenamento deverão
seguir as recomendações do API RP 2003157 que especifica uma velocidade de
enchimento não superior a 1 m/s até que o bocal de enchimento do tanque esteja
submerso no líquido de pelo menos: 2 diâmetros do bocal ou 61o mm. No caso de
teto flutuante esta velocidade de 1 m/s deverá ser observada até que o teto comece
a flutuar. Após a fase de enchimento inicial, a velocidade máxima recomendável é
de 7 m/s. 157, 158
A Figura 14.54 ilustra um acidente ocorrido em um tanque de
armazenamento de teto flutuante causado por descarga eletrostática.

Figura 14.54
Incêndio em tanque de teto flutuante causado por descarga eletrostática159.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 316


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

14.4 Quantidade e Dimensões das Bocas de Visita,


Portas de Limpeza e Drenos de Fundo
A quantidade e o diâmetro das bocas de visita, portas de limpeza e drenos de
fundo de um tanque de armazenamento devem estar de acordo com a Tabela A-7
da Norma N-270.

Tabela A-7 da N-270


Quantidade e dimensões de acessórios7.

14.5 Sistema de Sucção Flutuante (Swing Lines)


É utilizado em tanques com produtos que tendem a deixar muitos
sedimentos no fundo ou para produtos com qualidade rigorosamente controlada
(Figura 14.55).
Normalmente emprega dispositivos ligados ao bocal de sucção do tanque a
fim de permitirem a retirada do produto na sua própria superfície. Sua colocação é
obrigatória nos tanques de querosene para aviação (QAV).
O material da bóia e do cabo recolhedor deverá ser de aço inoxidável AISI-
3047.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 317


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

a) 1 - Sarilho 6 - Corrente
2 - Cabo recolhedor 7 - Batentes
3 - Polias 8 - Guia do cabo
4 - Bóias 9 - Quebra-vórtice
5 - Braço de sucção 10 - Junta giratória
articulado

10

b)

1 - Trilho
2 - Rolete
3 - Bóias
4 - Braço da sucção flutuante
5 - Batentes
6 - Quebra-vórtice
7 - Junta giratória

Figura 14.55
Sistema de sucção flutuante. Retirada seletiva de produto.
a) Tanque de teto fixo. b) Tanque de teto flutuante160.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 318


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

14.6 Sistema de Aquecimento


Normalmente utilizado para facilitar a movimentação de petróleo bruto,
asfalto, óleos combustíveis e outros produtos de elevada viscosidade. O
aquecimento pode ser feito por vapor, fluido térmico ou resistência elétrica.
O sistema de aquecimento pode ser construído a partir de serpentinas
(horizontais) ou de aquecedores compactos (horizontais ou verticais), conforme
ilustrado na Figura 14.56.
O sistema de aquecimento normalmente apresenta diversos circuitos
independentes para não sofrer interrupção em caso de vazamento.
Os aquecedores compactos normalmente são compostos de elementos
padronizados e facilmente interligáveis (Figura 14.57).

a) b)

c) d)

Figura 14.56
Sistema de aquecimento. a) Aquecedores horizontais compactos. b) Aquecedores
verticais compactos. c) Serpentinas. d) Aquecedores elétricos161.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 319


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 14.57
Aquecedor horizontal compacto. Detalhe típico.

14.7 Isolamento Térmico a Alta Temperatura


As condições exigíveis para o isolamento térmico de tanques de
armazenamento operando a alta temperatura (Figuras 14.58 a 14.63) encontram-se
nas seguintes normas:
• N-55057: Projeto de isolamento térmico a alta temperatura.
• N-25058: Montagem de isolamento térmico a alta temperatura.
• N-1618125: Material para isolamento térmico.
Define-se como alta temperatura toda temperatura de operação acima da
média das máximas temperaturas ambientais nos dois meses mais quentes do ano.
Os isolantes térmicos podem ser de dois tipos: rígidos e flexíveis125.
Isolantes térmicos rígidos são peças pré-moldadas fornecidas nas formas de
segmentos, calhas, placas e peças especiais, fabricadas nos seguintes materiais:
a) sílica diatomácea;
b) silicato de cálcio;
c) espuma rígida de poliuretano;
d) perlita expandida;
e) vidro celular (cellular glass);
f) peças rígidas de fibra cerâmica.
Isolantes térmicos flexíveis são peças conformáveis fornecidas nas formas
de feltro, painéis, tubos flexíveis, mantas, flocos, cordões, papéis e módulos,
fabricadas nos seguintes materiais:
a) lã de vidro;
b) lã de rocha;
c) lã ou fibra cerâmica.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 320


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

O material a ser empregado no isolamento térmico deve ser selecionado


através da Tabela 14.5.
Para isolamento térmico do costado de tanques de armazenamento em
regiões sujeitas a ventos fortes, índice pluviométrico elevado ou temperatura de
operação igual ou superior a 100o C, deve ser utilizado o isolante térmico flexível.
Para as demais condições, realizar estudo econômico para escolher o melhor tipo
de isolante. Para isolamento térmico do teto de tanques de armazenamento utilizar
o isolante térmico rígido 57, 58.

Material Teto Costado


Lã de vidro, lã de rocha e lã cerâmica em manta - X
Lã cerâmica em módulos X X
Silicato de cálcio, perlita expandida, peças de fibra
X X
cerâmica moldada a vácuo
Espuma rígida de poliuretano X X
Lã de vidro, lã de rocha e lã cerâmica em painel - X
Sílica diatomácea X X
Tabela 14.5
Seleção do material isolante57.

Figura 14.58
Isolamento térmico em tanques de armazenamento.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 321


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Ver detalhe
do teto

Figura 14.59
Isolamento térmico para costado de tanques de armazenamento. Alternativa
utilizando materiais isolantes rígidos58.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 322


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 14.60
Isolamento térmico para costado de tanques de armazenamento. Alternativa
utilizando materiais isolantes rígidos58.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 323


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Ver detalhe

Ver detalhe

Figura 14.61
Isolamento térmico para costado de tanques de armazenamento. Alternativa
utilizando materiais isolantes flexíveis58.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 324


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 14.62
Isolamento térmico para costado de tanques de armazenamento. Alternativa
utilizando materiais isolantes flexíveis58.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 325


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 14.63
Isolamento térmico para teto de tanques de armazenamento. Isolantes térmicos
rígidos58.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 326


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

14.8 Placa de Identificação


Em todo tanque de armazenamento deve existir uma placa de identificação
(Figura 14.64) fixada no costado do equipamento, junto ao início da escada de
acesso ao topo do costado.

a)

b)

Figura 14.64
Placa de identificação. a) Modelo da NBR 78212. b) Modelo do API 6501.

A Norma N-270 especifica que a placa de identificação seja de aço inoxidável


e contenha, no mínimo, as seguintes informações: a) identificação do tanque; b)
norma de projeto (edição e “addendum”); c) ano de término da montagem; d)
capacidade nominal; e) diâmetro nominal; f) altura nominal; g) densidade de
projeto; h) temperatura de projeto; i) pressão de projeto; j) nome do projetista; k)
nome do fabricante; l) nome do montador.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 327


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

14.9 Folha de Dados (Data Sheet)


A Norma N-154159 padroniza o formulário da folha de dados para tanques
de armazenamento (Figuras 14.65 a 14.67).

Figura 14.65
Folha de dados. Dados gerais59.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 328


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 14.66
Folha de dados. Dados gerais59.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 329


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 14.67
Folha de dados. Dados gerais59.

_____________________________________________________________ Bocais e Acessórios 330


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

CAPÍTULO XV
ESTIMATIVAS DE CUSTOS E PRAZOS
As estimativas de custos e prazos de construção de um tanque de
armazenamento podem ser obtidas através dos seguintes sistemas desenvolvidos
pela PETROBRAS / ENGENHARIA / SERVIÇOS E LOGÍSTICA / ENGENHARIA
DE CUSTO E ESTIMATIVAS DE PRAZOS (ENGENHARIA/SL/ECP) 60:

• Sistema Mecanizado de Estimativa de Custo — SMEC


• Sistema Mecanizado de Estimativa de Prazo — SMEP

Estimativa de Custo é o orçamento realizado pela PETROBRAS, com


base em valores de mercado, englobando toda a remuneração prevista para a
execução do projeto ou do investimento. O nível de detalhamento da estimativa de
custo é função das informações técnicas disponíveis ou da finalidade da estimativa,
variando da estimativa de custo preliminar que destina a informar a ordem de
grandeza do investimento a ser realizado à estimativa de custo detalhada quando
se dispõe de projeto executivo.
Estimativa de Prazos é o desenvolvimento de planejamento estruturado
de atividades para implementação de projetos com o objetivo de garantir prazos
exequíveis dos investimentos para as áreas de negócio da PETROBRAS onde a
ENGENHARIA estiver atuando.
Ilustraremos, a seguir, algumas estimativas realizadas em julho de 2009 60.

1. Tanque de Óleo Diesel de Teto Fixo Cônico Suportado


Diâmetro: 60 ft (18 m)
Altura: 40 ft (12,2 m)
Capacidade nominal: 20.145 bbl (3.105 m3)
Material do costado: ASTM A 283 Gr C
Peso estimado: 83.871 kg
Solo de boa qualidade / Fundação em Anel de Concreto
Pintura conforme normas Petrobras
Estimativa de Custos: - Contrato de Civil: R$ 79.194,00
- Contrato de Caldeiraria: R$ 3.136.108,00
- Total Geral: R$ 3.215.301,00
Estimativa de Prazo de Construção: - 6 meses

_____________________________________________________ Estimativas de Custos e Prazos 331


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

2. Tanque de Gasolina de Teto Flutuante Externo Tipo Pontoon Convencional


Diâmetro: 110 ft (33 m)
Altura: 40 ft (12,2 m)
Capacidade nominal: 67.709 bbl (10.435 m3)
Material do Costado: ASTM A 283 Gr C
Peso estimado: 266.714 kg
Solo de boa qualidade / Fundação em Anel de Concreto
Selo PW
Pintura conforme normas Petrobras
Estimativa de Custos: - Contrato de Civil: R$ 207.825,00
- Contrato de Caldeiraria: R$ 6.892.821,00
- Total Geral: R$ 7.100.646,00
Estimativa de Prazo de Construção: - 8 meses

3. Tanque de Petróleo de Teto Flutuante Externo Tipo Pontoon Reforçado


Diâmetro: 287 ft (87 m)
Altura: 48 ft (14,64 m)
Capacidade nominal: 553.101 bbl (87.030 m3)
Material do Costado: ASTM A 36
Peso estimado: 1.651.985 kg
Solo de boa qualidade / Fundação em Anel de Concreto
Selo PW
Pintura conforme normas Petrobras
Estimativa de Custos: - Contrato de Civil: R$ 1.114.017,00
- Contrato de Caldeiraria: R$ 25.371.264,00
- Total Geral: R$ 26.485.281,00
Estimativa de Prazo de Construção: - 12 a 15 meses

------------------------------------------------------------
Observações:

- Os valores apresentados foram retirados do Banco de Dados SMEC do SL/ECP.


- Os valores apresentados são de custo e, portanto, não contemplam BDI
(Benefícios e Despesas Indiretas).
- Os valores do Contrato de Civil não contemplam a preparação do terreno para as
bases dos tanques.
- Os valores do Contrato de Caldeiraria incluem: fornecimento de material
(chapas), detalhamento de projeto, fabricação, montagem, fornecimento de bocais
e acessórios, serviços de jateamento e pintura.
- Valor do dólar na época da estimativa: 1 US $ = 1,98 R$

_____________________________________________________ Estimativas de Custos e Prazos 332


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

CAPÍTULO XVI
ESTIMATIVAS DE PERDAS
POR EVAPORAÇÃO

Do poço produtor até o consumidor de derivados, estima-se que 3% do petróleo


produzido sejam perdidos por evaporação61. Tais perdas representam não somente um grande
prejuízo econômico como também uma constante preocupação com relação à segurança e
poluição ambiental.
Com relação ao armazenamento de petróleo e derivados, as perdas por evaporação são
altamente influenciadas pela seleção adequada do tipo de teto do tanque de armazenamento.
A experiência prática tem demonstrado que um tanque de teto fixo cônico de 80.000 barris,
armazenando gasolina, em uma refinaria, perde por evaporação aproximadamente 2.700
barris anuais. Cerca de 94% desta perda pode ser evitada utilizando-se um teto flutuante
duplo com sistema de selagem mecânico.
O estudo das perdas por evaporação na indústria de petróleo teve um desenvolvimento
mais sistematizado após a realização de um simpósio sobre o assunto, durante o 32º Encontro
Anual do American Petroleum Institute, em 1952. Neste encontro, divulgou-se a experiência
de diversas companhias e foi criado um comitê denominado Evaporation Loss Committee
objetivando ampliar o conhecimento sobre perdas por evaporação e desenvolver métodos
para seu controle62. Diversos boletins informativos foram então publicados:

• API Bulletin 2512: Tentative Methods of Measuring Evaporation Loss from Petroleum
Tanks and Transportation Equipment63;
• API Bulletin 2513: Evaporation Loss in the Petroleum Industry — Causes and Control64;
• API Publication 2514A: Atmospheric Hidrocarbon Emissions from Marine Vessel
Transfer Operations65;
• API Bulletin 2515: Use of Plastic Foam to Reduce Evaporation Loss66;
• API Bulletin 2516 (Manual of Petroleum Measurement Standards – Chapter 19
– Section 1A): Evaporation Loss from Low-Pressure Tanks67;
• API Publication 2517 (Manual of Petroleum Measurement Standards – Chapter
19 – Section 2): Evaporation Loss from External Floating-Roof Tanks68, 127;
• API Publication 2518 (Manual of Petroleum Measurement Standards –
Chapter 19 – Section 1): Evaporation Loss from Fixed-Roof Tanks69, 126;

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 333


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

• API Publication 2519 (Manual of Petroleum Measurement Standards –


Chapter 19 – Section 2): Evaporation Loss from Internal Floating-Roof Tanks70, 127.
• API Bulletin 2521: Use of Pressure-Vacuum Vent Valves for Atmospheric Pressure Tanks
to Reduce Evaporation Loss114.
• API Bulletin 2523: Petrochemical Evaporation Loss from Storage Tanks115.

A publicação API Publication 2518 foi incorporada no atual API Manual of Petroleum
Measurement Standards — Chapter 19 (Evaporative Loss Measurement) — Section 1
(Evaporative Loss From Fixed-Roof Tanks) – MPMS 19.1126.
As publicações API Publication 2517 e API Publication 2519 foram incorporadas no
atual API Manual of Petroleum Measurement Standards — Chapter 19 (Evaporative Loss
Measurement) — Section 2 (Evaporative Loss From Floating-Roof Tanks) – MPMS 19.2127.

16.1 Fatores de Influência


As perdas por evaporação são influenciadas por diversos fatores64:
a) pressão de vapor verdadeira do líquido armazenado (true vapor pressure of
the liquid): a tendência de evaporação de um líquido pode ser caracterizada por sua pressão
de vapor. A pressão de vapor verdadeira (PVV) é definida como sendo a pressão de vapor de
um líquido, numa determinada temperatura, cuja composição permanece inalterada durante
a evaporação. A pressão de vapor Reid de um líquido (PVR) é a pressão absoluta, em psia,
determinada a 100º F, utilizando-se o aparato de teste e os procedimentos padronizados pela
American Society for Testing and Materials (ASTM Designation D323). Para misturas de
hidrocarbonetos, a pressão de vapor verdadeira diminui com a evaporação devido às
modificações na composição do líquido armazenado. Para tais produtos, a pressão de vapor
verdadeira é avaliada a partir da pressão de vapor Reid (Figura 16.1);
b) grau de saturação do espaço vapor (saturation concentration): o espaço vapor de
um tanque de armazenamento tende sempre à saturação. O grau de saturação aumenta com a
pressão de vapor verdadeira do produto armazenado;
c) modificações de temperatura: o aumento da temperatura da superfície do líquido
armazenado favorece a evaporação;
d) altura do espaço vapor (tank outage): a quantidade de vapor expulsa pelo respiro de
um tanque de teto fixo, numa dada temperatura, é proporcional ao volume do seu espaço
vapor. O volume do espaço vapor é diretamente proporcional a sua altura (outage). Desta
forma, para tanques de teto fixo, maior altura do espaço vapor significa maior perda por
evaporação. A altura do espaço vapor deve levar em consideração o volume do teto. O teto
cônico tem volume equivalente a um cilindro de mesmo diâmetro de base e altura igual à terça
parte da altura do cone;

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 334


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

e) número de ciclos de operação: o intervalo de tempo entre as operações de enchimento


e esvaziamento pode ter um efeito significativo nas perdas por evaporação. Nos tanques de
teto fixo, frequentes enchimentos e esvaziamentos podem diminuir as perdas por evaporação
caso não haja tempo suficiente para o espaço vapor atingir um alto grau de saturação. A
programação dos ciclos de operação também pode afetar as perdas por evaporação. Uma
programação ideal de bombeio deve levar em consideração as variações de temperatura do
meio ambiente;
f) condições do tanque: um tanque de armazenamento em perfeitas condições de
funcionamento e adequadamente pintado, certamente apresentará menores perdas por
evaporação;
g) tipo de tanque: a perda por evaporação de um tanque de armazenamento depende do
volume de espaço vapor existente e das limitações na pressão de operação do equipamento
(Figura 16.2).

Figura 16.1
Obtenção da pressão de vapor verdadeira a partir da pressão de vapor Reid.
a) Petróleo. b) Derivados64.

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 335


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 16.2
Tipos de tanques. Perdas por evaporação e outras características61.

16.2 Métodos de Medição das Perdas por Evaporação


O API Bulletin 251263 apresenta os seguintes métodos de medição das perdas por
evaporação em tanques de armazenamento:
• diminuição de volume do produto armazenado;
• modificação de propriedades (pressão de vapor ou massa específica) do produto
armazenado;
• medição direta dos vapores expulsos do equipamento.
O método de medição das perdas por evaporação pela variação da massa específica do
produto armazenado é um dos mais utilizados experimentalmente52.

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 336


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

16.3 Estimativa das Perdas por Evaporação em Tanques de Teto


Fixo69, 116, 126
Basicamente, há dois tipos distintos de perdas por evaporação em tanques de teto fixo
(Figura 16.3):
ƒ Resultante da variação das condições ambientais (standing storage loss): L S
ƒ Resultante da movimentação de produto (working loss: emptying and filling operations): LW
A estimativa destas perdas normalmente é realizada pelas expressões contidas no API
Manual of Petroleum Measurements Standards (MPMS) – Chapter 19: Evaporative Loss
Measurement – Section 1: Evaporative Loss from Fixed-Roof Tanks, Item 19.1.2 — Procedures
for Calculating Losses126.

Figura 16.3
Perdas por evaporação em tanques de teto fixo. a) Condições ambientais. b) Movimentação de
produto.

16.3.1 Perda Resultante da Variação das Condições Ambientais


(Standing Storage Loss)
Esta perda está principalmente relacionada com a expansão e a contração térmica do
espaço vapor, decorrentes da variação da temperatura de armazenamento. Sua estimativa
poderá ser realizada pela seguinte expressão do API MPMS 19.1126, considerando-se valores
médios anuais:

LS = 365 KE HVO (πD2/4) KS WV

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 337


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Onde:
LS = estimativa de perdas, em lb/yr.
KE = fator de expansão do espaço vapor (adimensional).
KE = 0,04 (valor aproximado)
KE = 0,0018 ΔTV
Onde: ΔTV = variação diária da temperatura do espaço vapor, em ºR.
HVO = altura do espaço vapor (outage), incluindo a correção de volume do teto, em ft.
D = diâmetro do tanque, em ft.
KS = fator de saturação do espaço vapor (adimensional).
1
KS =
1 + 0,053 ⋅ PVA ⋅ H VO
Onde: PVA = pressão de vapor do produto armazenado, na temperatura média diária da
superfície líquida, em psia.
WV = massa específica do vapor do produto armazenado, em lb/ft3.
M ⋅P
WV = V VA
R ⋅ TLA
Onde: MV= massa molar do vapor do produto armazenado, em lb/lb-mole.
Valores aproximados:
MV = 64 ⇒ refinados de petróleo
MV = 50 ⇒ petróleo
MV = (Table 6 do API MPMS 19.1) ⇒ derivados de petróleo
MV = (Table 7 do API MPMS 19.1) ⇒ produtos petroquímicos
R = constante do gás perfeito = 10,731 psia. ft3/(lb-mole.ºR)
TLA = temperatura média diária da superfície líquida do produto armazenado, em
ºR.
ºR=ºF + 459,67
ºF = (ºC ⋅ 1,8) + 32

A conversão desta perda, para barris por ano, é realizada pela seguinte expressão:

LS (bbl/yr) = LS (lb/yr) /(42 WVC)

Onde: WVC = massa específica do vapor condensado a 60ºF, em lb/gal.


Valores aproximados:
WVC = (Table 6 do API MPMS 19.1)
WVC = 0,08 MV ⇒ petróleo e refinados
WVC = WL ⇒ produtos petroquímicos (Table 7 do API MPMS 19.1)
WL = valor médio da massa específica do líquido armazenado, a 60ºF, em lb/gal.

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 338


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabela 6 do API MPMS 19.1


Perdas por evaporação em tanques de teto fixo. Propriedades do petróleo e derivados 126.

Continua ...

Tabela 7 do API MPMS 19.1 (Parcial)


Perdas por evaporação em tanques de teto fixo. Propriedades de produtos petroquímicos 126.

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 339


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabela 7 do API MPMS 19.1 (Parcial)


Perdas por evaporação em tanques de teto fixo. Propriedades de produtos petroquímicos 126.

16.3.2 Perda Resultante da Movimentação do Produto


(Working Loss: Emptying and Filling Operations)
Esta perda está principalmente relacionada com as operações de enchimento e
esvaziamento do equipamento. A movimentação de produto provoca, alternadamente,
entrada de ar durante o esvaziamento e expulsão de mistura ar-vapor durante o enchimento
do tanque. A estimativa deste tipo de perda por evaporação poderá ser realizada pela seguinte
expressão do API MPMS 19.1126, considerando-se valores médios anuais:

LW = 5,614 Q KN KP KB WV

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 340


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Onde:
LW = estimativa de perdas, em lb/yr.
Q = movimentação do tanque (throughput), representando o volume de líquido bombeado
para o interior do tanque, associado com aumento de nível de produto, em bbl/yr.
KN= fator de trabalho, obtido a partir do número (N) de ciclos de operação (enchimento e
esvaziamento) durante o ano (adimensional).
Q
N = 5,614
VLX
VLX = máximo volume de líquido armazenado no tanque, em ft3.
VLX =[( π D2 )/4] ⋅ HLX
D = diâmetro do tanque, em ft.
HLX = máxima altura de líquido armazenado no tanque, em ft.
KN = 1 ⇒ para N ≤ 36
KN = (180+N)/(6N) ⇒ para N > 36
KP = fator de produto (adimensional).
Valores a considerar: KP = 0,75 ⇒ petróleo
KP = 1,00 ⇒ refinados de petróleo e componentes petroquímicos
KB = fator de correção em função da faixa de calibração do dispositivo de alívio de pressão
e vácuo (adimensional).
Valor a considerar: KB = 1 (para faixa de calibração não superior a ± 0,5 oz/in2)
WV = massa específica do vapor do produto armazenado, em lb/ft3.
WV = (MV PVA) /(R TLA)
Onde: MV= massa molar do vapor do produto armazenado, em lb/lb-mole.
Valores aproximados:
MV = 64 ⇒ refinados de petróleo
MV = 50 ⇒ petróleo
MV = (Table 6 do API MPMS 19.1) ⇒ derivados de petróleo
MV = (Table 7 do API MPMS 19.1) ⇒ produtos petroquímicos
PVA = pressão de vapor do produto armazenado, na temperatura média
diária da superfície líquida, em psia.
R = constante do gás perfeito = 10,731 psia. ft3/(lb-mole.ºR)
TLA = temperatura média diária da superfície líquida do produto armazenado,
em ºR.

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 341


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

A conversão desta perda, para barris por ano, é realizada pela seguinte expressão:

LS (bbl/yr) = LS (lb/yr) /(42 WVC)

Onde: WVC = massa específica do vapor condensado a 60ºF, em lb/gal.


Valores aproximados:
WVC = (Table 6 do API MPMS 19.1)
WVC = 0,08 MV ⇒ petróleo e refinados
WVC = WL ⇒ produtos petroquímicos (Table 7 do API MPMS 19.1)
WL = valor médio da massa específica do líquido armazenado, a 60ºF, em lb/gal.

16.3.3 Perda Total (Total Loss)


O total de perdas por evaporação, em tanques de teto fixo, será então estimado por:

LT = L S + LW

Onde:
LT = total da estimativa de perdas por evaporação, em lb/yr ou bbl/yr.
LS = estimativa de perdas pela variação das condições ambientais, em lb/yr ou bbl/yr.
LW = estimativa de perdas pela movimentação de produto, em lb/yr ou bbl/yr.

Uma descrição mais detalhada das variáveis das equações apresentadas anteriormente
poderá ser encontrada no Item 19.1.2 — Procedures for Calculating Losses do API Manual of
Petroleum Measurements Standards (MPMS) – Chapter 19: Evaporative Loss Measurement –
Section 1: Evaporative Loss from Fixed-Roof Tanks126.

A seguir apresentaremos um exemplo numérico de estimativa de perdas por


evaporação em um tanque de armazenamento de teto fixo, conforme o API MPMS 19.1.

Item 19.1.2.4 do API MPMS 19.1


Perdas por evaporação em tanques de teto fixo. Exemplo de estimativa126.

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 342


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item 19.1.2.4 do API MPMS 19.1


Perdas por evaporação em tanques de teto fixo. Exemplo de estimativa126.

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 343


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

16.4 Estimativa das Perdas por Evaporação em Tanques de Teto


Flutuante117, 127
A utilização do teto flutuante praticamente elimina o espaço vapor e,
consequentemente, minimiza as perdas por evaporação.
Nos tanques de teto flutuante podemos identificar as seguintes principais fontes de
perdas por evaporação (Figura 16.4):
a) perdas nos respiros do sistema de selagem (rim vents), se existentes, bem como em outros
acessórios não estanques do teto (antirrotacional, escotilha de medição e tirada de amostra,
sistema de drenagem, pernas de sustentação, quebra-vácuo, dispositivos de alívio de pressão,
bocas de visita etc.);
b) perdas por capilaridade (wicking);
c) perdas por umedecimento do costado durante o esvaziamento do tanque (wetting).

Da mesma forma que nos tanques de teto fixo, podemos caracterizar dois tipos
distintos de perdas por evaporação em tanques de teto flutuante:
ƒ No sistema de selagem, nos diversos acessórios não estanques e nas juntas da chaparia do
teto, influenciada pelas condições ambientais (standing storage loss): LS
ƒ Resultante da movimentação do produto (withdrawal loss): LW

Figura 16.4
Perdas por evaporação em tanques de teto flutuante. a) Nos respiros do sistema de selagem e
demais acessórios do teto. b) Por capilaridade. c) Por umedecimento do costado.

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 344


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

A estimativa destas perdas normalmente é realizada pelas expressões contidas no API


Manual of Petroleum Measurement Standards (MPMS) — Chapter 19: Evaporative Loss
Measurement — Section 2: Evaporative Loss From Floating-Roof Tanks, Item 4 – Equations
for Estimating Losses127.

A Figura 16.5 apresenta os diferentes tipos de teto flutuante, conforme nomenclatura


do API MPMS 19.2127:
ƒ Tanque de Teto Flutuante Externo (External Floating-Roof Tank - EFRT): construção
convencional de teto flutuante conforme Apêndice C do API 6501. Neste tipo não há teto
fixo no topo do costado.
ƒ Tanque de Teto Flutuante Interno (Internal Floating-Roof Tank - IFRT): construção
tipicamente descrita no Apêndice H do API 6501.
ƒ Tanque de Teto Flutuante com Cobertura (Covered Floating-Roof Tank - CFRT):
construção tipicamente descrita no Apêndice G do API 6501.

Figura 16.5
Perdas por evaporação em tanques de teto flutuante. Tipos de teto flutuante. Nomenclatura
do API MPMS 19.2. a) Tanque de teto flutuante externo (EFRT). b) Tanque de teto flutuante
interno (IFRT). c) Tanque de teto flutuante com cobertura (CFRT)127.

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 345


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

A Figura 16.6, a seguir, apresenta exemplos de diferentes tipos de sistema de selagem


com a respectiva nomenclatura adotada pelo API MPMS 19.2127.

Figura 16.6
Alguns tipos de selo. Selo primário e selo secundário. Montagem do selo primário com espaço
vapor (vapor-mounted) ou em contato com o fluido armazenado (liquid-mounted). Selo
secundário envolvendo todo o sistema de selagem (rim-mounted) ou somente a sapata
metálica (shoe-mounted)68, 103, 127.

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 346


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

16.4.1 Perda no Sistema de Selagem, nos Diversos Acessórios não


Estanques e nas Juntas da Chaparia do Teto (Standing Storage Loss)
Neste caso, o tanque de armazenamento é considerado sem movimentação do produto.
As perdas no sistema de selagem, nos diversos acessórios não estanques e nas juntas da
chaparia do teto podem ser estimadas pela seguinte equação do API MPMS 19.2127,
considerando-se valores médios anuais:

LS = [(Fr) + (Ff) + (Fd)] P* Mv Kc

Onde:
LS = estimativa de perdas, em lb/yr.
Fr = fator total de perda no selo, em lb-mole/yr.
Fr = K r ⋅ D
K r = fator de perda no selo função do tipo de sistema de selagem, em lb-mole/(ft ⋅ yr).
K r = K ra + K rb ⋅ Vn
K r a = fator de perda no selo, independente da ação do vento, em lb-mole/(ft . yr).
K r b = fator de perda no selo, dependente da ação do vento, em
lb-mole/[(mi/h)n ⋅ ft ⋅ yr].
V = velocidade do vento no local de construção do tanque, em mi/h.
Considerar V = 0 para tanques IFRT e CFRT.
n = expoente de correlação entre velocidade de vento e tipo de selo (adimensional).
Consultar Table 4 do API MPMS 19.2.
Sugestão: considerar o selo PW como: tight-fitting seal, vapor-mouted seal e
primary only seal
D = diâmetro do tanque, em ft.
Ff = fator total de perda nos acessórios não estanques do teto, em lb-mole/yr.
Ff = [(Nf1 ⋅ K f1 ) + (Nf2 ⋅ K f2 ) + ... + (Nfk ⋅ K f k )]
Nfi = número de acessórios do teto, de determinado tipo (adimensional).
K fi = fator de perda para determinado tipo de acessório do teto, em lb-mole/yr.
i = 1, 2, ... k (adimensional).
k = número total dos diferentes tipos de acessórios não estanques do teto
(adimensional).
K fi = pode ser desmembrado em:
K fi = K fai + K fbi . ( K v V ) m i
K fai = parcela não dependente do vento, para determinado tipo de acessório do
teto, em lb-mole/yr.
K fbi = parcela dependente do vento, para determinado tipo de acessório do teto,
em lb-mole/[(mi/h)m . yr].
K v = fator de correção: velocidade do vento e acessório (adimensional).
Kv = 0,7 (EFRT)

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 347


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

mi = expoente de correlação entre velocidade de vento e tipo de acessório


(adimensional).
Consultar Table 6, Table 8 e Table 9 do API MPMS 19.2.
Fd = fator total de perda nas juntas da chaparia do teto, em lb-mole/yr.
F d = K d . S d . D2
Kd = fator de perda, por unidade de comprimento de junta do teto, em lb-mole/(ft . yr)
Kd = 0 ⇒ para tetos soldados
Kd = 0,34 ⇒ para tetos aparafusados
Sd = fator de comprimento de junta do teto, em ft/ft2.
L
Sd = seam
A deck
Lseam = comprimento total das juntas do teto, em ft.
Adeck = área do teto, em ft2.
Consultar Table 10 do API MPMS 19.2.
P* = função da pressão de vapor (adimensional).
P/Pa
P* =
{1 + [1 − (P/Pa )]0,5 } 2
P = pressão de vapor verdadeira (true vapor pressure) na temperatura média de
armazenamento (TS), em psia.
Pa = pressão atmosférica média na região onde se localiza o tanque de
armazenamento, em psia.
Valor típico: Pa = 14,7 psia
Se a temperatura média de armazenamento (TS) não for conhecida, seu valor
poderá ser estimado em função do valor médio anual da temperatura ambiente (Ta)
e da cor do tanque (Table 16 do API MPMS 19.2).
MV = massa molar do vapor do produto armazenado, em lb/lb-mole.
Valores aproximados:
MV = 64 ⇒ gasolina
MV = 50 ⇒ petróleo
MV = Table 13 do API MPMS 19.2 ⇒ produtos refinados
MV = Table 14 do API MPMS 19.2 ⇒ produtos petroquímicos
KC = fator de produto (adimensional)
Valores a considerar:
KC = 0,4 ⇒ petróleo
KC = 1,0 ⇒ produtos refinados e componentes petroquímicos (single-component
petrochemical stocks)

A conversão desta perda, para barris por ano, é realizada pela seguinte expressão:
LS(bbl/yr) = LS(lb/yr) /(42 WV)

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 348


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Onde:
WV = massa específica do vapor condensado, em lb/gal.
Aproximadamente, pode-se considerar:
WV = 0,08 MV ⇒ para petróleo e refinados (Table 13 do API MPMS 19.2)
WV = Wl ⇒ para componentes petroquímicos (Table 14 do API MPMS 19.2)
Wl = valor médio da massa específica do líquido armazenado, a 60º F, em lb/gal.

Table 4 do API MPMS 19.2


Perdas por evaporação em tanques de teto flutuante. Fatores de perda no selo127.

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 349


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Table 6 do API MPMS 19.2


Perdas por evaporação em tanques de teto flutuante. Fatores de perda nos acessórios127.

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 350


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Table 6 do API MPMS 19.2


Perdas por evaporação em tanques de teto flutuante. Fatores de perda nos acessórios127.

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 351


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Table 8 do API MPMS 19.2


Perdas por evaporação em tanques de teto flutuante. Número típico de acessórios127.

Table 9 do API MPMS 19.2


Perdas por evaporação em tanques de teto flutuante. Número típico de acessórios127.

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 352


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Table 10 do API MPMS 19.2


Perdas por evaporação em tanques de teto flutuante. Valores típicos do fator de comprimento
de junta do teto127.

Table 13 do API MPMS 19.2


Perdas por evaporação em tanques de teto flutuante. Propriedades do petróleo e derivados127.

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 353


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Table 14 do API MPMS 19.2


Perdas por evaporação em tanques de teto flutuante. Propriedades de produtos
petroquímicos127.

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 354


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Table 16 do API MPMS 19.2


Perdas por evaporação em tanques de teto flutuante. Avaliação da temperatura média de
armazenamento127.

16.4.2 Perda Resultante da Movimentação do Produto (Withdrawal Loss)


Esta perda está principalmente relacionada com a evaporação do produto armazenado
que fica aderente ao equipamento (costado e estrutura de sustentação do teto fixo para
tanques IFRT e CFRT), quando da descida do teto flutuante.
A estimativa deste tipo de perda por evaporação poderá ser realizada pela seguinte
expressão do API MPMS 19.2127, considerando-se valores médios anuais:

LW = [ (0,943 Q C Wl) /D] [1+ (Nfc FC) /D]

Onde:
LW = estimativa de perdas, em lb/yr.
Q = movimentação do tanque (throughput), representando o volume de líquido bombeado do
tanque, associado com a diminuição de nível de produto, em bbl/ano.
C = fator de aderência (clingage factor), em bbl/1000 ft2.
Consultar: Table 17 do API MPMS 19.2
Valores típicos:
C = 0,0015 ⇒ refinados em costados levemente corroídos
C = 0,0060 ⇒ petróleo em costados levemente corroídos
Wl = valor médio da massa específica do líquido armazenado na temperatura média de
armazenamento, em lb/gal.
Valores típicos:
Wl = 6,1 ⇒ gasolina
Wl = Table 14 do API MPMS 19.2 ⇒ produtos petroquímicos

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 355


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

D = diâmetro do tanque, em ft.


Nfc = número de colunas do teto fixo (adimensional). Somente para tetos IFRT e CFRT.
Valores típicos na Table 7 do API MPMS 19.2
FC = diâmetro efetivo da coluna, em ft. Somente para tetos IFRT e CFRT.
Perímetro da Coluna (ft)
FC =
3,1416
Valores típicos:
FC = 1,1 para perfis duplo U (9 in x 7 in)
FC = 0,7 para perfis tubulares de 8 in
FC = 1,0 para colunas com detalhes construtivos não conhecidos

A conversão desta perda, para barris por ano, é realizada pela seguinte expressão:

LW(bbl/yr) = LW(lb/yr) /(42 Wl)

Onde:
Wl = valor médio da massa específica do líquido armazenado, a 60ºF, em lb/gal.
Valores típicos:
Wl = 6,1 ⇒ gasolina
Wl = (Table 14 do API MPMS 19.2) ⇒ produtos petroquímicos

Table 7 do API MPMS 19.2


Perdas por evaporação em tanques de teto flutuante. Número típico de colunas para tetos
IFRT e CFRT127.

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 356


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Table 17 do API MPMS 19.2


Perdas por evaporação em tanques de teto flutuante. Fator de aderência127.

16.4.3 Perda Total (Total Loss)

O total de perdas por evaporação em tanques de teto flutuante poderá, então, ser
estimado por:

LT = L S + LW

Onde:
LT = total da estimativa de perdas por evaporação, em lb/yr ou bbl/yr.
LS = estimativa de perdas no sistema de selagem, nos diversos acessórios não estanques e nas
juntas da chaparia do teto, em lb/yr ou bbl/yr.
LW = estimativa de perdas pela movimentação de produto, em lb/yr ou bbl/yr.

Uma descrição mais detalhada do equacionamento apresentado anteriormente poderá


ser encontrada no API Manual of Petroleum Measurements Standards (MPMS) – Chapter 19:
Evaporative Loss Measurement – Section 2: Evaporative Loss from Floating-Roof Tanks127.

A seguir apresentaremos exemplos numéricos de estimativa de perdas por evaporação


em tanques de armazenamento de teto flutuante, conforme o API MPMS 19.2.

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 357


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item 7.2 do API MPMS 19.2


Perdas por evaporação em tanque de teto flutuante externo (EFRT). Exemplo de estimativa127.

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 358


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item 7.2 do API MSMP 19.2


Perdas por evaporação em tanque de teto flutuante externo (EFRT). Exemplo de estimativa127.

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 359


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item 7.3 do API MPMS 19.2


Perdas por evaporação em tanque de teto flutuante interno (IFRT). Exemplo de estimativa127.

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 360


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item 7.3 do API MPMS 19.2


Perdas por evaporação em tanque de teto flutuante interno (IFRT). Exemplo de estimativa127.

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 361


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item 7.4 do API MPMS 19.2


Perdas por evaporação em tanque de teto flutuante com cobertura (CFRT).
Exemplo de estimativa127.

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 362


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item 7.4 do API MPMS 19.2


Perdas por evaporação em tanque de teto flutuante com cobertura (CFRT).
Exemplo de estimativa127.

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 363


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

16.5 Estimativa das Perdas por Evaporação em Tanques de Teto


Móvel e em Tanques de Teto com Diafragma Flexível
Os tanques com espaço vapor variável (variable vapor space tanks) são projetados para
minimizar as perdas por evaporação. Porém, algumas perdas podem ainda ocorrer pelos
seguintes motivos:

• capacidade insuficiente do espaço vapor;


• permeabilidade do diafragma flexível;
• absorção no líquido do sistema de selagem.

A Figura 16.7 permite avaliar as perdas por evaporação nos tanques com espaço vapor
variável.

Figura 16.7
Perdas por evaporação em tanques de teto móvel e em tanques de teto com diafragma
flexível3.

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 364


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

16.6 Estimativa das Perdas por Evaporação em Tanques de


Baixa Pressão
As perdas por evaporação em tanques de baixa pressão evidentemente dependem da
pressão de operação do equipamento e poderão ser estimadas pelo atual API Manual of
Petroleum Standards (MPMS) - Chapter 19.1A : Evaporation Loss from Low-Pressure Tanks
(idêntico ao API Bulletin 2516)67. A Figura 16.8 permite estimar o valor de tais perdas.

Figura 16.8
Perdas por evaporação em tanques de baixa pressão3.

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 365


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

16.7 Redução das Perdas por Evaporação


Citaremos, a seguir, as principais maneiras de reduzir as perdas por evaporação em
tanques de armazenamento:

1) Selecionar adequadamente o tipo de teto. No caso de um teto flutuante externo,


provavelmente as perdas por evaporação serão minimizadas com a utilização de um teto
flutuante duplo (diâmetro até 20 m), sistema de selagem não metálico com bolsão de líquido e
equipado com selo secundário52.
2) Recolher o vapor que seria perdido. As perdas por evaporação podem ser minimizadas pela
interligação do espaço vapor de tanques de teto fixo ao espaço vapor de um tanque de teto
móvel ou de um tanque de teto com diafragma flexível (Figura 16.9).
Outra possibilidade é utilizar um sistema de recuperação de vapor (Figura 16.10).

Figura 16.9
Redução das perdas por evaporação pela recuperação do vapor. Tanque pulmão.

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 366


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 16.10
Redução das perdas por evaporação pela recuperação do vapor. Sistema de recuperação de
vapor166.

3) Cobrir a superfície do líquido com produtos especiais que, flutuando, funcionem como um
teto flutuante (Figura 16.11).

a) b)

Figura 16.11
Redução das perdas por evaporação. Cobrir a superfície do líquido com produtos especiais.
a) Esferas plásticas. b) Microesferas plásticas61, 71.

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 367


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

4) Utilizar um tipo de teto flutuante internamente ao teto fixo, conforme o Apêndice H do API
650 (Figura 16.12). A redução das perdas por evaporação é da ordem de 90% em relação ao
teto fixo. Tais perdas por evaporação podem ser estimadas pelas equações contidas no API
MPMS 19.2127.

a)

b)

Figura 16.12
Redução das perdas por evaporação. Utilizar um teto flutuante internamente ao teto fixo
conforme o API 650 Ap. H.
a) Cobertura de material não ferroso. b) Teto flutuante simples construído com chapas de
aço3, 61, 70, 127.

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 368


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

5) Utilizar uma cobertura geodésica sobre um teto flutuante existente (Figura 16.13).

Figura 16.13
Redução das perdas por evaporação. Utilizar uma cobertura geodésica sobre um teto flutuante
existente.

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 369


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

6) Adotar detalhes de projeto visando o máximo de estanqueidade para os acessórios do teto.


Exemplificando, no caso de tanques de teto flutuante, é frequente a utilização de guia
antirrotacional perfurada ao longo de seu comprimento para trabalhar também como coluna
de medição e retirada de amostra. Tal dispositivo passa a ser uma fonte considerável de
perdas por evaporação. A figura 16.14 ilustra os diversos mecanismos responsáveis pela perda
por evaporação na guia antirrotacional e os principais detalhes de projeto visando a sua
diminuição.

Figura 16.14
Redução das perdas por evaporação. Detalhes de projeto visando a estanqueidade de
acessórios do teto. Guia antirrotacional de teto flutuante68, 127.

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 370


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

7) Encapsular acessórios não estanques do teto flutuante (Figura 16.15).

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specially formulated Urethane Fabric with UV
Protective Coating or a PTFE (Teflon®) fabric
that is impervious to weather, stored products
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floating roof legs and sleeves

Figura 16.15
Redução das perdas por evaporação. Encapsulamento de acessórios não estanques do teto
flutuante165.

8) Elevar a pressão de armazenamento (Figura 16.16), utilizando-se tanques atmosféricos pelo


API 650 Apêndice F, tanques de baixa pressão pelo API 620 ou vasos pressurizados pelo
Código ASME Seção VIII.

Figura 16.16
Redução das perdas por evaporação pela elevação da pressão de armazenamento. Tanques de
baixa pressão e vasos de pressão (esferas). Maior pressão de armazenamento, menor perda
por evaporação.

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 371


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

16.8 Seleção do Tipo de Tanque


A seleção do tipo de tanque a ser adotado para o armazenamento de determinado
produto deve ser baseada numa análise econômica, levando-se em consideração o custo total
do equipamento e as perdas por evaporação.
As Figuras 16.17 e 16.18, embora desatualizadas e para uma realidade americana,
fornecem uma boa idéia da sistemática adotada na determinação do custo anual de
armazenamento de um dado produto e, consequentemente, da seleção adequada do tipo de
tanque de armazenamento a ser construído.

Figura 16.17
Cálculo do custo anual de armazenamento. Seleção do tipo de tanque. Exemplo ilustrativo3.

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 372


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Observação: A gasolina armazenada em tanques de teto flutuante apresenta o menor custo anual
de armazenamento (14 ¢ por barril, por ano, conforme exemplo da Fig. 16.17).

Figura 16.18
Cálculo do custo anual de armazenamento. Seleção do tipo de tanque3.

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 373


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

16.9 Programa TANKS da EPA


A agência americana de proteção ambiental EPA ( The United States Environmental
Protection Agency – EPA / Office of Air Quality Planning and Standards – OAQPS)
desenvolveu um interessante programa computacional destinado a estimar perdas por
evaporação em tanques de armazenamento denominado TANKS163.
O programa TANKS, atualmente na versão 4.0.9d, bem como seu manual de utilização,
poderão ser obtidos no seguinte endereço eletrônico:
http://www.epa.gov/ttn/chief/software/tanks/#order

As Figuras 16.19 a 16.21 ilustram uma estimativa de perdas por evaporação utilizando o
programa TANKS da EPA.

Figura 16.19
Estimativa de perdas por evaporação. Programa TANKS da EPA. Telas de abertura163.

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 374


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 16.20
Estimativa de perdas por evaporação. Programa TANKS da EPA. Entrada de dados. Relatório
impresso: identificação do tanque e características físicas do equipamento163.

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 375


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 16.21
Estimativa de perdas por evaporação. Programa TANKS da EPA. Relatório final impresso163.

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 376


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

16.10 Sistema de Inventário e Gestão de Emissões Atmosféricas


da Petrobras - SIGEA
O SIGEA é um sistema corporativo informatizado167, implantado em 2002, que
contabiliza mensalmente as emissões atmosféricas provenientes das atividades de todo o
Sistema Petrobras (Figura 16.22).
No SIGEA estão registradas mais de 20 mil fontes de emissão de poluentes,
correspondentes à Petróleo Brasileiro S.A., suas Subsidiárias, Empresas Controladas e demais
participações acionárias onde a Petrobras é operadora. Cada Unidade de Negócio alimenta o
SIGEA, mensalmente, com os necessários dados de processo e ou informações decorrentes de
medições realizadas. Após o processamento destes dados, são calculadas e informadas as
emissões por fontes poluidoras.
O SIGEA utiliza o mesmo protocolo (AP-42 Section 7.1 da EPA)168 de estimativa de
perdas por evaporação adotado no Programa TANKS versão 4.0.9d.
Com o SIGEA, a Petrobras passou a identificar as fontes críticas para cada poluente e,
desta forma, definir as orientações de gestão a serem adotadas para minimizar seus impactos.
A Figura 16.23 ilustra uma estimativa de perdas por evaporação para tanques de
armazenamento realizada através do SIGEA.

Figura 16.22
Tela do Portal SMS Petrobras. Acesso ao SIGEA167.

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 377


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 16.23
Exemplo ilustrativo de estimativa de perdas por evaporação em tanques de armazenamento
pelo SIGEA167.

__________________________________________________________ Estimativa de Perdas por Evaporação 378


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

CAPÍTULO XVII
FABRICAÇÃO
Os tanques de armazenamento normalmente são fabricados em oficinas de
caldeiraria pesada (Figura 17.1). A fabricação consiste na preparação adequada das
chapas, perfis, estruturas, escadas, drenos, bocais e demais acessórios do
equipamento.

Figura 17.1
Fabricação de tanques. Oficina de caldeiraria pesada.

_________________________________________________________________ Fabricação 379


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

17.1 Operações, Equipamentos e Normas de Fabricação


A fabricação de um tanque de armazenamento envolve operações de
desempeno, traçagem, esquadrejamento, corte, abertura de chanfro, calandragem,
usinagem, soldagem, ensaio não destrutivo, tratamento térmico, ensaio de
estanqueidade, controle dimensional etc.
Os equipamentos normalmente utilizados na fabricação de um tanque de
armazenamento são: banco de corte, tartaruga de corte, guilhotina, calandra, press-
brake, prensa hidráulica, furadeira radial, tesoura para corte de perfis, máquina de
corte pantográfica, ponte rolante, guincho, torno e forno para tratamento térmico
de alívio de tensões.
As figuras seguintes ilustram algumas operações e equipamentos utilizados
na fabricação de tanques de armazenamento (Figuras 17.2 e 17.3).
A Norma N-188826 fixa as condições exigíveis para a fabricação executada
em oficina, bem como para o transporte de tanques atmosféricos. Tal fabricação
deve também atender às exigências de projeto da Norma N-2707, aos requisitos da
Seção 6 do API 6501 e visar uma adequada montagem de acordo com a Norma N-
27125.

Figura 17.2
Fabricação de tanques.
a) Traçagem. b) Corte. c) Calandragem. d) Controle dimensional.

_________________________________________________________________ Fabricação 380


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 17.3
Fabricação de tanques. Tratamento térmico de alívio de tensões.
a) Forno. b) Painel de controle da temperatura e tempo de tratamento.
c) Tratamento térmico por resistência elétrica.

_________________________________________________________________ Fabricação 381


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Seção 6 do API 650


Fabricação de tanques de armazenamento1.

_________________________________________________________________ Fabricação 382


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

17.2 Armazenamento de Materiais


As chapas não calandradas devem ser armazenadas sobre berços de madeira
adequados para evitar deformações. Para as chapas calandradas, quando deitadas,
os berços devem ter a mesma curvatura das chapas e a quantidade máxima de
chapas, por pilha, deve ser tal que não deforme as chapas inferiores. Em qualquer
caso, as chapas devem ser armazenadas pelo menos 20 cm acima do nível do solo
(Figura 17.4).
As peças pequenas tais como flanges, luvas, parafusos, porcas e arruelas,
devem ser armazenadas em caixotes e em locais secos. As superfícies usinadas
devem ser protegidas contra corrosão por meio de graxa ou outros compostos
adequados. As faces dos flanges, além da proteção anterior, devem ser cobertas
com discos de madeira.

Figura 17.4
Fabricação de tanques. Armazenamento de materiais.
a) Pátio de recebimento. b) Armazenamento final. c) Armazenamento de chapas
calandradas em berço. d) Armazenamento na vertical de chapas calandradas.

_________________________________________________________________ Fabricação 383


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

17.3 Desempeno de Chapas


A operação deve ser executada por prensagem ou outro método a frio que
não prejudique o material. O desempeno deve ser realizado antes da traçagem e das
subsequentes operações de acabamento. Não deve ser permitido o aquecimento
localizado ou o martelamento, a menos que o material seja aquecido à temperatura
de forjamento.

17.4 Reparo de Defeitos


Os defeitos encontrados devem ser reparados por soldagem, conforme
prescrito nas Normas N-13372 e N-188826. Após execução do reparo devem ser
realizados os ensaios não destrutivos previstos na Norma N-1888. Os defeitos,
devidamente reparados, são então registrados num mapa (Mapa dos Defeitos
Reparados) que permite a exata localização dos pontos reparados no próprio
equipamento.

17.5 Corte e Preparação das Bordas das Chapas


O corte e o chanfro das bordas das chapas podem ser feitos por
cisalhamento (com máquina tipo plaina, talhadeira automática, guilhotina ou
tesoura mecânica) ou por oxi-corte. O cisalhamento é limitado às chapas com
espessura até 3/8 in (~ 10 mm) para as juntas de topo e até 5/8 in (~ 16 mm) para
as juntas sobrepostas. As arestas das chapas cortadas a oxigênio e destinadas à
soldagem devem ser deixadas lisas, uniformes e livres de carepas, escórias ou
rebarbas. Tais irregularidades devem ser removidas com talhadeiras automáticas
e/ou esmeril. As chapas do contorno do fundo, do contorno do teto e as de
fechamento dos anéis do costado devem ser deixadas para corte no local de
montagem. As dimensões apresentadas no projeto visam apenas o estudo de
aproveitamento de material.

17.6 Calandragem das Chapas do Costado


A Tabela 17.1 apresenta as indicações das principais normas a respeito da
obrigatoriedade de calandragem das chapas do costado de um tanque de
armazenamento. Entretanto, objetivando a facilidade de montagem e o devido
enquadramento das tolerâncias, é sempre recomendável a calandragem de todas as
chapas do costado, independentemente do diâmetro do tanque e da espessura da
chapa.

_________________________________________________________________ Fabricação 384


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

NORMA OBRIGATORIEDADE DE CALANDRAGEM

API 650

TABELA 23

Espessura Nominal das Chapas


Diâmetro Nominal do Tanque (m)
NBR a Calandrar (mm)
até 12 4,75 ou maior
7821
Mais de 12 até 18 9,5 ou maior
mais de 18 até 36 12,5 ou maior
mais de 36 16,0 ou maior

N-270

Tabela 17.1
Obrigatoriedade de calandragem das chapas do costado1, 2, 7.

17.7 Construção de Acessórios e Realização de


Tratamento Térmico de Alívio de Tensões
Toda abertura que exigir tratamento térmico de alívio de tensões deve ser
fabricada, montada, soldada, testada e tratada termicamente na fábrica. As
aberturas que não exigirem tratamento térmico de alívio de tensões podem ser
realizadas no campo. Os bocais interligados a tubulações, que não exigirem
tratamento térmico de alívio de tensões, devem ser realizados no campo.

_________________________________________________________________ Fabricação 385


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Os furos da chapa de reforço, para saída dos gases de soldagem e realização


do ensaio de estanqueidade (ensaio pneumático), devem ser realizados antes da
montagem das chapas de reforço. Tais furos, após fabricação do componente do
tanque, devem ser deixados abertos e protegidos com graxa. A Norma N-1888 exige
que o ensaio de estanqueidade, citado anteriormente, seja realizado antes do
tratamento térmico de alívio de tensões.

17.8 Soldagem
A soldagem executada em oficina deve estar de acordo com as Normas N-
13372 e N-188826.
Todas as soldas provisórias devem ser removidas após realização de suas
funções. As superfícies sob tais soldas devem ser adequadamente esmerilhadas e,
para os materiais com exigência de teste de impacto, obrigatoriamente
inspecionadas com partículas magnéticas ou líquido penetrante26.
A Norma N-1888 exige que todas as soldas existentes nos componentes
tratados termicamente para alívio de tensões sejam inspecionadas, por meio de
líquido penetrante ou partícula magnética, antes e após a realização do tratamento
térmico.
Se algum reparo em solda for necessário, sua realização deve obedecer à
Norma N-133. Os ensaios não destrutivos, previstos para a junta soldada original,
devem ser igualmente repetidos após o reparo executado.

17.9 Inspeção de Fabricação


Somente os materiais corretamente identificados e aprovados pela inspeção
de recebimento devem ser utilizados na fabricação do tanque de armazenamento.
A inspeção de fabricação deve atender às exigências da Norma N-1888.
Todas as peças fabricadas devem ser devidamente marcadas,
acondicionadas, embaladas (se necessário) e embarcadas de maneira a evitar
qualquer dano durante o transporte (Figura 17.5).

Figura 17.5
Transporte rodoviário de chapas calandradas.

_________________________________________________________________ Fabricação 386


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

CAPÍTULO XVIII
MONTAGEM

A montagem de um tanque de armazenamento é de suma importância para


o seu futuro funcionamento, principalmente no caso de um tanque de teto
flutuante (Figura 18.1).
Esta etapa da construção de um tanque de armazenamento deve obedecer a
um procedimento escrito, contendo no mínimo as seguintes indicações25:
a) equipamentos a serem utilizados em cada fase de montagem e soldagem,
incluindo o tipo e disposição dos andaimes e o tipo de iluminação, quando
necessária;
b) sequência e descrição resumida de cada etapa de montagem;
c) descrição das condições para montagem e soldagem em cada etapa de
montagem;
d) métodos de ajustagem e acessórios de montagem a serem utilizados em
cada etapa;
e) tipo e extensão da inspeção das juntas soldadas;
f) cuidados com as soldas provisórias, incluindo o método utilizado para sua
remoção;
g) procedimentos de soldagem da executante e seus registros de qualificação;
h) procedimentos de ensaios não destrutivos e seus respectivos registros de
qualificação;
i) métodos de inspeção dimensional e tolerâncias de montagem;
j) ocasião em que serão realizados os ensaios ou testes previstos;
l) procedimentos de execução de cada teste previsto, incluindo os
equipamentos utilizados;
m) plano de registro dos resultados de ensaios não destrutivos das juntas
soldadas, por soldador ou operador de soldagem;
n) procedimento de levantamento do teto, quando o mesmo é montado sobre
o fundo;
o) métodos de grauteamento.

__________________________________________________________________ Montagem 387


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

A construção de um tanque de armazenamento pode envolver diversas firmas


empreiteiras. Assim, normalmente, a execução da fundação do tanque é da
responsabilidade de determinada firma (civil), enquanto a montagem é da
responsabilidade de outra empreiteira (caldeiraria). Desta forma, é de grande
importância que todo contrato estabeleça perfeitamente as responsabilidades de
cada firma envolvida, bem como a quem compete o fornecimento de materiais,
água doce, energia elétrica, máquinas de solda etc.

Figura 18.1
Montagem de tanques de armazenamento.

__________________________________________________________________ Montagem 388


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

18.1 Normas e Rotina de Fiscalização


A Norma N-27125 fixa as condições exigíveis para a montagem de tanques de
armazenamento cilíndricos verticais, soldados, operando a pressões atmosféricas e
temperaturas entre -6 e 150ºC ou pressões até 98 kPa (1 kgf/cm2) e temperaturas
entre -50 e 95ºC.
A soldagem deve ser executada de acordo com a Norma N-13372 e os ensaios
não destrutivos conforme normas constantes na Tabela 18.1.

Ensaio Não Destrutivo Norma

Qualificação de Pessoal N-159073


Estanqueidade N-159374
Ultra-Som N-1594104
Radiografia N-159575
Líquido Penetrante N-159676
Visual N-159777
Partículas Magnéticas N-159878
Descontinuidades em Juntas Soldadas, Fundidos, Forjados e Laminados N-173879
ACFM (Alternating Current Field Measurement) N-2667169

Tabela 18.1
Ensaios não destrutivos utilizados na montagem de tanques de armazenamento.
Principais normas a consultar25.

A Rotina Técnica de Fiscalização de Montagem e Condicionamento de


Tanques de Armazenamento (PG-05-SL/SEQUI-015)80 relaciona todos os serviços
a executar, bem como o critério de aceitação a ser adotado, referentes ao controle
da qualidade a ser empregado na montagem e condicionamento de tanques de
armazenamento. Esta rotina, conforme ilustrado na Tabela 18.2, está dividida em
sete etapas de fiscalização:
1) Recebimento, Armazenamento e Preservação
A — Documentação
B — Equipamentos Recebidos Prontos
C — Chapas
D — Flanges e Bocais
E — Parafusos, Porcas, Grampos, Estojos, Arruelas e Chumbadores
F — Acessórios
G — Elementos Estruturais
H — Consumíveis para Soldagem
2) Fundações e Bases
3) Qualificações
4) Montagem: A — Fundo C — Teto Fixo E — Acessórios
B — Costado D — Teto Flutuante

__________________________________________________________________ Montagem 389


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

5) Testes
6) Preservação após a Montagem
7) Preparação para a Operação Assistida

Etapas de
Item Serviço a Executar Critério Observações
Fiscalização

• N-271 item 6.1.9 • Devem ser observados se


Verificar se foram fornecidos os
atendem as prescrições da
registros de qualificação dos
A-07 • N-133 N-133
soldadores e de qualificação dos
• Ver Rotina Técnica de
procedimentos de soldagem de fábrica.
Fiscalização de Soldagem.

• N-271 item 4.2.2 • Em qualquer caso as


Verificar se as chapas foram chapas devem ficar
1. Recebimento, armazenadas afastadas do solo e de • No recebimento afastadas do solo
Armazenamento modo a evitar o acúmulo d’água. As em 20 cm.
e chapas conformadas devem ser • A quantidade de chapas
Preservação armazenadas de modo a não perder a por pilha deve ser tal que
C-05 forma de projeto, utilizando calços não deforme as chapas
adequados e não removendo os inferiores.
reforços estruturais provisórios. As • Para longos períodos as
chapas conformadas podem também chapas devem ser
ser armazenadas verticalmente desde preferencialmente
que convenientemente estaiadas. armazenadas na posição
vertical.

• N-271 item 4.3.5 • O nivelamento deve ser


2. Fundações e
04 Verificar o nivelamento da base. feito na região de apoio do
Bases
• N-1644 costado.

• N-271 itens 4.1.1 e • Verificar se os


Solicitar os procedimentos de 4.1.2 procedimentos
3. Qualificações 01 montagem. apresentados atendem às
condições exigidas.

Verificar se está sendo usada a • N-271 item 4.4.8 • Notar que o ponteamento
sequência de soldagem indicada no deverá obedecer a mesma
A-09
projeto. sequência da soldagem
definitiva.
4. Montagem
Verificar se as correções das • Procedimento de • Não é permitido utilizar
deformações estão sendo feitas de reparo. impacto mecânico para
B-13 acordo com o procedimento específico corrigir deformações no
de reparo. costado.

• Procedimento do teste
5. Testes 10 Testemunhar o teste de flutuabilidade. de flutuabilidade. —
• N-271 item 5.1.7

Verificar se as bocas de visita estão • Após montagem. • Os parafusos devem ser


6. Preservação mantidas com as faces de protegidos com graxa
após a assentamento protegidas com graxa grafitada para facilitar a
Montagem 06 neutra; com junta provisória e fechadas desmontagem.
com, no mínimo, 4 parafusos.
• A abertura deve estar • É normal fazer correções
dentro dos limites na altura da perna, pois o
7. Preparação para Verificar se a altura da perna do especificados no fundo do tanque onde a
a Operação 08 quebra-vácuo permite a sua abertura projeto, com o teto mesma apóia sofre
Assistida de forma correta. apoiado nas pernas, recalques e deformações.
na posição de
manutenção.

Tabela 18.2
Rotina Técnica de Fiscalização de Montagem e Condicionamento de Tanques de
Armazenamento (PG-05-SL/SEQUI-015). Divisão da rotina. Serviços a executar.
Critério de aceitação. Exemplos80.

__________________________________________________________________ Montagem 390


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

18.2 Inspeção e Armazenamento de Materiais


Só podem ser utilizados na montagem de um tanque de armazenamento os
materiais corretamente identificados, com seus certificados conferidos e
devidamente aprovados pela inspeção de recebimento.
O armazenamento de materiais deve ser realizado adotando-se os mesmos
cuidados já citados, anteriormente, para a etapa de fabricação (Figuras 18.2 e 18.3).

a)

b)

Figura 18.2
Montagem de tanques. Armazenamento de materiais.
a) Adequadamente. b) Inadequadamente.

__________________________________________________________________ Montagem 391


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 18.3
Montagem de tanques. Armazenamento de consumíveis de soldagem.
a) Estufa para armazenamento de eletrodos, varetas e fluxos.
b) Estufa para secagem e manutenção da secagem de eletrodos revestidos.
c) Estufa portátil para manutenção da secagem de eletrodos revestidos de baixo
hidrogênio.

__________________________________________________________________ Montagem 392


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

18.3 Verificação da Base


O marco padrão existente na região onde o tanque está sendo construído
servirá como referência para os serviços topográficos a serem realizados.
A base de um tanque de armazenamento deve ser verificada, conforme
exigências das Normas N-27125 e N-164481, pelo menos, quanto aos seguintes
aspectos:

a) orientação e elevação;
b) diâmetro da base;
c) nivelamento;
d) declividade;
e) dimensões da fundação (exemplo: largura do anel de concreto);
f) orientação da linha de centro e as dimensões do rebaixo de acessórios que
interferem com a fundação do tanque (porta de limpeza e dreno de fundo);
g) impermeabilização;
h) instalação de tassômetros (caso existentes).

18.4 Montagem do Fundo


As chapas do fundo devem ser montadas conforme disposição estabelecida
no projeto, observando-se a orientação em relação aos eixos coordenados e a
sobreposição das chapas (Figura 18.4).
A colocação da primeira chapa no fundo é de fundamental importância,
normalmente realizada com auxílio de instrumentos de topografia. As chapas do
fundo são arrastadas até suas posições por meio de cordas e grampos. A colocação
na posição definitiva é realizada com alavancas. Deve-se ter o máximo cuidado
possível para não danificar a impermeabilização do fundo do tanque.
A sobreposição das chapas do fundo deve ser marcada com tinta para
facilitar sua verificação durante a montagem. Normalmente, tal marcação é
realizada a uma distância da borda da chapa igual à sobreposição mais 20 mm. A
sobreposição mínima entre as chapas da periferia e o miolo do fundo deve ser
ampliada (~20 mm) para compensar a contração de soldagem.
O ponteamento e a soldagem das chapas do fundo devem obedecer à
sequência de soldagem indicada no projeto (Figura 18.5), de tal forma a resultar
um mínimo de deformação. A sequência de soldagem a ser adotada em todo o
equipamento deve sempre ser submetida à aprovação do comprador do
equipamento.

__________________________________________________________________ Montagem 393


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 18.4
Montagem do fundo. Posicionamento da chaparia.

Figura 18.5
Sequência de soldagem das chapas do fundo.
Exemplos. a) Chapas recortadas. b) Chapas anulares82.

__________________________________________________________________ Montagem 394


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

A solda entre o costado e o fundo (solda do rodo) deve ser realizada após a
soldagem das juntas verticais do primeiro anel do costado (preferencialmente após
a montagem do segundo anel) e antes da soldagem do miolo do fundo com as
chapas periféricas. A sequência tradicionalmente adotada é a seguinte25:
1) execução da solda interna;
2) inspeção da solda interna (Figura 18.6);
3) execução da solda externa.

a)

b)

Figura 18.6
Inspeção da solda do rodo. a) Líquido penetrante: aplicação do penetrante e
aplicação do revelador. b) ACFM (Alternating Current Field Measurement).

__________________________________________________________________ Montagem 395


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

18.5 Montagem do Costado


A montagem do costado é iniciada (Figura 18.7) com a marcação do
diâmetro interno do tanque sobre as chapas do fundo e deve começar pelas chapas
que contêm as portas de limpeza25.

Figura 18.7
Início da montagem do costado.

__________________________________________________________________ Montagem 396


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

A montagem das chapas do costado exige, além de uma boa sequência de


soldagem (Figura 18.8), uma série de cuidados adicionais:

• proteção contra deformações (Figura 18.9) em consequência de ventos intensos.


As chapas do costado devem ser estaiadas durante toda a montagem (Figura 18.10).
No caso de tanques de teto flutuante o anel de contraventamento poderá ser
provisoriamente fixado nos anéis inferiores do costado, servindo como andaime e
enrijecendo o costado em relação às cargas de vento (Figura 18.11);
• obediência rigorosa às práticas de segurança industrial, saúde ocupacional e
proteção ao meio ambiente;
• verificação criteriosa quanto às tolerâncias dimensionais exigidas por norma.

Figura 18.8
Sequência de soldagem das chapas do costado.

Figura 18.9
Deformação do costado em consequência de ventos intensos.

__________________________________________________________________ Montagem 397


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 18.10
Estaiamento do costado. a) Adequado. b) Inadequado.

Figura 18.11
Montagem provisória do anel de contraventamento.

O Item 4.5 da Norma N-271 apresenta diversas exigências de montagem


para o costado de tanques de armazenamento (Figuras 18.12 a 18.17).
O posicionamento de uma chapa, em anel superior do costado, encontra-se
ilustrado na Figura 18.18.

__________________________________________________________________ Montagem 398


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

4.5 Montagem do Costado


4.5.1 Deve ser marcado o diâmetro interno do tanque sobre as chapas do
fundo.
4.5.2 A montagem do costado deve começar pelas chapas das portas de
limpeza.
4.5.3 Antes de soldar a chapa da soleira da porta de limpeza ao fundo,
o espaço sob as chapas do fundo junto à chapa de soleira deve ser cheio
com areia compactada ou massa para grauteamento, conforme API 650 fig.
3.9.
4.5.4 A soldagem da chapa da soleira da porta de limpeza ao fundo deve
ser executada antes de posicionar as chapas adjacentes do costado.
4.5.5 A distribuição das chapas do costado deve seguir rigorosamente a
defasagem entre juntas verticais estipuladas no projeto.
4.5.6 Não se deve deixar a chaparia do costado incompleta, com alguma
abertura, para facilidade de montagem do teto ou estruturas. Para
tanques pressurizados (API 620) admite-se que seja deixada uma abertura
desde que devidamente reforçada.
4.5.7 Os dispositivos auxiliares de montagem devem ser fixados e
distribuídos de acordo com o procedimento de montagem da executante.
Deve ser observado que os dispositivos auxiliares de montagem que
impedem a contração transversal da solda devem estar espaçados de no
mínimo 500 mm, sendo preferíveis os dispositivos que limitem apenas a
deformação angular.
4.5.8 Quando empregado o sistema de ponteamento, os pontos devem estar
espaçados de, no mínimo, 500 mm e, se forem incorporados à solda final,
devem ser examinados com líquido penetrante antes do início da
soldagem.
4.5.9 Durante toda a montagem, as chapas do costado devem ser
convenientemente estaiadas para evitar deformações causadas pelo vento.
4.5.10 O desalinhamento máximo permitido das juntas das chapas do
costado deve estar de acordo com o API Standard 650, item 5.2.3, e com
o arranjo previsto no projeto.
4.5.11 A abertura das juntas deve obedecer aos valores indicados pelo
projeto.
4.5.12 As barrigas do costado (embicamento) não devem ultrapassar 15
mm. A medida deve ser feita utilizando-se um gabarito da curvatura de
projeto do costado do tanque (aplicado na direção horizontal), ou régua
(aplicada na direção vertical), ambos de comprimento igual a 1000 mm. O
valor da barriga é determinado pela flecha medida no ponto médio do
gabarito. Caso o valor indicado acima seja ultrapassado, devem ser
feitos reparos para correção.

Obs.: - API 650 de referência (7ª Edição – Novembro de 1980)


Continua
Item 4.5 da N-271
Montagem do costado25.

__________________________________________________________________ Montagem 399


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

4.5.13 A circularidade deve ser medida em todos os anéis do costado,


antes da montagem do anel seguinte, estando o mesmo livre de espias ou
elementos estruturais instalados temporariamente ou qualquer outro
artifício que possa restringir deformações e interferir com o valor do
raio.
Item 4.5 da N-271
4.5.13.1 A circularidade de cada anel do costado deve apresentar as
Montagem do costado
tolerâncias
25.
do API Standard 650, item 5.5.2.
4.5.13.2 Os raios devem ser medidos em um plano horizontal situado a
300 mm acima da junta soldada horizontal inferior de cada anel
considerado.
4.5.14 O nivelamento do topo do primeiro anel deve ser tal que
apresente um desnível máximo de 3 mm para pontos consecutivos distantes
2.000 mm, ao longo do perímetro, e com um máximo de 6 mm para pontos
Item
não 4.5 da N-271 Na medição deve ser usado preferencialmente nível
consecutivos.
Montagem do costado
óptico apoiado 25. a base do tanque.
sobre
4.5.15 O prumo do costado deve seguir o API Standard 650, item 5.5.1.
4.5.16 Deve ser emitido um relatório de levantamento dimensional, a
cada etapa de montagem, relativo aos assuntos expressos de 4.5.10 a
4.5.15. De acordo com o procedimento de montagem, é recomendável que a
montagem de cada anel superior seja feita após a aprovação do relatório
dimensional, após a soldagem, referente ao anel inferior.
4.5.17 Quando necessário, após a montagem do anel inferior, o tanque
poderá ser calçado sob o fundo, não sendo permitido o uso de cunhas
para esse fim, contudo a base deve ser grauteada antes de se prosseguir
a montagem, deixando-se aberturas para a saída de água.
4.5.18 A correção das deformações constatadas só pode ser executada
após a apresentação de um procedimento de reparo.
4.5.19 Recomenda-se o início da soldagem das juntas do anel superior,
após executada a soldagem do anel inferior.
4.5.20 A soldagem da junta vertical de fechamento de um anel só pode
ser feita após a ajustagem da junta horizontal entre o anel considerado
e o inferior.
4.5.21 Em tanques de teto flutuante, deve ser feito o desbaste nas
soldas internas do costado até eliminar as arestas ou cantos vivos.
4.5.22 Não é permitido utilizar impacto mecânico para corrigir
deformações no costado.
4.5.23 Deve ser marcada com tinta a posição dos suportes das vigas
radiais fixados ao costado de tanques de teto fixo.
4.5.24 Todos os suportes soldados ao costado devem ter sua soldagem
executada antes do teste hidrostático.

Obs.: - API 650 de referência (7ª Edição – Novembro de 1980)

Item 4.5 da N-271


Montagem do costado25.

__________________________________________________________________ Montagem 400


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 18.12
Dispositivos auxiliares de montagem.

Figura 18.13
Sistema de ponteamento do costado. Limpeza adequada.

__________________________________________________________________ Montagem 401


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 18.14
Soldagem do costado. a) Soldagem manual: eletrodo revestido. b) Soldagem
automática: arco submerso (juntas horizontais) e arame tubular (juntas verticais).

Figura 18.15
Deformações no costado.

__________________________________________________________________ Montagem 402


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 18.16
Montagem do costado. Controle da deformação (barriga/embicamento).
a) Gabarito com curvatura de projeto do costado (aplicação na direção horizontal).
b) Régua (aplicação na direção vertical).

Figura 18.17
Correção de deformações no costado por martelamento. Prática proibida por
norma25.

__________________________________________________________________ Montagem 403


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 18.18
Montagem do costado. Posicionamento de uma chapa em anel superior do costado.

__________________________________________________________________ Montagem 404


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

18.6 Montagem do Teto

18.6.1 Montagem de Tetos Fixos


É normalmente adotada a seguinte sequência (Figura 18.19):

1) Marcação, no topo do costado, dos quatro pontos indicativos dos eixos


coordenados do equipamento.

2) Marcação, no fundo, das posições das sapatas das colunas de sustentação.

3) Posicionamento vertical das colunas.

4) Soldagem, no fundo, das guias das sapatas das colunas de sustentação.

5) Estaiamento das colunas. As colunas devem permanecer estaiadas até a


montagem final do polígono formado pelas vigas transversais. Na coluna
central o estaiamento deve ser mantido até que todas as vigas radiais estejam
montadas e fixadas no polígono adjacente ou no costado, conforme o caso.

6) Montagem das vigas transversais e radiais. Não deve ser permitido o


ponteamento das ligações aparafusadas da estrutura de sustentação do teto.

7) Arrumação das chapas do teto conforme estipulado no projeto,


observando-se a orientação em relação aos eixos coordenados e a
sobreposição das chapas. A sobreposição das chapas do teto deve ser
previamente assinalada para facilitar a verificação durante a montagem, de
forma semelhante à adotada no fundo. A sobreposição entre as chapas da
periferia e o miolo do teto deve ter um adicional (~20 mm) para compensar a
contração de soldagem. Deve ser evitada qualquer sobrecarga na estrutura
devido ao empilhamento das chapas do teto em um mesmo local.

8) Ponteamento e soldagem das chapas do teto, obedecendo a sequência de


soldagem indicada no projeto (semelhante à do fundo do equipamento). As
soldas da periferia do teto à cantoneira de topo do costado devem ser
executadas antes da soldagem do miolo com as chapas periféricas do teto.
Visando a obtenção da ligação fraca entre teto e costado, as chapas do teto
não podem ser soldadas à estrutura de sustentação.

9) Posicionamento e soldagem dos bocais e acessórios. Os bocais e acessórios


não interligados a tubulações podem ter suas posições ligeiramente alteradas
para evitar interferências.

__________________________________________________________________ Montagem 405


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 18.19
Montagem do teto fixo. Coluna central e vigas radiais.

18.6.2 Montagem de Tetos Flutuantes


É normalmente adotada a seguinte sequência (Figura 18.20):
1) Marcação, na face interna do costado, das coordenadas de projeto.
2) Montagem de uma estrutura provisória de sustentação do teto flutuante
durante sua montagem (Figura 18.21). Tal estrutura normalmente é
constituída por andaimes tubulares, com sapatas ajustáveis e estrado de
madeira, na parte superior, para apoio da chaparia do teto. A estrutura
provisória não deve ser soldada ao fundo do tanque. Sua altura deve ser
suficiente para permitir a execução de todas as soldas previstas no teto.
3) Arrumação das chapas do teto conforme estipulado no projeto. A
sobreposição das chapas do teto deve ser assinalada previamente para
facilitar a verificação durante a montagem, de forma semelhante à adotada no
fundo. A sobreposição entre as chapas da periferia e o miolo do teto deve ser
ampliada (~20 mm) para compensar a contração de soldagem.
4) Ponteamento e soldagem das chapas do teto, obedecendo à sequência de
soldagem indicada no projeto.
5) Posicionamento e soldagem dos bocais e acessórios (Figura 18.22). As
camisas das pernas de sustentação e outros acessórios que atravessem
verticalmente o flutuador do teto pontão ou os compartimentos do teto duplo
devem ser montados e soldados simultaneamente com a chaparia do teto para
tornar menos penosa sua operação de soldagem.
6) Retirada da estrutura provisória e sustentação do teto pelas próprias
pernas de sustentação.

A montagem do selo PW encontra-se ilustrada na Figura 18.23.

__________________________________________________________________ Montagem 406


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 18.20
Montagem do teto flutuante.

__________________________________________________________________ Montagem 407


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 18.21
Montagem do teto flutuante. Diferentes tipos de estrutura provisória de
sustentação do teto flutuante durante a montagem.
Estruturas provisórias permitidas por norma25 : a), b) e c).
Estrutura provisória proibida por norma25 : d).

__________________________________________________________________ Montagem 408


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 18.22
Montagem do teto flutuante. Armazenamento, posicionamento e soldagem dos
bocais e acessórios.

__________________________________________________________________ Montagem 409


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Continua

Figura 18.23
Selo PW. Sequência de montagem.

__________________________________________________________________ Montagem 410


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 18.23
Selo PW. Sequência de montagem.

__________________________________________________________________ Montagem 411


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

18.7 Procedimentos de Montagem não Tradicionais


Apresentaremos, como ilustração, dois procedimentos de montagem com
características bem diferentes da montagem tradicional.

• Costado corrugado, soldado automaticamente na posição plana e bobinado


(corrugated shell). Teto com dobras, corrugado e construído em seções (folded-
corrugated tank roof) 83 — Figura 18.24.
• Montagem iniciada pelo teto. Cada anel do costado é soldado na posição plana e
posicionado sob o conjunto já anteriormente montado que é elevado e sustentado
por uma série de macacos — Figura 18.25.

Figura 18.24
Procedimento de montagem não tradicional. Costado corrugado e bobinado.
(Volgograd — Rússia.) 83.

__________________________________________________________________ Montagem 412


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 18.25
Procedimento de montagem não tradicional. Montagem iniciada pelo teto.

18.8 API 650 Section 7 — Erection


A Seção 7 do API 650, reproduzida a seguir, relaciona diversas exigências a
respeito da montagem de tanques de armazenamento. Chamamos atenção para os
seguintes aspectos:
• remoção de ponteamento de solda (Item 7.2.1.8);
• utilização de consumíveis básicos (Item 7.2.1.10);
• desalinhamento máximo em juntas do costado (Itens 7.2.3.1 e 7.2.3.2);
• inspeção da solda do rodo (Item 7.2.4);
• tolerâncias dimensionais (Item 7.5).

__________________________________________________________________ Montagem 413


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Seção 7 do API 650


Montagem1.

__________________________________________________________________ Montagem 414


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Seção 7 do API 650


Montagem1.

__________________________________________________________________ Montagem 415


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Seção 7 do API 650


Montagem1.

__________________________________________________________________ Montagem 416


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Seção 7 do API 650


Montagem1.

__________________________________________________________________ Montagem 417


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Seção 7 do API 650


Montagem1.

__________________________________________________________________ Montagem 418


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Seção 7 do API 650


Montagem1.

__________________________________________________________________ Montagem 419


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Seção 7 do API 650


Montagem1.

__________________________________________________________________ Montagem 420


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Seção 7 do API 650


Montagem1.

__________________________________________________________________ Montagem 421


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Seção 7 do API 650


Montagem1.

18.9 Instruções de Segurança Industrial para


Empreiteiros
A Fiscalização, o emitente da Permissão de Trabalho (conforme Norma N-
2162143) e o pessoal especializado da Segurança, Saúde e Proteção ao Meio
Ambiente podem paralisar qualquer serviço no qual se evidencie risco iminente,
ameaçando a segurança ou saúde das pessoas, o meio ambiente ou a integridade
das instalações144.

__________________________________________________________________ Montagem 422


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

CAPÍTULO XIX
QUALIFICAÇÕES,
MÉTODOS DE INSPEÇÃO E TESTES

Durante a montagem de um tanque de armazenamento, o controle da


qualidade das juntas soldadas do equipamento normalmente é realizado
utilizando-se as seguintes qualificações, métodos de inspeção e testes:

• Qualificação de Procedimentos de Soldagem


• Qualificação de Soldadores e Operadores de Soldagem
• Método de Inspeção Visual
• Método de Inspeção Radiográfica
• Método de Inspeção por Seccionamento
• Método de Inspeção por Partículas Magnéticas
• Método de Inspeção por Ultra-som
• Método de Inspeção por Líquido Penetrante
• Ensaio de Estanqueidade
• Teste Hidrostástico

19.1 Qualificação de Procedimentos de Soldagem e


Qualificação de Soldadores e Operadores de Soldagem
O fabricante e o montador devem realizar testes de qualificação dos
procedimentos de soldagem que serão utilizados no tanque de armazenamento,
mostrando a adequação e o atendimento às seguintes Normas: ASME Section IX84,
API 650 Section 91 e N-13372. Devem, também, realizar testes de qualificação da
qualidade na execução de soldas, em todos os soldadores e operadores de soldagem
participantes da construção do tanque de armazenamento, conforme previsto nas
normas anteriormente citadas (Figura 19.1).

_______________________________________ Qualificações, Métodos de Inspeção e Testes 423


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 19.1
Qualificação de soldador e operador de soldagem.

Todas as qualificações devem ser devidamente registradas conforme exigido


na Norma N-133.
A Seção 9 da Norma API 650 apresenta requisitos complementares ao
Código ASME Section IX, específicos quanto à qualificação de procedimentos, de
soldadores e operadores de soldagem em tanques de armazenamento.

Seção 9 do API 650


Qualificação de procedimentos de soldagem, de soldadores e operadores de
soldagem1.

_______________________________________ Qualificações, Métodos de Inspeção e Testes 424


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Seção 9 do API 650


Qualificação de procedimentos de soldagem, de soldadores e operadores de
soldagem1.

_______________________________________ Qualificações, Métodos de Inspeção e Testes 425


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

19.2 Método de Inspeção Visual


O ensaio visual deve ser conduzido de acordo com a Norma N-159777.
Todas as soldas do costado devem ser inspecionadas visualmente,
observando-se no mínimo os aspectos de: mordedura, reforço, desalinhamento,
limpeza da raiz e limpeza entre passes; conforme exigências da Norma API 650
(Section 8 — Item 8.5).

Seção 8 – Item 8.5 do API 650


Inspeção visual1.

19.3 Método de Inspeção Radiográfica

A inspeção radiográfica (raios X ou γ) deve ser realizada somente nas juntas


soldadas de topo, onde foram exigidas fusão e penetração completas. Desta forma,
a inspeção radiográfica (Figura 19.2) é requerida nas soldas de topo do costado, nas
soldas de topo das chapas anulares e nas soldas de topo das conexões do tipo sem
ressalto (“flush-type”). A inspeção radiográfica não é requerida nas soldas do teto,
nas soldas do fundo (miolo e miolo com as chapas anulares), nas soldas do teto
com a cantoneira de topo do costado, nas soldas da cantoneira de topo com as
chapas do costado, nas soldas do costado com o fundo e nas soldas de acessórios.
A execução do ensaio radiográfico deve ser conduzida de acordo com a
Norma N-159575.

_______________________________________ Qualificações, Métodos de Inspeção e Testes 426


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 19.2
Inspeção radiográfica.

19.3.1 Número e Localização das Radiografias

19.3.1.1 API 650 Corpo de Norma1


Para tanques dimensionados pelo API 650, Corpo de Norma, adota-se o
seguinte critério para determinação da quantidade e localização das radiografias
(Figura 19.3: Figura 8-1 do API 650 – Section 8):
a) juntas verticais do costado
a.1) soldas de topo com espessura mais fina da chapa do costado menor ou igual a
3/8 in (Figura 19.3a): Deve ser tirada uma radiografia nos primeiros 10 ft (~3 m)
de junta vertical soldada, para cada tipo e espessura, executada por cada soldador
ou operador de soldagem. Em prosseguimento, e independentemente do número
de soldadores em serviço, deve ser tirada uma radiografia adicional para cada 100
ft (~30 m) de junta soldada vertical, do mesmo tipo e espessura (Figura 19.3a —
Nota 1). No mínimo 25% dos pontos inspecionados devem estar nas interseções
com as juntas horizontais e com um mínimo de 2 interseções deste tipo por tanque.
Além dos requisitos anteriores, e posicionada de forma aleatória, deve ser tirada
mais uma radiografia em cada junta soldada vertical do primeiro anel do costado
(Figura 19.3a — Nota 3);
a.2) soldas de topo com espessura mais fina da chapa do costado acima de 3/8 in e,
até, inclusive 1 in (Figura 19.3b): Além das radiografias exigidas pelo item anterior,
devem ser radiografadas todas as interseções com as juntas horizontais envolvendo
chapas nesta faixa de espessura (Figura 19.3b — Nota 4). Devem ser tiradas 2
radiografias para cada junta vertical soldada do primeiro anel do costado, uma
posicionada o mais próximo possível do fundo (Figura 19.3b — Nota 5) e outra
aleatoriamente (Figura 19.3b — Nota 3);
a.3) as juntas verticais do costado, contendo chapas de espessura acima de 1 in,
devem ser totalmente radiografadas (Figura 19.3c — Nota 6). Devem ser também
radiografadas todas as interseções com as juntas horizontais envolvendo chapas
nesta faixa de espessuras (Figura 19.3c — Nota 4);
a-4) as soldas da periferia de chapas de reforço tipo insert plate (Figura 19.4),
devem ser radiografadas em toda sua extensão.

_______________________________________ Qualificações, Métodos de Inspeção e Testes 427


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

b) juntas horizontais do costado


Deve ser tirada uma radiografia nos primeiros 10 ft de junta horizontal soldada,
para cada tipo e espessura, independentemente do número de soldadores ou
operadores em trabalho. Em prosseguimento, uma radiografia adicional deve ser
tirada para cada 200 ft (~60 m) de junta horizontal do mesmo tipo e espessura
(Figuras 19.3a, b e c — Nota 2). A espessura anteriormente referida é a da chapa
mais fina da junta horizontal considerada. É importante frisar que neste controle
não estão incluídas as radiografias das interseções exigidas anteriormente para as
juntas verticais do costado;
c) as chapas são consideradas de mesma espessura quando a diferença entre suas
espessuras for igual ou inferior a 0,125 in (~3 mm);
d) quando diversos tanques são montados num mesmo local, simultaneamente ou
consecutivamente, o número de radiografias pode ser determinado levando-se em
consideração o comprimento global de solda do mesmo tipo e espessura, ao invés
de considerar cada tanque separadamente. A Norma N-27125 exige, entretanto, que
a amostragem de radiografias seja feita por tanque;
e) é frequente a utilização de mais de um soldador ou operador na soldagem da
mesma junta de topo do costado. A inspeção, neste caso, pode ser realizada com
uma única radiografia. Entretanto, quando um defeito for detectado, outras
radiografias devem ser tiradas para determinação da responsabilidade do defeito.
Neste aspecto, a Norma N-27125 é mais rigorosa, exigindo que a inspeção
radiográfica seja realizada por cada soldador ou operador de soldagem;
f) tanto quanto possível, um número igual de radiografias deve ser tirado do
trabalho de cada soldador ou operador, exceto quando a quantidade de trabalho de
determinado soldador ou operador for muito inferior à média do grupo;
g) após a conclusão da soldagem, as radiografias devem ser tiradas tão cedo quanto
possível. Os pontos a serem radiografados devem ser localizados pela fiscalização
do comprador do equipamento. O montador deve fornecer um desenho de
desenvolvimento do equipamento, mostrando a quantidade, localização e
interpretação das diversas radiografias tiradas;
h) cada radiografia deve mostrar nitidamente um comprimento mínimo de 6 in de
cordão de solda. O filme deve estar centrado na solda e ter largura suficiente para
permitir a colocação adequada das marcas de identificação e dos penetrômetros. A
Norma N-27125 exige a utilização de filmes com 17 in (~432 mm) de comprimento;
i) as juntas de topo e radiais, das chapas anulares do fundo, devem apresentar
penetração total e fusão completa. Devem ser radiografadas pelo menos 10% das
juntas duplamente soldadas (soldadas pelos dois lados). Para as juntas
simplesmente soldadas, com cobre-junta, devem ser radiografadas pelo menos 50%
das juntas soldadas. As radiografias devem ser localizadas, de preferência, na
região de apoio da chapa do costado. O comprimento mínimo da radiografia deve
ser 6 in. Para as chapas anulares, duplamente soldadas (sem cobre-junta), a Norma
N-27125 exige que pelo menos 10% das juntas soldadas sejam radiografadas, com
um mínimo de uma junta por soldador e de duas juntas por tanque devem ser
inspecionadas. Se algum defeito for detectado, mais duas juntas soldadas pelo
mesmo soldador devem ser radiografadas.
_______________________________________ Qualificações, Métodos de Inspeção e Testes 428
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

a)

b)

c)

Figura 19.3
Inspeção radiográfica do costado. Número e localização das radiografias, exigências
do API 650, Corpo de Norma: Seção 8, Figura 8-1 do API 6501.

_______________________________________ Qualificações, Métodos de Inspeção e Testes 429


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 19.4
Chapas de reforço tipo Insert Plate. Radiografar totalmente a solda de topo com o
costado.

19.3.1.2 API 650 Apêndice A1


Para tanques dimensionados pela Norma API 650 Apêndice A, quando a
inspeção radiográfica for requerida (E = 0,85), adota-se o seguinte critério para
determinação da quantidade e localização das radiografias:
a) junta verticais do costado: análogo ao exigido no corpo de norma, descrito
anteriormente no Item 19.3.1.1 (a.1) desta apostila, excluindo-se a limitação de
espessura da chapa do costado de 3/8 in e a radiografia adicional em cada junta
soldada vertical do primeiro anel do costado;
b) juntas horizontais do costado: exatamente igual ao exigido pelo corpo da
norma.

19.3.1.3 NBR 7821 Corpo de Norma2

A extensão do ensaio radiográfico é idêntica à exigida pelo Apêndice A do API


650.

19.3.1.4 NBR 7821 Anexo E e Anexo G2

A extensão do ensaio radiográfico é idêntica à exigida pelo API 650 Corpo de


Norma.

19.3.1.5 BSI BS EN 1401517

A extensão do ensaio radiográfico para as soldas do costado deve ser


conforme Tabela 30 (aço carbono e aço carbono-manganês) e Tabela 31 (aço
inoxidável) da BSI BS EN 14015.

_______________________________________ Qualificações, Métodos de Inspeção e Testes 430


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabela 30 da BSI BS 14015


Extensão da inspeção radiográfica no costado. Aço carbono e aço carbono-
manganês17.

Tabela 31 da BSI BS 14015


Extensão da inspeção radiográfica no costado. Aços inoxidáveis17.

_______________________________________ Qualificações, Métodos de Inspeção e Testes 431


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

19.3.2 Técnica Radiográfica e Critério de Aceitação

Pela Norma API 650 o método de ensaio radiográfico deve estar de acordo
com o ASME Boiler and Pressure Vessel Code, Section V, “Nondestructive
Examination”, Article 285.
A execução do ensaio radiográfico deve ser conduzida de acordo com a
Norma N-159575.
O reforço máximo de uma solda a ser radiografada é dado pelo Item 8.1.3.4
do API 650.

Item 8.1.3.4 do API 650


Reforço máximo tolerado em solda a ser radiografada1.

O critério de aceitação para soldas inspecionadas pelo método radiográfico


deve ser conforme os requisitos do ASME Boiler and Pressure Vessel Code, Section
VIII, Division 1, Paragraph UW-51 (b).

ASME VIII — Division 1 — Páragrafo UW-51 (b)


Inspeção radiográfica. Critério de aceitação31.

_______________________________________ Qualificações, Métodos de Inspeção e Testes 432


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

ASME VIII — Division 1 — Appendix 4


Indicações arredondadas. Critério de aceitação31.

_______________________________________ Qualificações, Métodos de Inspeção e Testes 433


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

ASME VIII — Division 1 — Appendix 4


Rounded indications charts.
Indicações arredondadas. Critério de aceitação31.

_______________________________________ Qualificações, Métodos de Inspeção e Testes 434


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

ASME VIII — Division 1 — Appendix 4


Rounded indications charts.
Indicações arredondadas. Critério de aceitação31.

_______________________________________ Qualificações, Métodos de Inspeção e Testes 435


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

ASME VIII — Division 1 — Appendix 4


Rounded indications charts.
Indicações arredondadas. Critério de aceitação31.

_______________________________________ Qualificações, Métodos de Inspeção e Testes 436


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

ASME VIII — Division 1 — Páragrafo UW-51 (b)


Inspeção radiográfica. Critério de aceitação. Quadro resumo31.
_______________________________________ Qualificações, Métodos de Inspeção e Testes 437
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

19.3.3 Determinação dos Limites de uma Solda Defeituosa


A determinação dos limites de uma solda defeituosa deve ser realizada
conforme item 8.1.6 do API 650.

Item 8.1.6 do API 650


Determinação dos limites de uma solda defeituosa1.

19.3.4 Reparo de Soldas Defeituosas


Os defeitos detectados devem ser totalmente removidos mecanicamente
(esmerilhamento ou disco de corte) ou por fusão (goivagem). A remoção deve ser a
estritamente necessária para a correção dos defeitos.
O procedimento de reparo deve ser sempre submetido à aprovação da
fiscalização. Todas as soldas reparadas devem ser re-inspecionadas em toda a sua
extensão e mais 75 mm para cada lado do reparo25.

19.4 Método de Inspeção por Seccionamento


É um método destrutivo de inspeção das juntas soldadas. Consiste na
retirada de corpos de prova, por trepanação, contendo parte de ambas as chapas da
junta soldada. Depois da retirada, os corpos de prova são tratados quimicamente e
examinados para verificação da existência de defeitos. Após exame, todos os cortes
realizados, para retirada dos corpos de prova, devem ser fechados utilizando-se um
procedimento devidamente qualificado.
Em tanques de armazenamento, o método de inspeção por seccionamento
praticamente só é utilizado como decisão final para aceitação ou rejeição das soldas
de ângulo nas quais a inspeção visual indicou a possibilidade de soldas
insatisfatórias. Pela Norma API 650, a fiscalização de montagem tem o direito de
retirar 1 corpo de prova para cada 100 ft de solda de ângulo executada.
Atualmente, o método de seccionamento para o controle da qualidade das
juntas soldadas de topo do costado não é mais prática recomendada.

_______________________________________ Qualificações, Métodos de Inspeção e Testes 438


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

19.5 Método de Inspeção por Partículas Magnéticas


A execução do ensaio por meio de partículas magnéticas (Figura 19.5) deve
ser conforme a Norma N-159878. Pelo API 650, o método de inspeção por
partículas magnéticas deve ser realizado conforme Item 8.2, reproduzido a seguir.
Para materiais submetidos a teste de impacto, todos os locais de soldas provisórias,
depois da devida remoção, devem ser inspecionados por partículas magnéticas ou
líquido penetrante25.

Figura 19.5
Inspeção por partículas magnéticas.

Item 8.2 do API 650


Método de inspeção por partículas magnéticas1.

_______________________________________ Qualificações, Métodos de Inspeção e Testes 439


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

ASME VIII — Division 1 — Appendix 6


Método de inspeção por partículas magnéticas31.

_______________________________________ Qualificações, Métodos de Inspeção e Testes 440


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

19.6 Método de Inspeção por Ultra-Som


A execução do ensaio por ultra-som (Figura 19.6) deve ser conforme a
Norma N-1594104. Pelo API 650, o método de inspeção por ultra-som deve ser
realizado conforme descrito no Item 8.3.
O Apêndice U do API 650 – Ultasonic Examination in lieu of radiography
permite a substituição integral do ensaio radiográfico pelo ensaio por ultra-som na
inspeção de juntas soldadas com espessura, da chapa mais fina da união soldada,
igual ou superior a 10 mm (3/8 in).

Figura 19.6
Inspeção por ultra-som.

_______________________________________________

Item 8.3 e Item 7.3.2.1 do API 650


Método de inspeção por ultra-som1.
_______________________________________ Qualificações, Métodos de Inspeção e Testes 441
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Apêndice U do API 650


Método de inspeção por ultra-som1.

_______________________________________ Qualificações, Métodos de Inspeção e Testes 442


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Apêndice U do API 650


Método de inspeção por ultra-som1.

_______________________________________ Qualificações, Métodos de Inspeção e Testes 443


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Apêndice U do API 650


Método de inspeção por ultra-som1.

_______________________________________ Qualificações, Métodos de Inspeção e Testes 444


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Apêndice U do API 650


Método de inspeção por ultra-som1.

19.7 Método de Inspeção por Líquido Penetrante


A execução do ensaio por meio de líquido penetrante deve ser conforme a
Norma N-159676. Pelo API 650, o método de inspeção por líquido penetrante deve
ser realizado conforme Item 8.4.

Item 8.4 do API 650


Método de inspeção por líquido penetrante1.

_______________________________________ Qualificações, Métodos de Inspeção e Testes 445


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

ASME VIII — Division 1 — Appendix 8


Método de inspeção por líquido penetrante31.

_______________________________________ Qualificações, Métodos de Inspeção e Testes 446


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

19.8 Ensaio de Estanqueidade


A Norma N-159374 fixa as condições exigíveis na realização do ensaio de
estanqueidade por meio de passagem de gases pressurizados (formação de bolhas)
ou pela penetração de líquidos por capilaridade. A função única do ensaio de
estanqueidade é a detecção de eventuais vazamentos, não visando à análise da
resistência mecânica, deformação ou recalques estruturais. Sob a designação de
ensaio de estanqueidade, podemos identificar os seguintes tipos de ensaio:
a) ensaio de formação de bolhas com pressão positiva (Figura 19.7):
normalmente utilizado na inspeção das soldas das chapas de reforço das aberturas
do costado (pressão de ensaio até 15 psig) e na inspeção das soldas das bóias do
teto flutuante tipo buoy-roof (pressão de ensaio até 2 psig);

Figura 19.7
Ensaio de estanqueidade. Pressão positiva. Chapa de reforço de um bocal74.

b) ensaio de formação de bolhas com pressão negativa (Figura 19.8):


normalmente utilizado na inspeção das soldas do teto e do fundo de um tanque de
armazenamento. A caixa de vácuo deve ter dimensões convenientes e uma vedação
adequada para possibilitar a formação de vácuo parcial durante o ensaio, conforme
descrito no Item 8.6 do API 650;

Figura 19.8
Ensaio de estanqueidade. Pressão negativa. Caixa de vácuo74.

_______________________________________ Qualificações, Métodos de Inspeção e Testes 447


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item 8.6 do API 650


Ensaio de estanqueidade. Pressão negativa. Caixa de vácuo1.

_______________________________________ Qualificações, Métodos de Inspeção e Testes 448


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

c) ensaio de capilaridade: normalmente utilizado na inspeção da solda interna


entre o costado e o fundo do tanque de armazenamento, antes da execução da solda
externa. É também utilizado na inspeção das soldas de ângulo das câmaras
estanques dos tetos flutuantes. O líquido de ensaio deve ter alto efeito de
capilaridade, sendo frequentemente utilizado o óleo diesel ou querosene. Caso seja
necessário o uso de um revelador, este deve ser de grande eficiência de absorção e
propiciar contraste adequado para visualização das descontinuidades. Os
reveladores comumente utilizados são: tinta à base de alvaiade, talco ou revelador
empregado no ensaio com líquido penetrante.
O emprego do ensaio de capilaridade, em substituição ao teste hidrostático,
para inspecionar as juntas soldadas do costado de um tanque de armazenamento,
só pode ser aceito no caso de total impossibilidade de obtenção da quantidade de
água para realização do teste hidrostático.

19.9 Teste Hidrostático


Todos os tanques devem ser testados hidrostaticamente25. O teste
hidrostático visa verificar a estanqueidade das soldas do costado e a qualidade da
fundação do equipamento. O teste hidrostático visa, também, para os tanques de
teto flutuante, verificar a flutuabilidade do teto.
O teste hidrostático normalmente requer grande quantidade de água, cujo
fornecimento deve ser previsto com antecedência. O emprego de água salgada não
é recomendável, pois poderá provocar severa corrosão interna no equipamento.
Pinos para controle de recalque, de acordo com a Norma N-180716, devem ser
fixados à base do tanque antes da realização do teste hidrostático.
As juntas das portas de limpeza e das bocas de visita, instaladas antes do teste
hidrostático, devem ser provisórias.
Para tanques de teto fixo, o enchimento deve ser realizado até 2 in (~50 mm)
acima da parte superior da cantoneira do topo do costado (Figura 19.9). Para
tanques de topo aberto, o enchimento deve ser realizado até a parte superior da
cantoneira de topo do costado ou até um vertedouro (ladrão), limitante da altura
máxima de enchimento do equipamento. Nos tanques de teto flutuante o
enchimento máximo não deve colocar em risco a movimentação nem a
flutuabilidade do teto do equipamento.

Figura 19.9
Teste hidrostático. Tanque de teto fixo. Altura de enchimento1.

_______________________________________ Qualificações, Métodos de Inspeção e Testes 449


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Na realização do teste hidrostático, as seguintes condições devem ser


verificadas, conforme exigido pela Norma N-27125:
a) adequação da temperatura da água de teste, conforme material das chapas do
costado, de acordo com a Tabela 19.1;
b) disponibilidade de água doce. Utilizando-se água salgada, é obrigatório o
emprego de inibidor de corrosão;
c) condição de segurança do local antes e durante o teste, incluindo o fechamento
dos diques da bacia de contenção;
d) abertura das válvulas dos drenos articulados do teto flutuante;
e) funcionamento da escada articulada do teto flutuante;
f) estanqueidade dos drenos articulados do teto flutuante;
g) possíveis vazamentos no fundo, costado e teto (inclusive no interior dos
compartimentos do teto flutuante). Quando houver suspeita de vazamento no
fundo recomenda-se o uso de corantes na água para facilitar a detecção;
h) possíveis deformações no costado;
i) deslocamento do teto flutuante, devendo o teto baixar até a altura de operação;
j) espaçamento entre costado e o teto flutuante, devendo tal valor respeitar a
tolerância da projetista do selo de vedação;
l) avaliação do recalque da base.
Nota: As alíneas a), b), c) e d) devem ser verificadas antes do teste hidrostático.

TEMPERATURA DA ÁGUA ( θ )
MATERIAL
0ºC ≤ θ < 10ºC 10ºC ≤ θ ≤ 15ºC θ > 15ºC
ASTM A 283 GR C
e ≤ 12,5 mm e ≤ 25 mm Qualquer espessura
ASTM A 36 sem Mn controlado

ASTM A 131 GR B e ≤ 25 mm Qualquer espessura Qualquer espessura

ASTM A 573 GR 58 Qualquer espessura Qualquer espessura Qualquer espessura

ASTM A 36 com Mn controlado Qualquer espessura Qualquer espessura Qualquer espessura


Tabela 19.1
Temperatura mínima da água de teste hidrostático 25.

Qualquer vazamento revelado durante o teste hidrostático deve ser reparado


antes do prosseguimento do mesmo, conforme recomendações da Norma API 650
(Section 7 — Item 7.4.4). O procedimento de reparo deve ser submetido à
aprovação da fiscalização de montagem do equipamento.
Após realização do teste hidrostático o interior do equipamento deve ser
perfeitamente limpo.

Item 7.4.4 do API 650


Reparos durante o teste hidrostático1.
_______________________________________ Qualificações, Métodos de Inspeção e Testes 450
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

CAPÍTULO XX
PINTURA
E
PROTEÇÃO CATÓDICA
20.1 Pintura92
Um tanque de armazenamento só deve ser pintado após o teste
hidrostático25.
A aplicação da pintura em tanques de armazenamento deve atender,
principalmente, aos requisitos das seguintes normas:
• ABNT NBR 1484786: Inspeção de serviços de pintura em superfícies
metálicas - Procedimento
• N-1387: Requisitos Técnicos para Serviços de Pintura
• N-120140: Revestimentos Anticorrosivos para Área Interna de Tanques de
Armazenamento
• N-120541: Pintura Externa de Tanque
A pintura de um tanque de armazenamento abrange uma série de operações:
1) Inspeção visual (Figura 20.1): segundo a Norma ABNT NBR 1518588;
anotando os pontos contendo imperfeições decorrentes de corte e soldagem,
vestígios de óleo, graxa, cimento, concreto, gordura, carepa de laminação, pontos
de corrosão e outros materiais estranhos. O grau de corrosão da superfície
inspecionada deve ser classificado (A, B, C ou D) conforme padrões visuais da
norma ISO 8501-189. Anotar, os pontos em que a pintura, se existente, estiver
danificada.
2) Limpeza por compostos químicos: segundo a Norma ABNT NBR 1515890;
atuando nas superfícies contaminadas através de solventes, emulsões,
desengraxantes, detergentes, água, vapor ou outros materiais e métodos por ação
físico-química.
3) Tratamento da superfície a pintar (Figura 20.2): segundo a Norma N-991,
por meio de jato abrasivo (granalha de aço, óxido de alumínio sinterizado ou outros
abrasivos) ou hidrojateamento (água sob alta pressão), retirando crostas de
ferrugem, restos de carepa de laminação e deixando a superfície a pintar com o

____________________________________________________ Pintura e Proteção Catódica 451


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

acabamento exigido (Figura 20.3). Conforme Portaria do Ministério do Trabalho


No 99 e Norma Regulamentadora No 15 (NR-15), o processo de jateamento que
utilize areia seca ou úmida está proibido em todos os estados da federação
nacional. O hidrojateamento só deve ser utilizado em serviços de manutenção.
4) Aplicação da tinta de fundo (Figura 20.4).
5) Aplicação da tinta de acabamento (Figura 20.5).
6) Controle da continuidade de película (Figura 20.6): com o emprego de
detector de descontinuidades, conforme a Norma N-2137118.

Figura 20.1
Graus de intemperismo — Padrões visuais — Normas ISO 8501-189 e N-991.

____________________________________________________ Pintura e Proteção Catódica 452


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

a)

b)

Figura 20.2
Tratamento da superfície a pintar. a) Jato abrasivo. b) Hidrojateamento.

____________________________________________________ Pintura e Proteção Catódica 453


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 20.3 Continua


Graus de preparação de superfícies de aço com jato abrasivo89, 91.

____________________________________________________ Pintura e Proteção Catódica 454


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 20.3 Continua


Graus de preparação de superfícies de aço com jato abrasivo89, 91.

____________________________________________________ Pintura e Proteção Catódica 455


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 20.3 Continua


Graus de preparação de superfícies de aço com jato abrasivo89, 91.

____________________________________________________ Pintura e Proteção Catódica 456


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

NACE VIS 7
SSPC -VIS 4

N-9

Figura 20.3
Graus de preparação de superfícies por hidrojateamento91, 128, 177, 179.

____________________________________________________ Pintura e Proteção Catódica 457


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item 3.4.4 da N-9


Graus de preparação de superfícies por hidrojateamento91, 170, 179.

Figura 20.4
Aplicação da tinta de fundo.

____________________________________________________ Pintura e Proteção Catódica 458


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 20.5
Aplicação da tinta de acabamento.

Figura 20.6
Controle da continuidade de película. Holiday Detector118.

Apesar da Norma N-271 exigir que o tanque seja pintado após o teste
hidrostático, em algumas situações, como por exemplo: evitar o jateamento
abrasivo e acelerar a aplicação do sistema de pintura no canteiro de obra justifica-
se a preparação da superfície a pintar e a aplicação da tinta de fundo já na oficina
do fabricante do equipamento (Figuras 20.7 e 20.8). Evidentemente, as regiões que
serão soldadas (bordas das chapas) só receberão o preparo e a aplicação do
esquema de pintura no canteiro de obra. Neste caso, é fundamental o cuidado no
manuseio e transporte da chaparia anteriormente pintada.

____________________________________________________ Pintura e Proteção Catódica 459


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 20.7
Jateamento abrasivo e aplicação de tinta de fundo na chaparia do costado.
Operações previamente realizadas na oficina do fabricante do equipamento.

Figura 20.8
Montagem de tanque de armazenamento com chaparia do costado previamente
pintada (tinta de fundo) na oficina do fabricante. a) Costado pintado externamente
(todos os anéis). b) Costado pintado internamente (somente 1º anel). c) Retoque
nas regiões soldadas (soldas definitivas e soldas provisórias).

____________________________________________________ Pintura e Proteção Catódica 460


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

20.1.1 Pintura Interna


Quando o teto fixo for pintado internamente, a Norma N-27125 exige que a
estrutura de sustentação seja devidamente pintada antes da colocação das chapas
do teto. A área central de cada chapa deve ser pintada antes da montagem, sendo as
bordas pintadas após soldagem. Em tanques de teto flutuante, a Norma N-27125
recomenda a retirada do selo PW antes da pintura do teto.
O esquema de pintura interna deve ser selecionado pela N-120140, levando-
se em conta o tipo de tanque de armazenamento (teto fixo ou flutuante), o
ambiente corrosivo, o produto armazenado e a temperatura de armazenamento
(Figura 20.9). Como ilustração, reproduziremos parte da Norma N-1201 com as
informações necessárias para seleção do esquema de pintura interna de um tanque
de armazenamento.

Figura 20.9
Pintura interna de um tanque de armazenamento de petróleo na área de
abastecimento-refino da PETROBRAS40.

Observações: - A Norma N-1204 foi substituída pelas normas ABNT NBR 14847 e ABNT NBR 15185.
- A Norma N-5 foi substituída pela norma ABNT NBR 15158.

Itens 3.6 e 3.7 da N-1201


Preparo da superfície a pintar.
Seleção do esquema de pintura interna de um tanque de armazenamento40.

____________________________________________________ Pintura e Proteção Catódica 461


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabela 1 da N-1201
Preparo da superfície a pintar.
Seleção do esquema de pintura interna de um tanque de armazenamento40.

Item 4 da N-1201
Seleção do esquema de pintura interna de um tanque de armazenamento40.

____________________________________________________ Pintura e Proteção Catódica 462


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Continua

Item 4 da N-1201
Seleção do esquema de pintura interna de um tanque de armazenamento40.

____________________________________________________ Pintura e Proteção Catódica 463


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item 4 da N-1201
Seleção do esquema de pintura interna de um tanque de armazenamento40.

20.1.2 Pintura Externa


Os esquemas de pintura externa (Figura 20.10), normalizados pela N-
120541, foram estabelecidos levando-se em conta a redução das perdas por
evaporação, os ambientes corrosivos, as temperaturas que o tanque esteja sujeito e
se possui ou não isolamento térmico. Como ilustração, reproduziremos parte da
Norma N-1205 com as informações necessárias para seleção do esquema de
pintura externa de um tanque de armazenamento.

a) b)

Figura 20.10
Pintura externa de tanques de armazenamento. a) Teto fixo. b) Teto flutuante.

____________________________________________________ Pintura e Proteção Catódica 464


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Observações: - A Norma N-1204 foi substituída pelas normas ABNT NBR 14847 e ABNT NBR 15185.
- A Norma N-5 foi substituída pela norma ABNT NBR 15158.

Item 3.7, Item 3.8 e Tabela 1 da N-1205


Preparo da superfície a pintar.
Seleção do esquema de pintura externa de um tanque de armazenamento41.

Item 4 da N-1205
Seleção do esquema de pintura externa de um tanque de armazenamento41.

____________________________________________________ Pintura e Proteção Catódica 465


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item 4 da N-1205
Seleção do esquema de pintura externa de um tanque de armazenamento41.

____________________________________________________ Pintura e Proteção Catódica 466


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item 4 da N-1205
Seleção do esquema de pintura externa de um tanque de armazenamento41.

____________________________________________________ Pintura e Proteção Catódica 467


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item 4 da N-1205
Seleção do esquema de pintura externa de um tanque de armazenamento41.

____________________________________________________ Pintura e Proteção Catódica 468


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item 4 da N-1205
Seleção do esquema de pintura externa de um tanque de armazenamento41.

____________________________________________________ Pintura e Proteção Catódica 469


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

20.2 Proteção Catódica


Um tanque de armazenamento pode ser protegido catodicamente93, 119
desde que o fluido, ao qual esteja em contato, seja condutor. Em tanques de
armazenamento, a proteção catódica normalmente é aplicada interna e/ou
externamente ao fundo do equipamento. São as seguintes as principais normas
adotadas:
• API RP 651 – Cathodic Protection of Aboveground Petroleum Storage
Tanks171
• NACE RP 193 – External Cathodic Protection of On-Grade Carbon Steel
Storage Tank Bottoms172
• NACE SP 388 – Impressed Current Cathodic Protection of Internal
Submerged Surfaces of Carbon Steel Water Storage Tanks173
• PETROBRAS N-1983 – Apresentação de Projeto de Sistema de Proteção
Catódica129
• PETROBRAS N-2608 – Retificadores para Proteção Catódica174

20.2.1 Proteção Catódica Interna


Os tanques de armazenamento de petróleo normalmente apresentam certa
quantidade de água salgada no fundo e, portanto, podem receber proteção catódica
nessa região. Para outros produtos, a necessidade de proteção catódica é definida
em função da existência de água, dos valores de resistividade, das condições de
aeração etc.
O tipo de proteção normalmente adotado é a proteção catódica
galvânica com anodos de zinco ou alumínio (Figuras 20.11 e 20.12). Anodos de
magnésio são utilizados apenas quando o produto armazenado for água doce.

Figura 20.11
Proteção catódica galvânica no interior de tanques. Distribuição típica de anodos
no fundo do equipamento93.

____________________________________________________ Pintura e Proteção Catódica 470


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 20.12
Proteção catódica galvânica. Anodos175.

Desta forma, a proteção interna anticorrosiva do fundo de tanques de


armazenamento de petróleo e seus derivados é normalmente realizada, de maneira
econômica, com uma pintura de excelente qualidade (prolongando-se ao costado
até uma altura de 1 m) e, complementada, caso necessário, por uma proteção
catódica galvânica (Figura 20.13).

Figura 20.13
Proteção interna anticorrosiva do fundo de tanques de armazenamento. Pintura e
proteção catódica galvânica.

____________________________________________________ Pintura e Proteção Catódica 471


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

20.2.2 Proteção Catódica Externa


Apenas os tanques montados sobre bases de concreto elevadas e com
excelente impermeabilização, entre a base e a chaparia do fundo, podem ser
considerados isentos de corrosão externamente ao fundo. Desta forma, do ponto de
vista econômico, é normalmente interessante o emprego de proteção catódica
externamente ao fundo do equipamento.
O tipo de proteção mais utilizado é por corrente impressa (Figura 20.14).

Figura 20.14
Proteção catódica por corrente impressa.
a) Retificador para proteção catódica por corrente impressa.
b) Esquemas típicos de leitos de anodos93.

____________________________________________________ Pintura e Proteção Catódica 472


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

20.2.3 Critérios de Proteção


Os potenciais de proteção tradicionalmente considerados, em proteção
catódica, são os seguintes:
a) – 0,85 V em relação à semicélula Cu/CuS04 (Figura 20.15) ;
b) – 0,80 V em relação à semicélula Ag/Ag Cl (Figura 20.16).

Para tanques de grande diâmetro, a maior dificuldade consiste em garantir a


proteção externa na parte central do fundo do equipamento. Um critério
normalmente adotado é procurar atingir, na borda do equipamento, um potencial
da ordem de – 1,0 V em relação à semicélula Cu/CuS04. Desta forma, tenta-se obter
o potencial de proteção de – 0,85 V na parte central do equipamento. O ideal, na
realidade, é colocar permanentemente um eletrodo de referência na parte central
do fundo do equipamento para garantir a obtenção do potencial de proteção nessa
região.

Figura 20.15
Semicélula Cu/CuS04175

Figura 20.16
Semicélula Ag/Ag Cl 175

____________________________________________________ Pintura e Proteção Catódica 473


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 20.17
Leitura de potencial eletroquímico. Valor registrado abaixo do mínimo necessário à
proteção do tanque176.

O projeto de um sistema de proteção catódica de um tanque de


armazenamento deverá atender os requisitos constantes da Norma N-1983129.

____________________________________________________ Pintura e Proteção Catódica 474


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

CAPÍTULO XXI

OPERAÇÃO

Após conclusão da construção de um parque de tancagem de petróleo e seus


derivados, o proprietário deverá solicitar à Agência Nacional de Petróleo – ANP
uma vistoria das suas instalações e a emissão da autorização de operação. Para
vistoria inicial da ANP os seguintes documentos deverão estar disponíveis no
canteiro de obras180:
• Alvará de funcionamento emitido pela Prefeitura Municipal;
• Licença de operação emitida pelo órgão do meio ambiente competente;

• Certificado de arqueação e tabela volumétrica dos tanques de


armazenamento, emitidos pelo INMETRO.
Arqueação é o conjunto de operações efetuadas com vistas a determinar a
capacidade de um tanque de armazenamento até um ou vários níveis de
enchimento.
Certificado de Arqueação é o documento de caráter oficial que acompanha a
tabela volumétrica, certificando que foi procedida a arqueação do tanque de
armazenamento com vistas a atender às exigências da ANP.
Tabela Volumétrica é a tabela que representa a função matemática v(h),
sendo h a altura e v o volume do tanque de armazenamento.

A arqueação dos tanques de armazenamento é obrigatória para as indústrias


de petróleo, químicas e petroquímicas, de acordo com a Portaria Conjunta
ANP/INMETRO No 001/2000. A arqueação deve ser feita a cada 10 anos,
compulsoriamente, e sempre que haja alguma intervenção no tanque que acarrete
alteração no seu volume.

Um órgão operacional, normalmente, realiza as seguintes tarefas em


tanques de armazenamento:
___________________________________________________________________ Operação 475
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

21.1 Medição
As seguintes medições são normalmente as principais realizadas em um
tanque de armazenamento (Figuras 21.1 e 21.2):
• de nível: determinando o volume e o peso de produto armazenado, o nível
da interface com água e o volume de sedimentos;
• da temperatura média do produto armazenado;
• da pressão de vapor do produto armazenado;
• da densidade do produto armazenado.

a) b)

Figura 21.1
Medição e retirada de amostra. a) Operação manual. b) Automação149.

___________________________________________________________________ Operação 476


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

21.2 Retirada de Amostra


As amostras devem ser retiradas de tal forma a representar, o máximo
possível, o produto armazenado (Figuras 21.1 e 21.2). As amostras são
encaminhadas ao laboratório para análise da qualidade do produto armazenado e
determinação de suas características físicas (densidade, PVR etc.).

a) b) c)

d) e)

f) g)

Figura 21.2
Medição e retirada de amostra181. a) Escotilha de medição e retirada de amostra.
b) Amostrador e régua de medição no costado. c) Medição de nível. Sistema antigo.
d) Sistema de amostragem com bombeamento manual para retorno do produto ao
tanque. e) Amostrador tipo fole. f) Amostrador na boca de visita do costado.
g) Medição de temperatura. Termômetro.

___________________________________________________________________ Operação 477


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

21.3 Drenagem
A água acumulada no fundo do equipamento ou sobre o teto flutuante deve
ser drenada para a bacia de contenção ou, de preferência, para o sistema de água
oleosa da unidade (Figura 21.3).

a)

b)
Figura 21.3
Drenagem. a) Bacia de contenção. b) Separador de água e óleo.

21.4 Movimentação de Produto


O produto armazenado é movimentado por meio de bombas e operações
com válvulas (Figura 21.4). Sempre que possível, um tanque deve armazenar um
mesmo produto para evitar problemas de contaminação.

Figura 21.4
Movimentação do produto.
___________________________________________________________________ Operação 478
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

21.5 Preparação para Limpeza


Um tanque de armazenamento deve ser retirado de operação quando houver
necessidade de uma inspeção geral do equipamento ou quando a quantidade de
sedimentos (borra), formada no seu interior, começar a prejudicar a qualidade ou a
movimentação do produto armazenado (Figura 21.5).

Figura 21.5
Formação de borra no interior de um tanque de armazenamento.

A preparação para limpeza consiste de uma série de operações, se possível


através da injeção e retirada de água, visando deixar o equipamento com a menor
quantidade possível de produto armazenado. Durante a preparação para limpeza
deve-se rigorosamente observar todos os requisitos de segurança. Um tanque de
armazenamento só deve ser entregue à manutenção, para limpeza, quando for
comprovada a inexistência de mistura explosiva no interior do equipamento. Tal
verificação é realizada por meio de explosímetros (Figura 21.6).

A Figura 21.7 ilustra o interior de um tanque de armazenamento liberado


pela segurança e pronto para o início dos serviços de manutenção e inspeção.

___________________________________________________________________ Operação 479


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

a) b)

Figura 21.6
Explosímetros. a) Modelo antigo. b) Modelo digital182.

Figura 21.7
Interior de um tanque de armazenamento retirado de operação.

___________________________________________________________________ Operação 480


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

CAPÍTULO XXII

MANUTENÇÃO

A manutenção de tanques de armazenamento consiste, principalmente, na


realização das seguintes tarefas:

• limpeza interna;
• limpeza externa;
• reparos na chaparia do fundo, costado e teto;
• reparos na pintura;
• reparos no isolamento térmico;
• reparos no sistema de selagem e no sistema de drenagem do teto flutuante;
• reparos no sistema de proteção catódica;
• reparos nos bocais e acessórios.

22.1 Limpeza

22.1.1 Limpeza Interna


A limpeza interna94, 133, 134 consiste na remoção da borra depositada no
fundo do equipamento. A frequência de realização da limpeza interna depende do
produto armazenado e das impurezas contidas. A utilização de misturadores
mantém a maior parte das impurezas em suspensão e, consequentemente, permite
um maior tempo de campanha para o equipamento.
A limpeza interna convencional de um tanque de armazenamento
normalmente apresenta as seguintes fases de execução, conforme a Norma N-
2111130:

_________________________________________________________________ Manutenção 481


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

a) planejamento e treinamento de pessoal, definindo:


— os procedimentos operacionais necessários ao condicionamento e
liberação do tanque: retirada do tanque de operação, esvaziamento,
verificação da quantidade e natureza dos resíduos, verificação da
necessidade de descontaminação química, remoção dos resíduos e
eliminação de gases e vapores. A Norma N-2645131 estabelece os critérios
mínimos para elaboração do plano de gerenciamento de resíduos, em
conformidade com as diretrizes da PETROBRAS e com as normas e
legislações ambientais aplicáveis;
— a elaboração do plano de raqueteamento para isolamento do tanque;
— os procedimentos de execução dos trabalhos de limpeza;
— as atribuições dos órgãos envolvidos e os responsáveis em cada etapa
dos serviços;
— os procedimentos para retorno do tanque à operação;
— os procedimentos de controle de risco, bem como em caso de
emergência.
b) retirada do tanque de operação;
c) drenagem;
d) isolamento do tanque;
b) ventilação e eliminação de gases e vapores;
c) monitoramento da explosividade;
d) monitoramento ambiental;
e) retirada e descarte dos resíduos (borras oleosas) conforme os critérios
básicos estabelecidos na Norma N-2622132: coleta, segregação, classificação,
manuseio, acondicionamento, armazenamento temporário, transporte, tratamento
e disposição final desses resíduos, de modo a proteger a saúde humana e o meio
ambiente (Figuras 22.1 a 22.15);
f) retorno à operação após os serviços de inspeção e manutenção necessários
ao equipamento.

O Anexo A da Norma N-2622132, parcialmente reproduzido a seguir,


apresenta as indicações técnicas normalmente utilizadas para o tratamento e a
disposição final dos resíduos oleosos na PETROBRAS.
Define-se borra oleosa como o resíduo oleoso no estado líquido, semi-sólido
ou sólido, que pode ou não conter sólidos grosseiros como carepa de ferrugem,
areia, terra e outros. Normalmente é gerado na limpeza de tanques de petróleo e
derivados, dessalgadoras e outros equipamentos, limpeza de canaletas de águas
oleosas e separadores de água e óleo. Resíduo oleoso é o resíduo constituído pela
mistura de óleo, sólidos e água, com eventual presença de outros contaminantes132.
No caso de envio do resíduo para terceiros, deve ser solicitado o certificado de
recebimento, tratamento e disposição final do resíduo. A empresa receptora deve
fornecer uma cópia do documento de credenciamento, pelo órgão ambiental, para
receber e tratar o resíduo. Os processos de tratamento e disposição final adotados
devem ser licenciados ou autorizados pelo órgão ambiental.

_________________________________________________________________ Manutenção 482


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

-------------------------------------------------------------

-------------------------------------------------------------

-------------------------------------------------------------

Anexo A da N-2622
Resíduos industriais. Opções para minimização de resíduos industriais132.

_________________________________________________________________ Manutenção 483


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

--------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------

Anexo A da N-2622
Resíduos industriais. Opções de tratamento e disposição final132.

Figura 22.1
Borra oleosa. Chicletão.

Figura 22.2
Limpeza interna. Retirada de borra. Prática não mais permitida: disposição de
resíduos na bacia de contenção, mesmo a título de armazenamento temporário130.
_________________________________________________________________ Manutenção 484
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 22.3
Piscina de borra. Situação não mais aceitável ecologicamente183.

Figura 22.4
Avaliação, quantificação e visualização da borra oleosa no interior de um tanque de
armazenamento183.
_________________________________________________________________ Manutenção 485
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 22.5
Limpeza interna de tanques de armazenamento. Limpeza intrusiva.
Limpeza manual com pá, picareta e carrinho de mão.
Exposição a ambiente insalubre. Baixa produtividade. Longa duração. Não há
recuperação de hidrocarbonetos contidos na borra. Transporte normalmente por
tambores para a destinação final. Metodologia a ser evitada186.

_________________________________________________________________ Manutenção 486


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 22.6
Limpeza interna de tanques de armazenamento. Limpeza intrusiva.
Limpeza mecanizada com mini pá carregadeira (Bobcat). Necessidade de liberação
pela segurança de equipamento com motor a explosão em ambiente confinado.
Exposição a ambiente insalubre. Melhor produtividade que a limpeza manual.
Não há recuperação de hidrocarbonetos contidos na borra.
Transporte normalmente por tambores para a destinação final186.
_________________________________________________________________ Manutenção 487
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Unidades de Homogeneização e de Centrifugação Posicionamento do sistema robotizado hidráulico

Figura 22.7
Limpeza interna de tanques de armazenamento. Limpeza automatizada.
Sistema robotizado hidráulico (Dozer/Trator) à prova de explosão. Operação com
controle remoto.
Unidade de homogeneização: peneiramento, agitação e aquecimento.
Unidade de centrifugação: separação em água, óleo e sólidos.
Redução sensível do tempo de limpeza. Reprocessamento do produto.
Possibilidade da recuperação do produto pagar a operação de limpeza187, 189.

Figura 22.8
Procedimento de limpeza interna utilizando soluções químicas.
a) Máximo esvaziamento do tanque. b) Adição da solução de limpeza e do diluente.
c) Aquecimento e recirculação. d) Recuperação de hidrocarbonetos109.
_________________________________________________________________ Manutenção 488
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 22.9
Limpeza interna automatizada e não intrusiva de tanques de armazenamento.
ORECO. BLABO System190.

_________________________________________________________________ Manutenção 489


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

c)

Figura 22.10
Limpeza interna automatizada e não intrusiva de tanques de teto flutuante192.
a) MAERSK BRASIL184. b) PETROJET TECHNOLOGY185. c) IFA188.

_________________________________________________________________ Manutenção 490


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 22.11
Limpeza interna de tanques de armazenamento. Centrifugação e decantação183.

_________________________________________________________________ Manutenção 491


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Incineração 132
O resíduo é queimado, de preferência de forma
oxidativa, reduzindo o material a óxidos metálicos
e gases de C, N ou S. Altas temperaturas (800 °C
a 1 100 °C) são empregadas na combustão, em
presença de oxigênio, de constituintes orgânicos
contidos em resíduos perigosos. Para tal, podem
ser empregados incineradores móveis ou de fonte
estacionária. São gerados cinzas e gases no
processo, que devem ser, respectivamente,
dispostos e tratados. Os equipamentos para
incineração normalmente utilizados são os fornos
rotativos, os fornos de leito fluidizado e os fornos
com maçaricos para líquidos.

Notas:
1) Resíduos contendo mercúrio em qualquer de
suas formas não devem ser incinerados, devido à
liberação de mercúrio metálico na forma de vapor.
2) Nesta tecnologia de tratamento é permitido
empregar chama ionizada (plasma).

Figura 22.12
Tratamento e disposição final de resíduos oleosos. Incineração.

132
Landfarming
Processo que utiliza microrganismos para a
degradação do conteúdo orgânico presente no
resíduo, desde que seja biodegradável. Este é
incorporado à camada fértil de um solo disposto
em células especialmente preparadas para o
tratamento. Normalmente são adicionados
nutrientes e o pH e a umidade são corrigidos e
controlados, para estimular a atuação dos
microrganismos nativos do solo. O solo é
periodicamente revolvido para favorecer a
aeração, até que o conteúdo orgânico no
resíduo atinja o nível desejado. O sistema
admite recargas controladas e possui uma vida
útil variável. Após o término da vida útil da
célula, deve ser feita uma avaliação química da
camada fértil do solo para subsidiar a escolha
do processo de tratamento ou disposição final
desse material.
Figura 22.13
Tratamento e disposição final de resíduos oleosos. Landfarming.

_________________________________________________________________ Manutenção 492


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 22.14
Sistema de tratamento de despejos industriais. Separador de água e óleo (SAO).

Figura 22.15
Sistema de agitadores a jato rotativo - P43. Redução da formação de borra e da
necessidade de parada do tanque para limpeza. Funcionamento pela própria
bomba de alimentação existente. VEOLIA Environmental Services. SINTEMAR191.

_________________________________________________________________ Manutenção 493


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

22.1.2 Limpeza Externa


Consiste na limpeza, com jato de água pressurizada, do teto e costado do
equipamento (Figura 22.16).

Figura 22.16
Limpeza externa por alpinismo.

22.2 Reparos

22.2.1 Reparos no Fundo

A recuperação do fundo corroído de tanques de armazenamento (Figuras


22.17 a 22.22) pode ser realizada por:
a) sobreposição de novas chapas na região comprometida (bacalhaus);
b) substituição parcial ou integral de chapas corroídas;
c) enchimento com solda;
d) soldagem de um novo fundo sobre o fundo existente;
e) aplicação de um revestimento interno: pintura, concreto, massa epóxi reforçada
com fibra de vidro96 etc.
O revestimento interno com concreto praticamente não é mais utilizado.
A aplicação de massa epóxi reforçada com fibra de vidro pode apresentar restrições
no tocante ao custo do revestimento, bem como no aspecto de dilatação térmica no
caso de tanques aquecidos internamente.
_________________________________________________________________ Manutenção 494
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

a)

b)

c) d)

Figura 22.17
Recuperação do fundo corroído.
a) Aspecto da corrosão. b) Troca da chaparia do fundo. Corte, arraste de chapas
comprometidas, posicionamento de novas chapas e soldagem.
c) Sobreposição de novas chapas na região comprometida (bacalhaus). Soldas
inspecionadas por líquido penetrante (LP).
d) Substituição parcial de chapas corroídas.

_________________________________________________________________ Manutenção 495


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

a)
• 1º Reparar os furos existentes da chapa do fundo antigo.

• 2º Instalação de tela e chapa sobreposta sobre todo o fundo antigo.

Costado

Recobrimento com chapa de 3/16” (4,76 mm), aço-carbono.

Tela com arame 4mm de ∅ , formando quadrados 100 X 100 mm


Chapa de fundo existente ¼” (6,35 mm).

b)

Figura 22.18
Recuperação de fundo corroído.
a) Soldagem de um novo fundo sobre um fundo existente. Fundo duplo193.
b) Aplicação de revestimento interno.

_________________________________________________________________ Manutenção 496


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

a) b)

c)

Figura 22.19
Troca de fundo.
a) Corte, substituição integral da chaparia do fundo e soldagem.
b) Corte no rodo. Macaqueamento do costado com sapatas.
c) Corte no rodo. Macaqueamento hidráulico do costado. Acionamento manual194.
_________________________________________________________________ Manutenção 497
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 22.20
Corte e escoramento. Construção de nova fundação em anel de concreto.
Substituição parcial das chapas do fundo: substituição das chapas recortadas
periféricas por chapas anulares. Importância da sequencia de soldagem.
_________________________________________________________________ Manutenção 498
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 22.22
Rodo corroído. Corte e substituição das chapas comprometidas. Construção de um
teto flutuante interno.

22.2.2 Reparos no Costado


As chapas do costado de tanques de armazenamento, em área industrial
(refinaria), normalmente apresentam maior taxa de corrosão nos anéis
intermediários, atingindo, em alguns casos, até 0,8 mm/ano. Na área de
transportes (terminais) a corrosão, internamente ao costado, é praticamente
uniforme. Para recuperação da chaparia corroída do costado (Figuras 22.23 a
22.25) podemos citar os seguintes métodos:
a) sobreposição de novas chapas;
b) substituição da chaparia na região comprometida;
c) aplicação de pintura interna;
d) aplicação de revestimento interno e/ou externo;

A sobreposição de chapas é atualmente um método permitido para reparo


do costado, conforme indicações da Norma API 653111, desde que a espessura da
chapa não exceda 0,5 in.
A aplicação de concreto, como revestimento interno do costado, não é
prática atualmente recomendada.
A aplicação de pintura interna, normalmente epoxi sem solvente ou silicato
inorgânico de zinco, tem demonstrado ser uma alternativa econômica muito
interessante para impedir o progresso da corrosão interna do costado em tanques
de armazenamento95.
A utilização de fibra de carbono para recuperação da integridade estrutural
do costado demonstrou, praticamente, ser uma técnica extremamente
interessante195, 206.

_________________________________________________________________ Manutenção 499


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 22.23
Reparos no costado. Aspecto da corrosão. Sobreposição de novas chapas.
Importância do atendimento das prescrições do API 653111.

Figura 22.24
Reparos no costado. Substituição de chapas. Importância da sequencia de
soldagem.

_________________________________________________________________ Manutenção 500


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

a)

b)

Figura 22.25
Reparos no costado. a)Pintura interna. b) Revestimento externo com fibra de
carbono. Recuperação da integridade estrutural do costado195,206.

_________________________________________________________________ Manutenção 501


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

22.2.3 Reparos no Teto


A recuperação do teto corroído (Figuras 22.26 a 22.31) de tanques de
armazenamento pode ser realizada por:
a) sobreposição de novas chapas na região comprometida;
b) substituição integral das chapas corroídas;
c) aplicação de pintura interna.

Neste caso, é bastante interessante uma análise econômica para se adotar os


itens b) e c) simultaneamente97.

Figura 22.26
Corrosão acentuada no teto em tanques de teto fixo de óleo diesel.

_________________________________________________________________ Manutenção 502


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 22.27
Recuperação do teto. a) Troca da chaparia. b) Sobreposição de chapas.

Figura 22.28
Recuperação do teto. Revestimento interno.

Figura 22.29
Recuperação do teto. Substituição de chapas de aço carbono por chapas ou bobinas
de aço inoxidável193.
_________________________________________________________________ Manutenção 503
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 22.30
Substituição do teto fixo para teto flutuante.

Figura 22.31
Recuperação de teto flutuante. Substituição do lençol inferior de aço carbono por
chapas de aço inoxidável196.

_________________________________________________________________ Manutenção 504


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

22.2.4 Reparos na Pintura e no Isolamento Térmico


Periodicamente, em tanques de armazenamento, haverá a necessidade de
restauração da pintura e do isolamento térmico, se existente no equipamento
(Figura 22.32). Pela Norma N-2318120, caso se verifique uma deterioração da
pintura em pontos esparsos e generalizados, acima de 30% da área total de
determinada região do tanque, é necessário efetuar a repintura total da região
comprometida.

a)

b)

Figura 22.32
Reparos: a) Na pintura externa. b) No isolamento térmico.

_________________________________________________________________ Manutenção 505


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

22.2.5 Reparos nos Sistemas de Selagem e de Drenagem do


Teto Flutuante

As Figuras 22.33 a 22.37 ilustram alguns reparos necessários nos sistemas


de selagem e de drenagem de um teto flutuante.

Figura 22.33
Reparos no sistema de selagem. Selo com bolsão de espuma. Chapa externa de
proteção extremamente corroída.

Figura 22.34
Troca do sistema de selagem e reparos no flutuador de um teto flutuante135.

_________________________________________________________________ Manutenção 506


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 22.35
Reparos no selo PW.

Figura 22.36
Esferas de flutuação197.

_________________________________________________________________ Manutenção 507


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 22.37
Reparos no sistema de drenagem de teto flutuante. Utilização de mangueiras
flexíveis. Instalação de drenagem multiponto.

22.2.6 Reparos nos Bocais e Acessórios


As Figuras 22.38 e 22.39 ilustram alguns reparos em bocais e acessórios de
um tanque de armazenamento.

Figura 22.38
Instalação de uma porta de limpeza.

a) b)
Figura 22.39
Reparos: a) Escada de acesso ao teto. b) Anel de contraventamento.
_________________________________________________________________ Manutenção 508
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

22.2.7 Controle da Qualidade na Execução de Reparos


Todo reparo deverá ser executado através de um procedimento escrito
atendendo às normas específicas da PETROBRAS e, pelo menos, aos seguintes
requisitos da Norma API 653111, parcialmente reproduzidos a seguir:
• Section 9 – Tank Repair and Alteration
• Section 12 – Examination and Testing
• Annex F – NDE Requirements Summary

API 653 Section 9 - Itens 9.1 e 9.2 (Parcial)


Requisitos gerais. Reparos no costado. Remoção e substituição de chapas.

_________________________________________________________________ Manutenção 509


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

API 653 Section 9 - Figura 9.1


Reparos no costado. Substituição de chapas.

_________________________________________________________________ Manutenção 510


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

API 653 Section 9 - Item 9.10 (Parcial)


Reparos no fundo.

_________________________________________________________________ Manutenção 511


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

API 653 Section 9 - Figura 9.9


Reparos no fundo. Sobreposição de chapas.

_________________________________________________________________ Manutenção 512


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

API 653 Section 9 – Itens 9.11, 9.12 e 9.13


Reparos no teto e no sistema de selagem de tetos flutuantes.

_________________________________________________________________ Manutenção 513


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

API 653 Section 12 – Examination and Testing – Item 12.1 NDEs


Inspeção de reparos. Ensaios não destrutivos.

_________________________________________________________________ Manutenção 514


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

API 653 Section 12 – Examination and Testing – Item 12.1 NDEs


Inspeção de reparos. Ensaios não destrutivos.

_________________________________________________________________ Manutenção 515


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

API 653 Section 12 – Examination and Testing – Item 12.2 Radiographs


Inspeção de reparos. Controle radiográfico.

_________________________________________________________________ Manutenção 516


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

API 653 Section 3 – Definitions – Item 3.18: Major alteration/repair


Definição de grandes modificações e de grandes reparos.

API 653 Section 12 – Examination and Testing – Item 12.3: Hydrostatic


testing
Inspeção de reparos. Realização de teste hidrostático: Obrigatoriedade / dispensa.

_________________________________________________________________ Manutenção 517


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

API 653 Section 12 – Examination and Testing – Item 12.3: Hydrostatic


testing
Inspeção de reparos. Realização de teste hidrostático: Obrigatoriedade / dispensa.

_________________________________________________________________ Manutenção 518


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

API 653 Section 12 – Examination and Testing – Item 12.3: Hydrostatic


testing
Inspeção de reparos. Realização de teste hidrostático: Obrigatoriedade / dispensa.

API 653 Annex F – NDE Requirements Summary


Inspeção de reparos. Sumário dos ensaios não destrutivos requeridos.

_________________________________________________________________ Manutenção 519


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

API 653 Annex F – NDE Requirements Summary


Inspeção de reparos. Sumário dos ensaios não destrutivos requeridos.

_________________________________________________________________ Manutenção 520


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

API 653 Annex F – NDE Requirements Summary


Inspeção de reparos. Sumário dos ensaios não destrutivos requeridos.

_________________________________________________________________ Manutenção 521


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

API 653 Annex F – NDE Requirements Summary


Inspeção de reparos. Sumário dos ensaios não destrutivos requeridos.

Itens 5.3 e 5.4 da N-2318


Controle da qualidade de reparos. Realização / dispensa de teste hidrostático120.

_________________________________________________________________ Manutenção 522


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

CAPÍTULO XXIII

INSPEÇÃO

Sob o tema inspeção de tanques de armazenamento, podemos englobar, entre


outros, três aspectos distintos98:

• Inspeção de Fabricação

• Inspeção de Montagem

• Inspeção de Operação

23.1 Inspeção de Fabricação


Consiste na inspeção durante a fabricação do equipamento, conforme já
visto no Capítulo XVII. O inspetor deverá ter livre acesso às oficinas do fabricante e
fiscalizará a qualidade do material empregado, os processos e técnicas de
fabricação, bem como a obediência às normas envolvidas.

23.2 Inspeção de Montagem


Consiste no trabalho de fiscalização durante a montagem do equipamento,
conforme já visto no Capítulo XVIII. O inspetor deverá ter livre acesso a qualquer
local onde se realizem os trabalhos de montagem. Analogamente, fiscalizará a
qualidade do material empregado, os processos e técnicas de montagem, a
obediência às normas envolvidas e a realização de todos os ensaios e testes de
verificação do equipamento.

____________________________________________________________________ Inspeção 523


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

23.3 Inspeção de Operação


A inspeção de operação4, 99, 100, 101 é normalmente realizada pelo setor de
inspeção da unidade operacional. Aborda, basicamente, os seguintes aspectos:
a) verificação das condições físicas do equipamento e seus componentes: externa e
internamente;
b) determinação da taxa de corrosão e avaliação da vida útil do equipamento;
c) avaliação das causas de deterioração e/ou avaria.

A Norma N-2318120 fixa as condições exigíveis e práticas recomendadas para


a inspeção em serviço de tanques de teto fixo ou flutuante (interno ou externo),
para o armazenamento de petróleo e seus derivados, álcool e água, à pressão
atmosférica.

23.3.1 Tipos de Inspeção


Na inspeção de operação, podemos identificar duas situações distintas:
• Inspeção Externa
• Inspeção Geral

A Inspeção Externa é realizada com o tanque armazenando produto, isto é,


sem necessidade de retirar o equipamento de operação. Durante a inspeção
externa, por motivo de segurança, não deve haver movimentação do produto
armazenado. As condições físicas do teto devem ser cuidadosamente verificadas
antes da permissão de andar sobre a estrutura. Nos tanques de teto fixo com
suspeita de baixa espessura, colocar pranchas de madeira na região do teto a ser
inspecionada. Nos tanques de teto flutuante, fazer a inspeção externa do teto
somente quando este estiver no nível máximo de enchimento. São os seguintes os
principais pontos a serem inspecionados:
• bacia de contenção: verificando as condições físicas e a integridade dos
diques, do sistema de drenagem, das tubulações de produto e auxiliares (vapor e
incêndio), das plataformas e eletrodutos do sistema de iluminação, dos
misturadores, da instrumentação eletrônica e dos atuadores das válvulas;
• base: verificando sua impermeabilização, as canaletas de drenagem, a existência
de avarias, recalques e a vedação com a chaparia do fundo;
• aterramento elétrico: verificando a ligação mecânica com o costado e a
existência de corrosão, principalmente, na região de entrada no solo;
• sistema de proteção catódica: verificando os retificadores e realizando a
leitura dos potenciais dos pontos de testes, conforme especificado na Norma N-
2098136.

____________________________________________________________________ Inspeção 524


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

• bocais do costado e do teto: verificando a existência de vazamentos e


corrosão externa;
• escadas, plataformas e passadiços: verificando a existência de corrosão e
desgaste;
• pintura e/ou isolamento térmico: verificando o estado de deterioração da
película de proteção e/ou isolamento térmico das tubulações, costado, teto e
demais acessórios;
• costado e teto: verificando e avaliando a corrosão nas superfícies externas do
equipamento. As espessuras são medidas e a vida útil do equipamento é
estimada102, 108, 146;
• acessórios externos: verificando a existência de corrosão, bem como suas
condições físicas e mecânicas.

A Inspeção Geral é realizada com o tanque fora de operação, devidamente


aberto, limpo, ventilado e iluminado de modo que o equipamento seja
inspecionado em toda a sua extensão: tanto interna como externamente. Inclui
também a inspeção da base, diques e bacia de contenção.
As condições externas são avaliadas de forma análoga à inspeção externa,
conforme vimos anteriormente. Internamente, são os seguintes os principais
pontos a serem inspecionados:
• teto e suportes: verificando e avaliando a extensão da corrosão interna;
• costado: verificando e avaliando a extensão da corrosão interna;
• fundo: verificando e avaliando a extensão da corrosão interna, bem como a
existência de depressões;
• acessórios e equipamentos auxiliares internos: verificando a extensão da
corrosão, bem como suas condições físicas e mecânicas.

23.3.2 Programação, Periodicidade e Requisitos de Segurança


O Item 4 da Norma N-2318120 fixa as condições gerais que devem ser
observadas quanto à programação, periodicidade e requisitos de segurança e
ambientais na Inspeção Externa e na Inspeção Geral de um tanque de
armazenamento.
Na Seção 6 do API 653111 poderemos, também, encontrar os prazos máximos
que deverão ser obedecidos para a Inspeção Externa e para a Inspeção Geral de um
tanque de armazenamento.

____________________________________________________________________ Inspeção 525


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item 4 da N-2318
Programação e periodicidade. Inspeção externa e inspeção geral120.

____________________________________________________________________ Inspeção 526


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item 4 da N-2318
Requisitos de segurança e ambientais. Inspeção externa e inspeção geral120.

____________________________________________________________________ Inspeção 527


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Section 6 do API 653 – Inspection. Itens: 6.1 a 6.3


Periodicidade. Inspeção externa e inspeção geral111.

____________________________________________________________________ Inspeção 528


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Section 6 do API 653 – Inspection. Itens: 6.3 e 6.4


Periodicidade. Inspeção externa e inspeção geral111.

____________________________________________________________________ Inspeção 529


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Section 6 do API 653 – Inspection. Item 6.4


Periodicidade. Inspeção externa e inspeção geral111.

____________________________________________________________________ Inspeção 530


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Section 6 do API 653 – Inspection. Item 6.4 – Risk-based inspection


Periodicidade. Inspeção externa e inspeção geral. Inspeção baseada em risco (RBI).
Fatores a considerar: probabilidade de falha e consequência de falha 111.
____________________________________________________________________ Inspeção 531
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

23.3.3 Roteiro de Inspeção Externa


O roteiro da Inspeção Externa de um tanque de armazenamento encontra-
se descrito no Item 5.1 da Norma N-2318120.

Item 5.1 da N-2318


Roteiro de inspeção externa120.
____________________________________________________________________ Inspeção 532
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item 5.1 da N-2318


Roteiro de inspeção externa120.

____________________________________________________________________ Inspeção 533


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item 5.1 da N-2318


Roteiro de inspeção externa120.

____________________________________________________________________ Inspeção 534


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

23.3.4 Roteiro de Inspeção Geral


O roteiro da Inspeção Geral de um tanque de armazenamento encontra-se
descrito no Item 5.2 da Norma N-2318120.

Item 5.2 da N-2318


Roteiro de inspeção geral102.
____________________________________________________________________ Inspeção 535
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item 5.2 da N-2318


Roteiro de inspeção geral120.

____________________________________________________________________ Inspeção 536


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item 5.2 da N-2318


Roteiro de inspeção geral120.

____________________________________________________________________ Inspeção 537


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item 5.2 da N-2318


Roteiro de inspeção geral120.

____________________________________________________________________ Inspeção 538


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

23.3.5 Critérios de Aceitação


O Item 6 da Norma N-2318120 fixa os diversos critérios de aceitação
adotados na Inspeção Externa e na Inspeção Geral de um tanque de
armazenamento.

Item 6 da N-2318
Critérios de aceitação na inspeção externa e na inspeção geral120.
____________________________________________________________________ Inspeção 539
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item 6 da N-2318
Critérios de aceitação na inspeção externa e na inspeção geral120.

____________________________________________________________________ Inspeção 540


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

23.3.5.1 Espessura Mínima de Operação do Fundo

Pela Norma API 653111, a espessura mínima operacional do fundo de um


tanque de armazenamento deverá atender a Tabela 4.4.

Tabela 4-4 do API 653


Espessura mínima operacional das chapas do fundo111.

Para chapas anulares do fundo a espessura mínima operacional deverá


atender o item 4.4.6 do API 653, reproduzido a seguir.

--------------------------------------------------------------

Item 4.4.6 e 4.4.5.7 do API 653


Espessura mínima das chapas anulares do fundo111.

____________________________________________________________________ Inspeção 541


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabela 4.5 do API 653


Espessura mínima das chapas anulares do fundo. Produto armazenado com
densidade < 1,0111.

A espessura mínima operacional na região crítica do fundo deverá atender o


item 4.4.5.4 do API 653.

Item 4.4.5.4 do API 653


Espessura mínima na região crítica do fundo111.

Para avaliação da integridade das chapas do fundo, diversas técnicas de


inspeção têm sido desenvolvidas (Figuras 23.1 a 23.5):
- inspeção por ultra-som automatizado;
- inspeção automatizada por vazamento de fluxo magnético:
MFL – Magnetic Flux Leakage;
- inspeção por emissão acústica;
- inspeção LORUS (Ultra Long Range Ultrasonics);
- inspeção TALRUT (Tank Annular Long Range Ultrasonics) etc.

____________________________________________________________________ Inspeção 542


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 23.1
Inspeção automatizada do fundo. Ultra-som automatizado.

____________________________________________________________________ Inspeção 543


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 23.2
Inspeção automatizada do fundo. Inspeção automatizada por vazamento de fluxo
magnético - MFL 140.

____________________________________________________________________ Inspeção 544


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 23.3
Avaliação da integridade do fundo de tanques pela técnica de emissão acústica141.
a) Transdutores piezoelétricos instalados externamente ao costado. b) Classificação
das áreas ativas e ação recomendada. c) Resultados do ensaio.
____________________________________________________________________ Inspeção 545
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

O programa de IBR - “Inspeção Baseada em Risco" da PASA é uma metodologia para o cálculo do risco
associado aos equipamentos, definindo conceitos relacionados ao método de inspeção, probabilidade da
detecção e efetividade na aplicação dos ensaios não-destrutivos, bem como os critérios para análise de
conseqüência de falha. A implantação do programa de IBR permitirá a geração de uma escala de
criticidade baseada na posição dos equipamentos em uma matriz de riscos. Em função dos resultados
obtidos será gerado um programa de inspeções baseado nos mecanismos de danos, possivelmente,
instalados em cada um dos equipamentos ou tubulações.

TANKPAC™-IBR: combinação da técnica de inspeção TANKPAC™ com metodologia para cálculo do risco.

O resultado obtido pelo TANKPAC™-IBR é um ranking de tanques ordenados por riscos de falha, o que
permite uma priorização adequada dos tanques que deverão ser inspecionados dentro de um programa de
manutenção

Figura 23.3 Continuação


Avaliação da integridade do fundo de tanques pela técnica de emissão acústica
associada com RBI (Risk-based inspection). Programa IBR da PASA198.

____________________________________________________________________ Inspeção 546


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 23.4
Inspeção do fundo de tanques. Região do rodo. Inspeção LORUS (Ultra Long
Range Ultrasonics). RTD199,200.

TALRUT Calibração

Indicação Ampliada

Figura 23.5
Inspeção do fundo de tanques. Região do rodo. Inspeção TALRUT (Tank Annular
Long Range Ultrasonics). PASA198.

____________________________________________________________________ Inspeção 547


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

23.3.5.2 Espessura Mínima de Operação do Teto

Adotam-se como espessura mínima operacional da chaparia do teto, os


seguintes valores120, 139:
• Teto flutuante: 2,5 mm;
• Teto fixo suportado: 2,5 mm. Pela Norma N-2318120, quando o tanque
armazenar produtos de Classe I (Ponto de fulgor inferior a 37,8 oC) ou
Classe II (Ponto de fulgor igual ou superior a 37,8 oC, mas inferior a 60 oC)
a espessura mínima passa a ser 4,0 mm, a não ser que se realize uma
criteriosa análise de risco do equipamento quanto à possibilidade de
ocorrência de descargas atmosféricas (Figuras 23.6 a 23.9). Outra
possibilidade, para se manter o valor mínimo de 2,5 mm, é instalar no teto
do tanque de armazenamento um Sistema de Proteção contra Descargas
Atmosféricas - SPDA (Figuras 23.10 e 23.11);
• Teto fixo autoportante: o valor recalculado pela equação de projeto, porém
levando em consideração somente o peso próprio da chaparia do teto na
condição limite de operação e uma carga externa mínima de 60 kgf/m2
(equivalente a um homem com equipamento andando sobre o teto). Uma
espessura mínima de 2,5 mm é exigida, bem como a consideração citada
anteriormente quanto à possibilidade de ocorrência de descargas
atmosféricas no armazenamento de produtos Classe I ou Classe II.

É importante registrar que:


. a espessura mínima exigida anteriormente de 2,5 mm foi fixada tendo em
vista permitir, com segurança, um homem com equipamento andar sobre o teto;
. a espessura mínima exigida anteriormente de 4,0 mm foi fixada tendo por
objetivo minimizar a possibilidade de perfuração da chapa do teto e/ou formação
de ponto quente no interior do tanque (espaço vapor), quando da ocorrência de
descargas atmosféricas;
. uma análise de risco normalmente utilizada na avaliação de ocorrência de
descargas atmosféricas é a que consta no Appendix H da Norma NFPA 780121 ,
Edição de 1997, adotando-se um risco (R) máximo igual a 4 (Figura 23.8);
. uma metodologia para determinação da necessidade de SPDA pode ser
encontrada no Annex L da Norma NFPA 780202 , Edição de 2008 (Figura 23.10);
. a utilização de chapa de aço inoxidável (tipo 304 ou 309) com 3,0 mm de
espessura , no teto de tanques de teto fixo armazenando produtos Classe I ou
Classe II, não apresenta resistência adequada à descarga atmosférica. Neste caso, é
aconselhável a utilização de SPDA (Figura 23.11)193;
. para as Normas NFPA 780202 e API RP 2003157, um tanque de teto fixo
construído com teto metálico (aço carbono) só será considerado autoprotegido
contra descargas atmosféricas se tiver uma espessura mínima de 3/16 in (4,8 mm);
. no armazenamento de produtos Classe I ou Classe II em tanques de teto
fixo talvez seja interessante já especificar, no projeto do teto, uma espessura maior
que 3/16 in. Outra medida aconselhável é pintar internamento o teto ou utilizar um
inibidor volátil de corrosão (Figura 23.12).

____________________________________________________________________ Inspeção 548


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Para avaliação da necessidade de troca das chapas do teto, utilizar o critério


da Norma API 653, item 4.2.1.2, reproduzido a seguir.

Item 4.2.1.2 do API 653


Necessidade de troca ou reparo de chapas do teto111.

Figura 23.6
Inspeção automatizada do teto.

Figura 23.7
Descarga atmosférica em tanques de armazenamento.
Explosão e incêndio de um tanque de teto fixo armazenando óleo diesel de baixo
ponto de fulgor.
____________________________________________________________________ Inspeção 549
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 23.8
Risk assessment guide. NFPA 780 — 1998 Edition — Appendix H 121.

____________________________________________________________________ Inspeção 550


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

a)

Período de observação
1971 a 1995

RINDAT
1999 – 2004
b) (flashes.km-2.year-1)

Figura 23.9
Descargas atmosféricas em tanques de armazenamento139, 205.
a) Mapa de curvas isocerâunicas do Brasil. Número médio de dias de trovoada por
ano. Mapa de curvas isocerâunicas da região sudeste. b) Mapa de densidade de
descargas atmosféricas.
____________________________________________________________________ Inspeção 551
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

(USA)

Figura 23.10
Lightning risk assessment. NFPA 780 — 2008 Edition — Annex L.
Necessidade de SPDA 202.

____________________________________________________________________ Inspeção 552


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 23.10 Continuação


Lightning risk assessment. NFPA 780 — 2008 Edition — Annex L.
Necessidade de SPDA 202,205.

____________________________________________________________________ Inspeção 553


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 23.11
Tanque de teto fixo armazenado produto Classe I ou Classe II construído com
chapa de aço inoxidável de 3,0 mm de espessura. Proteção complementada com
SPDA193.

Figura 23.12
Inibidor volátil de corrosão: Imidazolinas, fosfatos, piridinas e hidrocarbonetos.
ZERUST201, 203.

____________________________________________________________________ Inspeção 554


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

23.3.5.3 Espessura Mínima de Operação do Costado


A espessura mínima de operação do costado deve ser determinada
considerando-se:
a) o mesmo critério de projeto adotado no dimensionamento do costado
do equipamento:
• API 650 Corpo de Norma (6ª edição e anteriores)
• API 650 Apêndice D (6ª edição e anteriores)
• API 650 Apêndice G (6ª edição e anteriores)
• API 650 Corpo de Norma (7ª, 8ª, 9ª, 10ª e 11ª edições)
• API 650 Apêndice A (7ª, 8ª, 9ª, 10ª e 11ª edições)
• NBR 7821 Corpo de Norma
• NBR 7821 Anexo E
• NBR 7821 Anexo G
• b) o mesmo método de projeto adotado no dimensionamento do
costado:
• Método Básico (método do ponto fixo de projeto ou método de projeto a 1 ft)
• Método do Ponto Variável de Projeto
Neste aspecto, é importante observar que costados projetados pelo método
básico podem perfeitamente ter as espessuras mínimas de operação, dos seus
diversos anéis, calculadas pelo método do ponto variável de projeto (antigo
Apêndice K do API 650). Tal procedimento pode prolongar a vida útil do
costado do equipamento, conforme ilustrado nas Figuras 23.13 e 23.14;
c) somente a condição de projeto, isto é, tanque armazenando o produto
especificado pela operação do equipamento. Desta forma, no cálculo da
espessura mínima de operação de cada anel do costado, utiliza-se o valor da
tensão admissível do material do costado para a condição de
armazenamento de produto e o valor da maior densidade de
produto realmente armazenado no equipamento;
d) a altura máxima de utilização (AMU) fixada pela operação do
equipamento;
e) um valor mínimo especificado pela norma considerada. Pelo API 653 e
N-2318 esta exigência é de 0,1 in.

____________________________________________________________________ Inspeção 555


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 23.13
Cálculo da espessura mínima de operação e da vida provável de um tanque de
armazenamento. Programa CTA - ESMINOP. Utilização da tensão admissível da
norma de projeto (API 650). Método do ponto fixo. Estimativa extremamente
conservadora102, 108, 146.

____________________________________________________________________ Inspeção 556


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 23.14
Cálculo da espessura mínima de operação e da vida provável de um tanque de
armazenamento. Programa CTA - ESMINOP. Utilização da tensão admissível da
norma de projeto (API 650). Método do ponto variável. Estimativa extremamente
conservadora102, 108, 146.

____________________________________________________________________ Inspeção 557


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

A Norma API 653111, na Seção 4 — Suitability for Service, Item 4.3 — Tank
Shell Evaluation, transcrito a seguir, apresenta um interessante critério para
determinação da espessura mínima aceitável ao costado de um tanque em
operação. Este critério permite a avaliação de costados inclusive localmente
corroídos e, normalmente, nos leva a um tempo bem maior de campanha para o
equipamento122. Tal metodologia é, atualmente, a exigida pela Norma N-2318 como
critério de aceitação de espessura mínima de costado120.

Item 4.3 do API 653


Avaliação do costado de um tanque de armazenamento111.

____________________________________________________________________ Inspeção 558


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item 4.3 do API 653


Avaliação do costado de um tanque de armazenamento111.

____________________________________________________________________ Inspeção 559


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item 4.3 do API 653


Avaliação do costado de um tanque de armazenamento111.

____________________________________________________________________ Inspeção 560


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Item 4.3 do API 653


Avaliação do costado de um tanque de armazenamento111.

____________________________________________________________________ Inspeção 561


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabela 4.1 do API 653


Avaliação do costado de um tanque de armazenamento. Tensões admissíveis111.

____________________________________________________________________ Inspeção 562


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Tabela 4.2 do API 653


Avaliação do costado. Eficiência de junta soldada111.

Annex A do API 653


Avaliação do costado. Lista das edições do API 12C e do API 650111.
____________________________________________________________________ Inspeção 563
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

A Figura 23.15 ilustra a possibilidade da inspeção automatizada do costado de


um tanque de armazenamento.

Figura 23.15
Inspeção automatizada do costado. PASA141. RTD142.

____________________________________________________________________ Inspeção 564


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

As Figuras 23.16 a 23.18 ilustram análises de continuidade operacional, de


um costado corroído, conforme critério da Norma API 653. O tempo de campanha do
equipamento é sensivelmente ampliado111, 122, 146.

Figura 23.16
Análise da continuidade operacional de um costado corroído conforme critério do
API 653. Método do ponto fixo111, 122, 146.

____________________________________________________________________ Inspeção 565


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 23.17
Análise da continuidade operacional de um costado corroído conforme critério do
API 653. Método do ponto variável111, 122, 146.

____________________________________________________________________ Inspeção 566


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 23.18
Análise da continuidade operacional de um costado corroído conforme critério do
API 653. Método do ponto variável. Verificação da possibilidade de repetição do
teste hidrostático111, 122, 146.

____________________________________________________________________ Inspeção 567


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

23.3.5.4 Risco de Fratura Frágil


A Seção 5 do API 653111, transcrita a seguir, fornece um procedimento de
análise do risco de fratura frágil de um tanque de armazenamento em operação no
caso de mudança de condições operacionais (por exemplo: menor temperatura de
operação, produto armazenado de maior densidade etc.) ou mesmo de requisitos
normativos (por exemplo: menor espessura limite de utilização para determinada
especificação de material).

Section 5 do API 653 – Brittle Fracture Considerations


Avaliação de um tanque de armazenamento em operação quanto ao risco de fratura
frágil111.

____________________________________________________________________ Inspeção 568


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Section 5 do API 653 – Brittle Fracture Considerations


Avaliação de um tanque de armazenamento em operação quanto ao risco de fratura
frágil111.

____________________________________________________________________ Inspeção 569


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

15,6 oC

Section 5 do API 653 – Brittle Fracture Considerations


Avaliação de um tanque de armazenamento em operação quanto ao risco de fratura
frágil111.

____________________________________________________________________ Inspeção 570


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

23.3.6 Registro da Inspeção


Após realização da inspeção de operação, externa ou geral, deve ser
preparado um relatório descrevendo detalhadamente o estado atual do
equipamento (condições físicas observadas, testes efetuados, valores de medição de
espessura etc.) e as recomendações propostas (reparos imediatos ou substituições
futuras). Normalmente, são utilizados formulários conforme modelos reproduzidos
nas Figuras 23.19 a 23.22.

O Anexo C do API 653 apresenta um conjunto de checklists para a inspeção


externa e geral de um tanque de armazenamento, facilitando sobremaneira o
registro da inspeção do equipamento (Figuras 23.23 a 23.33).

____________________________________________________________________ Inspeção 571


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 23.19
Relatório de inspeção. Dados técnicos120.

____________________________________________________________________ Inspeção 572


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 23.20
Relatório de inspeção. Condições físicas120.

____________________________________________________________________ Inspeção 573


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 23.21
Relatório de inspeção. Registro das medições realizadas no costado e no fundo120.
____________________________________________________________________ Inspeção 574
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 23.22
Relatório de inspeção. Registro das medições realizadas no teto120.

____________________________________________________________________ Inspeção 575


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 23.23
Checklist do API 653. Inspeção Externa111.

____________________________________________________________________ Inspeção 576


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 23.24
Checklist do API 653. Inspeção Externa111.

____________________________________________________________________ Inspeção 577


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 23.25
Checklist do API 653. Inspeção Externa111.
____________________________________________________________________ Inspeção 578
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 23.26
Checklist do API 653. Inspeção Externa111.

____________________________________________________________________ Inspeção 579


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 23.27
Checklist do API 653. Inspeção Geral111.

____________________________________________________________________ Inspeção 580


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 23.28
Checklist do API 653. Inspeção Geral111.

____________________________________________________________________ Inspeção 581


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 23.29
Checklist do API 653. Inspeção Geral111.
____________________________________________________________________ Inspeção 582
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 23.30
Checklist do API 653. Inspeção Geral111.
____________________________________________________________________ Inspeção 583
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 23.31
Checklist do API 653. Inspeção Geral111.

____________________________________________________________________ Inspeção 584


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 23.32
Checklist do API 653. Inspeção Geral111.
____________________________________________________________________ Inspeção 585
Tanques de Armazenamento _________________________________________________

Figura 23.33
Checklist do API 653. Inspeção Geral111.

____________________________________________________________________ Inspeção 586


Tanques de Armazenamento _________________________________________________

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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American Petroleum Institute, June 2007. Addendum 1, Nov. 2008. API STD 650.
2 Associação Brasileira de Normas Técnicas. Tanques soldados para armazenamento
de petróleo e derivados. Rio de janeiro: Associação Brasileira de Normas Técnicas,
abr.1983. 118 p. ABNT NBR 7821/NB-89.
3 CBI TECHNICAL BULLETIN. The storage of volatile liquids, s.1.: Chicago Bridge
and Iron Co., n. 20, 1959.
4 American Petroleum Institute. API Guide for inspection of refinery equipment. 3.
ed.. New York: American Petroleum Institute, 1972. Chapter XIII: Atmospheric and
low-pressure storage tanks.
5 PDM BADONI, ATB Indústria Metalmecânica S.A.. Buoyroof: concepção, análise e
comparações. Pittsburgh: Des Moines Steel Co., 1979.
6 TELLES, P.C.S. et al.. Relatório sobre o comportamento de tetos flutuantes em
tanques de armazenagem. Rio de Janeiro: PETROBRAS. SEGEN, 1978.
7 PETROBRAS. ENGENHARIA. CONTEC. Projeto de tanque de armazenamento
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