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Norma

NP 4413
2019

Portuguesa
Segurança contra incêndios
Manutenção de extintores

Sécurité incendie
Maintenance d’éxtincteurs

Fire safety
Maintenance of fire extinguishers

ICS HOMOLOGAÇÃO
13.220.10 Termo de Homologação n.º 144/2019, de 2019-09-09
A presente norma resulta da revisão da NP 4413:2012 e da
NP 4413:2012/Emenda 1:2014 (Ed. 1)

CORRESPONDÊNCIA ELABORAÇÃO
CT 46 (APSEI)

CÓDIGO DE PREÇO 2ª EDIÇÃO


X009 2019-09-16

 IPQ reprodução proibida

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intranet, sem autorização prévia escrita. A autorização deve ser requerida ao Instituto Português da Qualidade
enquanto Organismo Nacional de Normalização.
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Sumário Página
Preâmbulo .................................................................................................................................................................... 5
1 Objetivo e campo de aplicação .......................................................................................................................... 6
2 Referências ............................................................................................................................................................... 6
3 Termos e definições .............................................................................................................................................. 7
4 Requisitos de certificação .................................................................................................................................10
4.1 Organização ............................................................................................................................................................................ 10
4.2 Recursos materiais .............................................................................................................................................................. 12
4.3 Recursos Humanos ............................................................................................................................................................. 14
5 Procedimentos ......................................................................................................................................................15
5.1 Vida útil .................................................................................................................................................................................... 15
5.2 Periodicidade da manutenção........................................................................................................................................ 16
5.3 Procedimentos de manutenção e carregamento ................................................................................................... 17
5.4 Pó químico .............................................................................................................................................................................. 23
5.5 Tolerâncias do carregamento......................................................................................................................................... 24
5.6 Critérios para a rejeição de extintores ....................................................................................................................... 24
5.7 Provas hidráulicas ............................................................................................................................................................... 25
5.8 Instruções do fabricante ................................................................................................................................................... 25
5.9 Extintores abrangidos por legislação específica .................................................................................................... 26
6 Registos....................................................................................................................................................................26
6.1 Relatório de manutenção ................................................................................................................................................. 26
6.2 Etiqueta de manutenção ................................................................................................................................................... 27
7 Compras...................................................................................................................................................................29
7.1 Subcontratação ..................................................................................................................................................................... 29
7.2 Identificação e rastreabilidade ...................................................................................................................................... 29
7.3 Preservação dos extintores ............................................................................................................................................. 30
8 Segurança, saúde e ambiente ..........................................................................................................................30
8.1 Medidas de segurança contra risco de incêndio durante a manutenção .................................................... 30
8.2 Eliminação dos resíduos dos agentes extintores ................................................................................................... 30
8.3 Medidas de segurança e saúde no trabalho ............................................................................................................. 30
Anexo A (informativo) Requisitos das entidades formadoras .................................................................31
A.1 Requisitos dos formadores ..........................................................................................................................31
A.2 Instalações ..........................................................................................................................................................31

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A.3 Requisitos das entidades formadoras ..................................................................................................... 31


A.4 Requisitos dos Certificados de Formação .............................................................................................. 31
Anexo B (informativo) Indicações para o Responsável de Segurança .................................................. 32
B.1 Manutenção de extintores ........................................................................................................................... 32
B.2 Verificações de rotina .................................................................................................................................... 32
B.3 Medidas de segurança contra risco de incêndio durante a manutenção ................................... 32
Bibliografia................................................................................................................................................................ 33

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Preâmbulo
Para a revisão da presente norma foram respeitadas a regulamentação nacional e as normas europeias
em vigor, designadamente o Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro, com as alterações
introduzidas pelo Decreto-Lei nº 224/2015, de 9 de outubro, que consagra o Regime Jurídico de
Segurança contra Incêndio em Edifícios e o diploma complementar Portaria n.º 1532/2008, de 29 de
Dezembro, que estabelece o Regulamento Técnico de Segurança contra Incêndio em Edifícios.
Da alínea qq) do artigo 25.º do Decreto-Lei nº 224/2015, de 9 de outubro, resulta que a manutenção
de extintores deve ser realizada obrigatoriamente por entidades com o serviço certificado de acordo
com a NP 4413.
A presente norma descreve os requisitos técnicos e de sistema a serem observados pelas entidades de
manutenção de extintores, sejam elas singulares ou coletivas.
Os extintores são equipamentos de primeira intervenção na extinção de incêndios. A sua importância
decorre do seu fácil manuseamento, imediata disponibilidade e possibilidade de serem utilizados por
uma única pessoa. Permitem ainda iniciar com rapidez as ações de extinção, na fase inicial de um
incêndio. Os extintores não têm capacidade para combater incêndios de grandes dimensões, já que são,
essencialmente, equipamentos de primeira intervenção com capacidade limitada.
Para além da adequada manutenção dos extintores, são também fatores relevantes para a capacidade
de atuação destes equipamentos a sua adequada instalação, o tipo, a capacidade, a eficácia, o número
de equipamentos necessários em função do risco, a sua sinalização e a sua correta utilização.
Tendo em vista elevar os níveis de qualidade da prestação do serviço e de responsabilização das
entidades que operam no mercado, a presente norma define o conjunto de procedimentos a observar
na manutenção de extintores e os requisitos de certificação do serviço, os quais devem ser auditados
por organismo de certificação acreditado pelo Instituto Português de Acreditação (IPAC).
A presente norma aplica-se a todas as entidades prestadoras do serviço de manutenção de extintores,
independentemente da sua dimensão, contemplando os aspetos críticos para assegurar a qualidade do
serviço.
Os Anexos A e B são de caráter informativo.
Este documento substitui a NP 4413:2012 e a NP 4413:2012/Emenda1:2014.
As entidades detentoras de certificação do serviço de manutenção de extintores segundo a
NP 4413:2012 devem adaptar-se aos requisitos de certificação estabelecidos pela presente norma e
obter a certificação de acordo com a mesma no prazo máximo de 18 (dezoito) meses, a contar da data
da sua publicação.

A presente norma foi elaborada pela Comissão Técnica 46 “Segurança contra incêndio e símbolos
gráficos” sob a coordenação do ONS/APSEI.

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1 Objetivo e campo de aplicação


A presente norma aplica-se às entidades com atividade na manutenção de extintores, sejam elas
singulares ou coletivas, e define os procedimentos de manutenção aplicáveis aos extintores de
incêndio portáteis e móveis e os requisitos de certificação do serviço de manutenção de extintores.
Para exercer a atividade de manutenção de extintores, as entidades devem possuir a referida
certificação de serviço e efetuar o respetivo registo na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção
Civil (ANEPC) na área da manutenção de extintores.
Não obstante a verificação de rotina dos extintores não estar sujeita a exigência legal, a presente
norma aplica-se também à verificação de rotina dos extintores sempre que esta for efetuada por
entidade de manutenção, a pedido do Responsável ou Delegado de Segurança.
A presente norma visa ir ao encontro dos seguintes objetivos:
a) dar resposta ao requisito legal estabelecido na alínea qq) do artigo 25.º do Decreto-Lei nº
224/2015, de 9 de outubro;
b) dar resposta ao requisito legal estabelecido no artigo 17.º do Decreto-Lei nº 145/2017, de 30 de
novembro, no que à certificação para intervenção de extintores de incêndio que contenham gases
fluorados diz respeito;
c) constituir um referencial de certificação de serviço baseado num conjunto de requisitos
reconhecidos pelo mercado e garantir a sua verificação periódica através de auditorias efetuadas
por um organismo de certificação;
d) definir os requisitos que permitam aos prestadores de serviços oferecer aos seus clientes soluções
adequadas à satisfação das suas necessidades, permitindo, em simultâneo, que o cliente possa
proceder à seleção do fornecedor com base em critérios especificados;
e) fornecer às entidades prestadoras do serviço um recurso que permita reconhecer a sua
competência técnica;
f) garantir aos vários intervenientes no mercado da segurança (por exemplo, responsáveis de
segurança, projetistas, seguradoras, entidades fiscalizadoras, entre outros) que as entidades que
cumprem com a presente norma se regem por um conjunto de regras e requisitos reconhecidos;
g) incentivar a melhoria contínua do serviço através do desenvolvimento da competência e da
qualidade.
Caso não sejam cumpridos todos os requisitos estabelecidos pelo presente documento, não é aceitável
invocar a conformidade com esta norma.

2 Referências
A presente norma inclui referências de outras publicações. Para referências datadas, apenas se aplica a
edição citada. Para referências não datadas, aplica-se a última edição do documento referenciado
(incluindo emendas).
Decreto-Lei nº 111-D/2017, de 31 de Estabelece as regras aplicáveis à disponibilização no
agosto mercado de equipamentos sob pressão
Diretiva 2014/68/EU, do Parlamento Relativa à harmonização da legislação dos Estados -
Europeu e do Conselho, de 15 de maio de Membros respeitante à disponibilização de
2014 equipamentos sob pressão no mercado

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Decreto-Lei nº 178/2006, de 5 de Estabelece o regime geral da gestão de resíduos e


setembro, alterado pelo Decreto-Lei nº transpõe as Diretivas nº 2006/12/CE e nº
73/2011, de 17 de junho 91/689/CEE
Decreto-Lei nº 35/2008, de 27 de fevereiro Regulamenta as operações de manutenção e
assistência de sistemas de proteção contra incêndios e
extintores que contenham substâncias que
empobrecem a camada de ozono (Halons) nos termos
do Regulamento (CE) N.º 2037/2000, do Parlamento
Europeu e do Conselho, de 29 de junho
Decreto-Lei nº 220/2008, de 12 de Estabelece o Regime Jurídico de Segurança contra
Novembro, alterado pelo Decreto-Lei nº Incêndio em Edifícios
224/2015, de 9 de outubro
Portaria nº 1532/2008, de 29 de dezembro Estabelece o Regulamento Técnico de Segurança
contra Incêndio em Edifícios
Portaria nº 773/2009, de 21 de julho Estabelece o Registo de Entidades na Autoridade
Nacional de Proteção Civil
Decreto-Lei nº 41-A/2010, de 29 de abril, Transpõe o Acordo Europeu Internacional relativo ao
alterado pela Declaração de Retificação nº Transporte de Mercadorias Perigosas por Estrada
18/2010, de 28 de junho, pelo Decreto-Lei
nº 19-AQ/2014, de 7 de fevereiro, pelo
Decreto-Lei nº 246-A/2015, de 21 de
outubro, e pelo Decreto-Lei nº 111-A/2017,
de 31 de agosto
Decreto-Lei nº 90/2010, de 22 de julho Aprova o Regulamento de Instalação, de
Funcionamento, de Reparação e de Alteração de
Equipamentos sob Pressão
Decreto-Lei nº 145/2017, de 30 de Assegura a execução, na ordem jurídica nacional, do
novembro Regulamento (UE) N.º 517/2014, do Parlamento
Europeu e do Conselho, de 16 de abril de 2014,
relativo aos gases fluorados com efeito de estufa
EN 3-7 Portable fire extinguishers – Part 7: Characteristics,
performance requirements and test methods
EN 1866-1 Mobile fire extinguishers – Part 1: Characteristics,
performance and test methods

3 Termos e definições
Para os fins da presente norma aplicam-se os seguintes termos e definições:

3.1 agente extintor


A(s) substância(s) contida(s) no extintor, cuja ação provoca a extinção.
[EN 3-7:2004+A1:2007, 3.6]

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3.2 carga
A massa ou o volume de agente extintor contido no extintor. Expressa em unidades de volume (litro)
para os extintores à base de água e em unidades de massa (Kg) para os outros extintores.
[EN 3-7:2004+A1:2007, 3.7]

3.3 cliente
Entidade que contrata a entidade de manutenção de extintores.

3.4 componentes de origem


Peças que constam da documentação apresentada pelo fabricante aquando da certificação do extintor.

3.5 componentes comuns


Peças com a mesma qualidade de construção, conceção e pelo menos com igual prestação ou
desempenho do que as peças originais do fabricante.

3.6 corpo
Recipiente do extintor sem acessórios mas contendo todos os componentes de fixação permanente
(soldados).
[EN 3-7:2004+A1:2007, 3.5]

3.7 corpo de um extintor descartável


Corpo de extintor que não pode ser reutilizado, nem sujeito a manutenção.

3.8 entidade com serviço de manutenção certificado


Entidade, singular ou coletiva, com serviço de manutenção de extintores certificado por organismo de
certificação acreditado pelo Instituto Português de Acreditação (IPAC), em conformidade com a
presente norma.

3.9 extintor
Aparelho que contém um agente extintor, o qual pode ser projetado e dirigido para um fogo por ação
de uma pressão interna.
NOTA: Esta pressão pode ser produzida por prévia compressão ou pela libertação de um gás auxiliar.

[EN 3-7:2004+A1:2007, 3.1]


NOTA: Para efeitos desta norma, por extintores entendem-se os extintores portáteis e móveis.

3.10 extintor portátil


Extintor concebido para ser transportado e utilizado manualmente e que, em condições de utilização,
tem uma massa inferior ou igual a 20 kg.
[EN 3-7:2004+A1:2007, 3.2]

3.11 extintor móvel


Extintor de incêndio concebido para ser transportado e operado manualmente e que tem uma massa
total superior a 20 kg.
NOTA: Um extintor de incêndio móvel é montado sobre rodas.

[EN 1866-1:2007, 3.10]

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3.12 extintor de água


Extintor que utiliza como agente extintor água, água com aditivos ou agente químico húmido.
NOTA: Inclui os extintores de espuma.

[EN 3-7:2004+A1:2007, 3.8]

3.13 extintor de dióxido de carbono (CO2)


Extintor que utiliza como agente extintor o dióxido de carbono.
[EN 3-7:2004+A1:2007, 3.10]

3.14 extintor de gases fluorados com efeito de estufa


Extintor que utiliza como agente extintor um dos gases constantes do Anexo I do Regulamento
(UE) N.º 517/2014.

3.15 extintor de halon


Extintor que utiliza como agente extintor o halon.
[EN 3-7:2004+A1:2007, 3.11]

3.16 extintor de halocarbonado


Extintor que utiliza como agente extintor um gás halocarbonado como, por exemplo: HCFC, HFC, PFC
ou FIC.

3.17 extintor operado por garrafa de gás propulsor (sparklet)


Extintor em que a pressão necessária para a descarga do agente extintor é obtida pela libertação, no
momento da utilização, de uma carga de gás comprimido ou liquefeito.

3.18 extintor de pó
Extintor que utiliza como agente extintor pó químico.
[EN 3-7:2004+A1:2007, 3.9]

3.19 extintor de pressão permanente


Extintor em que o agente extintor está em permanente contacto com o gás propulsor e sujeito à
pressão deste.

3.20 garrafa de gás propulsor (sparklet)


Reservatório sob pressão, recarregável ou não, em metal e contendo um gás propulsor, cuja
capacidade é inferior a 0,5 l. Pode ser interior ou exterior.

3.21 manutenção
Conjunto das ações de caráter técnico e administrativo, destinadas a conservar o equipamento ou a
repô-lo no estado correto de operacionalidade. Abrange as operações de manutenção anual e de
carregamento.

3.22 organismo de certificação


Entidade independente e devidamente acreditada pelo Instituto Português de Acreditação (IPAC) para
realizar atividades de certificação de produtos, serviços, sistemas de gestão, entre outros, num
determinado âmbito e segundo um ou vários referenciais normativos.

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3.23 prova hidráulica


Ensaio de pressão hidráulico, efetuado de acordo com os requisitos aplicáveis da norma de construção
aplicável ao tipo de extintor, por Organismos de Inspeção acreditados pelo Instituto Português da
Acreditação, no âmbito do Sistema Português da Qualidade, ou por entidades devidamente autorizadas
nos termos da legislação nacional vigente aplicável, destinado a verificar a capacidade do extintor para
resistir à pressão máxima admissível.

3.24 responsável de segurança (RS)


É a pessoa individual que assume a responsabilidade da manutenção das condições de segurança
contra risco de incêndio aprovadas e a execução das medidas de autoproteção. Poderá ser o
proprietário, no caso do edifício ou recinto estar na sua posse; o detentor da exploração do edifício ou
do recinto; ou as entidades gestoras, no caso de edifícios ou recintos que disponham de espaços
comuns, espaços partilhados ou serviços coletivos, sendo a sua responsabilidade limitada aos mesmos.
É, na maior parte das vezes, o proprietário do extintor ou o representante deste e quem garante que os
extintores são submetidos às operações de manutenção necessárias.

3.25 verificação de rotina


Breve avaliação que visa garantir que o extintor está disponível e operacional. Poderá ser assegurada
pelo responsável ou delegado de segurança ou pela entidade com o serviço de manutenção de
extintores certificado.

4 Requisitos de certificação
A certificação do serviço implica o cumprimento dos seguintes requisitos pela entidade:
a) organização;
b) recursos materiais;
c) recursos humanos.

4.1 Organização
A entidade deve demonstrar possuir a organização e os procedimentos necessários ao bom
desenvolvimento da sua atividade e evidenciar os requisitos de organização a seguir descritos.

4.1.1 Organização e responsabilidade


A entidade deve:

a) implementar e difundir, a todos os níveis da organização, a presente norma;

b) definir o poder de decisão da entidade;

c) definir o seguro de responsabilidade civil da entidade;

d) possuir um organigrama e a definição das responsabilidades e relações entre as pessoas que


intervêm na prestação do serviço de manutenção de extintores;

e) possuir um fluxograma onde descreva as principais fases de execução do serviço e indique os


pontos onde são efetuadas ações de controlo da conformidade do serviço com os requisitos.

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4.1.2 Sistema de documentos e registos


A entidade deve definir um sistema documental controlado que abranja a documentação interna e
externa, incluindo a relacionada com os clientes.
Os documentos requeridos pela presente norma devem ser controlados. Os registos são um tipo
especial de documentos e devem ser controlados de acordo com os requisitos indicados no final desta
secção.
A informação documentada requerida pela presente norma deve ser controlada de modo a assegurar:
a) a sua disponibilidade e pertinência para utilização onde e quando for necessária;
b) a sua proteção adequada (p. ex. perda de confidencialidade ou de integridade, utilização indevida).

Para o controlo da informação documentada, a entidade deve tratar as seguintes atividades, conforme
aplicável:
a) distribuição, acesso, recuperação e utilização;
b) armazenamento e conservação, incluindo preservação e legibilidade;
c) controlo de alteração (p. ex. controlo de versões);
d) retenção e eliminação.
A informação documentada de origem externa determinada pela entidade como sendo necessária para
o planeamento e a operacionalização do serviço deve ser identificada conforme for adequado e
controlada.
A informação documentada retida como evidência de conformidade deve ser protegida contra
alterações não desejadas.
NOTA: O acesso pode implicar uma decisão a respeito da permissão apenas para visualizar a informação documentada, ou
da permissão e autorização para visualizar e alterar a informação documentada.

A entidade deve elaborar e manter os registos de forma a proporcionar evidências da conformidade


com os requisitos estabelecidos e o fornecimento eficaz do serviço. Os registos devem manter-se
legíveis, prontamente identificáveis e recuperáveis.

A entidade deve manter os registos pelo período mínimo de (10) dez anos.

4.1.3 Controlo de não conformidades, ações preventivas, ações corretivas e reclamações


A entidade deve:

a) definir a metodologia de gestão de reclamações de clientes;

b) estabelecer e implementar metodologias de identificação e controlo de serviço não conforme;

c) determinar as ações para eliminar as causas de potenciais não conformidades, tendo em vista
prevenir a sua ocorrência;

d) empreender correções para eliminar as não conformidades detetadas;

e) empreender ações corretivas para eliminar as causas das não conformidades com o fim de evitar
repetições e avaliar a sua eficácia.

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4.1.4 Comunicação com o cliente e avaliação da satisfação


A comunicação com clientes deve incluir:
a) o fornecimento de informação relacionada com o serviço;
b) o processamento de consultas, contratos ou encomendas, incluindo retificações;
c) a obtenção de retorno de informação dos clientes relativamente a equipamentos, sistemas e
serviços, incluindo reclamações;
d) a gestão ou controlo dos equipamentos e/ou sistemas propriedade do cliente;
e) o estabelecimento de requisitos específicos para ações de contingência, quando relevante.
A entidade deve monitorizar a perceção do cliente quanto à medida em que as suas necessidades e
expetativas foram satisfeitas. A entidade deve determinar os métodos para obter, monitorizar e rever
esta informação.
NOTA: Exemplos de monitorização da perceção dos clientes podem incluir inquéritos aos clientes, retorno de informação
dos clientes relativamente a equipamentos ou sistemas entregues e serviços prestados, reuniões com clientes, análises de
quotas de mercado, elogios, reclamações em garantia e relatórios de distribuidores.

4.1.5 Controlo interno


A entidade deve estabelecer e implementar métodos de monitorização e avaliação do serviço prestado,
em intervalos planeados, para determinar se o serviço:
– está de acordo com os requisitos da presente norma e com os requisitos do sistema da qualidade do
serviço, estabelecido pela entidade;
– está implementado e mantido com eficácia.
Os critérios, o âmbito, a frequência e os métodos de controlo interno devem ser definidos. A condução
dos controlos internos e a seleção dos responsáveis pela sua realização devem assegurar a
objetividade e a imparcialidade ao processo de controlo interno. Quem executa o controlo interno não
deve avaliar o seu próprio trabalho.

4.2 Recursos materiais


A entidade deve evidenciar que possui as instalações, os equipamentos e as ferramentas necessários
ao desenvolvimento da atividade de manutenção de extintores.

4.2.1 Instalações
Por instalações entende-se infraestruturas fixas permanentes. A eventual existência de oficinas-móveis
será opcional e apenas será possível como complemento das instalações fixas permanentes existentes.
No caso de existência de oficina(s)-móvel(eis), esta(s) devem ser claramente identificada(s), através
da respetiva matrícula, no certificado emitido pelo organismo de certificação.
Devem ser definidas previamente as tarefas a desenvolver na oficina-móvel, as quais devem ser
executadas de acordo com os mesmos procedimentos estabelecidos para as respetivas instalações
fixas permanentes.
As instalações fixas permanentes devem dispor de uma área total não inferior a 50 m2.
Na planta geral das instalações deve ser referida a localização dos equipamentos e respetivas áreas de
trabalho.

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4.2.2 Equipamentos e ferramentas


A entidade deve assegurar, no mínimo, a existência dos seguintes equipamentos:
a) máquina de enchimento de CO2 com condições para o enchimento de extintores e sparklets
(garrafas de CO2);
b) máquina(s) de enchimento de pó químico seco;
c) compressor de ar;
d) rampa de pressurização/pinça de pressurização de azoto;
e) grampo/pinça de fixação de extintores;
f) equipamentos/ferramentas adequados ao serviço;
g) tina de teste de estanquidade;
h) lupa para inspeção visual de superfícies metálicas com corrosão;
i) lanterna de inspeção interior;
j) bancada de trabalho devidamente iluminada;
k) balanças com graus de resolução/exatidão de acordo com as tarefas e tolerâncias definidas;
l) manómetro de saída do mano-redutor.
No caso da existência de oficinas-móveis, a entidade, para além de definir um procedimento em que
determina as atividades de manutenção aí executadas, deve assegurar a existência, na oficina-móvel,
dos equipamentos e ferramentas mínimos necessários à realização das atividades declaradas.
NOTA: Os equipamentos e ferramentas necessários à realização da manutenção de extintores devem ser exclusivos dos
locais (oficina fixa ou oficina-móvel) para os quais forem designados.

4.2.3 Equipamentos de monitorização e medição


A entidade deve estabelecer um procedimento para identificação e controlo do equipamento existente
e garantir, quando for necessário assegurar resultados válidos, que o equipamento de monitorização e
medição é:
a) calibrado e/ou verificado em intervalos especificados ou antes da utilização, face a padrões de
medição rastreáveis a nível nacional ou internacional ; quando não existirem tais padrões, a base
utilizada para calibração e/ou verificação deve ser registada;
b) ajustado ou reajustado quando necessário;
c) identificado para permitir determinar o estado de calibração e/ou verificação;
d) salvaguardado de ajustamentos que possam invalidar o resultado da medição;
e) protegido de danos e deterioração durante o manuseamento, manutenção e armazenagem.
A entidade deve ainda:
a) avaliar e registar a validade dos resultados das medições anteriores quando o equipamento é
encontrado não conforme com os requisitos. A entidade deve empreender ações apropriadas
relativamente ao equipamento e a qualquer serviço afetado;
b) manter os registos dos resultados de calibração e/ou verificação;

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c) confirmar a aptidão do software de computador, quando utilizado na monitorização e na medição


de requisitos especificados, para satisfazer a aplicação desejada. Isto deve ser efetuado antes da
primeira utilização e reconfirmado quando necessário.
4.3 Recursos Humanos
A atividade de manutenção de extintores apenas pode ser realizada por Técnicos Coordenadores de
Manutenção e Técnicos de Manutenção devidamente qualificados em conformidade com os cursos de
formação estabelecidos pelas Secções 4.3.2.1 e 4.3.2.2 da presente norma.
4.3.1 Quadro de pessoal e competência técnica
A entidade deve evidenciar que possui um quadro profissional com a dimensão e competência técnica
adequadas às atividades que desenvolve e para as quais pretende obter a certificação.
Existem dois níveis de competência técnica:
a) Técnico Coordenador de Manutenção:
 formação em manutenção de extintores, conforme indicado na Secção 4.3.2;
 3 anos de experiência na atividade de manutenção de extintores, após obtenção de aprovação
na formação inicial.
b) Técnico de Manutenção:
 formação em manutenção de extintores, conforme indicado na Secção 4.3.2.
O Técnico Coordenador de Manutenção tem como funções a execução da atividade de manutenção de
extintores e a supervisão técnica do trabalho dos Técnicos de Manutenção. Recomenda-se que por
cada cinco Técnicos de Manutenção exista um Técnico Coordenador de Manutenção.
O quadro técnico deve ser constituído, no mínimo, por 1 (um) Técnico Coordenador de Manutenção.
Todos os Técnicos devem possuir vínculo laboral à entidade, sendo que o Técnico Coordenador apenas
pode conferir capacidade técnica a uma entidade certificada de acordo com a presente norma.

4.3.2 Formação
A entidade deve:
a) garantir a formação adequada dos seus Técnicos Coordenadores de Manutenção e Técnicos de
Manutenção;
b) manter registos apropriados da escolaridade, formação e experiência dos seus colaboradores.
As entidades que intervencionem extintores que contenham gases fluorados com efeito de estufa e/ou
halons devem evidenciar que possuem técnicos qualificados no âmbito da legislação aplicável (ver
Secção 5.9).
NOTA: Os cursos de formação estabelecidos pelo Despacho nº 10738/2011, de 30 de agosto, para a acreditação pela
Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil dos técnicos responsáveis pela comercialização, instalação e manutenção
de produtos e equipamentos de segurança contra incêndio, não dão resposta aos requisitos de formação estabelecidos pela
presente norma.

4.3.2.1 Curso de formação inicial de manutenção de extintores


Todos os técnicos afetos à manutenção de extintores devem ser qualificados através da frequência e
aprovação em curso de formação que cumpra com os requisitos seguintes:
a) conteúdos teórico-práticos:

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 componente teórica: legislação e normalização aplicáveis aos extintores (incluindo os requisitos


aplicáveis das Normas EN 3, EN 1866 e NP 4413 e documentação de acompanhamento dos
extintores de incêndio); fenomenologia da combustão; classificação, características e modos de
funcionamento dos extintores; procedimentos de manutenção de extintores.
 componente prática: trabalho oficinal em oficina que inclua a inspeção do estado geral do extintor,
identificação do tipo de intervenção a realizar ao extintor em função do seu estado, operação dos
equipamentos e ferramentas necessários à realização da atividade, carregamento de extintores,
verificação e substituição de componentes, preenchimento da etiqueta de manutenção de
extintores e preenchimento do relatório de manutenção/registos relativos às operações efetuadas.
b) carga horária mínima: 16 h para a componente teórica e 16 h para a componente prática;
c) avaliação teórica e prática: cada formando deve ser sujeito a uma avaliação geral que resulte da
conjugação da avaliação teórica e da avaliação da prática em oficina. A entidade formadora
certificada pela Direção Geral do Emprego e das Relações do Trabalho (DGERT) deve emitir
certificados de formação aos formandos que obtenham aprovação no curso de formação.

4.3.2.2 Curso de formação contínua de manutenção de extintores


Todos os técnicos afetos à manutenção de extintores devem atualizar a sua qualificação de 5 em 5
anos, através da frequência e aprovação em curso de formação que cumpra com os requisitos
seguintes:
a) conteúdos teórico-práticos:
- componente teórica: conteúdos formativos adaptados à especificidade da atividade
desenvolvida de manifesto interesse para a atualização de conhecimentos necessários ao
exercício da atividade de manutenção de extintores;
- componente prática: trabalho oficinal em oficina.
b) carga horária mínima: 8 h para a componente teórica e 8 h para a componente prática;
c) avaliação teórica e prática: cada formando deve ser sujeito a uma avaliação geral que resulte da
conjugação da avaliação teórica e da avaliação da prática em oficina. A entidade formadora
certificada pela DGERT deve emitir certificados de formação aos formandos que obtenham
aprovação no curso de formação.

4.3.2.3 Requisitos dos formandos


A habilitação literária requerida para o acesso aos cursos de formação é a escolaridade mínima
obrigatória, de acordo com a data de nascimento dos formandos.

5 Procedimentos
5.1 Vida útil
A vida útil dos extintores depende de diversos fatores, tais como o meio ambiente em que estão
inseridos e a forma como são utilizados, entre outros.

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5.1.1 Vida útil dos extintores de incêndio portáteis


Quadro 1 – Vida útil dos extintores de incêndio portáteis

Tipo de agente extintor Vida útil do extintor


Água, à base de água, agente
20 anos
químico húmido e espuma
Pó químico 20 anos

A vida útil dos extintores portáteis de dióxido de carbono e garrafas de gás propulsor (sparklets) deve
depender de aprovação em prova de pressão hidráulica, realizada com a periodicidade definida em 5.7
e em conformidade com os requisitos da legislação nacional aplicável. Cumulativamente, a verificação
da aptidão destes equipamentos para continuar em serviço deve ser efetuada tendo também em
consideração os critérios de rejeição estabelecidos na Secção 5.6 da presente norma.

5.1.2 Vida útil dos extintores de incêndio móveis


A vida útil dos extintores móveis deve depender de aprovação em prova de pressão hidráulica,
realizada com a periodicidade definida em 5.7 e em conformidade com os requisitos da legislação
nacional aplicável. Cumulativamente, a verificação da aptidão destes equipamentos para continuar em
serviço deve ser efetuada tendo também em consideração os critérios de rejeição estabelecidos na
Secção 5.6 da presente norma.
NOTA: Na marcação da prova hidráulica nos extintores móveis de baixa pressão deve ser assegurado que não é
comprometida a resistência do corpo do extintor.

5.2 Periodicidade da manutenção


A manutenção consiste no conjunto de ações de caráter técnico e administrativo destinadas a
conservar o equipamento ou a repô-lo no estado correto de operacionalidade e abrange as operações
seguintes:
a) manutenção anual: deve ser efetuada em intervalos de 12 meses de acordo com o indicado nos
Quadros 3, 4 e 5. É admissível a tolerância de 1 mês antes ou depois deste intervalo;
b) carregamento: deve ser realizado de acordo com o indicado nos Quadros 3, 4 e 5. Implica a
substituição do agente extintor por um novo, nos prazos indicados no Quadro 2, ou quando o seu
estado o justifique.
A pedido do cliente, podem realizar-se intervenções adicionais de caráter corretivo, não planeadas,
para repor o extintor no estado correto de operacionalidade.
Recomenda-se ainda a realização de verificações de rotina distintas da manutenção. As verificações de
rotina podem ser asseguradas pelo Responsável de Segurança ou contratadas a entidade com o serviço
de manutenção de extintores certificado. As verificações de rotina são descritas no Anexo B.
Os procedimentos de manutenção devem ser realizados nos prazos indicados no quadro seguinte:

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Quadro 2 – Periodicidade de manutenção dos extintores

Tipo de agente
Manutenção Carregamento
extintor

Água, à base de
água, agente
Todos os anos Cada 5 anos
químico húmido e
espuma
Pó químico Todos os anos Cada 5 anos
CO2 Todos os anos Cada 10 anos

Os prazos começam a contar a partir da data do carregamento do extintor, sem nunca ultrapassar um
ano da data de fabrico.
Os prazos de realização dos procedimentos de manutenção e carregamento podem ser inferiores aos
referidos no Quadro 2 caso as condições ambientais, os riscos existentes ou o estado do extintor assim
o exijam, ou ainda por indicação expressa do fabricante.

5.3 Procedimentos de manutenção e carregamento


Na manutenção dos extintores, para além dos requisitos estabelecidos na presente norma, na
regulamentação e noutras normas aplicáveis, devem ser também observados os procedimentos
previstos nas instruções dos fabricantes.
A entidade com o serviço de manutenção certificado segundo a presente norma deve realizar as
operações necessárias para restituir ao extintor as suas condições corretas de operacionalidade, de
acordo com os procedimentos dos quadros seguintes.

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5.3.1 Extintores portáteis


Quadro 3 – Procedimentos de manutenção (M) e carregamento (C) de extintores de pressão
permanente de água, à base de água, espuma, pó e agente químico húmido (Classe F)
Tipo de
Procedimento manutenção
M C
Verificar se o extintor se encontra em estado de conservação
Verificação exterior adequado e se existem condições que justifiquem a rejeição do X X
extintor de acordo com a Secção 5.6.
Verificar se a etiqueta de manutenção se encontra legível e em bom
Etiqueta de manutenção estado de conservação. Verificar, particularmente, a data de X X
carregamento.
Selo Verificar a integridade do selo da cavilha. X -
Verificar se as instruções de utilização, de acordo com a EN 3-7,
Rótulo X X
estão em português, estão visíveis, legíveis e não apresentam danos.

Quando o extintor tiver um manómetro auto-comprovável


instalado, verificar se funciona corretamente e se a pressão cumpre
Manómetro e controlo da com o recomendado pelo fabricante.
X X
pressão Nos extintores cujo manómetro não seja auto-comprovável deve
verificar-se, através de métodos apropriados, se a pressão interna
cumpre com o recomendado pelo fabricante.
Pesagem do extintor Pesar o extintor sempre que o Técnico o considere necessário. X -
Extintores de pó Inverter o extintor e agitá-lo para avaliar o estado do pó. X -
Proceder necessariamente à abertura do extintor caso sejam
detetadas as anomalias seguintes:
 perda de pressão;
 descarga parcial ou falta de cavilha de segurança;
 prazo de validade definido pelo fabricante ou pela entidade com
o serviço de manutenção certificado, ultrapassado;
Abertura do extintor  não realização das manutenções anuais anteriores ou X -
manutenções anteriores efetuadas por entidades sem o serviço
de manutenção certificado;
 indícios de compactação ou deterioração das propriedades do
agente extintor;
 qualquer outra circunstância ou anomalia que na opinião do
Técnico justifique a abertura.
Em caso de abertura do extintor, examinar o interior do corpo. A
inspeção interior deverá realizar-se com a ajuda de uma lanterna de
Corpo do extintor inspeção interior para detetar danos por corrosão ou deterioração X
X
do recobrimento (caso exista).
Tendo em consideração a periodicidade recomendada na Secção 5.2,
esvaziar a carga e carregar o extintor com agente extintor novo, com
eficácia igual à especificada no rótulo do extintor.
Carregamento do agente
- X
extintor No caso dos extintores de água com aditivos e espuma, o
carregamento deve ser efetuado tendo em consideração o tipo de
aditivo e a proporção de água/aditivo estabelecida pelo fabricante.

(continua)

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Quadro 3 – Procedimentos de manutenção (M) e carregamento (C) de extintores de pressão


permanente de água, à base de água, espuma, pó e agente químico húmido (Classe F) (conclusão)
Tipo de
Procedimento manutenção
M C
Pesar o extintor e verificar as tolerâncias definidas na
Pesagem do extintor - X
Secção 5.5. Registar todas as pesagens efetuadas.
Em caso de abertura do extintor, quando o mecanismo de
descarga se puder desmontar, desmontá-lo e verificar se é
possível acionar livremente o mecanismo de disparo.
Mecanismo de descarga X X
Limpá-lo ou substituí-lo, se necessário. Proteger da
corrosão todos os componentes móveis e as roscas com
um lubrificante adequado.
Em caso de abertura do extintor, limpar os componentes,
fazer passar um jato de ar seco pelas peças, tendo em
especial atenção aos orifícios de descarga de pressão ou
Montagem de qualquer outro dispositivo de descarga. Certificar-se que
X X
acessórios/componentes o difusor, o filtro, se estiver instalado, o tubo de pesca e a
válvula de segurança, se estiver instalada, e o orifício de
pressurização do manómetro estão desobstruídos.
Substituir se necessário.
Desmontar a mangueira e o difusor, para verificar se
estão desobstruídos ou danificados e, se necessário,
substituir com sobressalentes adequados ao tipo de
Mangueira, difusor e extintor, conforme secção 5.8.
X X
juntas Se aplicável, verificar o diafragma da mangueira e, se
necessário, substituir por sobressalentes adequados.
Em caso de abertura do extintor substituir todas as
juntas, seguindo as instruções do fabricante.
Voltar a montar o extintor seguindo as instruções do
Montagem e fabricante. Pressurizar de acordo com a pressão
X X
pressurização adequada e colocar a cavilha de segurança e o selo a fim
de impedir que o extintor seja operado indevidamente.
Sempre que o extintor for pressurizado, verificar a
Estanquidade X X
existência de eventuais fugas.
Preenchimento da Preencher todos os dados da etiqueta de manutenção
X X
etiqueta de Manutenção como indicado na Secção 6.2.
Suporte Verificar o estado e a adequação. X X
Preencher e entregar ao cliente o relatório dos trabalhos
Relatório X X
realizados.

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Quadro 4 – Procedimentos de manutenção (M) e carregamento (C) de extintores de água, à base


de água, espuma e pó operados por garrafa de gás propulsor (interior ou exterior)
Tipo de
Procedimento manutenção
M C
Verificar se o extintor se encontra em estado de
conservação adequado e se existem condições que
Verificação exterior X X
justifiquem a rejeição do extintor de acordo com a Secção
5.6.
Verificar se a etiqueta de manutenção se encontra legível e
Etiqueta de Manutenção em bom estado de conservação. Verificar, particularmente, X X
a data de carregamento.
Selo Verificar a integridade do selo da cavilha. X -
Verificar se as instruções de utilização, de acordo com a
Rótulo EN 3-7, estão em português, estão visíveis, legíveis e não X X
apresentam danos.
Pesar o extintor sempre que o Técnico o considere
Pesagem do extintor X -
necessário.
Extintores de pó Inverter o extintor e agitá-lo para avaliar o estado do pó. X -
Abrir o extintor e desmontar a garrafa de gás propulsor
Abertura do extintor X X
(sparklet).
Examinar o interior do corpo. A inspeção interior deverá
realizar-se com a ajuda de uma lanterna de inspeção
Corpo dos extintores X X
interior para detetar danos por corrosão ou deterioração
do recobrimento (caso exista).
Tendo em consideração a periodicidade recomendada na
Secção 5.2, esvaziar a carga e carregar o extintor com
agente extintor novo, com eficácia igual à especificada no
rótulo do extintor
Carregamento do agente
- X
extintor No caso dos extintores de água com aditivos e espuma, o
carregamento deve ser efetuado tendo em consideração o
tipo de aditivo e a proporção de água/aditivo estabelecida
pelo fabricante.

Pesar o extintor e verificar as tolerâncias definidas na


Pesagem do extintor - X
Secção 5.5. Registar todas as pesagens efetuadas.
Em caso de abertura, quando o mecanismo de descarga se
puder desmontar, desmontá-lo e verificar se é possível
acionar livremente o mecanismo de disparo. Limpá-lo ou
Mecanismo de descarga X X
substituí-lo, se necessário. Proteger da corrosão todos os
componentes móveis e as roscas, com um lubrificante
adequado.
Limpar os componentes, fazer passar um jacto de ar seco
pelas peças, tendo em especial atenção os orifícios de
descarga de pressão ou qualquer outro dispositivo de
Montagem de
descarga. Certificar-se que o difusor, o filtro, se estiver X X
acessórios/componentes
instalado, o tubo de pesca e a válvula de segurança, se
estiver instalada e o tubo de pressurização estão
desobstruídos. Substituir se necessário.
(continua)

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Quadro 4 – Procedimentos de manutenção (M) e carregamento (C) de extintores de água, à base


de água, espuma e pó operados por garrafa de gás propulsor (interior ou exterior) (conclusão)
Tipo de
Procedimento manutenção
M C
Verificar o exterior da garrafa de gás propulsor (sparklet) e
se existem condições que justifiquem a sua rejeição,
conforme Secção 5.6, conforme aplicável. Se necessário,
Garrafa de gás propulsor substituir, conforme instruções do fabricante. X X
(sparklet)
Pesar e comparar com o valor gravado no corpo da garrafa.
Se a diferença for superior a 5 % do valor marcado no corpo,
carrega-la ou substituir por outra do mesmo tipo.
Verificar as roscas, substituir o opérculo por outro original e
carregar o sparklet.
Carregamento da garrafa Pesar a garrafa e verificar se o seu peso não tem uma
de gás propulsor variação de 5 % da sua carga nominal. - X
(sparklet)
Submergir a garrafa de gás propulsor (sparklet) na tina de
ensaio de estanquidade de modo a verificar a existência de
eventuais fugas.
Desmontar a mangueira e o difusor, para verificar se estão
desobstruídos ou danificados e, se necessário, substituir
com sobressalentes adequados ao tipo de extintor, conforme
Mangueira, difusor e secção 5.8.
X X
juntas Se aplicável, verificar o diafragma da mangueira e, se
necessário, substituir por sobressalentes adequados.
Em caso de abertura do extintor substituir todas as juntas,
seguindo as instruções do fabricante.
Voltar a montar o extintor seguindo as instruções do
Montagem do extintor fabricante. Colocar a cavilha de segurança e o selo a fim de X X
impedir que o extintor seja acionado intempestivamente.
Preenchimento da Preencher todos os dados da etiqueta de manutenção como
X X
etiqueta de Manutenção indicado na Secção 6.2.
Suporte Verificar o estado e a adequação. X X
Preencher e entregar ao cliente o relatório dos trabalhos
Relatório X X
realizados.

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Quadro 5 – Procedimentos de manutenção (M) e carregamento (C) de extintores de


dióxido de carbono
Tipo de
Procedimento manutenção
M C
Verificar se o extintor se encontra em estado de conservação
Verificação exterior adequado e se existem condições que justifiquem a rejeição do X X
extintor de acordo com a Secção 5.6.
Verificar a validade do último ensaio de pressão e assegurar que,
de acordo com a periodicidade definida na Secção 5.7, o corpo
do extintor é submetido a um teste de pressão em conformidade
com a pressão de prova punçoada no seu corpo.
Prova de pressão
No ano em que deve ser realizada a prova de pressão hidráulica, X X
hidráulica
o extintor não deve ser sujeito a manutenção sem ser efetuada a
prova de pressão, isto é, não deve existir nenhum extintor que
tenha em simultâneo a manutenção válida e a prova de pressão
hidráulica caducada.
Verificar se a etiqueta de manutenção se encontra legível e em
Etiqueta de
bom estado de conservação. Verificar, particularmente, a data de X X
Manutenção
carregamento.
Selo Verificar a integridade do selo da cavilha. X -
Verificar se as instruções de utilização, de acordo com a EN 3-7,
Rótulo estão em português, estão visíveis, legíveis e não apresentam X X
danos.
Pesar o extintor e verificar as tolerâncias definidas na Secção
Pesagem do extintor X X
5.5. Registar todas as pesagens efetuadas.
Carregamento do Carregar o extintor tendo em consideração a periodicidade
recomendada na Secção 5.2. - X
agente extintor
Verificar a integridade e, se necessário, reapertar, ou substituir
Disco de rotura por um novo, do tipo recomendado pelo fabricante. X X

Quando se verificar qualquer anomalia no mecanismo de


descarga, desmontá-lo e verificar se é possível acionar
Mecanismo de livremente o mecanismo de disparo. Limpá-lo ou substituí-lo, se - X
descarga necessário. Proteger da corrosão todos os componentes móveis
e as roscas, com um lubrificante adequado.
Desmontar a mangueira e o difusor, para verificar se estão
desobstruídos ou danificados e, se necessário, substituir com
sobressalentes adequados ao tipo de extintor, conforme secção
Mangueira, difusor e 5.8.
Se aplicável, verificar o diafragma da mangueira e, se necessário, X X
juntas
substituir por sobressalentes adequados.
Em caso de abertura do extintor substituir todas as juntas,
seguindo as instruções do fabricante.
Colocar a cavilha de segurança e o selo a fim de impedir que o
Selagem do extintor extintor seja acionado intempestivamente. X X

Sempre que o extintor for carregado, verificar a existência de


Estanquidade eventuais fugas. - X

(continua)

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Quadro 5 – Procedimentos de manutenção (M) e carregamento (C) de extintores de


dióxido de carbono (conclusão)
Tipo de
Procedimento manutenção
M C
Preenchimento da Preencher todos os dados da etiqueta de manutenção como
etiqueta de indicado na Secção 6.2. X X
Manutenção
Suporte Verificar o estado e a adequação. X X
Preencher e entregar ao cliente o relatório dos trabalhos
Relatório realizados. X X

5.3.2 Extintores móveis


A manutenção dos extintores de incêndio móveis deve ser efetuada de acordo com os procedimentos
previstos nas instruções dos fabricantes dos referidos equipamentos.

5.4 Pó químico
Por vezes, o pó químico pode absorver um nível de humidade excessivo que põe em causa a
operacionalidade do extintor. Esta situação decorre, habitualmente, de circunstâncias em que o pó
químico está exposto a ar com humidade relativa elevada.
Para evitar esta situação, recomenda-se que os extintores de pó só sejam abertos nas condições
ambientais mais secas possíveis e durante o tempo mínimo indispensável, a fim de minimizar os
efeitos da humidade sobre o agente extintor. Por este motivo, imediatamente após o carregamento, o
extintor deve ser fechado, através da colocação da válvula, e pressurizado, se aplicável.
Por outro lado, as embalagens de armazenamento do pó químico devem permanecer fechadas e ser
acondicionadas em local adequado que garanta a manutenção das suas propriedades. De preferência, o
pó químico deve ser mantido na embalagem original de modo a garantir a identificação do lote e do
fabricante.
Não são permitidas misturas de diferentes tipos de pó. Alguns tipos de pó poderão reagir entre si e
produzir água e dióxido de carbono. Normalmente, esta reação não se faz sentir senão passadas
algumas semanas. A água provoca o humedecimento do pó e o dióxido de carbono provoca aumentos
de pressão interna muito elevados.
Apenas se deve fazer o carregamento simultâneo de extintores que contenham o mesmo tipo de pó.

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5.5 Tolerâncias do carregamento


O carregamento dos extintores de incêndio deve cumprir com as tolerâncias estabelecidas pela Norma
EN 3-7, conforme indicado no quadro seguinte:
Quadro 6 – Tolerâncias de carregamento dos extintores de incêndio
Agente extintor Tolerância relativa %

1 kg ±5

2 kg ±3

≥ 3kg ±2

0
Todos os outros agentes
-5

Os extintores que forem carregados devem ser marcados na respetiva etiqueta de manutenção com a
data desse carregamento.

5.6 Critérios para a rejeição de extintores


Por razões de construção, sistema de funcionamento ou de exigência legal, não é permitido que se
realize a manutenção de extintores:
a) que não tenham aposta marcação CE*);
b) que não possuam marca de ensaio de pressão*);
c) que não possuam identificação do fabricante*);
d) que não possuam indicação do número de série ou de lote*);
e) cujos corpos não tenham aposto o ano de fabrico;
f) portáteis que não estejam em conformidade com a Norma EN 3;
g) móveis que não estejam em conformidade com a Norma EN 1866;
h) de espuma química;
i) de soda ácido, cuja pressão se dê por reação química ácido-base;
j) amolgados;
k) que para serem atuados tenham que se inverter;
l) que tenham que se inverter e bater contra o solo para que sejam ativados;

*)Apenas aplicável a extintores de incêndio colocados no mercado depois de 29 de maio de 2002, de acordo com o Decreto-
Lei nº 111-D/2017.

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m) para os quais já não existam no mercado componentes de origem ou componentes comuns ou


agentes extintores que garantam uma manutenção que reponha as características de fabrico;
n) que tenham sido retirados do mercado por decisão legislativa;
o) com corpo descartável que não tenham prazo de validade ou que o tenham ultrapassado;
p) cuja cor não seja vermelha (Portaria nº 1456-A/95, de 11 de dezembro);
q) que apresentem sinais evidentes de reparação por solda, soldadura ou corte;
r) cujo corpo ou filetes da rosca estejam danificados;
s) com corrosão;
t) que tenham estado expostos a um incêndio.
Ainda devem ser rejeitados os extintores que, por decisão do técnico, apresentem defeitos que ponham
em dúvida o seu correto funcionamento.
Sempre que for necessário retirar de serviço um extintor pelos motivos supra indicados, a entidade de
manutenção deve informar o cliente desse facto através do relatório de manutenção e identificar o
extintor com a etiqueta aplicável referida na Secção 6.2.

5.7 Provas hidráulicas


De 10 em 10 anos os extintores de incêndio móveis, os extintores portáteis de CO2 e as garrafas de gás
propulsor (sparklets) devem ser submetidos a provas hidráulicas. A realização de provas hidráulicas
aos extintores e garrafas de gás propulsor deve ser efetuada de acordo com a regulamentação nacional
ou europeia para recipientes sob pressão.
NOTA: As provas hidráulicas poderão ser realizadas pelos Organismos de Inspeção referidos no Decreto-Lei nº 90/2010, de
22 de julho, ou por entidades devidamente autorizadas, conforme legislação nacional aplicável.

Após a realização das provas hidráulicas aos extintores e garrafas de gás propulsor, estes devem ser
completamente secos antes de se proceder ao seu carregamento.
Quando o corpo do extintor apresentar uma ou mais das condições estabelecidas na Secção 5.6, este
não deve ser submetido a prova hidráulica, mas rejeitado pela entidade de manutenção, que deve dar
conhecimento desse facto ao cliente.
Quando se suspeite que um extintor com corpo de alumínio tenha estado exposto a temperaturas
superiores a 160 °C deve ser retirado de serviço e submetido a prova hidráulica.

5.8 Instruções do fabricante


A fim de garantir que a manutenção é realizada em condições similares às características do fabrico, e
em particular no que respeita à eficácia do extintor, deve ser garantido que se utilizam no
carregamento agentes extintores e gases propulsores similares aos que são utilizados na origem, pelo
fabricante.
A fim de garantir que o extintor mantém características de operacionalidade similares às de fabrico
devem ser utilizados componentes de origem. Os componentes comuns só podem ser utilizados em
alternativa devidamente fundamentada.

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5.9 Extintores abrangidos por legislação específica

5.9.1 Extintores de halon


Desde a ratificação do Protocolo de Montreal que está controlada a produção e o consumo de várias
substâncias, nomeadamente dos halons para extintores. A publicação do Regulamento (CE)
N.º 1005/2009 do Parlamento Europeu e do Conselho de 16 de setembro de 2009, que altera o
Regulamento (CE) N.º 2037/2000, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 29 de junho, relativo às
substâncias que empobrecem a camada de ozono, limita a produção, a importação, a exportação, a
colocação no mercado e a utilização destas substâncias. Neste sentido, o Anexo VI do Regulamento
(CE) N.º 1005/2009 autoriza a utilização de extintores de Halon 1211 somente nas utilizações críticas
seguintes:
a) em extintores portáteis e no equipamento fixo de extinção de incêndios, em motores para
utilização a bordo de aeronaves;
b) em aeronaves para proteção dos compartimentos da tripulação e dos motores, dos porões para
carga e dos porões secos;
c) em extintores essenciais à segurança pessoal para utilização inicial por bombeiros;
d) em extintores utilizados pelas forças militares e policiais em pessoas.
A manutenção de extintores de halon está sujeita a legislação específica, designadamente à legislação
aplicável às substâncias que empobrecem a camada de ozono.
A intervenção dos extintores de halon, para as utilizações críticas estabelecidas pelo Regulamento (CE)
N.º 1005/2009, deve ser efetuada por técnicos certificados pela Agência Portuguesa do Ambiente.

5.9.2 Extintores de gases fluorados com efeito de estufa


A intervenção de extintores de incêndios que contenham gases fluorados com efeito de estufa está
sujeita a legislação específica, designadamente ao Regulamento (UE) Nº 517/2014, do Parlamento
Europeu e do Conselho, de 16 de abril.
A intervenção de extintores de incêndio que contenham gases fluorados com efeito de estufa deve ser
efetuada por entidades e técnicos certificados de acordo com a legislação aplicável.

6 Registos
6.1 Relatório de manutenção
A entidade com o serviço de manutenção certificado segundo a presente norma deve elaborar um
relatório que deve conter, no mínimo, as informações seguintes:
a) a identificação do cliente;
b) a data e o tipo de operação efetuada (manutenção ou carregamento);
c) a identificação dos extintores: número de identificação, marca, capacidade, tipo de extintor, agente
extintor, data de fabrico, data de realização da última prova hidráulica (se aplicável) e data do
último carregamento;
d) as anomalias encontradas e o resultado da intervenção técnica (aprovado ou rejeitado);
e) os elementos substituídos ou outras situações que se considerem importantes para conhecer o
estado de operacionalidade do extintor;

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f) a identificação da entidade com o serviço de manutenção certificado responsável pela execução do


serviço;
g) a identificação do local onde foi realizada a operação, isto é, oficina fixa ou oficina-móvel e
respetiva matrícula identificativa;
h) o número de registo na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil da entidade
responsável pela execução do serviço;
i) a identificação e a assinatura do técnico que executou o serviço (este técnico deve estar qualificado
de acordo com o definido na presente norma);
j) a identificação dos extintores rejeitados durante a manutenção e o motivo da rejeição.
Deve ser entregue ao cliente um exemplar do relatório contendo a informação das operações
efetuadas.
Os relatórios de manutenção devem ser mantidos pela entidade de manutenção de extintores durante,
pelo menos, 10 (dez) anos.

6.2 Etiqueta de manutenção


A etiqueta de manutenção deve ser aposta nos extintores novos, aquando da sua comercialização, e
sempre que os extintores forem submetidos a qualquer intervenção de manutenção ou carregamento.
Os dados de manutenção devem registar-se numa etiqueta adesiva, de fundo branco, com as
dimensões indicadas na Figura 1. A sua colocação deve ser lateral, permitindo uma fácil visibilidade e
não impedindo a legibilidade do nome do fabricante nem de nenhuma parte do rótulo do extintor.

Figura 1 – Exemplo de etiqueta de manutenção

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Figura 2 – Exemplo de dístico a incluir na etiqueta de manutenção


Na etiqueta devem constar exclusivamente os dados a seguir indicados e dispostos conforme a
Figura 1:
Espaço A:
a) identificação da entidade com o serviço de manutenção certificado;
b) o número de registo na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil;
c) eventual inclusão da marca de serviço certificado da entidade com o serviço de manutenção
certificado.
Aquando da comercialização dos extintores, a etiqueta de manutenção poderá ter de ser aposta por
entidade apenas autorizada a comercializar extintores de incêndio, nos termos da legislação nacional
aplicável. Neste caso, a etiqueta de manutenção não deve incluir a marca de serviço certificado de
acordo com a presente norma e o número de registo na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção
Civil, a constar no Espaço A, deve ser acompanhado da área de registo, isto é, “Comércio de Extintores”.
Espaço B:
a) carregamento;
b) manutenção;
c) próxima manutenção.
Os dísticos informativos do espaço B devem conter a informação do mês, ano e identificação da
entidade (ver exemplo da Figura 2) e não devem ser preenchidos à mão.
Espaço C:

a) o número ou outra forma de identificação do extintor (deve ter correspondência com o relatório de
manutenção).
A etiqueta de manutenção deve cumprir com o seguinte:
a) o dístico referente à data de carregamento deve ser sempre colocado;
b) aquando da comercialização do extintor, deve assumir-se que a data de carregamento é
coincidente com a data de fabrico;
Quando a data de carregamento for coincidente com a data de fabrico, isto significa que a entidade
de manutenção não foi responsável pelo carregamento do extintor, por este ter sido efetuado pelo
fabricante do equipamento;
c) o dístico referente à manutenção anual é dispensável unicamente quando o extintor é novo (isto é,
aquando da sua comercialização), e somente até à realização da primeira intervenção;

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d) o dístico referente à data da próxima manutenção deve ser sempre colocado;


e) os dísticos devem ser colocados de modo que o mês referente ao
carregamento/manutenção/próxima manutenção, conforme aplicável, fique alinhado com a
correspondente seta da etiqueta de manutenção.

Qualquer extintor que, no seguimento da manutenção, não fique operacional, deve ser devidamente
marcado com a informação “FORA DE SERVIÇO”, que demonstre a sua não conformidade, através da
aposição de etiqueta própria para o efeito na parte frontal do extintor. Esta etiqueta não deve ter uma
área inferior à da etiqueta de manutenção.
Sempre que for necessário retirar de serviço um extintor pelos motivos indicados na Secção 5.6, a
entidade de manutenção deve marcar o extintor com a informação ”REJEITADO” que demonstre a sua
não conformidade, através da aposição de etiqueta própria para o efeito na parte frontal do extintor.
Esta etiqueta não deve ter uma área inferior à da etiqueta de manutenção.
A entidade de manutenção não pode apor qualquer informação no extintor, para além da etiqueta de
manutenção e/ou etiqueta que demonstre a não conformidade do extintor.
NOTA: O rótulo do extintor é da responsabilidade do fabricante do equipamento. Aquando da manutenção, a entidade com o
serviço certificado de acordo com a presente norma não pode apor qualquer informação (por exemplo autocolante) neste
rótulo ou em qualquer outra parte do extintor.

7 Compras
7.1 Subcontratação
Em caso de recurso a subcontratação, a entidade subcontratada deve ser uma entidade com o serviço
de manutenção certificado de acordo com a presente norma.
O recurso a subcontratação justifica-se em situações pontuais, como por exemplo sobrecarga de
trabalho ou incapacidade temporária. O recurso à subcontratação não dispensa o cumprimento de
todos os requisitos da presente norma.
Quando se recorra a subcontratação, o relatório de manutenção e a etiqueta de manutenção devem ser
da responsabilidade da entidade que efetivamente executa o serviço.
A entidade contratante deve informar o cliente, por escrito, acerca da subcontratação.

7.2 Identificação e rastreabilidade


A entidade deve manter registos que incluam:
a) documentação que ateste a propriedade dos equipamentos requeridos na Secção 4.2.2 e os
relatórios das ações de manutenção efetuadas aos mesmos;
b) informação técnica sobre os extintores fornecida pelo fabricante;
c) fichas de produto e fichas de dados segurança dos agentes extintores utilizados, redigidas em
língua portuguesa;
d) declarações de conformidade dos agentes extintores utilizados;
e) registos que comprovem as quantidades de agentes extintores adquiridas e utilizadas no
carregamento dos extintores, através da documentação legal exigida, como por exemplo fatura,
guia de transporte ou guia de remessa;

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f) registos que comprovem as quantidades de resíduos encaminhadas para tratamento, através da


documentação legal exigida, designadamente guia de acompanhamento de resíduos.
A entidade deve evidenciar documentalmente a relação existente entre as quantidades de agentes
extintores adquiridas e utilizadas no carregamento dos extintores e a quantidade de resíduos
encaminhada para tratamento.

7.3 Preservação dos extintores


A entidade deve preservar os extintores do cliente enquanto estes estiverem sob o seu controlo ou a
ser intervencionados.
Conforme aplicável, esta preservação deve incluir identificação, manuseamento, embalagem,
armazenamento e transporte. A preservação deve ser também aplicada aos acessórios e componentes
dos extintores.

8 Segurança, saúde e ambiente


8.1 Medidas de segurança contra risco de incêndio durante a manutenção
No caso de ser necessário deixar extintores de substituição com o cliente, de modo a garantir as
condições de segurança contra risco de incêndio durante a manutenção dos extintores, estes
equipamentos devem cumprir com o estabelecido na presente norma, em particular com os
procedimentos de manutenção e carregamento indicados na Secção 5.3.

8.2 Eliminação dos resíduos dos agentes extintores


A entidade de manutenção de extintores deve assegurar que os resíduos gerados durante o exercício
da sua atividade são tratados conforme estabelecido nas leis e regulamentação nacional aplicável à
gestão de resíduos e proteção do meio ambiente e manter registos das quantidades de resíduos
tratadas.
Os resíduos de pó químico são classificados com o código LER 16 05 09 – Produtos químicos fora de
uso não abrangidos em 16 05 06, 16 05 07 ou 16 05 08, os resíduos de extintores de dióxido de
carbono com o código 16 05 05 (gases em recipientes sob pressão, não abrangidos em 16 05 04), os
resíduos de extintores que contenham halons com o código 16 05 04* (gases em recipientes sob
pressão (incluindo halons), contendo substâncias perigosas) e os extintores vazios, enquanto resíduo,
com o código 20 01 40 (metais).
NOTA: Esta classificação é a definida pela Agência Portuguesa do Ambiente.

8.3 Medidas de segurança e saúde no trabalho


A entidade de manutenção de extintores deve assegurar que o exercício da atividade é efetuado em
condições de segurança e de saúde para os trabalhadores e que são tidos em conta os princípios gerais
de prevenção estabelecidos pelo Regime Jurídico da Promoção da Segurança e Saúde no Trabalho. A
entidade deve garantir, em particular, que no exercício da atividade são utilizados os equipamentos de
proteção individual e coletiva adequados.

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Anexo A
(informativo)
Requisitos das entidades formadoras
A.1 Requisitos dos formadores
O perfil do(s) formador(es) das ações de formação deve assentar numa sólida formação técnica, o que
se traduz por uma experiência profissional na atividade de manutenção de extintores igual ou superior
a 5 anos.
O cumprimento dos requisitos aplicáveis aos formadores deve ser atestado mediante declaração
emitida pela entidade formadora, a qual deve ser fornecida em conjunto com o certificado de formação
do curso.
Os formadores dos cursos de formação inicial e contínua de manutenção de extintores, conforme as
Secções 4.3.2.1, 4.3.2.2 e Anexo A da presente norma, estão dispensados da realização do curso de
formação contínua estabelecido na Secção 4.3.2.2 da presente norma, devendo evidenciar, no entanto,
atualização de conhecimentos tecnológicos, normativos e legislativos relacionados com a atividade de
manutenção de extintores, sempre que tal for aplicável.
A dispensa da realização do curso de formação contínua carece de apresentação de declaração emitida
pela entidade formadora na qual o formador preste serviço, que ateste que é formador dos cursos de
formação inicial e contínua de manutenção de extintores, conforme as Secções 4.3.2.1 e 4.3.2.2 da
presente norma.

A.2 Instalações
Para ministrar a componente prática, a entidade formadora deve dispor de instalações oficinais
adequadas à execução da atividade de manutenção de extintores.

A.3 Requisitos das entidades formadoras


As entidades formadoras devem cumprir os requisitos seguintes:
a) registo no Registo Nacional de Pessoas Coletivas, devendo prever, no seu estatuto ou pacto social,
o ensino ou a formação profissional como objeto;
b) certificação pela Direcção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) na área de
formação 861 – Proteção de pessoas e bens.
Por questões de deontologia e ética profissional, as entidades formadoras estão impedidas de
qualificar o(s) seu(s) próprio(s) técnico(s).

A.4 Requisitos dos Certificados de Formação


Os certificados de formação dos cursos de formação inicial e contínua estabelecidos pela presente
norma devem ser emitidos através do Sistema Integrado de Informação e Gestão da Oferta Educativa e
Formativa (SIGO), coordenado pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (GDEEC).
Os certificados emitidos devem refletir de forma clara os requisitos aplicáveis dos cursos de formação
inicial e de formação contínua estabelecidos pela presente norma, conforme secções 4.3.2.1 e 4.3.2.2,
no que diz respeito a conteúdos programáticos das componentes teórica e prática, cargas horárias das
componentes teórica e prática e resultados da avaliação geral, avaliação teórica e avaliação prática.

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Anexo B
(informativo)
Indicações para o Responsável de Segurança

B.1 Manutenção de extintores


O Responsável de Segurança deve assegurar que os extintores são submetidos a manutenção por
entidade com o serviço de manutenção certificado de acordo com os requisitos da presente norma e
devidamente registada na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC). Deve garantir
também o carregamento ou substituição dos extintores que, por qualquer razão, tenham sido parcial
ou totalmente descarregados.

B.2 Verificações de rotina


Entre as manutenções efetuadas pela entidade de manutenção e de modo a garantir a
operacionalidade dos extintores de incêndio, o Responsável de Segurança deve assegurar a realização
de verificações de rotina aos equipamentos.
Deve ser verificado se:
a) o extintor está no local adequado, visível, devidamente sinalizado e não tem o acesso obstruído;
b) a etiqueta de manutenção se encontra legível, em bom estado de conservação e com a data de
manutenção válida;
c) as instruções de manuseamento, em língua portuguesa e de acordo com a EN 3-7 ou EN 1866-1,
conforme aplicável, estão visíveis, legíveis e não apresentam danos;
d) o estado externo geral do extintor se encontra em bom estado de conservação;
e) o selo não está violado;
f) caso exista manómetro, se a posição do ponteiro do manómetro está na zona verde da escala de
leitura.
O Responsável de Segurança deve proceder às medidas corretivas adequadas para solucionar as
anomalias detetadas.
As verificações de rotina devem ser realizadas com uma periodicidade mínima trimestral. No entanto,
caso as circunstâncias o requeiram, as verificações de rotina devem realizar-se com maior frequência.
Das intervenções efetuadas deve ser efetuado e mantido um registo.

B.3 Medidas de segurança contra risco de incêndio durante a manutenção


Durante os procedimentos de manutenção e carregamento, o Responsável de Segurança deve
assegurar o número de extintores existentes ou definido no projeto e, sempre que necessário, adotar
medidas compensatórias adequadas.

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Bibliografia
Lei nº 102/2009, de Regime Jurídico da Promoção da Segurança e Saúde no Trabalho
10 de setembro
Decreto-Lei nº 103/2008, de Transposição da Diretiva Europeia sobre Máquinas (Diretiva
24 de junho 2006/42/CE)
NP EN 27201-1 Segurança contra incêndio – Agentes extintores – Hidrocarbonetos
halogenados – Parte 1: Especificações para halons 1211 e 1301
(ISO 7201-1:1989)
NP EN 27201-2 Segurança contra incêndio – Agentes extintores – Hidrocarbonetos
halogenados – Parte 2: Especificações para manipulação de
segurança e métodos de trasfega (ISO 7201-2:1991)
NP EN ISO 9000 Sistemas de gestão da qualidade – Fundamentos e vocabulário
NP EN ISO 9001 Sistemas de gestão da qualidade – Requisitos
EN 3-8 Portable fire extinguishers – Part 8: Additional requirements to
EN 3-7 for the construction, resistance to pressure and mechanical
tests for extinguishers with a maximum allowable pressure equal to
or lower than 30 bar
EN 3-9 Portable fire extinguishers – Part 9: Additional requirements to
EN 3-7 for pressure resistance of CO2 extinguishers
EN 3-10 Portable fire extinguishers – Part 10: Provisions for evaluating the
conformity of a portable fire extinguisher to EN 3-7
EN 1866-2 Mobile fire extinguishers – Part 2: Requirements for the construction,
pressure resistance and mechanical tests for extinguishers, with a
maximum allowable pressure equal to or lower than 30 bar, which
comply with the requirements of EN 1866-1
EN 1866-3 Mobile fire extinguishers – Part 3: Requirements for the assembly,
construction and pressure resistance of CO2 extinguishers which
comply with the requirements of EN 1866-1
ISO 11602-2 Fire protection – portable and wheeled fire extinghuishers – Part 2:
inspection and maintenance
EN 25923 Fire protection – Fire extinguishing media – Carbon dioxide
EN 615 Fire protection. Fire extinguishing media – Specifications for
powders (other than class D powders)
EN 2 Classification of fires

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