PSICOEDUCAÇÃO – TRANSTORNOS DO HUMOR

· Explicar que o humor refere-se a um estado emocional que perdura por certo tempo,
definido o estado emocional basal e difuso no qual ele se encontra em determinado
momento (mostrar gráfico do humor).

TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR

· Perguntar ao grupo o que sabem sobre depressão, abrindo um espaço para diálogo.

· Explicar diferença entre tristeza (tem motivo, pessoa sabe o porque sente-se assim, é
passageira) e depressão.

· Explicar o que é depressão e sintomas:

· Tristeza; desânimo; inutilidade; culpa; sentimento de vazio ou

insignificância; afastamento das outras pessoas; menor contato visual; sorrir
com menos freqüência; movimentos, fala e gestos lentos; choroso; perda de
interesse ou prazer em atividades usuais, incluindo sexo; autoexclusão de
atividades sociais; dificuldade para pensar, concentrar-se e lembrar-se;
negatividade e pessimismo; pensamentos suicidas ou preocupação com a
morte; mudanças de apetite; insônia ou hipersonia; dores vagas, mas
crônicas; perda de energia física e mental; sentimentos gerais de ansiedade;
inquietação e desassossego.

· A pessoa deve apresentar a maioria desses sintomas por duas semanas ou

mais, representando uma alteração a partir do funcionamento anterior; pelo
menos um dos sintomas precisa ser humor deprimido ou perda do interesse
ou prazer. Pode ser leve, moderada ou grave.

· O suicídio é sempre um risco em potencial.

· Um evento significativo negativo merece uma atenção especial, por exemplo a

morte de um ente querido. É normal sentir-se desalentado e triste por vários meses
como parte do processo de lamentação ou luto. Se as habilidades de uma pessoa
após a morte de um ente querido continuam seriamente comprometidas depois de
dois meses, existe suspeita de depressão maior.

· Perguntar aos pacientes se já tiveram algum dos sintomas citados e abrir espaço para
que eles contem suas experiências.

· Explicar a importância do tratamento para depressão. Quando não é tratada, pode

transformar-se em um transtorno mental recorrente que, progressivamente, se torna
mais sério. Também, que pode haver recaída e, cada vez que ocorre, os sintomas
tendem a ser mais sérios.

· Abrir espaço para o grupo falar sobre aderência ou abandono do tratamento e quais
os recursos utilizados por eles para lidar com as situações de depressão. Reforçar a
importância de se manter em tratamento e seguir as recomendações prescritas.
TRANSTORNO DE HUMOR BIPOLAR

· Iniciar o grupo explicando o assunto e perguntando ao grupo o que sabem sobre

bipolaridade, abrindo um espaço para diálogo.

· Explicar o que é transtorno bipolar e os sintomas:

· Um transtorno de humor que compreende períodos de depressão

incapacitantes, alternados com períodos de extrema euforia e excitação,
tendo a duração de dias a meses. A pessoa experimenta mudanças extremas
de humor. Para a maioria das pessoas com transtorno bipolar, um episódio
maníaco precede ou segue imediatamente um período de depressão maior.
Uma porcentagem pequena de pessoas com transtorno bipolar experimenta
apenas episódios maníacos.

· Episódio depressivo: início mais precoce; episódios mais frequentes; maior

probabilidade de abuso de substâncias ao longo da vida; mais retardo
psicomotor; hipersonia e hiperfagia; sintomas psicóticos; menos ansiedade;
menos insônia inicial.

· Episódio maníaco: autoestima inflada ou grandiosidade; necessidade de

sono diminuída; mais falante que o habitual ou pressão por falar; fuga de
ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão correndo;
distraibilidade (atenção desviada com excessiva facilidade); aumento da
atividade dirigida a objetivos (no trabalho, na escola, socialmente ou
sexualmente); envolvimento excessivo em atividades prazerosas com um
alto potencial para conseqüências dolorosas (por exemplo: envolvimento em
surtos incontidos de compras, indiscrições sexuais ou investimentos
financeiros tolos).

· Citar alguns exemplos de mania e perguntar se alguém do grupo já passou por

situações parecidas. Durante os episódios maníacos, as pessoas podem acumular
uma montanha de contas, desaparecer por semanas, tornar-se sexualmente
promíscua ou cometer atos ilegais. Comumente, a pessoa fica agitada, ou utiliza de
abuso verbal quando outras pessoas questionam sobre suas afirmações de
grandiosidade.

· Em geral, é necessária a hospitalização da pessoa para protegê-la das potenciais

consequências de seu mal julgamento e comportamentos inadequados e estabilizar a
crise.

· Abrir espaço para o grupo falar se identificou-se com algumas características,

estimulando que falem como se sentem a respeito e o que fazem.

· Estimular que os pacientes falem sobre o tratamento: o que acham de permanecer

em tratamento e sobre o uso das medicações. Estimulá-los à aderência ao
tratamento, explicando a importância de manter-se tomando a medicação.

· Frequentemente, o indivíduo volta a apresentar crises quando para de tomar o

medicamento que auxilia no controle dos sintomas.