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“Hipnose no

Tratamento da Dor
Crônica”
José Guilherme Weinstock
Psicólogo da Central da Dor do Hospital A C Camargo – SP e GED da Ncir – HSPE – SP
HIPNOSE E DOR

Índice:

I – Definição

II – História

III – Etapas de aprofundamento da hipnose

IV – Principais técnicas de indução

V – Hipnose Ericksoniana

VI – Roteiro de indução simplificado

VII – Aplicações da hipnose


HIPNOSE E DOR

DEFINIÇÃO:

Hipnose ou transe hipnótico pode ser definido como um estado alternado de


consciência, modificado em comparação com os estados de vigília e sono.

A hipnose foi oficialmente aprovada em 1993, pelo comitê executivo da divisão 30


da Associação Americana de psicologia.
HIPNOSE E DOR

HISTÓRIA

Por meio de desenhos, edificações, papiros, documentos encontrados pode- se


traçar uma linha do tempo milenar da hipnose, tanto com objetivos religiosos,
médicos ou terapêuticos.

O retrato mais antigo que se tem noticia de um médico-xamã foi encontrado na


caverna De Trois Frères, no sul da França que data do período Paleolítico
superior (30.000 a 10.000 mil a. C.)
HIPNOSE E DOR

HISTÓRIA

O dado seguinte remonta os antigos iogues em torno de 5.000 a.C., que se utiliza-
vam de uma espécie de auto hipnose para o controle da respiração e fixação do
olhar, na intenção de conectar-se com divindades.

Em muralhas de templos egípcios dedicados a deusa Isis, pode-se perceber


pessoas concentradas, semelhantes ao estado de transe.

Em torno de 2.400 a. C., médicos hindus desenvolveram técnicas de


concentração em hipnose para utilização na medicina.
HIPNOSE E DOR

HISTÓRIA

Papiros que datam o ano de 1.500 a. C., descoberto em Tebas em 1870 pelo
Egiptólogo alemão George M. Ebers (1837 – 1898), constituem a coletânea mais
Antiga de escritos médicos do Egito antigo.

Os papiros mostram que os sacerdotes induziam um certo tipo de estado


hipnótico com finalidade de cura.

No papiro continha frases como:


“ Para abrandar a dor, ponha as mãos sobre o doente e diga que a dor vai
desaparecer”.
HIPNOSE E DOR

HISTÓRIA

Século XXX a. C. – No Egito


Sacerdotes induziam a um certo tipo de estado hipnótico, nos Templos do
Sono.

Século XVIII a. C. – Na China


Sacerdotes induziam um transe, para buscar aproximação entre pacientes e
seus antepassados em forma de orações e meditações.
HIPNOSE E DOR

HISTÓRIA

Século X
Avicena (Abu Ali al-Husayn ibn Sina)

Acreditava que a imaginação tinha poderes e, que pela palavra, pela vontade
e/ou persuasão se era capaz de curar ou adoecer pessoas.
HIPNOSE E DOR

HISTÓRIA

O estado hipnótico sempre existiu

Sociedades primitivas usavam tambores, rituais, cantos todos carregados de


misticismo e magias.

Na idade media acreditava-se que o monarca tinha o poder de cura pela


imposição das mãos.

O rei Edward “ O Confessor” ( 1003 – 1066) introduziu o toque real .


HIPNOSE E DOR

HISTÓRIA

Pietro Pomponazi (1462 – 1524) de Mântua, redigiu um livro ao qual intitulou :


“ Tratado dos Efeitos Admiráveis da Natureza “.

Pomponazi dizia que “ a imaginação provoca no indivíduo reações fisiológicas e


ela pode, sob influencia da crença ou desejo, realizar o objeto imaginado, seja a
doença ou a cura”.

Talvez esta seja uma primeira percepção de quanto a mente pode influenciar o
corpo por meio de nossos pensamentos; sendo potencializados por meio da
hipnose.
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HISTÓRIA

Século XVIII
Johann Joseph Gassner (1727 - 1779)

Na segunda metade de século apareceu um padre conhecido como Gassner


Realizava curas espetaculares.

Utilizava ambientes escuros falava em latim e com voz cava.

Entrava portando um grande crucifixo de ouro cravejado de diamantes, os


pacientes eram avisados que ao ser tocado pelo crucifixo do padre iriam cair
possessos pelo demônio, e assim que o demônio fosse expulso o paciente
estaria totalmente curado.
HIPNOSE E DOR

HISTÓRIA

Século XVIII
Franz Friedrich Antom Mesmer (1734 - 1815)

Mesmer se diplomou em medicina em 1775, apresentando como tese de


formatura : “De planetarium influxu”.

A tese foi criada a partir de idéias filosóficas e teosóficas do século XVI e XVII,
inspirada em Paracelso, Fludd, Maxwell e Kircher, e baseada em conceitos
metafisicos-cosmológicos de Leibnitz, e físicos de Galvani e Lavoisier .

Em lugar de responsabilizar o demônio pelas enfermidades, responsabilizava


os astros.
HIPNOSE E DOR

HISTÓRIA

Século XVIII Franz Antom Mesmer (1734-1815)

Com a teoria do magnetismo animal iniciou a fase científica da hipnose. Ele


utilizava magnetos e objetos imantados para curar dores e doenças. O mesmo
foi considerado charlatão e por isso proibida a pratica do Mesmerismo na
época.

Mesmer também pode ser considerado o criador da psiquiatria dinâmica, a


qual vê nas doenças uma causa psicogênica, ou seja, de origem psíquica.

Sendo que a cura depende e muito da relação que é estabelecida entre médico
e paciente, o que hoje chamamos de rapport .
HIPNOSE E DOR

HISTÓRIA

Mesmer foi bastante influenciado pelo pensamento do médico suíço Philippus


A. Paracelso (1493 – 1541), que antes de Mesmer já acreditava na cura pelo
magnetismo, além da fé.

Dizia que o medo da doença era mais prejudicial que a própria doença, por
isso tinha o cuidado de sugestionar seus paciente com a intenção de fazê-los
acreditar que ficariam curados ou se manteriam sãos.

Mesmer dava atenção aos seus pacientes e ouvindo o que eles tinham a dizer
a respeito das possíveis causas de suas doenças, só então prescrevia.
HIPNOSE E DOR

HISTÓRIA

Com uma demanda cada vez maior Mesmer já não conseguia atender
individualmente resolveu então montar grupos.

As pessoas então sentavam de forma circular num ambiente na penumbra,


apenas iluminado por uma fogueira, havia o aparelho braquet inventado por
ele, o qual consistia em uma tina de carvalho com água e limalha de ferro.

A musica estava sempre presente, e por muitas vezes quem tocava era Mozart,
seu amigo e que o convenceu que a música também tinha poder sugestivo de
cura.
HIPNOSE E DOR

HISTÓRIA

A convite da Imperatriz da Áustria e por indicação de Mozart, Mesmer foi tratar


sua sobrinha a jovem pianista Maria Thereza Paradis de 18 anos, que de
repente ficara cega, sem nenhuma causa aparente, isso desde os 4 anos de
idade.

Depois de alguma sessões envolvendo muita conversa e passes magnéticos,


a moça voltou a enxergar.

Os médicos da imperatriz se sentiram ameaçados, pois recebiam uma pensão


doença, e com a cura da jovem perderiam; com isso iniciaram uma séria de
questionamento e críticas.
HIPNOSE E DOR

HISTÓRIA

Diziam que fora a fé da jovem que a curou, e não o magnetismo, e logo que a
menina perdesse a fé a cegueira voltaria.

Os pais da moça acreditaram nos médicos: primeiro agrediram Mesmer,


depois a filha.

Tão logo voltou a enxergar, sobraram motivos para Maria Thereza “não mais
ver ” o que acontecia ao seu redor, pois era uma cegueira psicológica, o não
enxergar era um sintoma, que fora curado pela sugestão hipnótica, mas com
tudo que esta acontecendo a sua volta, “perde novamente a visão” este caso
aconteceu no ano de 1777.
HIPNOSE E DOR

HISTÓRIA

É importante ressaltar que o que Mesmer realmente fazia independente do


magnetismo, era sugestão ou comunicação hipnótica com seus pacientes,
dava-lhes ouvido, fazia-os acreditar que poderiam curar-se e era o que
acabava acontecendo na maioria das vezes.

Hoje sabemos do poder que a mente exerce sobre o corpo, o que na época
não era sabido.
HIPNOSE E DOR

HISTÓRIA

Marquês de Puysegur (1751 – 1825), discípulo de Mesmer tratando


separadamente um paciente de 23 anos de nome Victor Race em 1784.

Observou que em vez de apresentar convulsões, ele dormia tranqüilo e


durante o sono ele podia falar e responder ordens, e ao ser acordado não se
lembrava de nada.

Denominou então este estado de “sonambulismo artificial” por analogia do


sonambulismo do sono fisiológico.
HIPNOSE E DOR

HISTÓRIA

Século XIX
James Braid (1795 – 1860) médico oftalmologista renomeou o mesmerismo para
hipnotismo (1842).

A indução ao transe se fazia pela fixação do olhar em um ponto acima da linha


dos olhos.

Sua mais notável contribuição foi tentar considerar a hipnose como fenômeno
psicológico.

Hipnotismo para monoideismo.


HIPNOSE E DOR

HISTÓRIA

Século XIX
José Custódio de Faria(1716 – 1819) Conhecido como Abade Faria

Travou relações com o Marques de Puységur, e entregou-se de corpo e alma a


carreira e estudo do hipnotismo. Foi o primeiro a lançar a doutrina da
sugestão, e a mostrar que hipnose não era sinônimo de sono.

Recomendava o relaxamento muscular, fitava os olhos e em seguida ordenava


em voz alta: “DURMA” Contribuiu no desenvolvimento daquilo que 150 anos
mais tarde ele chamaria de “hipnose acordada”.
HIPNOSE E DOR

HISTÓRIA

James Esdaile (1808 – 1868)

médico inglês sob influencia de John Elliotson (1791 – 1868) foi aplicar o
mesmerismo na Índia e fez cirurgias “sem anestesia” na guerra .

Primeira operação sob hipnose de dupla hidrocele, foi realizada em 4 de abril


de 1845 no Native Hospital de Hooghly na India.

Em seu livro mesmerismo na Índia, publicado em 1850, descreve 250 cirurgias


todas sob efeito hipnótico; algumas bastante delicadas como, amputações e
remoções de tumores.

Anestesia hipnótica (hipnoanalgesia).


HIPNOSE E DOR

HISTÓRIA

Pela reputação James Esdaile recebeu auxilios governamentais para seguir sua
pesquisas e em 1846 foi lhe colocado a disposição um hospital em Calcutá
(Índia).

Em 1847, apresentou um relatório de suas atividades e uso da hipnose. Em um


dos trechos dizia: “Durante alguns meses estivemos ocupados exclusivamente
com a cirurgia, o sucesso das operações indolores. Agora progressivamente
conhecido pelo público e sucessos médicos estão já a ser obtidos como outros
casos mais graves como epilepsia, demência, paralisia e outras afecções
nervosas, dolorosas, prometem compensar o nosso labor”.

Enquanto esteve na Índia, Esdaile realizou mais de 3000 cirurgias sob hipnose.
HIPNOSE E DOR

HISTÓRIA

Em 1848 o médico francês Auguste Liébault ( 1823 – 1904), ao ler os trabalhos


sobre o mesmerismo e sob Braid, interessou-se pela hipnose, desenvolvendo
métodos próprios para a produção do que chamava “sono artificial”.

Para não ter o titulo de charlatão, Liébault praticava a hipnose de forma


gratuita, com isso ganhou reconhecimento.

O médico também francês Hipolyte Bernheim (1840 – 1919), teve contato com o
seu trabalho e se interessou.

Então Bernheim envia um paciente que sofria de ciática, pois seus esforços já
duravam 6 meses sem resultado.
HIPNOSE E DOR

HISTÓRIA

Então depois de algumas sessões de hipnose o paciente estava curado.

Bernheim ficou impressionado com o feito, decidindo viajar para encontrar


Liébault e tornar-se seu aluno.

Em 1884 fundam juntos a Escola de Nancy, lançam um livro que foi bastante
aclamado, onde Liébault pode expor toda a sua casuística.

Na mesma época lançam a idéia da medicina psicossomática.


HIPNOSE E DOR

HISTÓRIA

Século XX
Jean Martin Charcot – (1825 – 1893) Médico neurologista, fundou a escola de
neurologia de Salpêtrière.

Charcot discordou das idéias postuladas pela escola de Nancy, dizendo que a
sugestão não era um fator importante na hipnose.

Considerava o transe como um estado patológico de dissociação, após estudo


com pacientes histéricos.
HIPNOSE E DOR

HISTÓRIA

Afirmava que a hipnose era uma outra forma de manifestação da histeria.

Seus experimentos com a hipnose se restringiam a pacientes histéricos,


afirmando que a hipnose era bastante rara, só possível com pacientes
neuróticos.

Bernheim demonstrou que a hipnose era ligada a fenômenos psíquicos de


sugestão e que qualquer pessoa poderia ser hipnotizada.

Liébault observava que a relação médico-paciente (rapport) era fundamental para


obtenção de fenômenos hipnóticos e seus efeitos terapêuticos.
HIPNOSE E DOR

HISTÓRIA

Na mesma época o médico Jacob Bernays (1824 – 1881), dava corpo a teoria da
catarse ou a cura por meio da palavra.

Jacob que era tio de Martha Bernays esposa de Sigmud Freud, acreditava que
as doenças seriam curadas na medida em que o paciente liberasse seus
elementos opressivos.
HIPNOSE E DOR

HISTÓRIA

Sigmund Freud (1856 – 1939) Psiquiatra também ouviu falar dos trabalhos das
escolas de Nancy e Salpêtrière.

Decide ter aulas com Charcot que foram de outubro de 1885 a fevereiro de
1886, onde fica impressionado com as demonstrações de hipnose em suas
aulas.

Em 1889 vai para escola de Nancy ter aulas com Liébault e Bernheim.

Depois participa de 2 Congressos Internacionais sobre hipnotismo em Paris.


HIPNOSE E DOR

HISTÓRIA

Freud começa aplicar a hipnose com seu colega Breuer (1841 – 1925) em
pacientes com distúrbios emocionais.

Freud queria desenvolver suas próprias técnicas, não querendo associar a


psicanálise à hipnose para ser melhor aceito pela comunidade médica e
científica.

Procura novas formas de tratar seus pacientes através de comportamentos


simbólicos, da livre associação e da análise de sonhos.
HIPNOSE E DOR

HISTÓRIA

Cria conceitos teóricos de Superego, Ego e id.

Mais tarde a teoria da libido e sexualidade infantil.

Admite, principalmente, que se existe no inconsciente uma situação


traumática que não é trazida a consciência de uma forma adequada, a
simples eliminação do sintoma não seria suficiente e curativa.
HIPNOSE E DOR

HISTÓRIA

Mesmo Wilhel Wundt, considerado o pai da psicologia como ciência


escreveu um livro sobre hipnose.

Foi da hipnose que nasceu a psicanálise e outras linhas da psicologia


moderna.

A hipnose antecede a psicologia, e foi sua precursora, mas é curioso que a


maioria das faculdades e psicólogos preferem fechar os olhos para isso,
como se a psicologia e hipnose não tivessem nenhuma relação.
HIPNOSE E DOR

HISTÓRIA

A fonte da qual a psicologia bebeu foi a da hipnose.

Fred renegou a hipnose porque queria construir uma estrutura teórica que
tivesse a sua marca, abandonou o termo hipnose para criar o termo
psicanálise.

Na teoria psicanalítica a hipnose é vista como uma submissão masoquista


erótica por parte do hipnotizado.
HIPNOSE E DOR

HISTÓRIA

Sem a psicanálise de Freud, a hipnose não teria alcançado o estágio que ora
se encontra.

A hipnose de ontem (de Freud) tornava palpável o inconsciente.

A hipnose de hoje (pós Freud) torna acessível o inconsciente em grau como


nunca o fora antes de o mestre ter gerado a psicanálise.
HIPNOSE E DOR

HISTÓRIA

Emile Coué (1857 - 1926) Farmacêutico Francês, seu nome esta associado ás
pesquisas sobre o “Efeito Placebo”.

É considerado o pai da Auto-hipnose.

Ele conclui dessa experiência que “na verdade, não é a sugestão que o
hipnotizador faz que realiza qualquer coisa, é a sugestão que é aceita pela
mente do paciente”.
HIPNOSE E DOR

HISTÓRIA

Emile Coué então cria três leis:

1 – Quando a vontade e a imaginação entram em conflito, a 2ª vence sempre.

2 – Quando há confronto entre vontade e imaginação, a força desta esta na


relação direta do quadrado da vontade.

3- Imaginação pode ser educada.


HIPNOSE E DOR

HISTÓRIA

Ivan Petrovich Pavlov ( 1849 – 1936) Fisiologista, premio Nobel de medicina


em 1904.

Demonstrou por meio de estudos dos reflexos condicionados que a


hipnose é uma resposta do sistema nervoso central comum ao homem e
mesmo nos animais.

Platonov, discípulo de Pavlov, demonstrou em seus estudos que a palavra


quando dita em hipnose poderia modificar as funções de todo o organismo,
corrigindo e alterando os reflexos condicionados.
HIPNOSE E DOR

HISTÓRIA

Ernest Simmel ( 1882 – 1947) Psicanalista Alemão

Devido a grande incidência de choque traumáticos entre soldados na 1ª


guerra mundial.

Decidiu tratar as neurose de guerra com hipnose. A técnica foi chamada de


hipnoanálise.
HIPNOSE E DOR

HISTÓRIA

Milton Hayland Erickson (1901 – 1980)


Médico considerado o pai da hipnose moderna

• Utiliza um tipo de transe exclusivo para cada cliente


• Natureza multidimensional do transe
• Transe não formal
• Permissivo, naturalista de dentro para fora
• Sugestões indireta
• Abordagem de utilização ( o transe é visto como experiência natural a
todas as pessoa )
HIPNOSE E DOR

HISTÓRIA

“ A terapia é única para um único cliente, construída para as necessidades


e situações daquele sujeito “ (Erickson, 1980, vol. 1. p 15).

Terapia naturalista ↔ A natureza do sujeito.

A terapia de Erickson se baseia em 3 Ms e 2 Rs:

Motivar Responsividade

Metaforizar Recursos

Mover
HIPNOSE E DOR

Hipnose Ericksoniana

01 – Uso de truísmos.

02 – Dava ao paciente o papel central.

03 – Amnésia juntamente com dissociação.

04 – Regressão de idade.

05 – Analgesia.
HIPNOSE E DOR

Hipnose Ericksoniana

06 – Anestesia.

07– Deslocamento.

08 – Distorção do tempo.
HIPNOSE E DOR

Etapas de aprofundamento da hipnose

etapa hipnoidal: fenômenos oculares


fenômenos corporais

etapa leve: catalepsia ocular


movimentos automáticos
desafio
HIPNOSE E DOR

Etapas de aprofundamento da hipnose

etapa média: analgesia


surdez eletiva
signo - sinal
sugestão hipnótica simples
amnésia superficial
conversa sem acordar
abrir os olhos sem despertar

etapa sonambúlica: alucinação


anestesia profunda
regressão de idade
amnésia profunda
HIPNOSE E DOR
Principais técnicas de indução

1 – Técnica de levitação do braço

2 – Processo de fixação do olhar

3 – Método de reversão do olhar

4 – Interrupções de padrões estabelecidos e automatizados

5 – Indução por ação de alavanca


HIPNOSE E DOR
Principais técnicas de indução

6 – Método das mãos entrelaçadas

7 – Método da Estrela, do balão e outras fantasias

8 – Autoscopia

9 – Fascinação
HIPNOSE E DOR

Hipnose instrumental
Koralek ( 1910 – 1975 ) Engenheiro

Hipnotron

Sonotron
HIPNOSE E DOR

MITOS

Mitos:

Como ocorre a hipnose?

Quem pode ser hipnotizado?

A hipnose pode causar controle do paciente?

Hipnose pode causar dependência?


HIPNOSE E DOR

Não hipnotizáveis 05% da população

Atingem transe ligeiros 45% da população

Atingem transe médio 35% da população

Atingem transe profundo 15% da população


HIPNOSE E DOR

Roteiro de indução simplificado

Você pode fechar seus olhos

1º - Absorção:
Você pode respirar profundamente ou .....

2º - Ratificação:
Enquanto eu estive falando com você ... Seu ritmo.......

3º - Eliciação:
Agora você pode aproveitar esta sensação gostosa de conforto e
se aprofundar....

4º - Término e reorientação....
HIPNOSE E DOR

Dor é uma sensação que comporta um componente afetivo mais ou menos


intenso; sofrimento físico interno ou externo ou uma impressão penosa
provocada por um acontecimento tal como a perda de um ente querido.

Dor por ser uma sensação é possível ser tratada por meio da hipnose.
HIPNOSE E DOR

Doentes portadores de dores crônicas tais como fibromialgia, enxaqueca ou


mesmo câncer podem ser beneficiados com o recurso da hipnose.

O processo terapêutico tem que ser dentro de um contexto abrangente , e não


isoladamente.

O tratamento deve privilegiar a abordagem interdisciplinar e multiprofissional.


HIPNOSE E DOR

Analgesia e anestesia é a aplicação mais eficaz e também a mais comprovada


cientificamente da hipnose.

Outra aplicação consagrada da hipnose é a eliminação de fobias.


HIPNOSE E DOR

Nos processos que envolvem dor devemos levar em consideração obter uma
profunda anamnese.

Conhecer:
 valores
 personalidade
 histórico de doenças anteriores
 outros fatores que podem interferir na percepção, interpretação e
avaliação da dor
HIPNOSE E DOR

Pacientes com câncer costumam interpretar sua dor como medida de


gravidade ou um agravante de sua doença.

Hipnose serve para:


 relaxar
 modificar interpretações
 credo
 enfrentamento
 reduzir sofrimento
HIPNOSE E DOR

A hipnose também é um importante instrumento no tratamento adjuvante para


obtenção de maior adesão dos doentes ao tratamento.

Nas cirurgias doentes submetidos a hipnose podem apresentar:


redução da dor.
da ansiedade.
ter menos sangramento durante o ato operatório.
HIPNOSE E DOR

Dentro da Lei

A hipnose não é um procedimento alternativo de terapia. Isto quer dizer


que seu emprego é legal e está regulamentado pelos seguintes Conselhos:

1º - Cirurgiões Dentistas:
Artigo 6º da Lei 5081 de 1996.

2º - CFM - Conselho Federal de Medicina:


Parecer nº 42/99 de 20 de agosto de 1999.

3º - CFP - Conselho Federal de Psicologia:


Resolução nº 13/00 de dezembro de 2000.
OBRIGADO

jgwpsi@hotmail.com

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