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DISCIPLINA: BIOLOGIA

PROFESSOR: GIULIANE LINO SANTOS e RODRIGO ANDRADE DA SILVA


TURMA: 2º ANO A e B - EJA PERÍODO: NOTURNO
CÓDIGOS DE HABILIDADES: EM13CNT202, EM13CNT206 e EM13CNT303
 OBJETOS DE CONHECIMENTO: Biodiversidade; Classificação Biológica: Taxonomia e
sistemática; Filogenia; Cladogêneses e Anagêneses; Vírus e Viroses

NOME DO ALUNO: __________________________________________________________________

IMPORTANTE:
Preencher com o nome completo, utilizar o material para estudo das disciplinas referente ao mês de
setembro. Responder as atividades escolares e devolver este material à escola nos prazos informados.
Bons estudos!!
AULA 1 – PRIMEIRA SEMANA DE SETEMBRO DE 2020

UNIDADE 1 – BIODIVERSIDADE; CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA DOS SERES VIVOS;


MICROBIOLOGIA;
A Biologia é a ciência que estuda a vida, ou
seja, os animais, vegetais e todos os seres vivos de
nosso planeta. Esta ciência é de extrema
importância para o entendimento do funcionamento
do nosso ecossistema. Cada vez mais o homem
utiliza os conhecimentos de biologia para melhorar
as relações que os seres vivos possuem na natureza.
Este estudo abrange todos os aspectos dos
seres vivos, incluindo sua classificação,
organização, constituição, funcionamento, Fonte: http://lh4.ggpht.com/-MThThxUT3Wg/T2-
comportamento e interação com o ambiente. dlcM3FEI/AAAAAAAAATU/TOx6BWyI804/s1600-
h/biologo%25255B7%25255D.jpg
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CAPÍTULO 01 – BIODIVERSIDADE
BIODIVERSIDADE E EQUILÍBRIO BIOLÓGICO
“A Terra e o paraíso do sistema solar” Carl Sagan

A Terra abriga uma imensa variedade de seres vivos. A porção da terra biologicamente habitada é
denominada Biosfera (do grego Bios, vida; Sphoêra, esfera), que corresponde a uma película finíssima –
comparada ao diâmetro da Terra que é de 13.000 km – em que a vida se desenvolve. A Biodiversidade é um
termo usado para descrever o variado contingente de espécies de seres vivos que existem na terra e que fascina
os pesquisadores, cada vez mais preocupados em conhecer e preservar esse patrimônio biológico.
O Brasil, por exemplo, é um dos países mais bem-dotados do mundo em regiões biodiversas, isto é,
regiões que oferecem condições ambientais para o desenvolvimento de um grande número de espécies de
seres vivos. Como é o caso da Floresta Amazônica que, assim como as demais florestas tropicais, contém uma
elevada diversidade de espécies.
A Biologia procura contribuir para o desenvolvimento de uma mentalidade de respeito pela vida e,
consequentemente, para uma integração cada vez maior entre o ser humano e a natureza. Nesse processo,
estaremos cada vez mais capacitados para usufruir do ambiente sem destruí-lo ou degradá-lo.
Nos mais diversos ambientes naturais da Terra, os seres vivos normalmente estabelecem entre si e com
o meio em que vive um relacionamento que garante não apenas a sua sobrevivência, mas também a
preservação dos recursos naturais disponíveis. É essa situação de estabilidade dos seres vivos entre si e com
o ambiente que estão instalados que se denomina Equilíbrio Biológico ou Ecológico.
A interferência direta ou indireta em quaisquer desses níveis de organização – célula a biosfera - pode
acarretar consequências desastrosas ao equilíbrio ecológico existente entre os seres vivos e o meio ambiente.
O extermínio de cobras de uma determinada região, por exemplo, pode favorecer o desenvolvimento de uma
superpopulação de ratos e outros roedores, que normalmente servem de alimentos para às cobras. A
superpopulação de roedores, por sua vez, pode determinar uma drástica redução na população de gramíneas e
de outros vegetais da região. Esse fato, além de atingir as populações de herbívoros que se nutrem dessas
plantas, podem deixar o solo desprotegido, o qual, sem a cobertura de vegetais, fica sujeito à erosão pela ação
do vento e da água das chuvas. Com isso, o solo tende a ficar estéril, o que dificulta – ou mesmo impossibilita
– a recuperação vegetal na área. As consequências de tal processo são desastrosas, especialmente para as
populações animais, que, em última análise, têm nas plantas a sua fonte nutritiva.
O Homem é o principal responsável da perda da biodiversidade. As espécies têm sido exterminadas de
maneira muito rápida pela ação humana, com uma taxa de extermínio 50 a 100 vezes superior aos índices de
extinção por causa natural.
Exemplos da ação do homem e suas consequências na biodiversidade do planeta:
 Eliminação ou alteração do habitat pelo homem - é o principal fator da diminuição da biodiversidade.
A eliminação de vegetação local para construção de casas ou para atividades agropecuárias altera o meio
ambiente. Em média, 90% das espécies extintas acabaram em consequência da destruição de seu habitat;
 Superexploração comercial - ameaça muitas espécies marinhas e algumas terrestres;
 Poluição das águas, solo e ar - estressam os ecossistemas e matam os organismos;
 Introdução de espécies exóticas - ameaçam os locais por predação, competição ou alteração do habitat
natural.
A diversidade biológica apresenta um papel fundamental para a nossa espécie, uma vez que
aproximadamente 40% da economia mundial e 80% das necessidades dos povos dependem dos recursos
biológicos.
Devido essencialmente a atividades humanas como a agricultura, a pesca, a indústria, os transportes e a
urbanização de extensas partes do território, entre outras, observa-se que os ecossistemas e as espécies se
encontram, a um nível global, cada vez mais ameaçadas, com a consequente diminuição da biodiversidade.
Esta tendência pode vir a ter, profundas implicações no desenvolvimento econômico e social da
comunidade humana, pois é frequentemente acompanhada por profundas alterações ambientais.
Neste contexto, o conceito de conservação da natureza tem vindo a evoluir precisamente no sentido de
manutenção da biodiversidade.
Tanto a comunidade científica internacional quanto governos e entidades não-governamentais
ambientalistas vêm alertando para a perda da diversidade biológica em todo o mundo, e, particularmente nas
regiões tropicais. A degradação biótica que está afetando o planeta encontra raízes na condição humana
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contemporânea, agravada pelo crescimento explosivo da população humana e pela distribuição desigual da
riqueza. A perda da diversidade biológica envolve aspectos sociais, econômicos, culturais e científicos.
Em anos recentes, a intervenção humana em hábitats que eram estáveis aumentou significativamente,
gerando perdas maiores de biodiversidade. Biomas estão sendo ocupados, em diferentes escalas e velocidades.
Áreas muito extensas de vegetação nativa foram devastadas no Cerrado do Brasil Central, na Caatinga e na
Mata Atlântica. É necessário que sejam conhecidos os estoques dos vários hábitats naturais e dos modificados
existentes no Brasil, de forma a desenvolver uma abordagem equilibrada entre conservação e utilização
sustentável da diversidade biológica, considerando o modo de vida das populações locais.
Como resultado das pressões da ocupação humana na zona costeira, a Mata Atlântica, por exemplo, ficou
reduzida a aproximadamente 10% de sua vegetação original. Na periferia da cidade do Rio de Janeiro, por
exemplo, são encontradas áreas com mais de 500 espécies de plantas por hectare, muitas dessas são árvores
de grande porte, ainda não descritas pela ciência.
Os principais processos responsáveis pela perda da biodiversidade são:
1. Perda e fragmentação dos hábitats;
2. Introdução de espécies e doenças exóticas;
3. Exploração excessiva de espécies de plantas e animais;
4. Uso de híbridos e monoculturas na agroindústria e nos programas de reflorestamento;
5. Contaminação do solo, água, e atmosfera por poluentes; e
6. Mudanças Climáticas.
As inter-relações das causas de perda de biodiversidade com a mudança do clima e o funcionamento dos
ecossistemas apenas agora começam a ser vislumbradas.
Três razões principais justificam a preocupação com a conservação da diversidade biológica. Primeiro
porque se acredita que a diversidade biológica seja uma das propriedades fundamentais da natureza,
responsável pelo equilíbrio e estabilidade dos ecossistemas. Segundo porque se acredita que a diversidade
biológica representa um imenso potencial de uso econômico, em especial pela biotecnologia. Terceiro porque
se acredita que a diversidade biológica esteja se deteriorando, inclusive com aumento da taxa de extinção de
espécies, devido ao impacto das atividades antrópicas.

AULA 2 – SEGUNDA SEMANA DE SETEMBRO DE 2020

ATIVIDADES – DESAFIO DE BIOLOGIA


1) O que é a biodiversidade? RESPOSTA:
É UM TERMO USADO PARA DESCREVER O VARIADO CONTINGENTE DE ESPÉCIES DE SERES
VIVOS QUE EXISTEM NA TERRA

2) Quais as suas principais ameaças? RESPOSTA:


A PERDA E FRAGMENTAÇÃO DOS HÁBITATS; INTRODUÇÃO DE ESPÉCIES E DOENÇAS
EXÓTICAS; EXPLORAÇÃO EXCESSIVA DE ESPÉCIES DE PLANTAS E ANIMAIS; USO DE
HÍBRIDOS E MONOCULTURAS NA AGROINDÚSTRIA E NOS PROGRAMAS DE
REFLORESTAMENTO; CONTAMINAÇÃO DO SOLO, ÁGUA, E ATMOSFERA POR POLUENTES; E
MUDANÇAS CLIMÁTICAS.

3) Que medidas podem ser tomadas de forma a preservá-la? RESPOSTA: PESSOAL: SUGESTÃO
EXISTEM VÁRIAS MEDIDAS A SEREM ADOTADAS EM BUSCA DA PRESERVAÇÃO DA
BIODIVERSIDADE, COMO: COMBATER QUEIMADAS E DESMATAMENTOS, QUE LEVAM A
ALTERAÇÃO DO AMBIENTE; COMPATER A SUPEREXPLORAÇÃO COMERCIAL DAS ESPÉCIES;
COMBATER A POLUIÇÃO DAS ÁGUAS, SOLO E AR; MONITORAR A INTRODUÇÃO DE ESPÉCIES
EXÓTICAS, ALÉM DE PROMOVER AÇOES COMO RECICLAGEM, REFLORESTAMENTO, E
CONSUMO CONSCIENTE DOS RECURSOS, PREFERELCIALMENTE OS RENOVÁVEIS.

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4) O que você entende por equilíbrio biológico? RESPOSTA:
REFERE-SE A SITUAÇÃO DE ESTABILIDADE DOS SERES VIVOS ENTRE SI E COM O
AMBIENTE QUE ESTÃO INSTALADOS

AULA 3 – TERCEIRA SEMANA DE SETEMBRO DE 2020

CAPÍTULO 02 – CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA E NOMENCLATURA DOS SERES VIVOS


Em função do grande número de espécies existentes na Biosfera, tornou–se necessário agrupar os seres
vivos de acordo com suas semelhanças e diferenças.
A sistemática é a ciência dedicada a inventariar e descrever a biodiversidade e compreender as relações
filogenéticas entre os organismos.
Inclui a taxonomia (ciência da descoberta, descrição e classificação das espécies e grupo de espécies,
com suas normas e princípios) e também a filogenia (relações evolutivas entre os organismos). Em geral, diz-
se que compreende a classificação dos diversos organismos vivos. Em biologia, os sistematas são os cientistas
que classificam as espécies em outros táxons a fim de definir o modo como eles se relacionam evolutivamente.
Taxonomia: ciências da classificação ou sistemática dos seres vivos.
O objetivo da classificação dos seres vivos, chamada taxonomia, foi inicialmente o de organizar as
plantas e animais conhecidos em categorias que pudessem ser referidas. Posteriormente a classificação passou
a respeitar as relações evolutivas entre organismos, organização mais natural do que a baseada apenas em
características externas.
Para isso se utilizam também características ecológicas, fisiológicas, e todas as outras que estiverem
disponíveis para os táxons em questão. é a esse conjunto de investigações a respeito dos táxons que se dá o
nome de Sistemática. Nos últimos anos têm sido tentadas classificações baseadas na semelhança entre
genomas, com grandes avanços em algumas áreas, especialmente quando se juntam a essas informações
aquelas oriundas dos outros campos da Biologia.
Existem vários sistemas de classificação dos seres vivos. O sistema natural de classificação é o mais
aceito atualmente e utiliza critérios que permitem verificar as relações de parentesco evolutivo entre os
organismos. Assim, a classificação natural leva em conta as semelhanças e diferenças fundamentais baseadas
no fator evolutivo. A moderna classificação biológica dos seres vivos leva em conta o grau de parentesco
evolutivo das espécies.
Estima-se que são conhecidas atualmente entre 1,5 e 1,8 milhão de espécies de seres vivos. Há
evidências para se supor que muitas espécies ainda não foram identificadas e estima-se que esse número seja
entre 10 milhões e 100 milhões de novas espécies, não levando em conta as espécies extintas.
Alguns organismos vivos apresentam características muito marcantes que permitem classificá-los em
grupos bem definidos. Outros, no entanto, apresentam algumas peculiaridades que tornam uma classificação
exata impossível. Diante dessa problemática, é constante a busca por maneiras mais fieis de classificação.
A partir desses estudos, ficou claro que os eucariontes apresentam muitas relações entre si e que os
procariontes poderiam ser organizados em dois grupos. Os seres vivos passaram, então, a ser classificados em
três subdivisões principais, denominadas de domínios, uma categoria acima de Reino.
O Sistema dos Três Domínios é uma forma de agrupamento dos diferentes reinos da taxonomia
tradicional em três grandes clades designadas por domínios. Este esquema classificativo foi proposto por Carl
Woese em 1990, tendo, entretanto, ganhado larga aceitação (embora não universal).
No Sistema dos Três Domínios, a categoria domínio é o segundo nível hierárquico de classificação científica
dos seres vivos, depois da categoria suprema que enquadra o universo constituído por todos os seres vivos, o
super-domínio Biota. Nele são considerados os seguintes três agrupamentos (daí o nome):
 Domínio Eubacteria, que inclui as bactérias;
 Domínio Archaea, anteriormente chamado Archaebacteria, que inclui os procariontes que não recaem
na classificação anterior;

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 Domínio Eukaria, que inclui todos os eucariontes, os seres vivos com um núcleo celular organizado.
A classificação anterior não inclui os vírus dada a dificuldade em integrá-los entre os seres vivos dada
a ausência de algumas das características definidoras de vida.
OS CINCO REINOS
 Reino Monera: abrange todos os organismos unicelulares e procariontes (bactérias e cianobactérias)
 Reino Protista: abrange organismos uni-pluricelulares e eucariontes (protozoários – heterotróficos e algas
– autotróficos)
 Reino Fungi: abrange seres uni e pluricelulares, eucariontes e heterotróficos por absorção são
aclorofilados (fungos)
 Reino Plantae ou Metaphyta: seres pluricelulares, eucariontes e autotróficos (briófitas, pteridófitas,
gimnosperma e angiosperma)
 Reino Animalia ou Metazoa: seres pluricelulares, eucariontes e heterótrofos por ingestão (todos animais
dos poríferos aos cordados)
OBS: Os vírus não pertencem a nenhum reino específico, embora alguns autores os classifiquem no reino
monera para efeito didático.

CATEGORIAS TAXONÔMICAS
São grupos formados por seres vivos, medindo um certo grau de parentesco evolutivo. A formação
desses grupos segue uma ordem hierárquica como podemos perceber a seguir:

REINO – FILO – CLASSE – ORDEM – FAMÍLIA – GÊNERO – ESPÉCIE

HIERARQUIA DAS CATEGORIAS TAXONÔMICAS


Reino representa um conjunto de filos ou divisões.
Filo representa um conjunto de classes.
Classe representa um conjunto de ordens.
Ordem representa um conjunto de famílias.
Família representa um conjunto de gêneros.
Gênero representa um conjunto de espécies.

Espécie representa a UNIDADE BÁSICA e FUNDAMENTAL DOS SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO


BIOLÓGICA.

OBS: Pertencem a mesma espécie os indivíduos que apresentam características físicas e fisiológicas e são
capazes de cruzar-se naturalmente entre si, gerando descendentes férteis.

As categorias taxonômicas citadas podem ser subdivididas como ocorre com subfilo, superclasse,
subgênero, subespécie, dentre outras.
Entre as categorias taxonômicas fundamentais, o Reino é a mais geral e a Espécie é a mais restrita.

Para pensar: O gato pertence à família dos felinos e à ordem dos carnívoros. Em qual desses dois grupos há
maior quantidade de seres?

ANIMAIS HÍBRIDOS
Os animais híbridos são seres oriundos do cruzamento genético entre espécies diferentes, porém do
mesmo gênero, ou seja, ocorre quando dois animais distintos cruzam e surge um novo animal, geralmente
estéril, devido aos seus genes incompatíveis: o animal híbrido.
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Importante observar que os animais híbridos são caracterizados pelo cruzamento interespécies,
enquanto que os animais mestiços surgem do cruzamento de animais da mesma espécie, entretanto, de raças
diferentes, por exemplo, o cruzamento de cães como um pastor alemão e um fila brasileiro.
Apesar de a maioria dos híbridos (seja de origem animal ou vegetal) serem inférteis, há eventos raros de
animais híbridos férteis como é o caso das fêmeas do Javaporco, animal híbrido surgido do cruzamento entre
um javali e um porco.

Outros exemplos de animais híbridos:


1. Peixe-papagaio-vermelho – cruzamento entre o peixe papagaio com o peixe dourado;
2. Mula – cruzamento do jumento com a égua, é o híbrido mais famoso que existe.
3. Zebralo ou zégua é fruto do cruzamento de cavalos e zebras.
4. Ligre ou tigreão – cruzamento entre um leão com uma tigresa

REGRAS DE NOMENCLATURA CIENTÍFICA – LINEU 1758 (BUDAPESTE – 1898)


O nome científico foi criado para padronizar e universalizar os termos que se usa para uma espécie,
considerando a variedade de idiomas existentes no mundo, melhorando a comunicação em especial no
mundo científico. A nomenclatura utilizada é latina e foi adotada com base nos trabalhos de um fixista sueco
que viveu no século XVIII, denominado Lineu. O latim foi a língua utilizada por ser uma língua morta e por
ser falada pelos homens de ciência da época.
As mais importantes regras de nomenclatura são:
1ª) O nome científico é sempre binominal, escrito em latim ou a partir de radicais latinizados, grifado em caso
de textos manuscritos e em negrito ou itálico em caso de textos impressos. O primeiro termo é um substantivo
que se refere ao gênero e deve ser escrito sempre com a inicial maiúscula; o segundo termo um adjetivo que
se refere ao descritor específico ou epíteto específico, e deve ser escrito com a inicial minúscula. Exemplos:
Plasmodium vivax (plasmódio - protozoário causador da malária)
Taenia saginata (platelminto – verme conhecido como solitária)
2ª) Se ocorrer homenagem a pessoa do sexo masculino, acrescenta–se a terminação i ao nome do
homenageado. Homenageando pessoa do sexo feminino, usa–se a terminação ae.
Exemplos: Trypanosoma cruzi
Peripatus heloisae
No caso de o nome ser uma homenagem a uma pessoa o termo da espécie poderá ter a inicial maiúscula.
Exceção: Trypanosoma Cruzi (protozoário causador da Doença de Chagas)
Homenagem a Oswaldo Cruz
3ª) As letras sp devem ser utilizadas após o nome do gênero quando não é possível ou não interessa citar
o nome completo da espécie.
Exemplo: Plasmodium sp
4ª) As letras spp devem ser utilizadas após o nome do gênero quando desejamos incluir todas as espécies
do gênero citado.
Exemplo: Plasmodium spp
5ª) A nomenclatura para as subespécies é trinomial. O terceiro nome deve ser escrito com inicial minúscula
e é denominado nome subespecífico. No caso do nome do subgênero deve ser citado após o nome do gênero,
entre parênteses, com inicial maiúscula e destacado do texto.
Exemplo:
Crotalus terrificus durissus (cobra cascavel)
Gênero espécie subespécie
6ª) Quando se trata do subgênero, deve ser escrito depois do gênero com a inicial maiúscula e entre parênteses,
no caso de subespécie, está vem depois da espécie com a inicial minúscula.
Exemplo:
Anopheles (Nyssorhynchus) darlingi darlingi (mosquito transmissor da malária)
Gênero subgênero espécie subespécie

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7ª) Quando desejamos citar o nome do indivíduo que classificou a espécie, este deve vir após o nome
específico, com a inicial maiúscula e sem a interposição de qualquer sinal de pontuação. Desejando citar a
data, esta pode vir após o nome do autor, separada por vírgula ou entre parênteses.
Exemplos: Trypanosoma cruzi Chagas, 1909
Trypanosoma cruzi Chagas (1909)

CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA DE ALGUNS SERES VIVOS

AULA 4 – QUARTA SEMANA DE SETEMBRO DE 2020

ATIVIDADES – DESAFIO DE BIOLOGIA


5) Com que finalidade se classifica os seres vivos? RESPOSTA:
EM FUNÇÃO DO GRANDE NÚMERO DE ESPÉCIES EXISTENTES NA BIOSFERA, TORNOU–SE
NECESSÁRIO AGRUPAR OS SERES VIVOS DE ACORDO COM SUAS SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS. O
OBJETIVO DA CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS, CHAMADA TAXONOMIA, FOI INICIALMENTE O DE
ORGANIZAR AS PLANTAS E ANIMAIS CONHECIDOS EM CATEGORIAS QUE PUDESSEM SER
REFERIDAS. POSTERIORMENTE A CLASSIFICAÇÃO PASSOU A RESPEITAR AS RELAÇÕES EVOLUTIVAS
ENTRE ORGANISMOS, ORGANIZAÇÃO MAIS NATURAL DO QUE A BASEADA APENAS EM
CARACTERÍSTICAS EXTERNAS
6) Quais as características que definem um ser vivo como pertencente à mesma espécie do outro?
RESPOSTA:
PERTENCEM A MESMA ESPÉCIE OS INDIVÍDUOS QUE APRESENTAM CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E
FISIOLÓGICAS E SÃO CAPAZES DE CRUZAR-SE NATURALMENTE ENTRE SI, GERANDO
DESCENDENTES FÉRTEIS.
7) Justifique o uso do nome científico para identificar organismos. RESPOSTA:
O NOME CIENTÍFICO FOI CRIADO PARA PADRONIZAR E UNIVERSALIZAR OS TERMOS QUE SE USA
PARA UMA ESPÉCIE, CONSIDERANDO A VARIEDADE DE IDIOMAS EXISTENTES NO MUNDO,
MELHORANDO A COMUNICAÇÃO EM ESPECIAL NO MUNDO CIENTÍFICO.
8) Quais são os cinco reinos da Natureza? Cite um ser de cada reino, como exemplo. RESPOSTA:
REINO MONERA: ABRANGE TODOS OS ORGANISMOS UNICELULARES E PROCARIONTES (BACTÉRIAS
E CIANOBACTÉRIAS)
REINO PROTISTA: ABRANGE ORGANISMOS UNI-PLURICELULARES E EUCARIONTES
(PROTOZOÁRIOS – HETEROTRÓFICOS E ALGAS – AUTOTRÓFICOS)
REINO FUNGI: ABRANGE SERES UNI E PLURICELULARES, EUCARIONTES E HETEROTRÓFICOS POR
ABSORÇÃO SÃO ACLOROFILADOS (FUNGOS)
REINO PLANTAE OU METAPHYTA: SERES PLURICELULARES, EUCARIONTES E AUTOTRÓFICOS
(BRIÓFITAS, PTERIDÓFITAS, GIMNOSPERMA E ANGIOSPERMA)
REINO ANIMALIA OU METAZOA: SERES PLURICELULARES, EUCARIONTES E HETERÓTROFOS POR
INGESTÃO (TODOS ANIMAIS DOS PORÍFEROS AOS CORDADOS)
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AULA 5 – QUINTA SEMANA DE SETEMBRO DE 2020

CAPÍTULO 03 – SISTEMÁTICA FILOGENÉTICA


A sistemática filogenética ou cladística é um método de classificação dos seres vivos fundamentado
na ancestralidade evolutiva das espécies. É uma reconstrução da história evolutiva, por meio de hipóteses que
consideram a relação de parentesco entre grupos ou táxons.
Diagramas em forma de árvore - elaborados com dados de anatomia e embriologia comparadas, além
de informações derivadas do estudo de fósseis - mostraram a hipotética origem de grupos a partir de supostos
ancestrais. Essas supostas "árvores filogenéticas" (do grego, phylon = raça, tribo + génesis = fonte, origem,
início) simbolizavam a história evolutiva dos grupos que eram comparados, além de sugerir uma provável
época de origem para cada um deles. Como exemplo veja a figura abaixo.

FONTE: www.sobiologia.com.br

O esquema representa uma provável "história evolutiva" dos vertebrados. Note que estão representados
os grupos atuais - no topo do esquema - bem como os prováveis ancestrais. Perceba que o grupo das lampreias
(considerados "peixes" sem mandíbula) é bem antigo (mais de 500 milhões de anos). Já cerca de 150 milhões
de anos, provavelmente a partir de um grupo de dinossauros ancestrais. Note, ainda, que o parentesco existe
entre aves e répteis é maior do que existe entre mamífero e répteis, e que os três grupos foram originados de
um ancestral comum.
Atualmente com um maior número de informações sobre os grupos taxonômicos passaram-se a utilizar
computadores para se gerar as árvores filogenéticas e os cladogramas para estabelecer as inúmeras relações
entre os seres vivos.
Interpretando um cladograma
Na análise de um cladograma, considera-se o processo evolutivo de acordo com dois eventos:
 a anagênese: processo de evolução, no interior de uma espécie, que leva ao surgimento ou à alteração de
um caráter ou novidade evolutiva nas populações;
 a cladogênese: processo de especiação – uma espécie ancestral dá origem a duas ou mais espécies novas.
Portanto, uma novidade evolutiva é uma condição derivada e pode ser considerada para a distinção ou
formação de novos grupos. Observe a seguir o diagrama dos principais processos evolutivos.

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Representação de um cladograma, com os possíveis eventos de anagênese e cladogênese.
Fonte: https://www.coladaweb.com/biologia/reinos/sistematica-filogenetica

A raiz é a base de onde partem os ramos. Os nós são os prováveis pontos de ruptura da população
original, causada por evento de cladogênese; dele originam-se os ramos. Os grupos descendentes do ancestral
da raiz estão dispostos nos ramos terminais.
Os grupos que partem do mesmo nó, como ocorre nos terminais A e B, são chamados de grupo-irmão e
são mais aparentados entre si do que com o grupo C.
O grupo que reúne todos os descendentes de um ancestral comum é chamado de grupo monofilético.

Répteis e aves formam um grupo monofilético porque descendem de um ancestral comum.


Fonte: https://www.coladaweb.com/biologia/reinos/sistematica-filogenetica

Um grupo parafilético reúne alguns descendentes de um ancestral comum, porém não todos eles.

O grupo dos répteis é parafilético, pois não inclui as aves, que apresentam o mesmo ancestral comum.
Fonte: https://www.coladaweb.com/biologia/reinos/sistematica-filogenetica

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Grupo polifilético é o que não inclui o ancestral comum de todos os indivíduos, ou seja, é aquele em
que seus integrantes têm vários ancestrais comuns, um em cada grupo. Em outras palavras, o polifiletismo
ocorre quando são reunidas partes de dois ou mais grupos monofiléticos.

O grupo dos animais homeotérmicos (aves e mamíferos) é polifilético.


Fonte: https://www.coladaweb.com/biologia/reinos/sistematica-filogenetica

ATIVIDADES COMPLEMENTARES – MÊS DE SETEMBRO


1) O que simboliza uma árvore filogenética? RESPOSTA:
SIMBOLIZAVAM A HISTÓRIA EVOLUTIVA DOS GRUPOS QUE ERAM COMPARADOS, ALÉM DE SUGERIR UMA
PROVÁVEL ÉPOCA DE ORIGEM PARA CADA UM DELES.

2) Observe o cladograma ao lado e, com base em seus conhecimentos,


responda às questões propostas.

Fonte: Brusca, Richard C. Invertebrados. 2.


ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2007. P. 36.

a) O grupo X é grupo-irmão de W? Justifique sua.


SIM. O GRUPO X É GRUPO-IRMÃO DO GRUPO W PORQUE COMPARTILHAMUM ANESTRAL
COMUM IMEDIATO (ANCESTRAL COMUM MAIS RECENTE)

b) O grupo Z é ancestral do grupo Y, X e W? Justifique sua resposta


NÃO. O GRUPO Z É GRUPO-IRMÃO DOS GRUPOS Y, X e W, POIS TEM UM ANCESTRAL COMUM
COM ESSES GRUPOS.

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REFERÊNCIAS
"A Filogênese dos Seres Vivos" em Só Biologia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2020.
Consultado em 17/08/2020 às 15:31. Disponível na Internet em
https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/bioclassifidosseresvivos2.php.

BRASIL. Ministério da Educação. Ciências da Natureza e suas tecnologias no Ensino Médio.


Competências Específicas e Habilidades. Base Nacional Comum Curricular. Ministério da Educação, 2018.
Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf.
Acesso em 14/08/20.

"Classificação dos Seres Vivos" em Só Biologia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2020.


Consultado em 17/08/2020 às 15:22. Disponível na Internet em
https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/bioclassifidosseresvivos.php.

"Filogenias com os Cladogramas" em Só Biologia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2020.


Consultado em 17/08/2020 às 15:33. Disponível na Internet em
https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/bioclassifidosseresvivos3.php.

MENDONÇA, Vivian L. Biologia: os seres vivos - volume 2: ensino médio. 3. ed. São Paulo: Editora AJS,
2016.

MOUTINHO, Wilson Teixeira. Sistemática Filogenética; Cola da Web. Disponível em:


https://www.coladaweb.com/biologia/reinos/sistematica-filogenetica. Acesso em 14 de agosto de 2020.

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Três domínios"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/tres-dominios.htm. Acesso em 17 de agosto de 2020.

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