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be ‘ERIO DO DESENVOLVIMENTO, INDUSTRIA E COMERCIO EXTERIOR, /. INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA - INMETRO Portaria n® 535, de 25 de outubro de 2012 © PRESIDENTE DO INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA - INMETRO, no uso de suas atribuigdes legais, Considerando o que estabelece 0 Cédigo de Btica Profissional do Servidor Publico Civil do Poder Executivo Federal, aprovado pelo Decreto n® 1.171, de 22 de junho de 1994, com as alteragdes estabelecidas pelo Decreto n° 6.029, de 1° de fevereiro de 2007, ¢ 0 Cédigo de Conduta da Alta Administragao Federal, Considerando as orientagdes da Comissio de Ftica Piiblica (CEP) da Presidéncia da Repiiblica, especialmente em sua Resolugdo n° 10, de 29 de setembro de 2008, ¢ sobre a classificagdo de documentos em razio da Lei n® 12.527, de 18 de novembro de 2011, regulamentada pelo Deereto n® 7.724, de 16 de maio de 2012, RESOLVE: Art, 12 Aprovar, na forma do Anexo a esta Portaria, a nova versio do Cédigo de Conduta Etica Profissional dos Servidores do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia — Inmetro, Art. 2° Fica revogada a Portaria n® 439, de 16 de novembro de 2011. Art, 3° Esta Portaria entrar em vigor na data de sua publicagao no Boletim de Servigo do Inmetro e serd publicada no Diério Oficial da Unio. JOAO ALZIRO HERZ DA JORNADA Presidente do Inmetro ANEXO Cédigo de Conduta Etica Profissional dos Servidores do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia CAPITULOL DOS PRINCiPIOS FUNDAMENTAIS Art. 12 0 disposto no Cédigo de Conduta Ftica Profissional dos Servidores do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - Inmetro aplica-se a todos os seus servidores, assim entendidos os servidores piblicos lotados ¢ em exercicio na Autarquia ¢ os demais agentes publicos que, por forga de lei, contrato ou de qualquer ato juridico, prestem servigos de natureza permanente, temporaria, excepcional ou eventual, ainda que sem retribuigdo financeira, Art, 2° Para efeito do presente Cédigo, a conduta ética profissional compreende o comportamento ¢ as atitudes dos servidores ¢ agentes piblicos do Inmetro na preservagao da honra e da tradigdo dos servigos piiblicos. Art, 32 Este Cédigo versa sobre orientagdes, recomendagdes ¢ aplicagdo de penalidades aos servidores ¢ agentes piblicos do Inmetro, seja no exereicio do cargo ou fungdo, ou fora dele, no trato com as pessoas ¢ com o patriménio publico. Art, 4 O Inmetro estrutura sua cultura ¢ clima organizacionais pautados na dignidade, respeito, lealdade e zelo, de forma a estimular 0 crescimento pessoal de seus servidores, favorecendo a consciéncia critica e a consolidago de uma cultura ética Art. 5® So deveres do Presidente do Inmetro: 1 - assegurar as condigdes de trabalho para que a Comissio de Ftica do Inmetro (CET) cumpra suas fungdes, inclusive para que do exercicio das atribuigdes de seus integrantes no Ihes resulte qualquer prejuizo ou dano; & II conduzir, no ambito do Inmetro, a avaliagao da gestio da ética conforme processo coordenado pela Comissio de Etica Publica (CEP). Art. 6° O exercicio de um cargo ou fungdo no Inmetro exige conduta compativel com os preceitos da Lei n° 8.112, de 11 de dezembro de 1990, com o Regimento Intern e o Cédigo de Conduta Etica Profissional dos Servidores do Inmetro, com o Cédigo de Etica Profissional do Servidor Piblico Civil do Poder Executivo Federal, com o Decreto n® 4.334, de 12 de agosto de 2002, com as demais normas internas ¢ com os principios morais do Cédigo de Conduta da Alta ‘Administragdo Federal. Art. 72 Todo ato de posse, investidura em fungdo piiblica ou celebragdo de contrato de trabalho, dos servidores referidos no art, 1°, deverd ser acompanhado da prestagio de compromisso formal de acatamento e observancia das regras estabelecidas pelo Cédigo de Ftica Profissional do Servidor Publico Civil do Poder Executivo Federal e pelo Cédigo de Conduta Etica Profissional dos Servidores do Inmetro, ¢, quando aplicavel, pelo Cédigo de Conduta da Alta Administragao Federal, § 12 A posse em cargo ou fungo publica que submeta a autoridade as normas do Cédigo de Conduta da Alta Administragio Federal deve ser precedida de consulta da autoridade & Comissio de Etica Publica acerca de situag’o que possa suscitar conflito de interesses. § 2° As unidades integrantes da Rede Brasileira de Metrologia Legal © Qualidade - Inmetro (RBMLQ-1) deverio aderir as disposigdes destes Cédigos, mas as apuragdes de eventuais infragdes éticas estardo sujeitas as regras dos respectivos governos estaduais. § 3 Nos contratos firmados pelo Inmetro que envolvam terceirizagio de mao-de-obra, a empresa contratada deverd declarar estar cientificada da sua responsabilidade de acatamento e observancia as regras estabelecidas pelo Cédigo de Etica Profissional do Servidor Publico Civil do Poder Executivo Federal ¢ pelo Cédigo de Conduta Etica Profissional dos Servidores do Inmetro, bem como ineluir tal compromisso no contrato de trabalho que venha a ser firmado com 9s seus funcionarios. Art, 8° A apuragao de infragio étiea sera formalizada mediante instauragao formal do procedimento pertinente. CAPITULO IL DOS OBJETIVOS Art. 9 © Cédigo de Conduta Ftica Profissional dos Servidores do Inmetro tem por objetivo: 1 - definir e orientar sobre os prinefpios éticos entre os servidores, ampliando a confianga da sociedade na integridade c transparéncia das atividades desenvolvidas pelo drgio; 11 - propiciar um melhor relacionamento com a coletividade 0 respeito ao patriménio publico; IIL - sensibilizar as pessoas fisicas e juridicas, que tenham interesse em qualquer atividade desenvolvida pelo Inmetro, sobre a importincia da observincia as regras de conduta ética profissional; IV - promover a conscientizagdo dos servidores para a importincia dos principios éticos fixados em Leis, Decretos e neste Cédigo, de modo a prevenir 0 cometimento de transgressdes; ¢ V - levar ao conhecimento dos servidores do Inmetro 0 Codigo de Etica Profissional do Servidor Pablico Civil do Poder Executivo Federal, visando a estimulé-los e conscientizé-los da necessidade de manutengdo de um elevado padrao ético no cumprimento da fungdo piblica, CAPITULO IIT DOS DIREITOS DO SERVIDOR DO INMETRO PROVENIENTES DA CONDUTA ETICA PROFISSIONAL NO AMBIENTE DE TRABALHO Art. 10, Como resultantes da conduta ética que deve imperar no ambiente de trabalho no Inmetro ¢ em suas relagdes interpessoais, so direitos do servidor: 1 - ser estimulado na atividade que exerce, tendo acesso a oportunidades de crescimento intelectual ¢ profissional que propiciem sua qualificagao para o trabalho que desenvolve, podendo expor livremente ideias, pensamentos ¢ opinides, sem macular a imagem institucional do Inmetro ou prejudicar outros servidores; II - dispor de transparéncia nas informagées ¢ equidade de oportunidade nos sistemas de aferigdo, avaliagdo e reconhecimento de desempenho; TI - ser devidamente ouvido pelo seu superior imediato, nos casos alheios a0 seu controle, que sejam prejudiciais ao seu desempenho profissional e, consequentemente, a sua boa TV - ter mantida em sigilo informagao de ordem pessoal, que somente a ele diga respeito; V - ter assegurado 0 direito de peticionar 4 CEI, em defesa de direito ou interesse legitimo, Art. 11. © servidor que fizer denimeia infundada estaré sujeito as penalidades deste Cédigo. CAPITULO IV DOS DEVERES DO SERVIDOR DO INMETRO Art. 12. O servidor do Inmetro, no cumprimento de sua atividade funcional, devera proceder de forma a merecer o respeito, pautando-se por conduta funcional direcionada 4 coletividade ¢ a0 bom trato, em observaneia aos prineipios contidos na Constituigao Federal, na Lei n® 8.112, de 11 de dezembro de 1990, no Cédigo de Etica Profissional do Servidor Publico Civil do Poder Executive Federal, no presente Cédigo ¢, quando aplicavel, no Cédigo de Conduta da Alta Administragdo Federal, mantendo atitudes proativas ¢ positivas em prol do bem comum, Art. 13. Sdo deveres fundamentais do servidor do Inmetro: 1 - desempenhar, a tempo, as atribuigdes do cargo, fungdo ou emprego piblico de que seja titular; II - exercer suas atribuigées com presteza ¢ em conformidade com as normas do Inmetro © demais prescrigdes pertinentes, pondo fim ou procurando prioritariamente resolver situagdes procrastinatérias, principalmente diante de filas ou de qualquer outra espécie de atraso na prestago dos servigos pelo setor em que exerga suas atribuigdes, com o fim de evitar a causagio de dano moral a0 usuario; III - ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu carter, escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opgdes, a melhor e a mais vantajosa para 0 bem comum; IV - jamais retardar qualquer prestagdo de contas, condigao essencial da gesto dos bens, direitos e servigos da coletividade, que estejam a seu cargo; V - tratar cuidadosamente os seus colegas de trabalhos os usuarios dos servigos, aperfeigoando o processo de comunicagdo ¢ contato com o piiblico interno ¢ extern; VI- ter conscigncia de que seu trabalho é regido por principios éticos que se materializam na adequada prestagdo dos servigos piblicos; VII - ser cortés, ter urbanidade, disponibilidade e atengo, respeitando a capacidade e as limitagdes individuais de todos os usuarios do servigo piblico, sem qualquer espécie de preconceito ou distingdo de raga, sexo, nacionalidade, cor, idade, religido, conviegao politica e posigdo social, abstendo-se, dessa forma, de causar-Ihes dano moral; VIII - ter respeito & hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal; IX - resistir a todas as presses de superiores hierarquicos, de contratados, interessados e outros que visem a obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas, em decorréncia de agdes imorais, ilegais ou aéticas ¢ denuncié-las; X - zelar, no exercicio do direito de greve, plas exigéncias especificas da defesa da vida € da seguranga coletiva; XI- ser assiduo e pontual ao servigo, na certeza de que sua auséncia provoca danos a0 trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema; XII - comunicar imediatamente aos seus superiores todo ¢ qualquer ato ou fato contrario ao interesse piblico, exigindo as providéncias cabiveis; XII - manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os métodos mais adequados & sua organizacio e distribuigao; XIV - participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do exercicio de suas fungSes, tendo por escopo a realizagao do bem comum; XV - apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercicio da fungi; XVI - manter-se atualizado com as normas do Inmetro e as demais prescrigdes pertinentes; XVII- cumprir, de acordo com as normas do Inmetro ¢ as demais legislagdes pertinentes, as tarefas de seu cargo ou fungdo, tanto quanto possivel, com eritério, seguranga e rapide, mantendo tudo sempre em boa ordem; XVIII - facilitar a fiscalizagao de todos os atos ou servigos por quem de direito; XIX - exercer, com estrita moderagdo, as_prerrogativas funcionais que Ihe sejam atribuidas, abstendo-se de fazé-lo contrariamente aos legitimos interesses dos usuarios do servigo piiblico e dos jurisdicionados administrativos; XX - abster-se, de forma absoluta, de exercer sua fungdo, poder ou autoridade, com finalidade estranha ao interesse piblico, mesmo que observando as formalidades legais, e no cometer qualquer violagdo expressa do Decreto n® 4,334, de 12 de agosto de 2002, que dispoe sobre audiéncias e reunides dos agentes publicos com representantes de interesses de particulares; ¢ XXI_- divulgar ¢ informar a todos os integrantes de sua categoria sobre a existéncia deste Cédigo de Etica, estimulando o seu integral cumprimento. CAPITULO V DAS PROIBIGOES Art. 14. E expressamente proibido ao servidor do Inmetro: 1 - 0 uso do cargo ou fungao, facilidades, amizades, tempo, posigo ¢ influénei obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem; I1- prejudicar deliberadamente a reputagdo de outros servidores ou de cidadaos que deles dependam; III - ser, em fungio de seu espirito de solidariedade, conivente com erro ou infragdo a este Cédigo de Etica ou ao Cédigo de Etica de sua profissio; IV = usar de artificios para procrastinar ou dificultar o exercfcio regular de direito por qualquer pessoa, causando-Ihe dano moral ou material; V - deixar de utilizar os avangos técnicos ¢ cientificos ao seu alcance ou do seu conhecimento para atendimento do seu mister; VI - permitir que perseguigdes, simpatias, antipatias, caprichos, paixdes ou interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o piblico, com os jurisdicionados administrativos ou com colegas hierarquicamente superiores ou inferiores; VII - pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber, para si ou para outrem, mesmo em ocasiées de festividade, qualquer tipo de ajuda financeita, gratificasio, prémio, comissio, doacdo, presentes ou outras utilidades de valor econémico, para cumprimento de sua missio, oferecidos por pessoa fisica ou juridica interessada na atividade do Inmetro, exceto aqueles de valor simbélico, que devem ter sua aceitago tornada piblica; VIII alterar ou deturpar o teor de documentos que tramitam nesta Autarquia; IX - iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em servigos piblicos; X - utilizar pessoal ou recursos materiais da Autarquia para em servigos ou atividades de e particular; XI - retirar da repartico piiblica, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, livro ou bem pertencente ao patriménio publico; XIL- fazer uso de informagées privilegiadas obti beneficio proprio, de parentes, de amigos ou de terceiros; XIII - apresentar-se ao servigo com sinais ou sintomas de estar embriagado ou drogado, com alterago do seu estado normal, habitualmente; XIV - dar o seu concurso a qualquer instituigdo que atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa humana; XV - exercer atividade profissional aética ou ligar 0 seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso. XVI - promover manifestagao de aprego ou desaprego no recinto da reparticao; XVII - cometer a pessoa estranha A reparti¢o, fora dos casos previstos em lei, 0 desempenho de atribuigio que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado; XVIII - coagir ow aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associacdo profissional ou sindical, ou a partido politico; e , para intere las no mbito interno de seu servigo, em XIX - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou fungio de confianga, cénjuge, companheiro ou parente até 0 segundo grau civil; CAPITULO VI DA COMISSAO DE ETICA DO INMETRO Art. 15. Com a finalidade de tomar efetivos 0 presente Cédigo, 0 Cédigo de Etica Profissional do Servidor Pablico Civil do Poder Executivo Federal ¢ 0 Cédigo de Conduta da Alta Administragao Federal, frente a situagdes de seu descumprimento, foi instituida a Comissao de Etica do Inmetro (CED, nos termos do Decreto n® 1.171, de 22 de junho de 1994. Art. 16. A CEI seré integrada por 3 (trés) membros titulares ¢ respectivos suplentes, escolhidos entre os servidores ocupantes de cargo efetivo ou emprego do quadro permanente do Inmetro, designados em Portaria do Presidente do Inmetro, para mandatos no coincidentes de até 3 ({rés) anos, permitida uma tinica recondugio, § 12 Poderd ser reconduzido uma tinica vez ao cargo de membro da CEI o servidor piiblico que for designado para cumprir 0 mandato complementar, caso 0 mesmo tenha se iniciado antes do transcurso da metade do periodo estabelecido no mandato originério, § 2® Na hipétese de 0 mandato complementar ser exercido apés o transcurso da metade do periodo estabelecido no mandato originério, 0 membro da CEI que o exercer poder ser conduzido imediatamente ao posterior mandato regular de 3 (trés) anos, permitindo-lhe uma ‘imica recondugdo a0 mandado regular. § 3° Cessara a investidura dos membros da CEI com a extingdo do mandato, a reniincia, ou por desvio disciplinar ou ético reconhecido pela Comissio de Ftica Publica § 4° A CEI podera propor ao Presidente do Inmetro a designagao de representantes locais que auxiliardo nos trabathos de educagio e de divulgaco dos regramentos éticos e de disciplina a todos os agentes piiblicos do Inmetro. § 5% A atuago na CEI é considerada prestagio de relevante servigo publico, no enseja qualquer remunerago, ter prioridade sobre as atribuigdes proprias dos cargos dos seus ‘membros, quando estes nao atuarem com exclusividade na Comissio ¢ devera ser registrada nos assentamentos funcionais do servidor. Art. 17. A CEI adotaré os procedimentos de sua competéneia, sempre que receber deniincia de desrespeito a ética. Art. 18, A CEI deveré apurar os fatos, apontar e propor solugdes corretivas ¢ disciplinares, concementes a atos ou omissées que atentem contra os prineipios dos Cédigos referidos no art. 15, visando a resguardar a boa imagem institucional do Inmetro e de seus servidores. Art. 19. A CEI incumbe fomecer informagées sobre a infragao ocorrida, para 0 efeito de instruir e fundamentar procedimentos relativos 4 administragao de recursos humanos e gestdo geral da Autarquia. Art. 20, A CEI nao podera escusar-se de proferir deciséo sobre matéria de sua competéncia alegando omissiio dos Cédigos referidos no art. 15, que, se existente, sera suprida pela analogia ¢ invocagao aos prineipios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiéncia, Pardgrafo unico. Havendo ditvida quanto ao enquadramento da conduta, se desvio ético, infragio disciplinar, ato de improbidade, crime de responsabilidade ou infrago de natureza diversa, a CEI, em cariter excepeional, poderd solicitar parecer reservado junto & unidade juridica do Inmetro. Art. 21. A CEI, analisando a reclamagdo ou deniincia, ¢ concluindo que o fato nao se refere exclusivamente a questées de conduta ética, devera encaminhd-la ao Presidente do Inmetto. Art. 22, Concluida a instrugo processual, a CEI proferiré deciso conclusiva e fundamentada que, se for pela existéncia de falta ética, além das providéncias previstas no Cédigo de Conduta da Alta Administrago Federal, no Cédigo de Ftica Profissional do Servidor Piblico Civil do Poder Executivo Federal, bem como neste Cédigo, ensejard as seguintes providéncias, no que couber: I-encaminhamento de sugestio de exoneragio de cargo ou fungo de confianga a autoridade hierarquicamente superior ou devolugdo ao érgao de origem, conforme 0 caso; IT encaminhamento, conforme o caso, para a Controladoria-Geral da Unido ou unidade especifica do Sistema de Correigdo do Poder Executivo Federal, de que trata o Decreto n® 5.480, de 30 de junho de 2005, com as alteragdes do Decreto n® 7.128, de 11 de margo de 2010, para exame de eventuais transgressdes disciplinares; ou III - recomendagdo de abertura de procedimento administrativo, se a gravidade da conduta assim 0 exigir. Art, 23. As decisdes finais da CEI sobre investigagio de conduta ética que resultar em sangdo, em recomendagao ou em Acordo de Conduta Pessoal ¢ Profissional sero resumidas em ementa, com a omissio dos nomes dos envolvidos ¢ de quaisquer outros dados que permitam a identificagdo e divulgados no sitio do proprio érgio. Paragrafo unico. A decisao final contendo nome e identificagao do agente publico deverd ser remetida & Comissio de Ftica Piblica para formagdo de banco de dados de sangSes, para fins de consulta pelos Srgios ou entidades da administragao piblica federal, em casos de nomeagio para cargo em comissio ou de alta relevancia publica, Art, 24, Os membros da CEI, quando for o caso, declarar-se~do impedidos ou suspeitos, sendo licito ao investigado arguir o impedimento ou suspeigao, caso nao o fagam de oficio, § 1° Ocorrerd o impedimento de membro da CEI, quando: 1 - tenha interesse direto ou indireto no feito; IL- tenha participado ou venha a participar, em outro processo administrative ou judicial, como perito, testemunha ou representante legal do denunciante, denunciado ou investigado, ou de seus respectivos cénjuges, compankeiros ou parentes até o terceiro grau; IIL - esteja litigando judicial ou administrativamente com o denunciante, denunciado ou investigado, ou com os respectivos cénjuges, companheiros ou parentes até o terceiro grau; IV - for seu cénjuge, companheiro ou parente até o terceiro grau 0 denunciante, denunciado ou investigado; ou V - o investigado tiver advogado constituido que seja seu cénjuge, companheiro ou parente, até o terceiro grav. § 2° Ocorreré a suspeigdo de membro da CEI, quando: - for amigo intimo ou notério desafeto do denunciante, denunciado ou investigado, ou de seus respectivos cénjuges, companheiros ou parentes até o terceiro grau; ou I - for credor ou devedor do denunciante, denunciado ou investigado, ou de seus respectivos cOnjuges, companheiros ou parentes até o terceiro grau CAPITULO VIL DO PROCEDIMENTO DE APURACAO Art, 25. Qualquer cidadio, agente piblico, pessoa juridica de direito privado, associagio ou entidade de classe poderd provocar a atuagao da CEI, visando a apuragio de transgressiio ética imputada ao agente piblico ou ocorrida em setores competentes do drgdo. Art, 26. A apuracdo de ato, fato, denincia ou conduta que, em tese, configure infrago a prinefpio ou norma estabelecidos no Cédigo de Conduta da Alta Administragdo Federal, no Cédigo de Etica Profissional do Servidor Publico Civil do Poder Executivo Federal, ou no Cédigo de Conduta Etica Profissional dos Servidores do Inmetro, seré instaurada pela CEI, de oficio ou em razéo de denincia fundamentada, respeitando-se, sempre, as garantias do contraditério e da ampla defesa. § 1° A instauragdo, de oficio, de processo de investigagdo, deve ser fundamentada pelos membros da CEI ¢ apoiada em noticia piblica do fato ou em indicios capazes de Ihe dar sustentagao. § 22 Na hipétese de o autor da representagdo ou dentincia nio se identificar, a CEI poderd acolhé-la como noticia para fins de verificagdo e, caso scjam constatados indicios suficientes, receberd o tratamento legal. Art. 27, A representagio ou denincia podera ser formalizada por qualquer ato que revele 0 desejo de representar ou denunciar, devendo conter os seguintes requisitos: 1 - qualificagdo do representante ou denunciante; I1- descrigdo do fato apontado como contririo A ética no servigo piblico; IIL - indicago da autoria, caso seja possivel; € IV - apresentagio dos elementos de prova ou indicagao de onde podem ser encontradas. Art, 28 A representagdo ou deniincia seré dirigida & CEI, podendo ser apresentada diretamente em sua sede de funcionamento ou encaminhada por via postal ou por correio eletrénico (comissao.etica@inmetro.gov.br). Pardgrafo ‘inico. Na hipdtese de a pessoa interessada em representar ou denunciar comparecer pessoalmente perante a CEI, esta Comissdo poderd reduzir a termo as declaragdes, colher a assinatura do autor, bem como receber eventuais provas. Art, 29, Até a conclusdo final, todos os expedientes de apuragdo de infragdo ética tero a chancela de “reservado”, mas os documentos de interesse pessoal contidos e trazidos aos autos durante a instrugao deverdo ser tratados como “pessoais”, nos termos da Lei n® 12.527, de 18 de novembro de 2011, regulamentada pelo Decreto n® 7.724, de 16 de maio de 2012. § 1° As Declaragées Confidenciais de Informagdes (DCI) passam a ser denominadas de Declaragées Pessoais de Informagao e passardo a ser enquadradas como documentos “pessoais”. § 2" Na hipétese de os autos estarem instruidos com documento acobertado por sigilo legal, o acesso a esse tipo de documento somente ser permitido a quem detiver igual direito perante o érgio ou entidade originariamente encarregado da sua guarda § 3° Para resguardar o sigilo de documentos que assim devam ser mantidos, a CEI, depois de concluido o processo de investigagdo, providenciaré para que tais documentos sejam classificados como “pessoais” ¢, eventualmente, desentranhados dos autos, lacrados ¢ acautelados. § 4* Apés 0 julgamento definitivo, independentemente da previsio temporal mais ampla para documentos classificados como “reservados”, torna-se possivel a publicidade dos termos que motivaram a decisio, com a omissio dos nomes dos envolvidos ¢ de quaisquer outros dados que permitam a identificagdo. Art. 30, A qualquer pessoa que esteja sendo denunciada é assegurado o direito de saber 0 que Ihe esta sendo imputado, de conhecer 0 teor da acusagdo e de ter vista dos autos, no recinto da CEI, mesmo que ainda nao tenha sido notificada da existéncia do procedimento investigatorio. Art, 31, Oferecida a representagdo ou deniincia, a CEI deliberard sobre a sua admissibilidade, verificando 0 cumprimento dos requisitos previstos nos incisos do art. 27. § 12 A CEI podera determinar a colheita de informagdes complementares ou de outros elementos de prova que julgar necessérios. § 22 A CEI, mediante decisio fundamentada, arquivaré representago ou dendincia ‘manifestamente improcedente, cientificando o denunciante, § 3° A CEI solicitaré & Unidade Organizacional do Inmetro responsivel pela gestio de pessoal, os assentamentos funcionais do denunciado. § 4° £ facultado ao denunciado a interposigao de pedido de reconsideragao dirigido 4 propria CEI, no prazo de 10 (dez) dias, contados da ciéncia da decis4o, com a competente fundamentagao. § 5* Para os servidores piiblicos lotados ¢ em exereicio na Autarquia, a juizo da CEI ¢ mediante consentimento do denunciado, podera ser lavrado Acordo de Conduta Pessoal ¢ Profissional (ACPP). § 6° Lavrado 0 ACPP, o processo de apuragao ser sobrestado, por até 2 (dois) anos, a critério da CEI, conforme 0 caso. § 7? Se, até o final do prazo de sobrestamento, o ACPP for cumprido, sera determinado 0 arquivamento do feito. § 8° Se 0 ACPP for descumprido, a CEI dard seguii investigagao em Proceso de Apuragao Etica. jento ao feito, convertendo a § 9° Nao serd objeto de ACPP o descumprimento ao disposto no inciso XV do Anexo ao Decreto n® 1.171, de 22 de junho de 1994. § 10. No processo de investigagdo, a CEI convidara o denunciante e pessoas externas ao Inmetro e convocaré o denunciado, por intermédio de documento proprio § 11. Se o denunciado e pessoas extemas ao Inmetro no comparecerem e apresentarem justificativa, a CEI faré nova convocasio e/ou convite. § 12. Se 0 denunciado nao comparecer e nio se justificar, a CEI ratificard os termos da representagio ou deniincia e certificard sua auséncia. § 13. 0 investigado poder arrolar testemunhas de defesa, sendo-lhe permitido substituir quaisquer delas, desde que 0 faga em até 2 (dois) dias antes da audiéncia de inquirigao. § 14. O pedido de inquirigo de testemunhas deverd ser devidamente justificado, mediante demonstragdo de que elas tém conhecimento do fato objeto da investigago ou das circunstdncias em que o mesmo ocorreu. § 15, Serd indeferido 0 pedido de inquirigdo de testemunhas, quando: 1 - formulado em desacordo com o disposto no § 14 deste artigo; I1- 0 fato jé estiver suficientemente provado por documento ou confissdo do investigado; ou quaisquer outros meios de prova compativeis com o rito descrito neste Cédigo; ou IIT- 0 fato nao possa ser provado por testemunhe cito, 4 CEI, § 16. O pedido de prova pericial deverd ser devidamente jus indeferi-lo nas seguintes hipdteses: ficado, sendo 1 - a comprovagao do fato nio depender de conhecimento especial de perito; IL - revelar-se meramente protelatério ou de nenhum interesse para o esclarecimento do fato; ou III - no estiver devidamente justificada a pertinéncia, necessidade e utilidade da pericia, Art, 32. E assegurado ao investigado 0 direito de acompanhar a instrugao processual, pessoalmente ou por intermédio de procurador, solicitar reinquirir testemunhas, e produzir contraprovas ¢ formular quesitos, quando se tratar de prova pericial Art. 33. Se a CEI entender que ja dispde de elementos suficientes para tomar uma decisdo, encerraré a fase de instrugdo do proceso ¢ emitira parecer conclusivo. Art. 34. A penalidade cabivel aos servidores piblicos lotados e em exercicio no Inmetro que descumprirem as normas de conduta deste Cédigo, é a “censura ética”, que sera aplicada pela CEI, com base em parecer e com ciéncia do faltoso. Pardgrafo dnico. Concluido o procedimento de apuragdo e decidindo a CEI pela aplicagdo da penalidade de “censura ética”, € facultado ao investigado solicitar a reconsideragao acompanhada de fundamentagao & propria CEI, no prazo de 10 (dez) dias, contados da ciéncia da respectiva decisio. Art. 35. Confirmada pela CEI a aplicagio de “censura ética”, esta encaminharé um resumo do feito & Unidade Organizacional do Inmetro responsével pela gestio de pessoal para 10 nos assentamentos funcionais do servidor, o qual constituira fator de desempate, em seu desfavor, quando por ocasiao da promogio por merecimento. Pardgrafo tnico. O registro referido neste artigo sera cancelado apés 0 decurso do prazo 3 (tres) anos de efetivo exercicio, contados da data em que a decisio se tornou definitiva, desde que 0 servidor, nesse petiodo, nao tenha praticado nova infragao ética. Art. 36 Coneluido © procedimento de apuragio de prestador de servigos de natureza permanente, temporaria, excepcional ou eventual, ainda que sem retribuigdo financeira, sem vinculo direto ou formal com o Inmetro, a CEI deve eximir-se de aplicar ou propor penalidades, © cépia da decisio definitiva, elencando as condutas infracionais, deverd ser remetida ao Presidente do Inmetro, a quem competird a adogdo das providéncias cabiveis. Pardgrafo inico, Antes da remessa ao Presidente do Inmetro, deverd ser dado prévio conhecimento ao investigado sobre o relatério final da CEI, sendo-the facultado apresentar suas consideragdes finais, no prazo de 10 (dez) dias, contados da ciéncia da respectiva deciséo, para serem juntadas ao processo. CAPITULO VIL DISPOSIGOES FINAIS Art. 37. A CEI, sempre que constatar, em procedimento de investigagdo, a possivel ocorréncia de ilfcitos penais, civis, de improbidade administrativa ou de infrago disciplinar, encaminharé e6pia dos autos as autoridades competentes para apuragdo de tais fatos, sem prejuizo das medidas de sua competéncia, Art, 38. As Unidades Principais do Inmetro, bem como suas demais Unidades Organizacionais, daro tratamento priotitério as solicitagées de documentos necessarios & instrugdo dos procedimentos de investigagao instaurados pela CEL § I Na hipétese de haver inobservancia do dever funcional previsto no caput, a CET podera recomendar a abertura de procedimento administrative disciplinar, se a gravidade da conduta assim o exigir. § 22 As autoridades competentes no poderdo alegar sigilo para deixar de prestar informagao solicitada pela CEI. Art. 39. As declaragdes de bens e valores, a que se refere o art. 13 da Lei n® 8.429, de 2 de junho de 1992, regulamentada pelo Decreto n° 5.483, de 30 de junho de 2005, observadas as disposigdes especiais da Lei n* 8.730, de 10 de novembro de 1993, ndo se incluem entre os documentos considerados sigilosos, devendo © érgio ou setor encarregado da sua guarda fornecer cépia a CEI, quando solicitado. Pardgrafo ‘mico. Na hipétese de o investigado haver entregue cépia da Declaragio de Ajuste Anual do Imposto de Renda de Pessoa Fisica, apresentada a Secretaria da Receita Federal do Brasil, tal como facultado pelo Decreto n° 5.483, de 30 de junho de 2005, ou ter autorizado no formulirio proprio o acesso direto a tais Declaragdes, a cépia a ser fornecida 4 CEI deverd ser, apenas, da parte relativa a bens e valores, Art, 40. A apuragao de infragdo de natureza ética cometida por membro da CEI seri conduzida pela Comissio de Etica Publica (CEP). Art. 41. Na sua relagio com a sociedade ¢ nas agdes de comunicagio, © servider do Tnmetro pautar-se-d, sempre, pelos valores da transparéncia, atualidade, produtividade, agilidade, participagdo, profissionalismo, construgio da confiabilidade e qualidade de suas informagées, processos ¢ produtos. A restrigio ao acesso as demais informagdes s6 poderd ser utilizada em casos comprovadamente de interesse maior do Estado, previstos em Lei. Art, 42. O Cédigo de Conduta Etica Profissional dos Servidores do Inmetro nio esgota todos os prineipios éticos a serem observados pelo conjunto de servidores e agentes piblicos do Inmetro, devendo ser, quando aplicavel, complementado pelo Cédigo de Etica Profissional do Servidor Pablico Civil do Poder Executive Federal, pelo Cédigo de Conduta da Alta Administragdo Federal, pelos Cédigos de Ftica Profissional das diversas categorias profissionais, por resolucGes presentes e futuras, e normas operacionais do Inmetro. Publicada no Boletim de Servigo do Inmetro — Edigao Especial de 26/10/2012 Publicada no Diario Oficial da Uniio de 29/10/2012 — Sesio I

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