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78 Substantivos e adjetivos Desde a Antignidade, as esturliosns da lingua buscam formas de agrupar as palavras, levando em conta diferentes critérios. No ensino atual da lingua portuguesa no Brasil, segue-se a divisto de palavras prevista pela Nomenclatura Gramatical Brasileira, criada em 1957 De acordo com a NGB, sto dez as classes de palavras: substantivos, adjetivos, pronomes, artigos, nu- merais, verbos, advérbios, preposicdes, conjungoes € interjeigoes. Essa classificacao leva em conta trés ctitérios, simultaneamente: 0 sentido das palavras, os tipos de morfemas que as compoem e sua fungao sintatica nos enunciados. ‘= Substantivos Pertencem a classe dos substantivos as palavras que dao nome aos elementos da realidade (seres, aches, estadas, sentimentos, qualidades, lugares, ete,). Os tipos de substantivos sto: * Concreto: nomeia seres, objetos, lugares, instituig6es (cachorro, cadeira, montanha, igre). + Abstrato: nomeia conceitos, qualidades, agées, sentimentos (liberdade, altura, corrida, inveja). * Proprio: nomeia um elemento especifico, com caracteristicas que o particularizam em um conjunto (Goiania, Salvador) * Comum: nomeia cada um dos elementos de um conjunto com caracteristicas em comum (cidade). + Simples: formado por apenas um radical (dgua) * Composto: formado por mais de um radical (agua-forte) * Primitivo: dé origem a outros substantivos da lingua (agua). + Derivado: formado pelo acréscimo de moriemas a palavra primitiva (aguaceiro). * Coletivo: nomeia, no singular, um conjunto de elementos considerado em sua totalidade (matitha = con Junto de cies de caca; rebanho = conjunto de animais da mesma espécie controlados pelo ser humano). Género e numero do substantivo Todo substantivo possui um género. Sao masculinos os que podem ser antecedidos de o(s) ¢ femininos 0s que podem ser antecedidos de a(s). © genero feminino é quase sempre obtido por flexao (menino/me- nina), mas também ha substantivos femininos formados por derivacao (obstetraobstetriz) ou por radicais especificos (bode/cabra). Casos particulares de género dos substantivos * Epicenos: tem apenas um género para reterir-se a animais de ambos os sexos (a baleia, 0 polvo). = Sobrecomuns: tém apenas um género para referir-se a seres humanos de ambos os sexos (@ crianca, 0 individuo). * Comuns de dois: tm uma mesma forma para o masculino eo feminino e so identificados pela antecedéncia de 0 ou a (0(a) dentista, o(a) joven). CO substantivo flexiona em numero para fazer referéncia a um tinico elemento (singular) ou a dois ‘ou mais elementos (plural), Via de regra, o plural € marcado pelo morfema desinencial -s. Pode haver petda e/ou acréscimo de outros morfemas na forsnacao du plur (colhergs, cleatrizes, coracaes, pags). Substantvos terminados em -4o podem ter mais de uma forma plural (ermitao/ermitges/ermitaes) (Ade de ier dos subtatvscompstos aie =| | feo | Ocorréncia | Exemplo Radicaisligados por preposicSo (de, com, etc.) |__pés-de-pau, boeasde-lobo Apenas no —— - ¥ cence | primeira radical Segundo radical limita a significacB0 do primeira ou indica eerie bananas-oura, panéis-arbono -__ Flexdo de nimero dos substantivos compostos Be] Ocorrénci Exemplo piqueniques, pontapés, | radiorrep6rteres Radicas ligedos sem presenca de hifen AApenas no Primelto radical ¢ forma verbal ou palavrainvaridvel segundo radical (ier irrentes Meese mata-borrdes, sern-cerimonias | ‘Substantivas onomatopaicos, com repeticZo parcial ou total tico-ticos, reco-recos, do primeira radical ne segundo tique-taques (05 radicals sao dois substantvos, ou um substantive e um | adjetivo, ou um adjetivo ¢ um substantive Nos dofs radicais ‘buardas-civis, sextas-eiras Grau do substantivo (O substantivo pode variar em gran, apresentando as formas do diminutivo ¢ do aumentativo, construtdas com formas sintéticas, isto é, com acréscimo de sufixos ao radical (carrao, gatinho) ou formas analiticas, pela aosucieg-to do substantivo a outras palavras (casa grande, cabelo curio) © grau pode tanto indicar a dimensdo do elemento nomeado (carrinho, casarao) quanto expressar aletos positivos ou negativos associados a esse elemento pelo enuinciador (sujeitinho, malandrdo) = Adjetivos Pertencem & classe dos adjetivos as palavras que atribuem qualidades (positivas ou nega- tivas) aos substantivos. A funcdo de um adjetivo pode ser desempenhada por um conjunto de palavras designado locucao adjetiva (boneca de pldstica). Assim como os substantivos, 0s adje~ tivos podem ser simples ou compostas; primitivos ou derivados Género e ntimero do adjetivo s adjetivos sofrem flexdo de género e de mimero. As flexoes de genero ¢ de nttmero do adjetivo acompanham, obrigatoriamente, a forma do substantivo ao qual ele se associa (alu- nos felizes; projeto inavador) Flexdo de numero para adjetivos compostos que se referem a cores * Regra geral: 0 primeiro radical nunca flexiona; o segundo radical flexiona se for adjetivo (iSpis azul-claro/oihos azul-claros) e nao flexiona se for substantivo (cortina amare- lo-canério/lencéis amarelo-canério), inclusive nas locugées formadas por cor + de + [substantivo] (abajures cor de carne). * Exce¢éo: em azub-celeste e azut-marinho, 0 segundo radical nao flexiona, mesmo sendo adjetivo (cortinas azul-celeste, toalhas azul-marinho). Grau do adjetivo Os adjetivos pociem variar em grau, mas ndo existe obrigatoriedade de concordancia de grau entre substantivo e adjetivo (garotdo espertinho). Grau comparativo (entre elementos) » De superioridade: Sou mais rapido que Joana. * De igualdade: Sou téo répido quanto Joana. * De inferioridade: Sou menos rapido que Joana. Grau superlativo (qualidade em grau intenso) ~ Absoluto sintético: Sou rapiaiissimo. * Absolute analitico: Sou muito répido, * Relativo de superioridade: Sou o mais répido de todos. * Relativo de inferioridade: Sou 0 menos répido de todos. 79 Ea" e "on oan Todas as quest0es foram reproducids dos prov ee ‘we oan e me Texto para 2 questao 1 ey | Achado | Aqui, talvez, o tesouro enterrado ha cem anos pelo guarda-mor. | Se tanto o guardou, foi para os trinetos, principalmente este: o menor. Cavo com faca de cozinha, cavo ‘até, no outro extremo, o Japao endo encontro 0 saco de ouro de que tenho a mor precisio para galopar no lombo dos longes fugindo a esta vidinha choca, | Mas 56 encontro, e rabeia, e foge | uma indignada minhoca. nd de Andrade | 1, (FGV-SP) Sobre a expressao “Vidinha choca”, entendida no contexto do poema, € correto afirmar: a) 0 diminutivo exprime carinho, 20 contrario do termo que o acompanha. b) A ideia af presente de tempo: sugere-se que a vida 6 passageira. €) Seu sentido se opbe aquilo que, poeticamente,“minhoca” esté representando. 4) Oadjetivo deve ser entendido denotativamente, 20 contrério do substantive. @) O segundo termo reforca o sentido negativo do primero, 2. (IFSP) Considere as seguintes frases: 1A testemunha do assalto identificou o bandido. Tl. Amée carregava a crianga ao colo. I. Avitima queixava-se de fortes dores na cabeca Nao esta claro se o substantivo destacado se refere a homem ou mulher: a) apenas na frase | «) apenas nas frases Te IIL b) apenas na frase II. ) em todas as frases. ©) apenas na frase IIL Texto para a questéo 3. feeeeere |e ee Bee ean | Bs riers || Bite (ie 3. (Mackenzie-SP) No 48 quadrinho, o sentido de desdenhoso equivale a: a) manifestar altivez depreciativa, _d) agir com perspicécia b) demonstrargrande engenhosidade. _e) expressar atitude enaltecedora, ©) comportar-se de forma gentil, 4, (ESPM-RS) Assinale o item em que o par de adjetivos em negrito possa ser interpretado com sentido positivo e negativo respectivamente. 2) Filha voluntariosa / funcionaria voluntariosa. b) Pessoa dificil /tarefa dificil ©) Homem simples / professor simples. ©) Porgao (de comida) generosa / tia generosa, @) Atacante (de futebol) oportunista / poltico oportunista. ve Texto para a questao 5, [3 aeanuns sao | O segundo exemplo é de conhecimento de muitos: uma pega publi- citéria que, para enaltecer as qualidades de um carro, compara dois ato- res, um considerado um grande ator ¢ 0 outro, um ator grande, Nesse comercial, é um brasileiro que se presta a ocupar 0 lugar de ator grande (com atuagio considerada muito ruim em sua profisedo). Foi dessa ma- vita que ele sulu do ostracisme e voltou a ser “famoso”. Muitos jovens cenalteceram a coragem do mogo, sua beleza eo dinheiro que ele ganhou | para fazer parte dessa campanha. [..] Sevto, Rosely.Fatha de Paul, 13 set. 2011 (Insper-SP) No excerto acima, ao fazer um jogo de palavras com “ator grande” e “grande ator”, a autora produz diferentes efeitos de sentido, A alteracdo da ‘ordem das palavras s6 no produz mudangas de sentido em: a) pobre homem. b) estrela esportista. ©) poesia simples. 4) novo modelo. @) homem algum. (Ufam) Assinale a opc3o em que houve erro na passagem de um dos substan- tivos pare o plur a) abelhas-mestras, tias-avés, b) guarda-civis, guarda-roupas. ©) sempre-vivas, amores-perfaitos, 4) tico-ticos, reco-recos. €) todo-poderosos, mata-borrées. (Unicamp-SP) A comunidade do Orkut “Eu tenho medo do Mesmo” foi criada em funcdo do aviso bastante conhecido dos usuarios de elevadores: “Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo encontra-se parado neste andar”. a) Explique o que torna possivel o jogo de palavras "Mesmo, 0 manfaco dos elevadores" usado pelos membros dessa comunidade. b) Reescreva o aviso de forma que essa leitura nao seja mais posstvel (Unesp-Adaptada) “A humanidade criou a palavra, que é constitutive do hu- mano, seu traco distintivo. Considerando o relacionamento sintatico entre os elementos deste perfodo do texto, verifica-se que humano 6 empregado como: a) adjetivo. ) pronome indefinido, ©) advérbio, 4) substantivo. €) verbo, (ESPM-RS) Dos itens abaixo, assinale um superlativo nao previsto pela norma culte, embora de largo uso. 2) Negro: nigérrimo. b) Magro: magérrimo. ©) Amigo: amicissimo. d) Middo: minutissimo. ) Amargo: amarfssimo, Pronomes, artigos e numerais ‘és classes de palavras associam-se aos substantivos ¢ aus adljetivos ou desempenham fungao seme- Ihante & deles nos enunciaclos: os pronomes, os artigos e os numerais, = Pronomes Os pronomes tém importante papel na coesdo textual: possibilitam retomar e antecipar substantivos ou trechos mais longos, evitando repeticdes desnecessarias. Veja no quadro duas estratégias de coes4o textual que podem ser obtidas por meio do uso de pronomes. * Anéfora: retomada, em um texto, de palavra ou expresso por outra palavra de sentido equiva- lente. Exemplo: Se vocé decidiu ser um consumidor consciente, lembre-se disso ao exigir uma sacola plastica. " Catafora: antecipacdo, em um texto, de palavra ou expresso por outra palavra de sentido equi- valente, Exemplo: Pense nisto: quanto mais vocé consome, mais lixo produz. Tipos de pronome Os pronomes podem ser pessoas, de tratamento, possessivos, emonstrativos, indefinidos, interrogativos ou relatives Pronomes pessoais Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discurso: a primeira (quem fala), a segunda (com quem se fala) e a terceira (sobre quem ou o que se fala). Costumam ocupar, nos enunciados, fun- cao semelhante a dos substantivos, Flexionam em pessoa ¢ em niimero e classificam-se em retos ou obliques (Atonos ou tonicos), dependendo da funcao que ocupam nos enunciados. Veja-os no quadro a seguir. pec erce a Fextoem | Fetioen lait ues | a pees 2) Ktonos Ténicos eg) a es one ee Sila (cae | son SE Se aera 1 pessoa papealies} gga 5 asta tine Best tseecice | ws = eee come ‘3* pessoa | E eles, elas, 14 05, a5, Ihes. se eles, elas, si, consiga a Pronomes de tratamento_ Os pronomes de tratamento designam, de forma cerimoniosa, a pessoa com quem se fala (segun- da pessoa) ou sobre quem se fala (terceira pessoa). Os verbos associados a esses pronomes sempre es- 10 flexionados na terceira pessoa, Veja alguns pronomes de tratamento no quadro da préxima pagina. Peet Forma ___ Dirlgidoa | Sento srr, enorta | __ Pesos gues esse denonsar espa oe emtinates maT} [ VossolSue Eninéncia | Cardeas | - “_vessofouaEncelacla Altas eutoridades do governa dat Forgas Armadas Yossa/Sua Magnificéncia LC Reitores de universidades L Vossa/Su Meesade eee | Se VosaSua Santiade ; Paso | a \ossa8ua Senhora — | Fircins oration gotanies amneooa | Os pronomes de tratamento vocé/vaces, derivados de vossa merce, predominam, no Brasil, bars @ releréncia & pessoa com quem se fala, substituindo os pronomes pessoats de segunda Pessoa tu/vds, Pronomes possessivos Os pronomes passessivos associam os substantivos as pessoas do discuiso, Flexionam om aad aa Benero ¢ tm mimero, Essa ultima flexto pode se refers tanto 20 “possuidor" (pes, sea do discurso) quanto ao “objeto possuido" (substantivo) Piura (dois ou mais objetos ossu‘dos) ‘singular | Flexdo em nimero/pessoa (vertical) em (um objeto possufdo) | ‘nimero/género (horizontal) mascutino —_feminino 1 pessoa minhas | Plural (dois ou mais | ossuidares) 3tpessoa suas | Apesar do nome, os pronomes possessives nem sempre indicam posse. Veja alguns exemplos no quadro a seguir Alguns valores semanticos dos pronomes possessivos * Seu bairro > lugar onde se mora * Nosso primo > relacSo de parentesco * Minha querida > relacao de afoto * Sua expulsdo > objeto da acdo verbal ae oe * Meu retorno > agente da acdo verbal. ; 83 84 aguele —aquelesaquela = J Pronomes indefinidos aquelas cauilo rsvimo de quem fala Tempo da fala | Tntrodugo de inforrnagao nava no texto Proximo daquele com quem se fala Passado ou futuro préximos Retomada de informagéo no texto Distante da stuacéo de fla Passado vago ou distante Retomada de informagso distante no texto Os pronomes indefinidas indeterminam os substantivos ou os substituem de forma imprecisa ‘Apresentam formas variaveis e invari is, Referem-se sempre a terceira pessoa do discurso, “Flexdosomente em — Flexdosomente em Formas. —_ ndimero. ‘género Invarléveis singular | algum: alguns aig algumas qualquer/quaisquer varios/varias mais =e | settee —— cs ee ee i UU | ginny | teem our | outos aera | eH gay T 1 | | rmuito | ruts ruta | uit inn | Mie te i | | aU pouco | poucos ——pouea | poueas | H/T, | las bet oe tee MAE certo ‘certos certa certas: MTEL TOL + + 4— TTA HATE ‘eas: | Snuatasiond ox oevenectere FESO quantos quanta anto antes 9 ¥ | Pronomes interrogativos TET THISHAMUGEATHLLU HEGEL AHS Os pronomes interrogativos indicam os elementos sobre os quais se deseja obter infor- magao, usados em perguntas diretas ou indiretas. Que € usado apenas para objetos; quem, apenas para pessoas; qual ¢ quanto sto usados tanto para abjetos quanto para pessoas Apresentam formas varidveis e invariveis. Flexéo em género e nimero mmascutino feminino Flexo somente em nimero Formas invariaveis singular plural | singular plural quanto quantos | quanta quantas, ‘wal/auais que MONOCL —OCEt|tetgttanvnnen quem Pronomes relativos_ cau i T Os pronomes relativos retomam substantivos anteriormente mencionados nos enunciados, Apresentam formas variaveis ¢ invariaveis. masculino feminino | Formas invariéveis singular | plural Singular | plural = Eos culo cujos wa [alas | ue a quanto quentes | lillt qonas [onde Veja alguns exemplos no quadro a seguir: ‘Acabou de chegar o documento de que Ihe falei ha pouco. j Sana . ie Aquele € 9 garoto cuje pai fui meu professor. AsnoNie, ® Artigos Pertencem a classe dos artigos as palavras que antecedem os substantivos com a funcao de determina-los ou indetermina-los. Os artigos tém_a propriedade de transformar palavras de ou- tras classes em substantivos. Tipos de artigo Hé dois tipos de artigo: o definido (que particulariza ou tetoma um substantivo ja mencio- nado no texto) e o indefinido (que toma um substantive de forma genética ou o upresenta pela primeira vez em um texto). 3 artigos sofrem flexao de género ¢ de mimero pata acompanhar a forma dos substantivos a que se associam: um brinquedo/uns brinquedos, o brinquedo/os brinquedos, uma bonecafumas bo- nnecas, a bonecalas bonecas. noe Fg ee reel dt singular plural Indefinido um uma umes Definido ieteheahed 2 os = Numerais Pertencem a classe dos numerais as palavras que expressam quantidades ou indicam a ordem. dos elementos em uma sequencia. Tipos de numeral + Cardinal: indica quantidades exatas (um, trés, duzentos, um milhao). * Fracionario: indica quantidades fracionadas (meio, terco, décimo, milésima). * Multiplicativo: indica quantidades milkiplas (dobro, triplo, quadruplo, dctuplo) * Ordinal: indica a ordem de um ou mais elementos em uma sequencia (primeiro, segundo, dé- cimo quinto). *+ Coletivo: indica, por meio de palavra no singular, um conjunto de elementos de quantidade exata (duzia, década, mithar), A flexto dos numerais em nuimero ¢ género € bastante irregular. Por exemplo, entre os car- dinais, apenas um é forma singular, de dois em diante, todos estio no plural. Apenas um, dois € as centenas a partir de ducentos apresentam feminino (uma, das, duzentas), acompanhando a flexao do substantivo a que se associam, Todas 8s questies foram reproduzidas das provas originals de que fezem parte Texto nara a questo. O fim do marketing Aempresa vende ao consumidor - com a web nao é mais assim | Comainteret se tomanda oniprovente, os Quatro Pe do marketing ~ produto, praca, preco e promocao~ nao funcionam mais. O paradig- | ma cra simples e unidirecional: as empresas vendem aos consumidores. Nés criamos produtos; fixamas pregos: definimos os locais onde ven- dé-los;e fazemos aniincios. Nés controlamos a mensagem. A internet transforma todas essas atividades, td Os produtos agora sio customizados em massa, envolvem servicos | 830 marcados pelo conhecimento e os gostos dos consumidores. Por meio de comunidades on-line, os consumidores hoje participam do de- senvolvimento do pradhitn. Produtos estio se tornando experiéncias Estao moztas as velnas concep;tes industriais na defini e marketing de produto. ea | Gracas as vendas on-line e 3 nova dinimica do mercado, os pregos | fixados pelo fornecedor est3o sendo cada vez mais desafiados. Hoje questionamos até o conceito de “pre;o", medida que os consumidores sola acesso a ferzamentas gue thes permitem determinar quanto ‘querem pagar. Os consumidores vio oferecer varios precos par um pro- duto, dependendo de condicdes especiticas. Compradores e vendedares trocam mais informagéee » 0 prego 80 toma fiuido, Oa mereados, eno as | empresas, decider sobre os presas de produtos eservigos, | a A empresa moderna compete em dois mundos: um fisic (a praca, ‘ou marketplace) © um mundo digital de informacao (0 espaco merca, dolégico, ou marketspace). As empresas nko dever preocupar-se com a eriacto de um website vistoso, mas sim de uma grande comunidade | on-line ecom o capital de elacionamento. Coracdes,enao olhos,si0.0 que conta, Dentro de uma década, a maioria dos produtos sera vendida no espago mercadologico. Uma nova fronteira de comércio &a markeface ~ 2 | interface entro.o marketplace 0 marketspace. Ld | __Rublicdade, promorio, velagses pablica etc. exploram “mensagens” | unidizecionais, de um-para-muitos ede tamanho tinico, drigdas a con- sumidores sem rosto e sem poder. As comunidades on-line pertutbatn drasticamente esse modelo, Os consumidores corn frequéncia tim acesso a informagoes sobre os produtos, eo poder passa pata o lado deles, S30 eles que controlam as regras do mercado, nfo voce. Elesescalhem omeio a mensagem, Em vez de receber mensagens erwviadas por profissionais | de relacces piblicas, eles criam a ‘opinito publica” on-line | Osmanneteizos estto perdendo o controle, «isso ¢ multe bum, | twscorr,Don- © fim do mare je, to Palo, Eton Ab p22, jan 2011 | bo ~ (Unesp) “Seo eles que controlam as regras do mercado, ndo voc8. Eles es- colhem o meto e a mensagem. Em vez de receber mensagens enviadas por profissionais de relacées pablicas, eles criam a ‘opinigo publica’ on-line.” Nesta passagem do pendiltimo paragrafo do texto, o autor repete por trés ve- 2es 0 pronome eles, para referir-se enfaticamente aos: a) proprietérios de lojas. 4) consumidores on-line. ») veiculos de comunicagao. ¢) fabricantes dos produtos. ©) profissionais de relacdes pablicas 3. Texto para a questao 2. Nao era enao podia o pequeno reino lusitano ser uma poténcia co lonizadora a fei¢do da antiga Grécia. O surto maritime que enche sua histéria do século XV nao resultara do extravasamento de nenhum |_excesso de populacdo, mas fora apenas provocado por uma burguesia comercial sedenta de lucros, e que nao encontrava no reduzido terri- t6rio patrio satisfacdo a sua desmedida ambicao. A ascensao do fun- dador da Uasa de Avis ao trono portugués trouxe esta burguesia para um primeiro plano. Fora ela quem, para se livrar da ameaca castelha- | na e do poder da nobreza, representado pela Rainha Leonor Teles, cingirao Mestre de Avis com a coroa lusitana. Era ela, portanto, quem devia merecer do novo tei o melhor das suas atengdes. Esgotadas as possibilidades do reino com as prédigas dadivas reais, restou apenas | 9 recurso da expanséo externa para contentar os insacidveis compa- | nheiros de D, Jogo 1 rave Jnr, Cao. Evluao pla do Baal (adept) (Fuvest-SP) 0 pronome “ela” da frase “Era ela, portanto, quem devia merecer do novo rei o melhor das suas atengdes”, refere-se a: a) “desmedida ambigao” d) “ameaca castelhana’. b) "Casa de Avis” e) “Rainha Leonor Teles” ) “esta burguesia", Texto pare 2 questo 3. As coisas mudaram muito em termos do que achamos necessério fa zer pata manter nossos filhos seguros. Um exemplo: s6 10% das crian- | ¢a8 americanas vio para a escola sozinhas hoje em dia. Mesmo quando vao de dnibus, séo levadas pelos pais até a porta do vetculo. Chegou a ponto de colocarem a venda vagas que dao o diteito de o pai parar 0 carro bern em frente a porta na hora de levar e buscar os filhos. Os pais se acham étimos porque gastam algumas centenas de délares na seguranca das criangas. Mas o que vocé realmente fez pelo seu filho? Se 6 seu filho est4 numa cadeira de rodas, vocé vai querer estacionar em | frente a porta. Essa é a vaga normalmente reservada aos portadores de deficiéncia. Entao, vocé assegurou ao seu filho sauddvel a chance de ser tratado como um invilido. Isso € considerado um exemplo de | paternidade hoje em dia. of, 22 jul. 2008, | tsa, 22 ul (ITA-SP) A palavra “isso”, na pentiltima linha do texto, retoma o fato de: a) as criangas americanas hoje nao irem sozinhas & escola, b) pais americanos tratarem seus filhos saudaveis como invalidos, ) apenas 10% das criangas americanas irem sozinhas para a escola, 4) venderem vagas para os pais pararem o carro em frente a porte de escola. @) 05 pais levarem e buscarem seus filhos até a porta do Gnibus que os leva a escola, Textos para a questao 4. Texto 1 E certo tratar cies como humanos? Com o meu dog, meu amado samoiedo Theodoro, fa¢o o que quiser. ‘Nem quero saber se ele gosta de ser chamado de filho, ou se gosta que eu 0 petsiga o tempo todo pedindo abracos e beljos. Sé o ser humano tem essa noia de querer racionalizar as coisas desse jeito, ‘Ana Rose, nose er 4 88 Texto 2 Gosto de cachorros, mas traté-los como filhos é demais. Ha tantas criangas nas ruas e nos orfanatos — e as pessoas preocupadas com futi- lidades. Nao consigo entender isso. Deveriam levar o carinho, o amor e dinheiro gasto com um cachorro para uma crianga carente. Daniel Rosso, Cricma, SC. Revista Superinceesant,p. 8, abr 2008. (Furg-RS) Analise as seguintes afirmativas sobre o emprego do pronome de- monstra 1.0 pronome essa (texto 1, linha 4) retoma o substantivo noia. 11.0 pronome isso (texto 2, linha 3) resume o que foi dito anteriormente. IIL. O pronome isso (texto 2, linha 3) refere-se a “Deveriam levar o carinho, 0 ‘amor € 0 dinheira gasto com um cachorro para uma crianga carente”. 1V.0 pronome essa (texto 1, linha 4) refere-se ao substantivo nota, V. Tanto essa (texto 1, linha 4) quanto isso (texta 2, linha 3) retomam refe- rentes no texto, Assiniale # opyau que Luntén afiimativas corretas: a) I-v o) I-IIL ei-yv b) I-IV d)l-1v (Fuvest-SP) Leia o seguinte trecho de uma entrevista concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa: Entrevistador: © protagonismo do STF dos tltimos tempos tem vusurpado as fungdes do Congresso? | Entrevistado; Temos uma Constitui¢ao muito boa, mas excessi- vamente detalhista, com um niimero imenso de dispositivos ¢, por _ isso, suscetivel a fomentar interpretagdes e toda sorte de litigios, ‘Também temos um sistema de jurisdic4o constitucional, talvez tinico_ | no mundo, com um rol enorme de agentes ¢ instituigdes dotadas da | | | prerzogativa ou de competéncia para trazer questdes a0 Supremo. E | um leque consideravel de interesses, de visOes, que acaba causando a intervencio do STF nas mais diversas questOes, nas mais diferentes areas, inclusive dando margem a esse tipo de acusaglo. Nossas deci- | ses no deveriam passar de duzentas, trezentas por ano. Hoje, so analisados cinquenta mil, sessenta mil processos. £ uma insanidade. Yes, 15 jun, 2011. No trecho “dotadas da prerrogativa ou de competéncia", a presenca de artigo antes do primeira substantivo e a sua ausBncia antes do segundo fazem que 0 sentido de cada um desses substantivos seja, respectivamente: 2) figurado.e proprio.) espectficoe genérico. e) lato e estrit. b) abstrato e concreto. d) técnico e comum. Texto para a questéo 6. Perto demais para dormirmos sossegados Um grupo de astrénomos americanos anunciou na semana passada ter dado mais um passo para desvendar os mecanismos de uma das sais imprevisiveis ameacas a vida na Terra ~ a queda de grandes aste- roides, Em 1908, um desses pedregulhos que viajam pelo espaco, etm a sua rota alterada pela gravidade do Sol e dos planetas, explodiu a 5 quilémetros do solo sobre uma area indspita da Sibéria, Seus fragmen- tos aniquilaram 80 milhées de Arvores e devastaram uma area de 2150 quilémetros quadrados, o dobro do tamanho da cidade de Nova York. O mundo nao estd livre de que desastres como esse se repitam. Caso um asteroide como o da Sibéria, com 60 metros de diametro, caia so- bre uma cidade grande, o resultado sera uma tragédia de proporgdes, incalculdveis. O feito dos astronornos americanos, ligados & Nasa, foi realizar um recenseamento de 90% dos asteroides localizados numa | regiao que se estende a 195 milhées de quilometros da Terra, e que potencialmente poderiam um dia se chocar com 0 nosso planet ‘Vic, Felipe. Espaca Wei, p. 142-148, 12 out, 2011 6. (UENP-PR) Observe esta passagem do texto: “Seus fragmentos aniquilaram 80 mithées de érvores e devastaram uma érea de 2.150 quilémetros quadrados, o dobro do tamanho da cidade de Nova York”. Entencendo que hé na lingua elementos que tém a fungSo de preencher significedos das palevias consideradas “vazias", estabelecendo a referéncia textual endoférica, assinalea alternativa corretarelativamente ao trecho destacada: a) Apalavra “uma” é um anafbrico e seu referente € “érvores’. b) A palavra “quadrados” & um cataférico e seu referente é “quilbmetros”. ©) Apalavra “seus” é um anaférico e seu referente é “pedregulhos”. 4d) Apalavra "dobro" é um cataférico e seu referente 6 “Srea” €) Apalavra "cidade" 6 um anaffrien e seu referente 6 "Nava York" (FGV-SP) Texto para as questoes 7 € 8. Sua exceléncia | [0 ministro] vinha absorvido e tangido por uma chusma de senti- mentos atinentes a si mesmo que quase Ihe falavam a um tempo na consciéncia: orgulho, forca, valor, satisfaclo propria etc. ete Nao havia um negativo, no havia nele uma diivida; todo ele estava em- briagado de certeza de seu valor intrinseco, das suas qualidades extraor nérias e excepcionais de condutor dos povos. A respeitosa atitude de todose a deferéncia universal que o cercavam, reafirmadas tao eloquentemente na-__ quele banquete, eram nada mais, nada menos que o sinal da conwviccao dos povos de ser ele o resumo do pais, vendo nele o solucionador das suas di- ficuldades presentes e o agente eficaz do seu futuro e constante progresso. Na sua ago repousavam as pequenas esperancas dos humildes ¢ as desmarcadas ambigées dos ricos. | Era tal o seu inebriamento que chegou a esquecer as coisas feias do seu fico... Ble sejulgava, es6 0 que lhe parecia grande entrava nesse julgamento. As obscuras determinagSes das coisas, acertadamente, haviam-no ergui- do até ali, e mais alto leva-lo-iam, visto que, sé ele, ele s6 e unicamente, seria capaz de fazer o pats chegar ao destino que os antecedentes dele impunham. || bau Bisset, Os Prasindange. Porte Alogre LE2PM, 1998. p, 15-6, 7. Assinale a alternativa que interpreta corretamente o emprego dos pronomes possessivos destacados nas passagens do segundo pardgrafo. 2) 0s dois primetros fazem referencia ao personagem descri mos, a "pat 8) Os dois primeiros fazem referéncia ao personagem descrit mos, a “agente eficaz”. ) Todos os pronomes fazer referéncia ao personagem descrito. 4) 0s dots primeiros fazem referéncia ao enunciadar do texto (a narrador); os dais filtimas, an persanagem que aquele descreve, €) 0s dots primeiros fazem referéncia ao enunciador do texto (0 narrador): os dois dltimos, a “povos”. 05 dois dlti 5 dois dlti- 8. O emprego da forma de tratamento "Sua exceléncia”, no titula do texto, indica que o enunciador esta: a) falando do ministro, o que equivaleria a dizer: “ele”. b) se referindo diretamente ao ministro, como se dissesse a este: “voce”. 0) falando do ministro, © que equivaleria a tratéclo por “vés" ¢) se referindo diretamente ao ministro, como se dissesse a este: “tu”. e) falando ao ministro e ao leitor, o que equivaleria a dizer “vacés”. 89 90 Verbos e advérbios =Verbos Pertencem a classe dos verbos as palavras que exprimem nogdes de aco, estado, mudanga de esta do, fendmenos da natureza e outros processos, situiando-os no tempo. A fungao do verbo pode ser de- sempenbada por duas ou mais palavras em conjunto, constituindo uma locugdo verbal (quero propor). Na formacao dos verbos, um morfema radical une-se s vogais teméticas a, e ou i, resultando nas Uiés conjugacdes verbais da lingua portuguesa. A 1* conjugacao retine verbos terminados em ar (can- tar); a 24 conjugacao, em -er (correr); € 2 3* conjugacio, em ~ir (sorvir), O verbo por e seus derivados, como compor e propor, pertencem & 2# conjugacao, pois, em sua origem, por contava com a terminacdo er (poe) Flexao do verbo Flexo numero-pessoal A flexao numero-pessoal indica a que ou a quem se refere o processo verbal e se ele diz respeitoa um ou mais elementos, O verbo flexiona na primeira pessoa quando o processo verbal refere-se ao enun- ciador, que responde por ele sozinho ou com outras pessoas ~ (Eu) cantei/(Nés) cantamos. Na segunda pessoa, quando o pracesso verbal refete-se a um ou mais interlocutores — (Tu) cantaste/ (Vos) cantastes Na terceira pessoa, quando o processo verbal refere-se a um ou mais elementos que no participam da situagéo de comunicacio — (Ele) cantow (Eles) cantaram Flexéo modo-temporal A Tlexio de modo corresponde a uma atitude do enunciaclor em relagdo ao processo verbal | Modo verbal Atitude do enunciador Indicativo ‘Assume a processo verbal coma um fate Subjuntivo Assume o processo varbal como poss(vel, porém incert, | Dirige © procesco verbal 0 interlocutor como uma orden wi ped, una enigenc, um conselho, ume orientagio, (oar © imperativo ndo apresenta flexao de tempo, que sempre diz respeito ao momento da emunciagdo. Ele apresenta as formas afirmativa (Estudemos agora!) e negativa (Nao deive de estudar!). Jé 0 indicativo e o subjuntivo apresentam trés tempos bisicos — 0 pretérito, o presente ¢ o futuro ~, que apresentam subdivisdes para expressar sentidos variados. ‘Tempo Oque indica Exemplo Trlitn 1 Praca bat bsapliea : _perfeto conclude ne passado Entldet stroke tod Peccerrealaeeneae | — Ela estudavatodasas notes, | rte —— Ng Ae est ater dene cf inpartig! | ees rbd ike 91 Es eda a plata ions | fee a ante eee} Tempo das nerrativastredicionais Era uma vez um reina encantado. ea code Bampio Pretérito mais: Proceso verbal que. no passado, ocorreu. Ele estudow conforme planejara (tempo simples)) havia |_-Auepereto antes de outro Planejado (tempo compasto) | Processo verbal simultane &enuncies30 Eu confirmo minha inscriao, | Presente Proceso verbal habitual Ele estuda a semane inte | Processo verbal posterior tempo do Os eurapeus conhecetiam o rroz muitos tarde do at U2 0s asiaticos, as sonY gh ie aie ite | Futuro do —__Processo verbalincertorno passado ou _Eles receberiam (tempo simples) 0 resultado ontem, | pretérito no futuro Nés poderiamos estudar {tempo compost) amanha. ee pS ae ee Cael EAE ANS i | Polides £u poderia usar (tempo composte) obanheiro? Futurodo__Pracesso verbal com chances reais de | N6s estudaremos (tempo simples)/vamos estudar | preseme | corer no fatro (Gempe composto) aman sem falta. Tempo O que indica Exemplo ‘Se estudasse (tempo simples)tivesse estudado (tempo composte), teria se seido bem na prova Pretérito | Condigdo para que algo acorresse Nos tirar‘amos nossas dividas hoje, se o professor permitisse | imperfeito no passavufiy presente/no futuro {tempo simpies)/pudesse permitir (tempo compat). Ele estudaria com voce, se vocé ndo Fosse (tempo simples)/ costumasse ser (tempo compost 30 disperse. £ imprescincivel que vocé estude. Espero que voce estefa prenarado amanha, | Presente Hipétese, ordem, probigdo, desefo Poss ilidadie de realizagio de Se a Olimpisca de 2026 ocorrerconforme o planejaco,o Brasil se rocesso no futuro | Tortaleceré no cendrio internacional Future Formas nominais Sao formas do verbo que, em determinados contextos, assumem caractertsticas dos nomes (substantivos/adjetivos/adverbios). Sao elas: infinitivo, gerindio e partictpio. Nas locugdes verbais, essas formas tem valor verbal. Forma nominal Desinéncia formadora Exempla Sol val nascer as Sha7. (valor verbal > verbo princi Quero ver o naster do So, (valor nominal = substantivo) | | ‘A‘igua jf est fervendo. (valar verbal > verbo principal) | Gorsndio indo | Jogue a gua fervendo sobre o po de café. (valor nominal = adjetivo) | Hole acordei sorrindo, (valor nominal = advérbio) Infinitis ’ (s exercclas foram resotvids. (alor verbal > verbo principal) ‘Trage as exerccios resolvidos para aula, (valor nominal = a¢jetivo) Partctpio O gertindio eo participio nao sto flexionados, Jé o infinitive apresenta uma forma sem flexi — infinitivo impessoal - cantare outra com flexio néimero-pessoal — infinitivo pessoal — (eu) can- tar, (tu) cantare, (ele/elatvocé) cantar, (nds) cantarmes, (vos) cantardes, (eles/elas/vocés) cantarem. Locucdes Nas locugdes verbais, as formas do infinitive, gertindio ou participio, que expressam 0 sentido do processo verbal, ocupam o papel de verbos principais, enquanto os verbos que se associam a élas sao chamados de auxiliares. Empregos das locucées verbais * Nos tempos compostos: Quando vocé chegou, ele jf havia dormido. * Na construcio da voz passiva: A decisdo foi acatade por todos. = Na expresso de diferentes aspectos do verbo (formas como o processo verbal pode se desenrolar no tempo): 0 exame acabou de comegar (aco que tem inicio); Estou con- ‘sultando minhas anotaces (ago em andamento); Continuo tendo diividas (acdo que permanece); Costumo fazer anotacdes (acao habitual); etc. * Na expresso de diferentes pontos de vista do enunciador em relagéo ao seu enunciado (desejo, possibilidade, capacidade, dever, aparéncia, etc.): Ele parece estar preparaco; Vocés precisam estudar; Procure entender a propasta. Vozes verbais A pessoa do discurso a que se refere o processo verbal pode ser: a) agente do processo verbal, ‘b) alvo do processo verbal ou c) agente e alvo do processo verbal simultaneamente. Cada uma dessas relacoes resulta em uma voz verbal Vorverbl Riya i ‘Ativa ‘A pessoa do discursoé agente do roeso ve ‘D-governe acelerow a recuperagao das estrada. am recuperadas ce forma pie. (forma analitica A pessoa doiscurso @alvo | At-ssttades foram recuperadas de forma rapide, (forma analitica) ass Recuperaran-se as esas deforma pid. (rma since > dra) do pace veal (paciente) do pr > uso da particula apassivadora -se) ‘pescado docuso 58 mesmo tempo agente e alvo Oresponsavel organizou-se para acelerar a recuperacdo (pect) do processo verbal des esades feheaie) fete | st ‘As pessoas do discuso sao /-—-Saluentescomuntcaram-se para acelerararecuperagso cea das estradas (refer reciproca) {paciente) do processo verbal Tipos de verbos Nap sofrem mudangas em seu radical ao | contar: canto, cntas, conta, cantomos, contol, ser conjugados contam Spr et saline sea ‘mentr: into, menies, mente, mentimos, mentis, conjugados *mentem ‘Sofrem alteragées protundas no radical ao a inies ser 50u, 8; €, somos, sos. fo Nao apresentam conjugaco em algumas pessoas e tempos bain: boles, aoe, abolimos,obatis, abalem cceitar aceitado > partcipio regular, usedo com os verbos auriliares ter hover: Hovis aceitado a sugestao. | aceite participio irregular, usado com 05 | _vetbos auxilares ser, estore fear Fo acelto na | unvversidade. ‘Apresentarn duas ou mais formas equivalentes, uma regular ¢outra irregular, geralmente pare o participio, = Advérbios Pertencem a classe dos advérbios as palavras que: a) indicam as circunstancias em que ocor- reram os processos verbais (40 se associar a verbos); b) intensificam o sentido de adjetivos © de outros advérbios; c) expressam pontos de vista do enunciador em relacéo ao enunciado. | Os ingressos esgotaram-se rapidamente I vera avérbio advérbia adjetivo lineata era muito engracada, Qelenco saiu-se muito bem, advérbio advérblo Ee Lesinas we eT Certamente haverd ontras apresentacdes. edvéibio ‘enunciado A funcao de advérbio pode ser desempenhada por uma locugao adverbial (de costas) Tipos de advérbio A Nomenclatura Gramatical Brasileira classifica os advérbios de acordo com seu sentido * Lugar: aqui, ali, af, longe, perto, ao lado, por ali + Tempo: agora, hoje, ontem, amanha, ainda, nunca, sempre, frequentemente * Modo: em silencio, de graca, 2 toa, rapidamente, conscientemente [quase todos 0s advérbios ter- minados em -mente sto de modo] * Negacao: ndo, tampouco, absolutamente, de forma alguma: * Davida: ‘alvez, quem sabe, possivelmente, provavelmente. * Intensidade: muito, pouco, quase, demais, bastante, bem, mals, menos, + Afirmagao: sim, certamente, realmente, com certeza, sem dilvida Palavras usadas para formular frases interrogativas diretas ou indiretas sobre as circunstan- ias do processo verbal sao classificadas pela NGB como adverbios interrogativos * Lugar: Aonde vacé vai? Vocé néo me disse aonde vai. * Tempo: Quando sai a 1esposta? Ainda ndo sei quando sai a resposta. * Modo: Como eles pretendem resolver 0 problema? Eles discutirao como resolver o problema. * Causa: Por que ainda estamos esperando? Preciso saber por que ainda estamos esperando. Grau dos advérbios Alguns adverblos de modo e de intensidade apresentam variagéo de grau Grau comparativo: * De superioridade: 0 problema seré solucionado mais rapidamente do que esperdvamos. = De igualdade: E/a partiu tao inesperadamente quanto chegou. * De inferioridade: 0 peru assou menos lentamente do que eu gostaria, Grau superlative * Absoluto sintético: As perspectivas melhoraram muitissimo. * Absoluto analitico: Fizemos muito bem em nos prevenir, 93 ee a ee oes ee eee ee oes oe Mena Texto para a questéo 1. [tian sree coupaenmiatalaamidercbhe scl ia aran | Artistas, costureiras, soldadores e desenhistas manejam ferro, ma-_ dra, isopore tec, No galpio do boi Garantido, odo coragdo verme- Iho, todos se esmeram (nunca usam o verbo caprichar) para preparar um espetaculo que supere o do rival. No ano passado, foi o Caprichoso, | oda estrela azul, o ganador da disputa de boxs-bumbé do famoso Fes- | tival de Parintins, que todo final de junho atrai cerca de cem mil pes- soas para a doce ilha situada na margem direita do rio Amazonas. No | curral da torcida caprichosa, “alegoristas", passistas e percussionistas | preferem nao dizer que uma nova vitéria esté garantida. Dizem, sim, com todas as letras, que esté assegurada, ow, Femanda Caprichada garanida 1. (Fuvest-SP) As marcas linguisticas e 0 modo de organizaco do discurso que caracterizam 0 texto $50, respectivamente: a) verbos no presente e no passado; descritivo-narrativo. b) substantivos e adjetivos; descritivo-dissertativo. Todas as quests foram repraczidas das provas origina de que fazem parte, ¢) substantivos; narrativo-dissertativo. 4) frases nominais; apenas narrativo. ) adjetivos substantivados; apenas descritivo. Texto para a questo 2. f ] Receita de mulher As muito feias que me perdoem Mas beleza é fundamental. E preciso ‘Que haja qualquer coisa de flor em tudo isso Qualquer coisa de danga, qualquer coisa de | (haute coucure Em tudo isso (ou entéo Que a mulher se socialize elegantemente em azul, [como na Reprtblica Popular Chiness). Nao ha meio-termo possivel. E preciso Que tudo isso seja belo, B preciso que stibito ‘Tenha-se a impressao de ver uma garca apenas [pousada e que um rosto Adquira de vez em quando essa cor sé encontravel [no terceiro minuto da aurora. ‘Vinicius de Mores | nate couture’: alta costura. (Fuvest-SP) Tendo em vista o contexto, 0 modo verbal predominante no ex- certo ea razdo desse uso sdo: a) indicativo: expressar verdades universais. b) imperativo; traduzir ordens ou exortagées. ©) subjuntivo; indicar vontade ou desejo. 4) Indicativa; relacionar acdes habituais. 8) subjuntivo; sugerir condigdes hipotéticas. 3. (Ufam) Assinale a opgao em que 0 verbo indicado nos parénteses no foi corretamente conjugado: a) O jardineiro da casa agua as roseiras todos os dias. (aguar) b) E necessdrio que o novo governo remedie as injusticas. (remediar) ©) Nunca se sabe de onde provém tantos comentérios maldoses. (provir) d) Mesmo nao sendo necessério, o diretor interveio no caso. (intervir) 8) Eke no st aiGim ao qNe {eh Ndagato, Yornando-se prolixo. later) Texto para a questao 4. A ameaca de uma bomba atémica esta mais viva do que nunca. Os conflitos étnicos mataram quase 200 chineses 56 no més de julho. Ago- ta uma boa noticia: a paz mundial pode estar a caminho, Segundo esti ‘mativas de pesquisadores, o mundo esta bem menos sangrento do que J8 foi, Cerca de 250 mil pessoas morrem por ano em consequéncia de Algum conflto armado. bem menos do que no século 20, que teve 800 | mil mortes anuais em sua 2 metade e 3,8 milhaes por ano até 1950, © que aconteceu? O psicélogo Steven Pinker diz que o aumento do niimero de democracias ajudou. Assim como a nossa satide: como a ex. pectativa de vida subiu, tens mais mnedo de arriscar 0 pescoco. Até a globalizagio teria contribuido: um mundo mais integrado é um mundo ‘mais tolerante, diz Pinker. Revista Superimeressente 4. (Mackenzie-SP) “Os confitos étnicos mataram quase 200 chineses s6 no més de julho.” (linhas 1 e 2) De acordo com a norma-padrao, passando-se essa frase para a voz passiva analitica, a forma verbal correspondente seré: a) foram mortos. d) matou-se ) estavatn sendo mortos. 2) morreram. c)eram mortos. 5. (Casper Libero-SP) Assinale a alternativa que completa as lacunas da frase com flexdo culta dos verbos “ver”, “vir”, “crer” e “convir", respectivamente: Se voce e quando . diga-he que eu na sua historia, se the a) ver, vier, cri, convier. ¢) ver, vir, cri, convir. ») ver, vier, acreditei, convir. ©) vir, vier, eri, convier, ©) vir, vir, acreditei, convier. Texto para a questo 6. Dias melhores Vivemos esperando dias melhores Dias de Paz Dias a Mais Dias que nao deixaremos para tras ‘Vivernos esperando O dia em que seremos melhores Melhores no Amor | Melhores na Dor Melhores em Tudo Vivemnos esperando O dia em que seremos para sempre Vivemos esperando Dias Melhores pra sempre Dias Melhores pra sempre... | Joa Ques os 96 (Uepa) No texto, a repeticao do trecho “vivemos esperando” sugere: a) incerteza. d) horror. ) passividade. e) preconceito. c) medo. Texto para a questo 7. E vordade qe padamns vntar, & verdade que pademas, camo cida- daos eleitores e normalmente por via partidaria, escolher os nossos representantes no parlamento, Mas ¢ igualmente verdade que a possi- bilidade de acao democratica comega e acaba al, O eleitor poderd tirar do poder um governo que nao lhe agrade e por outro no seu lugar, mas (seu voto nio teve, néo tem, nem nunca teré qualquer efeito visivel so- ‘bre a tinica e real forca que governa o mundo, ¢ portanto o seu pais ¢a sua pessoa: refiro-me, obviamente, ao poder econdmicco, em particular a parte dele, sempre em aumento, gerida pelas empresas multinacio- nais de acordo com estratégias de dominio que nada tem que ver com aquele bem comum a que, por definicao, a democracia aspira Todos sabemos que ¢ assim, e contudo, por uma espécie de automa- tismo verbal e mental que nao nos deixa ver 2 nudez crua dos fatos, continuamos a falar de democracia como se se tratasse de algo vivo e atuante, quando dela pouco mais nos resta que um conjunto de formas ritualizadas, os inécuos passes ¢ 0s gestos de uma eapécie de missa laica, Joss Sermago (Mackenzie-SP) Assinale @ alternativa que identifica corretamente o termo a que se refere a palavra destacada. a) acaba af (linha 4) - @ possibilidade de escolha do representante b) ndo the agrade (linha 5) 0 governo ©) pdr outro no seu lugar (Iinha 5) - 0 eleitor d) aquele bem comum (linha 11) ~ 0 poder econémico ) quando dela pouco mais nos resta (linha 15) ~ a nudez crua dos fatos Texto para a questo 8. Nao era e n&o podia o pequeno reino lusitano ser uma poténcia co- lonizadora a feigio da antiga Grécia. O surto maritimo que enche sua historia do século XV nao resultara do extravasamento de nenhum excesso de populagao, mas fora apenas provocado por uma burguesia comercial sedenta de hucros, e que nao encontrava no reduzido terri- torio patrio satisfagao a sua desmedida ambicao. A ascensio do fun- dador da Casa de Avis ao trono portugues trouxe esta burguesia para um primeiro plano. Fora ela quem, para se livrar da ameaga castelha- na e do poder da nobreza, representado pela Rainha Leonor Teles, cingira o Mestre de Avis coma coroa lusitana. Era ela, portanto, quem devia merecer do novo rei o melhor das suas atengdes. Esgotadas as possibilidades do reino com as prédigas dadivas reais, restou apenas o recurso da expansdo externa para contentar os insaciéveis compa- sheiros de D. Joao Fruco Jowor, Cato Baus poli de Bras adaptado). (Fuvest-SP) No contexto, o verbo “enche” indica: a) habitualidade no pasado. 4) simultaneidade em relaco a0 termo “ascensio”. €) ideia de atemporatidade, 4) presente historico. e) anterioridade temporal em relacdo a “reino lusitano”. Texto para a questéo 9. ‘Uma ideia radical demais “Gratis pode significar muitas coisas, ¢ esse significado tem mudado a0 longo dos anos. Gratis levanta suspeitas, mas nao hé quase nada que chame tanto a atencao. Quase nunca é tao simples quanto parece, | mas € 4 transagZo mais natural de todas. Se agora estamos canstruindo | ‘uma economia em torno do Gratis, deverfamos comegar entendendoo que ele & e como funciona.” Essas s80 as palavras que abrem 0 segundo capitulo de um livro lancado nesta semana nos Estados Unidos. O titu- | 1oé Free ~The Puture of a Radical Price (“Gritis — 0 futuro de um preco | radical’, numa tradugao livre). A editora Campus-Elsevier deve lancé-lo |_ no Brasil no final deste més. E preciso reconhecer que 0 autor nao falta | com a verdade. “Gritis" pode realmente significar muitas coisas, entre elas cobrar por um livro cuja ideia central é uma defesa apaixonada de tudo o que é gratuito. A favor de Anderson. é necessirio avisar de saida: em nenhurn mo- mento ele escreve que tudo serd de graca. Sua tese central é que certos produtos e servicos podem, sim, ser gratuitos ~ e mesmo assim da para | ganhar dinheiro, Anderson constroi seu argumento sobre as diferengas fundamentais entre 0 mundo das coisas materiais, ou o mundo dos atomos, e a internet, ou 0 mundo dos bits. Bis a ideia central: todos os custos dos insumos basicos do mundo digital caem vertiginosamente. _| Disponive em:

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