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27in4i2023, 1602 POF js viewer ors Pe eu Perera uel Pee erences errs Cer eats REVISTA DE DIREITO ECONOMICO E SOCIOAMBIENTAL vol. 10 | n. 3 | setembro/dezembro 2019 | ISSN 2179-8214 Periodicidade quadrimestral | www.pucpr.br/direitoeconomico Curitiba | Programa de Pés-Gradua¢3o em Direito da PUCPR hitpstipriocicos.pucpt.bridirettoeconomicolatcleniew!24532/24232 2770812028, 16:02 PDFs viewer coer Deke Des a eee Eee eu eerie ren te one terete 00 Expansao urbana e a manutengdo da reserva legal no plano diretor: uma anélise do crescimento dos grandes centros urbanos frente a imperiosa protecao ambiental Urban expansion and maintenance of the Legal Reserve in the master plan: an analysis of the growth of large urban centers facing the imperative environmental protection ‘Thais Barros de Mesquita” Escola Superior Dom Helder CSmara (Bras) lemasauitabarcos@gmail.com Elcio Nacur Rezende’ Escola Superior Dom Helder Cmara (Brasil) elcionrezende@yahoo.com.br Recebido: 19/11/2018 _Aprovado: 02/03/2019 Received: 11/19/2018 Approved: 03/02/2019 (Come citar este artigo/How to cite this article: MESQUTTA, Tals Barros de; REZENDE, Eco Nacur Expanséo urbana ea manutengéo da Reserva Legal no plane cirtor- uma anise do crescimento dos grandes certras urbanos frente & impariosaproterso ambiental, Revista de Ditelte Econdmieo « Socloamblental, Curiiba, v.10, m3 p. 182208 set/dex 2019, doi 10 7213/revir acon s0e.v1038.24832 * Mestranda em Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentvel pela Escola Superior Dom Helder Camara (Belo Horzante ~ MG, Brat. Graduads em Dieta pala Universiseds Federal de Minas Gara Tabela de nocas. -malsdemesqurtabartos@emalcom ™ professor do Programa de Pés-graduasao em Direto da Escla Superior Dom Helder Cémara (Belo Horizonte - MG, Brai). Doutorado em Direto pela Pontificia Universidade Catdlca de Minas Gerais, Mesvado pela Pontifela Universidade Catdica de Minas Gerais. Mestrado em Dito Ambiental © Desenvolvimento Sustentvel pela Escola Superior Dom Helder Cémara. Graduarao em Direto pela Universidade Federal de Minas Gerais. Graduaczo1em Adminstracdo pea Poti Unhersidade Catslics de Minas Gerais, Editor da Revista Veredas 60 Dieta, Ema: elcionvezende@ yahoo.com be Rev, Diteto Econ, Sacoambiental,Curibe, v.10, n. 3p, 182-208 set/ez, 2015 hitpsperiodios. pueprbrdiettoeconomicolartcle/view/24532124232 2770812028, 16:02 PDFs viewer Expansdo urbana e a manutengao da Reserva Legal no plano diretor: uma anélise do crescimento dos grandes centros urbanos frente & Imperiosa protecSo ambiental Resumo 0 presente artigo trata da manuten¢do da Reserva Legal nas dreas de expansSo urbana. A conservato da vegetacdo nativa no ambiente urbano contribui para a qualidade de vida dos seus habitantes, Nessa nha, a propriedade urbanistica também deve ter seu usoefnalidades direcionados para. interesse coletivo eo eauilbrio do meio ambiente. Conclu-se que. plano dliretor desempenha papel essencial no contexto do desenvolvimento sustentavel como Instrumento responsavel por determinar a forma de ocupaga0 dos espacos, materializando as escolhas socials e poltcas fundamentals voltadas & construs3o do urbano. Palavras-chave: ambiente urbano; expansio urbana; plano diretor; reserva legal; protecSo ambiental Abstract This article deals with the maintenance of Lego! Reserve in areos of urban expansion. The conservation of native vegetation in the urban environment contvibutes to the quetity of life ofits inhabitants. n this line, urban property must also have its use directed to the collective interest ond the balance of the environment. Its concluded that the master plan ofthe city lays an essential role in the context of sustainable develooment as an instrument responsible {for determining the form of occupation of the spaces, moterializing the fundamentl socio! and politcal choices aimed at the construction of the urban structures Keywords: legal reserve; master plan; urban environment; urban expansion; environmental protection, Sumario 1L. Introdugio 2. & cidade ¢ o planejamento urbano. 3. Os limites ursanos € a expanséo Urbana horizontal. 4A Reserva Logal. 5. Conclusto. Referéncias. 1 Introdugao presente artigo tem como tema central a manutencio da Reserva Legal nas éreas de expansio urbana. A Reserva Legal consiste no instrumento de protec da vegetacao nativa localizada no interior dos iméveis rurais. Entretanto, a Lei Federal n2 12.651/2012, que atualmente disciplina a Reserva Legal, no determina a manutengao e protecdo da Reserva Legal quando 0 movimento de crescimento das cidades alcanca as mencionadas éreas, pelo contrério, permite 2 sua exclusio. Rev, Diteto Econ, Sacoambiental,Curibe, v.10, n. 3p, 182-208 set/ez, 2015 hitpsperiodios. pueprbrdiettoeconomicolartcle/view/24532124232 3124 2770812028, 16:02 PDFs viewer MESQUITA, T.8; REZENDE, © objetivo primordial do estudo & pesquisar sobre a Reserva Legal ea sua manuten¢do no conjunto das cidades sustentéveis para que as geracdes, presentes e futuras possam se beneficiar do espago protegido. A manutengao da vegetacdo no meio ambiente urbano impacta positivamente na vida dos seus habitantes, pois além de preservar a biodiversidade, proporciona permeabilidade ao solo, mantém @ umidade do ar, protege rnascentes, absorve o calor € a poluicgo e permite que a dignidade da pessoa humana seja atendida em seu aspecto ambiental. Justifica-se a escolha do tema e o desenvolvimento do presente trabalho por no ser pacifico 0 entendimento sobre a manutencao da Reserva Legal no ambiente urbano, uma vez que foi criada para a protecéo, da vegetacdo em face da exploraco agraria. 0 artigo encontra-se estruturado em trés secdes, além da introdugao e da conclusdo. A primeira analisa a cidade e o planejamento urbano como protagonistas da protegio ambiental, mormente pelo Estatuto da Cidade & pelo plano diretor. Destaca-se a importancia dos setores publicos na protecdo e fiscalizagio ambiental. A segunda seco estuda a formagio do perimetro urbano e a expansio pelo loteamento horizontal, com o objetivo de realgar os limites ao poder de construir dos proprietdrios de imévels. A terceira secdo concentra-se na Reserva Legal delineando o Instituto, Para alcangar os objetivos estabelecidos utilizou-se como recurso metodoldgico a pesquisa bibliogréfica realizada a partir da andlise pormenorizada de materiais jé publicados na literatura O texto final foi fundamentado nas ideias e concepcdes de autores como: Luciano (2015), Nogueira (2015), Ribeiro (2015), Rios, Carvalho, Kleinrath (2014), Schutzer (2012). 2. A Cidade e o planejamento urbano {As cidades so complexos artificialmente construfdos e so frutos da inteligencia do homem que através dos séculos direcionou-se para a vida coletiva em busca de mais qualidade de vida. Nesse contexto, os equipamentos urbanos se desenvolveram € se aprimoraram para a satisfacdo de toda a coletividade. Costa e Rios (2014, p.59) explanam que as cidades nasceram com o objetivo de proverem as necessidades humanas, sobretudo em decorréncia do sentiment de unio segundo 0 qual todos, coletivamente, buscam ampliar 0 bem-estar que se manifesta nas garantias de seguranca, sade, Rev. Dieta Econ. Socloambienta, Curt, 10,n. 3, p. 182-204, set fer. 2019 hitpsperiodios. pueprbrdiettoeconomicolartcle/view/24532124232 474 2770812028, 16:02 PDFs viewer Expansdo urbana e a manutengao da Reserva Legal no plano diret uma anélise do crescimento dos grandes centros urbanos frente & Imperiosa protecSo ambiental educacao e cultura, t3o ambicionado desde Thomas Hobbes e Jean Jacques, Rousseau. ‘A urbanizacdo ocorreu na metade do século XIX, com a elevacdo da industrializag3o e consequente aumento do nimero de empregos para atender a demanda do mercado. A mo de obra disponivel no campo, em busca de melhores salérios e condigdes de vida, desloca-se para as cidades, em um movimento de éxodo ascendente, De acordo com Britto e Vidigal (2015, p. 105) [.-] © fendmeno urbano, que se dew na metade do século XIX, est estreitamente relacionado com a colonizagdo e hegemonia mundial europeias, com as mudangas decorrentes da organiza¢ao produtiva, com ascensao da civilizacao industrial e consequente aumento no interesse da populacao rural por uma suposta vida de maiores oportunidades de trabalho e moradia, nas éreas urbanas, No Brasil, contudo, a urbanizacdo & mais recente, data dos anos de 1940 e também decorre do fendmeno da industrializacdo. Pessoas em busca de trabalho, exploradas pelos proprietérios dos meios de producio e das propriedades imobilidrias, tornam-se exclufdas do meio urbano formal “ocupando ora terrenos piiblicos ora terrenos privados em um processo que cria e reproduz seu préprio espaco”, resultando em segregacao espacial. (COSTA; RIOS, 2014, p.59). No entanto, 0 amadurecimento da nossa sociedade culminou com 2 promulgacdo da Constituicdo Federal de 1988. Através de todos 0s direitos fundamentais nela insculpidos, interpreta-se a Carta Magna e conclui-se que a cidade é um bem difuso ambiental que deve estar & disposicao de todos para proporcionar qualidade de vida, independentemente do poder aquisitivo, origem, crenca, sexvalidade ou cor. De acordo com Costa e Rios (2014, p. 60), a Constituicao Federal, em seu art. 225, a0 dispor sobre o meio ambiente considera-o como bern de uso comum do povo e imprescindivel & sadia qualidade de vida. “ Ou seja, é um bem difuso, de todos, os interesses sdo da coletividade, nao é um bem do Estado, ou dos particulares. ” Destaca-se que a cidade é apreendida como meio ambiente artifical, pois & 0 espaco criado pelo homem. Por sua vez, o meio ambiente natural é Rev, Diteto Econ, Sacoambiental,Curibe, v.10, n. 3p, 182-208 set/ez, 2015 hitpsperiodios. pueprbrdiettoeconomicolartcle/view/24532124232 5 2770812028, 16:02 PDFs viewer MESQUITA, T.8; REZENDE, formado pelos elementos naturals da biodiversidade, vivos € no vivos. Ao se realizar 0 encontro dos dois espacos, na maior parte das vezes, o homem. transforma o meio ambiente natural para construgao e ampliagao da cidade. Quanto a politica de desenvolvimento urbano, a ser executada pelo poder puiblico municipal, nos termos do art. 182 da Constituigso da Repiiblica, tem por meta “ordenar o pleno desenvolvimento das funcées sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes”, (BRASIL, 1988) Igualmente, a Lei Federal n? 10.257/2001, denominada Estatuto da Cidade, disciplina as diretrizes gerais da politica urbana e ambiental e elenca, como base do ordenamento o bem coletivo, a seguranca, o bem-estar dos Cidados e 0 equilibrio ambiental. Assim sendo, as cidades so lugares de promocdo de direitos e, primordialmente, de promogo ao direito & sustentabilidade. O canceito de Cidade sustentavel se depreende do art. 22, inciso |, do Estatuto da Cidade: “entendido como 0 direito & terra urbana, 3 moradia, a0 saneamento ambiental, 3 infraestrutura urbana, ao transporte e aos servicos piblicos, a0, trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras geracdes.” (BRASIL, 2001) Ressalta-se que a aplicacao do Estatuto da Cidade é dever do poder pilblico, inclusive municipal, com a criago do plano diretor que deve perseguir as diretrizes gerais tracadas em consonancia com o meio ambiente saudvel, imprescindivel para uma vida sadia. No se pode olvidar que todos 05 demais poderes estaduais e federais também tém responsabilidades na implementagao do Estatuto da Cidade. A competéncia para legislar sobre direito urbanistico & concorrente entre Unido, Estados e Distrito Federal, conforme o art. 24, |, da Constituigao, da Republica. Entretanto, a Unido caberd a legislacdo de normas gerais e 20s Estados suplementé-la. Aos municipios competem legislar sobre assuntos de interesse local e “promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupagao do solo urbano”, conforme dispde o art. 30 (BRASIL, 1988). Nesse ponto, destaca-se a atuacio dos municipios no planejamento Urbano, tendo em vista 0 protagonismo na conducao da politica urbana e proximidade com os problemas cotidianos da cidade, como assevera Furquim (2014, p. 113): No contexto constitucional, a0 que se verifica, a atuaga0 do municipio é protagonista na condugao da politica urbana, fato que se consolida a Rev. Dieta Econ. Socloambienta, Curt, 10,n. 3, p. 182-204, set fer. 2019 hitpsperiodios. pueprbrdiettoeconomicolartcle/view/24532124232 924 2770812028, 16:02 PDFs viewer Expansdo urbana e a manutengao da Reserva Legal no plano diret uma anélise do crescimento dos grandes centros urbanos frente & Imperiosa protecSo ambiental nogao de que o urbanismo é uma fungao piiblica. Assim sendo, cabe ao Poder Paiblico municipal conduzir as politicas priblicas que visem & ‘ocupagiio e ao uso do solo urbano, bem como 0 seu parcelamento. Nao obstante, a participagdo dos cidadiios nesse processo est garantida pela nogio de democracia participativa que informa a Constituigao, Compreende-se no planejamento municipal o plano diretor, @ disciplina do parcelamento, do uso e da ocupaco do solo, do zoneamento ambiental, do plano plurianual, das diretrizes orcamentérias e orcamento anual, gestéo orcamentaria participativa, planos, programas e projetos setoriais, planos de desenvolvimento econémico e social, conforme determina 0 art. 42 do Estatuto da Cidade. plano diretor, instrumento imposto pela Constituiciio da Republica Ro art. 182 supramencionado, “aprovado pela Camara Municipal, obrigatério para cidades com mais de vinte mil habitantes, é 0 instrumento bésico da politica de desenvolvimento e de expansdo urbana” (BRASIL, 1988). Deve ser aprovado por lei ¢ desempenha importante papel no contexto do desenvolvimento sustentavel, pois é 0 responsével pela definigio da funcdo social da propriedade no municipio. Nesse diapasao, ser o instrumento responsdvel por reger a cidade quanto 8 forma de ocupagaio dos espacos, materializando as escolhas sociais e politicas, fundamentais, e responsdvel pelo direcionamento dos investimentos piiblicos e privados voltados & construgio do ambiente urbano. Conforme explana Furquim (2014, p. 108), 0 plano diretor possibilita uma “melhor ordenacio da convivéncia, da racionalizac3o do aproveitamento dos espagos urbanizados e dos recursos naturais, @ expansdo ordenada da cidade, @ conten¢go da ocupacéo humana Conjugacio de distintos interesses com o planejamento econdmico " Fica claro que 0 plano diretor provoca interferéncia na esfera do direito privado, tendo em vista que se relaciona diretamente com o direito de propriedade e posse do particular e limita o exercicio de seus atributos. A propriedade urbanistica deve ter seu uso ¢ finalidades direcionados para 0 interesse coletivo e para 0 equilibrio do meio ambiente. O proprietério tem, inclusive, um dever de dar ao imével uma funcdo social para satisfagdo do bem comum. Rev, Diteto Econ, Sacoambiental,Curibe, v.10, n. 3p, 182-208 set/ez, 2015 hitpsperiodios. pueprbrdiettoeconomicolartcle/view/24532124232 78 2770812028, 16:02 PDFs viewer MESQUITA, T.8; REZENDE, Appropriedade urbanistica é, portanto, caracterizada pelo direcionamento de seu uso a finalidades de interesse geral, em prol do bem coletivo, da seguranga, do bem-estar dos cidados e, ainda, do equilibrio ambiental, com 0s quais hi de se conformar o direito individual de propriedade, no mais dotado de carter produtivo. (COSTA, 2015, p. 369) Desse modo, 0 plano diretor pode planejar 0 crescimento das cidades sem que sejam esquecidas as normas ambientais e, conseguinte, possibilitar a reducdo dos impactos negativos decorrentes do aumento populacional.. Ademais, através do plano diretor, € possivel que a cidade informal consolidada seja tutelada e reorganizada. Os impactos ambientais do crescimento populacional sao variaveis, principalmente quando a expanso da cidade no previamente planejada. © proceso de expansio das cidades pode eliminar vegetaco natural, implicar canalizagio e tamponamento da rede de drenagem natural, impactar 05 recursos hidricos pelo aterramento de cursos de agua e também pela absorcio do esgotamento sem tratamento, causando poluicio, principalmente pela falta de saneamento de grande parcela das cidades brasileiras. Schutzer detalhou a expansdo urbana de Séo Paulo que decretou o fim das dreas rurais entre as cidades préximas da capital e destacou a importéncia da conservacéo da natureza para a qualidade de vida sustentabilidade ambiental e urbana: Varios trabalhos académicos, no Brasil e no exterior, vem destacando a importancia da vegetagdo arbérea na amenizagdo dos problemas ambientais urbanos. € quando se fala de massa vegetal arbérea estamos também falando da introduc3o (ou do retorno) da permeabilidade do solo, do sombreamento, da manutencao da umidade do solo e do ar, da prote¢zo, das nascentes, da absorcao do calor e de poluicao ete (SCHUTZER, 2012, 9. 182) Nessa linha, a transformac3o do ambiente natural para a construc das cidades pode causar impactos negativos, degradando-o ou poluindo-o. O conceito de poluicSo é delineado pelo art. 38, inciso Ill, da Lei Federal n? 6.938/1981, que dispSe sobre a Politica Nacional do Meio Ambiente: Art. 3° - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por Rev. Dieta Econ. Socloambienta, Curt, 10,n. 3, p. 182-204, set fer. 2019 hitpsperiodios. pueprbrdiettoeconomicolartcle/view/24532124232 2770812028, 16:02 PDFs viewer Expansdo urbana e a manutengao da Reserva Legal no plano diretor: uma anélise do crescimento dos grandes centros urbanos frente & Imperiosa protecSo ambiental IL ~ potuigo, a degradagao da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: a) prejudiquem a satide, a seguranca e 0 bem-estar da populacao; b) erlem condigdes adversas as atividades socials e econdmicas; 6} afetem desfavoravelmente a biota; 4) afetem as condigdes estéticas ou sanitarias do meio ambiente; ¢) lancem matérias ou enengia em desacordo com os padres ambientais, estabelecidos; (BRASIL, 1981). 3. Os limites urbanos e a expansdo urbana horizontal perimetro urbano e suas alteracdes sdo definidos por lei municipal Assim, através dos limites impostos pela legislaco, separam-se as zonas rurais das zonas urbanas. € 0 que disciplina 0 Cédigo Tributério Nacional, art. 32, caput € § 12, que classifica 0 imével urbano para incidéncia do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana. Art. 32, 0 imposto, de competéncia dos Municipios, sobre a propriedade predial e territorial urbana tem como fato gerador a propriedade, 0 dom{nio itil ou a posse de bem imével por natureza ou por acessao fisica, como definido na lel civil, localizado na zona urbana do Municipio, § 12 Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal; observado o requisito minimo da existéncia de melhoramentos indicados em pelo menos 2 (dois) dos incisos seguintes, construidos ou mantidos pelo Poder Piblico: 1-meio-fio ou ealgamento, com canaliza Il-abasteclmento de gua; III sistema de esgotos sanitarios; IV - rede de iluminacao ptiblica, com ou sem posteamento para Aistribuicao domiciliar; V- escola primiria ou posto de satide a uma distancia maxima de 3 (tres) quilémetros do imével considerado. de éguas pluviais; Por lei municipal também é possivel considerar como urbanas as reas urbanizdvels ou de expansio urbana, localizadas fora da zona urbana, desde que constantes em loteamentos aprovados pelos 6rgdos competentes, Rev, Diteto Econ, Sacoambiental,Curibe, v.10, n. 3p, 182-208 set/ez, 2015 hitpsperiodios. pueprbrdiettoeconomicolartcle/view/24532124232 2770812028, 16:02 PDFs viewer El MESQUITA, T.8; REZENDE, destinados a habitacdo, a industria ou ao comércio, conforme o art. 32, § 22, do Cédigo Tributério Nacional. O conceito de imével urbano também pode ser definido por exclusto e de acordo com a sua finalidade. O Estatuto da Terra, Lei n? 4.504/64, art. 42, inciso I, fornece 0 conceito de imével rural como sendo “o prédio ristico, de area continua qualquer que seja a sua localizagdo que se destina & exploraco extrativa agricola, pecudria ou agroindustrial, quer através de planos publicos de valorizago, quer através de iniciativa privada” (BRASIL, 1964). Portanto, analisando os dois critérios, é possivel que exista imével rural dentro das zonas urbanas e imével urbano fora das zonas urbanas, definidas por lei, a depender da sua utilizacao: loteamentos destinados & habitacdo, 8 industria ou ao comércio, sero iméveis urbanos, e iméveis destinados as atividades agricolas, pecuadria ou agroindustrial, dentro das Cidades, serio imévels rurais. Ainda quanto delimitacgo urbana, o Estatuto da Cidade, art. 40, dispde que 0 plano diretor deverd prever as delimitacdes das dreas urbanas, para fins de parcelamento e uso do solo. Art. 42. 0 plano diretor deverd conter no minimo: I~ a delimitagao das 4reas urbanas onde poderd ser aplicado 0 parcelamento, edificapao ou utilizara0 compulsérios, considerando a existéncia de int art. So desta Lei Il - disposigdes requeridas pelos arts. 25, 28, 29,32 ¢ 35 desta Lei L- sistema de acompanhamento e controle (BRASIL, 2001) estrutura e de demanda para utilizagio, na forma do Cart. 42-8 do Estatuto da Cidade, alterado pela Lei n? 12.608/2012, isciplina @ ampliag3o do perimetro urbano municipal e determina 2 exigéncia de projeto especifico que deveré conter, no minimo, demarcacéo do novo perimetro urbano, delimitacéo dos trechos com restriges a urbanizagao e dos trechos sujeitos a controle especial em funcdo. de ameaca de desastres naturais, definicdo de diretrizes especificas e de reas que serdo utilizadas para infraestrutura, sistema vidrio, equipamentos € instalagdes publicas, urbanas e socials, definico de pardmetros de parcelamento, uso e ocupacao do solo, de modo a promover a diversidade de usos e contribuir para a geracio de emprego e renda, a previsio de dreas, Rev. Dieta Econ. Socloambienta, Curt, 10,n. 3, p. 182-204, set fer. 2019 hitpsperiodios. pueprbrdiettoeconomicolartcle/view/24532124232 2770812028, 16:02 PDFs viewer Expansdo urbana e a manutengao da Reserva Legal no plano diret uma anélise do crescimento dos grandes centros urbanos frente & Imperiosa protecSo ambiental para habitagdo de interesse social por meio da demarcacdo de zonas, especiais de interesse social e de outros instrumentos de politica urbana, quando © uso habitacional for permitido, definicdo de diretrizes & instrumentos especificos para proteco ambiental e do patriménio histérico cultural, e definic#o de mecanismos para garantir a justa distribuicao dos nus e beneficios decorrentes do proceso de urbanizacdo do territério de expansdo urbana e a recuperacdo para a coletividade da valorizagao imobilidria resultante da acdo do poder pubblico. © mencionado artigo ainda condiciona os projetos de parcelamento do solo no novo perimetro urbano & existéncia do projeto especifico, & obediéncia 8s suas disposi¢des e 8 devide aprovacdo pelo éredo puiblico competente. © parcelamento do solo urbano é regido pela Lei n? 6.766/1979. De acordo com o art. 22, 0 parcelamento ocorreré com o loteamento ou desmembramento. 0 parcelamento ¢ vislumbrado quando ha a subdiviséo do imével em lotes com a finalidade de edificagdo, desde que haja a abertura, de novas vias de circulagio, de logradouros publicos ou o prolongamento, modificagao ou ampliacao das vias existentes. Nesse caso, o imével original seré dividido em varias outras matriculas imobiliérias, averbando o cancelamento da matricula mae no Oficio de Registro de Iméveis. Por outro lado, o desmembramento nao implica a modificagao do sistema vidrio existe. Somente se permite 0 parcelamento para fins urbanos em zonas urbanas, de expansdo urbana ou de urbanizacao especifica, assim definidas pelo plano diretor ou aprovadas por lei municipal. Ressalta-se que o parcelamento € vedado em determinadas situacdes previstas no art. 32 inciso V, da Lei de Parcelamento do Solo Urbano, com destaque para proibicao de parcelamento em éreas de preservacao ecolégica ou naquelas reas que 2 poluicgo impeca condiées sanitérias suportaveis, até a sua correcio, Ocorre que existem restricdes urbanisticas impostas pela Lei Federal n® 6.766/1979 que também podem ser ampliadas pelo plano diretor, devendo 0 loteador observé-las. Ademals, se 05 municipios nao editam normas urbanisticas relativas ao uso e ocupagio do solo que Ihes competem, a lacuna pode ser suprida por convengées particulares, assumindo as restriges convencionais carter de norma supletiva (BRITTO; VIDIGAL, 2015, p. 116) Rev, Diteto Econ, Sacoambiental,Curibe, v.10, n. 3p, 182-208 set/ez, 2015 hitpsperiodios. pueprbrdiettoeconomicolartcle/view/24532124232 nee 2770812028, 16:02 PDFs viewer MESQUITA, T.8; REZENDE, O entendimento dos autores estd conforme o art. 26, inc. Vil, da Lei de Parcelamento do Solo Urbano, que rege os modelos de contratos das futuras alienagdes de imévels frutos de loteamento e desmembramento entre particulares. Art. 26. 0s compromissos de compra e venda, as cessdes ou promessas de cessio poderio ser feltos por escritura piblica ou por instrumento particular, de acordo com o modelo depositado na forma do inciso VI do art. 19 e conterdo, pelo menos, as seguintes indicagées: VIL- declaragao das restrigdes urbanisticas convencionais do loteamento, supletivas da legislacao pertinente (BRASIL, 1979) Portanto, as normas para a expansdo urbana existem e devem ser traduzidas para a realidade local através do detalhamento do plano diretor ui lel municipal, observadas pelos particulares e fiscalizadas pelo poder piiblico municipal. O art. 53 da Lei de Parcelamento do Solo Urbano determina que todas as transformagdes do uso do solo rural para fins urbanos dependem de prévia aprovacio da Prefeitura municipal, ou do Distrito Federal quando for o caso, segundo as exigéncias da legislacao pertinente, e de audiéncia com o Instituto Nacional de Colonizacdo € Reforma Agréria - INCRA, do Grgo Metropolitano, se houver, onde se localiza o Municipio. © parcelamento do solo também depende de licenciamento ambiental, uma vez que é atividade sujeita ao licenciamento ambiental, conforme regulado pela Resolugdo CONAMA n° 237, de 19 de dezembro de 1997 (SILVA; BRAGA, 2015, p. 360). Em regra, com relac3o ao parcelamento do solo do municipio, cabe 20 préprio érgéo ambiental do poder puiblico municipal realizar o procedimento e conceder a licenga, por se tratar de assunto local, conforme art. 6° da Resolucdo CONAMA. Entretanto, se o empreendimento estiver localizado em mais de um municipio ou em unidade de conservacio de dominio estadual ou do Distrito Federal, ou estiver localizado nas florestas e demais, formas de vegetacio natural de preservac3o permanente, cujos impactos diretos ultrapassarem os limites territoriais de mais de um municipio, cabera a0 érezo ambiental estadual. Em Minas Gerais, 0 Decreto Estadual n® 44.646/2007 regulamenta 2 aprovacao de projetos de loteamentos e desmembramentos de dreas para Rev. Dieta Econ. Socloambienta, Curt, 10,n. 3, p. 182-204, set fer. 2019 hitpsperiodios. pueprbrdiettoeconomicolartcle/view/24532124232 2770812028, 16:02 PDFs viewer Expansdo urbana e a manutengao da Reserva Legal no plano diret uma anélise do crescimento dos grandes centros urbanos frente & Imperiosa protecSo ambiental fins urbanos pelos municipios ¢ inclui a hipétese de exame e anuéncia prévia pelo Estado, quando a érea a ser parcelada possuir mais de um milhdo de metros quadrados, ou estiverer em dreas de interesse especial. Por outro lado, a dispensa do licenciamento é possivel no caso de empreendimentos considerados de impacto ambiental no significativo, condicionada & ‘Autorizagdo Ambiental de Funcionamento, entretanto, a dispensa pelo 6rgao estadual nao implica necessariamente a dispensa pelo municipio (SILVA; BRAGA, 2015, p. 364-365). AReserva Legal A Reserva Legal é instrumento de protecao ambiental previsto no Cédigo Florestal, Lei n® 12.651/2012, conceituada no art. 32, ine. I: lL - Reserva Legal: area localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, delimitada nos termos do art. 12, com a funcao de assegurar © uso econdmico de modo sustentivel dos recursos naturais do imével rural, auxiliar a conservacio e a reabilitacdio dos processos ecoldgicos e promover a conservagio da biodiversidade, bem como o abrigo a protesao de fauna silvestre e da flora nativa; (BRASIL, 2012), Conforme Luciano (2012, p. 45), a Reserva Legal é prevista no Brasil desde 0 ano de 1934, Naquela época, a preocupacio primordial era manter reservas de madeira, uma vez que @ lenha era o principal combustivel e 0 pais era eminentemente agricola. 0 instituto era nomeado como Reserva Florestal. Conclui-se que as Reservas Florestais foram criadas numa viséo antropocentrista com o fito de preservar a biota para posterior destruicdo. Entretanto, a legisia¢o ambiental no Brasil foi aprimorada em consonancia com a consciéncia de preservacao ambiental. Nesse diapasdo, o art. 12 do Cédigo Florestal determina que todo imével rural deveré manter uma cobertura de vegetaggo nativa em porcentagens de acordo com regigo localizada e 0 tipo de cobertura vegetal, na seguinte propor¢ao: Art. 12. Todo imével rural deve manter 4rea com cobertura de vegetacdo nativa, a titulo de Reserva Legal, sem prejuizo da aplicagdo das normas sobre as Areas de Preservacio Permanente, observados os seguintes, Rev, Diteto Econ, Sacoambiental,Curibe, v.10, n. 3p, 182-208 set/ez, 2015 hitpsperiodios. pueprbrdiettoeconomicolartcle/view/24532124232 13924 2770812028, 16:02 PDFs viewer MESQUITA, T.8; REZENDE, percentuais minimos em relacdo a area do imével, excetuados os casos previstos no art. 68 desta Lei I -localizado na Amazonia Legal: a) 80% (oitenta por cento), no imével situado em Area de florestas: 1b) 35% (trinta e cinco por cento), no imével situado em rea de cerrado: ©} 20% (vinte por cento), no imével situado em area de campos gerals I1- localizado nas demais regides do Pais: 20% (vinte por cento) (BRASIL, 2012), ‘A Reserva Legal deve ser inscrita no Cadastro Ambiental Rural - CAR Uma vez inscrita, a alteracao de sua destinaco é vedada, seja nos casos de transmissdo, a qualquer titulo, ou nos casos de desmembramento, com as excegdes previstas nesta Lei. Anterlormente @ criacdo do CAR, a Reserva Legal era averbada 8 margem da matricula do imével no Oficio de Registro de Imoveis da circunscrigio. Todavia, a mudanca legislativa retirou a obrigatoriedade da averbacdo, mas impOs o registro public eletronico administrativo de ambito nacional, conforme o art. 62 do Decreto n. 7.830/2012 que o regulamenta Adverte-se que é requisito bésico para a lavratura de escrituras de iméveis, rurais a apresentaco do CAR em Minas Gerais De acordo com Silva, 0 Cadastro Ambiental Rural “é um instrumento voltado a garantir a maxima e precisa informagdo dos recursos ambientais, das propriedades posses rurais”, cujas informagdes prestadas devem ser informagSes verdadeiras e claras, “no sentido de garantir a eficdcia do mapa digital a ser utilizado por aqueles que salvaguardam os nossos finitos recursos ambientais” (SILVA, 2015, p. 468). AAs informagdes ambientais prestadas no CAR definem quais recursos ambientais esto presentes nas propriedades e posses rurais, tais como reservas florestais, areas de preservacdo permanente, dreas de uso restrito. © mesmo autor discorre que 0 CAR tem a finalidade de integraco da informagdo ambiental e objetiva o controle, monitoramento, planejamento ambiental e econémico, controle do desmatamento, transformando-o em um eficaz instrumento a sustentabilidade. (SILVA, 2015, p. 472) A Reserva Legal tem seu préprio capitulo no Cédigo Florestal. Machado destaca 0 termo “area” presente no titulo “Da Area de Reserva Legal” do referido capitulo. Segundo 0 autor, 0 acréscimo do termo “érea” Rev. Dieta Econ. Socloambienta, Curt, 10,n. 3, p. 182-204, set fer. 2019 hitpsperiodios. pueprbrdiettoeconomicolartcle/view/24532124232 1428 2770812028, 16:02 PDFs viewer Expansdo urbana e a manutengao da Reserva Legal no plano diret uma anélise do crescimento dos grandes centros urbanos frente & Imperiosa protecSo ambiental traduz a ideia de que o espaco territorial da Reserva Legal sera protegido independentemente da existéncia de vegetacao nativa. Interessa destacar que o Capitulo IV, da Lei comentada, tem 0 titulo “Da Area de Reserva Legal”. O acréscimo do termo “érea” tem um sentido juridico importante, pois se protege 0 espaco territorial dimensionado para a Reserva Legal, tenha ou ndo vegetacdo. Havendo cobertura de vegetagdo nativa, ela deveré ser mantida (Art. 12) € ndo havendo, ela deveré ser recomposta (Art. 17, § 42). (MACHADO, 2013, p.8) Conforme o art. 17 do referido Cédigo, “A Reserva Legal deve ser conservada com cobertura de vegetacio nativa pelo proprietario do imével, rural, possuidor ou ocupante a qualquer titulo, pessoa fisica ou juridica, de direito publico ou privado”. Figueiredo (2010, p. 234) disserta que a Reserva Legal é instrumento de restricdo parcial a modificagio da propriedade e também de restrigio a0 atributo da fruicgdo, na medida em que 0 proprietario deverd atender os limites impostos, sob pena de sangdes administrativas, civeis e penais cabiveis. No mesmo sentido, Machado (2013, p. 9) explica que a Reserva Legal € uma verdadeira “limitagio do direito da propriedade, que continua @ Vigorar no Brasil, visando, principalmente, a propiciar o equilibrio ecolégico do meio ambiente”. £ limitago parcial uma vez que se admite a exploragao, econémica mediante o manejo sustentével, ou até sua supressdo, desde que previamente autorizado pelo érgdo competente do Sistema Nacional do Meio Ambiente ~ SISNAMA. (O manejo sustentavel consiste na administracdo da vegetacao natural para o alcance de beneficios econémicos, sociais e ambientais, desde que os mecanismos de sustentacdo do préprio ecossistema sejam respeitados (MACHADO, 2013, p. 10). Quanto a expansio urbana, 0 tema ¢ tratado no art. 19 da Lei n® 12,651/2012, Seco Il - Do Regime de Proteco da Reserva Legal, que dispde sobre a obrigatoriedade do proprietario ou do possuidor manter a Reserva Legal, mesmo que haja a insercao do imével rural no perimetro urbano. De acordo com Luciano (2015, p. 55) simples transformaco, por lei municipal, da drea rural em perimetro urbano no desobriga 2 manutengio da Reserva Legal pelo possuidor ou proprietério, Rev, Diteto Econ, Sacoambiental,Curibe, v.10, n. 3p, 182-208 set/ez, 2015 hitpsperiodios. pueprbrdiettoeconomicolartcle/view/24532124232 15124 2770812028, 16:02 PDFs viewer Ea MESQUITA, T.8; REZENDE, Todavia, de acordo com 0 mencionado art. 19, a Reserva Legal serd extinta quando houver o registro do parcelamento do solo para fins urbanos, aprovado “segundo a legislacdo especifica e consoante as diretrizes do plano diretor de que trata 0 § 12 do art. 182 da Constitui¢do Federal” (BRASIL, 2012). Portanto, a extingao da Reserva Legal é possivel, mas condicionada ao parcelamento do solo para fins urbanos registrado no Registro de Iméveis. Destaca Luciano (2015, p. 55) que a autorizacdo para a extincao da Reserva Legal decorre das regres de empreendimentos imobiliérios, loteamentos, condominios, que jé determinam a destinagdo legal de areas verdes e reas institucionais, que podem chegar a 40% (quarenta por cento) da rea total do empreendimento. Contudo, 0 autor informa que as éreas de preservacio permanente (APPs) devem ser mantidas porque a lei também. as prevé em perimetros urbanos. Conforme o art. 42 do Cédigo Florestal, 0 conceito de APPs no se restringe 5 propriedades rurais. £ alguns municipios, inclusive, ndo permitem a contabilizagdo das APPs como dreas verdes das zonas urbanas. Aarea de preservacio permanente conceituada no art. 3, inc. Il, do Codigo Florestal, como “area protegida, coberta ou nao por vegetacao nativa, com a funcdo ambiental de preservar os recursos hidricos, a paisagem, a estabilidade geoldgica e a biodiversidade, facilitar o fluxo génico de fauna e flora, proteger 0 solo € assegurar o bem-estar das populagées humanas”(BRASIL, 2012). © presente artigo traz uma reflexo para 0 fato de se permitir a extingdo das Reservas Legais em comparago ao tratamento diferenciado dado as APPs cuja manutengao é obrigatéria nos perimetros urbanos, em que pese 0 mesmo objetivo da preservacdo ambiental dos institutos. Vislumbra-se no art. 15 do Cédigo Floresta a possibilidade de cmputo das APPs no célculo da Reserva Legal do imével: ‘Art. 15. Sera admitido 0 cémputo das Areas de Preservacio Permanente no calculo do percentual da Reserva Legal do imével, desde que: (Vide ADC N® 42) (Vide ADIN N24:901) 1- 0 beneficio previsto neste artigo nao implique a conversio de novas reas para 0 uso alternativo do solo; Il - a area a ser computada esteja conservada ou em processo de recuperacao, conforme comprovacao do proprietario ao érgao estadual integrante do Sisnama; ¢ Rev. Dieta Econ. Socloambienta, Curt, 10,n. 3, p. 182-204, set fer. 2019 hitpsperiodios. pueprbrdiettoeconomicolartcle/view/24532124232 2770812028, 16:02 PDFs viewer Expansdo urbana e a manutengao da Reserva Legal no plano diretor: uma anélise do crescimento dos grandes centros urbanos frente & Imperiosa protecSo ambiental UL- 0 proprietério ou possuidor tenha requerido incluso do imével no Cadastro Ambiental Rural - CAR, nos termos desta Lei (BRASIL, 2012). Previu-se 2 possibilidade de se computar as APPs para atingir percentual de Reserva Legal, mas desde que o regime de protecio da Area de Preservacdo Permanente nao seja alterado. A principio, verifica-se @ que 05 institutos de protecao podem se completar, mesmo que os regimes de protegao se diferenciem, uma vez que, pela propria definicao legal, possuem a funcao ambiental de preservar a biodiversidade, Conseguinte, também ¢ simplista acolher 0 fato de que haverd destinacao legal de areas verdes e dreas institucionais no empreendimento de parcelamento do solo urbano, a dispensar a manutencdo da Reserva Legal. E, nese ponto, destaca-se o inciso I, combinado com 0 § 12, art. 42, da Lei n® 6.766/1979: Art. 4° Os loteamentos deverao atender, pelo menos, aos seguintes requisitos: I~ as areas destinadas a sistemas de circulag3o, a implantacio de equipamento urbano e comunitério, bem como a espasos livres de uso piiblico, serao proporcionais & densidad de ocupagio prevista pelo plano diretor ou aprovada por lei municipal para a zona em que se situem. (Redaco dada pela Lei n® 9.785, de 1999) tJ § 1°A legislacdo municipal definird, para cada zona em que se divida 0 territérlo do Municipio, os usos permitidos e os indices urbantsticos de parcelamento € ocupagio do solo, que incluirio, obrigatoriamente, as reas minimas e maximas de lotes e os coeficientes maximos de aproveitamento, (Redagao dada pela Lei n? 9.785, de 1999) (BRASIL, 1999) A leitura do dispositive permite compreender que os espacos livres dever8o ser proporcionais 4 populagio, incumbindo-se a legislacdo municipal definir a proporc3o em cada zona. No Estado de Minas Gerais, 0 empreendedor devers reservar areas piiblicas em um percentual superior ou igual 3 35% (trinta e cinco por cento) da gleba total a ser parcelada, que Rev, Diteto Econ, Sacoambiental,Curibe, v.10, n. 3p, 182-208 set/ez, 2015 hitpsperiodios. pueprbrdiettoeconomicolartcle/view/24532124232 78 2770812028, 16:02 PDFs viewer El MESQUITA, T.8; REZENDI poder ser reduzido no caso de loteamento destinado ao uso industrial, observando-se maiores restricdes da legislaco municipal. Entretanto, nos termos do art. 11, do Decreto Estadual n® 44,646 /2007, as dreas piiblicas ndo s4o apenas espacos livres (dreas verdes, pragas, bosques e similares), mas inclui o sistema de viario, entendido com as ruas € rodovias, € 0s equipamentos publics urbanos e comunitérios. Reserva-se especificamente aos espacos livres de uso puiblico, apenas 0 10 de 10% (dez por cento). Art. 11 ~ 0 percentual de areas piiblicas ndo poderd ser inferior a 35% (trinta e cinco por cento) da gleba total a ser parcelada, observando-se maiores restrigdes da legislacao municipal §1° Nos loteamentos destinados a uso industrial, cujos lotes forem malores que 15.000,00m2, esta porcentagem poder ser reduzida a critério da SEDRU com a anuéncia do Municipio onde se localize 0 parcelamento, § 2° Constituem as dreas piiblicas: I-osistema vidrio; Il -as institucionais para equipamentos piiblicos urbanos ¢ comuni perfazendo no minimo 5% (cinco por cento) da gleba; e IIL 0 espagos livres de uso piiblico, perfazendo no minimo 10% (dez por cento) da gleba. § 28 Consideram-se urbanos os equipamentos piiblicos de abastecimento de agua, servicos de esgotos, energia elétrica, coletas de Aguas phuviais, rede telefénica e gs canalizado. § 3° Consideram-se commitarios os equipamentos piiblicos de educacio, cultura, satide, lazer e similares. § 49 Consideram-se espagos livres de uso piiblico as éreas verdles, pragas, bosques, areas de lazer e similares. § 58As areas de uso institucional, destinadas a implantacao de equipamentos piblicos e comunitérios, devem localizar-se em terrenos de declividade igual ou inferior a 30% (trinta por cento) endopoderdo ser cortadas por cursos de Agua, valas, linha de transmnissao e alta tensa. §62 As dreas nao-edificiveis nao poderao ser computadas como Areas piiblicas (MINAS GERAIS, 2007). Rev. Dieta Econ. Socloambienta, Curt, 10,n. 3, p. 182-204, set fer. 2019 hitpsperiodios. pueprbrdiettoeconomicolartcle/view/24532124232 2770812028, 16:02 PDFs viewer Expansdo urbana e a manutengao da Reserva Legal no plano diret uma anélise do crescimento dos grandes centros urbanos frente & Imperiosa protecSo ambiental Tendo em vista que a Reserva Legal obriga a protecdo de 80% (oitenta por cento) da vegetacao nativa quando o imével estiver situado em area de floresta e localizado na Amazénia Legal, e quando em seu patamar minimo, determina 2 proteco de ao menos 20% (vinte por cento), pela legislacdo, mineira, a vegetacdo nativa da Reserva Legal poderia ser desmatada em pelo menos 50% (cinquenta por cento). Dessa forma, embora a legislacdo conceitue Reserva Legal limitada & rea rural e possibilite a extingao da Reserva Legal em dreas urbanas, é prudente que as dreas sejam mantidas com base no principio da ndo regressio. Prieur (2012), citado por Britto e Vidigal (2015), explica o principi Nao se trata de uma simples cliusula, mas de um verdadeiro principio geral do Direito Ambiental, salvaguarda dos progressos obtides para evitar ou limitar a deterioraga0. do meio ambiente, concluindo que h4 distintos graus de protecio ambiental ¢ que os avancas da legisla¢ao consistem em garantir, progressivamente, uma protecio mais elevada possivel, no interesse coletivo da Humanidade (BRITTO; VIDIGAL, 2015, p. 120). ia medida em que o que est em jogo é a Segundo os autores, a vedacao do retrocesso é importante no aspecto urbano-ambiental principalmente pelo adensamento populacional, que favorece o parcelamento do solo e a verticalizacdo. Deve-se permitir que as reas urbanas sejam também sustentavels. De acordo com o parecer de relatoria de CHIODI da Secretaria de Estado e Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentével de Minas Gerais, datado de 2008, @ leitura das normas pode levar ao entendimento equivocado da desnecessidade da manutencao da Reserva Legal em reas efetivamente urbanizadas, jd que fala apenas na exigéncia de averbac3o em propriedades rurais Embora a averbaco no Registro de Imdveis tenha sido substituida pelo CAR com o Cédigo Florestal de 2012, a manutencdo das dreas de Reserva Legal ¢ essencial pelas prdprias caracteristicas naturais. Destaca 0 mesmo parecer que as éreas de Reserva Legal sdo essenciais para o clima: Sabe-se, que essas dreas so essenciais para melhoria do clima, reduzindo a aridez causada pela grande quantidade de concreto, Rev, Diteto Econ, Sacoambiental,Curibe, v.10, n. 3p, 182-208 set/ez, 2015 hitpsperiodios. pueprbrdiettoeconomicolartcle/view/24532124232 2770812028, 16:02 PDFs viewer MESQUITA, T.8; REZENDE, aumentando @ umidade relativa do ar, e conseglientemente reduzindo doencas respiratérias. Elas reduzem 2 poluicéo sonora e auxiliam na absor¢ao dos gases expelidos pelos vefculos (CO2), contribuindo para a reduc3o da poluicdo do ar. Favorecem controle sobre proliferacao de vetores, de doengas, particularmente insetos, pois fornece um ambiente adequado para desenvolvimento dos predadores (pdssaros), € favorecem também a infitrag3o das aguas fluviais evitando as enchentes e proporcionando @ recarga do lencol freético. Proporcionam, ainda, lazer & populagdo e servem. de instrumento para a educago ambiental e pesquise (CHIODI, 2008). Santoro (2012, p. 92) afirma que nao hé fundamento técnico € até mesmo legal, para que nao se mantenha a reserva legal em area urbana. O Cédigo Florestal, Lei n°4.771 de 1965, apresentava em sua redacdo original a Reserva Legal obrigatoria para qualquer tipo de propriedade, fosse urbana ou rural, independente do tamanho e da localizaco. Entretanto, a Medida Proviséria n® 2.166/67 restringiu a protecdo a drea rural. 5. Conclusio © presente trabalho relatou que a expanso das cidades pode degradar 0 meio ambiente e, em decorréncia disso, deve-se optar pela expansdo planejada das cidades, especialmente com o auxilio no detalhamento do plano diretor. O poder piiblico municipal, através do poder legiferante, poder incluir no plano diretor e na legislac3o municipal a obrigatoriedade de preservacio da Reserva Legal em face dos novos loteamentos, visto que so normas responsaveis pelo direcionamento dos investimentos piiblicos e privados voltados 8 produgao do espago urbano. © equilibrio ambiental nos centros urbanos traduz 0 conceito de Cidade sustentavel, diretriz basica do nosso planejamento urbanistico. A manutenco das areas de vegetacao nativa no meio urbano permite que a biodiversidade seja preservada, ameniza os problemas ambientais urbanos, manifestando-se em satide, bem-estar e qualidade de vida 20s moradores. Constatou-se que a Constituicio Federal de 1988 as demais leis, infraconstitucionais abandonaram a compreenséo da propriedade como ireito individual absoluto e estabeleceram a func3o social da propriedade urbana como sujeigo do uso do bem a orientacao das normas e planos Urbanisticos, os quais definem a ocupago do espago, considerando as necessidades do desenvolvimento urbanistico. Rev. Dieta Econ. Socloambienta, Curt, 10,n. 3, p. 182-204, set fer. 2019 hitpsperiodios. pueprbrdiettoeconomicolartcle/view/24532124232 ores 2770812028, 16:02 PDFs viewer Expansdo urbana e a manutengao da Reserva Legal no plano diretor: uma anélise do crescimento dos grandes centros urbanos frente & Imperiosa protecSo ambiental Tanto 0 Poder Puiblico, de forma concorrente, quanto a coletividade, tém o dever de defender e preservar 0 meio ambiente. Ademais, os Municfpios so responsdveis por promover adequado ordenamento do seu territério, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupacio da cidade, em consonancia com o meio ambiente. Sem olvidar as convengdes particulares que podem exercer o mesmo papel protecionista. A expansao urbana é um proceso que demanda planejamento € empenho coletivo do ente piiblico, do loteador e da populagio envolvida, tendo como escopo transformar a ocupacao do solo em um espago aprazivel e cumpridor de sua funcao social. Nesse contexto, o trabalho reconhece que a Reserva Legal, embora possua como funcdo notéria a protecdo da biodiversidade em face da exploragdo agréria a0 obrigar © proprietario rural a manutengio da cobertura de vegetaco nativa em determinado local, também deve ser incorporada no contexto das cidades. Os beneficios que a Reserva Legal proporciona ao ambiente rural so, potencializados no ambiente urbano, visto que a urbanizacdo j4 produz problemas esperados de poluicao, impermeabilidade de solo, enchentes, reducdo da biodiversidade, aumento de temperatura, entre outros. A sua manutengao nas zonas urbanas propicia o equilibrio ecolégico do meio ambiente, permite que as espécies animais e vegetais sejam conservadas, mesmo com a expansio urbana, em convivéncia harménica, por possui ambiente adequado para a sua sobrevivéncia, favorece a infiltracdo das guas fluviais, melhora o clima e umidade do ar. Permite-se ainda a aproximac3o da popula urbana com a educacgo ambiental e a pesquisa de forma pratica por serem areas de possivel manejo sustentavel Conclui-se que a manutencao das Reservas Legais como um novo encargo urbanistico ¢ instrumento de protecao da biodiversidade que nio deve ser subtraido pela absorcéo do perimetro rural pelo urbano. Nao se mostra admissivel que, em razio da permissio legal de extincao da Reserva Legal, a vegetacdo nativa seja suprimida em até 50% (cinquenta por cento). A imposigao de percentuais de espagos livres (éreas verdes, pracas, bosques ¢ similares) no s80 suficientes para impedir a reduco da vegetac3o nativa preservada pela Reserva Legal. Dessa forma, far-se-4 imprescindivel a incorporago do instituto no ambiente urbano pelo plano diretor, tendo em vista a vedacao ao retrocesso. Rev, Diteto Econ, Sacoambiental,Curibe, v.10, n. 3p, 182-208 set/ez, 2015 hitpsperiodios. pueprbrdiettoeconomicolartcle/view/24532124232 are 2770812028, 16:02 PDFs viewer MESQUITA, T.8; REZENDE, Em que pese a existéncia do permissivo legal para sua extingao, a lei no deve ser tratada no como um limitador da preservaco do meio ambiente, mas interpretada em conjunto pelo ordenamento juridico. A prépria mutagao da interpretacdo da fungao da propriedade que serve de orientagdo para todo o planejamento urbano tem como fim almejado a protec3o do meio ambiente e do bem-estar dos municipes. Se por um lado 0 Cédigo Florestal permite a exclusio da Reserva Legal em perimetro urbano definido mediante lei municipal, pelo registro do parcelamento do solo, por outro lado, a prépria legislac3o do Parcelamento do Solo Urbano permite a restri¢go ambiental convencional, constituida por particulares, cuja observancia é obrigatéria pelos possuidores & Proprietarios, adquirindo carater supletivo & legislacdo municipal. Assim, mais imponente serd a escolha legislativa pela manutenco da Reserva Legal em busca do desenvolvimento sustentavel. Em conclusdo, se faz necessério que a lei municipal, em prol da maxima preservaco ambiental, para presentes e futuras geracées, disponha que diante de expanses urbanas deva sempre resguardar as Reservas Legais, sob pena de, inexoravelmente, 0 meio ambiente natural ser deteriorado e preterido em favor do crescimento dos espagos urbanos. Referéncias ARAUIO, Paula Santos. A supressio de vegetacio no processo de licenciamento ambiental, p. 51-58. In: Ribeiro, José Clsudio Junqueira. Liceneiamento ambiental: herdi, viléo ou vitima? ~ Belo Horizonte: Arraes Editoes, 2015. ERASIL. Constituicio (1988). Constituig8o da Republica Federativa do Brasil, Organizagio de Anne Joice Angher. 14. ed, So Paulo: Rideel, 2012. BRASIL, Lei n®. 10.257, de 10 de jul, de 2001. Estatuto da cidade. Disponivel em . Acesso em: 29 out, 2018. BRASIL Lei n® 12.608, de 10 de abr de 2012. Disponivel em . Acesso em: 02 abr. 2019. BRASIL. Lei n@. 12.651, de 25 de mai. de 2012. Cédigo Florestal. Disponivel em: . 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