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Série: 1º EM Turma: A. Período: Manhã Data:

Professor: JORGE RODRIGO Disciplina: PORTUGUÊS

Avaliação: Avaliação Mensal 3. Bimestre: 3º Nota:

Avaliação Mensal III: Estudo dos Verbos

O PODER DAS PALAVRAS simplesmente aceitar que liberdade nada mais é do


Clara Braga que algo finito, que acaba quando a do próximo
Poucas palavras para muito significado, era começa, e que se de alguma forma nós passarmos
assim que às vezes eu me sentia em relação a nossa por cima da liberdade do outro nós vamos ter
querida língua portuguesa. Não que ela tenha consequências que muitas vezes não são legais, tudo
poucas palavras, porque de fato ela não tem, mas seria mais fácil.
vocês já tiveram a impressão de que às vezes não Outra palavra que complica tudo é a palavra
basta, durante uma conversa, falar as palavras em "certa" quando aplicada na seguinte frase: “Quero
suas devidas posições para a frase fazer sentido? Às achar a pessoa certa”. E então tudo que ouvimos é
vezes, temos que explicar o que aquela palavra que a pessoa certa não existe. Enquanto
significa dentro daquele exato contexto para não entendermos como certa uma pessoa perfeita, que
haver confusão. nunca erra, que não tem defeitos nem nada, então
E isso é porque eu estou falando de realmente a pessoa certa não existe, porque certo
conversas cara a cara, aquelas que estão se no nosso mundinho é ser errado. Todos somos
tornando cada vez mais raras, onde as pessoas se certos se estamos dispostos a aprender com nossos
encontram, olham umas nos olhos das outras e erros, e encontramos a tal pessoa certa quando ela
realmente conversam. Imaginem se formos pensar também está disposta a aprender junto com a gente.
nas conversas pelos talks da vida, aí sim o problema Pronto, as coisas podem ser mais simples, basta não
fica grande, você não vê o rosto da pessoa, não complicar o significado delas, liberdade existe e a
escuta o tom de voz e então pode acabar achando pessoa certa, amigos, podem acreditar, vai aparecer!
que ela está brigando com você enquanto ela está
apenas contando uma piada. 1. A crônica é um gênero textual caracterizado
Mas na verdade, pensando bem no assunto, por textos curtos, de linguagem simples que retrata
o menor dos problemas é quando alguém diz que os aspectos da vida cotidiana, geralmente com
gosta muito de salmão, por exemplo, e esquece que toques de humor ou ironia.
para uns salmão é aquele peixe delicioso, Publicadas em jornais e revistas, as crônicas são um
principalmente quando está cru, e para outros é gênero textual que está entre o estilo jornalístico e
aquela cor um pouquinho sem graça. O problema o literário e tem como ponto de partida os
real é quando a gente distorce o sentido da palavra e acontecimentos daquele tempo e lugar.
acaba complicando a nossa vida toda. O cronista busca inspiração para os seus textos nos
Você deve estar achando isso um pouco acontecimentos recentes ou em situações banais do
doido demais, né? Eu também achei quando cotidiano e convida o leitor a olhar para o mundo
comecei a pensar sobre essa crônica, mas vou dar como ele.
uns dois exemplos para ver se essa história de É possível perceber que o texto lido é uma
palavras com sentido distorcido que complicam crônica? Justifique com elementos do texto.(1,0)
nossa vida passa a fazer um pouco mais de sentido. ___________________________________________
Uma palavra que me intriga muito é a tal da ___________________________________________
"liberdade". Por que temos sempre que entender a ___________________________________________
liberdade como algo infinito, algo que nos permita ___________________________________________
ser tão egoístas que possamos fazer exatamente o ___________________________________________
que quisermos sem nunca passar pelas
consequências dos nossos atos? O motivo de 2. O título usado pela autora mostra que as palavras
escutarmos sempre que liberdade não existe é apresentam um “poder”. O “poder” estaria ligado a
exatamente esse conceito totalmente abstrato que qual aspecto? (1,0)
inventamos, e complicamos tudo. Se pudéssemos
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___________________________________________ O texto abaixo refere-se às questões 6 e 7. Ele é a
resposta a uma pergunta dirigida à escritora
3. Uma palavra que me intriga muito é a tal da estadunidense Lenore Skenazy, quando entrevistada.
"liberdade". Por que temos sempre que entender a
liberdade como algo infinito, algo que nos permita As coisas mudaram muito em termos do que
ser tão egoístas que possamos fazer exatamente o achamos necessário fazer para manter nossos filhos
que quisermos sem nunca passar pelas seguros. Um exemplo: só 10% das crianças
consequências dos nossos atos? americanas vão para a escola sozinhas hoje em dia.
O fragmento acima retirado do texto mostra Mesmo quando vão de ônibus, são levadas pelos
o questionamento da autora a respeito de um pais até a porta do veículo. Chegou a ponto de
conceito em forma de interrogação. Como você colocarem à venda vagas que dão o direito de o pai
entenderia a palavra liberdade? Concordaria com o parar o carro bem em frente à porta na hora de levar
posicionamento dela, ou teria algumas restrições e buscar os filhos. Os pais se acham ótimos porque
quanto ao pensamento apresentado? (2,0) gastam algumas centenas de dólares na segurança
___________________________________________ das crianças. Mas o que você realmente fez pelo seu
___________________________________________ filho? Se o seu filho está numa cadeira de rodas,
___________________________________________ você vai querer estacionar em frente à porta. Essa é
___________________________________________ a vaga normalmente reservada aos portadores de
___________________________________________ deficiência. Então, você assegurou ao seu filho
___________________________________________ saudável a chance de ser tratado como um inválido.
___________________________________________ Isso é considerado um exemplo de paternidade hoje
___________________________________________ em dia.
___________________________________________ (IstoÉ, 22/07/2009)
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6. O tema do texto é: (0,5)
4. Leia o fragmento abaixo e responda: A) As atitudes de pais em relação ao transporte
escolar dos filhos.
Se pudéssemos simplesmente aceitar que B) A preocupação dos pais em mostrar que têm
liberdade nada mais é do que algo finito, que acaba dinheiro.
quando a do próximo começa, e que se de alguma C) Os perigos aos quais as crianças estão sujeitas no
forma nós passarmos por cima da liberdade do caminho para a escola.
outro nós vamos ter consequências que muitas D) A preocupação dos pais atualmente com a
vezes não são legais, tudo seria mais fácil. segurança dos filhos.
E) As maneiras de as crianças se locomoverem de
a) Os verbos em destaque estão, respectivamente, casa para a escola.
em que tempos verbais? (0,5)
___________________________________________ 7. A palavra “isso”, na última linha do texto, retoma
___________________________________________ o fato de: (0,5)
___________________________________________ A) as crianças americanas hoje não irem sozinhas à
escola.
b) As formas verbais pudéssemos e passarmos B) pais americanos tratarem seus filhos saudáveis
indicam qual noção semântica? (0,5) como inválidos.
___________________________________________ C) apenas 10% das crianças americanas irem
___________________________________________ sozinhas para a escola.
___________________________________________ D) venderem vagas para os pais pararem o carro em
frente à porta da escola.
5. Qual oposição de ideias é apresentada no último E) os pais levarem e buscarem seus filhos até a porta
parágrafo? (1,0) do ônibus que os leva à escola.
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8. Observe a tirinha “Calvin e Haroldo”, de Bill Watterson, e julgue as proposições: (1,0)

I – O verbo “colocou”, no primeiro quadrinho, está no pretérito perfeito;


II – A forma verbal “olhando”, no segundo quadrinho, está no modo indicativo;
III – A forma verbal “poderia”, no segundo quadrinho, está no futuro do pretérito do modo subjuntivo;
IV – A forma verbal “acharmos”, no quarto quadrinho, está no futuro do subjuntivo;
V - A forma verbal “fosse”, no quarto quadrinho, está no pretérito imperfeito do modo indicativo.

Estão corretas:
A) I e IV.
B) II, III e V.
C) I, IV e V.
D) III e V.
E) I, III e V.

Observe a tirinha de Fernando Gonsales:

9. Sobre os verbos do primeiro e segundo quadrinhos, “abaixa, enrola, puxa, torce, vira, remexe, pula”, estão no
modo verbal: (1,0)
A) modo indicativo B) modo subjuntivo C) modo imperativo D) modo gerúndio. E) modo Infinitivo Pessoal

10. (ENEM)
Certa vez minha mãe surrou-me com uma corda nodosa que me pintou as costas de
manchas sangrentas. Moído, virando a cabeça com dificuldade, eu distinguia nas costelas
grandes lanhos vermelhos. Deitaram-me, enrolaram-me em panos molhados com água de sal – e
houve uma discussão na família. Minha avó, que nos visitava, condenou o procedimento da filha
e esta afligiu-se. Irritada, ferira-me à toa, sem querer. Não guardei ódio a minha mãe: o culpado
era o nó.
RAMOS, G. Infância. Rio de Janeiro. Record, 1998.
Num texto narrativo, a sequência dos fatos contribui para a progressão temática. No
fragmento, esse processo é indicado pela
a) alternância das pessoas do discurso que determinam o foco narrativo.
b) utilização de formas verbais que marcam tempos narrativos variados.
c) indeterminação dos sujeitos de ações que caracterizam os eventos narrados.
d) justaposição de frases que relacionam semanticamente os acontecimentos narrados.
e) recorrência de expressões adverbiais que organizam temporalmente a narrativa.

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