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PREPARA PARÁ

ENSINO MÉDIO | MATEMÁTICA

MATERIAL DO

1ª-
PROFESSOR

S ÉRIE
PREPARA
SOMOS EDUCAÇÃO

MATEMÁTICA

1
1 a SÉRIE
ENSINO MÉDIO
Arlete Ap. Oliveira de Almeida (coord.),
Juliana C. Nascimento Casado
Erica Regina de Santana Santos
Hugo Valença de Araújo
Silvana Pucceti
Presidência: Guilherme Mélega
Vice-presidência de Soluções e Serviços Educacionais:
Camila Montero Vaz Cardoso
Direção de Negócios: Elzimar Gouvea de Albuquerque
Direção de Educação: Aldeir Antonio Neto Rocha
Direção Editorial: Lidiane Vivaldini Olo
Coordenação de Projeto: Hydnéa Ponciano Domingueti
Coordenação Editorial: Camila Camilo
Autoras: Arlete Aparecida Oliveira de Almeia (coord.), Juliana C Nascimento Casado,
Erica Regina de Santana Santos, Hugo Valença de Araújo e Silvana Pucetti
Planejamento, Controle de Produção e Indicadores:
Flávio Matuguma (ger.), Juliana Batista (coord.),
Jayne Ruas e Vivian Mendes Moreira
Revisão: Letícia Pieroni (coord.), Aline Cristina Vieira, Anna Clara Razvickas,
Carla Bertinato, Carolina Guarilha, Daniela Lima, Danielle Modesto, Diego Carbone, Elane
Souza de Paula Vicente, Gisele Valente, Helena Settecerze, Kátia S. Lopes Godoi, Lilian
M. Kumai, Luana Marques, Luíza Thomaz, Malvina Tomáz, Marília H. Lima,
Paula Freire, Paula Rubia Baltazar, Paula Teixeira, Rafael Simeão, Raquel A. Taveira,
Ricardo Miyake, Shirley Figueiredo Ayres, Tayra Alfonso, Thaise Rodrigues e Thayane Vieira
Iconografia e Tratamento de Imagens: Roberta Bento (ger.),
Iron Mantovanello (coord.), Thaisi Lima e
Ligia Dona de Souza (pesquisa iconográfica) e Fernanda Crevin (tratamento de imagens)
Licenciamento de Textos: Roberta Bento (ger.),
Iron Mantovanello (coord.), Raisa Maris Reina e Liliane Rodrigues
Arte: Fernanda Costa (ger.), Kleber de Messas (líder de projeto), Aleksander Scheidegger, Ana
Clara Xavier, Anna Julia Medeiros, Carlos Roberto de Oliveira, Carol Luik,
Cassio de Moura, Danielle dos Santos, Elidia Fernandes, Felipe Cabral,
Francisco Claudio Moreira, Jorge Adriano Savi, Karina Vizeu Winkaler,
Paula Samico, Rafael de Oliveira e Sarah Takechi
Design: Erik Taketa (coord.) e Gustavo Vanini (proj. gráfico e capa.)

Todos os direitos reservados por Somos Sistemas de Ensino S.A.


Avenida Paulista, 901, 6o andar – Bela Vista
São Paulo – SP – CEP 01310-200
http://www.somoseducacao.com.br

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação

PREPARA Somos Educação : Matemática : primeira série :


Ensino médio : livro do professor / Arlete Ap. Oliveira de
Almeida...[et al]. -- 1. ed. -- São Paulo : Somos Sistemas
de Ensino, 2023.

Outros autores: Juliana C. Nascimento Casado, Erica Regina


de Santana Santos, Hugo Valença de Araújo, Silvana Pucetti
ISBN 978-65-5969-228-6

1. Matemática (Ensino médio) I. Almeida, Arlete Ap. Oliveira


de

23-3789 CDD 469.07

Angélica Ilacqua CRB-8/7057


2023

ISBN 9786559692279 (Aluno) Ilustração da capa:


ISBN 9786559692286 (Professor) Desenho "COP30", feito por Evelin Carina Santos
Código da obra: 838946 (Aluno)
Trindade, estudante da 1a série do Ensino Médio na
Código da obra: 838796 (Professor)
1a edição
escola E.E.E.F.M. Basílio de Carvalho, de Abaetetuba.
1a impressão
Foi selecionado no concurso
''Prepara COP30", realizado pela Secretaria de Estado
Impressão e acabamento da Educação do Pará (Seduc-PA).

Uma publicação

2
APRESENTAÇÃO
Olá, estudante!

Este livro conta com uma capa muito bonita. Foi desenhada
por seus colegas estudantes de escolas da rede estadual
aqui do Pará. Eles participaram do concurso ‘’Prepara COP30”,
realizado pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc).
Belém será sede do evento mais importante sobre clima da
atualidade — a COP30, no ano de 2025. Até lá, estamos preparando
uma série de ações para todos vocês. Acompanhem!

Dito isso, este livro será a sua companhia nas próximas aulas.
Cuide dele com carinho!

Temos certeza de que as atividades aqui contidas apoiarão a sua


aprendizagem e o seu desenvolvimento, principalmente em
relação às habilidades aferidas pelo Sistema de Avaliação da
Educação Básica, o SAEB, que analisa a qualidade da Educação
Básica oferecida pelas redes de ensino do Brasil.

Aproveite suas aulas ao lado do(a) seu(ua) professor(a) e de seus


colegas. Essas experiências irão lhe preparar para as próximas
etapas da sua trajetória escolar e da sua vida.

Bons estudos!

Helder Barbalho Rossieli Soares


Governador do Estado do Pará Secretário de Estado de
Educação do Pará

3
QUADRO DE CONTEÚDOS
Aqui estão as habilidades exploradas em cada capítulo e os respectivos descritores:

1a série do Ensino Médio


Eixo curricular Objeto do conhecimento Habilidade Desc.
Números e operações; Álgebra e Funções Números racionais e suas diferentes Utilizar no contexto social diferentes significados e representações dos H1
representações números — naturais, inteiros, racionais ou reais.
Espaço e Forma Localização e movimentação de pessoas/ Interpretar a localização e a movimentação de pessoas/objetos no espaço H6
Capítulo 1

objetos no espaço tridimensional tridimensional e sua representação no espaço bidimensional.

Grandezas e Medidas Relações entre diferentes unidades de Estabelecer relações entre diferentes unidades de medida (comprimento, H10
medida (comprimento, massa). massa, capacidade, área, volume).

Tratamento da Informação Tabelas de dupla entrada-gráficos Resolver situação-problema com dados apresentados em forma de tabela de H24
dupla entrada ou gráfico.
Números e operações; Álgebra e Funções Operações com números naturais inteiros, Utilizar alguns procedimentos de cálculo com números naturais, inteiros, H2
racionais e reais racionais ou reais.
Espaço e Forma Noções geométricas (ângulo, paralelismo, Resolver situação-problema que envolva noções geométricas (ângulo, H8
Capítulo 2

perpendicularismo) paralelismo, perpendicularismo).

Grandezas e Medidas Relações entre diferentes unidades de Estabelecer relações entre diferentes unidades de medida (comprimento, H10
medida (capacidade) massa, capacidade, área, volume).
Tratamento da Informação Tabelas de dupla entrada-gráficos Resolver situação-problema com dados apresentados em forma de tabela de H24
dupla entrada ou gráfico.
Números e operações; Álgebra e Funções Resolução de problemas aritméticos Resolver situação-problema com números naturais, inteiros racionais ou H3
reais envolvendo significados da adição, subtração, multiplicação ou divisão,
potenciação ou radiciação.
Capítulo 3

Espaço e Forma Retas paralelas cortadas por uma reta Resolver situação-problema que envolva noções geométricas (ângulo, H8
transversal paralelismo, perpendicularismo).
Grandezas e Medidas Noção de escalas Aplicar a noção de escalas na leitura de plantas ou mapas. H11
Tratamento da Informação Gráficos de setores Identificar informações apresentadas em tabelas ou gráficos (de coluna, de H22
setores e de linha).
Números e operações; Álgebra e Funções Problemas envolvendo divisão, Avaliar a razoabilidade de um resultado numérico na construção de H4
arredondamento de números decimais argumentos sobre afirmações quantitativas.
Espaço e Forma Sólidos geométricos Identificar características de polígonos ou sólidos (prismas, pirâmides, H7
Capítulo 4

cilindros).
Grandezas e Medidas Relações entre diferentes unidades de Estabelecer relações entre diferentes unidades de medida (comprimento, H10
medida (área, volume) massa, capacidade, área, volume).
Tratamento da Informação Gráficos de setores Identificar informações apresentadas em tabelas ou gráficos (de coluna, de H22
setores e de linha).
Números e operações; Álgebra e Funções Notação científica Avaliar propostas de intervenção na realidade, utilizando conhecimentos H5
numéricos.
Capítulo 5

Espaço e Forma Sólidos geométricos: Relação de Euler Identificar características de polígonos, circunferência ou sólidos (prismas, H7
pirâmides, cilindros).
Grandezas e Medidas Escalas associadas a áreas e volumes Aplicar a noção de escalas na leitura de plantas ou mapas. H11

Tratamento da Informação Gráficos de coluna, linha e setores Identificar informações apresentadas em tabelas ou gráficos (de coluna, de H22
setores e de linha).
Números e operações; Álgebra e Funções Resolução de problemas envolvendo: Avaliar propostas de intervenção na realidade, utilizando conhecimentos H5
adição, subtração, multiplicação, divisão, numéricos.
potenciação e radiciação
Capítulo 6

Espaço e Forma Volume de prismas e cilindros Identificar características de polígonos, circunferência ou sólidos (prismas, H7
pirâmides, cilindros).
Grandezas e Medidas Grandezas de espécies diferentes Estabelecer relações entre diferentes unidades de medida (comprimento, H10
massa, capacidade, área, volume).
Tratamento da Informação Problemas de contagem Resolver situação-problema que envolva processos de contagem ou noções H28
de probabilidade.

4
1a série do Ensino Médio
Eixo curricular Objeto do conhecimento Habilidade Desc.
Números e operações; Álgebra e Funções Juros simples e composto Avaliar propostas de intervenção na realidade, utilizando cálculos de H18
porcentagem e/ou juros.
Espaço e Forma Semelhança de triângulos Utilizar o teorema de Pitágoras ou semelhança de triângulos na seleção de H9
Capítulo 7

argumentos propostos como solução de problemas do cotidiano.


Grandezas e Medidas Relações entre diferentes unidades de Estabelecer relações entre diferentes unidades de medida (comprimento, H10
medida (comprimento, massa) massa, capacidade, área, volume).
Tratamento da Informação Gráficos de colunas, linhas e setores Identificar informações apresentadas em tabelas ou gráficos (de coluna, de H22
setores e de linha).
Números e operações; Álgebra e Funções Função do 1o grau Identificar leis matemáticas que expressem a relação de dependência entre H15
duas grandezas.
Espaço e Forma Teorema de Pitágoras Utilizar o teorema de Pitágoras ou semelhança de triângulos na seleção de H9
Capítulo 8

argumentos propostos como solução de problemas do cotidiano.


Grandezas e Medidas Noção de escalas na leitura de plantas ou Aplicar a noção de escalas na leitura de plantas ou mapas. H11
mapas.
Tratamento da Informação Média aritmética Calcular a média aritmética de um conjunto de dados expressos em uma H27
tabela de frequências de dados agrupados (não em classes) ou gráficos de
colunas.
Números e operações; Álgebra e Funções Gráfico da função do 1o grau Identificar gráfico cartesiano que represente a relação de interdependência H20
entre duas grandezas (variação linear).
Espaço e Forma Sólidos geométricos: pirâmides Identificar características de polígonos, circunferência ou sólidos (prismas, H7
Capítulo 9

pirâmides, cilindros).
Grandezas e Medidas Relações entre diferentes unidades de Estabelecer relações entre diferentes unidades de medida (tempo, H10
medida de tempo comprimento, massa, capacidade, área, volume).
Tratamento da Informação Conjunto de dados estatísticos Calcular a média aritmética de um conjunto de dados expressos em uma H27
tabela de frequências de dados agrupados (não em classes) ou gráficos de
colunas.
Números e operações; Álgebra e Funções Validação de resultados Avaliar a razoabilidade de um resultado numérico na construção de H4
argumentos sobre afirmações quantitativas.
Capítulo 10

Espaço e Forma Localização e movimentação de pessoas/ Interpretar a localização e a movimentação de pessoas/objetos no espaço H6
objetos no espaço tridimensional tridimensional e sua representação no espaço bidimensional.
Grandezas e Medidas Área do setor circular Identificar características de polígonos, circunferência ou sólidos (prismas, H7
pirâmides, cilindros).
Tratamento da Informação Tabelas de dupla entrada-gráficos Resolver situação-problema com dados apresentados em forma de tabela de H24
dupla entrada ou gráfico.
Números e operações; Álgebra e Funções Variação de grandezas Resolver situação-problema envolvendo a variação de grandezas direta ou H16
inversamente proporcionais.
Capítulo 11

Espaço e Forma Teorema de Pitágoras Utilizar o teorema de Pitágoras ou semelhança de triângulos na seleção de H9
argumentos propostos como solução de problemas do cotidiano.
Grandezas e Medidas Sólidos geométricos: volume do cilindro Identificar características de polígonos, circunferência ou sólidos (prismas, H11
pirâmides, cilindros).
Tratamento da Informação Probabilidade Resolver situação-problema que envolva processos de contagem ou noções H28
de probabilidade.
Números e operações; Álgebra e Funções Função do 2o grau Identificar leis matemáticas que expressem a relação de dependência entre H15
duas grandezas.
Capitulo 12

Espaço e Forma Semelhança de triângulos Utilizar o teorema de Pitágoras ou semelhança de triângulos na seleção de H9
argumentos propostos como solução de problemas do cotidiano.
Grandezas e Medidas Noção de escalas na leitura de plantas ou Aplicar a noção de escalas na leitura de plantas ou mapas. H11
mapas
Tratamento da Informação Probabilidade II Resolver situação-problema que envolva processos de contagem ou noções H28
de probabilidade.
MATEMÁTICA

5
CONHEÇA SEU LIVRO
Cada parte deste livro foi construída para, ao longo das atividades, você e seus colegas desenvolverem novas habilidades e
novos conhecimentos, além de exercitar os já desenvolvidos. Veja como o material está estruturado:

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ad
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ers
1 CAPÍTULO
toc
k
NÚMEROS REAIS, MEDIDAS E O título do capítulo
INTERPRETAÇÃO ESTATÍSTICA apresenta uma síntese do
que será abordado
Atividade 1 Ð Nœmeros reais na reta numŽrica
Explorando as ideias
ATIVIDADE
O conjunto dos números reais é a união do conjunto dos racionais (frações, dízimas pe-
riódicas, decimais, inteiros positivos e negativos) com o conjunto dos irracionais (raízes não Cada capítulo está
exatas, dízimas não periódicas como o p, etc.).
Todos os números reais podem ser localizados por um ponto em uma reta numérica cha-
mada de reta real.
dividido em várias
Na figura a seguir, estão em destaque os pontos A, B e C, representando os números intei-
ros 2, 3 e 4, respectivamente. Dividindo o segmento AB em cinco partes iguais, obtém-se os
atividades
3 Na reta numérica a seguir, estão destacados a origem O e os pontos A e P, que representam, respectivamente, os números
pontos
inteiros –1 e 2. Os pontos assinalados dividem P, Q, RAPeemS,quinze
o segmento quepartes
representam,
iguais. respectivamente, os
números racionais 2,2; 2,4; 2,6 e 2,8.
A B C D Dividindo
E O F o segmento
G H BCI emJ 10 partes
K Liguais,
M tem-se
N Pos pontos M e N, representando, respec-

21
tivamente,
0
os números racionais 3,4 e 3,7. 2

Indique, em cada item, o ponto dessa reta numérica


A cuja coordenada
P Qé dada. R S B M N C
3
a) b) −0,4 c) 1,4 d) e) f)
5
2 2,2 2,4 2,6 2,8 3 3,4 3,7 4
4 De maneira aproximada, marque na reta real os pontos reproduzidos a seguir:
3 Na próxima figura, marcamos de forma aproximada e .
A 52 ; B 5 0,75; C 5 11 2 ; E 5 1; F 5 17 ; G 52 5
2
25 24 23 22 21 0 1 2 3 4 5
25 24 23 22 21 0 1 2 3 4 5

2 π

25 24 23 22 Agora
21 0 Ž1 sua
2 vez!
3 4 5

1 Na reta numérica a seguir, estão destacados a origem O e os pontos A, B, C, D e E, que representam, respectivamente, os
números inteiros 0, 1, 2, –1, –2 e –3. Os tracinhos à direita da origem O dividem o segmento OB em oito partes iguais, e os
Atividade 2 – Localização notracinhos
plano cartesiano
à esquerda da origem O dividem o segmento OE em seis partes iguais.
E S D R C O P A Q B
Explorando as ideias
O plano cartesiano é um sistema de duas retas numéricas perpendiculares chamadas de eixos.
23 22 21 0 1 2
y
6 Escreva o número correspondente a cada ponto:
2o quadrante 1o quadrante
S representa o número __________
P 4 R representa o número __________
P representa o número __________
2
Q representa o número __________
O2 Q
Indique entre quais
x
números inteiros consecutivos se localizam, na reta numérica, os números racionais a seguir:
–6 –4 –2 0 2 4 6
18
–2 a) 2,23 c)
5
–4 R 13
b) −3,8 d) −
3o quadrante 4o quadrante
3
–6

Reta horizontal: eixo x ou eixo das abscissas.


Reta vertical: eixo y ou eixo10
das ordenadas.
Ponto O: origem do sistema.
MATEMÁTICA

Os eixos determinam quatro regiões, chamadas de quadrantes, como você pode ob-
servar na imagem anterior.

11

Atividade 3 Ð Convers‹o de unidades de medida


Explorando as ideias
EXPLORANDO Grandezas

AS IDEIAS Grandeza é tudo que pode ser medido. Veja alguns exemplos a seguir:
A ação de medir transformou o modo como o ser humano se relaciona com o mundo que
o rodeia.
Esta seção inicia o
7th Son Studio/Shutterstock

capítulo, com uma


apresentação dos
conceitos explorados

Hoje, é possível observar muitas medidas escritas em diversos suportes, como embala-
gens, anúncios, folhetos; e também realizamos medições usando instrumentos como régua,
balança, termômetro. Unidades de medida
A necessidade de um sistema de medidas com unidades fixas e universais se potencializou
LightField Studios/Shutterstock

com o passar dos anos. Eram necessárias unidades de medida que pudessem ser usadas em
qualquer país e que pudessem indicar medidas grandes e pequenas.
Em uma tentativa de resolver esse problema, por volta de 1789, a Academia de Ciência da
França criou o Sistema Métrico Decimal a pedido do Governo Republicano Francês. Inicialmen-
te, ele foi constituído de três unidades fundamentais: o metro (para medir comprimento), o
litro (para medir volume) e o quilograma (para medir massa). Anos mais tarde, esse sistema foi
DonNichols/Getty Images

substituído pelo Sistema Internacional de Unidades (SI), que é usado atualmente.

As unidades de medidas são quantidades específicas de determinadas grandezas físicas


e são usadas como padrão para realizar medições.
Zephyr_p/Shutterstock

Para medir a largura de uma


pia, é necessário o auxílio de um
instrumento de medida; no caso
da imagem, uma trena.
Ao comprar produtos no supermercado, observamos medidas de massa e de capacidade.
O resultado de uma medição é sempre expresso por um número seguido da unidade de
Quando precisamos saber as horas, usamos um relógio. Para saber se uma pessoa está medida empregada para realizar a medição.

com febre, medimos a temperatura com um termômetro. São muitas as situações em que as Para toda grandeza há uma unidade de medida padrão. Veja alguns exemplos:

medidas de comprimento, massa, capacidade, tempo, temperatura, perímetro, área e volume Grandeza Unidade de medida padrão Identificação

Comprimento metro m
são necessárias.
Área metro quadrado m²
Rido/Shutterstock

Volume metro cúbico m³

Capacidade litro L

Massa grama g

Os múltiplos e submúltiplos das unidades de medida são identificados por prefixos que
possuem o mesmo significado e valor independente da grandeza:
unidade
k h da d c m
padrão
quilo
hecto deca deci quilo mili
(1 000
(100 vezes (10 vezes (1 décimo (1centésimo (1 milésimo
vezes a
a unidade a unidade da unidade da unidade da unidade
unidade
padrão) padrão) padrão) padrão) padrão)
padrão)

Sendo assim, para converter metro para milímetro ou grama para miligrama ou litro para
mililitro podemos adotar o mesmo procedimento, que é multiplicar por 1000.
Veja os exemplos:

3 m 5 3 000 mm (milímetros)
14 CAPÍTULO 1 7 g 5 7 000 mg (miligramas)
2,5 L 5 2 500 mL
5 500 m 5 5,5 km (quilômetros)
MATEMÁTICA

3 8000 g 5 38 kg (quilogramas)

6
15
Agora é sua vez!
1 Uma indústria produziu, em um único dia, 1 500 L de suco de laranja e 2 400 L de suco de uva. Todo o suco de laranja será
Esses eixos determinam um plano, denominado plano cartesiano ou sistema de coordenadas cartesianas. Eles dividem o transferido para embalagens com capacidade para 300 mL, enquanto o de uva terá embalagens de 750 mL.
plano em quatro regiões, denominadas quadrantes, numerados como indicado na figura da página anterior. a) Quantas embalagens serão necessárias para o suco de laranja?
Cada ponto desse plano está associado a um par ordenado de números. Veja, como exemplo, o ponto P da figura. A reta que b) E para o suco de uva?
passa por P e é perpendicular ao eixo x corta esse eixo no ponto associado ao número 25; a reta que passa por P e é perpendicular
2 Com uma garrafa de refrigerante cuja capacidade é de 2,5 L é possível encher 20 copos idênticos. Qual é a capacidade, em mL,
ao eixo y corta esse eixo no ponto associado ao número 4.
de cada copo?
Dizemos que o ponto P está associado ao par ordenado (25; 4). Os números 25 e 4 são as coordenadas de P. A abscissa de
3 A figura seguinte representa um pote contendo azeitonas. Para melhor conservação, no pote é acondicionada água com a
P é 25 e a ordenada de P é 4. Escrevemos P(25; 4) para indicar que o ponto P está associado ao par ordenado (25; 4).
azeitona. A embalagem apresenta o “peso” líquido do produto (água e azeitonas) e o peso drenado (somente azeitonas).
Coordenadas de P

MRS Editorial
P(−5; 4)

Abscissa de P Ordenada de P

O primeiro número do par (abscissa) está sempre associado ao eixo x, e o segundo número do par (ordenada), ao eixo y, como
mostra o esquema anterior. Por isso a denominação par ordenado.
Quantos gramas de água esse pote contém?

Agora Ž sua vez! 4 Para medir o comprimento da quadra de tênis de um clube, duas pessoas, Leonardo e Karina, usaram como medidas seus
passos. Leonardo deu 80 passos iguais, e Karina, 64. Um dia antes dessa medição, Leonardo mediu seu passo e descobriu

AGORA É SUA 1 Considere o par ordenado (7, 23) para responder às questões a seguir:
a) Qual é a sua abcissa?
b) Qual é a sua ordenada?
que ele tinha 75 cm. De acordo com essas informações, responda em seu caderno.
a) Qual o comprimento da quadra de tênis em metros?

VEZ!
b) Quantos centímetros mede 1 passo de Karina?
c) Quais são suas coordenadas?
d) Em que quadrante está situado o ponto a ele associado?
2 Considere o plano cartesiano a seguir: Atividade 4 – Interpretação de gráficos
y
“Agora é sua vez!” 6 Explorando as ideias
Um dos modos mais utilizados para representar e analisar dados estatísticos são os gráficos.
4 Eles apresentam um conjunto de elementos que possibilitam uma interpretação rápida do que

é uma atividade 2
A se quer representar.
Há gráficos de vários tipos: gráficos de segmentos ou linhas, de colunas ou barras, de se-
tores ou circulares. Veremos que, dependendo dos dados que queremos representar, optamos
D

ou sequência de –6
C
–4 –2 0
O
2 4 6 x
por um ou outro tipo.

Gráfico de setores
Também conhecido como gráfico tipo pizza, o gráfico de setores geralmente é utilizado

atividades que B
–2 quando queremos comparar uma parte com o total, usando ou não porcentagem. Veja um
exemplo na figura:
–4

aparece sempre após –6


Porcentagem do número de filhos por
mulher entre os associados ao Clube X
(frequência relativa)

MRS Editorial
a seção “Explorando a) Dê as coordenados dos pontos:
A(____,____) C(____,____)
10%
22,5%
0 filho
1 filho
32,5% 2 filhos

as ideias” B(____,____)
b) Represente no plano cartesiano os pontos:
M (3, 5)
D(____,____)
35% 3 filhos

N(24, 3) Fonte: Dados elaborados para fins didáticos.

P(6, 22)
Q(0, 25) 16 CAPÍTULO 1

12 CAPÍTULO 1

Agora é sua vez! Atividade 4 – Gráficos de colunas e de barras


1 Um reservatório inicialmente vazio, com capacidade para 9 000 L, recebe água por meio
de um cano à razão de 1 200 cm3 por segundo. Em quantos minutos ele ficará cheio? Explorando as ideias
Os gráficos e as tabelas facilitam a interpretação e a análise de dados. Comumente, são
utilizados na área da pesquisa e da estatística, inclusive pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), para que seja possível interpretar as informações do Censo.
Veja uma possível representação dos resultados dessa pesquisa por meio de um gráfico de
colunas, também chamado gráfico de barras verticais.

Número de filhos por mulher do clube X


Frequência absoluta

MRS Editorial
16
2 Um restaurante comprou 60 litros de suco por R$ 150,00 e o vendeu em copos com 14
300 mL, ao preço de R$ 2,50 o copo. Qual foi, em reais, o lucro do restaurante na venda 12
10
desse suco? 8
6
4
2
0
0 1 2 3
Número de filhos
Fonte: Dados elaborados para fins didáticos.

Uma variação dessa representação é o gráfico de barras horizontais.

Número de filhos por mulher do clube X


No de filhos

MRS Editorial
0
Explorando as ideias 1
2
Algumas equival•ncias importantes 3

Vamos analisar algumas equivalências importantes entre unidades de medida de volume e ZOOM 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18
de capacidade. Lembre-se de que a equivalência básica é 1 L 5 1 dm3. Fonte: Dados elaborados para fins didáticos.
1 dm3 5 1 L
• 1 m3 5 1 000 dm3 5 1 000 L
1 m3 5 1 000 L O número de horas diárias que os adolescentes passam na frente de um computador, nave-
• 1 cm3 5 0,001 dm3 5 0,001 L 5 1 mL gando pela internet, tem sido uma grande preocupação para pais e educadores.
1 cm3 5 1 mL
A equivalência 1 m3 5 1 000 L pode ser visualizada com base em uma situação concreta. Uma escola, com cerca de 500 alunos, sorteou alguns deles para participarem de uma pes-
Imagine uma caixa-d’água em formato de cubo, com aresta interna medindo 1 m. O volume quisa. O objetivo era saber quantas horas por dia, em média, eles ficavam na internet. Os resul-
de água que cabe nela é (1 m)3 5 1 m3. A capacidade dessa caixa-d’água é, portanto, igual a tados da pesquisa foram representados pelo gráfico de colunas a seguir.
1 000 litros, ou seja, cabem nela 1 000 litros de água.
Frequência absoluta
Exemplos: 16

MRS Editorial
14
a) O volume de 4,5 dm3 equivale a uma capacidade de 4,5 L.
12
b) Se o volume interno de um reservatório é igual a 6,4 m3, sua capacidade é de 10
6,4 á 1 000 L 5 6 400 L. 8
c) 0,4 dm 5 400 cm , equivalentes a uma capacidade de 400 mL.
3 3
6
4
Agora é sua vez! 2
0
1 Preencha as lacunas a seguir com as medidas equivalentes. 1 2 3 4 5
Número de horas diárias na internet
a) 3,4 dam3 5 m3 5 L5 hL

b) 0,00006 hm3 5 dm3 5 L5 daL Exemplos:


a) Qual é a população dessa pesquisa?
c) 45 L 5 mL 5 cm 5
3
m 3

b) Qual é a variável pesquisada?


d) 5 dL 5 L5 dm3 5 mm3
MATEMÁTICA

c) Quantos são os elementos da amostra utilizada?


e) 72 000 L 5 m3 5 hm3 5 dam3

23 24 CAPÍTULO 2

6. A figura mostra o resultado de uma pesquisa realizada pela 2B Brasil com 400 homens.
Prepara Saeb

PREPARA SAEB 1. A linha reta abaixo representa parte da escala de um termômetro. Cada unidade de medida está dividida em cinco partes iguais.
A B
CADA VEZ MAIS VAIDOSOS
• Os homens já representam 16 % do mercado de cosméticos no brasil –
o dobro do que representavam no início dos anos 90
–3 –2 –1 0 1
• 30% deles gastam, em média, 30 minutos por dia na frente do espelho
Os pontos A e B correspondem, nessa ordem, aos números
Ao final dos capítulos a) ( ) 22,2 e 20,1 c) ( ) 22,4 e 20,2 • Os produtos que eles mais procuram são:
Hidratante para mãos 25%
b) ( ) 22,2 e 0,1 d) ( ) 22,4 e 0,2
pares, há a seção 2. Observe a figura:
Hidratante para o corpo
Creme antirrugas
19%
11%
A B C D E F G H I J K L
“Prepara SAEB” 1
2 Legenda
No esquema acima, estão locali-
zados alguns pontos da cidade.
Hidratante para os pés
Máscara facial
11%
5%
Fonte: Consultoria 2B Brasil Research
REVISTA VEJA - JUNHO/2003

com dez questões 3


4
5
X
Y P
X – Teatro
K – Shopping
A coordenada (5,G) localiza
a) ( ) a catedral.
Os homens que procuram produtos de beleza são aqueles que gastam em média 30 minutos por dia na frente do espelho.
6 L – Quadra Poliesportiva A quantidade de homens entrevistados que procuram hidratante para as mãos é:
relacionadas às 7
8 Z
L
K
Z – Estádio de Futebol
P – Catedral
b) ( ) a quadra poliesportiva.
c) ( ) o teatro.
a) ( ) 30 d) ( ) 120
9 b) ( ) 66 e) ( ) 140
habilidades aferidas 10 Y – Cinema d) ( ) o cinema.
c) ( ) 100
7. Uma caixa d'água tem forma de cilindro circular reto, com 2 m de diâmetro e 70 cm de altura. Considerando-se p 5 3,14, a

pela prova 3. Uma casa de sucos naturais vendeu, num dia, 17,5 litros de suco. Esse suco foi servido em copos de 125 mililitros cada um.
Nesse dia, o número de copos de suco vendidos, nessa casa, foi de
capacidade aproximada dessa caixa é de:
a) ( ) 2 000 litros. b) ( ) 2 100 litros. c) ( ) 2 200 litros. d) ( ) 2 300 litros. e) ( ) 2 400 litros.
a) ( ) 72.
8. Numa gráfica, 6 máquinas com a mesma capacidade podem tirar, juntas, 4 800 cópias em uma hora. Se duas dessas máquinas
b) ( ) 120. param de funcionar, o número de cópias que as máquinas restantes podem tirar juntas, em uma hora, é
c) ( ) 140.
a) ( ) 7 200. b) ( ) 3 200. c) ( ) 1 600. d) ( ) 800.
d) ( ) 218.
9. Observe o plano cartesiano.
4. O gráfico representa a preferência dos alunos da turma 402 em relação aos esportes praticados na aula de Educação Física.
y
De acordo com o gráfico, 6
Handebol
Basquete
a) ( ) o esporte preferido desta turma é o basquete. 5
B
b) ( ) o esporte de que os alunos dessa turma menos gostam é o vôlei. 4
c) ( ) a metade da turma prefere futebol. 3 A

Futebol d) ( ) vôlei e basquete são esportes preferidos pelo mesmo número de alunos. 2
Vôlei C D
1
5. A tabela abaixo apresenta o resultado de uma pesquisa sobre as estratégias das pessoas para ter paz interior. Em seguida,
encontra-se o gráfico gerado a partir dos dados apresentados na tabela. –3 –2 –1 0 1 2 3 4 5 6 7 x
–1
Estratégia Percentual –2
Ter fé 28 –3
Conhecer e amar a si mesmo 14
Fazer o bem 10
Meditar 7 Com relação a esse plano, é correto afirmar que
Amar a natureza 5
a) ( ) o ponto A possui ordenada nula. d) ( ) o ponto D está a 3 unidades do eixo x.
Pensar positivamente 5
Ter harmonia na família 5 b) ( ) o ponto B está a 4 unidades de distância do eixo y. e) ( ) o ponto C está a 1 unidade de distância do eixo x.
Outros 26
c) ( ) o ponto D é simétrico ao ponto C, em relação ao eixo x.
ÉPOCA, 5 mar 2007.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência de legendas das estratégias conhecer e amar a si mesmo, fazer o bem e meditar,
10. Observe a reta numérica abaixo.
nessa ordem.
a) ( ) d) ( ) 0 1 2 A 8 B
b) ( ) e) ( ) Nela estão localizados os pontos A e B que correspondem, respectivamente, aos números
MATEMÁTICA

c) ( ) a) ( ) 13 e 6. c) ( ) 7 e 9.
MATEMÁTICA

b) ( ) 6 e 13. d) ( ) 7 e 13.

26 CAPÍTULO 2 27

7
8
k
t oc
er s
utt
Sh
ns /
Ive
ey N
S e rg

MATEMÁTICA
Capítulo 1 Números em todo lugar 10
Capítulo 2 Cálculos entre diferentes números 22
Capítulo 3 Números, geometria e gráficos 36
Capítulo 4 Cálculo, problemas e sólidos 50
Capítulo 5 Notação científica, sólidos geométricos,
escalas e gráficos 67
Capítulo 6 Resolução de problemas, volume de
prismas e cilindros, grandezas de
espécies diferentes e problemas de
contagem 80
Capítulo 7 Juros, semelhança de triângulos,
grandezas e gráficos 94
Capítulo 8 Relações algébricas, aritméticas e
geométricas 110
Capítulo 9 Representando e identificando
grandezas 118
Capítulo 10 Espaço tridimensional, unidades de
medidas e tabelas de dupla entrada 130
Capítulo 11 Grandezas e representações 142
Capítulo 12 Álgebra, geometria e números 153
9
1
Vl
ad
im
ir W
ran
ge
/Sh
utt
ers
toc
k
NÚMEROS EM TODO LUGAR

Atividade 1 – Os números racionais e suas Neste capítulo, o conjunto de


atividades tem como objetivo
diferentes representações e o conjunto dos desenvolver as seguintes
habilidades:
números reais Reconhecer, no
contexto social,
Números diferentes signi-
racionais e ficados e repre-
Explorando as ideias suas diferen- sentações dos H1
tes represen- números e opera-
O conjunto dos números racionais é formado por todos os números que podem ser escritos tações. ções — naturais,
inteiros, racionais
na forma de fração, em que tanto o numerador quanto o denominador são números inteiros e o ou reais.
denominador é diferente de zero. Interpretar a
Localização e localização e a
Esse conjunto, simbolizado por Q, é representado em linguagem matemática pela expressão: movimenta- movimentação de
ção de pes- pessoas/objetos
soas/objetos no espaço tridi- H6
no espaço mensional e sua
ìa ü tridimensio- representação no
Q5 í a é Z e b é Z* ý nal. espaço bidimen-
îb þ sional.
Estabelecer
Relações
relações entre di-
Nessa expressão não escrevemos todos os elementos que pertencem ao conjunto, mas entre diferen-
ferentes unidades
tes unidades
de medida (com- H10
determinamos de forma unívoca uma propriedade que os define. de medida
primento, massa,
(comprimen-
a capacidade, área,
to, massa).
Ou seja, os números racionais são todos os números que podem ser escritos da forma , sendo volume).
b
Resolver situação-
a um número inteiro qualquer e b um número inteiro diferente de zero. Observe que podemos -problema com
dados apresen-
deduzir disso que todos os números inteiros são racionais, uma vez que podem ser representados Tabelas de
tados em forma H24
dupla entrada
por frações de denominador igual a 1: de tabela de
dupla entrada ou
gráfico.

æ -3 -2 -1 0 1 2 3 ö Professor(a), nesta atividade, você vai


Z 5 ç , , , , , , , , ÷ trabalhar com seus alunos as diferentes
è 1 1 1 1 1 1 1 ø representações dos números racionais.
Sugerimos que promova uma conversa
reflexiva, questionando por que alguns
Assim, todo número racional pode ser escrito em uma das formas seguintes: números são representados em
forma de fração e outros em forma de
• inteiro; decimal em situações do cotidiano.
Além disso, é importante ampliar a
• fração, com numerador e denominador inteiros; compreensão dos números irracionais,
uma vez que a partir do conceito dos
números racionais, é possível introduzir
• decimal exato; os números irracionais e apresentar o
conjunto dos números reais.
• dízima periódica.
Aproveite também para revisitar com
eles os conceitos dos demais conjuntos
A transformação de um número racional da forma fracionária para a decimal é feita por numéricos, já estudados anteriormente.
divisão. Comente que a aplicação desses
números estará presente em todos
os capítulos, ao abranger temas como
Forma decimal de um número racional medidas, porcentagem, cálculos
diversos, Geometria e na análise
Além de sua forma fracionária, todo número decimal pode ser escrito na forma decimal. de dados. A compreensão das
diferentes representações numéricas
Para determinar essa representação, fazemos a expansão decimal do número racional, ou estabelece uma base sólida para os
alunos explorarem diversos ramos da
seja, utilizamos o algoritmo da divisão para resolver essa operação representada pela fração. Matemática.

10
7 64
Observe, por exemplo, como transformar os números e para a forma decimal:
8 50

7 8 64 50

264 0,875 250 1,28


60 140
256 21000
40 400
240 2400
0 0

Como encontramos resto igual a zero, paramos o algoritmo da divisão. Dizemos que os
7 64
números 0,875 e 1,28 são números decimais exatos que representam as frações e ,
8 50
respectivamente.
Se uma fração não tiver uma representação decimal exata, ela poderá ter uma repre-
sentação decimal infinita, ou seja, um bloco de algarismos que se repete permanentemen-
te, o qual chamamos de período. Essas são as dízimas periódicas. Caso não se obtenha
um período, então esse número não poderá ser escrito na forma de fração, logo não será
um número racional.
Vamos explorar o conceito de dízima periódica. Para isso, considere os seguintes exemplos
1 3
de números fracionários: e .
3 22

1 3 3 22
29 0,333» 222 0,1363636»
10 80
29 266
10 140
29 2132
1 80
266

140
2132
80

Nas divisões 1 4 3 e 3 4 22, não encontramos o resto 0 e o algoritmo de divisão pode


continuar infinitamente. Para representar que os algarismos do quociente se repetem infini-
tamente, escrevemos:

1 3
5 0,333»5 0, 3 5 0,1363636»5 0,136
3 22

Os algarismos que se repetem formam o período da dízima. Para representar esse fato,
podemos repetir os algarismos pelo menos três vezes seguidos de reticências ou colocar uma
barra sobre os algarismos que se repetem.
No segundo exemplo, o algarismo 1 que antecede o período (136) é chamado de anteperíodo.
MATEMÁTICA

11
Agora é sua vez!
1 Transforme os números racionais a seguir para a forma decimal.
17 13
a) 0,85 b) 4,3
20 3

Explorando as ideias
Para transformar um número decimal exato em fração, escrevemos como numerador o
número decimal sem a vírgula e como denominador uma potência de 10 com expoente inteiro
positivo, de modo que o expoente seja igual à quantidade de algarismos depois da vírgula no
número decimal.
Exemplo:
Transformar os números decimais exatos 0,4 e 1,35 em frações irredutíveis, ou seja, na for-
ma mais simplificada possível.

4 2
0,4 5 5 (Como temos 1 algarismo após a vírgula, o denominador é 101 5 10)
10 5

135 27
1,35 5 5 (Como temos 2 algarismos após a vírgula, o denominador é 102 5 100)
100 20

Para transformar uma dízima periódica em fração, vamos utilizar um artifício algébrico,
conforme exemplo a seguir:
Transformar em fração irredutível a dízima periódica 0,232323..., ou seja, obter a fração
geratriz dessa dízima periódica.
Suponhamos x 5 0,232323... (Equação 1)
Vamos multiplicar os dois membros da equação (1) por 102 5 100, pois o período tem 2
algarismos:
100x 5 23,232323... (Equação 2)
Subtraindo membro a membro as equações (2) e (1), a parte decimal é eliminada:

100x 5 23,232323... (Equação 2)


x 5 0,232323... (Equação 1)
99x 5 23

23 23
Logo, x 5 , 2 ou seja, 0,232323... 5 .
99 99
Na prática, uma dízima periódica cujo período se inicia logo após a vírgula é igual à parte
inteira adicionada a uma fração cujo numerador é um período da dízima, e o denominador é
um número (não nulo) formado de tantos algarismos 9 (nove) quantos são os algarismos do
período.

31 4 27 1 4 31
Assim, por exemplo, 0,313131... 5 e 3,444... 5 3 1 5 5 .
99 9 9 9

12 CAPÍTULO 1
Agora é sua vez!
1 Represente os números racionais decimais a seguir na forma fracionária.
a) 1,4 b) 0,0019
14 7 19
5
10 5 10 000

2 Represente os números racionais decimais a seguir na forma fracionária irredutível.


a) 2,5 b) 0,555... c) 0,3222...
5 5 29
2 9 90

Explorando as ideias
Números reais
Já sabemos que todo número decimal exato e toda dízima periódica são números racio-
nais. Há números decimais, no entanto, que não são exatos nem dízimas periódicas. Dizemos
que eles são números irracionais. Eles não são obtidos da divisão de dois números inteiros.
Alguns números irracionais têm uma importância especial. Veja alguns deles:
• o número p 5 3,14159..., que aparece no estudo das formas circulares;
• o número e 5 2,71828..., denominado número de Euler, que surge frequentemente no
estudo de fenômenos exponenciais.
Quando escritos na forma decimal, nenhum desses números é exato ou dízima periódica.
Os números irracionais mais comuns resultam da operação radiciação. Em geral, raízes “não
exatas” de números inteiros são irracionais.
Exemplos:
1) São números irracionais as raízes:

2 5 1, 414..., 7 5 2,645..., 3 12 5 2,289....

2) O número 16 5 4 é racional.
Acrescentando ao conjunto dos números racionais os números irracionais, obtemos o con-
junto ℝ dos números reais. Portanto,

ℝ 5 {x | x é racional ou x é irracional}

Visão geral dos conjuntos numéricos


Até agora, estudamos os conjuntos numéricos ℕ(naturais), Z(inteiros), Q(reais) e ℝ(reais).
Note que cada novo conjunto que surge é obtido acrescentando-se ao anterior novos tipos de
número. Observe o esquema:

ℕ Z Q ℝ

1 inteiros 1 racionais 1 irracionais


MATEMÁTICA

negativos fracionários

13
Isso significa que, na sequência apresentada, cada conjunto está contido no seguinte,
ou seja, ℕ ú Z ú Q ú ℝ. Usando diagrama, os conjuntos podem ser representados assim:

MRS Editorial
ℕ Z Q

Agora é sua vez!


1 Analise se cada um dos números a seguir pertence a ℕ, Z, Q ou ℝ. Em seguida, insira-os
na região adequada do diagrama dos conjuntos numéricos.

MRS Editorial
2,333...

25
3
4 0 5
18 ℕ Z Q
2
20,5

32p
7

3 18
a) 0 d) g)
5 2
b) 4 e) 25 h) 2,333...

c) 20,5 f) i) 3 2 p
7

Atividade 2 – Localização no espaço


Explorando as ideias Professor(a), nesta atividade você
vai trabalhar com seus alunos a
habilidade localização de objetos
Coordenadas de localização no espaço. Sugerimos que,
se possível, utilize uma malha
As coordenadas geográficas são padronizadas mundialmente para que a localização de triangular para criar atividades que
proporcionem uma sistematização
qualquer ponto na superfície terrestre possa ser identificada. Elas são compostas por um sis- efetiva dos conceitos. Isso
tema que reúne paralelos, meridianos, latitudes e longitudes. Dessa maneira, qualquer ponto proporcionará aos alunos um
ambiente estimulante, onde
localizado na área superficial da Terra encontra-se posicionado em uma latitude e em uma poderão praticar a identificação de
longitude específicas. coordenadas e compreender as
relações espaciais.
Os paralelos e meridianos são linhas imaginárias traçadas ao longo da Terra. Os paralelos são
definidos a partir da Linha do Equador, e os meridianos, a partir do meridiano de Greenwich.
A latitude é a distância, em graus, de qualquer ponto da Terra em relação à Linha do Equa-
dor, que divide o planeta nos hemisférios Norte e Sul. Já a longitude é a distância, em graus,
de qualquer ponto da Terra em relação ao Meridiano de Greenwich, que divide o planeta nos
hemisférios Leste e Oeste.

14 CAPÍTULO 1
Banco de imagens/Arquivo da editora
16 O

14 O
12 O
10 O
80 O

12 L
14 L
16 L
L

L
ºO
ºO
ºO
ºO

ºL
ºL

ºL

ºL







18

60
40
20

20
40

60

80
10

18

OCEANO GLACIAL ÁRTICO 80º N
Círculo Polar Ártico
60º N

40º N
OCEANO
Trópico de Câncer ATLÂNTICO
20º N
OCEANO OCEANO
PACÍFICO PACÍFICO
Equador

João Pessoa OCEANO

Meridiano de Greenwich
ÍNDICO
20º S
Trópico de Capricórnio

40º S

OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO


Círculo Polar Antártico 60º S
0 2 400
80º S km

Na imagem, é possível perceber que a cidade de João Pessoa, na Paraíba, está localizada
em uma latitude entre 0° e 20° ao sul da Linha do Equador e em uma longitude entre 20° e 40°
a oeste do Meridiano de Greenwich.
O filósofo e matemático francês René Descartes (1596-1650) criou um sistema semelhante
de referências para identificar o posicionamento de linhas e figuras geométricas, chamado, em
sua homenagem, de plano cartesiano ou sistema de coordenadas cartesianas.
O plano cartesiano forma o sistema de coordenadas em duas dimensões. Trata-se de um
plano infinito, cortado por duas retas perpendiculares entre si, nas quais se designa cada ponto
pela distância dele às retas. Observe o plano cartesiano na figura a seguir.

y
8

2 quadrante
o
4 1o quadrante

1
MRS Editorial

28 27 26 25 24 23 22 21 0 1 2 3 4 5 6 7 8 x
21

22

23

3 quadrante
o
24 4o quadrante

25

26

27
MATEMÁTICA

28

15
As duas retas perpendiculares se encontram no ponto (0, 0) chamado de origem (O). Essas
retas são denominadas eixos coordenados. A reta horizontal é chamada de eixo das abscis-
sas (x) e a vertical, de eixo das ordenadas (y).
A intersecção dos eixos gera quatro regiões diferentes, que são chamadas de quadrantes.
Eles são numerados de acordo com o sentido anti-horário, começando por onde os valores
de x e de y são positivos, como descrito a seguir:
• No 1o quadrante, os valores das abscissas e das ordenadas y

MRS Editorial
são positivos: x > 0 e y > 0. 4
• No 2o quadrante, os valores das ordenadas são positivos e os
das abscissas são negativos: x < 0 e y > 0. 3
• No 3 quadrante, os valores das abscissas e das ordenadas
o
P(4, 2)
são negativos: x < 0 e y < 0. 2
• No 4o quadrante, os valores das ordenadas são negativos e os
das abscissas são positivos: x > 0 e y < 0. 1
Os eixos, ou seja, todos os pontos com coordenadas (x, 0)
ou (0, y), incluindo a origem, limitam, mas não pertencem aos
quadrantes. 22 21 0 1 2 3 4 5 x
Um ponto P é identificado a partir de um par ordenado (x, y),
21
em que o primeiro número representa a abscissa (x) do ponto e
o segundo, a ordenada do ponto (y). Observe a representação
do ponto P(4, 2) no plano cartesiano ao lado.
O ponto P é a interseção das retas horizontal x 5 4 e vertical
y 5 2.

Agora é sua vez!


1 No plano cartesiano apresentado a seguir, marque os pontos: A(1, 2), B(22, 22), C(5, 21) e M(24, 1).

y
4

A(1, 2)
2

M(24, 1) 1

25 24 23 22 21 0 1 2 3 4 5 6 7 x

21
C(5, 21)
22
B(22, 22)

23

Antes de marcar no plano cartesiano, é preciso verificar em qual quadrante cada ponto se situa.
· O ponto A(1, 2) se situa no 1o quadrante, já que suas coordenadas são ambas positivas.
· O ponto B(22, 22) se situa no 3o quadrante, uma vez que suas coordenadas são ambas negativas.
· O ponto C(5, 21) se situa no 4o quadrante, pois sua abscissa é positiva e sua ordenada é negativa.
· O ponto M(24, 1) se situa no 2o quadrante, visto que sua abscissa é negativa e sua ordenada é positiva.

16 CAPÍTULO 1
Explorando as ideias
Sistema de coordenadas espaciais
O sistema de coordenadas espaciais inclui uma reta perpendicular aos eixos x e y passando
pela origem, criando uma noção tridimensional.

M(2, 1, 3)

O(0, 0, 0)
1

y
Fonte: Elaborado pelo autora.

As coordenadas são dadas em ordem pelos eixos (x, y, z), ou seja, x 5 2, y 5 1 e z 5 3.

1 Considerando cada quadradinho como uma unidade, escreva as coordenadas de cada


ponto.
MRS Editorial

0 x

a) ponto M (___,___). b) ponto N (___,___).


Resolução: M(23,3); N(4,22).
MATEMÁTICA

17
2 Considerando cada intersecção entre os triângulos como uma unidade, localize no plano
tridimensional os seguintes pontos.

z z

B
3

2 A x x

O(0.0.0)
1 O(0.0.0)
2

y
y

Fonte: Elaborado pelo autora.

a) A(1,1,2) b) B(3,2,3)

Professor(a), nesta atividade,


Atividade 3 – Medidas de massa você vai trabalhar com seus
alunos as unidades de medida de
massa. Sugerimos que enfatize
as conversões entre as unidades
Explorando as ideias mais utilizadas, como grama,
quilograma e tonelada. Ao enfatizar
No Sistema Internacional de Unidades (SI), a unidade básica de medida de massa é o essas conversões, os alunos
compreenderão melhor as trocas
quilograma (símbolo: kg). As unidades mais utilizadas para medir uma massa são derivadas entre diferentes unidades de
do grama, que consideraremos como unidade de referência. medida de massa, sendo essa uma
habilidade importante para que eles
possam lidar com problemas do
Múltiplos do grama: cotidiano que envolvam medidas
de massa, e outros relacionados ao
• Decagrama (dag): 1 dag 5 10 g 5 101 g campo das Ciências da Natureza e
suas tecnologias.
• Hectograma (hg): 1 hg 5 100 g 5 102 g
• Quilograma (kg): 1 kg 5 1 000 g 5 103 g

Submúltiplos do grama:
• Decigrama (dg): 1 dg 5 0,1 g 5 1021 g
• Centigrama (cg): 1 cg 5 0,01 g 5 1022 g
• Miligrama (mg): 1 mg 5 0,001 m 5 1023 g
As medidas de massa também fazem parte do sistema métrico decimal. Assim, a conversão
de unidades de massa segue o mesmo padrão utilizado para as unidades de comprimento.
Exemplo:
A conversão de 240 cg para quilograma pode ser feita da seguinte maneira:

kg hg dag g dg cg

5 unidades para a esquerda

No caso, devemos deslocar a vírgula 5 casas para a esquerda, que é o mesmo que multiplicar
o valor numérico por 1025:
240 cg 5 240 ? 1025 kg 5 0,00240 kg
Em notação científica, 240 cg 5 2,40 ? 1023 kg.

18 CAPÍTULO 1
Uma unidade muito utilizada, principalmente para grandes massas, é a tonelada (símbolo:
t), com o seguinte valor:
1 t 5 1 000 kg 5 1 000 000 g

A respeito das unidades de medida mostradas acima, as mais usuais são grama e quilograma:

1 000 g = 1 kg

Agora é sua vez!


1 Um caminhão pode carregar, no máximo, 15 toneladas. Ele já está carregado com 300
sacos de batatas, com 30 kg cada um. Quantos tijolos, com 2,5 kg de massa cada um,
podem ainda ser colocados nesse caminhão sem que ele exceda sua capacidade máxima?
Massa das batatas 5 300 ? 30 kg 5 9 000 kg.
Sobra para os tijolos: 15 000 kg – 9 000 kg 5 6 000 kg. Dividindo 6 000 kg por 2,5 kg/tijolo,
obtém-se 2 400 tijolos.

2 (Enem) Em uma embalagem de farinha encontra-se a receita de um bolo, sendo parte


dela reproduzida a seguir
INGREDIENTES
• 640 g de farinha (equeivalente a 4 xícaras).
• 16 g fermento biológico (equeivalente a 2 colheres de medidas)
Possuindo apenas a colher medida indicada na receita, uma dona de casa teve que
fazer algumas conversões para poder medir com precisão a farinha. Considere que a
farinha e o fermento possuem densidades iguai.
Cada xícara indicada na receita é equivalente a quantas colheres medidas?
a) 10 b) 20 c) 40 d) 80 e) 320
Cada xícara corresponde a 640 g : 4 5 160 g. Cada colher corresponde a 16 g : 2 5 8 g. Então
160 g : 8 g/colher 5 20 colheres. colheres, que corresponde à alternativa B.

Atividade 4 – Tabelas com múltiplas entradas Professor(a), nesta atividade, você


vai trabalhar com seus alunos
a interpretação de tabelas de
Explorando as ideias múltiplas entradas. Sugerimos
destacar a importância da atenção
na leitura das descrições das linhas
As tabelas com múltiplas entradas fornecem mais de uma informação em cada linha, ou e colunas, bem como dos dados
seja, várias colunas. Na tabela a seguir será apresentada a quantidade de notebooks vendidos em cada célula.
por três vendedores de uma loja durante os cinco primeiros meses do ano:

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio

André 12 16 13 11 14

Bárbara 5 22 6 25 2

Camila 10 10 11 11 12

Com a tabela é possível saber o total de vendas em cada mês, o total de venda de cada
funcionário, comparar as vendas entre os funcionários a cada mês, pesquisar o melhor mês de
cada funcionário, etc.
Exemplos:
1) Qual vendedor conseguiu vender a maior quantidade de notebooks durante os 5 meses?
André: 12 1 16 113 + 11 114 5 66 notebooks
Bárbara: 5 1 22 1 6 1 25 1 2 5 60 notebooks
MATEMÁTICA

Camila: 10 1 10 1 11 1 11 1 12 554 notebooks


Logo, André fez o maior número de vendas de notebooks nesses 5 meses.

19
2) Qual foi o mês com maior venda? E menor?
Janeiro: 12 1 5 1 10 5 27 notebooks
Fevereiro: 16 1 22 1 10 5 48 notebooks
Março: 13 1 6 1 11 5 30 notebooks
Abril: 11 1 25 1 11 5 47 notebooks
Maio:14 1 2 1 12 5 28 notebooks
Assim, podemos concluir que o mês com maior venda foi o de fevereiro e o de menor
venda foi o de janeiro.

Agora é sua vez!


1 Em uma fábrica são produzidos três modelos de calças: A, B e C. Para isso, são utilizados dois tipos de botões: P (pequeno) e
G (grande). O número de botões usados por modelo de calça é dado pela seguinte tabela:

Calça A Calça B Calça C


Botões P 6 4 2
Botões G 4 3 2

O número de calças produzidas nos meses de novembro e dezembro é fornecido pela tabela a seguir:

Novembro Dezembro
Calça A 60 100
Calça B 80 90
Calça C 70 120

Qual foi a quantidade de botões pequenos gastos no mês de dezembro?


Calça A: 100 ? 6 5 600 botões pequenos; Calça B: 90 ? 4 5 360 botões pequenos; Calça C: 120 ? 2 5 240 botões pequenos; Total:
600 botões pequenos 1 360 botões pequenos 1 240 botões pequenos 5 1 200 botões pequenos em dezembro.

2 Uma pesquisa foi realizada entre homens e mulheres quanto ao uso de internet por dia. O resultado foi registrado na tabela
a seguir:

Tempo de uso de
Homens Mulheres
internet por hora
Menos de 2 horas 45 134
Entre 2 e 5 horas 22 56
Mais de 5 horas 58 35
Total 125 225

a) Quantas pessoas utilizam internet menos de duas horas por dia?


179 pessoas

b) Quantas mulheres utilizam a internet mais de 5 horas por dia?


35 mulheres

c) Quantos homens utilizam a internet entre 2 e 5 horas por dia?


22 homens

20 CAPÍTULO 1
Anotações

MATEMÁTICA

21
2
Vl
ad
im
ir W
ran
ge
/Sh
utt
ers
CÁLCULOS ENTRE

toc
k
DIFERENTES NÚMEROS

Atividade 1 – Operações com números reais Neste capítulo, o conjunto de


atividades tem como objetivo
desenvolver as seguintes
Explorando as ideias habilidades:
Operações Utilizar procedi-
a com núme- mento de cálcu-
Vamos analisar as operações básicas com frações racionais do tipo , com a é Z e b é Z*. ros naturais,lo com números
b H2
inteiros, naturais, intei-
a racionais e ros, racionais ou
Para simplificar uma fração , dividimos numerador e denominador por MDC(a, b). Dizemos reais. reais.
b
Resolver situa-
que a fração obtida é irredutível. Noções ção-problema
geométricas que envolva
Exemplo: (ângulo, noções geomé-
H8
30 30 : 15 2 paralelismo, tricas (ângulo,
• 5 5 (fração irredutível) perpendicu- paralelismo,
45 45 : 5 3 larismo). perpendicularis-
mo).
Para adicionar frações com mesmo denominador, adicionamos os numeradores e mante- Estabelecer
mos o denominador comum. Caso as frações não tenham mesmo denominador, transforma- Relações relações entre
entre di- diferentes unida-
mos inicialmente as frações em frações equivalentes com o mesmo denominador, MMC dos ferentes des de medida
H10
unidades de (comprimento,
denominadores originais. medida de massa, capa-
capacidade. cidade, área,
Exemplos volume).
3 11 31 3 1 112 31 217 17 Resolver situa-
• 1 2 5 5 52 ção-problema
4 4 4 4 4 4 Tabelas
com dados apre-
de dupla
5 1 7 20 8 21 2201 8221 233 211 11 sentados em H24
entrada e
• 2 1 2 52 1 2 5 5 5 52 gráficos.
forma de tabela
6 3 8 24 24 24 24 24 8 8 de dupla entrada
ou gráfico.
Para multiplicar duas ou mais frações, multiplicamos os numeradores entre si e os denomi-
Professor(a), explore a
nadores entre si. Na prática, antes de calcular os produtos, simplificamos fatores do numerador simplificação de uma expressão
com fatores do denominador. numérica com frações racionais,
números decimais envolvendo
Exemplo: as operações fundamentais de
1 1 adição, subtração, multiplicação e
divisão. Apresente as operações
3 7 æ 8 ö 3 ? 7 ? (28 ) 28 2
• ? ? ç2 ÷ 5 5 52 de potenciação e radiciação no
2 6 è 21 ø 2 ? 6 ? 21 12 3 conjunto dos números reais,
2 3 destacando as condições para
que cada operação seja definida
Para dividir duas frações, multiplicamos a primeira pelo inverso da segunda. e as propriedades operatórias da
potenciação.
Exemplo: Com base nas propriedades
da radiciação, dê exemplos
1 2 de operações com radicais,
æ 3 ö æ 9 ö æ 3 ö æ 20 ö 3 ? 20 2 incluindo os processos gerais de
• ç 2 10 ÷ : ç 2 20 ÷ 5 ç 2 10 ÷ ? ç 2 9 ÷ 5 10 ? 9 5 3 racionalização de denominadores.
è ø è ø è ø è ø
1 3

Um número decimal exato pode ser transformado em fração: o numerador é o número decimal
sem a vírgula e o denominador é 10n, sendo n o número de casas decimais do número original.
Exemplos:
32 32 16
• 3,2 5 1 5 5
10 10 5
5 5 1
• 0,005 5 3 5 5
10 1 000 200

22
Exemplo:
æ1 3ö æ 1ö 7
Calcule o valor da expressão E 5 0,8333… 1 ç 2 ÷ : ç 0 , 3 1 ÷ 2 .
è3 5ø è 2ø 9
Resolução:
5 3
Transformando os números decimais em fração, obtemos 0,8333… 5 e 0,3 5 .
6 10
Substituindo na expressão, devemos efetuar primeiro as operações entre parênteses:
5 æ1 3ö æ 3 1ö 7 5 529 315 7 5 24 4 7
E5 1ç 2 ÷ :ç 1 ÷2 5 1 : 2 5 1 : 2
6 è3 5 ø è 10 2ø 9 6 15 10 9 6 15 5 9
Agora, a preferência é da operação divisão. Depois, efetuamos as adições e subtrações:
21 1
5 24 5 7 5 1 7 15 2 6 2 14 5
E5 1 ? 2 5 2 2 5 52
6 15 4 9 6 3 9 18 18
3 1

Agora é sua vez!


Calcule o valor de cada expressão a seguir, dando a resposta na forma de fração irredutível.
4 2 1
I. 2 ? 0,9 2
15 3 3

æ 5 1ö æ 1ö 3
II. ç 16 1 8 ÷ : ç 1, 25 2 12 ÷
è ø è ø 8

æ1 ö æ 1ö 1
III. ç 3 2 0 ,111... ÷ 2 ç 2 1 3 ÷ : 14 18
è ø è ø

Explorando as ideias
Vamos definir a operação potenciação para os vários tipos de expoente. Na operação potenciação, temos:

a é a base

ax 5 b x é o expoente

b é a potência

Supondo-se definidas as expressões, a potenciação satisfaz as seguintes propriedades:

(A) am ? an 5 am 1 n (D) (a ? b)n 5 an ? bn


n
am æaö an
(B) 5 am 2 n (E) ç ÷ 5
an èbø bn
(C) (am)n 5 am ? n

Exemplos:

1 0 4
æ 3 ö æ 1ö æ3ö 3 34 3 3?3?3?3 3 81 12 1 16 1 81 109
a) ç ÷ 1 ç 2 ÷ 1 ç ÷ 5 111 4 5 111 5 111 5 5
è 4ø è 3ø è2ø 4 2 4 2?2?2?2 4 16 16 16
MATEMÁTICA

3
æ 1ö 1 1
b) 223 5 ç ÷ 5 3 5
è2ø 2 8

23
Agora é sua vez!
Aplicando as propriedades de potenciação, calcule:
35 ? (32 )24 ? 3
a) 2 30 3
326 ? 27
321 2 222 1
b)
1620,5 3

Explorando as ideias
Se n é N* e a é R, define-se, sob certas condições, a operação radiciação, inversa da po-
tenciação de expoente natural não nulo. Na radiciação, temos:

n é o índice

a é o radicando
n
a =b
b é a raiz

Veja a definição da operação radiciação para n ímpar e n par:

Para n ímpar, n
a 5 b ^ bn 5 a.
Para n par e a . 0, n
a 5 b ^ bn 5 a e
b . 0.
Exemplos:
• 5
232 522, porque (22)5 5 232
3
1 1 æ 1ö 1
• 3 5 , porque ç ÷ 5
8 2 è ø
2 8
As operações com radicais se baseiam nas propriedades da radiciação. Supondo-se defi-
nidas as raízes, valem para radiciação das seguintes propriedades:

P1. n
a ? n b 5 n ab P4. n m
a 5 mn a
n
a a np
P2. n
5n P5. n
am 5 a mp
b b

P3. ( n a )m 5 n a m

Pela P5, podemos simplificar certos radicais reduzindo os valores do índice e do radicando.
Exemplo:
• 6
8 5 6 23 5 2 21 5 2 . Na 2a passagem, dividimos o índice e o expoente do radicando por 3.
Uma soma ou subtração de radicais só podem ser transformadas em um radical único se
eles forem semelhantes. Muitas vezes, é necessário efetuar simplificações para obter radicais
semelhantes.
Exemplo:
• 3 5 - 7 5 + 5 + 8 5 = ( 3 - 7 + 1+ 8 ) 5 = 5 5
A multiplicação, a divisão, a potenciação e a radiciação envolvendo radicais obedecem às
propriedades P1 a P4. Nos casos da multiplicação e da divisão, os radicandos devem ter o mes-
mo índice. Caso os índices não sejam iguais, podemos igualá-los com base na P5.
Exemplo:


3
18 ? 3 4 18 ? 4 3
3
53 5 24 5 3 23 ? 3 5 3 23 ? 3 3 5 2 3 3
3 3

24 CAPÍTULO 2
Quando uma fração apresenta um radical no denominador, é costume transformá-la em
outra fração equivalente, com denominador sem radical. Esse processo é denominado racio-
nalização do denominador, que consiste em multiplicar numerador e denominador da fração
por uma expressão adequada, de modo a eliminar o radical do denominador.
Exemplo:
6 6? 2 6 2 6 2
• 5 5 5 53 2
2 2? 2 22 2

Agora é sua vez!


Resolva os problemas a seguir sobre radicais.
a) Simplifique as expressões:
18 + 32 - 2 50 2
3
I.
162 - 8 7

3
3 ? 3 6 ? 3 12 ? 2 3 2
II. 6 6 32
6
2?6 4
b) Racionalize os denominadores das frações e simplifique a expressão resultante.
12 6
I. 2 1 (2 4 3 )2 7 3
3 12

6 21 2
II. 2 4 229
2 11 22 2

Atividade 2 – Noções geométricas (ângulo,


paralelismo, perpendicularismo)
Explorando as ideias
As semirretas , de mesma origem O, estão contidas no plano . Elas dividem o plano em duas re-
giões. Cada uma delas é um ângulo. O ponto O é o vértice, e as semirretas são os lados dos ângulos.
A

O
a
B
O ângulo em azul é convexo, o ângulo em lilás, que contém os prolongamentos dos lados,
é côncavo.
O ângulo de vértice O e lados OA e OB podem ser representados por Ô ou AÔB, salvo in-
dicação em contrário, quando escrevermos AÔB, estaremos nos referido ao ângulo convexo.
Veja alguns ângulos importantes, com suas respectivas medidas em graus.

Ângulo completo Ângulo raso Ângulo reto (ângulo de


(ângulo de uma volta) (ângulo de meia-volta) um quarto de volta)

X
Ilustrações: MRS Editorial

B A
O
N O M Y O
MATEMÁTICA

ö 5 360°
m(AOB) ˆ 5 180°
m(MON) ˆ 5 90°
mXOY

25
Comparado com o ângulo reto, um ângulo menor que o raso é classificado como:

• agudo, se sua medida é menor que 90°;

• obtuso, se sua medida é maior que 90°.


Ângulo agudo Ângulo obtuso

Ilustrações: MRS Editorial


A

O
B N O
Se m (BOA) ˆ é um ângulo agudo.
ˆ < 90°, então BOA ˆ > 90°, então MON
Se m(MON) ˆ é um ângulo obtuso.

Se a soma das medidas de dois ângulos é igual a 90°, dizemos que eles são complementares e que um deles é o comple-
mento do outro. Se a soma das medidas de dois ângulos é igual a 180°, dizemos que eles são suplementares e que um deles é o
suplemento do outro. Se a soma das medidas de dois ângulos é igual a 360°, dizemos que eles são replementares e que um deles
é o replemento do outro.
Exemplos:
• Se dois ângulos medem 36° e 54°, eles são complementares, pois 36° 1 54° 5 90°.
• O complemento de um ângulo de medida x é (90° 2 x).
• O suplemento de um ângulo de medida x é (180° 2 x).
• Se (3x 1 12°) e (5x 1 20°) são medidas de dois ângulos replementares, sua soma é 360°, ou seja, 3x 1 12° 1 5x 1 20° 5 360° ^
^ 8x 1 32° 5 360° ^ 8x 5 328° ^ x 5 41°.
Se os lados de um ângulo são semirretas opostas aos lados do outro ângulo, dizemos que os dois ângulos são opostos pelo
vértice. É de grande importância, no estudo dos ângulos, o seguinte teorema:

Dois ângulos opostos pelo vértice são congruentes.

u
a b
g

Na figura acima, a e b são ângulos opostos pelo vértice, assim como, u e g.


Como a 1 u 5 u 1 b 5 b 1 g 5 g 1 a 5 180°, concluímos que a 5 b e u 5 g, o que comprova que ângulos opostos pelo
vértice são congruentes.
uuur
 a semirreta OC , de origem O, que divide o ângulo AOB
Chama-se bissetriz de um ângulo AOB  em dois ângulos congruentes.

a O
MRS Editorial

a
C

uuur
 pois m(AOC)
Na figura acima, OC é a bissetriz do ângulo AOB,  5 m(COB)
 5 a.

26 CAPÍTULO 2
Exemplo:
uur
• Na figura abaixo, sendo AP a bissetriz do ângulo MÂN, vamos calcular o valor de x e a medida do ângulo MÂN.

3x 2 8° P
A
x 1 10°

M
uur
 m(M AP)
Como AP é bissetriz do ângulo M AN,  5 m(P AN),
 ou seja, 3x 2 8° 5 x 1 10° ^ 2x 5 18° ^ x 5 9°.

Temos: m(M AN) 5 3x 2 8° 1 x 1 10° 5 4x 1 2° 5 4 ? 9° 1 2° 5 38°.

Agora é sua vez!


1 A figura a seguir mostra as medidas a, b, c e 144° dos qua- 2 Na figura a seguir, são dadas as medidas de alguns ângulos
tro ângulos determinados por duas retas concorrentes. em função de x. Calcule o valor de x em cada caso.
Z a) m(AÔC) 5 132° x 5 36°
Y
144°
B A
b a
2x + 24°
E

c x
W
X
C O

a) Identifique, na figura, dois pares de ângulos opostos


pelo vértice. b) Na figura, as retas r, s e t se cortam no ponto P, sendo
(XÊY, ZÊW) e (YÊZ, WÊX) r & t.
A semirreta tracejada é bissetriz de um dos ângulos for-
mados por s e t. Determine as medidas x, y e z dos ângu-
los assinalados.

28° x

b) Determine os valores de a, b e c.
a 5 36°, b 5 36° e c 5 144°.
y
z t

Resolução: Como a semirreta tracejada é bissetriz, x = 28°.


As retas s e t formam ângulos opostos pelo vértice, logo
y = x + 28° = 28° + 28° = 56°.
Como r e t são perpendiculares, y + z = 90°, ou seja,
56° + z = 90° ^ z = 34°.
MATEMÁTICA

27
Explorando as ideias
Considere duas retas r e s contidas no mesmo plano a. Elas podem estar em três posições

relativas entre si:

Paralelas Concorrentes Coincidentes

As retas r e s são paralelas As retas r e s são concorrentes se As retas r e s são coincidentes


se não possuírem ponto em possuírem um único ponto P em se possuírem todos os pontos
comum, ou seja, r ì s 5 0. comum, ou seja, r ì s 5 P. em comum, ou seja,
Indicamos r // s. Indicamos r 3 s. r ì s 5 r ou
r ì s 5 s.
r
r Indicamos r ä s.
r=s
P
s

Retas concorrentes ou secantes

t
u n

Retas oblíquas Retas perpendiculares

Se duas retas concorrentes formam entre si quatro ângulos retos, dizemos que elas são

perpendiculares; caso contrário, dizemos que elas são oblíquas.

Sobre retas paralelas, são válidas as seguintes propriedades:

Por um ponto não pertencente a uma reta r passa uma única reta paralela a r (postulado
de Euclides).
Duas retas paralelas a uma mesma reta são paralelas entre si.
Se duas retas são paralelas, toda reta do plano determinado por elas que intersecte uma
delas intersectará a outra.

Sobre retas concorrentes, temos as seguintes propriedades:

Em um plano, por um ponto pertencente ou não a uma reta r, passa uma única reta
perpendicular a r e passam infinitas retas oblíquas a r.
Em um plano, se duas retas r e s são perpendiculares a uma mesma reta t, então r e s são
paralelas entre si.

28 CAPÍTULO 2
Agora é sua vez!
1 Observe o bloco retangular representado a seguir e as retas que contêm suas arestas.

MRS Editorial
s

t u

Indique a posição relativa entre as retas:

a) r e s. paralelas c) s e t. concorrentes

b) t e u. concorrentes d) s e u. concorrentes

2 Classifique em cada caso a seguir a posição relativa entre as retas como: retas paralelas, concorrentes não perpendiculares,
perpendiculares ou coincidentes.
a) b) c) n d)
a5b

r s u v
Respostas: a) retas coincidentes; b) retas concorrentes; c) retas perpendiculares, d) retas paralelas.

3 O mapa a seguir apresenta cinco ruas destacadas com seus respectivos nomes.
T. Whitney/Shutterstock

Rua São Paulo

Rua Pará
Considerando as ruas como retas, dê as posições
relativas entre as ruas:
a) São Paulo e Pará.
b) São Paulo e Minas Gerais.
c) Minas Gerais e Acre.
d) Pará e Minas Gerais.
Respostas: a) paralelas; b) perpendiculares;
c) concorrentes; d) perpendiculares.

Rua Paraná Rua Acre


MATEMÁTICA

Rua Minas Gerais

29
Professor(a), retome as medidas
Atividade 3 – Grandezas: medidas de capacidade de capacidade relembrando o que
é uma grandeza. Apresente os
Chama-se grandeza toda característica de um corpo, fenômeno ou substância que pode múltiplos e os submúltiplos do litro
e a relação de equivalência entre as
ser expressa quantitativamente sob a forma de um número e de uma unidade de referência. medidas de volume e capacidade.
Em outras palavras, é toda característica que pode ser contada ou medida.
Quando dizemos que a massa de um objeto é de 3,5 kg, por exemplo, estamos associando
uma medida (3,5 kg) a uma grandeza (massa); quando afirmamos que uma festa durou 3 horas,
associamos uma medida (3 h) a uma grandeza (tempo).
Veja outros exemplos de grandeza: distância percorrida por uma pessoa, velocidade de um
automóvel, área de um terreno, densidade de um líquido, potência de um motor, intensidade de
uma corrente elétrica, capacidade de armazenamento de dados em um computador, número
de habitantes de uma cidade.
A capacidade de um recipiente é uma grandeza que mede o volume máximo de líquido
que ele pode conter em seu interior.
A unidade básica de capacidade é o litro (símbolo: L). A capacidade de um recipiente é de
1 L quando ele pode conter um volume de líquido de 1 dm3 em seu interior, no máximo.
Múltiplos do litro:
• Decalitro (daL): 1 daL 5 10 L 5 101 L
• Hectolitro (hL): 1 hL 5 100 L 5 102 L
• Quilolitro (kL): 1 kL 5 1 000 L 5 103 L

Submúltiplos do litro:
• Decilitro (dL): 1 dL 5 0,1 L 5 1021 L
• Centilitro (cL): 1 cL 5 0,01 L 5 1022 L
• Mililitro (mL): 1 mL 5 0,001 L 5 1023 L
Observe que, considerando-se a sequência

kL hL daL L dL cL mL

cada unidade de medida de capacidade é igual à unidade anterior, multiplicada por 10. Temos,
por exemplo:
• 1 hL 5 10 daL
• 1 daL 5 10 L
• 1 L 5 10 dL
e assim por diante.
Portanto, as medidas de capacidade fazem parte do sistema métrico decimal.
Assim, a conversão de uma medida de capacidade expressa em número decimal de uma
unidade para outra pode ser feita deslocando-se a vírgula de uma em uma casa.
As grandezas capacidade e volume são tão próximas e interligadas que, na prática, suas
unidades de medida são utilizadas para medir ambas as grandezas.
Nesse sentido, são válidas as seguintes equivalências entre medidas de volume e de capa-
cidade:
• 1 L 5 1 dm3 (referencial de conversão)
• 1 000 L 5 1 000 dm3 5 1 m3
• 1 mL 5 0,001 L 5 0,001 dm3 5 1 cm3

Exemplos:
a) 3,4 L 5 3,4 dm3 5 3 400 cm3 5 3 400 mL 5 3,4 ? 103 mL
b) 0,012 m3 5 12 dm3 5 12 L 5 12 000 mL 5 12 000 cm3 5 1,2 ? 104 cm3
c) 14,7 daL 5 147 L 5 1 470 dL 5 14 700 cL 5 147 000 mL 5 147 000 cm3 5 1,47 ? 105 cm3

30 CAPÍTULO 2
Agora é sua vez!
Faça as conversões entre as unidades de medidas:
a) 0,25 L em mL.
0,25 L 5 (0,25 ∙ 1 000) mL 5 250 mL

b) 1 500 mL em dm3.
1 500 mL 5 (1 500 : 1 000) L 5 1,5 L
1,5 L 5 1,5 dm3

c) 0,015 kL em L.
0,015 kL 5 (0,015 : 1 000) L 5 15 L

Atividade 4 – Tabelas
Professor(a),explore os gráficos de
barras, também conhecido como
Explorando ideias gráfico de colunas. Nesta atividade
vamos fazer a leitura das barras na
horizontal. Explore os elementos
Gráfico de barras do gráfico que ajudam na leitura e
na interpretação dos dados.
Os gráficos de barras também são conhecidos como gráficos de colunas. Esse tipo de grá-
fico favorece a comparação de valores e quantidades, porque o comprimento de cada barra é
proporcional à informação por ela representada. Para verificar essa informação, deve-se rela-
cionar os dados das retas vertical e horizontal.
As barras desse tipo de gráfico podem aparecer na vertical ou na horizontal.
Para fazer a leitura desse tipo de gráfico, deve-se verificar o dado que está contido no eixo
vertical e o que está no eixo horizontal.

Distribuição da idade dos


jogadores que iniciam a partida
No gráfico ao lado,
para sabermos a
26 idade da quantidade
de jogadores
24 igual a 5, primeiro
Idade

observamos o
21 eixo horizontal
(quantidade de
20 jogadores) e o
comprimento que
a barra alcança.
0 1 2 3 4 5 Ou seja, são
5 jogadores com
Quantidade de jogadores idade de 24 anos.
Dados elaborados para fins didáticos.

Observando os gráficos, podemos identificar facilmente que a idade que mais aparece nes-
MATEMÁTICA

se grupo de jogadores é 24 anos, com 5 jogadores, e as idades que menos aparecem são 21 e
26 anos, com 1 jogador.

31
A partir do gráfico, é possível construir uma tabela:

Distribuição da idade dos jogadores que iniciam a partida

Idade dos jogadores Quantidade de jogadores

20 4

21 1

24 5

26 1

Total 11

Agora é sua vez!


Responda à questão e construa a tabela referente aos dados presentes no gráfico a
seguir.
Nos jogos estudantis da cidade de São José, a escola Palmeirinha ganhou algumas me-
dalhas de ouro, prata e bronze, de acordo com o gráfico seguinte.
Medalhas da escola Palmeirinha

Tipos de
medalha

Bronze

Prata

Ouro
0 1 2 3 4 5 6 7 8 Quantidade
de medalhas

Qual tipo de medalha a escola mais ganhou?


Resposta: Medalha de ouro

Medalhas da escola Palmeirinha

Tipos de medalha Quantidade de medalhas

Ouro 8

Prata 5

Bronze 7

Total 20

32 CAPÍTULO 2
Prepara Saeb
1. Um clube de futebol abriu inscrições para novos jogadores. Inscreveram-se 48 candidatos. Para realizar uma boa seleção,
deverão ser escolhidos os que cumpram algumas exigências: os jogadores deverão ter mais de 14 anos, estatura igual ou
superior à mínima exigida e bom preparo físico. Entre os candidatos, 7/8 têm mais de 14 anos e foram pré-selecionados. Dos
pré-selecionados, 1/2 têm estatura igual ou superior à mínima exigida e, destes, 2/3 têm bom preparo físico.
A quantidade de candidatos selecionados pelo clube de futebol foi
a) 12. b) 14. c) 16. d) 32. e) 42.
Resposta: B
7 1 1
Resolução: ? 48 5 42 ñ 42 ? 5 21 ñ 21 ? 5 14
8 2 2

2. A professora de 4a série, corrigindo as avaliações da classe, viu que Pedro acertou 2/10 das questões. De que outra forma a
professora poderia representar essa fração?
a) 0,02 b) 0,10 c) 0,2 d) 2,10
Resposta: C
2
Resolução: 5 2 : 10 5 0,2
10

3. O círculo que aparece no mapa indica a localização de um hotel que fica na rua Oscar Freire, em São Paulo.

A B C

4
Rua Oscar Freire
Rua C. Arcoverde

Rua Teodoro Sampaio

Av. Rebolças
Av. Sumaré

3
Rua G. Valente

2
Av. Henrique Schaumann

1
Av. Brigadeiro Faria Lima

Quais são as coordenadas desse hotel, no mapa?


a) a,1. b) b,1. c) b,4. d) c,4.
Resposta: C.
MATEMÁTICA

33
Prepara Saeb
4. Estas balanças mostram as medidas, em gramas, de alguns produtos. Marque a opção em que o produto pesa mais de 2 qui-
logramas.
a) c)

230 g 2 055 g

b) d)

1 250 g
920 g

Resposta: C
Resolução: 2 kg = 2 000 g, então a balança que apresenta o produto com massa superior a 2 kg é a balança C,
pois 2 055 g > 2 000 g = 2 kg.

5. A tabela a seguir apresenta os maiores templos do mundo, sua localização, o ano/período de edificação e a área.

TEMPLO LOCAL ANO/PERÍODO DE CONSTRUÇÃO ÁREA (m2)

ANGKOR WAT Cambodja 1150 2 000 000


SRI RANGANATHASWAMY Índia Século VI – IX 631 000
MESQUITA AL-HARAM Arábia Saudita 638 400 000
AKSHARDHAM Índia 2005 240 000
MESQUITA AL-NABAWI Arábia Saudita 622 165 000
THILLAI NATARAJA Índia Século XII – XIII 160 000
MESQUITA ISTIQLAL Indonésia 1978 95 000
BOROBUDUR Indonésia 750 a.C. 60 000
CAVALO BRANCO China 68 40 000

Fonte: SUPERINTERESSANTE. Jan. 2013. p. 34 – 35.

Considerando o ano de conclusão de cada obra, o quarto templo a ficar pronto foi
a) ANGKOR WAT. c) MESQUITA AL-HARAM.
b) SRI RANGANATHASWAMY. d) MESQUITA AL-NABAWI.
Resposta: C
Resolução:
1o) Borobudur: 750 a. C.
2o) Cavalo Branco: 68
3o) Mesquita Al-Nabawi: 622
4o) Mesquita Al-Haram: 638

34 CAPÍTULO 2
Prepara Saeb
6. Aline precisa ir de Brasília a Curitiba. Ela fez uma pesquisa em um site antes de comprar a passagem.

Horário de saída do voo Horário de chegada (h:min) Preço

05:40 9:15 R$ 846,00


08:59 12:45 R$ 529,00
10:23 12:18 R$ 955,00
12:39 16:27 R$ 955,00
16:01 19:24 R$ 1352,00
16:35 20:24 R$ 772,00
17:45 21:08 R$ 955,00
19:32 21:47 R$ 415,00
20:59 23:00 R$ 955,00
21:02 23:03 R$ 955,00

Disponível em: www.decolar.com. Acesso em: 12 dez. 2015.

Ela pretende comprar uma passagem que custe no máximo R$ 900,00 e deseja que a viagem dure no máximo 3 horas.
Para isso, ela deve comprar a passagem para o voo que sai às
a) 5:40 b) 8:59 c) 10:23 d) 19:32
Resposta: D

7. Em uma xícara de chá pode-se colocar, aproximadamente, 40 mL de um líquido.


Uma jarra térmica pode servir 60 dessas xícaras. Sendo assim, a capacidade dessa jarra, em litros,
a) é igual a 2,4. b) ultrapassa 2,4. c) é menor que 2,4. d) é igual a 240.
Resposta: A
8. Considere as igualdades a seguir.
I. –24 = (– 2)4 II. –23 = (– 2)3 III. –20 = (– 2)0 IV. 03 = 1
Quantas são verdadeiras?
a) 4 b) 3 c) 1 d) 2
Resolução: Gabarito: C
Somente o item II está correto.
9. Uma atleta equilibrista encontra-se na metade da extensão de uma corda, presa na mesma altura de duas paredes, A e B, como
mostra a figura.
Reprodução/UFJF-MG

Parede A Parede B

Sabendo que a corda faz um ângulo agudo de 50º com cada parede, qual é a medida do ângulo obtuso a formado entre as
duas metades da corda quando a atleta se encontra na metade de sua extensão?
a) 100º b) 110º c) 120º d) 130º
Resposta: A
Resolução:
Reprodução/UFJF-MG

100o Parede B
50o
o
40o 40o 90

10. O valor da expressão (22)2 1 3 ? [248 4 (2 1 2 ? 3)] 252 é igual a


a) 21. Resposta: C
Resolução: 28 1 3 ? [2 48 : (8)] 2 25 5 28 2 3 · 6 2 25 5 28 2 18 2 25 5 251
b) 215.
MATEMÁTICA

c) 251.
d) 255.

35
3
Vl
ad
im
ir W
ran
ge
/Sh
utt
NÚMEROS, GEOMETRIA

ers
toc
k
E GRÁFICOS

Atividade 1 – Resolução de problemas aritméticos


Neste capítulo, o conjunto de
atividades tem como objetivo
desenvolver as seguintes
Explorando as ideias habilidades:

Números naturais Objeto do


Habilidades Desc
conhecimento
Você já estudou os números naturais. Eles são amplamente aplicados em diversas situa-
Resolver
ções: para contar objetos, estabelecer ordens em um código, representar posições, entre ou- situação-pro-
tros. O conjunto dos números naturais é representado por: blema com
números
naturais,
inteiros, racio-
ℕ = {0, 1, 2, 3, 4, 5, ...} Resolução
nais ou reais
de proble-
envolvendo H3
mas aritmé-
significados
Essa representação é essencial para compreendermos a essência dos números naturais e ticos
da adição,
suas propriedades. subtração,
multiplicação
Dentro desse conjunto numérico podemos resolver diferentes tipos de problemas aritmé- ou divisão,
ticos, sendo um deles o de máximo divisor comum (MDC) e o de mínimo múltiplo comum potenciação
ou radiciação.
(MMC), que veremos a seguir.
Resolver
situação-pro-
Máximo Divisor Comum e Mínimo Múltiplo Comum blema que
Retas para-
envolva no-
lelas corta-
Consideremos os conjuntos dos divisores naturais de 54, de 48 e de 36: ções geomé- H8
das por uma
tricas (ângulo,
transversal
paralelismo,
D(54) 5 {1, 2, 3, 6, 9, 18, 27, 54} perpendicula-
D(48) 5 {1, 2, 3, 4, 6, 8, 12, 16, 24, 48} rismo).

D(36) 5 {1, 2, 3, 4, 6, 9, 12, 18, 36} Aplicar a no-


ção de esca-
Noção de
las na leitura H11
escalas
de plantas ou
O conjunto dos divisores comuns de 54, 48 e 36 é D(54) ì D(48) ì D(36) 5 {1, 2, 3, 6} 5 D(6). mapas.
O maior desses divisores comuns (6, no caso) é denominado máximo divisor comum de Identificar
54, 48 e 36. Simbolicamente, escrevemos: MDC(54, 48, 36) 5 6. informações
apresentadas
Gráfico de em tabelas
H22
setores ou gráficos
O máximo divisor comum de dois ou mais números naturais é o maior número natural (de coluna, de
que é divisor ao mesmo tempo de todos eles. setores e de
linha).

Se o único divisor comum de dois números é 1, automaticamente o máximo divisor co-


mum deles também é 1. Dizemos, nesse caso, que os dois números são primos entre si.
Vamos revisitar com os estudantes
Exemplo: os conjuntos numéricos e suas
principais propriedades e, em
D(15) 5 {1, 3, 5, 15} e D(28) 5 {1, 2, 4, 7, 14, 28}. Como o único divisor comum (ou o máxi- seguida, apresentar algumas
situações que envolvam
mo divisor comum) de 15 e 28 é 1, concluímos que 15 e 28 são primos entre si. a resolução de problemas
aritméticos. Vamos mostrar alguns
exemplos, os quais podem ser
Consideremos, agora, os conjuntos dos múltiplos naturais de 6, de 9 e de 12: ampliados com outros casos.
M(6) 5 {0, 6, 12, 18, 24, 30, 36, 42, …, 72, …}
M(9) 5 {0, 9, 18, 27, 36, 45, 54, 63, 72, …}
M(12) 5 {0, 12, 24, 36, 48, 60, 72, …}

36
O conjunto dos múltiplos comuns de 6, 9 e 12 é M(6) ì M(9) ì M(12) 5 {0, 36, 72, …} 5 M(36).
O menor desses múltiplos comuns diferente de 0 (36, no caso) é denominado mínimo
múltiplo comum de 6, 9 e 12. Em símbolos: MMC(6, 9, 12) 5 36.

O mínimo múltiplo comum de dois ou mais números naturais é o menor nú-


mero natural diferente de 0 que é múltiplo ao mesmo tempo de todos eles.

Veja um problema em que aplicamos o MDC e o MMC para encontrar sua solução:
Todos os alunos do 6o ano e do 7o ano do Ensino Fundamental participarão da gincana do
conhecimento deste ano. Para essa competição, cada equipe será formada por alunos de um
mesmo ano com o mesmo número de participantes. O 6o ano conta com 180 alunos, e o 7o ano,
com 120 alunos. Qual será o número máximo de alunos por equipe?
Resolução:
Primeiramente, precisamos identificar o comando da questão, que é determinar o número
máximo de participantes em cada equipe. Como o 6o ano conta com 180 alunos, e o 7o ano,
com 120 alunos, precisaremos determinar o máximo divisor comum de 180 e 120. Em símbo-
los: precisaremos calcular o MDC (120, 180).
Consideremos os conjuntos dos divisores naturais de 120 e 180:
D(120) = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 12, 15, 20, 24, 30, 40, 60, 120}
D(180) = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 9, 10, 12, 15, 18, 20, 30, 36, 45, 60, 90, 180}
O conjunto dos divisores naturais comuns de 120 e 180 é D(120) 5 D(180) = {1, 2, 3, 4, 5, 6,
10, 12, 15, 20, 30, 60}.
O maior desses divisores comuns é o 60. Portanto, podemos concluir que o número máxi-
mo de alunos por equipe é 60.

Agora é sua vez!


1 Em um colégio, há 84 alunos de 7o ano, 108 de 8o ano e 120 de 9o ano. O professor de Educação Física vai promover uma gincana
entre esses alunos. Para isso, ele pretende formar com eles várias equipes, todas com o mesmo número de componentes.
Todos os alunos devem fazer parte de uma equipe, mas cada equipe só pode ter alunos de um mesmo ano escolar.
a) Qual é o número máximo de alunos que cada equipe pode ter? 12

b) Nesse caso, quantas equipes haverá de cada ano escolar? 7 equipes de 7o ano, 9 equipes de 8o ano e 10 equipes de 9o ano

2 Uma confecção deseja recortar três peças de tecido, medindo 72 m, 48 m e 36 m, em pedaços de mesmo comprimento, do
maior tamanho possível, sem que haja sobras. Determine quantos serão os pedaços e quanto medirá cada um.

Para que não haja sobras, a medida de cada pedaço, em metro, deve ser um divisor comum de 72, 48 e 36. Como
o pedaço deve ser do maior tamanho possível, essa medida, em metro, deve ser o MDC (72, 48, 36) = 12. Assim
sendo, cada pedaço deverá medir 12 metros.
Portanto, o total de pedaços obtidos é 72 : 12 + 48 : 12 + 36 : 12 = 6 + 4 + 3 = 13.
MATEMÁTICA

37
Explorando as ideias
Números inteiros
Você também já viu o conjunto dos números inteiros.
A sequência infinita dos números naturais (0, 1, 2, 3, 4, 5, …) também pode ser escrita na forma (0, 11, 12, 13, 14, 15, …). Nessa
representação, os números depois do zero, precedidos de sinal mais (1), são denominamos números inteiros positivos.
Já os números da sequência (…, 25, 24, 23, 22, 21) são denominados números inteiros negativos.
À união dos números inteiros negativos, do zero e dos números inteiros positivos damos o nome de conjunto dos números intei-
ros, representado pela letra Z.

 = {…, −3, −2, −1, 0, 1, 2, 3, …}

Além de explorarmos os problemas que envolvem os números naturais, vamos agora resolver problemas que estão relaciona-
dos aos números inteiros.

Exemplo:
O gráfico a seguir mostra o valor total das vendas e o valor total das despesas de quatro filiais de uma loja de cosméticos
em 2019.

Valor total das vendas e despesas por filial

90
(em milhares de reais)

80
70
Valor total

60
50 Vendas
40
30 Despesas
20
10
0
A B C D
Filial

Para cada filial dessa empresa houve lucro, prejuízo ou nem lucro nem prejuízo em 2019? Qual foi o valor do lucro ou do pre-
juízo em cada filial?

Resolução:
Primeiro, apresentamos alguns passos importantes para a resolução de um problema com interpretação de gráfico.
1) Identifique as variáveis representadas nos eixos horizontal e vertical.
No eixo horizontal, temos as filiais, denominadas A, B, C e D. No eixo vertical, temos valores numéricos, em milhares de reais.
2) Interprete a legenda, quando ela aparecer no gráfico.
Nesse, as barras azuis representam o total das vendas; as vermelhas, o total das despesas.
3) Pela altura das barras, associada ao eixo vertical, identifique o total de vendas e o total de despesas de cada uma das filiais.
Filial A: Vendas de 80 mil reais e despesas de 60 mil reais.
Filial B: Vendas de 90 mil reais e despesas de 40 mil reais.
Filial C: Vendas de 60 mil reais e despesas de 60 mil reais.
Filial D: Vendas de 50 mil reais e despesas de 70 mil reais.
4) Calcule a diferença entre as vendas e as despesas em cada filial. Se a diferença é um número positivo, houve lucro; se é ne-
gativa, houve prejuízo.
Filial A: 80 − 60 = 20 (lucro de 20 mil reais)
Filial B: 90 − 40 = 50 (lucro de 50 mil reais)
Filial C: 60 − 60 = 0 (nem lucro nem prejuízo)
Filial D: 50 − 70 = -(70 − 50) = −20 (prejuízo de 20 mil reais)

38 CAPÍTULO 3
Agora é sua vez!
1 Leia o texto a seguir e responda ao que se pede.
Conhecido como o Planeta Vermelho por causa da coloração vermelha-ferrugem, Marte é o quarto planeta do Sistema Solar.
Com montanhas, desertos, calotas polares, vulcões, desfiladeiros e atmosfera rarefeita, as temperaturas variam entre –120 °C
a 25 °C. [...]

Disponível em: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/sistema-solar-planetas-e-caracteristicas.htm.


Acesso em: 28 jun. 2023.

Qual é a diferença entre as temperaturas máxima e mínima, nessa ordem, do planeta Marte, em graus Celsius?
Temperatura máxima: 25 °C
Temperatura mínima: –120 °C
25 °C – (–120 °C) = 25 °C + 120 °C = 145 °C

2 No comércio internacional, o valor total das exportações de um país é o valor que ele arrecada com a venda de seus produtos
para outros países; já o valor das importações expressa o valor que ele gasta comprando produtos de outros países.
O saldo da balança comercial do país em determinado período é a diferença entre o valor total das exportações e importa-
ções no período, nessa ordem.
Os gráficos a seguir mostram o total de exportações e de importações mensais de determinado país no segundo semestre
do ano passado. Os valores são números naturais, expressos em bilhões de dólares.

Valor de exportações por mês

18
(em bilhões de dólares)

MRS Editorial
16
14
12
Valor

10
8
6
4
2
0
Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Mês

Valor de importações por mês

18
(em bilhões de dólares)

16
14
12
Valor

10
8
6
4
2
0
Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Mês
Calcule, em bilhões de dólares, os saldos da balança comercial desse país em cada mês considerado. Indique em quais meses
o saldo obtido é positivo ou negativo.
Julho: +2; agosto: –5; setembro: +4; outubro: –8; novembro –4: dezembro: +1.
Os meses que tiveram saldo positivo foram julho, setembro e dezembro; e os meses que tiveram saldo negativo foram agosto,
outubro e novembro.
MATEMÁTICA

39
Explorando as ideias
Números racionais
O conjunto dos números racionais é formado por todos os números que podem ser escritos
na forma de fração, em que tanto o numerador quanto o denominador são números inteiros e o
denominador é diferente de zero.
Esse conjunto, simbolizado por Q, é representado em linguagem matemática pela expressão:

ìa ü
= í a Î  e b Î * ý
î b þ

Além de investigarmos os desafios que abarcam os números naturais e inteiros, vamos


agora solucionar problemas que estão associados aos números racionais.

Exemplos:
3
a) Paula, Marta e Aline fizeram um trabalho em três etapas. Paula fez do trabalho. De-
10
2
pois, Marta fez do que faltava. Em seguida, Aline finalizou o trabalho. Indique a fra-
7
ção do trabalho que cada uma executou e ordene as três frações da menor para a maior.

Resolução:
Veja a seguir a fração do trabalho que cada uma executou.
3
Paula realizou do trabalho.
10
3 10 3 7
Assim sendo, ficaria ainda 1 – = − = do trabalho por fazer.
10 10 10 10
2 2 2 7 14 1
Marta executou do que faltava, ou seja, de que é igual a ⋅ = = .
7 7 10 7 10 70 5

Aline finalizou o trabalho, ou seja, a fração do trabalho efetuado por ela equivale a
3 1 10 3 2 5 1
1– – = − − = = .
10 5 10 10 10 10 2
3 2
Escrevendo as três frações com o mesmo denominador 10, obtemos: (Paula), =
10 10
1 5
(Marta) e = (Aline).
2 10
2 3 5 1 3 1
Como < < , então < < .
10 10 10 5 10 2

b) Os monitores de computadores e as telas de televisores são medidos em polegadas,


unidade de medida ainda utilizada nos Estados Unidos da América. A polegada cor-
responde a 2,54 centímetros, aproximadamente. Decomponha esse número decimal.
Resolução:
1o) Vamos realizar a separação entre a parte inteira (aquela que vem antes da vírgula) e a
parte decimal (aquela que vem após a vírgula): 2 + 0,54.
2o) Agora, vamos separar a parte decimal, levando em consideração a posição de cada al-
garismo após a vírgula:
Algarismo 5 ñ Uma casa depois da vírgula, então representamos 0,5 (5 décimos).
Algarismo 4 ñ Duas casas após a vírgula, então representamos 0,04 (4 centésimos).
3o) Por fim, adicionemos todas as parcelas: 2 + 0,5 + 0,04.

40 CAPÍTULO 3
Agora é sua vez!
2 3
1 Marcelo gastou quatro horas para executar uma tarefa. Na primeira hora, ele realizou da tarefa; na segunda hora, da
15 10
1
tarefa; na terceira hora, da tarefa; na quarta e última hora, ele executou o restante da tarefa.
5
a) Que fração da tarefa ele executou na quarta hora?
2 3 1 4 9 6 19
Nas primeiras três horas, Marcelo executou + + + + + + do trabalho.
15 10 5 30 30 30 30
19 30 19 11
Logo, a fração da tarefa representada na quarta hora é: 1 – = - = .
30 30 30 30
b) Em qual hora ele foi mais rápido? Em qual hora foi mais lento?
Ele foi mais rápido na quarta hora e mais lento na primeira hora.

2 Para ir trabalhar, Lucas percorre 1,08 quilômetro a pé e 15,67 quilômetros de ônibus.


a) Faça uma estimativa de quantos quilômetros Lucas percorre em sua ida para o trabalho.
1o) Identifique o comando da questão: Estimar e calcular a distância percorrida por Lucas.
2o) Estime o resultado da questão. Para isso, arredonde 1,08 e 15,67 para o inteiro mais próximo e, em seguida, efetue a soma
simplificada: 1 + 16 = 17 quilômetros.

b) Determine quantos quilômetros Lucas de fato percorre.


Calcule a soma 1,08 km + 15,67 km = [(1 + 15) + (0,0 + 0,6) + (0,08 + 0,07)] km = [16 + 0,6 + 0,15] km = 16,75 km.

Comece a aula mostrando a situa-


Atividade 2 – Retas paralelas cortadas por uma ção em que duas retas paralelas
são interceptadas por uma trans-
reta transversal versal, formando oito ângulos. Em
seguida, destaque as característi-
cas dos ângulos adjacentes suple-
mentares e dos ângulos opostos
Explorando as ideias pelo vértice (congruentes), que já
foram abordadas anteriormente.
Nas figuras a seguir, duas retas paralelas, r e s, são cortadas por uma reta t, denominada Após isso, apresente aos alunos
o significado dos termos “ângulos
transversal em relação às duas paralelas. externos” e “ângulos internos”
em relação às retas paralelas, bem
como os termos “ângulos cola-
terais” e “ângulos alternos” em
Ângulos relação à transversal. Discuta com
b^ a^ externos eles o conceito de ângulos corres-
pondentes e investigue as relações
entre os ângulos formados quando
r retas paralelas são cortadas por
^c d^ uma transversal.
Ângulos
internos
^f e^

^g s
h^ Ângulos
externos
t

A transversal t forma, com r e s, oito ângulos, designados por a , b , c , d , e , f , g e h .


Na figura anterior, o plano está dividido em três regiões pelas cores azul-claro e verde-claro.
Chamaremos de ângulos internos aqueles cuja abertura está voltada para a região interior às
retas paralelas r e s, na imagem representada pela cor azul-claro. É o caso dos ângulos c , d , e
e f . Chamaremos de ângulos externos aqueles cuja abertura está voltada para as duas regiões
MATEMÁTICA

exteriores às retas paralelas r e s, na imagem representada pela cor verde-claro. É o caso dos
ângulos a , b , g e h .

41
Nesta outra figura, o plano está dividido em duas regiões pelas cores laranja e azul-claro

Ilustrações: MRS Editorial


Lado
esquerdo b^ a^

r
^c d^
Lado Lado
esquerdo direito
^f e^

^g s
h^ Lado
direito
t

Dizemos que dois ângulos são colaterais quando estão contidos no mesmo lado em re-
lação à transversal t. São exemplos de pares de ângulos colaterais: ( a , h ) (ângulos colaterais
externos) e (c , f ) (ângulos colaterais internos).
Dois ângulos são alternos quando estão contidos em lados alternados (lados contrários)
em relação à transversal t. São exemplos de pares de ângulos alternos: ( b , h ) (ângulos alter-
nos externos) e (d , f ) (ângulos alternos internos).
Dois ângulos são correspondentes quando são colaterais, não adjacentes, sendo um deles
externo e o outro interno. São exemplos de ângulos correspondentes, na imagem apresentada
anteriormente: ( a , e ) e ( c , g ).
Na figura a seguir, as retas paralelas r e s são cortadas pela transversal t, que é perpendi-
cular à r e, como consequência, é também perpendicular a s. Nesse caso, ela forma com r e s
oito ângulos retos.

Nesta outra figura, a transversal t não é perpendicular às retas paralelas r e s.

t
b^
a^

^c r
d^
^f
e^
^g s
h^

42 CAPÍTULO 3
Nesse caso, dos oito ângulos que a transversal t forma com as retas paralelas r e s,
 c,
• quatro são agudos, indicados na cor verde e representados por a,  e , g ;
 d,
• quatro são obtusos, indicados na cor azul e representados por b,  f , h .

Com base nas definições vistas, podemos identificar:


• Pares de ângulos colaterais internos: (c$ , f$ ), (dµ , e)
$ .
 
• Pares de ângulos colaterais externos: (a, h), (b, g)  .
 e),
• Pares de ângulos alternos internos: (c,  (d,  f ) .
 g),
• Pares de ângulos alternos externos: (a,  (b,  h)
 .
• Pares de ângulos correspondentes: (q,  (b,
 e),  f ), (c,
 g),
 (d,
 h)
 .
• Pares de ângulos opostos pelo vértice, que são, por isso, congruentes: a ≅ c,
 b ≅ d,  f ≅ h .
 e ≅ g,
• Pares de ângulos adjacentes e suplementares, por exemplo, m(a)+m(b)=180   
°; m(g)+m(h)=180 °.

Além disso, podemos afirmar que:

Uma reta transversal determina, sobre duas retas paralelas, ângulos


correspondentes congruentes.

 ≅ e , b ≅ f , c ≅ g , d ≅ h .
Assim, a

Exemplo:
Na figura ao lado, as retas paralelas r e s
são cortadas pela transversal t. As medidas
dos ângulos assinalados em azul e verde são
2x – 12°
dadas em função de x. Obtenha o valor de x. t
Resolução:
Os ângulos marcados em azul e laran-
ja são opostos pelo vértice. Logo, são con-
gruentes. Observe que os ângulos assinala- x
dos em laranja e verde são colaterais inter-
nos e medem, respectivamente (2x – 12°) e x, r
com x em graus. Além disso, eles são suple-
mentares, ou seja, 2x – 12° + x = 180°. Logo,
2x – 12° + x = 180° ~ 3x – 12° = 180° ~ 3x =
180°+ 12° ~ 3x = 192° ~ x = 64°. s

Agora é sua vez!


1 Um dos oitos ângulos que duas retas paralelas formam com uma reta transversal mede 57°. Quanto medem os outros sete
ângulos? Três medem 57°; os outros quatro, 123°.
MATEMÁTICA

43
2 Nas figuras a seguir, r e s são retas paralelas e t é uma reta transversal. Determine, em cada caso, os valores de x e de y.

a) y x = 44°; y = 136°

x r

44°
s
t

b) t x = 56°; y = 124°

2x + 12°
y r

c) t x = 39°; y = 63°

x + 78°
3x

r s

d)
x+y r x = 64°; y = 69°
s

2x + 5°
3x − 59° t

Discuta com os alunos o fato de que, ao representarmos graficamente


um objeto ou uma região, como em desenhos ou mapas, não utilizamos suas dimensões reais. No entanto, para que a representação seja visualmente
similar ao objeto real, é necessário estabelecer uma proporção entre as medidas do objeto real e as do objeto representado.
Nesse contexto, é importante apresentar aos alunos o conceito de escala como a razão entre um comprimento representado e o comprimento
correspondente na realidade. Por meio da escala, o aluno perceberá que é possível adequar as proporções do objeto representado, efetuando
reduções ou ampliações necessárias para que a representação seja visualmente coerente.
Explore com a turma diferentes tipos de escalas e como elas são utilizadas em diferentes contextos, como na confecção de plantas de constru-
Atividade 3 – Primeiras noções de escalas ção ou em desenhos técnicos.

Luisrftc/Shutterstock

Explorando as ideias
Quando representamos regiões por meio de ma-
pas, casas por meio de plantas baixas ou objetos quais-
quer por meio de desenhos, normalmente as dimen-
sões empregadas nessas representações não são reais,
porém elas obedecem a uma proporcionalidade entre
as medidas lineares correspondentes.
Veja, ao lado, o mapa da região Sudeste do Brasil.
O segmento vermelho representa a distância em
linha reta entre as cidades de São Paulo e Belo Ho-
rizonte. Esse segmento mede 2,45 cm. No entanto, a
distância real entre as duas cidades, em linha reta, é
de 490 km.

44 CAPÍTULO 3
Vamos calcular a razão entre a distância representada no mapa e a distância real. Para tal
cálculo, é necessário trabalhar com uma mesma unidade de medida − nesse caso, centímetros.
Observe:

× 100

2, 45 cm 2, 45 cm 245 1
= = = = 1 : 20 000 000
490 km 4 900 000 cm 4 900 000 000 20 000 000

× 100
Essa razão indica que cada unidade no mapa corresponde a 20 000 000 de unidades na
região real. Isso quer dizer que:
• 1 cm no mapa corresponde a 20 000 000 cm = 200 km;
• 1 mm no mapa corresponde a 20 000 000 mm = 20 km;
• 1 dm no mapa corresponde a 20 000 000 dm = 2 000 km; e assim por diante.
• Dizemos, assim, que a escala desse mapa é 1 : 20 000 000.

Escala de uma representação gráfica (mapa, desenho, etc.) é a razão


entre a medida de um comprimento qualquer representado e a
medida do comprimento real correspondente a ele.

ZOOM

Comprimento representado
Escala =
Comprimento real

Observe que a escala é um número adimensional, ou seja, sem unidade de medida, já que
é a razão entre duas medidas de uma mesma grandeza (comprimento).
Normalmente, a escala é expressa por uma razão em que:
• o antecedente é igual a 1;
• o consequente indica o número pelo qual se deve multiplicar o comprimento represen-
tado para se obter o comprimento real.
Exemplos:
a) Se a medida real da altura de um edifício é 50 m e, em uma maquete desse edifício, essa
altura é 20 cm, a escala utilizada na maquete é:

20 cm 20 cm 1
= = = 1 : 250
50 m 5 000 cm 250

b) A vista superior de uma avenida está representada na escala 1 : 150 em um mapa. Nessa
representação, a largura da avenida é de 6 cm. Vamos calcular a largura real.
Representando a largura real por x, temos:

L argura representada
Escala =
L argura real

1 6 cm
= Þ x = 150 × 6 cm Þ x = 900 cm Þ x = 9 m
150 x
MATEMÁTICA

Portanto, a largura real da avenida é de 9 m.

45
c) A distância real entre a Prefeitura e a Câmara Municipal de determinada cidade é de 6 km.
Vamos determinar essa distância em um mapa da cidade construído na escala
1 : 50 000.
Seja d a distância representada no mapa.
Distância representada
Escala =
Distância real

1 d 6 km 600 000 cm
= ~ 50 000d = 6 km ~ d = = ~ d = 12 cm
50 000 6 km 50 000 50 000

A distância entre os prédios no mapa é de 12 cm.

Agora é sua vez!


1 O mapa de uma região foi elaborado na escala 1 : 400 000.
a) Explique o significado dessa escala.
Cada unidade de comprimento no mapa corresponde a 400 000 unidades de comprimento na região.

b) A distância de 1 mm representada nesse mapa corresponde a que distância real, em metros?


Corresponde a 400 000 mm = 400 m.

c) A distância de 1 cm representada nesse mapa corresponde a que distância real, em quilômetros?


Cada a 400 000 cm = 4 km.

2 Determine a escala utilizada em cada representação de medida de comprimento indicada na tabela a seguir.

Comprimento representado Comprimento real Escala

8 cm 16 km 1 : 200 000

5 cm 300 m 1 : 6 000

25 mm 4,5 km 1 : 180 000

3 A figura abaixo ilustra o mapa da região Nordeste do Brasil, elaborado na escala 1 : 30 000 000. O segmento na cor vermelha, que
mede 3 cm, representa a distância entre as cidades de Aracaju, capital do estado de Sergipe, e Teresina, capital do estado do Piauí.
Luisrftc/Shutterstock

A distância d é dada por:


Determine a distância real entre essas duas cidades, em linha reta. d = 30 000 000 · 3 cm = 90 000 000 cm = 900 km

46 CAPÍTULO 3
Além de discutir a importância da
Atividade 4 – Gráficos de setores leitura dos dados divulgados por
meio de gráficos, é importante
apresentar aos alunos a construção
dos gráficos de setores. Mostre a
Explorando as ideias relação entre os ângulos e os se-
tores formados a partir dos dados
coletados. Para realizar essa ativida-
Gráfico de setores de, serão necessários os seguintes
materiais: régua, compasso, trans-
Também conhecido como gráfico de pizza, é muito relevante quando queremos comparar feridor e folhas em branco.
certa quantidade de itens em um total, de modo quantitativo (percentuais), ou seja, quando
queremos salientar as proporções do que está sendo analisado.
Como o próprio nome já indica, trata-se de um gráfico circular dividido em setores, cujo
ângulo central deve ser proporcional à quantidade representada. Veja um exemplo:

Atividades produtivas das fazendas flagradas


utilizando mão de obra escrava (2007)

MRS Editorial
1,6% Bovinos
1,6% 1% 0,5% Produção de carvão
2,1% 1,6%
Soja
2,1%
2,6% Algodão
3,1%
Milho
4,7% Extração vegetal
Frutas
5,1%
Arroz
Feijão
12% 62%
Café Fonte: Pesquisa sobre a Cadeia
Produtiva do Trabalho Escravo,
Outros OIT-Brasil e ONG Repórter Brasil.
Cana-de-açúcar Os dados referem-se às fazendas
que constam na "lista suja" até
Suínos e burbalhos o início de 2007 e totalizam 163
fazendas (OIT, 2007).

De acordo com o gráfico acima, 62% das atividades produtivas referentes à criação de gado
foram flagradas utilizando mão de obra escrava em 2007. Em contraponto, esse índice cai para
1% nas plantações de cana-de-açúcar.
A seguir, vamos ver um exemplo de como construir um gráfico de setores.
De acordo com o Censo Demográfico de 2010 do IBGE, no Brasil, havia 398 348 trabalhado-
res como catadores de lixo e de material reciclável. A distribuição geográfica desses trabalha-
dores consta na tabela a seguir. Com base nessas informações, construa um gráfico de setores
que represente esses dados.

Distribuição geográfica dos catadores de lixo de acordo com o IBGE

Brasil e Catadores
Total de Distribuição dos
grandes Total para cada 100
catadores catadores (%)
regiões mil ocupados

Norte 22 292 5,60 6 262 318 355,97

Nordeste 119 349 29,96 20 854 301 572,30

Sudeste 166 161 41,71 38 111 800 435,98

Sul 60 241 15,12 14 249 772 422,75

Centro-Oeste 30 305 7,61 6 845 625 440,76


MATEMÁTICA

Brasil 398 348 100,00 86 353 816 461,30

Fonte: IBGE, 2010.

47
Primeiro, traça-se uma circunferência de raio qualquer, marcando seu centro. O círculo forma-
do representará o gráfico. O ângulo central corresponde ao arco de uma volta de 360° e equivale
a 100% do que vamos representar. Portanto, podemos definir as medidas dos ângulos centrais de
cada setor que representará uma das regiões do Brasil. Assim, em cada região, temos os ângulos
apresentados a seguir:
• Norte: 5,6% de 360° à 20º
• Nordeste: 29,96% de 360° à 108°
• Sudeste: 41,71% de 360° à 150°
• Sul: 15,12% de 360° à 55°
• Centro-Oeste: 7,61% de 360° à 27°
Agora, traçamos um raio dessa circunferência para indicar onde vamos começar a marcar
os setores e, com o auxílio de um transferidor, assinalamos no círculo construído o ângulo cor-
respondente a cada região. E, por fim, indicamos a legenda de cada setor.

Distribuição dos catadores de material reciclado


Taxa percentual de acordo com a região brasileira (2010)

MRS Editorial
Nordeste: 29,96%
108°
Norte: 5,60%
150°
Centro-Oeste: 7,61%
20°
55° 27° Sul: 15,12%
Sudeste: 41,71%

Fonte: IBGE, 2010.

Agora é sua vez!


1 Uma rede bancária implantou um sistema de controle dos atendimentos no qual os clientes participaram de uma pesquisa sobre
o nível de satisfação em relação ao tempo de espera na fila do caixa. O resultado da pesquisa está apresentado na tabela a seguir.
Complete os dados que faltam na tabela. Em seguida, com base nos dados da tabela, construa um gráfico de setores que
represente a quantidade de pessoas de forma relativa, isto é, em porcentagem.

Nível de satisfação % dos usuários Quantidade de pessoas

Totalmente satisfeito 6% 108

Muito satisfeito 16% 288

Parcialmente satisfeito 21% 378

Insatisfeito 57% 1026

Total 100% 1 800


6%
16%
Totalmente satisfeito
Muito satisfeito

57% Parcialmente satisfeito


21% Insatisfeito

48 CAPÍTULO 3
Anotações

MATEMÁTICA

49
4
Vl
ad
im
ir W
ran
ge
/Sh
utt
ers
CÁLCULO, PROBLEMAS

toc
k
E SÓLIDOS
Professor(a), retome o algoritmo da divisão envolvendo números inteiros e números decimais. Em segui-
da, são apresentados alguns problemas colocando em prática as operações. Vamos tratar sobre arredon-
damento de números decimais, explorando os procedimentos e resolvendo problemas.

Atividade 1 – Divisão com decimais


Neste capítulo, o conjunto de
atividades tem como objetivo
Explorando as ideias desenvolver as seguintes
habilidades:
Você vai rever divisões com números decimais. Para isso, observe atentamente o passo a Problemas Avaliar a
passo em cada um dos casos. envolvendo razoabilidade de
divisão, um resultado
arredondamento numérico na
1º Caso: Divisão não exata entre números inteiros de números construção de
a) Dividendo maior que o divisor b) Dividendo menor que o divisor decimais argumentos
sobre afirmações
Exemplo: Exemplo: quantitativas.
35 4 40 8
− 32 8,75 − 40 0,5 Sólidos
geométricos
Identificar
características
0 de polígonos
30 ou sólidos
− 28 (prismas,
pirâmides,
20 cilindros).

− 20
Relações entre Estabelecer
0 diferentes relações entre
unidades de diferentes
2º Caso: Divisão entre números inteiros e decimais medida (área, unidades
volume). de medida
a) Dividendo inteiro e divisor decimal b) Dividendo decimal e divisor inteiro (comprimento,
massa,
Exemplo: Exemplo: capacidade,
35 0,7 5,2 2 área, volume).

35,0 0,7 5,2 2,0 Gráficos de Identificar


setores informações
apresentadas
350 7 52 20 em tabelas
ou gráficos
− 35 50 − 40 2,6 (de coluna, de
00 120 setores e de
linha).
− 120
0

3º Caso: Divisão entre números decimais


1) Iguale o número de casas decimais (algarismo após a vírgula) do dividendo e do divisor.
2) Elimine a vírgula no dividendo e no divisor e efetue a divisão dos números inteiros
obtidos.
Exemplo:
2,5 0,05

2,50 0,05

250 5
− 25 50
00

50
Agora é sua vez!
1 Calcule em seu caderno o quociente de cada divisão.
a) 1,4 : 0,05 a) 28; b) 400; c) 2,56; d) 0,146.
b) 6 : 0,015
c) 4,096 : 1,6
d) 0,73 : 5

2 Doze amigos foram a um restaurante e gastaram R$ 1 180,00. Essa conta foi dividida igualmente entre os amigos. Quanto
cada um deles pagou? Estime o resultado antes de realizar os cálculos.
Espera-se que os estudantes façam 1 200 : 12 = 100 reais por estimativa.
Gabarito: R$ 98,40

3 Uma pequena caminhonete consegue transportar, no máximo, 705 quilogramas. Quantas viagens, no mínimo, o motorista
terá de realizar para transportar 74 812,5 quilogramas de produtos?
74 812,5
é aproximadamente 106,1, então são necessárias, no mínimo, 107 viagens.
75

Explorando as ideias
Em muitas situações do dia a dia, precisamos fazer cálculos mentais rápidos sem muita
precisão.
Para isso, em muitos casos podemos arredondar os resultados. Quando estamos traba-
lhando com pequenos valores monetários, podemos arredondar o valor decimal para o valor
inteiro mais próximo.
Vamos conhecer o procedimento usado no arredondamento de números decimais.
Antes de iniciar o arredondamento, precisamos determinar a casa decimal para a qual
desejamos arredondar o número (geralmente essa informação é fornecida na descrição
de um problema). Como exemplo, vamos arredondar o número 573,9468 para o milésimo
mais próximo.
Primeiro, identificamos a casa dos milésimos; contando a partir da vírgula, as casas à direi-
ta representam décimos, centésimos, milésimos e décimos de milésimo. Portanto, o número
6 (573,9468) é o que procuramos.
Agora, localizamos a casa decimal à direita daquela para a qual vamos arredondar. É com
base nesse algarismo que decidiremos se o número será arredondando para cima (“para mais”)
ou para baixo (“para menos”), segundo estas regras:
• Se o número for maior ou igual a 5 (cinco), arredonde para cima.
• Se o número for menor do que 5 (cinco), deixe a casa decimal como está e elimine os
algarismos depois dela.

Como o próximo algarismo à direita do 6, os décimos de milésimos, é o 8, e 8 ≥ 5, então


devemos aumentar 1 unidade no algarismo 6 (casa dos milésimos).
Logo, 573,9468 @ 573,947. (O símbolo @ significa “aproximadamente igual”.)
Exemplos:
a) Arredonde o número 23,17 para o décimo mais próximo. Como vamos excluir o 7 e
7 ≥ 5, devemos acrescentar 1 ao aos décimos. A aproximação é 23,2.
MATEMÁTICA

b) Arredonde o número 640,2 para o inteiro mais próximo. Como vamos excluir o 2
e 2 < 5, os inteiros permanecem iguais. A aproximação é 640.

51
Agora é sua vez!
1 Escreva a medida 44,556 metros obtida pelas seguintes réguas:
I. Régua de engenheiro com duas casas decimais de precisão.
44,56
II. Régua escolar com uma casa decimal.
44,6
III. Régua sem casas decimais.
45

2 A massa de um jogador de tênis foi medida por uma balança como 79,574 kg. Quais seriam os valores que uma balança que
indica apenas uma casa decimal e uma balança que não indica nenhuma casa decimal mostrariam?
Com uma casa decimal: 79,6 kg; sem casas decimais: 80 kg.

Explorando ideias
Vamos resolver problemas aplicando as operações envolvendo números decimais.
Exemplo:
Para ir trabalhar, Lucas percorre 1,08 quilômetro a pé e 15,67 quilômetros de ônibus.
a) Faça uma estimativa de quantos quilômetros Lucas percorre em sua ida para o trabalho.
b) Determine quantos quilômetros Lucas de fato percorre.
1o) Identifique o comando da questão: Estimar e calcular a distância percorrida por Lucas.
2o) Estime o resultado da questão: arredonde 1,08 e 15,67 para o inteiro mais próximo e efetue
a soma simplificada: 1 + 16 = 17.
3o) Calcule a soma 1,08 km + 15,67 km = (1 + 15) + (0,0 + 0,6) + (0,08 + 0,07) =
16 + 0,6 + 0,15 = 16,75 km.

Agora é sua vez!


1 Resolva as operações a seguir. Use o arredondamento para estimar as operações, depois resolva as expressões e compare os
resultados.
Operação Estimativa Resolução
17,3 + 3,7 = 17 + 4 = 21 17,3 + 3,7 = 21
8,67 – 5,93 = 9–6=3 8,67 – 5,93 = 2,74
2,82 + 0,47 = 3+0=3 2,82 + 0,47 = 3,27
33,97 – 16, 75 = 34 – 17 = 17 33,97 – 16,75 = 17,22
0,8 + 0,93 = 1+1=2 0,8 + 0,93 = 1,73
0,948 – 0,378 = 1 – 0,4 = 0,6 0,948 – 0,378 = 0,57

2 Carolina comprou três produtos cujos preços são R$ 18,35, R$ 7,89 e R$ 59,90 e pagou com duas notas de R$ 50,00. Estime
o valor do troco que Carolina deverá receber. Verifique se você fez uma boa estimativa.
Estimativa: A soma dos valores arredondados é 18 + 8 + 60 = 86.
Troco: 2 × 50 – 86 = 14
Verificação: 18,35 + 7,89 + 59,90 = 86,14
86,14 é próximo de 86 e 100 - 86,14 = 13,86 é próximo de 14 (troco).

3 Calcule o resultado da expressão numérica 41,32 + 56,4 − 81,932 + 5. Antes de efetuar os cálculos, faça uma estimativa.
Estimativa: 41 + 56 – 82 + 5 = 97 – 82 + 5 = 15 + 5 = 20
Resolução: 41,31 + 56,4 – 81,932 + 5 = 20,778

52 CAPÍTULO 4
Professor(a), apresente as características dos sólidos geométricos, identificando seus elementos.

Atividade 2 – Sólidos geométricos


Um poliedro convexo cujas faces laterais são triângulos e a base é um polígono qualquer é
chamado de pirâmide. O vértice é dado pelo ponto em comum das faces laterais. Note que o
vértice está fora do plano que contém a base. Observe os elementos das pirâmides na imagem
a seguir.

V
V
Vértice

Face lateral

Aresta Base Aresta

Pirâmide quadrangular Pirâmide hexagonal


A classificação de uma pirâmide é dada quanto aos lados
do polígono convexo que constitui sua base.

• O número de faces e de vértices de uma pirâmide é igual ao número de lados de sua base
adicionado de uma unidade.
• O número de arestas de uma pirâmide é igual ao dobro do número de lados de sua base.
• Quando a projeção do vértice da pirâmide não coincide com o centro do polígono da base,
dizemos que a pirâmide é oblíqua; caso contrário, ela é reta.

V V

Pirâmide reta Pirâmide oblíqua


A projeção do vértice coincide A projeção do vértice não coincide
com o centro do polígono da base. com o centro do polígono da base.

Agora é sua vez!


1 A figura a seguir é a representação de um tetraedro regular, que é uma pirâmide na qual todas as faces são triângulos
equiláteros.
D
Nesse tetraedro, identifique:
a) as faces;
Triângulos ABC, BCD, ACD e ABD.
b) os vértices;
A, B, C e D.
c) as arestas.
AB, BC, AC, AD, CD e BD.

C
MRS Editorial

MATEMÁTICA

A B

53
Explorando ideias
Cilindro
O cilindro possui duas faces planas circulares e congruentes, denominadas bases, e uma
superfície lateral curva (não plana). Uma lata de tinta, um tambor ou um copo lembram o
formato de um cilindro.
Veja abaixo alguns elementos do cilindro e sua planificação.

Base

Bases Superfície lateral

Ilustrações: MRS Editorial


Superfície
lateral
Base

Cilindro reto Planificação de um cilindro reto

Como ocorre com os prismas, podemos ter cilindros retos ou oblíquos, sendo isso determi-
nado pela inclinação do eixo central, segmento que une os dois centros dos círculos.

r r

eixo h eixo h

r r
Cilindro reto Cilindro oblíquo

A planificação do cilindro reto é formada por dois círculos e um retângulo. Já no cilindro


oblíquo, ela é formada por dois círculos e um paralelogramo.

Cone
O cone possui uma face plana circular, denominada de base, e uma superfície lateral curva
não plana. O chapéu de aniversário, o funil e uma casquinha de sorvete lembram o formato de
um cone.
Veja abaixo os elementos do cone e sua planificação.

Vértice

Superfície
lateral

Base

Cone Planificação de um cone

54 CAPÍTULO 4
O cone pode ser classificado em cone reto ou cone oblíquo, de acordo com a inclinação
do eixo central. Esse eixo é determinado pelo segmento que une o centro do círculo ao vértice
do solo.
V
V

g g
g

R R
O O

Cone oblíquo Cone reto

Esfera
A esfera é um corpo redondo em toda sua extensão, ou seja, não possui partes planas.
A laranja, uma bola e o globo ocular lembram o formato de uma esfera. Note que, como ela não
possui faces, não é possível fazer sua planificação.

Agora é sua vez!


1 Classifique os sólidos a seguir em prismas, pirâmides ou corpos redondos.

Corpo redondo Pirâmide Prisma


MATEMÁTICA

55
Prisma Pirâmide Corpo redondo

Corpo redondo Pirâmide Prisma

2 Aponte duas semelhanças e duas diferenças entre um cilindro e um cone.


Semelhanças: são corpos redondos; suas bases são circulares. Diferenças: o cilindro tem duas bases, e o cone, apenas uma; o cone
possui um vértice, e o cilindro não possui nenhum.

3 Identifique as faces, as arestas e os vértices nos poliedros seguintes.


a) c)
c) Faces: ABCDEF, GHIJKL,
H a) Faces: ABCDEFG, ABH, BCH, J I ABGL, BCHG, CDIH, DEJI,
CDH, DEH, EFH FGH e AGH. EFKJ, AFKL.
Vértices: A, B, C, D, E, F, G e H. K H Vértices: A, B, C, D, E, F, G,
Arestas: AB, BC, CD, DE, EF, FG, L H, I, J, K, L.
AG, AH, BH, CH, DH, EH, FH e GH. G Arestas: AB, BC, CD, DE,
EF, FA, GH, HI, IJ, JK, KL,
A G E D
F E LG, AL, BG, CH, DI, EJ, FK.

F C
B C D

A B
b) d)
J H F
b) Faces: d) Faces:ABCDE, ABF, BCF, CDF,
ABCDE, FGHIJ, ABGF, BCHG, CDIH, DEJI DEF e AEF.
F G e AEJF. Vértices: A, B, C, D, E e F.
Vértices: A, B, C, D, E, F, G, H, I e J. Arestas: AB, BC, CD, DE, AE, AF,
Arestas: BF, CF, DF e EF.
D AB, BC, CD, DE, FG, AE, GH, HI, IJ, FJ, AF,
BG, CH, DI e EJ.
E C A D
E

A B
B C

56 CAPÍTULO 4
Professor(a), vamos retomar as unidades de medidas e as conversões, tratando das medidas de área e de volume.

Atividade 3 – Relações entre diferentes unidades


de medida
Explorando as ideias
Medidas de área
A área é a grandeza que mede a extensão de uma superfície. Basicamente, o cálculo de
uma área resulta do cálculo do produto de dois comprimentos.
Exemplos:
a) A área A de um terreno plano em formato retangular cujos lados medem 20 m e 30 m é
o produto das medidas desses lados, ou seja, A 5 20 m ? 30 m 5 600 m2.
b) A área A de uma praça de formato circular cujo raio mede 25 m é o produto de p pelo
quadrado da medida do raio, ou seja, A 5 p ? (25 m)2 à 3,14 ? 25 m ? 25 m 5 1 962,5 m2.
Assim, a unidade básica de medida de área é o metro quadrado (símbolo: m2). O metro
quadrado corresponde à área de um quadrado cujo lado mede 1 metro.
MRS Editorial

1m

Quadrado cujo lado mede 1 m


1m Área 5 1 m2

Mudanças de unidades de área


A área de um quadrado de 1 m de lado é 1 m2.
1m

1m 1 m2

Note que a área de um quadrado cuja medida do lado é 1 dam é igual à área de 100 qua-
drados de lado 1 m. Dessa maneira, temos que 1 dam2 = 100 m2.
1m
1m

1 dam2
1 dam

1 dam
MATEMÁTICA

Da mesma maneira, podemos dizer que a área de um quadrado de 1 dam de lado é igual a
1 dam2. Como 1 dam é igual a 10 m, temos:

57
Ao repetirmos esse processo para os outros múltiplos e submúltiplos do metro, obtemos as
relações do quadro a seguir:
Quadro de unidades de medida de área

Unidade-
Múltiplos Submúltiplos
-padrão

Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro


quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado
(km2) (hm2) (dam2) (m2) (dm2) (cm2) (mm2)

1 000 000 m2 10 000 m2 100 m2 1 m2 0,01 m2 0,0001 m2 0,000001 m2

Para facilitar essa conversão, podemos utilizar o quadro de unidades, como feito
nas unidades de comprimento, porém multiplicando ou dividindo por 100.

3100 3100 3100 3100 3100 3100

km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2

4100 4100 4100 4100 4100 4100

Exemplos:
a) Converter 45 dam2 para centímetro quadrado.
Escrevendo as unidades de área em ordem, da maior para a menor, temos o esquema a
seguir:
dam2 m2 dm2 cm2

3 unidades para a direita

Logo, devemos deslocar a vírgula 6 casas (2 ? 3 5 6) para a direita (multiplicar por 106):
45 dam2 5 45 ? 106 cm2 5 45 000 000 cm2

Agora é sua vez!


1 Transforme:
a) 0,00136 hm2 em m2; 0,00136 hm2 = (0,00136 ⋅ 10 000) m2 = 13,6 m2
b) 165 000 000 cm em km2;
2
165 000 000 cm2 = (165 000 000 : 10 000 000 000) km2 = 0,0165 km2
c) 1 600 m2 em km2. 1 600 m2 = (1 600 : 1 000 000) km2 = 0,0016 km2

2 Uma empresa vai plantar grama em uma parte de uma propriedade. Para tal serviço, são cobrados R$ 6,75 a cada metro
quadrado de área plantada.
Quanto será cobrado pela plantação dessa grama, em um terreno cuja área é de 0,36 hm2?
0,36 hm2 = (0,36 ⋅ 10 000) m2 = 3 600 m2
Como serão cobrados R$ 6,75 por metro quadrado, o preço por esse serviço será de 6,75 ∙ 3 600 = R$ 24.300,00.

58 CAPÍTULO 4
Explorando as ideias
Medidas de volume
O volume é a grandeza que mede o espaço ocupado por um corpo ou uma substância. Ba-
sicamente, a determinação de um volume envolve o cálculo do produto de três comprimentos,
ou do produto de uma área por um comprimento.

Exemplo:
O volume V de um tijolo maciço em formato de bloco retangular de dimensões 20 cm,
10 cm e 6 cm é o produto das três dimensões, isto é, V 5 20 cm ? 10 cm ? 6 cm 5 1 200 cm3.
A unidade básica de medida de volume é o metro cúbico (símbolo: m3). O metro cúbico
corresponde ao volume de um cubo cuja aresta mede 1 m.

1m
MRS Editorial

1m Cubo cuja aresta mede 1 m


Volume 5 1 m3
1m

Mudanças de unidade
As unidades mais utilizadas, além do metro cúbico, são o decímetro cúbico e o centímetro
cúbico. Observe como é a equivalência entre as unidades de medida de colume

Quadro de unidades de medida de volume

Unidade-
Múltiplos Submúltiplos
-padrão

Hectômetro Decâmetro Decímetro Centímetro Milímetro


Quilômetro Metro cúbico
cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico
cúbico (km3) (m3)
(hm3) (dam3) (dm3) (cm3) (mm3)

1 000 000 000 m3 1 000 000 m3 1000 m3 1 m3 0,001 m3 0,000001 m3 0,000000001 m3

Para facilitar essa conversão, podemos utilizar o quadro de unidades, como é feito nas uni-
dades de comprimento e de área, porém multiplicando ou dividindo por 1 000.

31000 31000 31000 31000 31000 31000

km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3

41000 41000 41000 41000 41000 41000


Exemplo:
Converter 3 400 dm3 para hectômetro cúbico.

hm3 dam3 m3 dm3

3 unidades para a esquerda


MATEMÁTICA

3 400
3 400 dm³ = = 0,0000034 hm³.
1 000 000 000

59
Agora é sua vez!
1 Faça operações entre volumes a seguir, dando a resposta final em m3.
a) 0,0087 dam3 + 0,000012 km3 – 0,0008 hm3
Transformando todos os valores para m3, temos:
(8,7 + 1 200 – 800) m3 = 408,7 m3

b) 125 200 cm3 + 10 080 dm3 – 13 450 000 mm3


Transformando todos os valores para m3, temos:
(0,1252 + 10,080 – 0,01345) m3 = 10,19175 m3

c) 0,000000015 km3 – 15 000 000 000 mm3


Transformando todos os valores para m3, temos:
(15 – 15) m3 = 0 m3

2 Uma piscina tem a forma de um bolo retangular, de 25 metros de comprimento, 8,4 metros de largura e 1,6 metro de
profundidade.
Um caminhão pipa com a capacidade para 0,0084 dam3 de àgua será usado para encher completamente essa piscina.
Qual é a quantidade mínima de viagens que esse caminhão terá de fazer para cumprir essa demanda?
O volume da piscina é de (25 ? 8,4 ? 1,6) m3 = 336 m3.
O volume máximo de àgua que o caminhão suporta é de 0,0084 dam3 = 8,4 m3
366
A quantidade mínina de viagens é dada por: 8,4 = 40.

Portanto, esse caminhão fará, no mínimo, 40 viagens para encher essa piscina.

Professor(a), explore os elementos dos gráficos de setores, e como são construídos os setores para divulgação de dados
após realizada uma pesquisa. Explore a leitura e a interpretação dos dados.

Atividade 4 – Gráfico de setores circular


Explorando as ideias
Gráfico de setores circular
O gráfico de setores circular também é conhecido como gráfico de pizza. São utilizados
para analisar partes com base em um todo, segundo o conceito de proporcionalidade. Para
entender seus dados, basta verificar a legenda de cores utilizada para cada setor e verificar a
porcentagem contida. Com isso, conseguimos ver facilmente quanto representa cada dado.
No gráfico abaixo, note que a distribuição de homens e mulheres em nosso país está muito
parecida.

Porcentagem da população, por sexo


(Brasil - 2018)

Homens Mulheres
48,3% 51,7%

IBGE. PNAD, 2018

60 CAPÍTULO 4
Cada setor é delimitado por dois raios do círculo e pelo arco com extremidades nesses dois
raios. O texto acima do gráfico é o título, que indica o tema que foi pesquisado. Quando há
muitos setores, é recomendado o uso de legendas.
O gráfico de setores fornece de forma simples e direta muitos detalhes dos dados referen-
tes à pesquisa realizada.

Agora é sua vez!


1 (Ufal) O gráfico apresenta a forma como se deu a substituição de 32 pneus dos automóveis de uma empresa.

30% Não foi trocado nenhum pneu

Ilustrações: MRS Editorial


50% Trocado apenas 1 par de pneus
Trocados os 2 pares de pneus
20%

Quantos veículos tem essa empresa?


a) ( )8
b) ( ) 10
c) ( ) 16
X
d) ( ) 20
e) ( ) 32
2 (Fadesp-SP) Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município de Abaetetuba possuía, no ano de
2015, aproximadamente, 40 000 alunos matriculados em três níveis de ensino, conforme dados apresentados no gráfico 1.
Quando se observa apenas os alunos matriculados no ensino médio, no gráfico 2, verifica-se que estes alunos estão matri-
culados em três tipos de escola: privada, pública estadual ou pública federal.

Gráfico 1 – Matrícula dos alunos Gráfico 2 – Matrícula dos alunos


por nível de ensino do Ensino Médio por tipo de escola

Ilustrações: MRSEditorial
Ensino Médio Escola Pública
18% Federal; 5%

Escola
Privada; 6%
Ensino Ensino
Fundamental Pré-escolar
69% Escola Pública
13%
Estadual; 89%

Fonte: <https://bit.ly/2tRP4KM>. Acesso em: 1o jul. 2018 (adaptado). Fonte: <https://bit.ly/2tRP4KM>. Acesso em: 1o jul. 2018 (adaptado).

Com base na análise dos gráficos 1 e 2, qual é o número aproximado de alunos do ensino médio matriculados em escolas
privadas?
432
MATEMÁTICA

61
Prepara Saeb
1. A tabela a seguir mostra o resultado de uma pesquisa realizada com todos os estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental de
uma escola sobre o esporte favorito deles:

Esporte Preferência
Basquete 36
Futebol 72
Natação 27
Voleibol 45
Dados elaborados para fins didáticos

H 22 – Identificar informações apre-


sentadas em tabelas ou gráficos
Com base nos dados apresentados, é possível afirmar que: (de coluna, de setores e de linha).
a) o esporte preferido entre os alunos é o basquete.
b) há mais alunos que gostam de basquete do que de voleibol.
c) natação é o esporte menos preferido.
d) futebol tem menor preferência do que voleibol.
e) basquete supera futebol em preferência.
Letra C
2. Em uma loja, o preço de uma calça é o triplo do preço de uma blusa. As duas peças juntas custam R$ 120,00. O preço da blusa é
a) R$ 30,00. Letra A H3 – Resolver situação-problema
120 : 4 = 30 – (triplo do preço de uma blusa mais uma parte com números naturais, inteiros
b) R$ 40,00. racionais ou reais envolvendo signi-
da blusa; portanto, divide-se o valor total por 4)
ficados da adição, subtração, multi-
c) R$ 60,00. Preço da calça: 3 × 30 = 90 reais. plicação ou divisão, potenciação ou
d) R$ 80,00. Preço da blusa: 30 reais. radiciação.

3. O mapa a seguir mostra a parte sul do continente africano.


A escala do mapa é 1: 29 500 000. Observe que há uma estrada de ferro ligando a Cidade do Cabo a Porto Elizabete, na Repú-
H11 – Aplicar a noção
de escalas na leitura de
plantas ou mapas.

Geoatlas, Editora Ática, 2010, p. 57

blica da África do Sul. No mapa, essa estrada tem 2,4 cm.


O comprimento real dessa estrada de ferro, em quilômetros, é:
a) 738.
b) 708.
c) 720.
d) 847.
Letra B

62 CAPÍTULO 4
Prepara Saeb
4. O texto a seguir trata da exploração de petróleo na camada do pré-sal no Brasil H 22 – Identificar informações apre-
sentadas em tabelas ou gráficos
(de coluna, de setores e de linha).
O tamanho do desafio
Chegar ao pré-sal foi difícil, mas o desafio mesmo está em tirar de lá o petróleo e o gás que farão do Brasil o sexto maior de-
tentor de reservas. Os estudos já disponíveis mostram que serão necessários 600 bilhões de dólares para extrair a maior parte do
petróleo que se suspeita existir na ultra profundidade.

O gráfico a seguir apresenta a distração percentual desse recurso


Equipamentos
submarinos
Outros 8%
17%

Instalações
submarinas
Plataformas
30%
21%

Pesquisas
sismicas
Perfuração
3%
21%
VEJA, 03 set. 2008

De acordo com o texto e o gráfico, os gastos em perfuração na exploração do petróleo na camada do pré-sal brasileira serão,
em bilhões de dólares, de aproximadamente
a) 112.
b) 120.
c) 126.
d) 132.
e) 140.
Letra C

5. Observe a situação a seguir, em que existem duas retas paralelas, denotadas por r e s, e uma terceira reta chamada de t, que é
transversal às retas r e s. Descritor: H 8 - Resolver situação-problema
que envolva noções geométricas (ângulo,
paralelismo, perpendicularismo).
t

2k + 3º
p

k
r

s
O valor de p é:
a) 125°
b) 121°
c) 118°
d) 59°
MATEMÁTICA

e) 61°
Letra B

63
Prepara Saeb
H7 - Identificar características de polígonos ou sólidos (prismas, pirâmides, cilindros).
6. Observe as seguintes figuras.
C
A B
D

Comparando-se as figuras, pode-se afirmar que


a) ( ) as figuras B e C possuem uma base circular.
X
b) ( ) as figuras B e D possuem uma base quadrangular.
c) ( ) as figuras B e D possuem o mesmo número de arestas.
d) ( ) as figuras A e D possuem o mesmo número de vértices.
H10 - Estabelecer relações entre diferentes unidades de medida (comprimento, massa, capacidade, área, volume).
7. O vinho produzido por um pequeno vinicultor brasileiro preenche completamente um tanque em forma de paralelepípedo
retângulo com dimensões internas de 0,8 m de comprimento, 0,6 m de largura e 1m de altura, conforme mostra a figura.
Todo esse vinho deverá ser acondicionado em garrafas contendo 750 mililitros cada uma. Quantas dessas garrafas cheias de
vinho o vinicultor obterá?
a) ( ) 360
X 0,8 x 0,6 x 1 = 0,48 x 1000 = Lembretes:
b) ( ) 640 480 litros = 480 000 mililitros : 750 =
c) ( ) 3 600 = 640 1m Volume do paralelepípedo =
d) ( ) 6 400 = comprimento x largura x altura
e) ( ) 64 000
1 m3 equivale a 1 000 litros
0,6 m
0,8 m

H22 - Identificar informações apresentadas em tabelas ou gráficos (de coluna, de setores e de linha).
8. Existem hoje, no Brasil, cerca de 2 milhões de pessoas que sofrem de epilepsia. Há diversos meios de tratamento para a doença,
como indicado no gráfico:
A doença em números
2 milhões de brasileiros sofrem de epilepsia

Só encontram remissão com a Não conseguem se livrar das crises -


implantação de eletrodos no os tratamentos disponíveis apenas
cérebro, de modo a normalizar os minimizam os sintomas da doença
impulsos elétricos entre os neurônios 9%
6%

Curam-se graças à cirurgia Conseguem se recuperar com


para a retirada da porção o uso de medicamentos
doente do cérebro 70%
15%

Veja, São Paulo, 18 abr. 2010 (adaptado).

Considere um estado do Brasil, onde 400 000 pessoas sofrem de epilepsia. Nesse caso, o número de pessoas que conseguem
se recuperar com o uso de medicamentos, ou se curar a partir da cirurgia para retirada da porção doente do cérebro, é aproxi-
madamente
X O resultado pedido é dado por
a) ( ) 42 000 c) ( ) 220 000 e) ( ) 340 000 (0,7 ? 0,15) ? 400000 = 340.000
b) ( ) 60 000 d) ( ) 280 000

64 CAPÍTULO 4
Prepara Saeb
H22 - Identificar informações apresentadas em tabelas ou gráficos (de coluna, de setores e de linha).
9. Observe o gráfico a seguir e marque a alternativa em que o valor do ângulo, em graus, mais se aproxima do valor do ângulo
central do setor correspondente à empresa GM.
Distribuição percentual das vendas de carro em 1997
no mercado interno por empresa

outros
Importados 2%
4% VW
Ford 30%
14%

Fiat
29%
GM
21%

Disponível em : http://www.lugli.com.br/2008/02/grafico-de-setores-pizza/.
Acesso em: 21 out. 2011

a) ( ) 36.
b) ( ) 39.
c) ( ) 72.
d) ( ) 75.
X
e) ( ) 76
H4 - Problemas envolvendo divisão, arredondamento de números decimais
10. Pedro efetuou a divisão entre números decimais a seguir. Ficou encabulado e se perguntando: como poderia o quociente ser
maior que o dividendo?
3 0,75 300 0,75
– 300 4
0
Dessa forma, seus colegas Bruno, Joaquim e Mateus sugeriram algumas explicações para tal resultado.

Bruno: Nesse caso, isso ocorreu porque o divisor é um número entre zero e um.
Joaquim: O quociente igual a 4 indica quantas vezes o divisor 0,75 cabe dentro do dividendo 3.
Mateus: Isso sempre ocorrerá quando o divisor for um número decimal.

Diante das explicações fornecidas, pode-se afirmar que está(ão) correto(s) somente
a) ( ) Bruno.
b) ( ) Joaquim.
X
c) ( ) Bruno e Joaquim.
d) ( ) Bruno e Mateus.
e) ( ) Joaquim e Mateus.
MATEMÁTICA

65
Anotações

66 CAPÍTULO 4
5
NOTAÇÃO CIENTÍFICA,
SÓLIDOS GEOMÉTRICOS,
ESCALAS E GRÁFICOS

Atividade 1 – Notação científica


Neste capítulo, o conjunto de ativida-
des tem como objetivo desenvolver
Explorando as ideias as seguintes habilidades:

Leia o texto a seguir. Avaliar propostas


de intervenção na
Notação
realidade utilizan- H5
científica

Fernando Cortes/Shutterstock
Fibras ópticas, simplificadamente, são do conhecimentos
fios que conduzem a potência luminosa numéricos.
injetada pelo emissor de luz, até o foto- Identificar carac-
Sólidos geo-
detector. São estruturas transparentes, terísticas de polí-
métricos:
gonos ou sólidos H7
flexíveis, geralmente compostas de dois relação de
(prismas, pirâmi-
Euler
materiais dielétricos, tendo dimensões des, cilindros).
próximas a de um fio de cabelo humano. Escalas Aplicar a noção
Há uma região central na fibra óptica, associadas de escalas na
H11
a áreas e leitura de plantas
por onde a luz passa, que é chamada de volumes ou mapas.
Fibra óptica.
núcleo. O núcleo pode ser composto de
Identificar infor-
um fio de vidro especial ou polímero que pode ter apenas 125 mm de diâmetro nas fibras Gráficos de mações apresen-
mais comuns e dimensões ainda menores em fibras mais sofisticadas. colunas, tadas em tabelas
H22
linhas e ou gráficos (de co-
Fonte: Fibras ópticas: conceito e composição. Disponível em: www.gta.ufrj.br/grad/08_1/ setores lunas, de setores e
de linhas).
wdm1/Fibraspticas-ConceitoseComposio.html. Acesso em: 30 jun. 2023.

O prefixo “micro” (µ) é padronizado como em relação à potência de 10, representando a


1
fração ou 1026 unidades. Assim, podemos escrever:
1 000 000

1mm 5 1 ? 1026 m

A maneira que escrevemos o último membro da igualdade é chamada notação científica.


Ela é usada para indicar números muito pequenos, como a medida do diâmetro do átomo de
hidrogênio, que é de, aproximadamente, 1,1 ? 10210 m, até os muito grandes, como a medida
do diâmetro da nossa galáxia, que é cerca de 9,5 ? 1020 m. Além disso, permite-nos operar mais
facilmente com esses números, graças às propriedades da potenciação que aprendemos.
A notação científica é padronizada na forma de produto entre um coeficiente numérico a
escrito na forma decimal finita e uma potência de 10 com um expoente inteiro n, chamado de
ordem de grandeza. Podemos indicar a notação científica por:

n ïìa Τ , 1 £ a <10
a × 10 , com í
îïn ΢

Para transformar um número para sua forma em notação científica, basta obter seu coefi-
ciente numérico e sua correspondente ordem de grandeza. Para obter seu coeficiente, numéri-
co basta deslocar a vírgula quantas casas forem necessárias até que se tenha um e apenas um
algarismo significativo (diferente de 0) à esquerda da vírgula. Contando quantas casas tivemos
de deslocar a vírgula, obtemos a ordem de grandeza do número, que será positiva se desloca-
MATEMÁTICA

mos a vírgula para a esquerda e negativa se deslocamos a vírgula para direita. Vamos ver isso
nos exercícios resolvidos da seção a seguir.

67
Exemplos:
1) Transforme a medida 12 742 017 m em notação científica.
Resolução:
12 742 017
7 casas

Vamos deslocar a vírgula sete casas para a esquerda, obtendo o coeficiente numérico 1,2742017 e a ordem de grandeza
positiva 7: 12 742 017 m 5 1,2742017 ? 107 m.
2) Transforme a medida 0,0000014 m2 em notação científica.
Resolução:
0,0000014
6 casas

Vamos deslocar a vírgula seis casas para a direita, obtendo o coeficiente numérico 1,4 e a ordem de grandeza negativa 6:
0,0000014 m2 5 1,4 ? 1026 m2.
3) Frederico diz que mede “um metro e noventa” de altura. Expresse essa medida em notação científica.
Resolução:
Coloquialmente, “um metro e noventa” significa uma medida de 1 m e 90 cm, ou seja, 1,9 m. Como não precisamos deslocar a
vírgula, o coeficiente numérico é o próprio número inalterado e a ordem de grandeza é zero. Portanto, 1,9 m 5 1,9 ? 100 m.

Agora é sua vez!


Escreva os números a seguir em notação científica.
a) 7 491 km d) 299 792 458 m/s
7,491 ? 10 km ou 7,491 ? 10 m
3 6
2,99792458 ? 108 m/s

b) 93 bilhões de anos-luz e) 0,0000000000667430


9,3 ? 10 anos-luz
10
6,67430 ? 10211

c) 2273,2 °C
22,732 ? 102 °C

Explorando as ideias
Operações com números em notação científica
Uma das motivações do uso da notação científica é simplificar as operações envolvendo números muito grandes ou muito
pequenos e utilizando as propriedades das potências e dos polinômios, além de informações sobre sua ordem de grandeza.

Adição e subtração
Para adicionar ou subtrair números em notação científica, basta escrevê-los em relação à maior ordem de grandeza entre eles
e somar ou subtrair os algarismos significativos um a um. Observe os exemplos a seguir:
1) 1,81 ? 103 1 4,67 ? 103 5 (1,81 1 4,67) ? 103 5 6,58 ? 103
fator fator
comum comum
2) Para adicionar a massa de um próton, 1,6726 ? 10227 kg, à massa de um elétron, 9,1093 ? 10231 kg, precisamos igualar a ordem
de grandeza das duas massas. Assim:
• 1,6726 ? 10227 kg ñ 1,67260000 ? 10227 kg
• 9,1093 ? 10231 kg ñ 0,00091093 ? 10227 kg
Portanto, a soma das massas é:
1,67260000 ? 10227 kg 1 0,00091093 ? 10227 kg 5 1,67351093 ? 10227 kg
3) Como a ordem de grandeza é a mesma, podemos subtrair a massa de um nêutron, 1,6749 ? 10227 kg, da massa de um próton,
1,6726 ? 10227 kg. Assim:
1,6749 ? 10227 kg 2 1,6726 ? 10227 kg 5 0,0023 ? 10227 kg.
Observe que, no caso em que o coeficiente está fora do intervalo permitido para notação científica (1 , α < 10), devemos
reescrever o número como descrito no início da seção. Portanto, em notação científica, a diferença dessas massas é 2,3 ? 10230 kg.

68 CAPÍTULO 5
Multiplicação e divisão
Para multiplicar ou para dividir números em notação científica, basta multiplicar ou dividir
os coeficientes e adicionar ou subtrair as ordens de grandeza, respectivamente. Observe o mé-
todo nos exemplos a seguir:
1) (5,00 ? 10103) ? (3,07 ? 10107) 5 (5,00 ? 3,07) ? (10103 ? 10107) 5 15,35 ? 10(103 1 107) 5
5 15,35 ? 10210 5 1,535 ? 10211
2) Podemos calcular quantas vezes a massa do Sol é maior que a da Terra:
Sabendo que a massa do Sol é 1,99 ? 1030 kg e que a da Terra é 5,97 ? 1024 kg, temos:
1,99 ? 1030 1,99 1030 1
5 ? 5 ? 1030 2 24 5 0,333... ? 106 ã 3,33 ? 105
5,97 ? 1024 5,97 1024 3
Dessa maneira, podemos concluir que a massa do Sol é cerca de 333 mil vezes maior que
a da Terra.
3) Se uma estrela tem três vezes a massa do Sol e sabemos que a massa do Sol é 1,99 ? 1030 kg,
podemos determinar a massa dessa estrela, fazendo o seguinte cálculo: 3 ? 1,99 ? 1030 5
5 5,97 ? 1030 kg
Note que o desenvolvimento anterior é equivalente a: 3 ? 100 ? 1,99 ? 1030 5 (3 ? 1,99) ? 10(30 2 0) 5
5 5,97 ? 1030 kg.

Potenciação e radiciação
Para efetuar a potenciação ou a radiciação de um número em notação científica, basta efe-
tuar a potenciação ou a radiciação do coeficiente e multiplicar ou dividir a ordem de grandeza
pelo índice da operação, respectivamente. Acompanhe o exemplo resolvido a seguir.
Sabendo que o volume da Lua equivale a cerca de 2,197 ? 1019 m3, qual seria o tamanho, em
metros, da aresta de um cubo com volume idêntico a esse?
Resolução:
Sabemos que a aresta do cubo é dada por: aresta 5 3 V . Assim: aresta 5 3 2,197 ? 1019 5
19
? 5 3 2,197 ? 3 1019 5 1,3 ? 10 3
Como na notação científica o expoente da potência de 10 deve ser um número intei-
ro, precisamos decompor o expoente encontrado em suas partes inteiras e não inteiras:
19 1 18 1 18
?
1,3 ? 10 3 5 1,3 ? 10 3 3 5 1,3 ? 10 3 ? 10 3 5 1,3 ? 3 10 ? 10 6 .
Com o auxílio de uma calculadora, podemos fazer a aproximação: 1,3 ? 3 10 ã 2,8
Logo, o cubo com volume igual ao do Lua teria uma aresta de cerca de 2,8 ? 106 m, ou
2 800 km.

Agora é sua vez!


1 Um diamante é um cristal formado por minúsculas células cúbicas de carbono que se repetem ao longo de sua estrutura.
Sabendo que cada aresta dessa célula mede cerca de 3,6 ? 10210 metros, qual é o volume aproximado dessa célula?
Sabemos que o volume do cubo é dado por: V 5 aresta3. Assim: Vcélula 5 (3,6)3 ? (10210)3 m3 5 46,656 ? 10230 m3 5 4,6656 ? 10229 m3

2 Suponha que, para fazer a transposição de um rio, o maquinário transporte 100 litros de água cada 30 segundos. Se o volume
desse rio é 1,332 ? 109 litros de água, quantas horas o maquinário demoraria para fazer a transposição da água?
100 L 10 10
5 L/s 5 60 ? 60 ? L/h 5 1,2 ? 103 L/h
30 s 3 3
Dividindo o volume do rio pela velocidade da máquina, temos:
1,332 ? 109 L
5 1,11 ? 107 horas
1,2 ? 102 L/h
MATEMÁTICA

69
Professor(a), nesta atividade, você irá
Atividade 2 – Relação de Euler para poliedros explorar com seus alunos a relação
entre as quantidades de arestas,
faces e vértices de um poliedro.
Explorando as ideias

Relação de Euler

GeorgiosKollidas/Shutterstock
Leonhard Euler foi um matemático e físico nascido em
15 de abril de 1707, em Basileia, na Suíça. Ele foi considera-
do um dos matemáticos mais importantes de seu tempo.
Como você já deve ter percebido ao fazer alguns exer-
cícios de Geometria envolvendo sólidos geométrico, as
quantidades de vértices, faces e arestas de poliedros conve-
xos estão relacionadas e obedecem a uma lei: a relação de
Euler. Esta é uma importante ferramenta para estabelecer
a correspondência entre as quantidades desses elementos.
Essa relação diz que:

Para qualquer poliedro convexo, a quantidade de vértices (V) adicionada


à quantidade de faces (F) é igual à quantidade de arestas (A) desse poliedro
adicionada de duas unidades. Assim:
V1F5A12

Confira a relação de Euler nos poliedros convexos representados nas imagens a seguir: Para recordar
Um poliedro é uma figura
tridimensional composta
exclusivamente de faces planas.
Ilustrações: MRS Editorial

Na imagem a seguir, observe as


diferentes partes de um poliedro
representado por um prisma
reto de base pentagonal:

Aresta

Observe que Observe que


V 5 8; F 5 6; A 5 12. V 5 12; F 5 8; A 5 18.
Pela relação de Euler, temos: Pela relação de Euler, temos:
• V 1 F 5 8 1 6 5 14 • V 1 F 5 12 1 8 5 20
• A 1 2 5 12 1 2 5 14 • A 1 2 5 18 1 2 5 20 Vértice
Portanto, V 1 F 5 A 1 2. Portanto, V 1 F 5 A 1 2. Face

Observe que Observe que


V 5 5; F 5 5; A 5 8. V 5 6; F 5 8; A 5 12.
Pela relação de Euler, temos: Pela relação de Euler, temos:
• V 1 F 5 5 1 5 5 10 • V 1 F 5 6 1 8 5 14
• A 1 2 5 8 1 2 5 10 • A 1 2 5 12 1 2 5 14
Portanto, V 1 F 5 A 1 2. Portanto, V 1 F 5 A 1 2.

70 CAPÍTULO 5
Exemplos:
1) Uma pirâmide possui 9 faces e 9 vértices. Qual é a quantidade de arestas dessa pirâmide?
Resolução:
Temos F 5 9 e V 5 9. De acordo com a relação de Euler:
9 1 9 5 A 1 2 ^ 18 5 A 1 2 ^ A 5 16
Portanto, a pirâmide possui 16 arestas.
2) Determine o número de vértices de um poliedro convexo que possui 12 faces e 20 arestas.
Resolução:
Temos F 5 12 e A 5 20. Aplicando a relação de Euler, vem:
V 1 F 5 A 1 2 ^ V 1 12 5 20 1 2 ^ V 1 12 5 22 ^ V 5 22 2 12 ^ V 5 10
Portanto, o poliedro possui 10 vértices.

Agora é sua vez!


1 O dodecaedro regular pertence à família dos poliedros de Platão, pois possui todas as faces pentagonais e regulares. Sabendo
que esse poliedro tem 12 faces e 30 arestas, calcule a quantidade de vértices do dodecaedro.
V 1 12 5 30 1 2 ^ V 1 12 5 32 ^ V 5 32 2 12 ^ V 5 20.
Portanto, o dodecaedro regular possui 20 vértices.

2 Um poliedro é formado por 26 arestas, e o número de suas faces é igual de vértices. Quantas faces e vértices esse poliedro
possui?
V 1 F 5 26 1 2 ^ V 1 F 5 28. Dado que V 5 F, segue que V 1 V 5 28, ou seja, V 5 14. Consequentemente, temos que F 5 14, uma
vez que V 5 F.
Portanto, o poliedro possui 14 faces e 14 vértices.

3 Complete a tabela a seguir com o número de vértices, de faces e de arestas e a relação de Euler para cada poliedro represen-
tado.

Poliedro convexo Número de vértices (V) Número de faces (F) Número de arestas (A) V1F5A12
Ilustrações: MRS Editorial

13 13 24 13 1 13 5 24 1 2

10 9 17 10 1 9 5 17 1 2

10 7 15 10 1 7 5 15 1 2

6 6 10 6 1 6 5 10 1 2
MATEMÁTICA

71
Professor(a), nesta atividade, você
Atividade 3 – Escalas associadas a áreas irá abordar com seus alunos as es-
calas utilizadas em plantas e mapas.
e volumes Sugerimos começar relembrando as
conversões básicas entre unidades
de medida de comprimento, como,
Explorando as ideias por exemplo, 10 mm 5 1 cm,
100 cm 5 1 m e 1 000 m 5 1 km.
Quando representamos regiões por meio de mapas, casas por meio de plantas baixas ou Em seguida, amplie o assunto para
objetos quaisquer por meio de desenhos, normalmente as dimensões empregadas nessas que eles possam observar as escalas
associadas a áreas e volumes.
representações não são reais, porém elas obedecem a uma proporcionalidade entre as medidas
lineares correspondentes.
Veja, a seguir, um mapa das microrregiões do estado do Pará:

MRS Editorial

Fonte: https://www.fapespa.pa.gov.br/sistemas/anuario2017/mapas/territorio/ter4_microrregioes_paraenses.png.
Adaptado. Acesso em: 13 jun. 2023.

No canto inferior direito a razão 1 : 10 000 000 indica a escala utilizada no mapa. Isso signifi-
ca que cada 1 unidade de medida no desenho corresponde a 10 000 000 de unidades de medida
na realidade, ou seja:
• 1 cm no mapa 5 10 000 000 cm de distância real
ou
• 1 cm no mapa 5 100 000 m de distância real
ou
• 1 cm no mapa 5 10 km de distância real
Dessa forma, é possível calcular, por exemplo, a distância entre o ponto que indica um
local na região de Óbidos e outro ponto que indica um local na região de Santarém: 2 cm no
mapa 5 2 ? 100 km de distância real. Logo, a distância real entre esses dois pontos destaca-
dos é de 200 km.

72 CAPÍTULO 5
Agora é sua vez!
1 No desenho da planta de um apartamento, 4 cm equivalem a uma distância real de 2 m.
a) Qual é a escala utilizada no desenho?
4 cm 4 cm 1
Escala 5 5 5 5 1 : 50
2 cm 200 cm 50
b) No apartamento, a cozinha tem um formato retangular com dimensões de 3 metros de comprimento por 2,5 metros de
largura. Quais são as dimensões correspondentes dessa cozinha na planta?
C 1 C 1 300 cm
Se C é o comprimento da cozinha no desenho, então 5 ^ 5 ^ 50C 5 300 cm ^ C 5 ^ C 5 6 cm.
3 m 50 300 cm 50 50
L 1 L 1 250 cm
Se L é a largura da cozinha no desenho, então 5 ^ 5 ^ 50L 5 250 cm ^ L 5 ^ C 5 5 cm.
2,5 m 50 250 cm 50 50
Portanto, na planta, a cozinha tem 6 cm de comprimento por 5 cm de largura.

2 A figura a seguir representa a sala de estar de uma casa vista de cima, em escala 1 : 80. A sala de estar possui um formato
retangular.

Ilustração: MRS Editorial


a) Utilize uma régua para medir as dimensões internas da sala representada na imagem. Em seguida, anote essas medidas.
Lado maior: 7 cm
Lado menor: 4 cm
b) Calcule suas dimensões reais, em metros.
Lado maior: 80 ? 7 cm 5 560 cm 5 5,6 m.
Lado menor: 80 ? 4 cm 5 320 cm 5 3,2 m.

3 A estátua do Cristo Redentor, localizada no morro do Corcovado, no Rio de Janeiro, tem 38 m de altura.
Mark Schwettmann/Shutterstock

95 cm
9,5 cm 9,5 cm 10
5 5 5
38 m 3 800 cm 3 800 cm
95 95 1
5 5 5 5
3 800 ? 10 38 000 400
5 1 : 400, que corresponde à
alternativa A.

Uma miniatura perfeita dessa estátua tem 9,5 cm de altura. Essa miniatura foi feita na escala
MATEMÁTICA

a) 1 : 40. b) 1 : 50. c) 1 : 250. d) 1 : 400.

73
Explorando as ideias
Escalas associadas a áreas e volumes
Sabemos que escala é uma razão entre dois comprimentos (o representado e o real, nessa
ordem). Vamos, agora, relacionar a escala com as razões entre áreas e entre volumes de uma
representação e do objeto real representado.
A figura 1 a seguir é um retângulo de dimensões reais a e b, e a figura 2 é uma redução
desse retângulo, com dimensões correspondentes a’ e b’, obedecendo à escala e.
Ilustrações: MRS Editorial

b
b'

a a'
Figura 1 Figura 2

a8 b8
Pela definição de escala, 5 e e 5 e.
a b
A área do retângulo original é A 5 a ? b, e a área do retângulo reduzido é A8 5 a8 ? b8.
Logo, a razão entre as duas áreas é:
A8 a8 ? b8 a8 b8
5 5 ? 5 e ? e 5 e2.
A a?b a b
Temos, portanto, a seguinte regra geral:

Se uma região está representada em uma escala e, a razão entre a área da região
na representação e sua área real é igual a e 2, ou seja, o quadrado da escala.

Exemplo:
Se o mapa da região central de uma cidade obedece à escala 1 : 1 000, a razão entre a área
1 2 1
do mapa e a área real da região é igual a e 2 5 5 .
1 000 1 000 000
A figura 3 a seguir representa um bloco retangular de dimensões a, b e c, em seu tamanho
real. A figura 4 a seguir é uma representação desse bloco, obedecendo a uma escala e.
Ilustrações: MRS Editorial

c c’
b b’
a a’
Figura 3 Figura 4

a8 b8 c
Pela definição de escala, 5 e, 5 e e 5 e.
a b c8
O volume do bloco original é V 5 a ? b ? c, e o volume do bloco reduzido é V8 5 a8 ? b8 ? c8.
V8 a8 ? b8 ? c8 a8 b8 c8
Portanto, a razão entre os dois volumes é 5 5 ? ? 5 e ? e ? e 5 e 3.
V a?b?c a b c
Essa situação ilustra outra regra geral importante:

Se um sólido está representado em uma escala e, a razão entre o volume do


sólido na representação e o seu volume real é igual a e 3, ou seja, o cubo da escala.

Exemplo:
Se uma miniatura perfeita de um monumento obedece à escala 1 : 200, a razão entre o
1 3 1
volume da miniatura e o volume real do monumento é igual a e 3 5 5 .
200 8 000 000

74 CAPÍTULO 5
Agora é sua vez!
Determine:
a) a escala utilizada ao representar uma distância de 3 km por um segmento de 6 cm;
1 : 50 000
b) a medida real, em metro, do comprimento de uma peça, sabendo que um desenho dela obedece à escala 1 : 30 e que
nesse desenho o comprimento da peça é de 15 cm;
4,5 m
c) a razão entre a área da planta baixa de uma casa e a área real dessa casa, sabendo que a planta baixa obedece à
escala 1 : 50;
1
2 500
d) a área real de um terreno, em metro quadrado, sabendo que sua representação em uma figura tem 100 cm2 de área,
e que essa representação obedece à escala 1 : 200;
400 m2
e) a escala utilizada na confecção de uma miniatura perfeita de uma peça, sabendo que o volume real da peça é igual
a 0,54 m3, e que o volume da miniatura é de 20 cm3;
1 : 30

f ) o volume, em centímetro cúbico, ocupado por uma reprodução perfeita de um pequeno órgão do corpo humano,
feita em laboratório na escala 30 : 1, sabendo que o volume real desse órgão é igual a 4 mm3.
108 cm3

Atividade 4 – Características de diferentes tipos de gráficos


Professor(a), nesta atividade, você vai trabalhar com seus alunos as características e o uso dos gráficos
Explorando as ideias de linhas, barras, colunas e setores. É importante ressaltar aos alunos que a escolha do tipo de
gráfico depende dos dados que serão utilizados e dos objetivos a serem alcançados ao gerá-lo.
Existem diversos tipos de gráficos, cada um com o objetivo de comunicação específico.
Nesta análise, vamos explorar os gráficos de linhas, colunas, barras e setores, cada um deles desempenhando um importante papel
na representação visual de dados. Veremos que, dependendo dos dados que queremos representar, optamos por um ou outro tipo.

Gráfico de linhas
Também chamado de gráfico de segmentos, é utilizado para evidenciar a variação dos valores de uma variável durante certo
período. Em sua composição, são utilizados pontos para representar a posição dos valores e, ligando cada valor, segmentos de reta.
A posição de cada segmento indica crescimento, estabilidade ou decréscimo dos valores, enquanto a inclinação do segmento
sinaliza a intensidade do crescimento ou do decrescimento.

Proporção de migrantes de acordo com o local de nascimento – Brasil – 1991 a 2010


MRS Editorial

40

35

30
Número de migrantes (%)

25

20

15

10

0
1991 2000 2010
MATEMÁTICA

Fonte: IBGE.
Grandes Regiões Unidades da Federação Municípios Censo demográfico
1991, 2000 e 2010.

75
Gráfico de colunas
Também chamado de gráfico de barras verticais, é utilizado para mostrar as alterações de
dados ao longo de um período de tempo ou para comparar informações de mesma natureza.
É um dos tipos de gráfico mais utilizados nos meios de comunicação. Veja alguns exemplos
a seguir:

Gráfico de colunas simples Gráfico de colunas agrupadas

MRS Editorial
Crescimento da economia e do comércio mundial - 2019
Roubos de carga na cidade de São Paulo 6,0%
De janeiro a novembro de cada ano 4,8%
5,0% 4,5%
+30% de 2012 para 2017 4,0%
4,0% 3,5% 3,5%
3,0%
5 211 5 275 2,0%
4 588 4 551 2,0%
4 045 4 126
1,0%
0,0%
Economias Economias em Mundo
desenvolvidas desenvolvimento
2012 2013 2014 2015 2016 2017 Crescimento do PIB Crescimento Comércio Mundial*
*Dados para economias desenvolvidas
e em desenvolvimento de importação

Fonte: Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo. Fonte: PMI, World Economic Outlook, jan. 2019. Disponível em: https://noticias.portaldaindus-
tria.com.br/noticias/internacional/veja-as-tendencias-para-a-economia-mundial-em-3-graficos/.
Acesso em: 30 jun. 2023..

Gráfico de barras
Uma variação do gráfico de colunas é o gráfico de barras horizontais. Esse tipo de gráfico
é utilizado para expressar uma comparação entre dois ou mais itens, porém não é adequado
para a comparação entre eles ao longo do tempo.

Mortalidade – óbitos por faixa etária


e sexo no período de 2013
MRS Editorial

Feminino Masculino
193.764
80 anos e mais 144.674
114.684
70 a 79 anos 135.084
82.329
60 a 69 anos 121.616
57.037
50 a 59 anos 97.538
33.134
40 a 49 anos 64.141
Faixa etária

18.742
30 a 39 anos 49.358
11.303
20 a 29 anos 49.848
4.253
15 a 19 anos 19.236
2.100
10 a 14 anos 3.664
1.626
5 a 9 anos 2.288
2.984
1 a 4 anos 3.613
19.406
Menor 1 ano 24.391

0 50 000 100 000 150 000 200 000 250 000


Óbitos

Fonte: MS/SVS/CGIAE - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM e estudos complementares. Disponível em:
<http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?obitocorr/cnv/obitocorr.def>. Acesso em: 30 jun. 2023.

76 CAPÍTULO 5
Gráfico de setores
É de grande importância o uso do gráfico de setores, também chamado de gráfico de pizza, quando se deseja efetuar compa-
rações entre diferentes quantidades de itens em relação a um total, de forma quantitativa, ou seja, destacando as proporções da
análise. Esse gráfico possui uma forma circular, dividida em setores, em que cada setor apresenta um ângulo central proporcional
à quantidade que representa. Veja a seguir um exemplo para ilustrar:

Esportes favoritos dos sócios do Clube Esmeralda

5%
10%
Futebol
30%
Basquetebol

Tênis

Natação
35%
Outras
20%

Fonte: Gráfico elaborado para fins didáticos.

Com base no gráfico, podemos observar que o tênis é o esporte favorito dos sócios do Clube Esmeralda, seguido pelo futebol,
pois ambos ocupam a maior parte do gráfico. No entanto, a natação é menos preferida ao compararmos com o basquetebol, por
exemplo, uma vez que o setor ocupado pelo primeiro é menor do que o do segundo.

Agora é sua vez!

MRS Editorial
1 O número de horas diárias que os adolescentes passam na frente Frequência absoluta
16
de um computador, navegando pela internet, tem sido uma gran-
14
de preocupação para pais, e educadores. Uma escola, com cerca de
12
500 alunos, sorteou alguns deles para participarem de uma pesquisa.
10
O objetivo era saber quantas horas por dia, em média, eles ficavam
8
na internet. Os resultados da pesquisa foram representados pelo
6
gráfico de colunas ao lado.
4
a) Quantos alunos foram consultados ao todo? 2
1 hora: 5 alunos; 2 horas: 12 alunos; 3 horas: 15 alunos; 4 horas: 0
1 2 3 4 5
8 alunos; 5 horas: 2 alunos. Total: 5 alunos 1 12 alunos 1 15 alunos 1
Número de horas na internet
1 8 alunos 1 2 alunos 5 42 alunos

b) Entre os alunos consultados, quantos passam mais de 3 horas por dia na internet?
8 alunos 1 2 alunos 5 10 alunos
MATEMÁTICA

77
Reprodução/Enem,2010.
2 (Enem) O gráfico ao lado apresenta
o gasto militar dos Estados Unidos,
no período de 1988 a 2006.
Com base no gráfico, o gasto militar
no início da guerra no Iraque foi de:

a) U$ 4.174.000,00.

b) U$ 41.740.000,00.

c) U$ 417.400.000,00.

d) U$ 41.740.000.000,00.

e) U$ 417.400.000.000,00. Fonte: Instituto Internacional de Pesquisa da Paz de Estocolmo (Sipri). Almanaque Abril 2008. Editora Abril.

Com base no gráfico, tem-se que o gasto militar no início da guerra no Iraque foi de
417,4 · 1 000 000 000 = 417 400 000 000 bilhões de dólares,
que corresponde à alternativa E.

3 (Enem) O cartão Micro SD é um tipo de mídia utilizada para armazenamento de dados (arquivos, fotos, filmes, músicas, etc.).
Um usuário tem um cartão Micro SD de 16 GB e, utilizando seu computador, visualiza, em termos percentuais, os dados
armazenados no cartão, conforme o gráfico. O usuário adquiriu um cartão do mesmo tipo, mas de 32 GB com o objetivo de
gravar os dados do seu cartão de 16 GB em seu novo cartão de 32 GB. No entanto, para aumentar o espaço de armazenamento
disponível, decidiu não gravar suas músicas no novo cartão.

Dados do cartão Micro SD de 16 GB


Músicas
10%
Espaço disponível
30%
Reprodução/Enem,2017.

Fotos
22%

Aplicativos Vídeos
25% 13%
Analisando o gráfico, o espaço disponível no novo cartão de 32 GB, em termos percentuais, é igual a:
a) 60
b) 65
c) 70
d) 75
e) 80
No cartão de 16 GB, excluindo as músicas, é ocupado um total de 60%, ou seja, 0,6 ? 16 GB 5 9,6 GB. Por outro lado, no cartão de
9,6 GB 96
32 GB a parte ocupada seria de 5 5 0,3. Portanto, o espaço disponível no novo cartão de 32 GB é 1 2 0,3 5 0,7 5 70%,
32 GB 320
que corresponde à alternativa C.

78 CAPÍTULO 5
Anotações

MATEMÁTICA

79
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS,
6
Vl
ad
VOLUME DE PRISMAS E

im
ir W
ran
ge
/Sh
CILINDROS, GRANDEZAS

utt
ers
toc
k
DE ESPÉCIES DIFERENTES E
PROBLEMAS DE CONTAGEM
Atividade 1 – Resolução de problemas Neste capítulo, o conjunto de atividades
tem como objetivo desenvolver
as seguintes habilidades:
Explorando as ideias Objeto do
Habilidades Desc.
conhecimento
Você já deve ter ouvido falar de resolução de problemas, mas afinal para que serve isso? Resolução de
problemas Avaliar
A resolução de problemas não é um simples conjunto de regras que o professor de Matemática envolvendo: propostas de
explica para que você seja capaz de resolver um problema, mas, sim, procedimentos que te adição, intervenção
subtração. na realidade, H5
auxiliam nas diversas áreas de conhecimento, desde uma situação simples que você precisa multiplicação, utilizando
resolver na sua casa até um problema complexo na aula de Física. divisão, conhecimentos
potenciação numéricos.
Primeiro, para resolver um problema, você deverá realizar sua leitura. Se preciso, leia-o mais e radiciação
de uma vez. Identificar
características
Depois, anote as informações que o problema fornece e o que ele deseja que você descubra. Volume de de polígonos
prismas e ou sólidos H7
O terceiro passo é colocar a mão na massa, ou seja, resolver o problema com base nas cilindros (prismas,
pirâmides,
informações que possui. cilindros).
E finalmente faça a verificação: leia novamente o problema considerando a sua resposta e Estabelecer
relações entre
verifique se ela está correta. diferentes
Grandezas unidades
Vejamos um exemplo com os passos da resolução: de espécies de medida H10
7 diferentes (comprimento,
Marta saiu de casa com certa quantia em dinheiro. No supermercado, gastou do que massa,
15 capacidade,
3
possuía. Em seguida, na farmácia, gastou do que lhe havia sobrado. Calcule a fração da área, volume).
4 Resolver
quantia inicial que Marta ainda possui após esses dois gastos. situação-
-problema
Resolução: Problemas de que envolva
H28
contagem processos de
Vamos considerar como unidade (1) a quantia com a qual Marta saiu de casa. contagem ou
noções de
Veja uma maneira de resolver esse problema: probabilidade.

1o) Calcule a fração que representa a sobra após o gasto no supermercado.


7 15 7 15 2 7 8
1 − 15 5 15 2 15 5 15 5
15 Professor(a), para dar continuidade
à resolução de problema, explore
com os alunos as diferentes
2o) Calcule a fração que representa o gasto na farmácia. abordagens e estratégias de
resolução. Isso poderá contribuir
3 para o desenvolvimento do
Como Marta gastou na farmácia do que lhe havia sobrado no supermercado, ela pensamento crítico e estimular
4 a criatividade dos alunos.
1 2
gastou 3 8 2 do total que possuía inicialmente.
2 5
4 15 5
1 5

3o) Calcule a fração que representa a soma dos dois gastos.


A fração que representa o gasto total, em relação à quantia inicial que ela possuía, é:
7 2 7 6 7 + 6 13
+ = + = =
15 5 15 15 15 15

80
4o) Calcule a fração que representa a quantia que sobrou no final.
Ainda considerando que a unidade (1) representa a quantia inicial de Marta, vamos
subtrair dessa unidade a fração que indica o gasto total:
13 15 13 15 2 13 2
12 5 2 5 5
15 15 15 15 15

2
Portanto, sobraram da quantia com a qual Marta saiu de casa.
15

Agora é sua vez!


1 Após uma caminhada, Paula e Rogério chegaram à casa com muita sede e abriram uma garrafa de suco de laranja. Paula
2 9
tomou do suco. Em seguida, Rogério tomou do suco que sobrou na garrafa.
9 14
a) Que fração do suco restou ainda na garrafa?
5
18
b) Que volume restou, se o conteúdo inicial da garrafa era de 900 mL?
250 mL

2 Pablo conserta computadores e celulares e cobra um valor fixo por hora. Outro dia, ele gastou 2,5 horas para consertar um
celular e cobrou R$ 160,00 pelo trabalho.

PreecharBowonkitwanchai/Shutterstock

a) Quanto Pablo cobra por hora de trabalho? R$ 64,00

b) Pablo gastou 3,4 horas no conserto de um computador. Quanto ele cobrou por esse conserto? R$ 217,60

3 2
3 Marcos encheu o tanque de seu carro com gasolina para uma viagem. Na ida, ele gastou do combustível; na volta, .
8 5
Pavel Kubarkov/Shutterstock

a) Em qual das duas etapas da viagem ele gastou mais gasolina?


Na volta: 2 > 3
5 8

b) Após a viagem, que fração do total de combustível sobrou no tanque?


3 2 31 9
1−  +  = 1− =
 8 5  40 40
MATEMÁTICA

81
Professor(a), nesta atividade
Atividade 2 – Volume de prismas e cilindros abordaremos os sólidos
geométricos, com ênfase nos
prismas e cilindros. Inicie a aula
Explorando as ideias lendo o texto com os estudantes,
destacando as características
Vamos relembrar o que são prismas antes de determinar o seu volume. desses sólidos e fazendo
comparações com objetos
Um prisma é uma figura tridimensional gerada por dois polígonos congruentes contidos reais. Em seguida, promova
em planos paralelos. Ao traçar segmentos de reta paralelos unindo esses polígonos, como na uma discussão com os alunos
figura apresentada a seguir, formamos o prisma. sobre a resolução dos exercícios
propostos. Dessa forma, eles
poderão compreender melhor
os conceitos envolvidos,
colocando-os em prática de
forma mais eficaz.
Ilustrações: MRS Editorial

Os polígonos que geram o prisma são chamados de bases, e a distância entre os planos em
que estão contidos é a altura.

Volume do paralelepípedo
Se um paralelepípedo reto-retângulo tem bases de dimensões a, b e c, expressas na mesma
unidade, então o volume do paralelepípedo é expresso por:

V=a?b?c

Como o produto a ? b é a área da base do paralelepípedo e c é sua altura, podemos escrever


uma expressão equivalente à anterior:

V 5 Abase ? h, em que h é a altura do paralelepípedo.

Essa expressão também nos dará o volume de um prisma, como veremos a seguir.

82 CAPÍTULO 6
Princípio de Cavalieri
Por esse princípio, dois sólidos geométricos de mesma altura e de mesmas áreas da base
têm o mesmo volume se, em qualquer plano, paralelo ao plano de suas bases, determinar sec-
ções transversais com áreas iguais.

Volume de um prisma
Uma implicação do princípio de Cavalieri é que um prisma com mesma área da base e
mesma altura que um paralelepípedo terá, também, o mesmo volume.
Dessa maneira, podemos calcular o volume de um prisma multiplicando a área de sua base
por sua altura:

Vprisma 5 Abase ? h

Agora é sua vez!


1 O silo de água para os cavalos de um sítio tem formato de um prisma reto trapezoidal, com as dimensões indicadas na figura
a seguir. Calcule o volume máximo de água que pode ser colocado nesse silo.

H G

E F

3,5 m

D 2m C
0,5 m

A 3m B

V 5 Abase ? h ^ V = ( 2 m 1 3 m ) × ( 0,5 m ) ? (3,5 m) ^


2
^ V = (1,25 m)² ? (3,5 m) ^ V = 4,375 m³, que equivale a (4,375 ? 1 000) litros 5 4 375 litros
Portanto, o silo comporta de água, no máximo, 4,375 m³ ou 4 375 litros.
MATEMÁTICA

83
Explorando as ideias
Volumes de cilindros circulares retos
Um cilindro circular reto é um sólido geométrico limitado por dois círculos congruentes
em planos paralelos, unidos por uma superfície retangular “enrolada” em volta de suas circun-
ferências, conforme apresentado na figura a seguir:

Ilustrações: MRS Editorial


r base circular

superfície
retangular
h
curva

base circular

As circunferências limitantes são as bases, e a distância en- Paralelepípedo Cilíndro


tre os planos que as contêm é a altura do cilindro.
Assim como ocorre com o prisma, podemos aplicar o mes-
b
mo raciocínio para o volume do cilindro. Vamos considerar
um paralelepípedo e um cilindro com a mesma área da base B1
A1
(A0 5 B0) e a mesma altura h, ambos apoiados sobre um plano
horizontal α. Quando um outro plano horizontal β cortar tanto
o prisma quanto o cilindro, as regiões resultantes terão a mesma a
área (A1 5 B1). A imagem a seguir ilustra essa situação:
A0 B0
Pelo princípio de Cavalieri, podemos concluir então que o
cálculo do volume do cilindro é equivalente ao do prisma, ou
seja, multiplicando a área da base pela altura.
Exemplos:
1. (FAAP-SP) Um tanque de petróleo tem a forma de um cilindro circular reto, cujo volume é
dado por: Vcilindro 5 p · r2 · h. Sabendo-se que o raio da base e a altura medem 10 m, podemos
afirmar que o volume exato desse cilindro (em m3) é:
1 000p 100p
a) 1 000p b) 100p c) d) e) 200p
3 3
Resolução: A

2. Para calcular o volume do cilindro, utilizamos a relação Vcilindro 5 p · r2 · h. Substituindo os


valores do raio e da altura, obtemos:
Vcilindro 5 p ? 102 ? 10 ^ Vcilindro 5 1 000p m3 , que corresponde à alternativa A.
A diferença, em litros, entre os resultados dos volumes aproximados usando p 5 3,1 e
p53,14 é:
a) 40 000 d) 4 000
b) 400 e) 4
c) 40
Resolução: C
Considerando Vcilindro 5 1 000p m3, temos:
• para p 5 3,1:
V 5 1 000 ? 3,1 5 3 100
• para p 5 3,14:
V 5 1 000 ? 3,14 5 3 140
Para saber a diferença, fazemos: 3 140 2 3 100 5 40

84 CAPÍTULO 6
Agora é sua vez!
1 Calcule o volume dos cilindros reproduzidos a seguir.
a) b)

Vcilindro 5 p ? r2 ? h Vcilindro 5 p · r2 · h

Ilustrações: MRS Editorial


Vcilindro 5 p ? 5 ? 10
2
Vcilindro 5 p · 72 · 30
10 cm Vcilindro 5 250p cm³ 30 cm
Vcilindro 5 1 470p cm³

5 cm 7 cm

2 Em um cubo, com aresta de 3 cm, foi feito um furo em formato de cilindro. Esse cilindro tem 1 cm de raio e 2,5 cm de altura.
Qual é o volume de madeira desse material? Utilize p = 3,14.

MRS Editorial
Para calcular o volume da forma, fazemos a diferença entre o volume do cubo e o volume do cilindro. Assim:
• V 5 3 ? 3 ? 3 ^ Vcubo 5 27 cm³
cubo

• Vcilindro 5 3,14 ? 12 ? 2,5 ^ Vcilindro 5 7,85 cm³


Assim, o volume da forma é: 27 2 7,85 5 19,15 cm³
Portanto, a forma de madeira tem 19,15 cm³.

Atividade 3 – Grandezas de espécies diferentes Professor(a), vamos ampliar os


estudos sobre grandezas para
incluir o caso das grandezas de
espécies diferentes. Explore com
Explorando as ideias os alunos detalhadamente cada
uma delas e as relações que
Razão entre duas grandezas de espécies diferentes existem para cada medida.

Densidade demográfica
Também chamada de densidade populacional, trata-se de um importante indicador para que
o Estado direcione as políticas públicas de certa região. Determinamos a densidade demográfica
calculando a razão entre o número de habitantes de uma região e a área dessa mesma região.

número de habitantes
densidade demográfica =
área da região

Por exemplo, para calcular a densidade demográfica do município de Belo Horizonte, ca-
pital mineira, dividimos o número de habitantes (2 501 576 habitantes, segundo estimativa do
IBGE em 2018) pela sua área (330,9 km2). Assim, temos:

2501576 habitantes
densidade demográfica =
330,9
ã 7560 km2
MATEMÁTICA

Isso significa que, em média, a cada quilômetro quadrado a cidade tem 7 560 habitantes.

85
Velocidade média
Outra razão com a qual lidamos diariamente é a velocidade. Ela está presente em contextos
como trânsito ou medição do tráfego de informações (velocidade da internet), por exemplo.
Determinamos a velocidade média de um veículo calculando a razão entre a medida da
distância percorrida e o tempo:

distância percorrida
velocidade média =
tempo

Por exemplo, se em uma viagem tivermos percorrido a distância de 457 quilômetros em


um tempo de 4 horas e meia, a velocidade média será:

457 km km
velocidade média 5 5 101,555... ã 102
4,5 h h

Isso significa que a cada hora foram percorridos, em média, 102 quilômetros. Repare que
não é o mesmo que dizer que o carro teve velocidade constante. Assim como na Estatística,
essa é uma medida de tendência central da velocidade durante o trajeto, uma vez que ela
pode variar a cada instante.

Agora é sua vez!


1 Israel é um país com 8 884 000 habitantes, em uma área de 22 000 km2. O governo desse país quer implementar uma política
de crescimento populacional. Objetiva-se chegar à densidade populacional de 500 habitantes por quilômetro quadrado.
Quantos habitantes a mais são necessários para que se implemente essa política?
Sabendo que a densidade populacional é calculada pela razão entre a quantidade de habitantes e a área da região, temos:
número de habitantes
densidade demográfica =
área da região
número de habitantes
500 5
000
Número de habitantes = 22 000 ? 500 5 11 000 000
Assim, o aumento populacional é de 11 000 000 2 8 884 000 5 2 116 000 habitantes.
Logo, é necessário um aumento de 2 116 000 habitantes ou cerca de 23,82% da população atual.

Antonio Salaverry/Shutterstock
2 A Lagoa da Pampulha, ponto turístico da cidade de Belo Horizonte, tem
uma orla com cerca de 18 quilômetros de extensão. Um ciclista faz a
volta na lagoa em 45 minutos. Qual é a sua velocidade média em km/h?
Para calcular a velocidade do ciclista, dividimos a distância percorrida pelo
tempo, em horas. Lembre-se de que 45 minutos equivalem a 0,75 hora.
km km
Velocidade média = = 24
h h
Portanto, a velocidade média do ciclista é de 24 km/h.

Professor(a), para iniciar a aula,


recomendamos abordar os
Atividade 4 – Problemas de contagem princípios aditivo e multiplicativo
de contagem, pois eles servem
como base para todo o estudo
dos processos de contagem.
Explorando as ideias Em seguida, sugerimos trabalhar
com os alunos o princípio aditivo,
pois muitos têm dúvidas sobre
Princípios de contagem quando usar a operação de adição
ou multiplicação ao resolver
Análise combinatória é a parte da Matemática cujo objetivo é estabelecer regras gerais problemas de contagem. Após
essa etapa, aconselha-se detalhar
de contagem indireta. Utilizando-se basicamente das operações de adição e multiplicação, é os vários tipos de agrupamentos
possível determinar de quantas formas diferentes pode ser feita uma escolha ou o número de com eles. Essa sequência
permitirá uma compreensão
maneiras como uma sequência ou um subconjunto pode ser formado. mais clara e ampla do tema.

86 CAPÍTULO 6
Por isso, o universo numérico nesse estudo é o conjunto dos números naturais, categoria
numérica utilizada em processos de contagem. As regras básicas da análise combinatória são
dois princípios ou leis gerais de contagem: o princípio aditivo e o princípio multiplicativo.

Princípio aditivo
Paulo entrou em uma lanchonete para comprar uma bebida e encontrou as seguintes op-
ções: quatro tipos de refrigerante (R1, R2, R3 e R4), três sabores de suco (S1, S2 e S3) e duas marcas de
água mineral (A1 e A2). Quantas são as possibilidades diferentes de Paulo escolher uma bebida?
Para isso, ele tem três hipóteses na escolha do tipo de bebida: refrigerante, suco ou água.
Para cada uma dessas hipóteses, ele tem certo número de opções.

Hipóteses: refrigerante ou suco ou água


Opções: R1R2R3R4 S1 S2 S3 AS13 A1 A2
1424 31 4 123 {
4 4 3 3 2
Há nove formas distintas (4 1 3 1 2 5 9) de Paulo escolher a bebida (R1, R2, R3, R4, S1, S2, S3,
A1, A2). Esse problema ilustra o princípio aditivo de contagem:

Se há duas hipóteses para a ocorrência de uma situação, com m opções


para a 1a hipotese e n opções para a 2a hipótese (sem opção repetida),
então a situação pode ocorrer de m 1 n maneiras diferentes.

O princípio aditivo estende-se para o caso de três hipoteses (como no caso apresentado)
ou mais.

Princípio multiplicativo
Ao abrir seu armário pela manhã, Flávia encontrou três pares de tênis (T1, T2 e T3), duas calças
jeans (J1 e J2) e quatro camisetas (C1, C2, C3 e C4). De quantas formas diferentes ela pode escolher um
conjunto tênis-camiseta-calça jeans?
Agora, a escolha é feita em três etapas independentes: escolha do tênis, es-
1a etapa: 2a etapa: 3a etapa:
colha da calça jeans e escolha da camiseta. Para cada uma dessas etapas, ela escolha do escolha da escolha da Resultado
tem certo número de opções. tênis calça camiseta
Etapas: tênis e calça jeans e camiseta
C1 T 1 J1 C 1
Opções: T1T2T3 C1 4 J1 J2 T3 C1C2C3C4 C2 T 1 J1 C 2
{ { 1424 3 1
J1
3 2 4 C3 T 1 J1 C 3
T1 C4 T 1 J1 C 4
No caso de Paulo (princípio aditivo), havia três hipóteses, que se excluíam C1 T 1 J2 C 1
mutuamente, ou seja, ao escolher um refrigerante, por exemplo, ele excluía as C2 T 1 J2 C 2
J2
outras duas hipóteses (suco ou água). C3 T 1 J2 C 3
C4 T 1 J2 C 4
O caso da Flávia é diferente, pois envolve três etapas independentes. Para
C1 T 2 J1 C 1
cada opção de tênis que venha a escolher, ela tem duas opções para escolha C2 T 2 J1 C 2
da calça jeans. Para cada conjunto tênis-calça jeans que tenha escolhido, ela J1
C3 T 2 J1 C 3
tem quatro opções para escolha da camiseta. Todos os possíveis resultados do C4 T 2 J1 C 4
T2
problema de Flávia podem ser visualizados no esquema ao lado, chamado de C1 T 2 J2 C 1
árvore das possibilidades. C2 T 2 J2 C 2
J2
C3 T 2 J2 C 3
Há 24 formas diferentes de Flávia escolher um conjunto tênis-calça jeans C4 T 2 J2 C 4
-camiseta. A análise da árvore sugere que esse número é obtido por meio de uma C1 T 3 J1 C 1
multiplicação: 3 ? 2 ? 4 5 24. Esse problema ilustra o princípio multiplicativo de C2 T 3 J1 C 2
J1
contagem, apresentado a seguir: C3 T3 J1 C3
C4 T 3 J1 C 4
T3
Se uma situação se compõe de duas etapas independentes, considerando C1 T 3 J2 C 1
C2 T 3 J2 C 2
que a primeira pode ocorrer de m maneiras e a segunda, de n maneiras, J2
C3 T 3 J2 C 3
então a situação pode ocorrer de m ? n maneiras diferentes.
C4 T 3 J2 C 4
MATEMÁTICA

Esse princípio estende-se, também, para situações que ocorram em três


etapas (como no problema de Flávia) ou mais. 3 opções 2 opções 4 opções 24 resultados

87
Exemplo:
Os irmãos Marina e Felipe são fascinados por leitura. Certo dia, eles separaram 4 livros de fic-
ção e 6 de aventura. Naquela semana, Marina pretende ler um desses livros, e Felipe, dois desses
livros, sendo um de ficção e o outro de aventura. Quantas opções de escolha cada um tem?
Marina escolherá um livro de ficção, com 4 opções, ou um livro de aventura, com 6 opções.
Pelo princípio aditivo, existem 4 1 6 5 10 maneiras de Marina escolher o livro que vai ler. Já
Felipe escolherá um livro de ficção, entre 4 opções, e um livro de aventura, entre 6 opções. De
acordo com o princípio multiplicativo, existem 4 ? 6 5 24 maneiras diferentes de Felipe escolher
os dois livros.

Agora é sua vez!

1 Um pequeno restaurante self-service oferece 3 tipos de carnes, 2 tipos de massas e 5 tipos de legumes. Patrícia e Aline foram
almoçar nesse restaurante. Patrícia quer escolher apenas uma das opções disponíveis (1 carne ou 1 massa ou 1 legume).
Aline quer escolher 1 carne, 1 massa e 1 legume. Considerando apenas o tipo de alimento, determine de quantas maneiras
diferentes cada uma delas pode montar o seu prato.
Patrícia: 3 1 2 1 5 5 10 maneiras.
Aline: 3 ? 2 ? 5 5 30 maneiras.

2 Marcos vai pintar as quatro faixas de um painel, conforme a figura a seguir. Para isso, ele dispõe de cinco cores diferentes de tinta
(azul, amarelo, verde, vermelho e cinza). A figura mostra uma das formas de pintar esse painel. Determine de quantas maneiras
diferentes Marcos pode pintar essas faixas em cada situação.

a) As quatro faixas têm de ser de cores diferentes.


5 ? 4 ? 3 ? 2 5 120 maneiras

b) Faixas vizinhas não podem ser de mesma cor.


5 ? 4 ? 4 ? 4 5 320 maneiras

c) Podem-se usar apenas duas cores, e as faixas devem ser de cores alternadas.
5 ? 4 ? 1 ? 1 5 20 maneiras

d) A faixa superior, e apenas ela, deve ser na cor verde, e as outras faixas devem ser de cores diferentes.
1 ? 4 ? 3 ? 2 5 24 maneiras

3 Utilizando apenas os algarismos 2, 3, 4, 6, 8 e 9, determine quantos números diferentes podem ser formados em cada uma
das condições impostas.
a) Os números devem ter três algarismos.
6 ? 6 ? 6 5 63 5 216 números possíveis

b) Os números devem ter quatro algarismos distintos.


6 ? 5 ? 4 ? 3 5 360 números possíveis

c) Os números devem ser pares, com apenas quatro algarismos.


6 ? 6 ? 6 ? 4 5 864 números possíveis

d) Os números devem ser ímpares de três algarismos, todos distintos entre si.
Para o algarismo das unidades só podemos utilizar o número 3 ou o número 9.
Utilizando o número 3 na casa das unidades, há 5 opções para o algarismo das centenas e 4 para o algarismo das dezenas.
Pelo princípio multiplicativo, existem 5 ? 4 5 20 números.
Utilizando o número 9 na casa das unidades, por raciocínio análogo, existem 20 números.
Pelo princípio aditivo, há 20 1 20 5 40 números que satisfazem as condiçnoes do problema.

88 CAPÍTULO 6
4 Uma sorveteria disponibiliza para seus clientes três categorias de sorvete, cada uma com vários sabores, conforme quadro a
seguir. O cliente monta o sorvete em uma casquinha. Em cada caso, determine de quantas maneiras diferentes um cliente pode
montar sua casquinha de sorvete, se a ordem que os sabores forem colocados na casquinha não alterar o pedido.

M. Unal Ozmen/Shutterstock
Categoria Sabores

Brancos Coco, abacaxi, limão

Amarelos Pêssego, baunilha

Sortidos Morango, chocolate, kiwi, ameixa

a) Com uma bola.


3 1 2 1 4 5 9 maneiras diferentes

b) Com três bolas, sendo uma de cada categoria.


3 ? 2 ? 4 5 24 maneiras diferentes

c) Com duas bolas, sendo elas de categorias diferentes.


3 ? 2 1 3 ? 4 1 2 ? 4 5 6 1 12 1 8 5 26 maneiras diferentes

Anotações

MATEMÁTICA

89
Prepara Saeb
1. O gráfico mostra o número de pessoas que acessaram a internet, no Brasil, em qualquer ambiente (domicilios, trabalho, escolas,
lan houses ou outros locais), nos segundos trimestres dos anos de 2009, 2010 e 2011.
80,0 H5 – Avaliar propostas de
70,0 77,8 intervenção na realidade, utilizando
60,0 73,7 conhecimentos numéricos.
64,8
50,0

milhões
40,0
30,0
20,0
10,0
0,0
2º trim 2009 2º trim 2010 2º trim 2011

Considerando que a taxa de crescimento do número a acessos à internet no Brasil, do segundo trimestre d 2011 para o segundo
trimestre de 2012, seja igual à tax verificada no mesmo período de 2010 para 2011, qué é, em milhões, a estimativa do número
de pessoas qu acessarão a internet no segundo trimestre de 2012?
a) 82,1
b) 83,3
77,8 2 73,7 4,1
c) 86,7 Taxa de aumento: 5 ã 0,055
73,7 73,7
d) 93,4 Logo, o número de pessoas que acessarão a internet no segundo trimestre de
2012 é de, aproximadamente, 77,8 ? (1 1 0,055) 5 77,8 ? 1,055 5 82,1 milhões,
e) 99,8 que corresponde à alternativa A.
2. A figura mostra um poliedro convexo. O número total de arestas, de vértices e de faces desse poliedro do, respectivamente
iguais a:
H7 – Identificar características
a) 6, 8 е 12. de polígonos ou sólidos
(prismas, pirâmides, cilindros).
b) 6, 12 e 8.
c) 8, 12 e 6.
d) 12,6 e 8
Arestas: 12; vértices: 8; faces: 6.
e) 12,8 e 6 Alternativa E
3. Raul e seu pai precisam viajar para Juatuba partindo de Itaúna, Para estimar o tempo da viagem, Rau ecidiu calcular a distância
entre as duas cidades e, para tanto, utilizou o mapa a seguir.

Reprodução/Coleção particular

Após observar o mapa, Raul percebeu que o trajeto entre as duas cidades se aproxima de um segmento de reta cujo compri-
mento é igual a 7,5 cm.
H11 – Aplicar a noção de escalas
Com base nessas informações, a distância entre as duas cidades é igual a na leitura de plantas ou mapas.
a) 80 km.
b) 100 km.
c) 120 km.
d) 160 km.
A escala é 1 : 1 600 000, então 7,5 cm ? 1 600 000 5 12 000 000
e) 240 km. cm, que equivale a 120 km. Portanto, a alternativa C é a correta.

90 CAPÍTULO 6
Prepara Saeb
4. O gráfico de colunas mostra a evolução do número de inscritos para as provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de
2012 a 2017
Inscrições confirmadas (em milhões) H22 – Identificar informações
10 apresentadas em tabelas
ou gráficos (de coluna,
8 de setores e de linha)

6 Maior número de inscritos:


2014; menor número
4 de inscritos: 2012.
Alternativa C é a correta.
2

2012 2013 2014 2015 2016 2017 Ano

Com base nesse gráfico, considerando-se os anos que aparecem no gráfico, o ano que apresentou o número de inscritos e o
que apresentou o menor número de inscritos no Enem foram, respectivamente
a) 2012 e 2016, d) 2014 e 2017.
b) 2012 e 2014. e) 2016 e 2012.
c) 2014 e 2012.
5. Este gráfico mostra quantas horas de Sol foram registradas por dia, ao longo de uma semana, em uma cidade brasileira.

Horas
10

01 02 03 04 05 06 07 Dias do mês

Em quais dias foram registradas menos de cinco horas diárias de insolação?


a) 01, 02 е 03. c) 02, 03 e 04.
Nos dias 02, 03 e 04.
b) 01, 05 e 07. d) 05, 06 e 07 A alternativa C é a correta.
6. Para o lançamento de um novo produto, uma indústria encomenda um projeto de embalagem. A figura mostra a planificação
da embalagem criada pelos projetistas. Ela é formada por três retângulos congruentes e dois triângulos equiláteros congruentes,
com as medidas indicadas na figura a seguir: Alternativa C
Para o lançamento de um novo produto, uma indústria encomenda um projeto de embalagem. A figura mostra a planificação
da embalagem criada pelos projetistas. Ela é formada por três retângulos congruentes e dois triângulos equiláteros congruentes,
com as medidas indicadas na figura a seguir:
H7 – Identificar caracteristicas
de poligonos ou solidos
(prismas, piramides, cilindros).
2 cm

4 cm
Área da base: (4 cm) ? (2 cm) 5 8 cm²
Altura: 2 3
cm 5 3 cm
2
Portanto, o volume apropriado
para essa embalagem é 8ø3 cm³,
que corresponde à alternativa C

O volume apropriado para essa embalagem é


a) 2 3 cm3 d) 4(6 + 3 )cm3
MATEMÁTICA

b) 4 3 cm3 e) 2(12 + 3 )cm3


3
c) 8 3 cm

91
Prepara Saeb
7. Um jovem investidor precisa escolher qual investimento lhe trará maior retorno financeiro em uma aplicação de R$ 500,00. Para
isso, pesquisa o rendimento e o imposto a ser pago em dois investimentos: poupança e CDB (Certificado de Depósito Bancário).
As informações obtidas estão resumidas no quadro: H5 – Avaliar propostas de intervenção na
realidade, utilizando conhecimentos numéricos
Professor(a), é importante observar que na
alternativa D há um erro de arredondamento. O
valor correto do número 504,2048, arredondado Rendimento mensal IR
para o centésimo mais próximo (%) (Imposto de renda)
(ou seja, duas casas decimais),
é 504,20 e não 504,21. Aproveite Poupança 0,560 Isento
esta oportunidade para promover
uma discussão em sala de aula
sobre os conceitos de aproximação
e arredondamento, ressaltando CDB 0,876 4% (sobre o ganho)
sua importância em diversas
áreas do conhecimento. æ 0, 56 ö
Ganho com a poupança: R$ 500,00 1 R$ ç × 500,00 ÷5
Para o jovem investidor, ao final de um mês, a aplicação mais vantajosa é è 100 ø
5R$ 500 1 R$ 2,80 5 R$ 502,80.
a) a poupança, pois totalizará um montante de R$ 502,80. Como há isenção para a poupança, o saldo final é de R$ 502,80.
æ 0, 876 ö
b) a poupança, pois totalizará um montante de R$ 500,56. Ganho com o CDB: R$ 500,00 + R$ ç × 500,00 ÷ 5 R$ 500,00 + R$ 4,38 = R$ 504,38
è 100 ø
é æ 4 ö ù
c) o CDB, pois totalizará um montante de R$ 504,38. Dedução de IR: êR$ ç ÷ × (4,38)ú 5 R$ [0,04 · 4,38] = R$ 0,1752
ë è 100 ø û
d) o CDB, pois totalizará um montante de R$ 504,21. Saldo final com o CDB: R$ 504,38 – R$ 0,1752 = R$ 504,2048.

e) o CDB, pois totalizará um montante de R$ 500,87. Conclui-se, então, que a alternativa D é a correta.

8. Uma caixa-d´água tem forma de cilindro circular reto, com 2 m de diâmetro e 70 cm de altura. Considerando-se p 5 3,14, a
capacidade aproximada dessa caixa é de Alternativa C H7 – Identificar características
de polígonos ou sólidos
a) 2 000 litros. (prismas, pirâmides, cilindros).
b) 2 100 litros.
c) 2 200 litros. Área da base 5 p ? æ 20 dm ö² 5 3,14 ? (10 dm)² 5 3,14 ? (100 dm²) 5 314 dm²
ç ÷
è 2 ø
d) 2 300 litros.
Portanto, a capacidade dessa caixa é:
e) 2 400 litros. (314 dm²) ? (7 dm) 5 2 198 dm³ ≈ 2 200 litros, que corresponde à alternativa C.

9. Dois dos sólidos geométricos abaixo têm o mesmo número de vértices, faces e arestas. H7 – Identificar características
de polígonos ou sólidos
(prismas, pirâmides, cilindros).

Cubo Paralelepípedo

Pirâmide Cilindro

Esses sólidos são: Alternativa C


a) o cilindro e a pirâmide.
b) o cubo e o cilindro. Cubo: 8 vértices, 6 faces e 12 arestas.
Paralelepípedo: 8 vértices, 6 faces e 12 arestas.
c) o cubo e o paralelepípedo. Pirâmide: 5 vértices, 5 faces e 8 arestas.
Cilindro: nenhum vértice, nenhuma aresta e 2 faces.
d) o paralelepípedo e o cilindro. Portanto, a alternativa C é a correta.

92 CAPÍTULO 6
Prepara Saeb
10. Considere que um professor de Arqueologia tenha obtido recursos para visitar 5 museus, sendo 3 deles no Brasil e 2 fora do
país. Ele decidiu restringir sua escolha aos museus nacionais e internacionais relacionados na tabela a seguir:
H28 – Resolver
Museus nacionais Museus internacionais situação- problema que
envolva processos de
Masp – São Paulo Louvre – Paris contagem ou noções
de probabilidade.
MAM – São Paulo Prado – Madri
Ipiranga – São Paulo British Museum – Londres
Imperial – Petrópolis Metropolitan – Nova York

De acordo com os recursos obtidos, de quantas maneiras diferentes esse professor pode escolher os 5 museus para visitar?
Alternativa D
a) 6
4?3?2
b) 8 Quantidade possível de museus nacionais para escolha: =4
3?2?1
c) 20 4?3
Quantidade possível de museus internacionais para escolha: =6
d) 24 2?1
Portanto, a quantidade de maneiras diferentes que o professor pode escolher os 5
e) 32 museus (3 nacionais e 2 internacionais) é: 4 ? 6 5 24, que corresponde à alternativa D.

Anotações

MATEMÁTICA

93
7
Vl
ad
im
ir W
JUROS, SEMELHANÇA

ran
ge
/Sh
utt
ers
DE TRIÂNGULOS, GRANDEZAS

toc
k
E GRÁFICOS

Atividade 1 – Juros simples e juros compostos Neste capítulo, o conjunto de atividades


tem como objetivo desenvolver as
seguintes habilidades:
Explorando as ideias
Objeto do
Os conceitos de juros simples e juros compostos estão presentes em muitas situações do Habilidades Desc
conhecimento
cotidiano, sempre na área financeira. Por exemplo: ao realizar uma compra com o cartão de Avaliar
propostas de
crédito e dividir o valor total em várias parcelas, certamente você já deve ter notado que existem intervenção
juros incidentes sobre o valor original e que tais juros tornam-se maiores à medida que o número Juros simples e na realidade,
H18
composto utilizando
de parcelas aumenta. No contexto das instituições financeiras e bancos, outros exemplos que cálculos de
podem ser encontrados são o da concessão de empréstimos e o do investimento em fundos de porcentagem
e/ou juros.
poupança, cujos juros também estão presentes. Porém, qual é a diferença entre juros simples Utilizar o
e juros compostos? teorema de
Pitágoras ou
semelhança

Reprodução/Pxhere.com
de triângulos
Semelhança de
na seleção de H9
triângulos
argumentos
propostos
como solução
de problemas
do cotidiano.
Estabelecer
Relações entre
relações entre
diferentes
diferentes
unidades
unidades
de medida
de medida H10
(comprimento,
(comprimento,
massa,
massa,
capacidade,
capacidade,
área, volume).
área, volume).
Identificar
informações
apresentadas
Gráficos de
em tabelas
coluna, linha e H22
ou gráficos
Juros simples e juros compostos fazem parte do escopo da matemática financeira. setores
(de coluna, de
setores e de
Em linhas gerais, os juros simples são aqueles calculados com base em um valor (capital) linha).
inicial fixo, ao passo que os juros compostos são aqueles que, diferentemente, atuam sobre Professor(a), para iniciar a aula,
questione os estudantes se eles
o valor acumulado ao longo do tempo, o qual é variável; por essa razão, os juros compostos conhecem situações do cotidiano que
são também conhecidos como juros sobre juros. Para tentar entender melhor essa distinção, é envolvam juros. Em seguida, apresente
a eles os conceitos de juros simples
interessante analisar exemplos de aplicação. e juros compostos, dando ênfase à
diferença entre as definições (os juros
• Exemplo 1 (juros simples): Paulo emprestou um capital de R$ 4 000,00 a João por 3 meses, simples são calculados sobre o valor
a uma taxa de 2% ao mês. Pelo empréstimo, João pagará juros a Paulo, os quais serão calcu- inicial, ao passo que os juros compostos
são “juros sobre juros”) e descrevendo
lados sempre sobre o capital inicialmente emprestado. Por isso, o total de juros a ser pago as fórmulas usadas para calcular cada
por João é proporcional ao tempo de empréstimo. uma dessas modalidades de juros. Para
ilustrar a aplicação dos juros, discuta
Em operações de empréstimo ou aplicação financeira, as variáveis envolvidas são: com os estudantes os exemplos da
seção “Explorando as ideias". Por fim,
• o capital C, valor do empréstimo ou da aplicação; solicite a eles que tentem fazer os
exercícios do “Agora é sua vez!”.
• o tempo t, tempo de duração do empréstimo ou da aplicação;
• os juros J, valor pago pelo empréstimo ou os rendimentos da aplicação;
• a taxa i, porcentagem a ser paga de juros, em relação ao capital, na unidade de tempo;
• o montante M, soma do capital emprestado, ou aplicado, com os juros.

94
No caso em questão, os juros em cada período são sempre calculados sobre o capital ini-
cialmente emprestado. Portanto, a situação refere-se a uma operação financeira de juros
simples em que:
• o capital emprestado por Paulo a João é C 5 4 000,00;
• o tempo de empréstimo é t 5 3 meses;
• a taxa de juros é i 5 2% ao mês 5 0,02 ao mês, o que significa que, a cada mês, os
juros a serem pagos por João, em real, são 0,02 ? 4 000 5 80;
• os juros relativos ao empréstimo concedido por Paulo são obtidos multiplicando-se,
pelo tempo t 5 3 meses, os juros relativos a cada mês, ou seja, J 5 3 ? 80 5 240; portan-
to, R$ 240,00;
• o montante a ser pago por João a Paulo, em real, é M 5 C 1 J 5 4 000 1 240 5 4 240
ou R$ 4 240,00.
Analisando as operações efetuadas para se obter o total de juros, conclui-se o seguinte:

J 5 4 000 ? 0,02 ? 3 5 240


C i t

Generalizando, em uma operação de juros simples, se um capital C é emprestado ou aplicado


a uma taxa i durante um tempo t, com i e t expressos na mesma unidade de tempo, os juros J
e o montante M são dados por:

J5C?i?t e M5C1J

Quando a taxa i e o tempo t são expressos em unidades de


tempo diferentes, é mandatório fazer a conversão antes R$ M
8 000
de efetuar os cálculos para que ambas as variáveis este-
jam expressas na mesma unidade. Ao calcular juros, o mais 7 000
comum é que se use o mês e o ano comercial, que têm 30 e 6 000
360 dias, respectivamente. 5 000
Considerando-se uma operação de juros simples em que 4 000 J
o capital C e a taxa t são valores fixos, os juros J dependem
3 000
apenas do tempo t, ou seja, são uma função de t. No caso
analisado, C ? i 5 4 000 ? 0,02 5 80. Logo, como J 5 C ? i ? t, 2 000
tem-se a função J 5 80t. Observe que se trata de uma função 1 000
linear cuja taxa de variação é igual a 80, o que indica que,
no caso, o juro mensal é de R$ 80,00. Por conseguinte, o 0 5 10 15 20 25 25 35 40 45 50 t(meses)
montante é M 5 C 1 J, isto é, M 5 4 000 1 80t, que é uma
função afim não linear.
Os gráficos dos juros J e do montante M em função do tempo t para um tempo de até 50 meses
estão mostrados ao lado em um plano cartesiano de eixos coordenados.
• Exemplo 2 (juros compostos): Camilo aplicou R$ 3 000,00, a uma taxa de juros fixa de 2%
ao mês. Ao final de cada mês, seu saldo é acrescido dos juros relativos àquele mês; por isso,
102
o fator de aumento mensal de sua aplicação é 100% 1 2% 5 102% 5 5 1,02. Supon-
100
do que ele não faça retiradas intermediárias, veja o montante de sua aplicação no final dos
cinco primeiros meses:
• final do 1o mês: M1 5 3 000 ? 1,02;
• final do 2o mês: M2 5 M1 ? 1,02 5 3 000 ? 1,02 ? 1,02 5 3 000? (1,02)2;
• final do 3o mês: M2 5 M1 ? 1,02 5 3 000 ? 1,02 ? 1,02 5 3 000? (1,02)2;
• final do 4o mês: M2 5 M1 ? 1,02 5 3 000 ? 1,02 ? 1,02 5 3 000? (1,02)2;
• final do 5o mês: M2 5 M1 ? 1,02 5 3 000 ? 1,02 ? 1,02 5 3 000? (1,02)2.
Analisando a sequência de montantes obtida, observa-se que, no final de t meses, o mon-
MATEMÁTICA

tante da aplicação feita por Camilo será M 5 3 000 ? (1,02)t. Nessa operação, os juros são
capitalizados, ou seja, são adicionados ao capital a cada mês. Dessa forma, a cada mês, o

95
valor do investimento é acrescido dos juros relativos ao mês anterior (“juros sobre juros”) e
diz-se que essa operação foi feita no sistema de juros compostos ou capitalizados. No caso,
a capitalização dos juros pode ser diária, mensal, trimestral, anual, etc.
Na fórmula obtida para o montante M, a variável t aparece como expoente do fator mensal
1,02. Isso significa que o montante cresce com o tempo segundo uma função exponencial,
diferentemente da situação dos juros simples, em que o montante cresce segundo uma
função afim. Assim, no sistema de juros compostos, se um capital C é aplicado durante um
tempo t, a uma taxa fixa, na mesma unidade de tempo, o montante da aplicação, após o
tempo t , é dado por:

M 5 C ? (1 1 i)t

Perceba que, no caso dos juros compostos, obtém-se primeiramente o montante. Com base
nele, pode-se determinar os juros, lembrando que o montante M é a soma do capital C com
os juros J, ou seja, M 5 C 1 J, o que implica

J5M2C

Em geral, a resolução de problemas de juros compostos se baseia no cálculo com potências


e na resolução de equações exponenciais. Em problemas de determinação do tempo, muitas
vezes é necessário utilizar logaritmos.

Agora é sua vez!


Para fixar os conhecimentos e praticar, faça os exercícios a seguir.
1 Um capital de R$ 16 000,00 é aplicado a juros simples. Se a taxa é de 0,5% ao mês (a.m.), determine o rendimento e o montante
acumulado em 1 ano e 8 meses.

Resposta: Como a aplicação é a juros simples sobre um capital C 5 16 000, uma taxa i 5 0,5% 5 0,005 a.m. e um período t 5 1 ano
e 8 meses 5 20 meses, calculam-se juros J:
J5C?i?t
J = 16 000 ? 0,005 ? 20
J = R$ 1 600,00

Por conseguinte, o montante M acumulado é a soma do capital C e dos juros J:


M5C1J
J = 16 000 + 1 600
J = R$ 17 600,00
2 Bruna aplicou R$ 30 000,00 a juros compostos, a uma taxa de 15% ao ano. Determine o tempo necessário para que essa
aplicação gere juros de R$ 15 000,00 (adotar log10 1,50 5 0,18 e log10 1,15 5 0,06).

Resposta: O capital aplicado por Bruna é C 5 R$ 30 000, a uma taxa de juros i = 15% = 0,15 ao ano. Uma vez que se trata de uma
aplicação a juros compostos, o montante M é dado por M 5 C ? (1 1 i)t

Alternativamente, o montante M é dado pela soma do capital C e dos juros J: M = C + J

Logo, combinando as duas últimas equações, obtém-se o tempo t necessário para que a aplicação gere os juros J 5 R$ 15 000,000:

C 1 J 5 C ? (1 + i )t
J 5 C ? (1 + i )t 2 C
J 5 C ? [(1 + i )t 2 1]

J 15000
(1 + i )t 5 1 1 ~ (1 + 0,15 )t 5 11
C 30000
1,15t 5 1,50 ~ log10 1,15t 5 log10 1,50
log10 1,50 0,18
t5 5
log10 1,15 0,06
t 5 3 anos

96 CAPÍTULO 7
3 Após uma viagem ao exterior, Rafaela tinha US$ 3 000,00 disponíveis. Ela trocou esses dólares por reais à razão de R$ 4,50 por
dólar e aplicou o valor obtido a uma taxa de 0,4% ao mês a juros compostos. Depois de certo tempo, ela retirou o montante
dessa aplicação e, desejando fazer nova viagem ao exterior, foi a uma casa de câmbio e trocou esse montante novamente por
dólares, com cada dólar cotado a R$ 4,80, obtendo nessa troca um total de US$ 3 150,00. Determine durante quanto tempo
os reais ficaram aplicados (adotar log10 1,12 5 0,05 e log10 1,004 5 0,002).

Resposta: O capital C de Rafaela após a viagem ao exterior é dado pelo produto da quantia inicial em dólares (US$ 3 000,00) pela
razão de conversão inicial de dólar para real (R$ 4,50 por dólar):

C 5 3 000 ? 4,50
C 5 R$ 13 500,00

Da mesma forma que o capital C, o montante M de Rafaela antes da nova viagem é obtido por meio da multiplicação da quantia
final em dólares (US$ 3 150,00) pela razão de conversão final de dólar para real (R$ 4,80 por dólar):

M 5 3 150 ? 4,80
M 5 R$ 15 120,00

Como se trata de uma aplicação a juros compostos a uma taxa i 5 0,4% 5 0,004 ao mês, determina-se o tempo t durante o qual
os reais ficaram aplicados:
M 5 C (1 1 i )t
15 120 5 13 500 ? (1 1 0,004)t
1,004t 5 1,12
log10 1,004t 5 log10 1,12
log10 1,12
t5
log10 1,004
0,05
t5 ~ t 5 25 meses
0,002

Professor(a), já no início da
aula, apresente aos estudantes
Atividade 2 – Semelhança de triângulos a semelhança de triângulos
e destaque para eles as
características dos três casos de
semelhança, a saber, AA (ângulo,
Explorando as ideias ângulo), LAL (lado, ângulo, lado) e
LLL (lado, lado, lado), ressaltando
Na geometria plana, um dos tópicos com diversas aplicações é a semelhança de figuras. Em os ângulos congruentes e os
particular, uma situação importante de semelhança é aquela que envolve triângulos, para os lados proporcionais. Em seguida,
explique o teorema fundamental
quais vale a seguinte definição: dois triângulos são semelhantes se, e somente se, seus ângulos da semelhança. Para esclarecer a
forma de solucionar os problemas
são respectivamente congruentes e os lados opostos a esses ângulos são respectivamente de semelhança de triângulos,
proporcionais. discuta com os estudantes os
exemplos da seção “Explorando as
Observe a figura a seguir: ideias”. Finalmente, solicite a eles
que tentem resolver os exercícios
do “Agora é sua vez!”.
A
A’

B’
B
C’
C

()
 5m A
Se forem válidas as relações m A ( ) () ( ) ( ) ( )
 Õ , m B 5 m B Õ , m C 5 m C Õ (em que m X
 ( )
A’ B ’ A’C ’ B ’C ’
designa a medida do ângulo formado no vértice X) e 5 5 5 k (em que k é um
AB AC BC
MATEMÁTICA

número real positivo), então o triângulo A'B'C' é semelhante ao triângulo ABC, sendo k a razão
de semelhança.

97
Simbolicamente, a semelhança entre os dois triângulos será representada por nA'B'C' á nABC.
Geralmente, convenciona-se indicar a semelhança dispondo os vértices dos dois triângulos na
ordem associada à congruência dos ângulos. Em triângulos semelhantes, lados opostos a ângulos
congruentes, um em cada triângulo, são denominados lados homólogos. Assim, nos triângulos
da figura anterior, os pares de lados homólogos são (AB, A'B'), (AC, A'C') e (BC, B'C').
• Exemplo 1: os dois triângulos da figura a seguir KMX e ADP são semelhantes:

M
P
10
b A
b a
y
21 X
15
a
K
18 D
X

( )
Pela figura, m Kµ 5 m A ( )
$ , m M ( ) ()
µ 5 m P$ e, consequentemente, m X  5m D  . Dessa ( ) ( )
maneira, pode-se indicar a semelhança dos triângulos obedecendo à ordem de congruência
dos ângulos, ou seja, nKMX á nAPD, e os pares de lados homólogos são (KM, AP), (KX, AD)
e (MX, PD). Portanto, tem-se a seguinte proporcionalidade:
KM KX MX
5 5
AP AD PD
y 18 21
5 5
10 15 x

Isso implica que os valores de x e y sejam os seguintes:


180
15y 5 180 ~ y 5 ~ y 5 12
15
315
18y 5 315 ~ y 5 ~ y 5 17,5
18
Para comprovar a semelhança de dois triângulos, não é necessário atestar a congruência
entre todos os ângulos e a proporcionalidade entre todos os lados, como exposto na defi-
nição. Existem alguns critérios mínimos que garantem essa semelhança. São os casos de
semelhança AA (ângulo, ângulo), LLL (lado, lado, lado) e LAL (lado, ângulo, lado).
• Caso AA – ângulo, ângulo: se dois ângulos de um triângulo são respectivamente con-
gruentes a dois ângulos de outro, então eles são semelhantes:

A P N

B C

()
Na figura anterior, se m B$ 5 m N ( ) ( ) ()
µ e m C 5 m P , então nABC á nMNP. Como conse-

quência, os lados opostos a ângulos congruentes são proporcionais, ou seja, AB 5 AC 5 BC .


MN MP NP
É claro que, se dois ângulos internos de um triângulo são congruentes a dois ângulos inter-
nos do outro, como a soma dos três ângulos é constante, igual a 180°, o terceiro ângulo de
um deles é congruente ao terceiro ângulo do outro. Assim, pode-se nomear esse caso de
semelhança, também, de AAA.

98 CAPÍTULO 7
• Caso LLL – lado, lado, lado: se os três lados de um triângulo são respectivamente
proporcionais aos três lados de outro, então eles são semelhantes:

F
X

E
Y Z

Na figura acima, se XY 5 YZ 5 XZ , então nXYZ á nDEF. Além disso, os ângulos


DE EF DF
 5m D
opostos a lados proporcionais são congruentes, ou seja, m X ( )
 , m Y 5 m E ( ) () ()
( ) ()
e m Zµ 5 m F$ .

• Caso LAL – lado, ângulo, lado: se dois lados de um triângulo são respectivamente
proporcionais a dois lados de outro e os ângulos formados por esses dois lados são
congruentes, então os dois triângulos são semelhantes:

Q
L

K
R

KL
Na figura acima, se
PQ
5
KM
PR
( ) ()
e m Kµ 5 m P$ , então nKLM á nPQR. Como consequência,

( ) () ()
µ 5 m R$ , m L$ 5 m Q
m M
QR
( )
µ e LM 5 KL 5 KM .
PQ PR

• Exemplo 2: no triângulo ABC da figura a seguir, em que BC = 10 cm, traça-se o segmento


MN tal que AM 5 3 cm, MB 5 5 cm, AN 5 4 cm e NC 5 2 cm:

A
3
M 4

5
N
2

B 10 C

AM 3 1 AN 4 1
Considerando os triângulos AMN e ACB, tem-se 5 5 5 0,5 e 5 5 5 0,5.
AC 6 2 AB 8 2
Portanto, as medidas de dois lados do triângulo AMN são proporcionais às medidas de
dois lados do triângulo ACB. Além disso, o ângulo  formado pelos lados homólogos nos
dois triângulos é comum. Sendo assim, nAMN á nACB (caso LAL) e, como consequência,
MATEMÁTICA

MN AM 1 MN 1
5 5 , o que implica 5 ~ 2 ? MN 5 10 ~ MN 5 5.
CB AC 2 10 2

99
Ainda a respeito da semelhança de triângulos, vale o teorema fundamental da semelhança:
dado um triângulo ABC, se uma reta (linha azul tracejada) paralela a BC corta os lados AB e
AC ou os seus prolongamentos nos pontos M e N, respectivamente, então o triângulo AMN
é semelhante ao triângulo ABC. Por esse teorema, são semelhantes os triângulos mostrados
nos esquemas seguintes:

N M

A
A
A

B C
M N

B C M N B C

(
µ 5 m ABC
De fato, sendo MN paralelo a BC, tem-se: m AMN ) (
$ (ângulos correspondentes )
nos triângulos dos esquemas à esquerda e ao centro e ângulos alternos internos no
triângulo do esquema à direita), Â é um ângulo comum aos triângulos dos esquemas
à esquerda e ao centro, e m MAN( 5 m BAC ) ( )
nos triângulos do esquema à direita
(ângulos opostos pelo vértice). Portanto, verifica-se que nAMN á nABC em todos
os esquemas.
• Exemplo 3: na figura abaixo, os segmentos MQ e NR se cortam no ponto T, sendo MN
paralelo a QR, MT 5 6 e QT 5 9 cm. O perímetro P do triângulo MNT é P 5 16 cm e sua área
S é S 5 12 cm2:

M N

6
T

R Q

Como MN é paralelo a QR, pelo teorema fundamental da semelhança, nMNT á nQRT. Além
MT 6 2
disso, como MT e QT são lados homólogos, a razão de semelhança é k 5 5 5 .
QT 9 3
Se dois polígonos são semelhantes com razão de semelhança igual a k, então a razão entre
seus perímetros é igual a k e a razão entre suas áreas é igual a k2. Logo, o perímetro P' e a
área S' do triângulo QRT são:
P 2 3 3
5 ~ P' 5 P ~ P' 5 ?16 5 P' 5 24 cm
P' 3 2 2

S 22 4 9 9
5 5 ~ S' 5 S ~ S' 5 ?12 ~ S' 5 27 cm2
S' 3 9 4 4

100 CAPÍTULO 7
Agora é sua vez!
Para fixar os conhecimentos e praticar, faça os exercícios a seguir.
1 Em cada item a seguir, os pares de triângulos são semelhantes. Identifique o caso de semelhança (AA, LLL ou LAL) e a razão
de semelhança k do maior lado para o menor. Em seguida, calcule as medidas solicitadas dos lados e ângulos.
a) Calcule a, b e y.

x
65º 32º
2x b
83º y
a
32º

10 cm
Tendo em vista que a soma dos ângulos internos de cada triângulo é 180°, tem-se:
• Triângulo à esquerda: 32° 1 65° 1 a 5 180° ~ a 5 108° 2 87° ~ a 5 83°;
• Triângulo à direita: 83° 1 b 1 32° 5 180° ~ b 5 108° 2 115° ~ b 5 65°.
O caso de semelhança é, portanto, AA (ângulo, ângulo), já que ambos os triângulos têm ângulos internos iguais. O lado oposto
2x
ao ângulo de 83° no triângulo à esquerda mede 2x e no triângulo à direita, x; logo, k 5 5 2. Seguindo essa proporção (razão
x
de semelhança), como o lado oposto ao ângulo de 65° no triangulo à esquerda mede 10 cm, então y 5 5 cm (correspondente ao
comprimento do lado oposto ao ângulo de 65° no triângulo à direita).

b) Calcule x.

21 cm
14 cm
20 cm a

10 cm a
x
15 cm
Um dos triângulos têm lados proporcionais aos lados do outro triângulo e um ângulo interno a idêntico; logo, o caso de semelhança
é LAL (lado, ângulo, lado). Considerando os lados que definem o ângulo a nos dois triângulos, calcula-se a razão de semelhança k:
21 14
k5 5 5 1,4
15 10
Portanto, determina-se x:
x
k5
20
x 5 20 ? k
x 5 20 ? 1,4
x 5 28 cm
c) Calcule a e b.

35 cm

35 cm 49 cm
b
25 cm 40 cm
60º a 38º 12’

56 cm

Os triângulos têm lados proporcionais; portanto, o caso de semelhança é LLL (lado, lado, lado) e a razão de semelhança k é
56 49 35
k5 5 5 5 1,4
40 35 25
Como consequência, ambos os triângulos têm ângulos iguais, o que implica a 5 60° (ângulo oposto ao lado de tamanho
intermediário do triângulo à direita). Como a soma dos ângulos internos de um triângulo é 180°, tem-se (x é o ângulo ainda
MATEMÁTICA

desconhecido do triângulo à direita) a 1 38°12' 1 X 5 180° ~ X 5 81°48'.


Como b é o ângulo oposto ao lado de maior tamanho no triângulo à esquerda, então b 5 81°48'

101
2 A figura representa, em um terreno plano, a vista lateral de uma rampa MNP que se apoia, nos pontos M e N, em dois blocos
cúbicos justapostos e se inicia no ponto P do solo. As arestas dos cubos medem 80 cm e 60 cm. Calcule a distância AP.

M
N

80 cm
60 cm
A P Solo

Resolução: os triângulos MBN e NDP são semelhantes do caso AA (ângulo, ângulo):

M
N
B
80 cm
60 cm
A P Solo
C D
A razão de semelhança k entre os triângulos (retângulos) MBN e NDP é
ND 60 cm 60 cm
k= = = ~ k 5 3.
MB ( 80 - 60 ) cm 20 cm
Portanto, o comprimento do lado DP é
DP
5k
BN
DP 5 3 ? 60 cm ~ DP 5 180 cm.
Finalmente, calcula-se a distância AP:
AP 5 AC 1 CD 1 DP
AP 5 80 1 60 1 180
AP 5 320 cm 5 3,2 m.

Atividade 3 – Grandezas: comprimento e massa


Explorando as ideias
Chama-se de grandeza toda característica de um corpo, fenômeno ou substância que pode
Professor(a), para iniciar a aula,
ser expressa quantitativamente sob a forma de um número e de uma unidade de referência. Em apresente a definição de grandeza
outras palavras: grandeza é todo atributo que pode ser contado ou medido. Duas grandezas aos estudantes e peça que eles
deem exemplos de grandezas
tidas como fundamentais ou “primárias” são o comprimento e a massa. Nesse contexto, também encontradas no cotidiano. Em
existem as grandezas derivadas, que são obtidas por meio de operações de multiplicação ou seguida, faça a diferenciação
entre grandezas fundamentais
divisão envolvendo as grandezas fundamentais. Exemplos de grandezas derivadas do compri- (“primárias”) e derivadas,
mento são a área e o volume. destacando o comprimento e a
massa. Introduza as unidades
Toda medida associada a uma grandeza é composta de duas partes: um número real e uma que essas grandezas têm no SI
e seus respectivos múltiplos e
unidade de medida, considerada como referência. Quando se diz que a massa de um objeto é de submúltiplos, bem como as formas
3,5 kg, por exemplo, você terá compreendido corretamente essa afirmação se associar a medida de converter essas unidades umas
nas outras.
(3,5 kg, em que “kg” designa o quilograma, que é uma unidade de medida) à grandeza (massa).
Grandezas fundamentais como o comprimento e a massa fazem parte do Sistema Internacional
de Unidades (SI) e possuem unidades específicas nele, porém também podem ser expressas em
unidades que são múltiplos e submúltiplos da respectiva unidade no SI. Essas unidades podem
ser convertidas umas nas outras.

Comprimento
No SI, a unidade básica de medida de comprimento ou de distância é o metro (símbolo: m).
Os múltiplos do metro são os seguintes:
• decâmetro (dam): 1 dam 5 10 m 5 101 m;
• hectômetro (hm): 1 hm 5 100 m 5 102 m;
• quilômetro (km): 1 km 5 1 000 m 5 103 m.

102 CAPÍTULO 7
Os submúltiplos do metro, por sua vez, são os seguintes:
• decímetro (dm): 1 dm 5 0,1 m 5 1021 m;
• centímetro (cm): 1 cm 5 0,01 m 5 1022 m;
• milímetro (mm): 1 mm 5 0,001 m 5 1023 m.
Repare que a sequência das unidades, da maior para a menor, é:

? 10 ? 10 ? 10 ? 10 ? 10 ? 10
km hm dam m dm cm mm

Por isso, diz-se que essas medidas fazem parte do sistema métrico decimal, fato que sugere
que a conversão de uma medida de comprimento expressa em número decimal de uma unidade
para outra pode ser feita deslocando-se a vírgula de uma em uma casa.
• Exemplo 1: para converter 53,1 km para decímetro, pode-se utilizar o seguinte esquema:

km hm dam m dm
4 unidades para a direita

Logo, deve-se deslocar a vírgula 4 casas decimais para a direita, o que equivale a multiplicar
por 1024 : 53,1 km 5 53,1 ? 104 dm 5 531 000 dm . Expresso em notação científica, esse valor
é 53,1 km 5 5,31 ? 105 dm.
• Exemplo 2: para converter 6,5 dm para hectômetro, do mesmo modo, pode-se usar o
esquema:

hm dam m dm
4 unidades para a esquerda

Portanto, deve-se deslocar a vírgula 3 casas para a esquerda ou multiplicar por 1023:

6,5 dm 5 6,5 ? 103 hm 5 0,0065 hm

Alternativamente, a forma desse valor em notação científica é 6,5 dm 5 6,5 ? 1023 hm.

Massa
Também no SI, a unidade básica de medida de massa é o quilograma (símbolo: kg). As
unidades mais utilizadas para medir uma massa são derivadas do grama, que pode ser tomado
como unidade de referência.
Os múltiplos do grama são:
• decagrama (dag): 1 dag 5 10 g 5 101 g;
• hectograma (hg): 1 hg 5 100 g 5 102 g;
• quilograma (kg): 1 kg 5 1 000 g 5 103 g.
Já os submúltiplos do grama:
• decigrama (dg): 1 dg 5 0,1 g 5 101 g;
• centigrama (cg): 1 cg 5 0,01 g 5 102 g;
• miligrama (mg): 1 mg 5 0,001 g 5 103 g.
As medidas de massa também fazem parte do sistema métrico decimal. Sendo assim, a con-
versão de unidades de massa segue o mesmo padrão utilizado para as unidades de comprimento:

? 10 ? 10 ? 10 ? 10 ? 10 ? 10
kg hg dag g dg cg mg

• Exemplo 3: a conversão de 240 cg para quilograma pode ser feita de acordo com o se-
guinte esquema:

kg hg dag g dg cg
MATEMÁTICA

5 unidades para a esquerda

103
Ou seja: deve-se deslocar a vírgula 5 casas para a esquerda, o que é equivalente a multiplicar
por 1225:

240 cg 5 240 ? 1025 kg 5 0,00240 kg

Em notação científica, tem-se 240 cg 5 2,40 ? 1023 kg.


Uma unidade muito utilizada, principalmente para grandes massas, é a tonelada (símbolo: t),
que corresponde a um múltiplo do grama: 1 t 5 1 000 000 g 5 1 000 kg.
• Exemplo 4: ao converter 0,32 t em decagrama, obtém-se:

0,32 t 5 0,32 ? 1 000 kg 5 320 kg 5 320 ? 102 dag 5 32 000 dag

Em notação científica, 0,32 t dá 3,2 ? 104 dag.

Agora é sua vez!


Para fixar os conhecimentos e praticar, faça os exercícios a seguir.
1 Determine, em metro, o perímetro (a soma das medidas dos lados) de um terreno triangular cujos lados medem 0,05 km,
3,5 dam e 0,42 hm, dando a resposta em notação científica.

Resposta: Se P é o perímetro do terreno triangular, então:


1000 m 10 m 100 m
P 5 0,05 km ? 1 3,5 dam ? 1 0,42 hm ?
1 km 1 dam 1 hm
P 5 50 m 1 35 m 1 42 m
Repare que os fatores de conversão utilizados são 1 km 5 1 000 m, 1 dam 5 10 m e 1 hm 5 100 m. Portanto, P 5 127 m.

2 Um caminhão pode carregar, no máximo, 15 toneladas. Ele já está carregado com 300 sacos de batatas, com 30 kg cada um.
Quantos tijolos, pesando 2,5 kg cada um, podem ainda ser colocados nesse caminhão sem que ele exceda sua capacidade
máxima?

Resposta: Como o caminhão já está carregado com 300 sacos de batatas com 30 kg cada, então a massa que já se encontra nele é
300 ? 30 5 9 000 kg.
1000 kg
O máximo que o caminhão pode carregar é 15 toneladas (15 t), o que dá 15 t ? 5 15000 kg . Sendo assim, descontando os
1t
9 000 kg já ocupados pelos sacos de batata, sobram 15 000 2 9 000 5 6 000 kg para os tijolos pesando 2,5 kg cada um.
6000 kg
O número de tijolos que ainda podem ser colocados no caminhão sem exceder sua capacidade máxima é 5 2 400 kg.
2,5 kg
1 tijolo

Atividade 4 – Gráficos: colunas, linhas e setores Conversa com (o)a professor(a)


Professor(a), para começar a
aula, pergunte aos estudantes
Explorando as ideias sobre situações do dia a dia
em que eles se deparam com
Os gráficos são recursos importantes para a representação de dados que, em geral, são gráficos. Em seguida, discuta
a relevância dos gráficos na
apresentados na forma textual ou em tabelas. Sobretudo quando o volume de dados é grande, visualização de dados, enfatizando
pode ser uma tarefa difícil perceber tendências e comportamentos por meio de tabelas, ainda os gráficos de colunas, linhas e
setores. Aproveite para relembrar
que elas tenham sido corretamente organizadas e possuam todos os elementos de identifica- conceitos básicos, tais como os
ção das informações. Além disso, mesmo que o volume de dados seja reduzido, gráficos são de frequência absoluta, frequência
relativa (importantes para os
preferidos, muitas vezes, por terem a capacidade de produzir um apelo visual e de tornar mais gráficos de colunas e setores) e
fácil a interpretação dos dados por parte do analista. Nesse contexto, três tipos de gráficos par ordenado (importante para
o gráfico de linhas). Depois,
muito comuns são os de colunas, de setores e de linhas, usados de forma recorrente nas mais faça com os estudantes os
exemplos apresentados na
diversas situações. seção “Explorando as ideias!”.
O gráfico de colunas, também conhecido como gráfico de barras verticais, é muito utilizado Finalmente, peça a eles que
tentem resolver os exercícios do
na apresentação de dados qualitativos. Nesse gráfico, apresentam-se as categorias dos dados “Agora é sua vez!”.

104 CAPÍTULO 7
no eixo das abscissas (horizontal), ao passo que as frequências absolutas e/ou relativas (em por-
centagem) de cada uma dessas categorias são lidas no eixo das ordenadas (vertical). Ademais,
todas as barras são verticais (daí serem chamadas de colunas) e têm a mesma largura, sendo
suas alturas proporcionais às frequências das respectivas classes.
O gráfico de colunas a seguir associa, a cada montadora (categoria), a porcentagem de parti-
cipação nas vendas de automóveis e comerciais leves no Brasil em fevereiro de 2019 (frequência
relativa). Nele, a variável porcentagem de vendas é função da variável montadora:

Participação das montadoras nas vendas


de automóveis e comerciais leves no Brasil,
em porcentagem – fevereiro de 2019

AUTOMÓVEIS E COMERCIAIS LEVES


30%
20,19%

19,02%

24%
15,04%

18%
9,49%

8,41%

7,72%

7,33%
12%

5,30%

4,08%

3,42%
6%
0
TOYOTA

OUTROS
FIAT

GM

VW

RENAULT

FORD

JEEP

NISSAN

HYUNDAI

Disponível em: https://mundodoautomovelparapcd.com.br/


vendas-diretas-em-fevereiro-de-2019-prisma-assume-terceira-posicao/.
Acesso em: 2 jul. 2020.

• Exemplo 1: em certo mês, as vendas de uma pequena loja de roupas, em número de


itens, foram de 18 vestidos, 12 saias, 24 calças, 27 camisas, 12 paletós, 36 bermudas e 21 pi-
jamas. Colocando esses dados em um gráfico de colunas contendo as frequências absolu-
tas (número de ocorrências de cada item) e as frequências relativas (número de ocorrências
de cada item dividido pelo número total de ocorrências, de 150), obtém-se:

50

36
40 (24,0%)
27
Número de itens

30 24 (18,0%)
(16,0%) 21
18 (14,0%)
20 (12,0%)
12 12
(8,0%) (8,0%)
10

0
Vestidos Saias Calças Camisas Paletós Bermudas Pijamas

A construção do gráfico de linhas, por sua vez, é iniciada com a marcação dos pontos na
forma de pares ordenados (x, y) em um plano cartesiano de eixos coordenados (abscissas
x no eixo horizontal e ordenadas y no eixo vertical). Em seguida, os pontos são ligados por
meio de linhas ou segmentos de reta com o objetivo de gerar a noção de que existe uma
continuidade dos dados, servindo também para guiar o olho do analista. Adicionalmente,
os pontos podem estar ou não ressaltados no gráfico de linhas.
MATEMÁTICA

No gráfico de linhas a seguir, associa-se a cada ano (desde 2010 até 2018) a taxa de cres-
cimento do PIB real per capita do Brasil em relação ao ano anterior (valores negativos são

105
destacados em vermelho). Nele, a variável taxa de crescimento do PIB real per capita é
função da variável ano:

Taxa anual de crescimento do PIB real per capita no Brasil – 2010 a 2018
%
8
7 6,47
6
5
4 3,07
3 2,13
2 1,04
1 0,30
0 20,35 0,26
21
22
23
24 24,10
25 24,38
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Fontes: Bacen e IBGE. Disponível em: https://portal.tcu.gov.br/contas-do-governo/conjuntura-economica-pib.html.
Acesso em: 13 abr. 2020.

• Exemplo 2: os dados anuais de produção de mel de abelha no Brasil levantados pelo IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no período de 2011 a 2021 estão reunidos na
tabela abaixo:

Ano Quantidade (kg)

2011 41 792 775

2012 33 931 503

2013 35 364 528

2014 38 481 416

2015 37 859 193

2016 39 677 393

2017 41 695 747

2018 42 268 297

2019 46 088 931

2020 52 491 135

2021 55 828 154


Fonte: disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/tabela/74#resultado,
acesso em: 19 jun. 2023.

O gráfico de linhas preparado a partir dos dados da tabela anterior está mostrado abaixo.
Nele, percebe-se que as únicas sequências de anos em que houve redução da produção de
mel de abelha foram de 2011 para 2012 e de 2014 para 2015:

60.000.000
52.491.135
Quantidade de mel de abelha (kg)

50.000.000 55.828.154
41.792.775 42.268.297
38.481.416 39.677.393
46.088.931
40.000.000 35.364.528
41.695.747
37.859.193
30.000.000 33.931.503

20.000.000

10.000.000

0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
Ano

O gráfico de setores, também chamado de gráfico de pizza em razão de sua aparência (o


gráfico é um disco dividido em fatias, similar a uma pizza), mostra como o todo (total dos

106 CAPÍTULO 7
dados) se divide em partes (categorias dos dados). Trata-se de um recurso cujo uso é reco-
mendado apenas quando o número de categorias de dados for pequeno (se o número for
muito grande, é mais interessante usar o gráfico de colunas para evitar confusão na leitura).
No gráfico de setores, uma circunferência é repartida em um número de setores igual ao
número de categorias, sendo o ângulo de cada setor dado pelo produto da frequência
relativa da respectiva categoria por 360°.
O gráfico de setores a seguir associa, a cada fonte de energia (categoria), seu percentual de
participação na matriz energética brasileira (frequência relativa). Nele, a variável participação
percentual é função da variável fonte de energia:

Participação das fontes de energia no Brasil, em porcentagem


Petróleo e
Solar e eólica Carvão derivados
6,9% 4,1% 2,5%

Biomassa
8,2%
Gás natural Nuclear
10,5% 2,6%

Hidráulica
65,2%

Fonte: IEA – Agência Internacional de Energia. Disponível em: http://epe.gov.br/pt/


abcdenergia/matriz-energetica-e-eletrica. Acesso em: 13 abr. 2020.

• Exemplo 3: Um total de 3 200 pessoas foram entrevistadas em uma pesquisa de opinião


a respeito da qualidade dos serviços prestados por uma rede de oficinas mecânicas com
unidades espalhadas por vários estados do Brasil. Do total de perguntados, 1 500 disseram
que a qualidade dos serviços é boa, 800 disseram que é regular, 550 disseram que é ruim e
os demais (350) disseram que não sabem. A tabela de frequência que reúne esses resulta-
dos é a seguinte:

Qualidade Frequência absoluta Frequência relativa

1600
Boa 1 600 5 0,500 5 50,0%
3200

8000
Regular 800 5 0,250 5 25,0%
3200

560
Ruim 560 5 0,175 5 17,5%
3200

240
Não sabe 240 5 0,075 5 7,5%
3200
MATEMÁTICA

Total 3 200 100%

107
O gráfico de setores preparado a partir da tabela anterior é mostrado abaixo.

7,5%

17,5% Boa
Regular
50,0%
Ruim
Não sabe
25,0%

Os ângulos associados a cada um dos setores do gráfico anterior são os seguintes:


• Boa: 0,50 ? 360° 5 180°;
• Regular: 0,25 ? 360° 5 90°;
• Ruim: 0,175 ? 360° 5 63°;
• Não sabe: 0,075 ? 360° 5 27°.

Agora é sua vez!


Para fixar os conhecimentos e praticar, faça os exercícios a seguir.
1 Um estudo caracterizou 5 ambientes aquáticos, nomeados de A a E, em uma região, medindo parâmetros físico-químicos de
cada um deles, incluindo o pH nos ambientes. O gráfico I representa os valores de pH dos 5 ambientes.
Gráfico I
Resposta: Pelo gráfico II, vê-se
que o número de espécies com
Reprodução/ENEM, 2005

10 pH ótimo de sobrevida entre 7 e


8 é o mais alto (aproximadamente
8 40 espécies, com todas as outras
barras sendo de menor valor ou
6 altura). Por conseguinte, pelo
pH

4 gráfico I, verifica-se que um maior


número de espécies é esperado
2 no ambiente D, no qual o valor de
pH encontra-se justamente entre
0 7 e 8 (alternativa “d”).
A B C D E
Ambiente

Gráfico II

40
Número de espécies

30

20

10

0
3 4 5 6 7 8 9 10 11
pH ótimo de sobrevida

Utilizando o gráfico II, que representa a distribuição estatística de espécies em diferentes faixas de pH, pode-se esperar um
maior número de espécies no ambiente
a) A d) D
b) B e) E
c) C

108 CAPÍTULO 7
2 Um cientista trabalha com as espécies I e II de bactérias em um ambiente de cultura. Inicialmente, existem 350 bactérias da
espécie I e 1 250 bactérias da espécie II. O gráfico representa as quantidades de bactérias de cada espécie, em função do dia,
durante uma semana.
Bactérias das espécies I e II

1600
1450
1400 1350
1400
1250

Quantidade de bactérias

Reprodução/ENEM, 2014
1200 1100

1000
1000 Bactérias I
800 850
800 Bactérias II
650
600

400 290
350 300
200 300

0
0 Em dias
Seg. Ter. Qua. Qui. Sex. Sáb. Dom.

Em que dia dessa semana a quantidade total de bactérias nesse ambiente foi máxima?
a) Terça-feira.
b) Quarta-feira.
c) Quinta-feira.
d) Sexta-feira.
e) Domingo.

Resposta: As quantidades totais de bactérias no ambiente correspondem às somas das bactérias da espécie I e da espécie II em cada dia;
portanto, a partir dos dados apresentados no gráfico de linhas, tem-se:
• Segunda (Seg.): 1 250 1 350 5 1 600; • Quinta (Qui.): 850 1 650 5 1 500; • Domingo (Dom.): 1 350 1 0 5 1 350.
• Teça (Ter.): 1 100 1 800 5 1 900; • Sexta (Sex.): 1 400 1 300 5 1 700;
• Quarta (Qua.): 1 450 1 300 5 1 750; • Sábado (Sáb.): 1 000 1 290 5 1 290;
Portanto, o dia da semana em que a quantidade total de bactérias no ambiente foi máxima é terça-feira (alternativa “a”).

3 No ano de 2020, a população de certo país era de aproximadamente 146 000 000 habitantes. Tendo esse mesmo ano como
referência, a distribuição dos habitantes pelo critério da cor da pele é dada pelo seguinte gráfico de setores:

6,3%

Brancos
42,4% Pretos
38,5% Pardos
Amarelos

12,8%

Quantos habitantes do país em questão eram pardos em 2020?

Resposta: A população do país em 2020 era de 146 000 000 (146 milhões) de habitantes. Com base nessa informação e considerando
o gráfico de setores fornecido, determina-se o número de habitantes pardos em 2020:
• Número de habitantes pardos: 38,5% de 146 milhões 5 0,385 ? 146 000 000 5 56 210 000.
MATEMÁTICA

Logo, o número de habitantes do país em questão que eram pardos em 2020 é 56 210 000.

109
8
Vl
ad
im
ir W
ran
ge
/Sh
utt
ers
RELAÇÕES ALGÉBRICAS,

toc
k
ARITMÉTICAS E GEOMÉTRICAS

Professor(a), nesta atividade, você vai trabalhar


Atividade 1 – Função afim com seus alunos a função afim. Sugerimos que
retome a ideia de variável e coeficiente para
deixar clara a forma geral da função. Neste capítulo, o conjunto de
Explorando as ideias atividades tem como objetivo
desenvolver as seguintes habilidades:
Uma função de 1o grau, também conhecida como função afim, apresenta a relação de de-
Objeto do
pendência entre duas variáveis escrita de forma geral como: Habilidades Desc
conhecimento

y = ax 1 b ou f(x) 5 ax 1 b Identificar leis


matemáticas
que expres-
sendo x e y as variáveis da função e a e b os coeficientes da função. Função de
sem a relação H15
1o grau
de dependên-
Veja os exemplos a seguir: cia entre duas
grandezas.
f(x) 5 px 1 4 é uma função afim, com a 5 p e b 5 4.
Utilizar o
f(x) 5 3x2 1 4 não é uma função afim, pois o polinômio da função não é de 1o grau. teorema de
Pitágoras ou
f(x) 5 5x é uma função afim, com a 5 5 e b 5 0. semelhança
de triângulos
O coeficiente a é chamado de coeficiente angular e indica se a função é crescente ou decrescente: Teorema de
na seleção de H9
Pitágoras
argumentos
Se a > 0 ~ crescente propostos
como solução
Se a < 0 ~ decrescente de problemas
do cotidiano.
Observe os exemplos a seguir. Noção de Aplicar a no-
escalas na ção de esca-
a) f(x) 5 3x 1 4 é uma função de 1 grau crescente, pois a 5 3.
o leitura de las na leitura H11
plantas ou de plantas ou
b) f(x) 5 22x 1 8 é uma função de 1 grau decrescente, pois a 5 22.
o mapas mapas.
Calcular a mé-
O coeficiente b é chamado de coeficiente linear e indica o valor de y quando x é igual a zero: dia aritmética
de um conjun-
Se x = 0 ~ y=b to de dados
expressos em
Observe os exemplos a seguir. uma tabela de
Média
frequências H27
aritmética
a) f(x) 5 3x 1 4 é uma função de 1o grau que corta o eixo das abscissas no ponto (0, 4). de dados
agrupados
b) f(x) 5 22x 1 8 é uma função de 1o grau que corta o eixo das abscissas no ponto (0, 8). (não em
classes) ou
gráficos de
A representação gráfica de uma função afim é uma linha reta. Veja a representação de f(x) = 2 + 1: colunas.
MRS Editorial

23 22 21 0 1 2 3
21

22

23

24

25

110
Raiz da função de 1o grau
A raiz, ou zero, da função de 1o grau é o valor de x para o qual a função assume valor zero.
Dessa maneira, para calcular a raiz de uma função de 1o grau, devemos fazer f(x) 5 0. Veja o
exemplo.
f(x) 5 24x 1 8
0 5 24x 1 8
24x 5 28
x52
Assim, a raiz da função f(x) 5 –4x 1 8 é 2.

Agora é sua vez!


1 Classifique as funções como crescentes ou decrescentes.
a) y = –3x + 2 Resolução: a e d são decrescentes e b e c são crescentes.
b) f(x) = x – 9
c) f(x) = 0,3x
d) f(x) = –18 – 4x
2 Calcule as raízes das funções:
a) f(x) = 4x + 20 Resolução: a) –5; b) 3,5.
b) f(x) = –10x + 35
3 Um lote de terra vale hoje R$ 16 000,00. Sabe-se que ele terá uma valorização anual de R$ 500,00. Suponha que V seja o valor
desse lote daqui a t anos. Resolução: a) R$ 500,00; b) V = 16 000 + 500t; c) 8 anos.
a) Qual é a taxa de variação por ano?
b) Escreva uma função que relacione V e t.
c) Depois de quanto tempo o lote passará a valer R$ 20 000,00?

Nesta atividade, você vai trabalhar


Atividade 2 – Teorema de Pitágoras com seus alunos o teorema de Pi-
tágoras na resolução de problemas.
Sugerimos que reforce a identifica-
ção dos catetos e da hipotenusa de
Explorando as ideias um triângulo retângulo.

Elementos do triângulo retângulo


Como sabemos, o triângulo retângulo é aquele que apresenta um ângulo de 90°.
C

B
MRS Editorial

Os lados AB e AC, que formam o ângulo reto, são chamados de catetos. O lado BC é chama-
do de hipotenusa. Ele é o lado oposto ao ângulo reto e, pela desigualdade triangular, como
está oposto ao maior ângulo, também será o maior lado do triângulo.

Teorema de Pitágoras
MATEMÁTICA

Em todo triângulo retângulo, a soma dos quadrados das medidas dos catetos é igual ao
quadrado da medida da hipotenusa.

111
Isso significa que, no triângulo ABC a seguir:

Ilustrações: MRS Editorial


B

A
(AB)2 1 (AC)2 5 (BC)2

Exemplo:
(UCS-RS-adaptada) Na situação da figura a seguir, deseja-se construir uma estrada que
ligue a cidade A à cidade C, com o menor comprimento possível. Essa estrada medirá, em
quilômetros:
A

40 km

B 50 km C

a) 24
b) 28
c) 30
d) 32
e) 40
Resolução:
Nesse caso, aplicamos o teorema de Pitágoras diretamente ao triângulo apresentado.
Assim:
x2 1 402 5 502
x2 1 1 600 5 2 500
x2 5 900
x 5 30
Portanto, nas condições apresentadas pelo problema, a estrada medirá 30 km.
A alternativa correta é a C.

Agora é sua vez!


1 Calcule o lado que falta nos triângulos retângulos apresentados a seguir.

a) b)

3 cm 20 cm
Ilustrações: MRS Editorial

12 cm

5 cm

Resolução: a) 34 cm; b) 16 cm.

112 CAPÍTULO 8
2 Uma escada de 5 m de comprimento está apoiada em uma parede vertical cujo pé dista 3 m da parede. Qual é a altura da
parede, em metro, em que a escada está apoiada? Resolução: 4 m.

5m

3m

3 Para retirar um gato de cima de um prédio de 15 m foi necessário colocar uma escada que vai até o topo. Veja o esquema a
seguir. Com base nessas informações, qual é o tamanho da escada? Resolução: 17 m.
Ilustrações: MRS Editorial

Escada

8m

Atividade 3 – Escala Professor(a), nesta atividade, você vai trabalhar com seus alunos a escala em mapas e plantas.
Sugerimos que identifique se eles realizam conversões básicas entre medidas de
comprimento: 10 mm = 1 cm; 100 cm = 1 m; 1 000 m = 1 km.

Explorando as ideias

Escala de uma representação gráfica (mapa, desenho, etc.) é a razão entre a medida de um
comprimento qualquer representado e a medida do comprimento real correspondente a ele.

As escalas são utilizadas para representar em uma área menor mapas de regiões ou proje-
tos de construções, máquinas etc.

Escala = comprimento representado


comprimento real
Exemplo:
Se a medida real da altura de um edifício é 50 m e, em uma maquete desse edifício, essa
altura é 20 cm, a escala utilizada na maquete é:
20 cm 20 cm 1
MATEMÁTICA

5 5 5 1: 250
50 m 5 000 cm 250

113
Agora é sua vez!
1 Determine a escala utilizada em cada representação de medida de comprimento indicada na tabela a seguir.

Comprimento
Comprimento real Escala
representado

8 cm 16 km 1 : 200 000

5 cm 300 m 1 : 6 000

25 mm 4,5 km 1 : 180 000

2 Na planta de um apartamento, 4 cm equivalem a uma distância real de 2 m. Qual é a escala utilizada nesse desenho?
Resolução: 1:50.

Atividade 4 – Média aritmética Professor(a), nesta atividade você vai trabalhar com seus alunos o cálculo da
média de dados obtidos em tabelas e gráficos. Sugerimos que os lembre
da importância da leitura dos eixos e demais informações apresentadas.
Explorando as ideias
Leia, a seguir, o título de uma reportagem.

Brasileiro consome, em média, 25 kg de banana por ano


Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/09/brasileiro-consome-em-media-25-kg-de-banana-ao-ano.shtml>.
Acesso em: 8 out. 2019.

Esse texto não afirma que cada brasileiro consome 25 kg de banana por ano. Alguns consomem mais, outros menos, e com
certeza há até aqueles que não gostam dessa fruta. No entanto, esse valor médio tem um significado muito importante quando se
analisa um conjunto de valores de uma variável. Acompanhe um exemplo.
A tabela a seguir lista as notas obtidas por Ana em quatro provas de um concurso e a soma dessas notas. Cada prova valia 10 pontos.

Notas obtidas por Ana

Prova Português Matemática Inglês Informática Soma

Nota 8 7 9 6 30

Note que Ana obteve notas diferentes nas quatro provas. Imagine que ela tivesse obtido a mesma nota nas quatro provas,
porém com o mesmo total de pontos (30). Essa nota é a média (ou média aritmética) das notas de Ana e é dada por:

Soma das notas 8 + 7 + 9 + 6 30


Média de Ana 5 = = = 7, 5
Quantidade de notas 4 4

A tabela a seguir mostra as notas obtidas por Carina no mesmo concurso, bem como a soma de suas notas.

Notas obtidas por Carina

Prova Português Matemática Inglês Informática Soma

Nota 10 6 5 9 30

Note que Carina obteve a soma das notas igual à obtida por Ana. Isso significa que sua média será a mesma de Ana.

Soma das notas 10 + 6 + 5 + 9 30


Média de Carina 5 = = = 7, 5
Quantidade de notas 4 4

A média de um conjunto finito de valores de uma variável indica a tendência central desses valores. Ela é calculada do seguinte modo:

Soma dos valores


Média =
Quantidade de valores

114 CAPÍTULO 8
Analisando, ainda, o desempenho de Ana e Carina no concurso, podemos estar interessados em descobrir qual das duas se
manteve mais regular nos exames, ou seja, qual delas teve as notas das quatro provas mais próximas da média. Uma das formas
de realizar essa análise é pelo cálculo da amplitude da série de notas de cada uma, dada pela diferença entre o maior e o menor
valor da série, nessa ordem.
• Amplitude da série de notas de Ana:
maior nota – menor nota: 9 2 6 5 3
• Amplitude da série de notas de Carina:
maior nota – menor nota: 10 2 5 5 5
Concluímos que Ana apresentou maior regularidade, porque a amplitude relativa às suas notas (3) é menor que a amplitude
relativa às notas de Carina (5). A amplitude menor significa notas, em geral, mais próximas da média.

A amplitude de uma série finita de valores numéricos de uma variável quantitativa é dada por:
amplitude 5 maior valor 2 menor valor

De maneira geral, a amplitude de uma série de valores indica se eles estão mais próximos (amplitude menor) ou mais distantes
(amplitude maior) da média. Amplitude menor significa valores mais concentrados; amplitude maior, valores mais dispersos.

Agora é sua vez!


1 Bernardo e Ricardo são vendedores em uma loja de produtos de telefonia. O gráfico de barras a seguir mostra o número de
aparelhos celulares que cada um deles vendeu nos cinco dias de determinada semana.

Vendas de celulares (em número de aparelhos)

MRS Editorial
12
10
8
6 Bernardo
Ricardo
4
2
Resolução: Para ambos, a média
0 de vendas é de 7,6 aparelhos.
Segunda Terça Quarta Quinta Sexta a) Qual é a média de vendas de Bernardo?
b) Qual é a média de vendas de Ricardo?

2 (Enem) As notas de um professor que participou de um processo seletivo, em que a banca avaliadora era composta de cinco
membros, A, B, C, D e E, são apresentadas no gráfico.
Notas (em pontos) Sabe-se que cada membro da banca atribuiu duas
20
19 notas ao professor, uma relativa aos conhecimentos es-
18 18
17 pecíficos da área de atuação e outra, aos conhecimentos
16 16 16
pedagógicos, e que a média final do professor foi dada
14 14 14
13 pela média aritmética de todas as notas atribuídas pela
12 12 banca avaliadora. Utilizando um novo critério, essa banca
Conhecimentos
10 avaliadora resolveu descartar a maior e a menor nota atri-
específicos
8 buídas ao professor. A nova média, em relação à média
Conhecimentos
6 pedagógicos anterior, é: Resolução: a) 16,8; b) 11,2.
4
a) Qual é a média de conhecimentos específicos para
2 1 esse professor?
0
Av Av Av Av Av b) E a média de conhecimentos pedagógicos?
MATEMÁTICA

al iad al iad alia alia alia


or or do d do
A B rC or rE
D
Reprodução/Enem,2013.

115
Prepara Saeb
1. Em uma aplicação da poupança, quando se aplica R$ 1 500,00 a uma taxa de 5% ao mês, ao final de t meses, o montante M
obtido é igual a H-18: Avaliar propostas de intervenção na realidade, utilizando cálculos de porcentagem e/ou juros.
Resolução: Na aplicação de poupança M 5 C ? (11 i)t
a) M = 1 500 + 7 500 ∙ t. d) M = 1 500 + 1,5t.
em questão, o capital é C = R$ 1 500,00 M 5 1 500 ? (110,05)t
b) M = 1 500 + 750 ∙ t. e a taxa é i 5 5% 5 0,05 ao mês. Logo, e) M = 1 500 + 1,05t. M 5 1 500 ? 1,05t
ao final de meses, determina-se o Portanto, a alternativa correta é a “E”.
c) M = 1 500 + 75 ∙ t. montante M obtido:

2. Seccionando-se uma pirâmide de 24 cm de altura por um plano paralelo à base e distante 6 cm do vértice, obtém-se uma secção
cuja área mede 10 cm ². A medida da área da base dessa pirâmide é:
H-9: Utilizar o teorema de Pitágoras ou semelhança de triângulos na seleção de argumentos propostos como solução de problemas do cotidiano.
Observe que são duas pirâmides semelhantes, uma com altura
a) 40 cm². c) 90 cm². e) 160 cm². 24 cm e outra com altura 6 cm, o que permite concluir que a
razão de semelhança da maior para a menor é 4. Sabendo-se
b) 80 cm². d) 120 cm². que a área da base da menor é 10 cm², a medida da área da
Resolução: Gabarito: e maior será 4² ? 10 = 160 cm².
H-10: Estabelecer relações entre diferentes unidades de medida (comprimento, massa, capacidade, área, volume).
3. A densidade ou massa específica de uma substância homogênea é a razão entre sua massa e seu volume, nessa ordem. A
densidade do mercúrio é de 13,6 kg/L, ou seja, 1 litro de mercúrio possui massa de 13,6 quilogramas.
Levando em conta que 1 kg = 1 000 g e que 1 L 5 1 dm3 5 1 000 cm3, a densidade do mercúrio, em g/cm3, é igual a:
Resolução: Dado que 1 kg = 1 000 g e 1 L = 1 dm3 13 600 g g
a) 0,0136. = 1 000 cm3, como a densidade do mercúrio é d) 13,6. = 13, 6
1 000 cm3 cm3
b) 0,136. 13,6 kg/L, então um volume de 1 L = 1 000 cm3 de e) 136. Ou seja, a densidade tem o
mercúrio possui uma massa de 13,6 kg = 13 600 g, o mesmo valor nas unidades kg/L e g/cm3.
c) 1,36. que implica que sua densidade em g/cm3 é Portanto, a alternativa correta é a “D”.
4. O consumo de vinho no Brasil vem aumentando ano a ano. Estudos científicos mostram que, se consumida com moderação,
essa bebida pode trazer inúmeros benefícios à saúde, ajudando inclusive na prevenção de algumas doenças circulatórias.
O vinho produzido por um pequeno vinicultor brasileiro preenche completamente um tanque em forma de paralelepípedo
retângulo com dimensões internas de 0,8 m de comprimento, 0,6 m de largura e 1 m de altura, conforme mostra a figura.
H-10: Estabelecer relações entre diferentes unidades de medida (comprimento, massa, capacidade, área, volume).
Uma vez que o comprimento, a largura e a altura são conhecidos, o volume V do
Lembretes: tanque em forma de paralelepípedo retângulo é
V 5 comprimento ? largura ? altura
V 5 (0,6 m) ? (0,8 m) ? (1,0 m)
Volume do paralelepípedo = V 5 0,48 m3
Considerando que todo o vinho (que cabe no tanque paralelepipédico) será
1m = comprimento 3 largura 3 altura acondicionado em garrafas de 750 mililitros (750 mL) cada, dado que
1 m3 = 1 000 L=1 000 000 mL=106mL, o número de garrafas cheias de vinho
será de:
1 m3 equivale a 1 000 litros  1 000 000 mL 
0, 48m3 ⋅  
0,6 m  1 m3  = 4,8 ⋅ 10 mL = 640 garrafas. Portanto, a alternativa
5

0,8 m 750 mL 750 mL correta é “B”.


1 garrafa 1 garrafa

Todo esse vinho deverá ser acondicionado em garrafas que comportam 750 mililitros cada uma. Quantas dessas garrafas
cheias de vinho o vinicultor obterá?
a) 360 b) 640 c) 3 600 d) 6 400 e) 64 000
H-22: Identificar informações apresentadas em tabelas ou gráficos (de colunas, de setores e de linhas).
5. As possibilidades de ganho ou perda de investimen-
to em ações podem ser percebidas com o acompa- Índices da BOVESPA
nhamento dos índices de uma bolsa de valores.
5
As ações têm tendência de aumentar ou diminuir 3,96
4
de valor em conjunto. O gráfico ao lado mostra a 3
evolução das negociações na Bolsa de Valores de 2
percentual

1,42
São Paulo (Bovespa) durante 5 dias úteis do mês de 1
1,06
0,79
outubro de 2011. 0
Houve uma queda significativa nas negociações da -1 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

Bovespa do dia 10 para o dia 17 de outubro. O valor -2


-2,03
da queda, em dados percentuais, foi de: -3
dias do mês de outubro de 2011
a) 5,99. b) 2,90. c) 2,82. d) 1,93.
Hoje em Dia, 18 out. 2011, Economia, p. 11.
Resolução: Gabarito: A

116 CAPÍTULO 8
Prepara Saeb
6. Para calcular os custos de uma festa de aniversário, Giselle estimou uma média de 10 salgadinhos por pessoa, custando R$ 0,35
cada salgadinho. Descritor: H15 - Identificar leis matemáticas que expressem a relação de dependência entre duas grandezas.
A relação que expressa o custo total dos salgadinhos (C) em função do número de convidados (n) para a festa de Giselle é
a) C = 0,35n b) C = 0,35n + 10 c) C = 3,5n d) C = 3,5n + 10 e) C = n
Resolução: C = 10 ∙ 0,35 ∙ n ~ C = 3,5n
Gabarito: C
3,5
7. A figura representa a planta de um jardim em forma de retângulo, situado em um terreno plano. Para atravessar esse jardim,
foi construída a passagem AB em uma de suas diagonais.
Descritor: H9 - Utilizar o teorema de Pitágoras ou semelhança de triângulos na seleção de argumentos propostos como solução de problemas do cotidiano.
B
O comprimento x da passagem AB é igual a
a) 70 m. Resolução: Gabarito: B
x² = (30)² + (40)²
b) 50 m. x² = 900 + 1600
x x² = 2500
30 m

c) 40 m. x= 50
d) 30 m.

A
40 m

8. Pedro desenhou a planta de sua loja na escala 1:125. Isso significa que cada 1 cm na planta equivale a 125 cm na situação real.
Sabendo-se que, na planta, o comprimente da loja é de 12 cm e a largura é de 6 cm, as medidas reais do comprimento e da
largura da loja são Descritor: H11 - Aplicar a noção de escalas na leitura de plantas ou mapas.
a) 12 m e 6 m Resolução: Comprimento: 12 ∙ 125 cm = d) 18 m e 9 m
= 1 500 cm = 15 m; Largura: metade do
b) 12,5 m e 6,25 m comprimento = 7,5 m. e) 20,8 m e 10,4 m
c) 15 m e 7,5 m Gabarito: C.

9. Em 2008, o Governo Federal diminuiu o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para combater a crise, intensificando o
consumo. Houve grande aumento na compra de carros financiados a partir de então. Com o retorno da taxa normal do IPI,
cresceu a inadimplência dos financiamentos dos automóveis adquiridos, conforme mostra a tabela a seguir.
Descritor: H27 - Calcular a média aritmética de um conjunto de dados expressos em uma tabela de frequências de dados agrupados (não
em classes) ou gráficos de colunas.

Percentual de inadimplência dos financiamentos de veículos – 2011

JAN FEV MAR ABR MAIO JUN JUL AGO

2,6 2,8 3 3,2 3,6 3,8 4 4,2

Hoje em Dia, 14 out. 2011, Economia, p. 7.

A média do percentual de inadimplência no período apresentado é de


Resolução: Gabarito: C
a) 0,2. c) 3,4.
2, 6 + 2, 8 + 3 + 3, 2 + 3, 6 + 3, 8 + 4 + 4, 2
b) 2,6. = 3, 4 d) 3,9.
8
10. Com base na observação do crescimento de uma planta, um botânico esboçou o gráfico cartesiano a seguir, em que y indica
a altura da planta, em centímetros, x dias após ela ser plantada. Descritor: H15 - Identificar leis matemáticas que expressem a rela-
ção de dependência entre duas grandezas.
y (cm)
A expressão de y em função de x é
5 10 x
a) y = 5x Resolução: 1 = ;2= y= .
5 5 5
x Gabarito: B.
2 b) y =
5
c) y = x + 2
1
d) y = 2x

0 5 10 x (dias) e) y = x + 5
MATEMÁTICA

117
9
Vl
ad
im
ir W
ran
ge
/Sh
utt
ers
REPRESENTANDO E

toc
k
IDENTIFICANDO GRANDEZAS

Atividade 1 – Gráfico da função de 1o grau Neste capítulo, o conjunto de atividades


Nesta atividade, vamos aprender como é possível construir tem como objetivo desenvolver as
um gráfico da função de 1o grau e identificar a relação entre seguintes habilidades:
Explorando as ideias grandezas representadas no plano cartesiano por meio de Identificar gráfico
uma função de 1o grau. Explore com os estudantes nas cartesiano que
relações entre as grandezas apresentadas e simule novas represente
Gráfico da função de 1o grau situações. Gráfico da
a relação de
função de 1o H20
Para obter o gráfico de uma função f, escolhemos alguns valores para x e calculamos os interdependência
grau.
entre duas
valores correspondentes de f(x). Com isso, obtemos alguns pontos pertencentes a esse grandezas
(variação linear).
gráfico. No caso da função de 1o grau, podemos identificar apenas dois pontos, pois o gráfico
que a representa é uma reta ou parte dela. Acompanhe a construção do gráfico da função Identificar
características
f(x) 5 2x + 1 no plano cartesiano a seguir. Polígonos
de polígonos ou
e sólidos H7
sólidos (prismas,
geométricos.
pirâmides,
X y = f(x) = 2x + 1 (x, y) cilindros).
0 y = f(0) = 2 · 0 + 1 = 1 (0, 1) Estabelecer
relações entre
Relações
diferentes
1 y = f(1) = 2 · 1 + 1 = 3 (1, 3) entre
unidades de
diferentes
medida (tempo, H10
unidades de
comprimento,
medida de
massa,
tempo.
capacidade, área,
volume).
MRS Editorial

y Calcular a média
aritmética de
5 um conjunto de
dados expressos
Conjunto
4 em uma tabela
de dados H27
de frequências de
estatísticos.
dados agrupados
3 (não em classes)
ou gráficos de
colunas.
2

23 22 21 0 1 2 3 x
21

22

23

24

25

118
Agora é sua vez!
1 As grandezas x e y são diretamente proporcionais e estão representadas no gráfico a seguir.

10

7,5

2,5

0 1 3 4 x

a) Determine o valor de y quando x 5 10. y 5 25


b) Determine o valor da constante de proporcionalidades entre y e x, nessa ordem. k 5 2,5
2 Roseane é vendedora de planos de saúde. Ela recebe R$ 1 200,00 de salário fixo mensal e R$ 100,00 a cada plano vendido.
Com base nisso, faça o que se pede.
a) Expresse o salário mensal de Roseane em função da quantidade de planos vendidos. S(n) 5 1 200 1 100n
b) Esboce o gráfico da função.

2 400
2 200
2 000
1 800
1 600
1 400
1 200
1 000
800
600
400
200

210 0 10 20 30

3 Em uma cidade brasileira, o preço de uma corrida de taxi é definido da seguinte maneira: a bandeirada custa R$ 3,00 (custo
fixo para todas as corridas) e o quilômetro rodado custa R$ 2,50.
a) Determine uma função para calcular o preço da corrida, utilizando P para identificar o preço e n para identificar o número
de quilômetros. Identificamos que o custo fixo é R$ 3,00 e o custo variável, por quilômetro, é R$ 2,50. Assim: P 5 3 1 2,5n
b) Esboce o gráfico dessa função.

n P 5 3 1 2,5n (x, P)

0 P 5 3 1 2,5 ? 0 5 3 (0, 3)

2 P 5 3 1 2,5 ? 2 5 8 (2, 8)

16
14
Para esboçar o gráfico, vamos identificar dois pontos 12
pertencentes à função. 10
Identificados os pontos, marcamos no gráfico e, 8
depois, ligamos por uma semirreta. Nesse caso, não 6
é possível que o táxi ande quilômetros negativos; por 4
isso, começamos a semirreta do ponto com n = 0. 2
MATEMÁTICA

0 2 4 6 8

119
c) Se uma corrida realizada nessa cidade custou R$ 23,00, quantos quilômetros foram percorridos?
Como o preço da corrida é P 5 23, substituímos esse valor na variável correspondente. Assim:
P 5 3 1 2,5n
23 5 3 1 2,5n
20 5 2,5n
20
n5 =8
2,5
Portanto, foram percorridos oito quilômetros por R$ 23,00.

Explorando as ideias
Proporcionalidade na função linear
Se as quantidades x e y são relacionadas pela equação y 5 k ? x e k = 0 é constante, dizemos
que y é diretamente proporcional a x ou que y varia diretamente com x. A constante k é chama-
da de constante de proporcionalidade. Acompanhe o exemplo a seguir.
Considerando um trem que viaja a uma velocidade constante de 200 km/h, a distância
percorrida em t horas é dada pela função d 5 200t.

t d 5 200t (t, d)

0 d = 200 5 0 5 0 (0, 0)

1 d 5 200 ? 1 5 200 (0, 200)

2 d 5 200 ? 2 5 400 (0, 400)

3 d 5 200 ? 3 5 600 (0, 600)

4 d 5 200 ? 4 5 800 (0, 800)

5 d 5 200 ? 5 5 1 000 (0, 1 000)

y
MRS Editorial

1 600
1 400
1 200
1 000
800
600
400
200

21 0 1 2 3 4 5 6 7 x
2200
2400

Observe que, se o tempo dobra, a distância dobra. Se o tempo triplica, a distância triplica,
isto é, a distância varia na mesma proporção que o tempo. Quando isso acontece, dizemos que
as grandezas são diretamente proporcionais e, no caso, a constante de proporcionalidade é
200.

120 CAPÍTULO 9
Nesta atividade, trataremos um pouco sobre sólidos geométricos. Apresentaremos conceitos sobre cilindro, prisma e pi-
râmide. Leia o texto com os estudantes, compare as características desses sólidos com objetos reais. Discuta a resolução
dos exercícios com os estudantes.

Atividade 2 – Sólidos geométricos: pirâmides


Explorando as ideias
As figuras a seguir mostram a Grande Pirâmide de Gizé, no Egito, uma cabana e um objeto
de decoração em mármore, também em formato de pirâmide.

Suzan_Omar/Shutterstock

Mishka_Boss/Shutterstock

Black Morion/Shutterstock
Pirâmide
Pirâmide é todo poliedro convexo em que uma das faces é um polígono qualquer, denomi-
nado base, e as demais faces são triângulos, todos com um mesmo vértice em comum.

h
E

B C

Com base na figura, que é a representação de uma pirâmide, vamos definir seus elementos
principais.
A face ABCDE é, no caso, um pentágono. Ela é a base da pirâmide.
As demais faces são os triângulos VAB, VBC, VCD, VDE e VEA. Elas são as faces laterais da
pirâmide. A união das faces laterais é a superfície lateral da pirâmide.
A base, com as faces laterais, constitui a superfície total da pirâmide.
As arestas AB, BC, CD, DE e EA são as arestas da base da pirâmide.
As arestas VA, VB, VC, VD e VE são as arestas laterais da pirâmide.
O ponto V é o vértice da pirâmide.
A distância h entre o vértice e o plano da base é a altura da pirâmide.

Classificação das pirâmides


Assim como ocorre para o prisma, conforme o tipo de polígono que constitui sua base,
uma pirâmide é denominada:

• pirâmide triangular, se sua base é um triângulo;


• pirâmide quadrangular, se sua base é um quadrilátero;
• pirâmide pentagonal, se sua base é um pentágono;
MATEMÁTICA

• pirâmide hexagonal, se sua base é um hexágono; e assim por diante.

121
Chama-se pirâmide regular toda pirâmide em que a base é um polígono regular e todas
as arestas laterais são congruentes entre si. Em uma pirâmide regular, a projeção do vértice no
plano da base é o centro do polígono da base.

Ilustrações: MRS Editorial


O

Vamos explorar o cálculo de áreas e volumes de pirâmides, com ênfase nas pirâmides re-
gulares.
Para o cálculo da área da base (AB), da área lateral (AL) e da área total (AT) de uma pirâmide
regular, basta lembrar que sua base é um polígono regular e que suas faces laterais são triân-
gulos isósceles congruentes.
A figura mostra a planificação de uma pirâmide triangular regular. O triângulo equilátero
central, mais escuro, é a base da pirâmide, e os três triângulos isósceles na cor clara são as faces
laterais da pirâmide.

Em geral, no cálculo das áreas na pirâmide regular, o teorema de Pitágoras é aplicado para
relacionar os segmentos envolvidos.

Agora é sua vez!


A aresta lateral de uma pirâmide quadrangular regular mede 5 cm, e a área de sua base é 36 cm2. Determine sua área lateral.
Acompanhe o raciocínio na figura.
Se x é a medida da aresta da base, temos um quadrado cujo lado mede V
x, logo AB = x2, ou seja, x2 = 36 cm2.
Portanto, x = 6 cm.
No triângulo VMB, retângulo em M, VM = z é a medida do apótema
x 6 cm
da pirâmide, altura da face lateral. Como BM = 5 = 3 cm e
2 2 z
VB = y = 5 cm, temos: y
(VB)2 = (VM)2 + (BM)2, ou seja, (5 cm)2 = (VM)2 + (3 cm)2 ~ D
C
~ 25 cm2 = (VM)2 + 9 cm2 ~ (VM)2 = 16 cm2.
Logo, z = VM = 4 cm. M x
xz 6 cm ⋅ 4 cm
A área de cada face lateral é AF = = = 12 cm2. A B
2 2
Assim, como são 4 faces laterais, AL = 4 · AF = 4 · 12 cm2 = 48 cm2.

122 CAPÍTULO 9
Explorando as ideias
Volume da pirâmide

Ilustrações: MRS Editorial


1
V5 A ?h
3 B

Exemplo:
Consideremos uma pirâmide quadrangular regular, em que a aresta da base mede 6, e a
área lateral é o dobro da área da base. Determine a área total e o volume dessa pirâmide.
Resolução:
b 6
Acompanhe o raciocínio na figura. Sabemos que b = 6. Logo, m = = = 3.
2 2
A área da base é AB = b2 = 62 = 36.

h P

m
O A
b
b

Pelo enunciado, a área lateral é o dobro da área da base, ou seja, AL = 2 · 36 = 72.


Logo, AT = AB + AL = 36 + 72 = 108.
Se AF é a área de cada face, como são 4 faces, temos:
4 · AF = 72 ~ AF = 18.
bp
Portanto, = 18 ~ bp = 36. Assim, 6 · p = 36 ~ p = 6.
2
No triângulo VOA, retângulo em O, temos:
p2 = h2 + m2, ou seja, 62 = h2 + 32 ~ h2 5 27. Logo, h 5 3 3.
1 1
O volume da pirâmide é, portanto, V = AB · h = · 36 · 3 3 = 36 3.
3 3

Agora é sua vez!


1 Pirâmide quadrangular regular, em que a altura mede 8 dm, e o perímetro da base é 48 dm. Determine a área total e o volume.
AT 5 384 dm2; V 5 384 dm3

2 Pirâmide quadrangular regular, em que o apótema da pirâmide mede 13 dm, e o apótema da base, 5 dm. Determine a
área total e o volume.
AT 5 360 dm2; V 5 400 dm3
MATEMÁTICA

123
Apresente os principais concei-
Atividade 3 – Medida de tempo tos relativos à medida de tempo.
Reforce que a transformação de
unidades de medida de tempo não
segue o comportamento das outras
Explorando as ideias unidades que já estudaram anterior-
mente, pois baseia-se no sistema
sexagesimal.
Medidas de tempo
O tempo pode ser entendido como o período em que as coisas acontecem. As unidades de
medidas de tempo mais utilizadas são a hora (h), o minuto (min) e o segundo (s). A unidade-pa-
drão de medida de tempo, pelo sistema Internacional de Medidas, é o segundo (s).

Unidades de medida de tempo


Observe os múltiplos do segundo na quadro apresentado a seguir.

Quadro de unidades de medida de tempo

Múltiplos Unidade-padrão

Hora (h) Minuto (min) Segundo (s)

3 600 s 60 s 1s

Para os múltiplos do segundo, é empregado o sistema sexagesimal – usa-se a base sessen-


1
ta. Ou seja, cada unidade é 60 vezes a unidade seguinte ou cada unidade é da unidade
anterior. Observe: 60

• 1 h = 60 min
• 1 min = 60 s
• 1 h = (60 · 60) s = 3 600 s

Para facilitar essa conversão, podemos utilizar o quadro de unidades de tempo, multipli-
cando ou dividindo por 60.

× 60 × 60

horas minutos segundos

4 60 4 60

Agora é sua vez!


1 Lúcia trabalha 420 min diariamente escrevendo livros. Qual o tempo de trabalho diário que Lúcia dedica ao escrever livros
diariamente em:
a) segundos? 420 ⋅ 60 = 25 200 s

b) horas? 420 : 60 = 7 h

2 Roberto gastou 14 400 s para ir da cidade de Cajueiro até a cidade de Pitangueira. Quantas horas Roberto gastou para fazer
essa viagem?
14 400 : 60 : 60 = 240 : 60 = 4 h

124 CAPÍTULO 9
Operações com medidas de tempo
A 25a Maratona Internacional de São Paulo foi realizada no dia 7 de abril de 2019. Na cate-
goria masculina, o queniano Kimani Pharis Irungu venceu a prova, completando o percurso em
2 h 18 min 32 s. Já na categoria feminina, a etíope Sifan M. Demise foi a vencedora e cruzou a
linha de chegada 16 min 31 s após o queniano.

Roberto Casimiro/Fotoarena
O queniano de 35 anos, estreante na Maratona de São Paulo, usou a estratégia de se poupar no
começo para depois tentar puxar um ritmo mais forte.

Observe que, no texto anterior, as medidas de tempo foram expressas por números mistos –
hora, minuto e segundo. Dizer que a prova do queniano Kimani Pharis Irungu durou 2 h 18 min
32 s significa que o seu tempo de prova foi de 2 horas + 18 minutos + 32 segundos.
É possível expressar esse tempo com apenas uma unidade de medidas, em segundos, por
exemplo. Veja:
• 2 horas = 2 ⋅ 3 600 segundos = 7 200 segundos
• 18 minutos = 18 ⋅ 60 segundos = 1 080 segundos
• 2 h 18 min 32 s = 7 200 s + 1 080 s + 32 s = 8 312 s
Assim, podemos dizer que a prova do queniano Kimani Pharis Irungu durou 8 312 s. E se
quisermos transformar o tempo de prova de Kimani Pharis Irungu, que é de 8 312 segundos,
em horas minutos e segundos novamente?
Sabemos que cada 60 s equivalem a 1 min. Dessa maneira, para sabermos a quantos minu-
tos correspondem em 8 312 s, basta fazermos a divisão de 8 312 min por 60.

8 3 1 2 s 60
231 13 8 min
512
32 s

Assim, temos que 8 312 s 5 138 min 32 s. Como sabemos que cada 60 min equivalem a 1
h, então, para determinarmos quantas horas existem em 138 min, basta fazermos a divisão de
138 min por 60.

1 3 8 min 60
1 8 min 2 h

Portanto, temos que 138 min = 2 h 18 min. E, assim, podemos concluir que 8 312 s =
= 138 min 32 s = 2 h 18 min 32 s.
MATEMÁTICA

125
Adição de medidas de tempo
Anteriormente, vimos que a ganhadora da Maratona Internacional de São Paulo comple-
tou o percurso em 16 minutos e 31 segundos após o queniano. Para definirmos qual o tempo
de corrida da etíope, precisamos fazer uma adição com medidas de tempo mistas.
Se Sifan M. Demise cruzou a linha de chegada 16 minutos e 31 segundos após o queniano,
temos de adicionar esse valor ao tempo de chegada dele, que é 2 h 18 min 32 s. Assim:

2 h 1 8 min 32 s
1 1 6 min 31 s
2 h 3 4 min 63 s

Repare que encontramos valores maiores que 60 para os números que se relacionam com
os segundos de duração da corrida. Então, precisamos fazer a transformação de segundos para
minutos. Assim:
2 h 34 min 63 s 5 2 h 1 34 min 1 60 s 1 3 s 5 2 h 1 34 min 1 1 min 1 3 s 5 2 h 1 35 min 1 3 s 5
5 2 h 35 min 3 s
Portanto, a prova da Sifan durou 2 h 35 min 3 s.

Agora é sua vez!


Renata fez uma viagem entre as cidades de Castanhal e Jacutinga. Na ida, ela gastou 2 h 27 min 48 s. Na volta, gastou
2 h 35 min 24 s. Qual foi o tempo gasto de ida e volta nessa viagem?

1o) O tempo gasto na viagem, na ida e na volta, é a soma dos tempos gastos nesses dois trajetos.

2 h 27 min 48 s
+ 2 h 35 min 24 s
4 h 62 min 72 s

2o) Repare que encontramos valores maiores ou iguais a 60 para os números que se relacionam com os minutos e com os
segundos de duração da viagem. Assim, precisamos então fazer as transformações de segundos para minutos e de minutos
para horas.
4 h 62 min 72 s = 4 h + 62 min + 72 s = 4 h + 60 min + 2 min + 60 s + 12 s =
= 4 h + 1 h + 2 min + 1 min + 12 s = 5 h + 3 min + 12 s = 5 h 3 min 12 s
Portanto, Renata gastou 5 h 3 min 12 s nessa viagem.

Subtração de medidas de tempo


Para fazer a subtração de medidas de tempo expressas por números mistos, basta sub-
trairmos as medidas que se encontram na mesma unidade. Se o minuendo for menor que o
subtraendo, deve-se fazer as transformações de unidades adequadas, como na adição.

Agora é sua vez!


Um filme começou a ser exibido às 15 h 25 min 44 s e terminou às 17 h 30 min 52 s. Qual foi a duração da exibição desse filme

A duração da exibição do filme é a diferença entre o horário de término e o do início da exibição.

17 h 30 min 52 s
2 15 h 25 min 44 s
2 h 5 min 8 s

A exibição do filme durou 2 h 5 min 8 s.

126 CAPÍTULO 9
Nesta atividade, trataremos o
Atividade 4 – Conjunto de dados estatísticos conceito das medidas de tendência
central: média aritmética, moda e
mediana. Compare e explore as
medidas apresentadas e sua aplica-
Explorando as ideias ção em nosso cotidiano.

Média
Suponha que, nos cinco dias úteis de determinada semana, uma loja tenha efetuado as
seguintes vendas em reais:

Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira

3 200 4 300 4 600 3 800 5 200

Se as vendas em reais fossem iguais em cada um dos cinco dias, obtendo-se o mesmo
total acumulado na semana, qual seria o valor dessas vendas diárias? Dizemos que esse valor
é a média (ou média aritmética) daqueles cinco valores, ou seja, é o valor que uniformiza os
dados. A média é obtida dividindo-se o total de vendas da semana, em reais, pelo número de
dias (5, no caso):
3 200 + 4 300 + 4 600 + 3 800 + 5 200 21100
Média diária de vendas = = = 4 220
5 5
Portanto, essa loja vendeu naquela semana, em média, R$ 4 220,00 por dia.

Moda
Mateus recebeu o boletim com suas notas nos oito componentes curriculares. Veja as notas
de Mateus, em ordem crescente, na forma de rol:

6,5 7 7,25 7,5 8,0 8,0 9,25 9,5

A nota com maior frequência absoluta e relativa é 8,0, que aparece duas vezes. As outras
notas aparecem apenas uma vez cada. Dizemos, por isso, que a moda das notas de Mateus é 8.
Um conjunto de dados pode ter uma moda, como no nosso exemplo, ter mais de uma
moda ou não ter moda (amodal).
Exemplos:
a) No rol 2, 4, 4, 4, 6, 8, 8, 8, 10, 10, 12, 15, há duas modas:
• 4, que aparece três vezes (fA = 3) e
• 8, que também aparece três vezes (fA = 3).
Note que 10 não é moda porque aparece duas vezes, enquanto 4 e 8 aparecem três vezes cada.
b) No rol 3, 5, 6, 8, 10, 12, 15, não há moda, pois não há nenhum valor repetido.
c) Observe a seguinte tabela de distribuição de frequências absolutas.

Tabela de distribuição de frequências absolutas

Valores fA

1 4

2 8

3 7

4 8

5 8

Nesse caso, há três modas: 2, 4 e 5, pois eles são os valores com maior frequência absoluta
MATEMÁTICA

(fA = 8).

127
Mediana
Observe o rol das idades, em anos completos, de um grupo de 9 alunos escolhidos para
representar o colégio em um evento.

11 12 12 13 14 14 15 16 16

4 valores valor 4 valores


central

As nove idades formam um rol porque estão em ordem crescente. Nessa ordenação, temos
um valor central (14), porque há 4 valores antes dele e 4 valores depois dele. Isso ocorre quan-
do a quantidade de valores apresentados no rol é ímpar (são 9 valores).
Dizemos, no caso, que 14 é a mediana desse conjunto de valores.
Vejamos, agora, um caso em que a quantidade de valores apresentados no rol é par.
Considere o rol das 8 melhores notas obtidas pelos alunos de uma turma na última avalia-
ção de Matemática, que valia 20 pontos.

16 17 17 18 19 19 20 20

3 valores 3 valores
valores
centrais

Como temos um número par de valores (são 8 valores), temos dois valores centrais (18 e
19). Nesse caso, a mediana é a média aritmética desses dois valores centrais:

18 +19 37
Mediana = = = 18,5
2 2

A mediana é uma medida que divide o total de valores de uma variável, inicialmente em
forma de rol, em duas partes, ambas com o mesmo número de valores. A seguir, veja como
encontrar a mediana em uma tabela de distribuição de frequências.

Agora é sua vez!


1 A tabela a seguir mostra a distribuição de frequências absolutas dos salários dos 20 funcionários de uma loja.

Salários dos funcionários da loja (em reais)

Salários fA

1 800 10

2 400 6

3 600 3

5 200 1

Total 20

Determine a média salarial dos funcionários dessa loja.


Primeiro, vamos calcular a soma de todos os salários, em reais, observando que cada salário deve ser multiplicado pelo número
de funcionários que o recebem.
Soma dos salários: S = (10 · 1 800) + (6 · 2 400) + (3 · 3 600) + (1 · 5 200) = 48 400,00
A média salarial, em reais, é obtida dividindo a soma dos salários por 20, total de funcionários da loja. Portanto:
S 48 400
Média salarial = = = 2 420,00
20 20
Observação: A média obtida nesse problema costuma ser chamada média aritmética ponderada (que envolve pesos), em que o
peso de cada salário corresponde ao número de funcionários que o recebem.

128 CAPÍTULO 9
2 A tabela a seguir mostra a distribuição de frequências absolutas dos salários dos 20 funcionários de uma loja.

Salários dos funcionários da loja (em reais)

Salários fA fACUMULADA

1 800 10 10

2 400 6 16

3 600 3 19

5 200 1 20

Fonte: Dados elaborados pelo autor.

Observe que a última coluna da tabela mostra a frequência absoluta acumulada. Portanto, até o salário de R$ 2 400,00, há
16 valores; até o salário de R$ 3 600,00, 19 valores; até o salário de R$ 5 200,00, 20 valores.
Vamos determinar a mediana dos salários dos funcionários dessa loja.

Como o número de valores da variável é impar (21), teremos um único valor central. Para obter a posição do valor central, vamos
21
inicialmente dividir o número total de valores por 2, ou seja, = 10, 5.
2
Dessa maneira, a posição do valor central é dada pelo primeiro número inteiro maior que 10,5. Portanto, o valor central é o
11o (temos 10 valores antes dele, ele e 10 valores depois dele, perfazendo o total de 21 valores). Como, pela tabela, na primeira
faixa salarial de R$ 1 800,00 temos 10 valores, o 11o valor é 2 400, primeiro valor da segunda faixa. Portanto, nessa tabela, a
mediana é R$ 2 400,00.

3 A tabela a seguir mostra a distribuição de frequências absolutas das notas atribuídas pelos clientes de uma loja a um produto
que ela vende.

Notas atribuídas a um produto

Notas fA fACUMULADA

1 3 3

2 4 7

3 13 20

4 14 34

5 6 40

Fonte: Dados elaborados pelo autor.

Vamos determinar a mediana das notas dadas ao produto pelos clientes.

O número total de valores é par (40). Por isso, temos dois valores centrais. A posição do primeiro valor central do rol de valores é
40
obtido dividindo o total de valores por 2, ou seja: = 20
2
Portanto, o primeiro valor central é o 20 . O outro valor central é o próximo, ou seja, o 21o. Observe que antes do 20o valor há 19
o

valores e depois do 21o há também 19 valores, o que comprova que o 20o e o 21o são os valores centrais.
De acordo com as frequências acumuladas indicadas na tabela, o 20o valor do rol é 3 (última nota 3 do rol). O 21o valor do rol é 4
(primeira nota 4 do rol).
Assim, a mediana das notas é a média entre o 20o e o 21o valor do rol (3 e 4, respectivamente).
3+4 7
Mediana = = = 3, 5
2 2
MATEMÁTICA

129
ESPAÇO
10
Vl
ad
TRIDIMENSIONAL,

im
ir W
ran
ge
/Sh
utt
UNIDADES DE MEDIDAS E

ers
toc
k
TABELAS DE DUPLA ENTRADA

Atividade 1 – Validação de resultados


Para esta atividade, procure manter uma aula dialogada. Estimule Neste capítulo, o conjunto de ativi-
o aluno a interpretar e resolver afirmação por afirmação, além de dades tem como objetivo desenvol-
Explorando as ideias calcular todas as possibilidades para decidir qual é a melhor opção.
Incentive a construção de argumentos.
ver as seguintes habilidades:
Objeto do
Habilidades Desc
Beto, Ana, Paulo, Felipe e Maria são colegas. Foram até uma papelaria e compraram uma conhecimento
embalagem cada um, representadas respectivamente pelas figuras 1, 2, 3 e 4. Avaliar a
razoabilidade de
um resultado
Figura 1 Figura 2 Validação de
numérico na
construção de H4
resultados.
argumentos
5 cm sobre
10 cm afirmações
quantitativas.
12 cm Identificar
7 cm 3 cm características
de polígonos,
14 cm Área do setor circunferências
H6
Figura 3 circular. ou sólidos
(prismas,
pirâmides,
cilindros).
Estabelecer
Relações entre
10 cm diferentes
relações entre
Figura 4 diferentes
unidades
unidades
de medida
de medida H10
(comprimento,
3 cm massa,
(comprimento,
massa,
capacidade,
6 cm 5 cm capacidade,
área, volume).
7 cm 28 cm área, volume).
Resolver
situação-
No caminho de volta tiveram o seguinte diálogo: -problema
Tabelas de com dados
dupla entrada – apresentados H24
Beto: Eu comprei a embalagem da figura 1 pois tem o volume maior. gráficos. em forma de
tabela de dupla
Ana: Engana-se, Beto, a embalagem da figura 2 é que tem o volume maior. entrada ou
gráfico.
Paulo: Eu comprei a embalagem da figura 3, pois ela, sim, tem o volume maior.
Felipe: Creio que a embalagem da figura 4, essa, sem dúvidas, tem o volume maior.
Maria: Caros colegas, sinto informar que todos vocês estão equivocados, pois todas as em-
balagens das figuras têm o mesmo volume.
Vamos construir argumentos quantitativos para cada uma das afirmações dos colegas. Para
isso será necessário fazer o cálculo do volume de cada figura e assim verificar qual dos argu-
mentos está correto.

Beto: Eu comprei a embalagem da figura 1, pois tem o volume maior.


Figura 1

Volume = aresta × aresta × aresta


5 cm Volume = 12 · 5 · 7
Volume = 420 cm3
12 cm
7 cm

130
Ana: Engana-se, Beto, a embalagem da figura 2 é que tem o volume maior.
Figura 2

Volume = aresta × aresta × aresta


10 cm Volume = 10 · 3 · 14
Volume = 420 cm3
3 cm
14 cm
Paulo: Eu comprei a embalagem da figura 3, pois ela, sim, tem o volume maior.
Figura 3

10 cm Volume = aresta × aresta × aresta


Volume = 10 · 6 · 7
Volume = 420 cm3

6 cm
7 cm
Felipe: Creio que a embalagem da figura 4, essa, sem dúvidas, tem o volume maior.
Figura 4
Volume = aresta × aresta × aresta
3 cm Volume = 3 · 5 · 28
Volume = 420 cm3
5 cm
28 cm
Note que agora temos os resultados de todos os cálculos que provam que todos os volu-
mes são iguais.
Logo Maria está certa no seu argumento:
“Caros colegas, sinto informar que todos vocês estão equivocados, pois todas as embala-
gens das figuras têm o mesmo volume.”

Agora é sua vez!


1 Uma pessoa deseja estacionar o seu carro durante 11 horas. Foram consultados três estacionamentos:

GoodStudio/Shutterstock
ESTACIONAMENTO A ESTACIONAMENTO B ESTACIONAMENTO C
TABELA DE PREÇOS TABELA DE PREÇOS TABELA DE PREÇOS

VEÍCULOS ATÉ 1 HORA R$ 26,00 VEÍCULOS ATÉ 1 HORA R$ 24,00 VEÍCULOS ATÉ 1 HORA R$ 11,00
ADICIONAIS POR HORA R$ 0,40 ADICIONAIS POR HORA R$ 0,50 ADICIONAIS POR HORA R$ 2,00

Para que os custos da pessoa com estacionamento sejam os menores possíveis, é mais conveniente estacionar: Letra B
a) No estacionamento B, pois haverá uma economia de 2 reais com relação ao estacionamento A.
b) No estacionamento B, pois haverá uma economia de 2 reais com relação ao estacionamento C.
c) No estacionamento A, pois haverá uma economia de 2 reais com relação ao estacionamento C.
d) No estacionamento C, pois haverá uma economia de 2 reais com relação ao estacionamento B.
e) No estacionamento C, pois haverá uma economia de 2 reais com relação ao estacionamento A.
Estacionar 11 horas no estacionamento A, Estacionar 11 horas no estacionamento C,
0,40 × 10 horas = 4,0 reais 2 × 10 horas = 20 reais
4 reais + 26 reais = 30 reais 20 reais + 11 reais = 31 reais
Estacionar 11 horas no estacionamento B, A diferença entre o estacionamento C (31 reais) e o estacionamento
MATEMÁTICA

0,50 × 10 horas = 5,0 reais B (29 reais) é igual a 2 reais.


5 reais + 24 reais = 29 reais Portanto, a melhor opção é o estacionamento B, pois haverá uma
economia de 2 reais com relação ao estacionamento C.

131
2 (ENEM 2015) Um paciente precisa ser submetido a um tratamento, sob orientação médica, com determinado medicamento. Há
cinco possibilidades de medicação, variando a dosagem e o intervalo de ingestão do medicamento. As opções apresentadas são:

A: um comprimido de 400 mg, de 3 em 3 horas, durante 1 semana;


B: um comprimido de 400 mg, de 4 em 4 horas, durante 10 dias;
C: um comprimido de 400 mg, de 6 em 6 horas, durante 2 semanas;
D: um comprimido de 500 mg, de 8 em 8 horas, durante 10 dias;
E: um comprimido de 500 mg, de 12 em 12 horas, durante 2 semanas.
Para evitar efeitos colaterais e intoxicação, a recomendação é que a quantidade total de massa da medicação ingerida, em
miligramas, seja a menor possível. A: um comprimido de 400 mg, de
3 em 3 horas, durante 1 semana;
Seguindo a recomendação, qual opção deve ser escolhida? Letra E 24 horas do dia, dividido por 3,
serão 8 comprimidos por dia.
a) A 8 × 400=3 200
Durante uma semana, serão 7
b) B dias, então
3 200 × 7=22 400 mg
c) C
B: um comprimido de 400 mg, de
d) D 4 em 4 horas, durante 10 dias;
24 horas do dia, dividido por 4,
e) E serão 6 comprimidos por dia.

6 × 400=2 400
Durante 10 dias, então
2 400 x 10=24 000 mg
Atividade 2 – Área do setor circular C: um comprimido de 400 mg, de
Para esta atividade, você vai precisar de papel-cartão, régua, 6 em 6 horas, durante 2 semanas;
tesoura, lápis e cola. Vamos construir, manipular e observar 24 horas do dia, dividido por 6,
Explorando as ideias cubos. Oriente seus alunos a vivenciarem a experiência de serão 4 comprimidos por dia.
4 × 400=1 600
observar um objeto tridimensional por diferentes ângulos.
Durante 2 semanas, então serão
Comprimento de um arco de circunferência 14 dias
1 600 × 14=22 400 mg
A medida de um arco de circunferência é a mesma medida do ângulo central correspon-
D: um comprimido de 500 mg, de
dente a ele. Na circunferência a seguir, de centro O, destacamos um ângulo central AÔB e o 8 em 8 horas, durante 10 dias;
24 horas do dia, dividido por 8,

arco correspondente, de extremidades A e B. Se a medida do ângulo AÔB é 60°, então a medida
serão 3 comprimidos por dia.
do arco AB também é 60°. 3 × 500=1 500
Durante 10 dias
1 500 x 10=15 000 mg

E: um comprimido de 500 mg,


A de 12 em 12 horas, durante 2
semanas.
24 horas do dia, dividido por 12,
O 60° 60° serão 2 comprimidos por dia.
MRS Editorial

2 × 500=10 001
Durante duas semanas serão 14
dias
B
1 000 × 14=14 000 mg

Conclusão a opção E é a mais indi-


cada para evitar efeitos colaterais e
Vamos recordar as medidas, em graus, de alguns arcos importantes. intoxicação, pois é a menor quanti-
dade de mg a ser ingerida.

Um quarto
Arco Uma volta completa Meia volta
de volta
Ilustrações: MRS Editorial

180°
90°
Medida 360° 360°
(em graus)
180° 90°

Observe que a medida de um arco, em graus, independe de seu raio; depende apenas da me-
dida do ângulo central. Mas um arco de circunferência pode também ser medido pelas unidades
usuais de comprimento: metro, decímetro, centímetro, etc. Nesse caso, o comprimento do arco
passa a depender da medida do raio.

132 CAPÍTULO 10
O comprimento do arco é proporcional à sua medida em graus. Por isso, ele pode ser calcu-
lado por meio de uma regra de três simples e direta, tomando-se como referência, por exemplo,
o arco completo, cuja medida em graus é 360° e cujo comprimento é 2pR, sendo R o raio da
circunferência.
Exemplo:
• Em uma circunferência cujo raio mede 18 cm, vamos obter o comprimento, em centíme-
tros, de um arco de 100°.
O comprimento da circunferência é 2pR @ 2 ⋅ 3,14 ⋅ 18 cm = 113,04 cm, correspondente
à medida de 360°. Se x é o comprimento em centímetros do arco de 100°, temos a regra de
três direta:
360° 113,04 cm
100° x cm
Resolvendo a regra de três, obtemos:
11304°
360°x = 100° ⋅ 113,04 ⇒ 360°x = 11 304° ⇒ x = ⇒ x = 31,4
360°
Portanto, o comprimento do arco é de 31,4 cm.

Agora é sua vez!


) ) )
1 Na figura a seguir, o ângulo CÔF mede 45°, os segmentos OA, AB e BC têm medidas iguais a 28 cm e AD, BE e CF são arcos
de circunferência com centro no ponto O. Determine:
C
B
A
O
D
E
F
) ) )
a) as medidas dos arcos AD, BE e CF, em graus;
Todos medem 45°.
) ) )
b) os )
comprimentos aproximados
) ) AD, BE e CF, em centímetros, arredondando para o número inteiro mais próximo.
dos arcos
Arco AD = 22 cm; arco BE = 44 cm; arco CF = 66 cm.

Explorando as ideias
Área do setor circular
A
Na figura ao lado, os segmentos OA e OB são dois raios do círculo de centro O. Eles dividem
esse círculo em duas regiões. Cada uma delas é denominada setor circular.

 a, está associado ao menor setor circular AOB
Observe que o menor arco AB, de medida
(região laranja), enquanto o maior arco AB, de medida (360° – a), está associado ao maior
MRS Editorial

setor circular AOB (região roxa). α O


A área de um setor circular é proporcional à medida em graus do arco ou do ângulo
central a ele associado. Assim, essa área pode ser calculada por meio de uma regra de três
simples e direta, tomando-se como referência, por exemplo, a medida 360° do arco de uma
volta, correspondente ao círculo completo, cuja área é pR2. B
Exemplos:
Na figura anterior, se a medida do raio do círculo é OA = R = 10 cm e a = 108°, vamos calcu-
MATEMÁTICA

lar a área aproximada do menor setor circular AOB (região em roxo).


A área do círculo completo é: A = pR2 = 3,14 ⋅ (10 cm)2 = 3,14 ⋅ 100 cm2 = 314 cm2

133
Se x é a área do setor circular destacado em azul, temos a seguinte regra de três:

360° 314 cm2


108° x cm2

Resolvendo a regra de três, temos: 360° ⋅ x = 108° ⋅ 314 ⇒ 360° ⋅ x = 33 912° ⇒ x = 94,2.
Portanto, o setor circular mede aproximadamente 94,2 cm2.

Agora é sua vez!


1 Calcule, com aproximação de duas casas decimais:
a) a área de um círculo cujo raio mede 8 cm;
200,96 cm2

b) a área de um círculo cujo diâmetro mede 12 cm;


113,04 cm2

c) o raio e o perímetro de um círculo cuja área é 78,5 m2.


R = 5,00 m; P = 31,4 m

2 Calcule a área de cada um dos setores circulares a seguir:


a) b)
628 cm2
Ilustrações:MRS Editorial

Ilustrações:MRS Editorial
314 m2
40 cm
45°
31,4 m

Professor, leve os alunos a realizar


Atividade 3 – Tabelas de dupla entrada e gráficos todas as etapas desta atividade.
Estimule-os a compreender o con-
ceito de “tabela de dupla entrada”
a partir da junção de duas tabelas
Explorando as ideias simples. Construam com eles o
gráfico de barras duplas.
Observe a tabela 1.
Tabela 1 - Quantidade de alunos do 1o ano A e 1o ano B
que preferem aplicativo de vídeos
Aplicativo de vídeos
o
1 A 5

1o B 20

Veja a tabela 2.
Tabela 2 - Quantidade de alunos do 1o ano A e 1o ano B
que preferem aplicativo de fotos
Aplicativo de fotos

1o A 10

1o B 15

134 CAPÍTULO 10
Note que podemos escrever as duas tabelas em uma só denominada tabela 3.
Tabela 3 - Quantidade de alunos do 1o ano A e do 1o ano B que preferem
aplicativo de vídeos ou de fotos
Aplicativo de vídeos Aplicativo de fotos

1o A 5 10

1o B 20 15

Neste caso, recebe o nome de “tabela de dupla entrada”.


Observe agora o gráfico da tabela 1.

Aplicativo de vídeos

30

20

10

0
1o A 1o B

Veja o gráfico da tabela 2.

Aplicativo de fotos
20

15

10

0
1o A 1o B

Note que a tabela 3, de dupla entrada, pode ser representada em um gráfico de barras
duplas.

Preferência por aplicativo

25

20

15

10

0
1o A 1o B
vídeos fotos
MATEMÁTICA

135
Agora é sua vez!
1 Uma professora registrou em seu caderno a altura e a idade de alguns alunos.

A aluna Maria tem 12 anos e mede 1,50 m.


O aluno João tem 11 anos e mede 1,45 m.

O aluno Pedro tem 13 anos e mede 1,55 m.

Organize as informações dessa professora em uma tabela de dupla entrada.


Tabela das alturas e idades dos alunos

Nome do aluno Idade Altura (m)


Maria 12 1,50
João 11 1,45
Pedro 13 1,55

Fonte: caderno da professora.


2 Foi feita uma pesquisa entre as turmas da manhã e da tarde, e foram apontados alguns problemas pelos alunos.

Problemas apontados pelos alunos


Turma da manhã Turma da tarde

Quadra 140 100

Pátio 80 180

Corredor 70 100

Salas de aula 50 70

Construa o gráfico de barras que representa essa tabela.

Problemas apontados pelos alunos

200 180
140
100 100
100 80 70 70
50

0
Quadra Pátio Corredor Salas de aula

manhã tarde

3 Com base no gráfico construído na questão 3, responda:


a) Qual local da escola teve mais problemas apontados pela turma da tarde?
Pátio.

b) Qual foi o total de alunos que apontaram as salas de aula?


50 +70 = 120 alunos.

136 CAPÍTULO 10
Prepara Saeb
1 Observe a figura Letra D H77 – Identificar características
de polígonos ou sólidos (prismas,
pirâmides, cilindros).

a) uma caixa de sapatos.


b) um chapéu de palhaço.
c) uma lata de óleo de soja.
d) um dado.

2 Com base na observação do crescimento de uma planta, um botânico esboçou o gráfico H-20 – Identificar gráfico cartesiano
que represente a relação de inter-
cartesiano a seguir, me que y indica a altura da planta, em centímetros, x dias após ela ser dependência entre duas grandezas
plantada. Letra B (variação linear).

y (cm)

O 5 10 x (dias)

a) y = 5x
x
b) y =
5
c) y = x + 2
d) y = 2x
e) y = x + 5

3 Uma escola organizou uma corrida de revezamento 4 × 400 metros, que consiste em uma H10 – Estabelecer relações entre
diferentes unidades de medida
prova esportiva na qual os atletas correm 400 metros cada um deles, segurando um bastão, (tempo, comprimento, massa,
repassando-o de um atleta para outro da mesma equipe, realizando três trocas ao longo capacidade, área, volume).
do percurso, até o quarto atleta, que cruzará a linha de chegada com o bastão. A equipe
MATEMÁTICA

ganhadora realizou a prova em um tempo total de 325 segundos.

137
Prepara Saeb
O segundo corredor da equipe ganhadora correu seus 400 metros 15 segundos mais rápi-
do do que o primeiro; já o terceiro realizou seus 400 metros 5 segundos mais rápido que o
3
segundo corredor, e o último realizou seu percurso em do tempo realizado pelo primeiro.
4
Qual foi o tempo, em segundos, em que o último atleta da equipe ganhadora realizou seu
percurso de 400 metros? Letra E
a) 58 b) 61 c) 69 d) 72 e) 96

4 Carolina possui um carro flex, ou seja, que pode ser abastecido com gasolina, com etanol, H20 – Identificar gráfico cartesiano
que represente a relação de inter-
ou com uma mistura dos dois combustíveis, em qualquer proporção. dependência entre duas grandezas
Carolina foi a um posto de abastecimento perto de sua casa, em que a gasolina custa (variação linear).
R$3,60 o litro, e o etanol, R$2,50 o litro, e gastou um total de R$135,00.
Se x indica o volume de gasolina, e y o volume de etanol que Carolina colocou no tanque
do seu carro, ambos em litros, o gráfico da função que relaciona as variáveis x e y é: Letra D
a) y d) y
54
2,50

0 3,60 x 0 37,5 x

b) y e) y
3,60

54
37,5

0 2,50 x 0 2,50 3,60 x

c) y

37,5

0 54 x
H 27 – Calcular a média aritmética
de um conjunto de dados expres-
sos em uma tabela de frequências
5 No rótulode uma caixa de fósforos, normalmente aparece a inscrição: "Média de 40 palitos". de dados agrupados (não em clas-
ses) ou gráficos de colunas.
Curiosa, Mariana resolveu pesquisar esse fato. Comprou um maço com 10 caixas de fósforos
e contou, em cada uma, o total de palitos. Nessa contagem, obteve os seguintes valores:
39, 39, 41, 40, 40, 39, 41, 38, 42, 39 Letra D
Nessa pesquisa, quanto ao número de palitos de fósforo por caixa:
a) a média é superior a 40 palitos. Moda = 39, pois aparece 4 vezes.
b) a média é inferior a 39 palitos. Mediana: 39,5 pois relacionando os
dados crescentemente: 38, 39, 39,
c) a mediana é de 39 palitos. 39, 39, 40, 40, 41, 41, 42, percebe-
-se que a mediana é a média entre
d) a moda é menor que a mediana. os dois termos centrais, ou seja,
entre 39 e 40.
e) a moda é maior que a média. Média: 39,8.

138 CAPÍTULO 10
Prepara Saeb
6 Nas cidades em que há mais de 200 mil eleitores, acontece segundo turno nas eleições H24 – Resolver situação-proble-
ma com dados apresentados em
para prefeito quando nenhum candidato obtém mais de 50% dos votos válidos no primeiro forma de tabela de dupla entrada
turno. A tabela a seguir apresenta informações sobre algumas cidades do Rio Grande do Sul. ou gráfico.

Cidade Habitantes Eleitores

Alvorada 195 673 138 814

Canoas 323 827 229 500

Gravataí 255 660 196 895

Novo Hamburgo 238 940 177 593

Pelotas 328 275 250 233

Rio Grande 197 228 147 507

Santa Maria 261 031 196 895

São Leopoldo 214 087 158 850

Disponível em: www.tre-rs.gov.br; www.bge.gov.br/cidadesat. Acesso em: 24 mar. 2013.

Em quantas das cidades que aparecem na tabela pode haver segundo turno nas eleições
municipais? Letra D
a) 8
b) 6
c) 4
d) 2
Temos 4 vendedores (A, B, C e D) e
as vendas que eles tiverem do 1o e
2o trimestres.
7 Uma empresa possui quatro vendedores: A, B, C e D. O gráfico de barras a seguir representa A e C são vendedores que cresce-
o total das vendas de cada um deles no 1o e no 2o trimestre do ano de 2015, em milhares ram do 1o para o 2o trimestre. Já
os vendedores B e D tiveram uma
de reais H24 – Resolver situação-problema com dados apresentados em forma de tabela de dupla queda. O exercício pede vendedo-
entrada ou gráfico. res que tenham conseguido do 1o
para o 2o trimestres um aumento,
80 ou seja, que venderam mais.
Então eliminamos os vendedores
70 B e D e ficaremos entre A e C, que
60 tiveram crescimento.
Vamos somar as vendas do vende-
50 dor A: 50 +70 = 110
Vamos somar as vendas do vende-
40 1o trimestre dor C: 40 +50= 90
30 Vamos somar as vendas dos ven-
2o trimestre dedores A, B, C e D: 460 vendas.
20 Vamos analisar o vendedor A: Divi-
10 dindo 110 por 460 e encontramos
23,9%, ou seja, não superou os
0 30% solicitado no enunciado da
A B C D questão. O vendedor A não con-
seguiu.
Vamos analisar o vendedor C: Di-
A diretoria da empresa resolveu premiar os venderores: vidindo 90 por 460 e encontramos
19,6%, ou seja, não superou 30%
- cujas vendas acumuladas nos dois trimestres, em reais, tenham sido superiores a 30% solicitado no enunciado da questão.
O vendedor C não conseguiu.
do total das vendas da empresa no mesmo período Nesse primeiro critério, nem o
vendedor A conseguiu nem o C.
- que tenham conseguido, do 1o para o 2o trimestre, um aumento superior a 20% em suas Analisando o segundo critério:
vendas. O vendedor A vendeu no 1° trimes-
tre 50 e no 2o trimestre 60. Vamos
descobrir qual a porcentagem
Segundo esses critérios, dos quatro venderores, apenas Letra A deste aumento:
Extraindo os dados do gráfico para uma tabela, temos. A porcentagem foi igual 20% e
a) C foi premiado. não maior, então não atende o
A B C D Total
b) A e C foram premiados. enunciado.
1o trimestre 50 70 40 80 240 O vendedor C vendou 40 no 1º
c) A e D foram premiados. 2o trimestre 60 60 50 50 220 trimestre e 50 no 2o trimestre.
A porcentagem de 25% é maior
Total vendas 110 130 90 130 460
MATEMÁTICA

d) B e C foram premiados. do que os 20% solicitado no enun-


% Repres. 23,9% 28,3% 15,6% 28,3% 100,00% ciado.
e) C e D foram premiados. Por isso o candidato C será pre-
% Desvio 20,0% –14,3% 25,0% –37,5% –8,2% miado.

139
Prepara Saeb
8 As figurinhas de um álbum são de várias formas. Em cada página, as figurinhas coladas H6 – Identificar características de
polígonos, circunferência ou sólidos
devem ter números de lados diferentes. (prismas, pirâmides, cilindros).

Página A Página B

Página C Página D

A página que está com as figurinhas coladas corretamente é: Letra C


a) Página A.
b) Página B.
c) Página C.
d) Página D.
1
9 Marcos, Luís, Sandra e Eva foram a um restaurante e pediram uma pizza. Marcos comeu H4 – Avaliar a razoabilidade de um
1 1 3 4 resultado numérico na construção
da pizza, Luís comeu , Sandra comeu e Eva comeu da pizza. Duas dessas pessoas de argumentos sobre afirmações
3 6 12 quantitativas.
comeram quantidades iguais, quais foram essas pessoas? Letra D
a) Marcos e Luís.
b) Marcos e Sandra.
c) Luís e Eva.
d) Marcos e Eva.

10 Um recipiente em forma de paralelpípedo retângulo de 10 cm de comprimento, 7 cm de H4 – Avaliar a razoabilidade de um


resultado numérico na construção
largura e 6 cm de profundidade está completamente cheio de água. Despejando-se toda de argumentos sobre afirmações
essa água em outro recipiente de forma cúbica, com 8 cm de aresta, a água: quantitativas.

a) chegará exatamente até a boca.


Volume do paralelepípedo:10 × 7 × 6 = 420
b) ocupará a metade de sua capacidade. Volume do cubo: 8 × 8 × 8 = 512
c) ocupará um terço de sua capacidade. 420 ultrapassa a metade de 512, porém não
completa o cubo todo.
d) transbordará.
e) ultrapassará a metade de sua capacidade, sem transbordar. Letra E

140 CAPÍTULO 10
Anotações

MATEMÁTICA

141
11
Vl
ad
im
ir W
ran
ge
/Sh
utt
ers
GRANDEZAS E

toc
k
REPRESENTAÇÕES

Atividade 1 – Variação de grandezas Neste capítulo, o conjunto de


atividades tem como objetivo
desenvolver as seguintes habilidades:
Explorando as ideias Objeto do
Habilidades Desc
a conhecimento
Se a e b são números reais, com b = 0, o quociente é denominado razão entre a e b. Resolver
b situação-
Exemplo -problema
envolvendo
5 8 Variação de
• A razão entre 5 e 8 é 5 0,625. A razão inversa, entre 8 e 5, é 5 1,6. grandezas
a variação de H16
8 5 grandezas
direta ou
A razão entre duas medidas de uma mesma grandeza é um número adimensional, ou seja, inversamente
proporcionais.
sem unidade de medida. A razão estabelece uma comparação entre as duas medidas.
Utilizar o
Exemplo teorema de
Pitágoras ou
• Se uma peça de tecido tem 12 dam de comprimento e queremos dividi-la em pedaços com semelhança
de triângulos
1,5 m cada um, a razão entre a primeira e a segunda medida de comprimento indica quan- Teorema de
na seleção de H9
Pitágoras
argumentos
12 dam 120 m propostos
tos pedaços serão obtidos: 5 5 80 . Portanto, são 80 pedaços de 1,5 m. como solução
1,5 m 1,5 m
de problemas
a c do cotidiano.
Se e são duas razões iguais, a expressão dessa igualdade
b d Noção de Aplicar a noção
a c escalas na de escalas
5 leitura de na leitura de H11
b d plantas ou plantas ou
mapas mapas.
é denominada proporção. Os números a e d são os extremos, e os números b e c são os Identificar
informações
meios da proporção, que costuma também ser indicada assim: a : b 5 c : d. apresentadas
Gráficos de
em tabelas
Dizemos, no caso, que os números a e c são proporcionais aos números b e d, nessa ordem. coluna, linha e H22
ou gráficos
setores
(de coluna, de
Uma proporção é válida se, e somente se, o produto dos extremos é igual ao produto dos setores e de
linha).
meios:

a c
5 ^ ad 5 bc Prezado(a) professor(a), nesta
b d atividade, trataremos do tema
da variação de grandezas. É
importante enfatizar, durante
Exemplo a discussão e resolução da
atividade com os estudantes,
6 15 a comparação e a distinção
• 5 ^15x 5 6 ? 40 ^ 15x 5 240 ^ x 5 16 entre grandezas diretamente
x 40 proporcionais e grandezas
inversamente proporcionais.
Além disso, recomenda-se que
Grandezas diretamente ou inversamente proporcionais sejam apresentados exemplos de
grandezas não proporcionais, a
Se Y e X são duas grandezas que se relacionam, dizemos que Y e X são diretamente fim de ilustrar diferentes cenários.
Ao destacar esses conceitos
proporcionais (ou simplesmente proporcionais) se, e somente se, existe uma constante real e exemplificar com situações
K não nula tal que, quaisquer que sejam as medidas respectivas e correspondentes y e x das práticas, os estudantes terão
uma melhor compreensão sobre
grandezas Y e X, a relação entre as grandezas e
poderão aplicar esse conhecimento
y em contextos variados.
y5k?x ou 5 k (x = 0 e y = 0)
x

142
A constante K é denominada constante de proporcionalidade entre Y e X.
Exemplo
• Se um automóvel desenvolve velocidade escalar constante de 12 m/s, a distância d percor-
rida, em metro, e o tempo t gasto, em segundo, para percorrer essa distância são grandezas
diretamente proporcionais. Observe o quadro a seguir:

d 0m 36 m 24 m 60 m 96 m

t 0s 3s 2s 5s 8s

Note que, quando t cresce (ou decresce), d cresce (ou decresce) na mesma proporção e,
para d = 0 e t = 0, a razão entre d e t é constante:

36 m 24 m 60 m 96 m
5 5 5 5 12 m/s
3s 2s 5s 8s

No caso, a constante de proporcionalidade é justamente a velocidade escalar constante v.


Como d e t são grandezas contínuas, a proporcionalidade direta entre d e t é expressa por
uma linha reta em que a taxa de variação é o valor de v.

d (m) Dd
=v
Dt

Dd

Dt

t (s)

Se Y e X são duas grandezas que se relacionam, dizemos que Y e X são inversamente pro-
porcionais se, e somente se, existe uma constante real K não nula tal que, quaisquer que sejam
as medidas respectivas e correspondentes y e x das grandezas Y e X,

k
y?x5K ou y5 (x = 0 e y = 0)
x

A constante K é denominada constante de proporcionalidade inversa entre Y e X.


Exemplo
• Se um tanque com capacidade de 360 L está inicialmente vazio, o tempo t, em minuto, que
uma torneira gasta para o encher e a vazão constante V da torneira, em litro por minuto, são
grandezas inversamente proporcionais. Veja o quadro a seguir:

V 6 L/min 3 L/min 8 L/min 10 L/min

t 60 min 120 min 45 min 36 min


MATEMÁTICA

Note que, quando V cresce (ou decresce), t decresce (ou cresce) na proporção inversa, sen-
do constante o produto entre V e t.

143
Agora é sua vez!
1 Uma grandeza X depende apenas das grandezas Y e Z, sendo X proporcional a Y e inversamente proporcional a Z. O quadro
a seguir mostra os valores correspondentes das três variáveis em duas situações, sendo um dos valores desconhecido e
designado por x. Determine o valor de x.
Valor de X Valor de Y Valor de Z
Situação A 30 6 2
Situação B x 15 5

Resolução
Y XZ
Se X é proporcional a Y e inversamente proporcional a Z, então X 5 k ? , ou seja, 5 k.
Z Y
XZ
Assim, o valor da fração é o mesmo nas situações A e B. Substuindo os valores de cada linha do quadro e igualando-os,
Y
x
temos 30 ? 2 5 x ? 5 ^ 10 5 ^ x 5 30
6 15 3

2 Uma fotografia de casamento foi impressa no tamanho 10 cm × 15 cm (largura × comprimento). Deseja-se ampliar essa
foto para a comemoração das bodas de diamante (60 anos de casamento), de forma que a largura da foto passe a ser de 45
centímetros. Qual deve ser o comprimento?
Resolução
As duas dimensões das duas fotos precisam ser proporcionais ou a foto ficaria distorcida. Assim:

largura antiga largura nova


5
comprimento antigo comprimento novo
Substituindo os valores conhecidos e tomando o novo comprimento por x, obtemos:

10 45
5
15 x

10x 5 45 ? 15

675
x5
10
x 5 67,5 centímetros

Explorando as ideias
Podemos aplicar a noção de taxa de variação em diversas situações-problema. O impor-
tante é se lembrar de que, para calcular essa taxa de variação, é necessário pensar que ela será
igual à razão entre as duas grandezas, tomada em ordem conveniente.
Exemplo
• A velocidade prometida para um plano de internet, por uma operadora de banda larga, é
de 4 megabits por segundo. Um consumidor dessa operadora, com esse plano de internet,
notou que, para baixar um filme com 180 megabytes de dados (1 megabyte equivale a 8 me-
gabites), gastou 6 minutos. A velocidade prometida pela operadora foi cumprida, nesse caso?
Primeiro, transformaremos os dados de megabytes para megabites. Para isso, basta fazer
180 ? 8 5 1 440 megabites. Agora, podemos calcular a velocidade, dividindo a quantidade de
dados pelo tempo demorado no download.

1440 megabites megabites


Velocidade 5 54
360 segundos segundo

Portanto, a velocidade prometida foi cumprida.

144 CAPÍTULO 11
Agora é sua vez!
1 Para preparar a ração de um canário, é preciso misturar um quilograma de alpiste para cada dois quilogramas de frutas.
Qual é a quantidade (em peso) de frutas para cinco quilogramas de alpiste?
Considerando a massa de frutas x, temos a seguinte proporção:

1 5
5
2 x
x = 10
Serão necessários dez quilogramas de frutas.

2 Um motorista, em um trajeto de Belo Horizonte a uma outra cidade mineira, percorreu 100 km em 5 horas. Se ele mantiver
a velocidade média, quanto tempo gastará para percorrer mais 450 km?
Considerando a distância percorrida x, temos a seguinte proporção:

100 450
5
5 x
100x 5 2 250
2250
x=
100
x 5 22,5 horas
Portanto, ele gastará 22 horas e 30 minutos.

Atividade 2 – Teorema de Pitágoras


Explorando as ideias
Existem mais de 400 demonstrações para o teorema de Pitágoras e você já deve ter conhe-
cido algumas. Vamos relembrar o teorema para aplicá-lo na resolução de problemas.
Você já sabe que, dado um triângulo retângulo, temos pelo teorema de Pitágoras:
Professor(a), inicie a atividade
relembrando com os estudantes
as propriedades de um triângulo
retângulo. Explore os exemplos
e a solução da proposta da
atividade, buscando proporcionar
aos estudantes uma compreensão
b a mais aprofundada do tema.
Certifique-se de estimular a
participação ativa dos alunos,
promovendo discussões com o
objetivo de promover um ambiente
de aprendizagem colaborativo.
c

A soma dos quadrados das medidas dos catetos é igual ao quadrado da medida da hipo-
tenusa:
a2 5 b2 1 c2
Exemplo
• (Enem) A diagonal de um retângulo mede 10 cm, e um de seus lados mede 8 cm. A super-
fície desse retângulo mede:
MATEMÁTICA

a) 60cm2 c) 70cm2 e) 40cm2


2 2
b) 80cm d) 48cm

145
Resolução: D
Primeiro, é interessante fazer um esboço para compreender a situação-problema.

D G

8 cm 10 cm

E F

Agora, precisamos descobrir a medida do outro lado do triângulo DEG para calcular sua
superfície (área). Para isso, aplicamos o teorema de Pitágoras. Assim:
102 5 82 1 x2
100 5 64 1 x2
36 5 x2
x56
Como a medida do outro lado do retângulo é 6, para calcular a área fazemos:
A 5 6 ? 8 5 48 cm2

Agora é sua vez!


1 Calcule o lado que falta nos triângulos retângulos apresentados a seguir.
a) Aplicando o teorema de Pitágoras, temos:
32 1 52 5 x2
x2 5 9 1 25
3 cm x2 5 34
x = 34
a = 90o O lado mede 34 cm.
5 cm

b) Aplicando o teorema de Pitágoras, temos:


13 cm x2 1 52 5 132
x2 5 169 1 25
x2 5 144
5 cm x 5 12
O lado mede 12 cm.
a = 90o

c) Calcule o valor de x.
A 2 C Como todos os triângulos são retângulos, aplicamos o teorema de Pitágoras a
cada um deles separadamente.
a = 90
o

b = 90o
1
No triângulo ABC, temos:
2 12 1 22 5 y2
y2 5 1 1 4
y2 5 5
B
D y = 5
y = 90o
No triângulo BCD, temos:

( 5)
2
x 1 + 22 = z 2

z2 5 5 1 4
z2 5 9
E z53
No triângulo BDE, temos:
32 1 12 5 x2
x2 5 9 1 1
x2 5 10
x = 10
Portanto, a medida de x é de 10 .

146 CAPÍTULO 11
2 (Enem)

30 cm

90 cm
corrimão

30 cm
24 cm
24 cm
24 cm

90 cm
24 cm
24 cm

Na figura acima, que representa o projeto de uma escada com degraus de mesma altura, o comprimento total do corrimão é igual
a

a) 1,8 m. d) 2,1 m. Resposta: D.


b) 1,9 m. e) 2,2 m.
c) 2,0 m.

Atividade 3 – Sólidos geométricos – Volume do Professor(a), retome os elementos


do cilindro. Para que os estudantes
cilindro compreendam como calcular o
volume, devem perceber que é
muito parecido com o volume do
prisma, com atenção nas figuras
Explorando as ideias planas que formam esse sólido.

Os objetos representados nas imagens a seguir estão associados a um tipo de sólido geo-
métrico de forma arredondada: o cilindro.
Mile Atanasov/Shutterstock

Tomislav/Shutterstock

Wolna/Shutterstock

Boris Medvedev/Shutterstock

A figura 1 a seguir mostra um retângulo colorido e um eixo de rotação que contém um dos
lados do retângulo. Imagine que esse retângulo execute um giro de 360°, ou seja, dê uma volta
completa em torno desse eixo, conforme a figura 2, que mostra algumas das infinitas posições
do retângulo durante esse giro.

Eixo de
rotação
MATEMÁTICA

Figura 1 Figura 2 Figura 3

147
A região do espaço percorrida pelo retângulo determina o sólido geométrico representado
na figura 3. Ele é denominado cilindro circular reto. Nesse estudo vamos chamá-lo simples-
mente de cilindro.
O cilindro é delimitado por dois círculos de mesmo raio e por uma superfície curvilínea que
liga os contornos dos dois círculos.
O volume de um cilindro é o produto da área do círculo da base pela sua altura.
Lembrando que a área do círculo é pR2, temos:

Vcilindro 5 AB ? h ou Vcilindro 5 p ? R2 ? h
Exemplos
• Se em um cilindro o raio é R 5 6 dm e a altura é h 5 8 dm, a área da base é:
AB 5 pR2 5 3,14 · (6 dm)2 5 3,14 · 36 dm2 5 113 dm2
Portanto, seu volume é:
V 5 AB? h 5 113 dm2 ? 8 dm 5 904 dm3

• A capacidade de um copo cilíndrico é de 282,6 mililitros, e sua altura mede 10 cm. Vamos
calcular o raio da base desse copo.
Lembrando que 282,6 mL equivalem a 282,6 cm3, temos:
282, 6 cm3
V 5 AB ? h, isto é, 282,6 cm3 = AB ? 10 cm ~ AB 5 5 28,26 cm2
10 cm
Como a área da base é pR2, temos:

AB 5 pR2 ~ pR2 5 28,26 cm2 ~ 3,14 ? R2 5 28,26 cm2 ~ R2 5


28 , 26 cm2 5 9 cm2 ~ R 53 cm
3,14

Agora é sua vez!


1 A figura a seguir mostra um tambor de alumínio totalmente fechado. Com base nela, responda ao que se pede.

80 cm
Mrs_ya/Shutterstock

120 cm

a) Qual é a capacidade desse tambor, em litros?


Cerca de 603 L.

148 CAPÍTULO 11
b) Quantos metros quadrados de alumínio foram gastos em sua fabricação?
Cerca de 4 m2.

2 A figura a seguir mostra um tijolo de cerâmica, em forma de bloco retangular, com as dimensões indicadas. Ele é totalmente vazado
por três furos cilíndricos, cada um deles com 4 cm de diâmetro. Quantos metros cúbicos de cerâmica são gastos para fabricar
10 mil desses tijolos? É possível usar a calculadora para efetuar os cálculos.

Georgii Red/Shutterstock
6 cm

20 cm
10 cm

Cerca de 9,74 m3.

Professor(a), converse com os estudantes sobre os experimentos determinísticos e


Atividade 4 – Probabilidade experimentais. Mostre o espaço amostral e como determinar o evento. E apresente
como é realizado o cálculo para descobrir a probabilidade de um evento ocorrer.

Explorando as ideias
Chama-se experimento determinístico aquele que, realizado várias vezes, sob as mesmas condições, produz sempre o mes-
mo resultado. Chama-se experimento aleatório aquele em que, ainda que se saibam os possíveis resultados, não é possível pre-
ver antecipadamente qual deles ocorrerá, ou seja, o resultado é definido simplesmente pelo acaso.
Exemplos
• O experimento E1: "aquecer a água ao nível do mar e verificar seu ponto de ebulição" é um experimento determinístico. Sempre
que é realizado, sabe-se que o resultado é 100 ºC.
• O experimento E2: "sortear um número de 1 a 20" é um experimento aleatório. Ao realizá-lo, não é possível prever, a princípio, qual
será o seu resultado, que é determinado pelo acaso.
Exemplos
• No experimento aleatório "lançar uma moeda honesta e verificar a face voltada para cima", o espaço amostral equiprovável é
E = {cara, coroa}. Representando por p(cara) a probabilidade de o resultado ser cara e por p(coroa) a probabilidade de o resul-
tado ser coroa, temos:
Como E é um espaço equiprovável, p(cara) = p(coroa) = K. Pelo postulado anterior, temos: p(cara) + p(coroa) 5 1. Logo,

1
K 1 K 5 1 ^ 2K 5 1 ^ K 5
2

1
Assim, p(cara) = p(coroa) = 5 50%
2
• No experimento aleatório "lançar um dado viciado e verificar o número de pontos", suponhamos que o espaço amostral
E = {1, 2, 3, 4, 5, 6} seja não equiprovável, sendo a chance de o número de pontos ser 6 o triplo da chance de cada um dos outros re-
sultados possíveis. Nesse caso, supondo-se p(1) 5 p(2) 5 p(3) 5 p(4) 5 p(5) 5 x, temos que p(6) 5 3x. Pelo postulado anterior, temos:
p(1) 1 p(2) 1 p(3) 1 p(4) 1 p(5) 1 p(6) 5 1, ou seja,
1
x 1 x 1 x 1 x 1 x 1 3x 5 1 ^ 8x 5 1 ^ x 5 .
8
1
Portanto, p(1) 5 p(2) 5 p(3) 5 p(4) 5 p(5) 5 x 5 5 12,5% e
8
MATEMÁTICA

3
p(6) 5 3x 5 5 37,5%.
8

149
Probabilidade de um evento
Em um espaço amostral equiprovável E, a probabilidade p(A) de um evento A é, por defini-
ção, a razão entre n(A), número de resultados desejados, e n(E), número de resultados possíveis,
nessa ordem.

p(A) = n(A) 5 Número de resultados desejados


n(E ) Número de resultados possíveis

Exemplo

• No experimento aleatório "sortear um número de 1 a 20", o espaço amostral equiprovável é


E = {1, 2, 3, 4, ... , 20}, sendo n(E) = 20.
A é o evento "número sorteado ser divisível por 3", A = (3, 6, 9, 12, 15, 18}, sendo n(A) = 6.

n( A) 6 3
Logo, p(A) = 5 5 5 30%
n(E ) 20 10

Se um evento A é tal que p(A) = 0, dizemos que ele é impossível, ou seja, não há chance de
ele ocorrer. Se p(A) = 1 = 100%, dizemos que A é um evento certo, isto é, é garantido que
ele ocorrerá.
Exemplo

• No experimento "lançar um dado normal", cujo espaço amostral é E= {1, 2, 3, 4, 5, 6}, con-
siderando os eventos A: "número de pontos ser maior que 8" e B: "número de pontos ser
divisor de 60", A = 0, conjunto vazio, e B = {1, 2, 3, 4, 5, 6} = E. Portanto, n(A) = 0 e n(B) = 6.
Assim,

n( A) 0 n(B ) 6
p(A) = 5 5 0 e p(B) = 5 5 1 , ou seja, A é evento impossível e B é evento certo.
n(E ) 6 n(E ) 6

Os casos do evento impossível e do evento certo são as situações extremas em relação à


probabilidade de um evento. Assim, a probabilidade de qualquer evento A varia de 0 a 1,
ou seja, de 0 a 100%.

0 , p(A) , 1
ou
0 , p(A) , 100%

Exemplo
• Lança-se um dado comum duas vezes. Determine a probabilidade de a soma dos pontos dos
dois dados ser, no mínimo, igual a 10.
Para cada lançamento, há 6 resultados possíveis. Em dois lançamentos, pelo PMC, o núme-
ro de resultados possíveis é 6 ? 6 5 36, ou seja, n(E) = 36. Os resultados possíveis são:
(1, 1 ), (1, 2), (1, 3), (1,4), (1, 5), (1, 6),
(2, 1 ), (2, 2), (2, 3), (2, 4), (2, 5), (2, 6),
(3, 1 ), (3, 2), (3, 3), (3, 4), (3, 5), (3, 6),
(4, 1 ), (4, 2), (4, 3), (4, 4), (4, 5), (4, 6),
(5, 1 ), (5, 2), (5, 3), (5, 4), (5, 5), (5, 6),
(6, 1 ), (6, 2), (6, 3), (6, 4), (6, 5), (6, 6)
O evento "soma dos pontos, no mínimo, igual a 10" é
A= {(4, 6), (5, 5), (6, 4), (5, 6), (6, 5), (6, 6)}.
n( A) 6 1
Portanto, n(A) 5 6 e p(A) 5 5 5 .
n( E ) 36 6

150 CAPÍTULO 11
Agora é sua vez!
1 Um baralho comum é composto de 13 cartas de cada um dos quatro naipes (ouros, copas, espadas e paus), além de 2
coringas, perfazendo, no total, 4 ? 13 + 2 = 54 cartas. As 13 cartas de cada naipe são: A (ás), 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, J (valete),
Q (dama) e K (rei). Retira-se aleatoriamente uma carta desse baralho. Qual é a probabilidade de essa carta ser uma dama?
Resolução
Como o baralho tem 54 cartas, n(E) = 54. Consideremos o evento A: "carta retirada ser uma dama". Há 4 damas no baralho, uma

de cada naipe, logo n(A) = 4 e p(A) = n(A ) 5 4 5 2  7,4%.


n(E ) 54 27

2 Em uma rifa, foram vendidos 50 bilhetes numerados de 1 a 50. Detemine a probabilidade de o número sorteado nessa rifa
a) ser divisível por 6;
16%

b) não ser divisível por 6;


84%

c) ser menor que 60;


100%

d) ser maior que 80.


0

Anotações

MATEMÁTICA

151
Anotações

152 CAPÍTULO 11
12
Vl
ad
im
ir W
ran
ge
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utt
ers
ÁLGEBRA, GEOMETRIA

toc
k
E NÚMEROS

Atividade 1 – Função de 2o grau


Neste capítulo, o conjunto de
atividades tem como objetivo
desenvolver as seguintes habilidades:
Explorando as ideias
Identificar leis
Se a, b e c são constantes reais, com a = 0, e x e y são variáveis reais, chama-se função matemáticas
que expressem
quadrática, ou função polinomial de 2o grau, toda função f cuja expressão geral é do tipo: Função de
a relação de H15
2o grau
dependência
entre duas
y 5 f(x) 5 ax2 1 bx 1 c grandezas.
Utilizar o
Exemplos: teorema de
Pitágoras ou
• y 5 f(x) 5 2x2 1 5x 1 1 é uma função quadrática, em que a 5 21, b 5 5 e c 5 1. semelhança
de triângulos
Semelhança
1 na seleção de H9
q2 de triângulos
• p 5 g(q) 5 − 1 é uma função quadrática, sendo a 5 , b 5 0 e c 5 21. argumentos
3 3 propostos como
solução de
• z 5 f(w) 5 26w2 é uma função quadrática, sendo a 5 26 e b 5 c 5 0. problemas do
cotidiano.
Várias relações matemáticas e inúmeros fenômenos físicos podem ser expressos por meio Noção de
Aplicar a noção
de funções quadráticas. escalas na
de escalas na
leitura de H11
leitura de plantas
Exemplos: plantas ou
ou mapas.
mapas.
• O número de diagonais d de um polígono convexo depende do número n de lados dele, Resolver
segundo a função d(n) 5 0,5n2 2 1,5n. Temos uma função quadrática em que, tomando situação-
problema
como referência a expressão geral, a 5 0,5, b 5 21,5 e c 5 0. que envolva
Probabilidade H28
processos de
• A energia cinética E, em joule, de um corpo de 30 kg de massa depende de sua velocidade contagem ou
v, em metro por segundo, de acordo com a função E(v) 5 15v2. Temos novamente uma noções de
probabilidade.
função quadrática em que a 5 15 e b 5 c 5 0.
• Em condições ideais, se um objeto é solto Professor(a), defina o conceito de
y
MRS Editorial

função quadrática, retomando o


de uma altura de 60 m, a altura h que ele y 5 f(x) 5 x2 que são os coeficientes e o termo
atinge em relação ao solo, em metro, varia independente. Esboce graficamente
as funções quadráticas básicas,
com o tempo t, em segundo, pela função utilizando pontos para destacar
4
h(t) 5 80 2 5t2, sendo 0 , t , 4. Temos tam- aspectos fundamentais, como
o formato da curva (parábola),
bém uma função quadrática, em que a 5 25, o vértice, o eixo de simetria e
b 5 0 e c 5 80. a concavidade. É importante
também apresentar a fórmula para
O gráfico de uma função quadrática é uma 1 determinar o vértice da parábola,
ressaltando sua relevância na
parábola. A figura ao lado mostra os gráficos de transição entre crescimento e
duas funções quadráticas básicas: y 5 f(x) 5 x2 22 21 1 2 x decrescimento da função, bem
como sua associação com o valor
e y 5 g(x) 5 2x2. Ambas passam pela origem 21 máximo ou mínimo. Após isso, trace
O(0, 0). o gráfico de uma função quadrática
genérica, preferencialmente
Os pontos (1, 1), (2, 4), (21, 1) e (22, 4) per- com raízes reais, enfatizando
a importância do vértice e dos
tencem ao gráfico de f, enquanto os pontos 24 pontos de intersecção com os
eixos coordenados. Destaque a
(1, 21), (2, 24), (21, 21) e (22, 24) pertencem relação entre o número de pontos
ao gráfico de g. de intersecção com o eixo das
abscissas e o sinal do discriminante.
MATEMÁTICA

y 5 g(x) 5 2x2 Explore situações práticas


relacionadas à determinação dos
valores máximos ou mínimos de
uma função quadrática.

153
Na função f, em que a 5 1, portanto positivo, a parábola tem concavidade (abertura) vol-
tada para cima, enquanto na função g, em que a 5 21, portanto negativo, a concavidade é
voltada para baixo.
A origem O(0, 0) é o vértice das duas parábolas. Na função f, ele é o ponto de ordenada
mínima (y 5 0); na função g, ele é o ponto de ordenada máxima (y 5 0).
Assim, o conjunto imagem da função f é Im(f) 5 [0, 1ÿ[, e o conjunto imagem da função g,
Im(g) 5 ]2ÿ, 0].
O eixo y das ordenadas é o eixo de simetria das duas parábolas, que são simétricas entre
si em relação ao eixo x.
Na construção do gráfico de uma função quadrática y 5 f(x) 5 ax2 1 bx 1 c, com a = 0, o
vértice é um ponto referencial importante. Ele é o ponto em que a função passa de decrescente
para crescente (caso em que a > 0) ou de crescente para decrescente (caso em que a < 0).
Pode-se provar que, em uma função quadrática genérica, a abscissa xV e a ordenada yV do
vértice são dadas por

b D
xV 5 2 e yV 5 2
2a 4a

No caso, o número D 5 b² 2 4ac é chamado de discriminante da função.


Exemplo:
• Vamos determinar o vértice da parábola da função
y 5 f(x) 5 2x2 1 6x 1 1.
Nessa função, a 5 21, b 5 6 e c 5 1. Logo, D 5 b2 2 4ac 5 62 2 4 ? (21) ? 1 5 40. Temos:
b 6 D 40
xV 5 2 52 53 e yV 5 2 52 510
2a 2?(21) 4a 4 ?(21)
A ordenada do vértice poderia ser obtida também substituindo xV 5 3 na função:
yV 5 232 1 6 ? 3 1 1 5 29 1 18 1 1 5 10
Assim sendo, o vértice da parábola é o ponto V(3, 10).

Agora é sua vez!


1 Construa o gráfico da função quadrática y 5 f(x) 5 x2 2 4x 1 3.
Resolução
Considerando a expressão geral da função quadrática, temos a 5 1, b 5 24 e c 5 3.
Vamos determinar, primeiro, o vértice da parábola.
O discriminante da função é D 5 b2 2 4ac 5 (24)2 2 4 ? 1 ? 3 5 4.
b 24 D 4
xV 5 2 5 2 5 2 e yV 5 2 52 521
2a 2?1 4a 4?1
O valor de yV poderia ser obtido também substituindo o valor xV 5 2 na função: yV 5 22 2 4 ? 2 1 3 5 21.
Portanto, o vértice da parábola é o ponto V(2, 21).
Agora, vamos obter outros dos infinitos pontos da parábola. Na prática, é interessante atribuir a x valores próximos de xV, de
preferência valores inteiros, para facilitar os cálculos, conforme quadro a seguir (Faça os cálculos!). Com base nesses pontos,
construímos o gráfico da função.

x 0 1 2 3 4

y 5 x2 2 4x 1 3 3 0 21 0 3

Coordenadas do
A(0, 3) B(1, 0) V(2, 21) C(3, 0) D(4, 3)
ponto

154 CAPÍTULO 12
Observe que:

MRS Editorial
y r
• a parábola tem concavidade para cima, porque a 5 1 > 0;
• ela corta o eixo x nos pontos de abscissas 1 e 3, raízes da função; note que
a função admite duas raízes reais distintas, já que D 5 4 > 0.
• ela corta o eixo y no ponto (0, 3), sendo 3 o valor do coeficiente c da função, A 3 D
pois f(0) 5 c 5 3;
• o eixo de simetria da parábola é a reta r de equação x 5 2, sendo 2 a abscissa
xV do vértice;
• a função admite yV 5 21 como valor mínimo; portanto, Im(f) 5 [21, 1ÿ[. O 1 2 3
B C 4 x
21
V

Explorando as ideias
Raízes de uma função de 2o grau
Para construir o gráfico da função de 2o grau, foi preciso descobrir alguns pontos como os
que interceptam o eixo x. Esses pontos, além de facilitar a construção e a interpretação do grá-
fico, representam as raízes ou os zeros da função. Portanto, em um gráfico, os zeros da função,
quando existem, são os pontos da parábola que interceptam o eixo x.

-b - D -b + D
ax2 1 bx 1 c 5 0 ~ x1 = e x2 =
2a 2a

Denominamos raízes (zeros) da função


quadrática aos valores de x tais que f(x) 5 0.

Algebricamente, as raízes da função f(x) 5 ax2 1 bx 1 c são obtidas quando resolvemos a


equação ax² 1 bx 1 c 5 0. O discriminante (D) dessa equação é, também, o discriminante da
função. Sabendo disso, podemos determinar que:
• se D > 0, a função f(x) tem duas raízes reais diferentes;
• se D 5 0, a função f(x) tem uma única raiz real;
• se D < 0, a função f(x) não tem zeros reais.

Agora é sua vez!


1 Calcule as raízes da função f(x) = x2 – 7x + 10 e, depois, faça um esboço de seu gráfico.
Resolução:
Considerando f(x) 5 0, temos:

ìa 5 1
ï
• x² 2 7x 1 10 5 0 ñ íb 5 27
ïc 5 10
î
• D 5 (27)² 2 4 ? 1 ? 10 5 49 2 40 5 9 ~ D > 0
Como D > 0, a função f(x) tem duas raízes reais diferentes.
ì
ï 2 (27)2 9 723 4
2b ± D ïï x’ 5 5 5 52
• x5 Þ í 2 × 1 2 2
2a ï 2(27) 1 9 7 1 3 10
ï x’’ 5 5 5 55
ïî 2 ×1 2 2
Agora, vamos estudar outras características da função para esboçarmos seu gráfico.
MATEMÁTICA

155
y

MRS Editorial
• A concavidade da parábola é voltada para cima, pois a 5 1 > 0. 11
• Os pontos de cruzamento da parábola com o eixo x são: (2, 0) e (5, 0).
10
• O ponto de cruzamento da parábola com o eixo y é (0, 10). Portanto, seu
simétrico é (7, 10). 9
• O vértice da parábola é: 8
æ 2b 2D ö æ 2(27) 29 ö æ 7 29 ö 7
Vç , ÷ 5 V çç , ÷ 5V ç ,
÷ ÷ = V ( 3,5; 22,25)
è 2a 4 a ø è 2 × 1 4 × 1 ø è2 4 ø 6
Agora, podemos marcar esses pontos no plano cartesiano ao lado. 5
2 O terreno retangular da figura tem as dimensões indicadas em metros. 4
Ele está subdividido em três lotes, L1, L2 e L3, também retangulares. 3
2
3x 1

MRS Editorial
3,5

10 L1 22 21 0 1 2 3 4 5 6 7 8 x
21
2x 22
22,25
L2 L3 23

30

a) Expresse as áreas A1, A2 e A3, dos lotes L1, L2 e L3, respectivamente, em função de x.
b) Identifique de que tipo é cada função do item anterior.
c) Calcule o valor de A2, no caso em que A3 5 420.
a) A1 5 10 ? 3x ou A1 5 30x; A2 5 (3x 2 30)(2x 2 10) ou A2 2 6x2 2 90x 1 300; A3 5 30(2x 2 10) ou A3 5 60x 2 300.
b) A1 é função afim linear; A2 é função quadrática; A3 é função afim não linear.
c) A3 5 420 para 60x 2 300 5 420 ^ x 5 12. Para x 5 12, A2 5 6 ? 122 2 90 ? 12 1 300 5 84 (84 m2).

Professor(a), nesta atividade


Atividade 2 – Semelhança de polígonos iniciaremos uma conversa sobre
transformações e semelhança de
figuras, para então tratarmos da
semelhança de triângulos. Explore
Explorando as ideias os exemplos apresentados e os
casos da semelhança de triângulos
Você estudou semelhança de triângulos, agora vamos resolver alguns problemas aplican- e discuta as possíveis soluções
com os estudantes.
do o que aprendeu.
MRS Editorial

4
8

Os retângulos são semelhantes, pois têm todos os ângulos congruentes e os lados propor-
cionais. A razão do maior para o menor é 2. A essa razão dá-se o nome de razão de semelhança k.

156 CAPÍTULO 12
4 8 2
= = =2
2 4 1
Podemos determinar a razão entre os perímetros de polígonos semelhantes. Observan-
do os retângulos, o perímetro do menor é 12 e o do maior é 24; então, a razão entre o perímetro
24
do maior e o do menor é = 2 , igual à razão de semelhança k.
12
Também podemos determinar a razão entre as áreas de polígonos semelhantes. Da fi-
gura anterior, temos:
• Amenor 5 2 ? 4 5 8
• Amaior 5 4 ? 8 5 32
32
Portanto, a razão entre as áreas é = 4 , igual ao quadrado da razão de semelhança k².
8
Razão entre as áreas de dois polígonos semelhantes é igual ao quadrado da razão de se-
melhança entre eles.

Exemplo:
A razão de semelhança entre os triângulos ABC e DEF indicados a seguir é 1,5. Calcule a
medidas dos lados do triângulo ABC.

2,5 4
MRS Editorial

5
D E

MRS Editorial

A C

Resolução:
Cada lado do triângulo ABC é igual ao lado correspondente do triângulo DEF multiplicado
pela razão de semelhança. Assim:
• AB 5 DF ? 1,5 5 2,5 ? 1,5 5 3,75
• BC 5 EF ? 1,5 5 4 ? 1,5 5 6
• AC 5 DE ? 1,5 5 5 ? 1,5 5 7,5
Portanto, as medidas dos lados do triângulo ABC são: 3,75, 6 e 7,5.
A razão de semelhança entre dois retângulos é 2. Se a área do retângulo menor é 10 cm²,
qual é a área do retângulo maior?
Resolução:
É dada a razão de semelhança k 5 2.
Como a razão entre as áreas dos retângulos é k² 5 2² 5 4, isto é, a área do retângulo maior
é 4 vezes a área do retângulo menor, temos:
MATEMÁTICA

4 ? 10 cm2 5 40 cm2
Logo, a área do retângulo maior é 40 cm².

157
Agora é sua vez!
1 Em um mesmo instante, se o Sol projeta, em um solo plano, as sombras de dois objetos próximos um do outro, as alturas
dos objetos são proporcionais aos comprimentos das respectivas sombras. Em determinado instante do dia, com ausência
de nuvens, a sombra de um poste de 4 m de altura tem 3,5 m de comprimento. No mesmo instante, próxima ao poste, está
uma pessoa com 1,6 m de altura, e a distância da extremidade de sua cabeça até o final da sombra é de 2 m, conforme figura.
Determine a medida x do comprimento da sombra da pessoa e a medida y da distância do ponto mais alto do poste até o
final de sua sombra.

Resolução:
4/1,6 5 3,5/x; 4x 5 3,5 ⋅ 1,6;
x 5 5,6/4; x 5 1,4
4/1,6 5 y/2; 1,6 y 5 4 ⋅ 2; 4m y x 5 1,4 m; y 5 5 m
y 5 8 : 1,6; y 5 5

3,5 m 1,6 m 2m
Solo
x

2 Considere, na figura, os retângulos ABCD, BCQP e SRCQ.

a) Mostre que os retângulos ABCD e BCQP são semelhantes e indique a razão de semelhança do maior para o menor.

D Q C

x 27 18
5 ; os ângulos são todos retos.
S R 18 12
18 cm 3
Razão de semelhança 5
2

A 15 cm P 12 cm B

b) Calcule a medida x do segmento RC, sabendo que o retângulo SRCQ também é semelhante ao retângulo ABCD.
8 cm

Professor, nesta atividade vamos


Atividade 3 – Noção de escalas na leitura explorar mais um pouco o
conceito de escala. Inicialmente
de plantas ou mapas relembraremos o conceito, mas em
seguida apresentaremos exemplos
e exercícios para que os estudantes
resolvam. Discuta com eles as
Explorando as ideias possíveis soluções dos problemas.

Vamos falar mais um pouco sobre escala. Vamos relembrar o conceito de escala:
Chama-se escala de uma representação (mapa, figura, maquete, etc.) a razão entre um
comprimento qualquer representado e o comprimento real correspondente. Representando a
escala por e, temos, portanto,

Comprimento representado
e5
Comprimento real

Exemplos:
• Se, em um mapa, uma distância de 3 cm representa uma distância real de 60 km, a escala
utilizada é
Distância representada 3 cm 3 cm 1
e5 Distância real 5 60 km = 6 000 000 cm = 2 000 000 5 1 : 2 000 000

158 CAPÍTULO 12
• Se a imagem que representa um inseto tem 4 cm de comprimento, e seu comprimento real
é 8 mm, a escala utilizada na imagem é
Comprimento representado 4 cm 40 mm 5
e5 Comprimento real 5 8 mm = 8 mm = 1 5 5 : 1

Observe que a escala pode ser menor que 1, como no exemplo do mapa, em que há uma
redução da distância real, mas pode ser também maior que 1, como no exemplo do inseto, em
que há uma ampliação do comprimento real.
Se uma figura plana é representada em uma escala e, a razão entre duas áreas correspon-
dentes é igual a e2. Se uma figura sólida é representada em uma escala e, a razão entre dois
volumes correspondentes é igual a e3.

Agora é sua vez!


1 Determine:

a) a razão entre a área da planta baixa de uma casa e a área real dessa casa, sabendo
que a planta baixa obedece à escala 1 : 50; 1
2500

b) a área real de um terreno, em metro quadrado, sabendo que sua representação em


uma figura tem 100 cm2 de área, e que essa representação obedece à escala 1 : 200.
400 m2

2 (Enem) O condomínio de um edifício permite que cada proprietário de apartamento


construa um armário em sua vaga de garagem. O projeto da garagem, na escala 1 : 100,
foi disponibilizado aos interessados já com as especificações das dimensões do armário,
que deveria ter o formato de um paralelepípedo retângulo reto, com dimensões, no
projeto, iguais a 3 cm, 1 cm e 2 cm. O volume real do armário, em centímetros cúbicos,
será
a) 6.
b) 600.
c) 6 000.
d) 60 000.
e) 6 000 000.

Professor(a) retome o conceito


Atividade 4 – Probabilidade II de probabilidade. Abordaremos o
cálculo da probabilidade clássica,
da probabilidade condicional, da
probabilidade da união de eventos
Explorando as ideias e de eventos sucessivos ou
simultâneos.
Probabilidade da união de dois eventos
Dados dois conjuntos A e B, sabemos que o número de elementos de A, de B, de A í B e de
A ì B obedecem à seguinte relação: n(A í B) 5 n(A) 1 n(B) 2 n(A ì B).
Suponhamos que A e B sejam dois eventos contidos em um mesmo espaço amostral E. Dividin-
n( AíB ) n( A) n( B ) n( AìB )
do cada termo da última igualdade por n(E), obtemos 5 1 2 , ou seja,
n(E ) n( E ) n(E ) n(E )

p(A í B) 5 p(A) 1 p(B) 2 p(A ì B)

Se dois eventos A e B não têm nenhum elemento comum, ou seja, A ì B 5 0, dizemos que
eles são eventos mutuamente exclusivos. No caso, de acordo com a relação anterior,
MATEMÁTICA

p(A í B) 5 p(A) 1 p(B)

159
Agora é sua vez!
1 Se A e B são dois eventos de um mesmo espaço amostral equiprovável E, sendo
p(A) 5 0,40, p( B ) 5 0,25, e p(A í B) 5 0,93, determine p(A ì B).
Resolução:
De p(B) 1 p (B ) 5 1, concluímos que p(B) 1 0,25 5 1 ^ p(B) 5 0,75.
De p(A í B) 5 p(A) 1 p(B) 2 p(A ì B), temos:
0,93 5 0,40 1 0,75 2 p(A ì B) ^ p(A ì B) 5 0,22.
2 Escolhe-se aleatoriamente um anagrama da palavra AMIGO. Qual é a probabilidade de
o anagrama escolhido começar por vogal ou terminar em consoante?
Resolução:
O número de elementos do espaço amostral é n(E) 5 P5 5 120, total de anagramas da
palavra AMIGO.
Resposta: 0,3

Explorando as ideias
Probabilidade condicional
Em certos casos, deseja-se determinar a probabilidade de ocorrer determinado evento,
sabendo que já ocorreu anteriormente outro evento. Trata-se da probabilidade condicional.
A probabilidade de ocorrer um evento A, sabendo que já ocorreu outro evento B, é repre-
sentada por p(A/B). Na prática, p(A/B) é a probabilidade de ocorrer o evento A, supondo que o
espaço amostral seja o evento B, que já ocorreu.

Agora é sua vez!


1 Em uma urna, há 50 bolas, que variam apenas na cor e no tamanho, conforme quadro a
seguir:

Verdes Azuis Total

Grandes 13 7 20

Pequenas 11 19 30

Total 24 26 50

Retira-se uma bola dessa urna, aleatoriamente. Determine a probabilidade de ela ser
a) pequena, sabendo que é azul;
b) verde, sabendo que é grande.
Resolução
a) Se A é o evento “retirar uma bola pequena” e B é o evento “retirar uma bola azul”,
devemos calcular p(A/B). Considerando que as 26 bolas azuis constituem o espaço amostral,
19
e que entre elas 19 são pequenas, p(A/B) 5 à 0,73 5 73%.
26
b) Se C é o evento “retirar uma bola verde” e D é o evento “retirar uma bola grande”,
devemos calcular p(C/D). Considerando que as 20 bolas grandes constituem o espaço

amostral, e que entre elas 13 são verdes, p(C/D) 5 13 5 0,65 5 65%.


20

160 CAPÍTULO 12
2 De um grupo de 8 pessoas, entre as quais estão Marina e Alex, forma-se aleatoriamente
uma comissão de 4 pessoas. Sabendo que Marina faz parte da comissão, determine a
probabilidade de Alex também fazer parte dela.
Resolução
Se X é o evento “Marina faz parte da comissão” e Y é o evento “Alex faz parte da comissão”,
devemos calcular p(Y/X). Vamos considerar, como espaço amostral, o conjunto das possíveis
comissões das quais Marina faz parte: n(X) 5 C7, 3 5 35. Dessas comissões em que Marina

aparece, vamos analisar em quantas Alex também aparece: C6, 2 5 15. Logo, p(Y/X) 5 15 5 3 .
35 7

Explorando as ideias
Probabilidade de eventos sucessivos ou simultâneos
Em algumas situações, queremos determinar a probabilidade de ocorrerem, sucessiva ou si-
multaneamente, dois ou mais eventos.
Se os possíveis resultados de um deles têm influência sobre os possíveis resultados dos
demais, dizemos que eles são eventos dependentes. Se essa influência não ocorre, dizemos
que eles são eventos independentes.
Se dois eventos A e B são independentes, a probabilidade de que eles ocorram sucessiva ou
simultaneamente é o produto das probabilidades de cada um.

p(A e B) 5 p(A) · p(B) (eventos independentes)

Essa propriedade se estende para situações em que temos três ou mais eventos indepen-
dentes.
Se dois eventos A e B são dependentes, a probabilidade de que ocorra A e, em seguida,
ocorra B, é o produto da probabilidade de A pela probabilidade de B, sabendo-se que A já
ocorreu.

p(A e B) 5 p(A) · p(B/A) (eventos dependentes)

Essa propriedade também se estende para casos em que três ou mais eventos dependentes
ocorrem sucessivamente. Pressupõe-se, sempre, que os eventos anteriores já tenham ocorrido.

Agora é sua vez!


1 Lançam-se um dado comum de 6 faces e uma moeda. Determine a probabilidade de se
obter número de pontos menor que 3 no dado e cara na moeda.
Resolução
O evento A: “número de pontos no dado menor que 3” e o evento B: “cara na moeda” são
eventos independentes. O resultado do lançamento do dado não interfere no resultado do
lançamento da moeda.
2 1
No evento A, o espaço amostral é E1 5 {1, 2, 3, 4, 5, 6} e A 5 {1, 2}. Logo, p(A) 5 5 .
6 3
1
No evento B, o espaço amostral é E2 5 {cara, coroa} e B 5 {cara}. Portanto, p(B) 5 .
2
1 1 1
Como A e B são eventos independentes, p(A e B) 5 p(A) ? p(B) 5 ⋅ 5 .
3 2 6
MATEMÁTICA

161
Prepara Saeb
H28 - Resolver situação-problema que envolva processos de contagem ou noções de probabilidade.
1. Uma urna contém 12 bolas brancas, 5 amarelas e 8 azuis, indistinguíveis ao toque. Considerando o experimento: “retirar simul-
taneamente duas bolas”, qual é a probabilidade aproximada de essas bolas serem da mesma cor? Resposta: C
a) 18,6% c) 34,7% e) 48,3%
H9 - Utilizar o teorema de Pitágoras ou semelhança de
b) 23,5% d) 42,4% triângulos na seleção de argumentos propostos como
solução de problemas do cotidiano.
2. O triângulo ABC da figura é retângulo em C, e CD é perpendicular a AB. Resposta: C
Se AB 5 10 cm e BC 5 8 cm, a medida do segmento CD é
Resolução:
a) 3,6 cm. C Temos um triângulo pitagórico, então CA 5 6 cm
Chamaremos CD de y. Considerando o triângulo ADC
b) 4,0 cm. temos: 62 5 x2 1 y2
Considerando o triângulo BDC temos:
c) 4,8 cm. 82 5 (10 2 x)2 1 y2. Assim teremos:
d) 6,0 cm. y2 5 x2 2 62 e y2 5 (10 2 x)2 2 82 Então:
x2 2 625 (10 2 x)2 1 y2; 36 5 64 2 100 120x; 20 x 5 72;
e) 6,2 cm. x 5 3,6. Voltando no triângulo ADC temos:
62 5 y2 1 3,62; y2 5 62 2 3,62; y 5 4,8
A D B

H28 - Resolver situação-problema que envolva processos de contagem ou noções de probabilidade.


3. A mobilidade urbana tem afetado, de maneira decisiva, os hábitos dos habitantes das grandes cidades. Em uma cidade, obras
do governo começaram a ser realizadas como forma para resolver o problema. Durante essas obras, alguns problemas se
agravaram e engarrafamentos gigantescos aconteceram.
Enquanto obras eram feita em sua cidade, quando Mariana saía de seu trabalho e ia para a faculdade, precisava fazer o trajeto
passando por 2 vias principais que estavam em obras. A empresa responsável pela logística de transportes da cidade afirmou
que a probabilidade de essas vias estarem engarrafadas no horário utilizado por Mariana era igual a 70% e 25%, respectiva-
mente. Caso ela encontrasse uma dessas vias engarrafadas, ela perderia a primeira aula na faculdade.
A probabilidade de Mariana não perder a primeira aula durante esse período de obras era de Resposta: B
a) 5,0%. c) 50,0%. e) 95,0%.
b) 22,5%. d) 77,5%.
H16 - Resolver situação-problema envolvendo a variação de grandezas direta ou inversamente proporcionais.
4. Sabe-se que, com 50 kg de café cru, obtêm-se 35 kg de café torrado. Quantos quilos de café cru devem ser levados ao forno
para se obter 4 200 kg de café torrado? Resposta: D
a) 10 000 Resolução: 50/x 5 35/4 200; 35x 5 50 · 4 200;
35x 5 210 000; x 5 6 000
b) 8 000
c) 7 000
d) 6 000
H16 - Resolver situação-
5. O quadro a seguir mostra o desperdício de água, em litros, gerado pelo gotejo de uma torneira. problema envolvendo a
variação de grandezas
direta ou inversamente
Tempo proporcionais. Aplicar
1 2 3 4 5 6
(dias) a noção de escalas na
leitura de plantas ou
Desperdício mapas.
60 120 180 240 300 360
(litros)

O gráfico que melhor representa a relação entre o desperdício de água, em litros, e o tempo transcorrido, em dias, é:
Resposta: B

Desperdício (litros) Desperdício (litros)


360 360
a) b)
300 300

240 240

180 180

120 120

60 60

0 0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 Tempo (dias) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 Tempo (dias)

162 CAPÍTULO 12
Prepara Saeb
Desperdício (litros) Desperdício (litros)
360 360
c) d)
300 300

240 240

180 180

120 120

60 60

0 0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 Tempo (dias) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 Tempo (dias)

H 9 - Utilizar o teorema de Pitágoras ou semelhança de triângulos na seleção de argumentos propostos como solução de problemas do cotidiano.
6. Observe os triângulos desenhados na malha, formada por quadradinhos de tamanhos iguais.

I II III IV

Os triângulos semelhantes são Resposta: B


a) I e II. b) I e III. c) II e IV. d) III e IV.
7. Foram cronometrados os tempos de duração de seis viagens de avião de Belo Horizonte a São Paulo no final de semana. Verifique
os dados. H 27 - Calcular a média aritmética de um conjunto de dados expressos em uma tabela de frequências de dados agrupados (não
em classes) ou gráficos de colunas.

Sexta-feira Sábado Domingo


50 min 48 min 52 min
51 min 50 min 49 min

Sabendo-se que o tempo de voo de Belo Horizonte a Salvador é aproximadamente o triplo do tempo médio gasto de Belo
Horizonte a São Paulo, a duração média de voo de Belo Horizonte a Salvador é de: Resposta: D
a) 49 min Resolução:
(50 1 481 52 1 51 1 50 1 49) /6 5 50 min, 3 ? 50 5 150 min
b) 50 min
c) 147 min
d) 150 min
H28 - Resolver situação- problema que envolva processos de contagem ou noções de probabilidade.
8. O Estatuto do Idoso, no Brasil, prevê certos direitos às pessoas com idade avançada, con- Nome
Idade
(em ano)
cedendo a estas, entre outros benefícios, a restituição de imposto de renda antes dos
Orlando 89
demais contribuintes. A tabela informa os nomes e as idades de 12 idosos que aguardam
suas restituições de imposto de renda. Considere que, entre os idosos, a restituição seja Gustavo 86

concedida em ordem decrescente de idade e que, em subgrupos de pessoas com a mesma Luana 86
idade, a ordem seja decidida por sorteio. Teresa 85
Nessas condições, a probabilidade de João ser a sétima pessoa do grupo a receber sua Márcia 84
restituição é igual a Resposta: E Resolução: Roberto 82
A questão diz que em subgrupos de pessoas da mesma
idade, a ordem é decidida por sorteio. Temos que o João Heloisa 75
está no subgrupo dos 75 anos, em que há
1 1 1 outros 3 idosos. A sétima pessoa da lista Marisa 75
a) c) e) será tirada desse subgrupo. Como será
12 8 4 feito sorteio, a probabilidade terá 1 caso Pedro 75
favorável (João ser sorteado) e 4 casos João 75
7 5 possíveis (João, Heloisa, Marisa e Pedro).
MATEMÁTICA

b) d) Logo a probabilidade é dada por: Antônio 72


12 6 Casos favoráveis 1 Fernanda 70
P5 =
Casos possíveis 4

163
Prepara Saeb
H15 - Identificar leis matemáticas que expressem a relação de dependência entre duas grandezas.
9. A tabela a seguir mostra cinco valores de uma variável x, bem como os valores correspondentes de outra variável y, relacionada
com x. Resposta: D
x 0 1 2 3 4
y −1 −2 −5 −10 −17

Das funções a seguir, a que está associada a essa tabela é


a) y 5 x2 2 1.
b) y 5 x2 1 1.
c) y 5 x2 2 3.
d) y 5 2x2 2 1.
e) y 5 2x2 1 1. H11 Aplicar a noção de escalas na leitura de plantas ou mapas.
10. Pedro desenhou a planta de sua loja na escala 1:125. Isso significa que cada 1 cm na planta equivale a 125 cm na situação real.
Sabendo-se que, na planta, o comprimento da loja é de 12 cm e a largura é de 6 cm, as medidas reais do comprimento e da
largura da loja são Resposta: C
a) 12 m e 6 m Resolução: 125 ? 12 5 1 500 cm 5 15 m e 125 ? 6 5 750 cm 5 7,5 m

b) 12,5 m e 6,25 m
c) 15 m e 7,5 m
d) 18 m e 9 m
e) 20,8 m e 10,4 m

Anotações

164 CAPÍTULO 12
Anotações

MATEMÁTICA

165
Anotações

166 CAPÍTULO 12
Anotações

MATEMÁTICA

167
Anotações

168 CAPÍTULO 12
838796
838946

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