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Livro
Práticas de Linguagem
Profª. Eli Regina Nagel dos Santos
Profª. Jeice Campregher
2019
2 Edição
a
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Profª. Eli Regina Nagel dos Santos
Profª. Jeice Campregher
SA237l
ISBN 978-85-515-0298-3
CDD 469.8
Impresso por:
Apresentação
Olá, caro acadêmico! Você já leu a obra: “O Pequeno Príncipe?”
Lembra que o príncipe termina perguntando: “– Terá ou não terá o carneiro
comido a flor? [...] E nenhuma pessoa grande compreenderá que isso tenha
tanta importância!” (SAINT- EXUPÉRY, 1986, p. 95).
Isso é pouco! Não gostaria que simplesmente lesse esse material porque
faz parte do regulamento, das obrigações de acadêmico, mas que relesse, anotasse,
fosse como o principezinho com muitos questionamentos. E que buscasse
compreender os sentidos, as linhas e as entrelinhas dos textos apresentados. Que
concordassem e duvidassem com criticidade do que está exposto.
Isso porque “as pessoas têm estrelas que não são as mesmas. Para uns, que
viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam de pequenas luzes. Para
outros, os sábios, são problemas. Para o meu negociante, eram ouros. Mas todas
essas estrelas se calam. Tu, porém, terás estrelas como ninguém..." Espero que elas
ajudem na constituição de sua formação acadêmica.
III
acenderam uma luz, quem não se preocupava somente consigo. Sem me
esquecer das interpelações que mantive com os homens de negócio, sem tempo,
mas que administravam com seriedade seus deveres. Ah, também meus
amigos que escrevem livros preocupados com o que é relevante e efêmero.
Todas essas pessoas foram especiais.
IV
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto
em questão.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Bons estudos!
NOTA
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – A LINGUAGEM E SEUS DESDOBRAMENTOS................................................... 1
VII
LEITURA COMPLEMENTAR................................................................................................................ 91
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 97
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 98
REFERÊNCIAS.......................................................................................................................................... 217
VIII
UNIDADE 1
A LINGUAGEM E SEUS
DESDOBRAMENTOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
A LINGUAGEM E A SEMÂNTICA
1 INTRODUÇÃO
FIGURA 1 – UMA LÍNGUA CHAMADA PORTUGUESA
UNI
3
UNIDADE 1 | A LINGUAGEM E SEUS DESDOBRAMENTOS
2 A LINGUAGEM E O HOMEM
FIGURA 2 – JANELA DE IDEIAS: A CONSTITUIÇÃO DOS DISCURSOS
FONTE: <http://www.convergencia.jor.br/impressao/janeladeideias/letras/
linguistica_1_maio10.html>. Acesso em: 12 abr. 2012.
4
TÓPICO 1 | A LINGUAGEM E A SEMÂNTICA
UNI
Caro acadêmico!
Lembre-se de que a linguagem não verbal utiliza apenas imagens para transmitir uma
mensagem. Essa faz uso de pintura, imagens, símbolos, figuras, dança, mímica, gestos,
desenhos, tom de voz, postura corporal, música e escultura como meio de comunicação. A
linguagem não verbal pode ser observada até nos animais, quando um coelho levanta a orelha
representa que está alarmado com algum som e/ou movimento, ou quando está com a orelha
abaixada sinaliza tranquilidade. E a linguagem verbal é quando o sujeito faz uso da linguagem
oral ou escrita, pois nesse caso se utiliza da palavra como um código a ser decifrado.
5
UNIDADE 1 | A LINGUAGEM E SEUS DESDOBRAMENTOS
FIGURA 3 – MAFALDA
UNI
Você sabia...
Que o criador de Mafalda em sua infância não gostava de histórias em quadrinhos? Um dia
ele inventou de ler uma história parecida e assim teve a ideia de criar sua própria personagem.
6
TÓPICO 1 | A LINGUAGEM E A SEMÂNTICA
UNI
E S tuda
qu E stões gramaticais dentro do
ca M po das
signific  ções das expressões
N os
a T os
comun I cativos
o C upando-se do significado das
pal A vras.
7
UNIDADE 1 | A LINGUAGEM E SEUS DESDOBRAMENTOS
Sentido
Intenção Referência
SEMÂNTICA
Extensão Denotação
Quantificação
FONTE: A autora
FONTE: <http://www.arautoveritatis.com/2011/06/e-semantica-entornou.html>.
Acesso em: 20 maio 2012.
Pé Com Pé
Palavra Cantada
Um pé pra lá
Outro pra cá
Um pé pra lá
Outro pra cá
Pé com pé, pé com pé
Pé com pé, pé contra pé
Acordei com o pé esquerdo
Calcei meu pé de pato
Chutei o pé da cama
Botei o pé na estrada
Deu um pé de vento
Caiu um pé d'água
Enfiei o pé na lama
Perdi o pé de apoio
Agarrei num pé de planta
Despenquei com pé descaço
Tomei pé da situação
Tava tudo em pé de guerra
Tudo em pé de guerra
Pé com pé, pé com pé,
Pé com pé, pé contra pé
Não me leve ao pé da letra
Essa história não tem pé nem cabeça
Vou dar no pé / Pé quente
Pé ante pé / Pé rapado
Samba no pé / Pé na roda
Não dá mais pé / Pé chato
Pegar no pé / Pé de anjo
Beijar o pé / Pé de pato
Manter o pé / Pé de moleque
Passar o pé / Pé de gente
Ponta do pé / pé de guerra
Bicho de pé / Pé atrás
De orelha em pé / Pé fora
Pé contra pé / Pé frio
A pé
Rodapé / Pé
FONTE: Música: Pé com pé, do grupo Palavra Cantada. Disponível em: <http://letras.terra.com.
br/palavra-cantada/447929/>. Acesso em: 29 maio 2012.
9
UNIDADE 1 | A LINGUAGEM E SEUS DESDOBRAMENTOS
Semântica da
enunciação ou
argumentativa
UNI
10
TÓPICO 1 | A LINGUAGEM E A SEMÂNTICA
UNI
11
UNIDADE 1 | A LINGUAGEM E SEUS DESDOBRAMENTOS
UNI
Analisamos a sentença:
Conforme Oliveira (2003) foi o lógico alemão Frege, quem muito contribuiu
com a semântica na definição de significado, isso se deu, a partir da distinção
entre:
12
TÓPICO 1 | A LINGUAGEM E A SEMÂNTICA
Quantificador Sentido
Referência
UNI
Estimado acadêmico!
Você já vivenciou a sensação de felicidade quando uma criança descobre que 2 + 2 chega
ao mesmo resultado que 8 – 4? Dois caminhos, dois sentidos, que nos conduzem à
consciência de igualdade, ou seja, a mesma referência, o resultado 4.
13
UNIDADE 1 | A LINGUAGEM E SEUS DESDOBRAMENTOS
14
TÓPICO 1 | A LINGUAGEM E A SEMÂNTICA
AUTOATIVIDADE
15
UNIDADE 1 | A LINGUAGEM E SEUS DESDOBRAMENTOS
UNI
Se você quiser saber mais sobre Referência: MUSSALIN, Fernanda & Anna
a semântica e outros conceitos relacionados Christina BENTES (2001) (Orgs.). Introdução à
à Linguística, sugerimos a pesquisa e leitura Linguística: Domínios e Fronteiras. Volumes 1
dos textos contidos nestes dois livros: e 2. São Paulo: Cortez Editora. 194 p. e 270 p.
FONTE: <http://www.extra.com.br/livros/LinguisticaOratoria/Linguistica/Introducao-a-
Linguistica-Dominios-e-Fronteiras-118787.html>. Acesso em: 26 maio 2015.
16
TÓPICO 1 | A LINGUAGEM E A SEMÂNTICA
17
UNIDADE 1 | A LINGUAGEM E SEUS DESDOBRAMENTOS
Na sentença:
Segundo Ducrot (1987), neste exemplo acima temos outro tipo de negação,
qual seja, a negação descritiva, que ocorre quando o locutor descreve o mundo
negativamente. No excerto, analisamos uma apresentação negativa de uma
descrição.
18
TÓPICO 1 | A LINGUAGEM E A SEMÂNTICA
FONTE: <http://semantizando.blogspot.com/2010_11_01_archive.html>.
Acesso em: 10 maio 2012.
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UNIDADE 1 | A LINGUAGEM E SEUS DESDOBRAMENTOS
20
TÓPICO 1 | A LINGUAGEM E A SEMÂNTICA
Esquemas
Categorias
Imagéticos
Percurso
PARTIDA CHEGADA
21
UNIDADE 1 | A LINGUAGEM E SEUS DESDOBRAMENTOS
Metáfora Metonímia
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RESUMO DO TÓPICO 1
FONTE: <http://www.alunosonline.com.br/portugues/aspectos-eufonicos-na-colocacao-
pronominal.html>. Acesso em: 10 jun. 2012.
23
AUTOATIVIDADE
FONTE: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/galerias/
imagem/0000000139/0000013121.jpg>. Acesso em: 20 jul. 2012.
b) É possível inferir o que poderia estar escrito nos balões? Registre a seguir.
FONTE: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/galerias/
imagem/0000000139/0000013121.jpg>. Acesso em: 20 jul. 2012.
24
2 Para você fixar o conteúdo apresentado nesse tópico, sugerimos que resolva
a seguinte atividade referente à semântica:
Semântica formal
Maria parou de
fumar.
Semântica da
enunciação
Semântica cognitiva
25
26
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
No sistema linguístico temos oposições fônicas e semânticas, bem como
as regras combinatórias dos elementos linguísticos. Porém, existem casos que
nem as oposições semânticas, nem as regras de combinação conseguem explicar.
Partindo dessa problemática observou-se a necessidade de estudar o uso da
linguagem – objeto da pragmática. É o que abordaremos nesse tópico. Iniciando
essa reflexão, observe o diálogo entre duas formigas:
2 PRAGMÁTICA
Há, na linguística, estudos relacionados à linguagem no seu contexto de
uso. Esse ramo da linguística é chamado de pragmática. O interesse da pragmática
reside nos significados linguísticos a partir de um contexto discursivo e não
apenas pela semântica proposicional ou frásica.
27
UNIDADE 1 | A LINGUAGEM E SEUS DESDOBRAMENTOS
I– Os fatos de enunciação.
II– Os fatos de inferência.
III– Os fatos de instrução.
OS FATOS DE ENUNCIAÇÃO
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TÓPICO 2 | O SIGNIFICADO E O USO DA LINGUAGEM
Dêiticos
Advérbios de Enunciados
enunciação performativos
ENUNCIAÇÃO
Certas Uso de
negações conectores
29
UNIDADE 1 | A LINGUAGEM E SEUS DESDOBRAMENTOS
A LUVA E A CALCINHA
O jovem, não notando a troca, enviou o presente via SEDEX junto com
a seguinte carta:
Querida:
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TÓPICO 2 | O SIGNIFICADO E O USO DA LINGUAGEM
A negação nesses casos não trabalha sobre a expressão negada e sim sobre
a possibilidade de afirmação. Observe, o que o sujeito está tentando dizer, não é
que não ama chocolate, ou que o dia não está feio. Pelo contrário, amar e feio, são
expressões insuficientes para definir o quanto ele gosta e o quanto ele se apresenta
indignado com as condições do tempo. O que é posto em questão nesses casos,
não é o conteúdo, mas sua enunciação.
FONTE: <http://www.exercendodireitos.com.br/2012/03/aposentadoria-deve-considerar-
media-dos.html>. Acesso em: 1 jul. 2012.
Clarice Lispector
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UNIDADE 1 | A LINGUAGEM E SEUS DESDOBRAMENTOS
OS FATOS DE INFERÊNCIA
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TÓPICO 2 | O SIGNIFICADO E O USO DA LINGUAGEM
AUTOATIVIDADE
33
UNIDADE 1 | A LINGUAGEM E SEUS DESDOBRAMENTOS
Frase Enunciado
Frase é composta pela estrutura sintática e uma O enunciado é uma frase dentro de um contexto,
significação representada pelas palavras que a dentro de uma determinada situação de
compõem. comunicação.
FONTE: A autora
OS FATOS DE INSTRUÇÃO
Operadores argumentativos
Classe Argumentativa
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TÓPICO 2 | O SIGNIFICADO E O USO DA LINGUAGEM
Escala Argumentativa
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UNIDADE 1 | A LINGUAGEM E SEUS DESDOBRAMENTOS
§ E / também / ainda / nem (= e não) / não só... mas também/ tanto... como
/ além de... / além disso... / a par de...
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TÓPICO 2 | O SIGNIFICADO E O USO DA LINGUAGEM
§ Já / ainda / agora
§ Quase / Apenas
37
UNIDADE 1 | A LINGUAGEM E SEUS DESDOBRAMENTOS
A equipe da casa não jogou mal, mas o adversário foi melhor e mereceu
ganhar o jogo.
Poderíamos entender que alguém disse “P: a equipe da casa não jogou mal”.
Assim, talvez essa voz queira nos levar a acreditar em determinada conclusão R:
A equipe da casa merecia ganhar. Nós, porém, queremos o contrário, queremos
esta conclusão ~R: a equipe da casa não merecia ganhar. Daí, contrabalancemos o
argumento dizendo que Q: “o adversário foi melhor”.
FONTE: KOCH, Ingelore G. Villaça. Operadores Argumentativos. In: Inter-Ação Pela Linguagem.
São Paulo: Contexto, 1997. https://sites.google.com/site/producaodetextoediscurso/operadores-
argumentativos. Acesso em: 20 jun. 2012.
Performativo é todo enunciado que realiza o ato que está sendo enunciado.
Assim, se em “eu ajoelho para rezar” temos um enunciado que pode ser verdadeiro
ou falso, em “ajoelhou, tem que rezar” está implícita a ideia de comprometimento
do locutor em a ação, ou melhor, com as possíveis consequências do ato por ele
realizado, e não com a verdade ou a falsidade do enunciado (WILSON, 2008, p. 92).
38
TÓPICO 2 | O SIGNIFICADO E O USO DA LINGUAGEM
Uma das distinções mais importantes feitas por Austin (1990) nesta sua
defesa dos atos de fala é entre:
E os enunciados
Enunciados performativos
constativos que realizam
que realizam ações porque
uma afirmação, falam
são ditos.
algo.
FONTE: A autora
FONTE: A autora
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UNIDADE 1 | A LINGUAGEM E SEUS DESDOBRAMENTOS
NÍVEIS DE AÇÃO
LINGUÍSTICA
Vejamos a análise:
40
TÓPICO 2 | O SIGNIFICADO E O USO DA LINGUAGEM
• por convenção. Ex.: Declaro aberta essa sessão. Para que o performativo se realize
o enunciado precisa ser proferido por um presidente e não por um porteiro;
A teoria dos atos de fala, proposta por Austin, foi retomada e ampliada
por Searle.
“É de cortar o coração saber que tantas mães não têm notícias de seus filhos,
que desaparecem por várias razões, algumas desconhecidas".
“Um absurdo o que vem acontecendo em relação a projetos para
empreendimentos imobiliários”.
41
UNIDADE 1 | A LINGUAGEM E SEUS DESDOBRAMENTOS
4) Atos comissivos: consistem nos atos cujo efeito é produzir uma mudança por
meio do que dizemos: é o caso do convite e da promessa. No exemplo a seguir,
o trecho em itálico representa a promessa feita pelo jornal aos seus eleitores.
“A cultura toma o poder. Nesse domingo, o Livro B estará nas mãos de um novo
editor”.
Observe, caro acadêmico, que o ato de fala não pode ser considerado
isoladamente, mas como parte de um entendimento mútuo de uma comunidade
de falantes. Como uma forma de acrescentar reflexões acerca do que foi
apresentado nesse tópico, leia o texto que segue, cujo conteúdo aborda a teoria
dos atos de fala de Austin.
42
TÓPICO 2 | O SIGNIFICADO E O USO DA LINGUAGEM
LEITURA COMPLEMENTAR
A teoria dos Atos de Fala elabora uma teoria da linguagem que pretente dar
conta do problema da significação, investigando o fenômeno linguístico como forma
de representação, comunicação e ação. Ela é colocada pela maioria dos estudiosos da
linguagem como uma teoria Linguística do uso e desperta muito interesse não só na
Linguística mas também na Psicologia, na Antropologia, na Sociologia, na Teoria da
Literatura etc. Estas ciências tentam dar conta, por meio desta Teoria, de fenômenos
como a aquisição da linguagem, a natureza das falas e rituais mágicos, o estatuto das
afirmações éticas, a natureza dos gêneros literários etc.
A Teoria dos Atos de Fala surgiu como uma reação ao positivismo lógico,
que floresceu por volta de 1930, que considerava a verificabilidade empírica
das sentenças e das afirmações como critério único para a significabilidade das
enunciações. A maioria dos discursos éticos, políticos e literários e a linguagem
ordinária em geral eram considerados enunciações emotivas, portanto sem valor
científico, porque suas condições de verificação não podiam ser testadas.
43
UNIDADE 1 | A LINGUAGEM E SEUS DESDOBRAMENTOS
(1)
a) Eu prometo estudar.
b) Eu ordeno que você venha,
c) Eu nego a afirmação.
(2)
a) Ele promete,
b) Eu faço isto.
c) O gato está no tapete.
(2)
44
TÓPICO 2 | O SIGNIFICADO E O USO DA LINGUAGEM
45
RESUMO DO TÓPICO 2
• Para Moeschler (apud FIORIN, 2011, p. 167) existem três domínios que exigem
a introdução de uma dimensão pragmática nos estudos linguísticos: os fatos de
enunciação, os fatos de inferência, os fatos de instrução.
• Existem os atos de fala: Austin, em seus estudos, observa que quando falamos,
não fazemos apenas declarações, mas fazemos coisas como: ordenar, perguntar,
pedir desculpas, lamentar, rogar, julgar, reclamar etc. Assim, rompe com
a noção tradicional da semântica que se baseava nos valores de verdade e
falsidade e propõe-se a introduzir o conceito de “performativo”.
46
AUTOATIVIDADE
3 Observe a imagem:
FONTE: <lihttp://diariodenet.blogspot.com.br/2011/05/desculpas.htm>.
Acesso em: 10 jul. 2012.
a) ( ) Advérbio.
b) ( ) Performativo.
c) ( ) Conector.
d) ( ) Dêitico.
4 Leia o quadrinho:
47
48
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
FIGURA 15 – AMBIGUIDADE
UNI
FONTE: adaptado de: CÂMARA JUNIOR, Joaquim Mattoso. Estrutura da Língua Portuguesa.
Petrópolis: Vozes, 2004. p. 43.
3° Fase: 1° Fase:
Desconstrução O primado do
dirigida, o mesmo sobre
encontro com a o Outro.
Nova História.
2° Fase:
A heterogeneidade
sobre o outro.
50
TÓPICO 3 | ANÁLISE DO DISCURSO: A LINGUAGEM EM MOVIMENTO E OS EFEITOS DE SENTIDOS
DICAS
COSTA, Nelson Barros da. Práticas discursivas: exercícios analíticos. Campinas, SP: Pontes, 2005.
GREGOLIN, Maria do Rosário. Foucault e Pêcheux na análise do discurso: diálogos e duelos.
São Carlos, SP: Clara Luz, 2004.
DICAS
52
TÓPICO 3 | ANÁLISE DO DISCURSO: A LINGUAGEM EM MOVIMENTO E OS EFEITOS DE SENTIDOS
4 FORMAS DE DIZER
No discurso não encontramos um início e nem um fim verificável. É uma
relação entre presente e passado. Assim, não se constrói no vácuo, mas nas relações
entre o sujeito-sujeito e/ou sujeito-contexto. Os discursos na AD (PÊCHEUX,
1988; ORLANDI, 2005) são constituídos por três diferentes formas de dizer:
O intradiscurso O silêncio
O interdiscurso
53
UNIDADE 1 | A LINGUAGEM E SEUS DESDOBRAMENTOS
O discurso fundador:
54
TÓPICO 3 | ANÁLISE DO DISCURSO: A LINGUAGEM EM MOVIMENTO E OS EFEITOS DE SENTIDOS
AUTOATIVIDADE
55
UNIDADE 1 | A LINGUAGEM E SEUS DESDOBRAMENTOS
[...] não são “defeitos”, são uma necessidade para que a linguagem
funcione nos sujeitos e na produção de sentido. Os sujeitos “esquecem”
que já foi dito – e este não é um esquecimento voluntário – para, ao se
identificarem com o que dizem se constituírem em sujeitos. É assim
que eles se significam retomando as palavras já existentes como se elas
se originassem neles e é assim que sentidos e sujeitos estão sempre
em movimento, significando sempre de muitas e variadas maneiras.
Sempre as mesmas, mas, ao mesmo tempo, sempre outras.
56
TÓPICO 3 | ANÁLISE DO DISCURSO: A LINGUAGEM EM MOVIMENTO E OS EFEITOS DE SENTIDOS
57
UNIDADE 1 | A LINGUAGEM E SEUS DESDOBRAMENTOS
O CONTEXTO IMEDIATO
E O CONTEXTO SÓCIO-HISTÓRICO-IDEOLÓGICO
58
TÓPICO 3 | ANÁLISE DO DISCURSO: A LINGUAGEM EM MOVIMENTO E OS EFEITOS DE SENTIDOS
NOTA
59
UNIDADE 1 | A LINGUAGEM E SEUS DESDOBRAMENTOS
Quando a avó diz: lê isso aqui pra mim, trata-se de eventos de letramento.
O evento de letramento busca reconhecer e focalizar alguma situação específica
- um evento de de letramento; algo que envolva a leitura e/ou a escrita (STREET,
60
TÓPICO 3 | ANÁLISE DO DISCURSO: A LINGUAGEM EM MOVIMENTO E OS EFEITOS DE SENTIDOS
2003), sobretudo, ao pensar que sua natureza pode estar relacionada a momentos
que lhe dão significados. Neste sentido, a linguagem escrita apresenta-se como
veículo de manifestação de cultura, mas também de ideologia, quando as
habilidades de leitura e escrita são empregadas em contexto social e ideológico e
o indivíduo atribui significados às palavras (STREET, 2003).
Já a contingência é querer saber: por qual motivo a avó quer que leia?
Nesse caso, entra no campo de onde a palavra é dita, o que leva a considerar
as condições de produção e os diferentes pontos de vistas e as intenções dos
sujeitos. A cada interpelação da avó a Marcos, os motivos podem se alterar,
diante das subjetividades alocadas naquele momento. Lê isso aqui para mim -
em um dia pode significar ler uma bula de remédio, em outro, uma carta que
lhe foi enviada, ou talvez uma receita nova de bolo, quem sabe até a bíblia. A
contingência (PÊCHEUX, 1988) é caracterizada pelo fato que pode ou não ocorrer
em uma determinada circunstância, sobretudo, pode ser considerada como
acontecimento. Desse modo, podemos defini-la como únicas em um constante
movimento, e aproximá-la de eventos de letramentos (STREET, 2003).
FONTE: SANTOS, Eli Regina Nagel dos. Os efeitos de sentidos acerca da leitura: com a palavra
os alunos. Dissertação de Mestrado, 2010.
61
RESUMO DO TÓPICO 3
• A AD passou por três fases: 1a fase: o primado do mesmo sobre o outro; 2a fase:
a heterogeneidade sobre o outro; 3a fase: desconstrução dirigida, o encontro
com a nova história.
62
AUTOATIVIDADE
FONTE: <http://1.bp.blogspot.com/_jpGLLJBg_X8/TOSePYk99KI/AAAAAAAAAGg/2Hxn6oBr_
i0/s1600/dia_dos_professores_charge.jpg>. Acesso em: 20 ago. 2012.
a) Contextos de produção:
b) Os silenciamentos:
c) Os efeitos de sentidos produzidos nesse discurso:
63
64
UNIDADE 1
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Não há linguagem sem possibilidade de resposta. Falar é falar a outros
que falam e que, portanto, respondem (AMORIM, 2004, p. 95).
NOTA
65
UNIDADE 1 | A LINGUAGEM E SEUS DESDOBRAMENTOS
2 LINGUAGEM X DIALOGISMO
A linguagem, no viés bakhtiniano tem um papel social e dialógico, que
nomeia de dialogismo. É o dialogismo que constrói sentidos e possibilita ao
sujeito interagir com outros. Segundo Freitas (2003, p. 37), o sujeito “é um ser
social que marca e é marcado pelo contexto no qual vive”, o meio em que o sujeito
está inserido.
66
TÓPICO 4 | A LINGUAGEM E OS SENTIDOS NA TEORIA DA ENUNCIAÇÃO
67
UNIDADE 1 | A LINGUAGEM E SEUS DESDOBRAMENTOS
FIGURA 18 – O EU E O OUTRO
FONTE: <http://juliacalderoni.blogspot.com.br/2011/10/o-eu-e-o-outro.html>.
Acesso em: 2 jun. 2012.
68
TÓPICO 4 | A LINGUAGEM E OS SENTIDOS NA TEORIA DA ENUNCIAÇÃO
Ressaltamos que para o Círculo não existe uma, mas várias verdades,
diferentes modos de olhar o mundo, que retratam a diversidade e as contradições
das experiências de um grupo, pois “não falamos para trocar informação sobre o
mundo, mas para convencer o outro no nosso jogo discursivo, para convencê-lo
de nossa verdade”(OLIVEIRA, 2001, p. 28).
[...] toda palavra comporta duas faces. Ela é determinada tanto pelo
fato de que procede de alguém, como pelo fato de que se dirige para
alguém. Ela constitui justamente o produto da interação do locutor
e do ouvinte. Toda palavra serve de expressão de um em relação ao
outro. Através da palavra, defino-me em relação ao outro, isto é, em
última análise, em relação à coletividade. [...] A palavra é o território
comum do locutor e do interlocutor (BAKHTIN, 1981, p. 113).
Sendo assim, “não há, nem pode haver enunciados neutros. Todo
enunciado emerge sempre e necessariamente num contexto cultural saturado
de significados e valores e é sempre um ato responsivo, isto é, uma tomada de
posição neste contexto”(FARACO, 2006, p. 25).
69
UNIDADE 1 | A LINGUAGEM E SEUS DESDOBRAMENTOS
FONTE: <http://liga-teapoesia.blogspot.com.br/2012/10/a-palavra_30.html#!/2012/10/a-
palavra_30.html>. Acesso em: 20 jun. 2012.
Daí a compreensão de que “[...] todo discurso dialoga com outro discurso
e toda palavra é cercada de outras palavras”. Então, “todo sujeito é constituído
por outro sujeito, isso se chama alteridade” (BAKHTIN, 2004, p. 18).
70
TÓPICO 4 | A LINGUAGEM E OS SENTIDOS NA TEORIA DA ENUNCIAÇÃO
NOTA
FIGURA 20 – O ENCONTRO
FIGURA 21 – EU E O OUTRO=NÓS
FONTE: <http://www.google.com.br/imgres?q=eu+e+outro&um=1&hl=pt->.
Acesso em: 10 ago. 2012.
71
UNIDADE 1 | A LINGUAGEM E SEUS DESDOBRAMENTOS
O diálogo é igual a um
espaço de lutas entre as
vozes sociais.
Dele resultam:
72
TÓPICO 4 | A LINGUAGEM E OS SENTIDOS NA TEORIA DA ENUNCIAÇÃO
73
UNIDADE 1 | A LINGUAGEM E SEUS DESDOBRAMENTOS
UNI
74
TÓPICO 4 | A LINGUAGEM E OS SENTIDOS NA TEORIA DA ENUNCIAÇÃO
DICAS
75
RESUMO DO TÓPICO 4
• Para esses estudiosos o objeto de seu interesse, a grosso modo, era o discurso.
• Para Bakhtin (apud CLARK; HOLQUIST, 1998, p. 264) “todo discurso humano
é uma rede complexa de inter-relações dialógicas com outros enunciados”.
76
• É no interior da dialogização e diferentes vozes sociais (heteroglossia) que
nasce e se constitui o sujeito. Não absorvemos uma única voz, mas muitas.
77
AUTOATIVIDADE
FONTE: <http://www.sempretops.com/diversao/tirinhas-da-mafalda/attachment/
wefwefrtgeth/>. Acesso em: 7 jul. 2012.
Em código
(Fernando Sabino)
FONTE: SABINO, Fernando. A mulher do vizinho. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 1962.
b) Após receber o recado, como se sentiu o narrador, o que fez e para que o fez?
d) Ao dizer, no final do texto, que seu irmão havia prometido conseguir “farto
e variado material” a que material se refere o narrador e a que se destinava
esse material?
79
80
UNIDADE 2
LINGUAGEM E ESTILÍSTICA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em dois tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
81
82
UNIDADE 2
TÓPICO 1
NOÇÃO DE ESTILÍSTICA
1 INTRODUÇÃO
E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite
esfriou, e agora José? E agora, você? Você que é sem nome, que zomba
dos outros, você que faz versos, que ama, protesta? E agora, José?
Está sem mulher, está sem discurso, está sem carinho, já não pode beber,
já não pode fumar, cuspir já não pode, a noite esfriou, o dia não veio, o
bonde não veio, o riso não veio, não veio a utopia e tudo acabou e tudo
fugiu e tudo mofou, e agora José? E agora, José? Sua doce palavra, seu
instante de febre, sua gula e jejum, sua biblioteca, sua lavra de ouro, seu
terno de vidro, sua incoerência, seu ódio – e agora?
Com a chave na mão quer abrir a porta, não existe porta; quer morrer
no mar, mas o mar secou; quer ir para Minas, Minas não há mais.
José, e agora? Se você gritasse, se você gemesse, se você tocasse a valsa
vienense, se você dormisse, se você cansasse, se você morresse... Mas
você não morre, você é duro, José!
Sozinho no escuro qual bicho-do-mato, sem teogonia, sem parede nua
para se encostar, sem cavalo preto que fuja a galope, você marcha,
José! José, para onde?
Carlos Drummond de Andrade. <http://mundo-das-poesias.blogspot.
com.br/2012/07/e-agora-jose-carlos-drummond-de-andrade.html>.
Acesso em: 8 jul. 2012
O fato é que nos perguntamos: “o que é estilo no âmbito da escrita"? Isso nos
conduz a refletir sobre os principais recursos que os prosadores, oradores e poetas se
servem para tornarem mais significativas, expressivas e duradouras a suas ideias, os
seus pensamentos, as suas mensagens, a arte de particularizar um discurso.
83
UNIDADE 2 | LINGUAGEM E ESTILÍSTICA
foram grandes estilistas. Quer isto dizer que o estilo seja uma arte? De
modo algum. Mas sem estilo nenhuma obra se salva.
Acresce que a nossa língua está tão pouco clarificada que apenas pensa
com precisão e justeza quem escreve corretamente. Julgar que em
nome duma postiça originalidade ou evidenciação do humano haja de
se abolir a técnica é pueril. E fazer tábua rasa da experiência adquirida
no domínio da expressão não pode deixar de representar um inútil,
inglório e malogrado intento. A palavra é como o mármore na estátua;
dar a essa matéria semblante de vida, curvas voluptuosas, sombras
quentes, frêmito, solidez, eis o difícil objetivo que não se alcança
de golpe. Com verbo desordenado, segundo a flux apocalíptica da
imaginação, só poderá obter-se uma turva e destrambelhada arte.
FONTE: <http://esjmlima.prof2000.pt/figuras_estilo/figurestil.htm>.
Acesso em: 12 set. 2012.
AUTOATIVIDADE
2 ESTILÍSTICA
A estilística é a disciplina que se preocupa com a expressividade de uma
língua, ou seja, com a possibilidade de emocionar o outro por meio do estilo
empregado. Acompanhe a definição no acróstico:
Eo E stilo
que S erve para escrever
in T eressa é a
mane I ra de escrever
uti L izada pelo
escr Í tor
di S tinguindo-se
por T anto da
gramát I ca que define o sentido
ea C orreção das
form A s
84
TÓPICO 1 | NOÇÃO DE ESTILÍSTICA
Maneira
de escrever
De uma época. própria de
um escritor;
UNI
Caro acadêmico!
85
UNIDADE 2 | LINGUAGEM E ESTILÍSTICA
FIGURA 23 - PARONÍMIA
86
TÓPICO 1 | NOÇÃO DE ESTILÍSTICA
FIGURA 24 – METONÍMIA
FONTE: <http://emportuguesporfavorporsoniasilvino.blogspot.com.br/2012/02/voce-sabe-o-
que-e-metonimia.html>. Acesso em: 12 out. 2012.
Já para Guiraud (1970), no século XX, a estilística teve quatro fases distintas:
87
UNIDADE 2 | LINGUAGEM E ESTILÍSTICA
Estilística
estrutural
Estilística ou de
textual. expressão;
Estilística
genética ou do Estilística
indivíduo; funcional;
UNI
88
TÓPICO 1 | NOÇÃO DE ESTILÍSTICA
89
UNIDADE 2 | LINGUAGEM E ESTILÍSTICA
NOTA
90
TÓPICO 1 | NOÇÃO DE ESTILÍSTICA
LEITURA COMPLEMENTAR
A Estilística
Categorias estilísticas
91
UNIDADE 2 | LINGUAGEM E ESTILÍSTICA
92
TÓPICO 1 | NOÇÃO DE ESTILÍSTICA
Estilística fônica
93
UNIDADE 2 | LINGUAGEM E ESTILÍSTICA
Estilística léxica
O valor expressivo dos sufixos pode ser estudado neste capítulo. Repare-
se nestes versos de Manuel Bandeira, em que o poeta joga estilisticamente com
a ausência/presença do sufixo aumentativo -ão, para enfatizar o caráter íntegro
do intelectual português Jaime Cortesão, assim como denunciar a perseguição
de que ele fora vítima, num poema que tem por título o nome do homenageado:
94
TÓPICO 1 | NOÇÃO DE ESTILÍSTICA
Essas são algumas sugestões de estudo que podem ser levadas para a sala
de aula, com o intuito de incutir no aluno o gosto pela Estilística léxica ou da
palavra.
Estilística sintática
95
UNIDADE 2 | LINGUAGEM E ESTILÍSTICA
Conclusão
Do que foi dito neste breve estudo, concluímos que a presença da Estilística
nas aulas de português é da maior relevância. Desperta a sensibilidade linguística
e o gosto literário do aluno, além de motivar e tornar menos árido o estudo da
matéria gramatical. Vale lembrar que muitas das aparentes irregularidades da
língua têm sua origem em motivações de natureza estilística. Por fim, cabe enfatizar
que o estudo da Estilística e o da Gramática são perfeitamente compatíveis, por se
tratar de disciplinas complementares e afins, e tanto o professor quanto o aluno
sairão ganhando com essa dobradinha, sobretudo como subsídio para a prática
da redação e da compreensão de textos.
96
RESUMO DO TÓPICO 1
• Segundo Guiraud (1970), no século XX, a estilística teve quatro fases distintas:
estilística estrutural ou da expressão; estilística genética ou do indivíduo;
estilística funcional; estilística textual.
97
AUTOATIVIDADE
Poética
Que é poesia?
uma ilha
cercada
de palavras
por todos os lados
Que é um poeta?
um homem
que trabalha um poema
com o suor do seu rosto
Um homem
que tem fome
como qualquer outro
homem.
(Cassiano Ricardo)
98
UNIDADE 2 TÓPICO 2
FIGURAS DE LINGUAGEM
1 INTRODUÇÃO
Imagem
(Cecília Meireles)
99
UNIDADE 2 | LINGUAGEM E ESTILÍSTICA
Figuras de
Figuras de
construção ou
palavras
sintaxe
Figuras de
pensamento Figuras de
harmonia/som
FONTE: A autora
100
TÓPICO 2 | FIGURAS DE LINGUAGEM
2 FIGURAS DE PALAVRAS
As figuras de palavras referem-se ao emprego de um termo com sentido
diferente daquele que empregamos convencionalmente, visando reafirmar o
movimento da linguagem, e retratar um efeito expressivo na comunicação.
Sinestesia
Antonomásia Comparação
Figuras de
palavras
Catacrese Metáfora
Metonímia
FONTE: A autora
101
UNIDADE 2 | LINGUAGEM E ESTILÍSTICA
Pais e Filhos
Legião Urbana
(...)
Eu moro com a minha mãe
Mas meu pai vem me visitar
Eu moro na rua, não tenho ninguém
Eu moro em qualquer lugar.
Já morei em tanta casa
Que nem me lembro mais
Eu moro com os meus pais.
É preciso amar as pessoas
Como se não houvesse amanhã
Porque se você parar pra pensar
Na verdade não há.
Manguel (1997) relata que as metáforas são muito antigas, com raízes nas
primeiras sociedades judaico-cristãs. E diz que Blumenberg (um crítico alemão)
escreveu que as metáforas são representações da esfera que guiam nossas
concepções e as formações de conceitos, assim é, considerado um dispositivo
dentro da linguagem em busca de compreender os contextos.
102
TÓPICO 2 | FIGURAS DE LINGUAGEM
Metáfora
Gilberto Gil
Lata eu lírico
que pode
adquirir outros
sentidos
META E
LATA
Meta como
Meta condição
um objetivo
ou competência
que se almeja
(verbo meter)
(substantivo)
FONTE: A autora
A metáfora consiste no emprego de uma palavra com sentido que não lhe é
comum ou próprio, sendo esse novo sentido resultante de uma relação de semelhança,
de intersecção entre dois termos, como observamos no exemplo anterior.
103
UNIDADE 2 | LINGUAGEM E ESTILÍSTICA
AUTOATIVIDADE
FONTE: <http://mauricioserafim.com.br/linha-tnue-entre-o-que-o-que-no-metfora/>.
Acesso em: 12 set. 2012.
104
TÓPICO 2 | FIGURAS DE LINGUAGEM
DICAS
105
UNIDADE 2 | LINGUAGEM E ESTILÍSTICA
Fazer
comparações
Retratar a
próximas
inovação
O vocábulo
não te o
A busca pela
sentido
originalidade
desejado
no discurso
Evitar a
repetição de O movimento
expressão da linguagem
Falta uma
palavra
específica
para a
situação
FIGURA 26 – CATACRESE
106
TÓPICO 2 | FIGURAS DE LINGUAGEM
NOTA
Caro acadêmico! Você sabia que o vocábulo “azulejo” em sua origem era
utilizado para designar ladrilhos de cor azul. Atualmente, esse vocábulo perdeu a sua ideia de
azul e passou a designar ladrilhos de diferentes cores. Essa é outra característica da catacrese:
quando as palavras perdem o seu sentido original. Ex.: cabelo de milho; pé de mesa.
NOTA
METONÍMIA
107
UNIDADE 2 | LINGUAGEM E ESTILÍSTICA
UNI
Exemplos de metonímia
108
TÓPICO 2 | FIGURAS DE LINGUAGEM
3 O continente (o que está fora) pelo conteúdo (o que está dentro): “Bebeu só
dois copos e já saiu cambaleando” (a bebida).
5 O abstrato pelo concreto: “Era difícil resistir aos encantos daquela doçura”
(pessoa meiga, agradável).
8 O lugar pelo produto: “Queria tomar um Porto fervido com maçãs” (o vinho).
9 O sinal pela coisa significada: “O trono inglês está abalado pelas recentes
revelações sobre a família real” (o governo exercido pela monarquia).
10 O singular pelo plural: “O brasileiro tenta encontrar uma saída para suportar
a crise” (um indivíduo por todos).
12 A classe pelo indivíduo: “Depois desse episódio, não acredito mais no Juizado
brasileiro” (os juízes).
Exemplos:
109
UNIDADE 2 | LINGUAGEM E ESTILÍSTICA
3 FIGURAS DE PENSAMENTO
As figuras de pensamento trazem uma ideia implícita nos textos, uma
mensagem nas entrelinhas, vai se constituir por meio da linguagem conotativa
em detrimento da denotativa. São subdivididas em:
Hipérbole
Antítese Ironia
Figuras de
pensamento
Prosopo-
Eufemismo peia ou per-
sonificação
FONTE: A autora
110
TÓPICO 2 | FIGURAS DE LINGUAGEM
FIGURA 27 – EUFEMISMO
FONTE: <http://let006.blogspot.com.br/2011/09/figuras-de-linguagem.html>.
Acesso em: 10 ago. 2012.
Outros exemplos:
“Ele enriqueceu por meios ilícitos” (em vez de, ele roubou).
“Ele partiu dessa para melhor” (em vez de, ele morreu).
111
UNIDADE 2 | LINGUAGEM E ESTILÍSTICA
FIGURA 28 – ANTÍTESE
FONTE: <http://edinanarede.webnode.com.br/atividades/ensino%20medio%20-%20lingua%20
portuguesa,%20literatura%20e%20reda%C3%A7%C3%A3o/>. Acesso em: 10 ago. 2012.
FIGURA 29 – HIPÉRBOLE
112
TÓPICO 2 | FIGURAS DE LINGUAGEM
Por mais que choramos não formará um rio de lágrimas, aqui encontramos
um caso de exagero. Outros casos: Estava morrendo de sede; Era louco por ela;
Demorou um século. Comer o pão que o diabo amassou.
NOTA
Ironia
Não posso deixar de concordar com tudo que dizem do povo. É uma
posição impopular, eu sei, mas o que fazer? É a hora da verdade. O povo que
me perdoe, mas ele merece tudo o que se tem dito dele. E muito mais.
113
UNIDADE 2 | LINGUAGEM E ESTILÍSTICA
O povo não tem a mínima cultura. Muitos nem sabem ler ou escrever. O
povo não viaja, não se interessa por boa música ou literatura, não vai a museus.
O povo não gosta de trabalho criativo, prefere empregos ignóbeis e aviltantes.
Isto quando trabalha, pois há os que preferem o ócio contemplativo, embaixo
de pontes. Se não fosse o povo nossa economia funcionaria como uma máquina.
Todo mundo seria mais feliz sem o povo. O povo é deprimente. O povo deveria
ser eliminado.
FONTE: <http://guilhermedutra.blogspot.com.br/2007/09/o-povo-por-lus-fernando-verssimo.
html>. Acesso em: 19 set. 2012.
O texto irônico de Veríssimo faz uso do povo como culpado por tudo o
que está de errado, porém nas entrelinhas retrata a indignação do povo com o
governo, o poder, a política no cenário brasileiro.
FIGURA 30 – IRONIA
FONTE: <http://www.dispatch.com/content/slideshows/2009/01/04/stahler.html>.
Acesso em: 19 set. 2012.
114
TÓPICO 2 | FIGURAS DE LINGUAGEM
AUTOATIVIDADE
Fremem os bambus sem sossego, num -Misera! Tivesse eu aquela enorme, aquela
insistente ritmo breve. claridade imortal, que toda a luz resume!
Mas o sol, inclinando a rutila capela:
O vento é o mesmo:
massua resposta é diferente, em cada folha. -Pesa-me esta brilhante aureola de nume...
Enfara-me esta azul e desmedida umbela...
Somente a árvore seca fica imóvel, entre Porque não nasci eu um simples vaga-
borboletas e pássaros. lume?
(Cecília Meireles)
115
UNIDADE 2 | LINGUAGEM E ESTILÍSTICA
Esses são somente alguns exemplos do que pode ser observado nos textos
nos textos anteriores. Existem vários outros pontos em que se pode encontrar a
prosopopeia ou personificação.
Omissão:
Concordância assíndeto,
ideológica: elipse e
silepse zeugma
Repetição:
Ruptura: anáfora,
anacoluto pleonasmo e
polissíndeto
Inversão:
anástrofe,
hipérbato,
sínquise e
hipálage
FONTE: A autora
Para todos
(Chico Buarque)
117
UNIDADE 2 | LINGUAGEM E ESTILÍSTICA
c) Preposição - a camisa rota, as calças rasgadas, no lugar de: com a camisa rota,
com as calças rasgadas.
d) Conjunção - espero você me entenda, no lugar de: espero que você me entenda.
e) Verbo - queria mais ao filho que à filha, no lugar de: queria mais o filho que
queria à filha. Em especial o verbo dizer em diálogos – E o rapaz: – Não sei de
nada!, em vez de E o rapaz disse.
118
TÓPICO 2 | FIGURAS DE LINGUAGEM
FIGURA 31 – PLEONASMO
FONTE: <http://www.ivancabral.com/2011/11/charge-do-dia-pleonasmo.html>.
Acesso em: 15 ago. 2012.
119
UNIDADE 2 | LINGUAGEM E ESTILÍSTICA
NOTA
Dr. Paulo
não está.
Ele saiu lá
pra fora
agorinha.
FONTE: <http://suellemmeloped.wordpress.com/2011/02/05/cuidado-com-o-que-voce-fala/>.
Acesso em: 12 set. 2012.
120
TÓPICO 2 | FIGURAS DE LINGUAGEM
AUTOATIVIDADE
Pleonasmo Significado
Cego dos olhos Se está cego, é do olho.
Sangrava sangue Se sangra, é sangue.
Maluco da cabeça Se está maluco, só pode ser da cabeça.
Subir para cima Se está subindo, só pode ser para cima.
Descer para baixo Se está descendo, é para baixo.
Entrar para dentro Se está entrando, é para dentro.
Sair para fora Se está saindo, é para fora.
A hemorragia já é um derramamento de sangue
Hemorragia de sangue
para fora dos vasos.
Se é pessoa, só pode ser humana. Utiliza-se para
Pessoa humana
diferenciar da Pessoa Jurídica.
Unanimidade de todos Se é unânime se trata de todos.
Se é a última versão, será a definitiva. A menos
Última versão definitiva
que seja a última até aquele momento.
Acabamento final Se é um acabamento, só pode ser final.
Amanhecer o dia Se está a amanhecer, só pode ser o dia.
Surpresa inesperada Se é uma surpresa, logo, será inesperada.
Se uma pessoa está convivendo com outra, só
Conviver junto
pode ser junto.
Encarar de frente Se a pessoa está encarando, só pode ser de frente.
Gritar alto Se uma pessoa grita, só pode ser alto.
Se uma pessoa tem certeza, ela só pode ser
Certeza absoluta
absoluta.
Cheirar com o nariz Se uma pessoa cheira, tem que ser com o nariz.
Elo de ligação Se é um elo, apenas é de ligação.
Dupla de dois Se é dupla, tem que ser de dois.
Verdade verdadeira Se é uma verdade, só pode ser verdadeira.
Se uma pessoa está olhando, só pode ser com
Olhar com os olhos
os olhos.
Lamber com a língua Se a pessoa lambe, só é possível com a língua.
121
UNIDADE 2 | LINGUAGEM E ESTILÍSTICA
122
TÓPICO 2 | FIGURAS DE LINGUAGEM
Anástrofe
Ex.: "Da morte o manto lutuoso vos cobre a todos", por: O manto
lutuoso da morte vos cobre a todos.
Exemplo: "Tão leve estou (estou tão leve) que nem sombra tenho"
(Mário Quintana).
Hipérbato:
Sínquise:
Hipálage:
Exemplo: "... as lojas loquazes dos barbeiros" (as lojas dos barbeiros
loquazes.) (Eça de Queiros).
123
UNIDADE 2 | LINGUAGEM E ESTILÍSTICA
Silepse:
a) Silepse de gênero:
b) Silepse de número:
c) Silepse de pessoa:
124
TÓPICO 2 | FIGURAS DE LINGUAGEM
5 FIGURAS DE SOM
FONTE: <http://www.brasilescola.com/gramatica/figuras-som-ou-harmonia.htm>.
Acesso em: 19 set. 2012.
Paralelismo
Figuras
Onomatopeia Aliteração
de som
Assonância
FONTE: A autora
125
UNIDADE 2 | LINGUAGEM E ESTILÍSTICA
Canto V (Parte I)
Luiz Vaz de Camões
(...)
Vi, claramente visto, o lume vivo
Que a marítima gente tem por santo,
Em tempo de tormenta e vento esquivo,
De tempestade escura e triste pranto.
Não menos foi a todos excessivo
Milagre, e cousa, certo, de alto espanto,
Ver as nuvens, do mar com largo cano,
Sorver as altas águas do Oceano.
Luiz Vaz de Camões
FONTE: <http://www.jornaldepoesia.jor.br/camoes11.html>. Acesso em: 10 ago. 2012.
126
TÓPICO 2 | FIGURAS DE LINGUAGEM
FIGURA 34 - ASSONÂNCIA
FONTE: <http://oficinaenem.wordpress.com/linguagem/figuras-de-linguagem/>.
Acesso em: 20 set. 2012.
127
UNIDADE 2 | LINGUAGEM E ESTILÍSTICA
Alguém Cantando
A língua do nhem
Havia uma velhinha
Que andava aborrecida
Pois dava a sua vida
Para falar com alguém.
E estava sempre em casa
A boa velhinha,
Resmungando sozinha:
Nhem-nhem-nhem-nhem-nhem
(...)
(Cecília Meireles)
128
TÓPICO 2 | FIGURAS DE LINGUAGEM
O Relógio
Vinicius de Moraes
129
UNIDADE 2 | LINGUAGEM E ESTILÍSTICA
130
TÓPICO 2 | FIGURAS DE LINGUAGEM
LEITURA COMPLEMENTAR
FIGURAS DE LINGUAGEM
131
UNIDADE 2 | LINGUAGEM E ESTILÍSTICA
132
TÓPICO 2 | FIGURAS DE LINGUAGEM
Haverá, no rico repertório das figuras de retórica, uma figura prima inter
pares? Às vezes, a metáfora é, metaforicamente, coroada como “a rainha dos
tropos”. Na psicanálise freudiana, reduzem-se a duas as figuras de linguagem: a
metáfora, que condensa os signos, e a metonímia, que os desloca”. No fundo, no
fundo, tudo é metáfora, na medida em que o chamado “sentido literal”, “sentido
próprio”, “sentido dicionarizado” não deixa de ser um sentido figurado ou, em
outros termos, a denotação seria uma máscara da conotação. Se, para repetir com
Fernando Pessoa, ser poeta é fingir, falar é, também, fingir, ficcionalizar, forjar
sentidos, que o interlocutor traduz em sentidos outros, próprios ou impróprios.
A própria linguagem é metáfora, metáfora da metáfora, metáfora de um real
inatingível, segundo Lacan. Aplicado ao discurso, ou à retórica, o próprio termo
“figura” é uma figura de linguagem: a metáfora. A figura é uma tradução e, como
toda tradução, uma traição. Gérard Genette pondera que, quando se lança mão
da sinédoque “vela” para significar “navio”, o sentido é o mesmo, embora não
seja a mesma coisa, dado que o signo é diferente.
133
UNIDADE 2 | LINGUAGEM E ESTILÍSTICA
Bibliografia
FONTE: <http://www.edtl.com.pt/index.php?option=com_mtree&task=viewlink&link_id=199&It
emid=2>. Acesso em: 20 ago. 2012.
134
RESUMO DO TÓPICO 2
• As figuras de pensamento retratam as ideias que estão por trás das palavras.
• Ironia: A comida está uma delícia, prova disso é que sobrou tudo!
• Hipérbole: Eles morreram de rir com a piada.
• Antítese: O que seria da guerra sem a paz.
• Eufemismo: Você está faltando com a verdade (está mentindo).
• Personificação: O fogo dançava com a lua.
135
• As figuras de som são repetições de vogais, consoantes, som para imitar objetos
e seres.
• Assonância: “E as cantilenas de serenos sons amenos” (Eugênio de Castro).
• Aliteração: “Vozes veladas, veludosas vozes/volúpias dos violões,
vozes veladas/vagam nos velhos vórtices velozes dos ventos, vivas, vãs,
vulcanizadas” Cruz e Souza.
• Paronomásia: “Berro pelo aterro/ Pelo desterro/ Berro por seu berro/ Pelo
seu erro” (Caetano Veloso).
• Onomatopeia: O relógio faz tic-tac.
136
AUTOATIVIDADE
a)
És bela – eu moço; tens amor.
- eu medo (Álvares de Azevedo).
b)
GRILO GRILADO
(Elias José)
O grilo,
coitado,
anda grilado,
e eu sei
o que há.
Salta pra aqui,
salta pra ali.
c)
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!
(Carlos Dumont de Andrade)
a) “Vi uma estrela tão alta. / Vi uma estrela tão fria! / Vi uma estrela luzindo /
Na minha vida vazia. (Manuel Bandeira)
137
d) “Nossos bosques têm mais vida / Nossas vidas, mais amores”. (Gonçalves Dias)
138
UNIDADE 3
LINGUAGEM E EXPRESSÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
139
140
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
“Quando escrevemos, estamos interpretando, estamos “lendo” algum
aspecto do mundo, dos outros, do eu no mundo, do eu nos outros e
com os outros que vamos esboçando”
(Severino Antonio Barbosa).
Variações
141
UNIDADE 3 | LINGUAGEM E EXPRESSÃO
142
TÓPICO 1 | EXPRESSIVIDADE DA FALA E DA ESCRITA: ESTILO
a questão não é falar certo ou errado e sim saber que forma utilizar,
considerando as características do contexto de comunicação, ou seja,
saber adequar o registro às diferentes situações comunicativas. É saber
coordenar satisfatoriamente o que falar e como fazê-lo, considerando a
quem e por que se diz determinada coisa.
UNI
Caro acadêmico!
Não há dúvida que a linguagem de sinais, também constitui um tipo de fala, embora não
identificamos nela o componente sonoro como constituinte. Contudo, temos uma língua
articulada, completamente reconhecida e eficiente no processo educativo. Som, grafia e
gesto, quando tomados como matéria básica dos elementos da representação, constituem
apenas três modos de representar a língua.
143
UNIDADE 3 | LINGUAGEM E EXPRESSÃO
FONTE: <http://alemdogiz.blogspot.com.br/2010/09/generos-textuais-material-bem-legal-com.
html>. Acesso em: 12 set. 2012.
144
TÓPICO 1 | EXPRESSIVIDADE DA FALA E DA ESCRITA: ESTILO
145
UNIDADE 3 | LINGUAGEM E EXPRESSÃO
FONTE: <http://gerandoletras.blogspot.com.br/2011/06/o-letramento-e-funcao-social-da-
escrita.html>. Acesso em 10 set. 2012.
O QUE É LETRAMENTO?
Letramento não é um gancho
em que se pendura cada som enunciado,
não é treinamento repetitivo
de uma habilidade,
nem um martelo
quebrando blocos de gramática.
Letramento é diversão
é leitura à luz de vela
ou lá fora, à luz do sol.
146
TÓPICO 1 | EXPRESSIVIDADE DA FALA E DA ESCRITA: ESTILO
É um atlas do mundo,
sinais de trânsito, caças ao tesouro,
manuais, instruções, guias,
e orientações em bulas de remédios,
para que você não fique perdido.
Letramento é, sobretudo,
um mapa do coração do homem,
um mapa de quem você é,
e de tudo o que você pode ser.
UNI
É isso aí, prezado acadêmico, você pode perceber que “letramento refere-
se ao envolvimento com as práticas sociais que incluem a leitura e a escrita. Somente o
domínio do código não garante esse processo" (LEITE, 2001, p. 30).
147
UNIDADE 3 | LINGUAGEM E EXPRESSÃO
148
TÓPICO 1 | EXPRESSIVIDADE DA FALA E DA ESCRITA: ESTILO
AUTOATIVIDADE
Leia o anúncio!
FONTE: <http://libertosdoopressor.blogspot.com.br/2010/02/erros-ortograficos-em-placas.
html>. Acesso em: 15 nov. 2012.
149
UNIDADE 3 | LINGUAGEM E EXPRESSÃO
NOTA
150
TÓPICO 1 | EXPRESSIVIDADE DA FALA E DA ESCRITA: ESTILO
Por que procurar entender o que é escrever? Por uma razão simples. Pela
compreensão que temos do que seja escrever vão derivar nossas atividades com a
prática escrita, e consequentemente, nosso estilo de escrever. Conforme a concepção
que temos do que seja “escrever, podemos treinar a escrita de palavras soltas, de
frases inventadas, de redações descontextualizadas, para nada e para ninguém, ou
podemos escrever textos socialmente relevantes, de um determinado gênero, com
objetivos claros, supondo um leitor, mesmo simulado” (ANTUNES, 2005, p. 28).
151
UNIDADE 3 | LINGUAGEM E EXPRESSÃO
Escrever é, como
É uma atividade em
falar, uma atividade
interdependência
de interação.
com a leitura.
Escrever na
Escrever é uma perspectiva da
atividade que interação, necessita
retoma outros ser atividade
textos. cooperativa.
Escrever é uma
Escrever, a
atividade que
outros de forma
se manifesta em
interativa, é, pois
gêneros particulares
uma atividade
de texto.
contextualizada.
Escrever é Escrever é
uma atividade uma atividade
tematicamente necessariamente
orientada. textual.
152
TÓPICO 1 | EXPRESSIVIDADE DA FALA E DA ESCRITA: ESTILO
Ressaltamos que o texto aqui, está sendo entendido por meio dos estudos
de Bronckart (1999) e Bakhtin (1992), ou seja, como uma unidade de linguagem
situada, acabada e autossuficiente do ponto de vista da ação ou da comunicação.
153
UNIDADE 3 | LINGUAGEM E EXPRESSÃO
Uma
imagem
Um gesto
Uma
palavra
Uma frase
expressa dentro
de um contexto
A partir de um
enunciado, ou seja
Unidades reais da
comunicação
Um conjunto
de signos
Desde que a criança nasce ela é uma leitora do mundo (FREIRE, 1997).
Muito jovem começa a observar, antecipar, interpretar e interagir, dando
significado a seres, objetos e signos que a rodeiam. Manguel (1997) nos leva a
compreender que a leitura não está só nas páginas de um livro, não está restrita
às letras impressas em um papel. Cada pessoa tem uma ou variadas formas de
ler. O agricultor lê o céu para prevenir-se da chuva. O poeta lê o coração para
escrever seus versos. A mãe lê no semblante da criança sua expressão de alegria
ou tristeza. Em todos estes gestos está a leitura, mesmo porque, um texto pode
ser oral, escrito ou visual.
UNI
154
TÓPICO 1 | EXPRESSIVIDADE DA FALA E DA ESCRITA: ESTILO
155
UNIDADE 3 | LINGUAGEM E EXPRESSÃO
Revisão é uma
O planejamento, que
atividade que
começa antes da tarefa
ultrapassa a primeira
de grafar
versão
156
TÓPICO 1 | EXPRESSIVIDADE DA FALA E DA ESCRITA: ESTILO
NOTA
FONTE: <http://retratosdaalma.com.br/karina-boccia-na-boca-do-povo/vicios-de-
linguagem-por-karina-boccia/>. Acesso em: 18 nov. 2012.
157
UNIDADE 3 | LINGUAGEM E EXPRESSÃO
UNI
Outra estratégia, ainda, pode ser trocar os textos entre os alunos, para um
observar e registrar os erros do outro. Logo fazer uma lista de erros recorrentes
do grupo, e analisar, refletir, trabalhar no grande grupo, isso estabelece interação
entre alunos-escritores e alunos-leitores que, ao repensar a escrita, ajustam suas
expressões para submetê-las a um segundo leitor. Desta forma, o aluno toma
cuidado com o processo de reescritura de texto, passa a se preocupar mais com a
escrita, devido às pontuações que o leitor poderá fazer.
UNI
158
TÓPICO 1 | EXPRESSIVIDADE DA FALA E DA ESCRITA: ESTILO
Para que isso ocorra, também é de suma importância fazer uso de alguns
recursos linguísticos que possibilitem: a retomada do referente, ou seja, que o
tema, sujeito, fato discutido possa ser relembrado sem usar a mesma expressão,
daí surgem os recursos de coesão. Por outro lado, o texto é dinâmico e as ideias
vão sendo apresentadas de maneira que o leitor possa construir sentidos. Para
isso, são usados articuladores e operadores argumentativos.
159
UNIDADE 3 | LINGUAGEM E EXPRESSÃO
LEITURA COMPLEMENTAR
CONTEXTUALIZAÇÃO.
COESÃO.
COERÊNCIA.
160
TÓPICO 1 | EXPRESSIVIDADE DA FALA E DA ESCRITA: ESTILO
Um texto tem uma textura e é isto que o distingue de um não texto. O texto é
formado pela relação semântica de coesão.
161
UNIDADE 3 | LINGUAGEM E EXPRESSÃO
Estudos mostram que a maioria dos alunos que concluiu o ensino médio
desconhece os fatores pragmáticos do texto e apesar de fazer suposições erradas
a respeito também desconhecem diferenças básicas em diversos tipos de textos
como redações, sínteses e resumos que são conhecimentos básicos para a entrada
deste estudante na universidade e para a vida profissional sendo esta a realidade
na maior parte do país, logo isso se deve ao fato de que o ensino defasado não
dá suporte para que docentes de Língua Portuguesa abordem o conteúdo, pois
devido ao tempo e ao cronograma dos conteúdos obrigatórios do ano letivo,
os mesmos se veem sem recursos para traçar prioridades, ficando conteúdos
importantes para o desenvolvimento do aluno em segundo plano.
UNI
162
TÓPICO 1 | EXPRESSIVIDADE DA FALA E DA ESCRITA: ESTILO
INTENCIONALIDADE
ACEITABILIDADE
SITUACIONALIDADE
INFORMATIVIDADE
INTERTEXTUALIDADE
FONTE: FÁVERO, Leonor Lopes. Coesão e Coerência Textuais. 11ed. São Paulo: Ética, 2009.
• Intencionalidade
163
UNIDADE 3 | LINGUAGEM E EXPRESSÃO
• Aceitabilidade
• Situacionalidade
• Informatividade
• Intertextualidade
164
RESUMO DO TÓPICO 1
165
AUTOATIVIDADE
Texto 1: Ali no canto ainda está a cômoda. Feita toda em madeira entalhada, tem
três gavetas com puxadores de metal. Esse móvel velho e pesado, que ocupa
uma área bastante grande do dormitório, era a peça preferida da minha avó.
1 Agora, é com você! Escreva dois pequenos textos sobre o que é memória.
Um no sentido literal (texto 1), ou seja, com uma linguagem denotativa e
outro (texto 2), utilizando figuras de estilo/figuras de linguagem, fazendo
uso das marcas de expressividade, com a predominância da linguagem
conotativa.
166
levado de helicóptero, anunciou a morte cerebral de Ayrton Senna. Não havia
mais nada a fazer. Ayrton Senna da Silva, 34 anos, tricampeão de Fórmula 1,
41 vitórias de Grandes Prêmios, 65 pole-positions, um dos maiores fenômenos
de todos os tempos no automobilismo, estava morto.
Ninguém simboliza melhor a comoção que tomou conta do mundo que a imagem
de Alain Prost, chorando num dos boxes de Ímola. Não era o choro de um torcedor,
mas de um rival, o maior de todos em dez anos de brigas dentro e fora das pistas,
um alter ego de Ayrton Senna na Fórmula 1. Na manhã de domingo, minutos antes
de entrar pela última vez no cockpit de sua Williams, Senna encontrou-se com o
ex-adversário, deu-lhe um tapinha nas costas e comentou: “Prost, você faz falta”.
Horas mais tarde, cercado pelos jornalistas, o francês não conseguiu retribuir a
gentileza. “Estou consternado demais para falar”, limitou-se a dizer, com lágrimas
nos olhos. (Veja, Edição extra, 3 maio 1994, p. 7).
167
168
UNIDADE 3
TÓPICO 2
AS RELAÇÕES DE SENTIDOS
1 INTRODUÇÃO
FIGURA 39 – POLISSEMIA
FONTE: <http://centraldasletras.blogspot.com.br/2011/02/interpretacao-de-textos.html>.
Acesso em: 12 set. 2012.
2 POLISSEMIA
Polissemia: Que palavra é essa? Segundo o dicionário é “uma palavra que
possui vários significados” (LAROUSSE, 1993, p. 881). Leiamos a tirinha a seguir:
FONTE: <http://www.monica.com.br/cookpage/cookpage.cgi?!pag=comics/tirinhas/tira309>.
Acesso em: 18 nov. 2012.
Nas frases:
170
TÓPICO 2 | AS RELAÇÕES DE SENTIDOS
Diz que era um menininho que adorava bala e isto não lhe dava
qualquer condição de originalidade, é ou não é? Tudo que é menininho
gosta de bala. Mas o garoto desta história era tarado por bala. Ele tinha
assim uma espécie de ideia fixa, uma coisa assim... assim, como direi?
Ah... creio que arranjei um bom exemplo comparativo: o garoto tinha por
bala a mesma loucura que o senhor Lacerda tem pelo poder.
Vai daí um dia o pai do menininho estava limpando o revólver e, para
que a arma não lhe fizesse uma falseta, descarregou-a, colocando as
balas em cima da mesa. O menininho veio lá do quintal, viu aquilo ali e
perguntou pro pai o que era.
– É bala – respondeu o pai, distraído.
Imediatamente o menininho pegou diversas, botou na boca e engoliu,
para desespero do pai, que não medira as consequências de uma informação
que seria razoável a um filho comum, mas não a um filho que
não podia ouvir falar em bala que ficava tarado para chupá-las.
Chamou a mãe (do menino), explicou o que ocorrera e a pobre senhora
saiu desvairada para o telefone, para comunicar a desgraça ao médico.
Esse tranquilizou a senhora e disse que iria até lá, em seguida.
Era um velho clínico, desses gordos e bonachões, acostumados aos
pequenos dramas domésticos. Deu um laxante para o menininho e esclareceu
que nada de mais iria ocorrer. Mas a mãe estava ainda aflita e insistiu:
– Mas não há perigo de vida, doutor?
– Não – garantiu o médico: – Para o menino não há o menor perigo
de vida. Para os outros talvez.
– Para os outros? – estranhou a senhora.
– Bem... – ponderou o doutor: – O que eu quero dizer é que, pelo
menos durante o período de recuperação, talvez fosse prudente não apontar
o menino para ninguém.
171
UNIDADE 3 | LINGUAGEM E EXPRESSÃO
substantivo feminino
172
TÓPICO 2 | AS RELAÇÕES DE SENTIDOS
Outros exemplos:
AUTOATIVIDADE
Frases Significado
O rapaz é um tremendo gato.
173
UNIDADE 3 | LINGUAGEM E EXPRESSÃO
Anel de noivado
Anel de Saturno
A relação que existe entre os dois usos de <anel> é muito clara: ambos
evocam a mesma imagem gráfica de objeto arredondado que contorna outro
objeto (no primeiro caso, o dedo, no segundo caso, o planeta). Estamos perante
dois usos diferentes cujo significado se intercepta na forma esquemática que
memorizamos. Por outras palavras, a primeira acepção enquadra-se dentro do
núcleo do protótipo que nós possuímos para a palavra <anel>, ficando a segunda
acepção na margem desse protótipo, criada pelo processo da metáfora, ao lado de
<cabelos aos anéis> ou de <anel de fogo>. Os significados polissêmicos são assim:
categorias radiais, que se fixam pelas margens do protótipo, com graus diferentes
de representatividade.
FONTE: polissemia. In: Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012.[Consult.2012-07-13].
www: <URL: http://www.infopedia.pt/$polissemia>. Acesso em: 10 jul. 2012.
174
TÓPICO 2 | AS RELAÇÕES DE SENTIDOS
UNI
3 HOMÔNIMOS
Palavras homônimas “são aquelas que se pronunciam da mesma maneira,
mas têm significados distintos e são percebidas como diferentes pelos falantes da
língua” (ILARI, 2006, p. 103), ou seja, tem o mesmo som, porém com significados
diferentes. “Há homônimos que pertencem a classes gramaticais diferentes: banco
(de jardim) e banco (casa de crédito) são ambos substantivos. [...] pia (lavatório) é
um substantivo, ele pia (uma das tantas vozes de piar) é um verbo; e pia (piedosa)
é um adjetivo (ILARI, 2006, p. 103, grifos nossos). Veja um exemplo:
175
UNIDADE 3 | LINGUAGEM E EXPRESSÃO
176
TÓPICO 2 | AS RELAÇÕES DE SENTIDOS
Subdivisão de Homônimos
Homófonos Homógrafos Homônimos Perfeitos
UNI
177
UNIDADE 3 | LINGUAGEM E EXPRESSÃO
UNI
Caro acadêmico!
Tome cuidado, pois uma palavra grafada errada pode alterar o significado da frase! Assim,
sempre que tiver alguma dúvida, consulte um dicionário para concerto não virar conserto,
e vice-versa! Leia a piada:
CONCERTO OU CONSERTO?
178
TÓPICO 2 | AS RELAÇÕES DE SENTIDOS
4 AMBIGUIDADE
A ambiguidade aparece quando algo que está sendo dito admite mais de um
sentido, comprometendo a compreensão do conteúdo. O uso de elementos como
pronomes, adjuntos adverbiais, expressões e até mesmo enunciados inteiros podem
acarretar um duplo sentido, se empregado de forma inadequada, comprometendo
a clareza do texto. A ambiguidade pode ser utilizada de duas formas:
ou
1. Deixo os meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do
alfaiate nada aos pobres.
2. Deixo os meus bens a minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a
conta do alfaiate. Nada aos pobres.
3. Deixo os meus bens a minha irmã? Não. A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do
alfaiate. Nada aos pobres.
4. Deixo os meus bens a minha irmã? Não. A meu sobrinho? Jamais. Será paga a conta do
alfaiate. Nada aos pobres.
5. Deixo os bens a minha irmã? Não. A meu sobrinho? Jamais. Será paga a conta do
alfaiate? Nada. Aos pobres.
179
UNIDADE 3 | LINGUAGEM E EXPRESSÃO
O carteiro falou com o chefe que era nordestino. (O carteiro era nordestino
ou o chefe?)
FONTE: <http://www.analisedetextos.com.br/search/label/Ambiguidade%20e%20polissemia>.
Acesso em: 10 jul. 2012.
181
UNIDADE 3 | LINGUAGEM E EXPRESSÃO
FONTE: <https://www.google.com.
br/search?q=ambiguidade+no+tex-
to+publicit%C3%A1rio&rlz=1C1GCEV_
pt-BRBR820BR820&source=lnms&tbm=is-
ch&sa=X&ved=0ahUKEwjU2ZeU7cXhAhUi-
FONTE: <https://www.google.com. HbkGHZ0TAZwQ_AUIDigB&biw=1517&bi-
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to+publicit%C3%A1rio&rlz=1C1GCEV_ em: 26 abr. 2019.
pt-BRBR820BR820&source=lnms&tbm=is-
ch&sa=X&ved=0ahUKEwjU2ZeU7cXhAhUi-
HbkGHZ0TAZwQ_AUIDigB&biw=1517&bi- FIGURA 46 – DUPLO SENTIDO NA
h=730#imgrc=f7PpTTesGXi5KM:>. Acesso PALAVRA "DELÍCIA"
em: 26 abr. 2019.
FONTE: <https://www.google.com.
br/search?q=ambiguidade+no+tex-
to+publicit%C3%A1rio&rlz=1C1GCEV_
pt-BRBR820BR820&source=lnms&tbm=is-
ch&sa=X&ved=0ahUKEwjU2ZeU7cXhAhUi- FONTE: <https://www.google.com.
HbkGHZ0TAZwQ_AUIDigB&biw=1517&bi- br/search?q=ambiguidade+no+tex-
h=730#imgrc=53uaqdHsD7eiiM:>. Acesso to+publicit%C3%A1rio&rlz=1C1GCEV_
em: 26 abr. 2019. pt-BRBR820BR820&source=lnms&tbm=is-
ch&sa=X&ved=0ahUKEwjU2ZeU7cXhAhUi-
HbkGHZ0TAZwQ_AUIDigB&biw=1517&bi-
h=730#imgrc=EwwwoYI_cqTSNM:>.
Acesso em: 26 abr. 2019.
182
TÓPICO 2 | AS RELAÇÕES DE SENTIDOS
FONTE: <https://www.google.com.
br/search?q=ambiguidade+no+tex-
to+publicit%C3%A1rio&rlz=1C1GCEV_
pt-BRBR820BR820&source=lnms&tbm=is-
ch&sa=X&ved=0ahUKEwjU2ZeU7cXhAhUi-
HbkGHZ0TAZwQ_AUIDigB&biw=1517&bi-
h=730#imgrc=lN9hdyedWy6IGM:>. Aces-
so em: 26 abr. 2019.
FONTE: <https://www.google.com.
br/search?q=ambiguidade+no+tex-
to+publicit%C3%A1rio&rlz=1C1G-
CEV_pt-BRBR820BR820&source=l-
nms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEw-
jU2ZeU7cXhAhUiHbkGHZ0TAZwQ_AUI-
DigB&biw=1517&bih=730#imgdii=xTyS-
iofQ6e44iM:&imgrc=EwwwoYI_cqTSNM:>.
Acesso em: 26 abr. 2019.
FONTE: <https://www.google.com.
FONTE: <https://www.google.com. br/search?q=ambiguidade+no+tex-
br/search?q=ambiguidade+no+tex- to+publicit%C3%A1rio&rlz=1C1GCEV_
to+publicit%C3%A1rio&rlz=1C1GCEV_ pt-BRBR820BR820&source=lnms&tbm=is-
pt-BRBR820BR820&source=lnms&tbm=is- ch&sa=X&ved=0ahUKEwjU2ZeU7cXhAhUi-
ch&sa=X&ved=0ahUKEwjU2ZeU7cXhAhUi- HbkGHZ0TAZwQ_AUIDigB&biw=1517&bi-
HbkGHZ0TAZwQ_AUIDigB&biw=1517&bi- h=730#imgrc=u238wFl3uIGnWM:>. Acesso
h=730#imgrc=uHeOi0H6C_p9_M:>. em: 26 abr. 2019.
Acesso em: 26 abr. 2019.
183
UNIDADE 3 | LINGUAGEM E EXPRESSÃO
FONTE: <https://www.google.com.
br/search?q=ambiguidade+no+tex-
to+publicit%C3%A1rio&rlz=1C1GCEV_
pt-BRBR820BR820&source=lnms&tbm=is-
ch&sa=X&ved=0ahUKEwjU2ZeU7cXhAhUi-
HbkGHZ0TAZwQ_AUIDigB&biw=1517&bi-
h=730#imgrc=XeyCzUa2BhCehM:>.
Acesso em: 26 abr. 2019.
184
TÓPICO 2 | AS RELAÇÕES DE SENTIDOS
da Reportagem Local: O São Paulo não terá cinco titulares contra o Flamengo,
amanhã, no Morumbi. Axel, Pedro Luís, Djair e Belletti, suspensos, e Aristizábal, na
seleção colombiana. "Temos bons reservas, mas o time sentirá falta de entrosamento",
disse o técnico Parreira, que ainda não definiu os substitutos. (FSP, 1010.1996)
AUTOATIVIDADE
DICAS
Uma das estratégias para evitar a ambiguidade nos textos é a revisão. É preciso
estar atento à construção de orações. Você observou que algumas palavras devem ser
evitadas ou tomar cuidado ao empregá-las para não suscitar dúvidas no leitor ou conduzi-
lo a conclusões equivocadas na interpretação do texto. Fique atento que uma redação de
qualidade depende muito do domínio dos mecanismos de construção da textualidade e da
capacidade de se colocar na posição do leitor.
185
UNIDADE 3 | LINGUAGEM E EXPRESSÃO
LEITURA COMPLEMENTAR
A PRECISÃO DA FRASE
Contextos
186
TÓPICO 2 | AS RELAÇÕES DE SENTIDOS
Equívocos do uso
Nesse caso, “estrela” quer dizer “corpo celeste com luz própria” na
premissa maior e “celebridade do entretenimento” na premissa menor. Quando
o termo médio tem dois sentidos diferentes, o silogismo tem quatro termos e
não três, como determina uma das regras formuladas pelos escolásticos sobre
esse tipo de raciocínio: terminus esto tríplex, medius, majorque, minorque. O mesmo
problema apresenta o silogismo: “Todo cão come carne. O cão é uma constelação.
Logo, uma constelação come carne" “Cão” significa “cachorro” na premissa maior
e “grupo de estrelas denominado cão” na menor.
187
UNIDADE 3 | LINGUAGEM E EXPRESSÃO
À medida que aprendemos mais, podemos esquecer mais, mas isso não
quer dizer que, no total, sabemos menos.
FONTE: <http://revistalingua.uol.com.br/textos/54/artigo248808-1.asp>. Acesso em: 1 ago. 2012.
188
RESUMO DO TÓPICO 2
189
AUTOATIVIDADE
- Assim?
- É. Assim.
- Mais depressa?
- Não. Assim está bem. Um pouco mais para...
- Assim?
- Não, espere.
- Você disse que...
- Para o lado. Para o lado!
- Querido...
- Estava bem, mas você...
- Eu sei. Vamos recomeçar. Diga quando estiver bem.
- Estava perfeito e você...
- Desculpe.
- Você se descontrolou e perdeu o...
- Eu já pedi desculpa!
- Está bem. Vamos tentar outra vez. Agora.
- Assim?
- Quase. Está quase!
- Me diga como você quer. Oh, querido...
- Um pouco mais para baixo.
- Sim.
- Agora para o lado. Rápido!
- Amor, eu...
- Para cima! Um pouquinho...
- Assim?
- Aí! Aí!
- Está bom?
- Sim. Oh, sim. Oh yes, sim.
- Pronto.
- Não. Continue.
- Puxa, mas você...
- Olhaí. Agora você...
- Deixa ver...
- Não, não. Mais para cima.
- Aqui?
- Mais. Agora para o lado.
- Assim?
- Para a esquerda. O lado esquerdo!
- Aqui?
- Isso! Agora coça.
190
Caro acadêmico! Durante a leitura do conto você foi conduzido a imaginar
um sentido diferente do esperado no final do texto. As pistas deixadas pelo
autor não ocorrem por acaso, são elas que nos conduzem a uma interpretação
equivocada do texto. Assim responda:
2 Quais são as pistas textuais deixadas pelo escritor que nos conduzem a
construir um sentido ambíguo da situação?
a) ( ) Omitindo o narrador.
b) ( ) Omitindo palavras.
c) ( ) Omitindo dados do contexto em que se dá o diálogo.
d) ( ) Omitindo informações sobre os personagens.
4 Imagine se você escutasse a seguinte frase: Como fazer o ponto de uma galinha.
Registre o que pensou sobre a frase.
FONTE: <http://pontocruzfiodameada.blogspot.com.br/2012/07/grafico-de-ponto-cruz-
galinha.html>. Acesso em: 2 ago. 2012. Adaptado pela autora.
191
192
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
É importante dominar a língua nas mais diferentes circunstâncias, pois na
sociedade, há múltiplas situações que requerem o uso eficaz da fala e da escrita. Neste
sentido, é importante possibilitar para a criança o confrontar e o domínio de uma
diversidade de gêneros e práticas de linguagens construídas, historicamente. Uma
metodologia que pode ser utilizada para realizar este trabalho é a sequência didática.
FONTE: <http://ricardo85r.blogspot.com.br/2011/06/sequencia-didatica.html#!/2011/06/
sequencia-didatica.html>. Acesso em: 20 nov. 2012.
193
UNIDADE 3 | LINGUAGEM E EXPRESSÃO
194
TÓPICO 3 | MÉTODO E TÉCNICA DE EN. DOS ASPECTOS SEMÂNTICOS DA LINGUAGEM POR MEIO DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA
FONTE: <http://atelierdeducadores.blogspot.com.br/2010/12/sequencias-didaticas.html>.
Acesso em: 10 nov. 2012.
195
UNIDADE 3 | LINGUAGEM E EXPRESSÃO
Para tanto, temos por objetivo nesse tópico, sugerir métodos e técnicas de
ensino dos aspectos semânticos da linguagem, por meio de sequências didáticas.
196
TÓPICO 3 | MÉTODO E TÉCNICA DE EN. DOS ASPECTOS SEMÂNTICOS DA LINGUAGEM POR MEIO DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA
197
UNIDADE 3 | LINGUAGEM E EXPRESSÃO
198
TÓPICO 3 | MÉTODO E TÉCNICA DE EN. DOS ASPECTOS SEMÂNTICOS DA LINGUAGEM POR MEIO DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA
CONCEITO DE TEXTO
199
UNIDADE 3 | LINGUAGEM E EXPRESSÃO
a) coesividade;
b) coerência;
c) intencionalidade;
d) aceitabilidade;
e) informatividade;
f) situacionalidade;
g) intertextualidade.
O termo texto abrange tanto textos orais, como textos escritos que
tenham como extensão mínima dois signos linguísticos, um dos quais, porém,
pode ser suprido pela situação, no caso de textos de uma só palavra, como
“Socorro!”, sendo sua extensão máxima indeterminada.
200
TÓPICO 3 | MÉTODO E TÉCNICA DE EN. DOS ASPECTOS SEMÂNTICOS DA LINGUAGEM POR MEIO DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA
201
UNIDADE 3 | LINGUAGEM E EXPRESSÃO
FONTE: Extraído e adaptado de: Linguística Textual. In: MUSSALIN, Fernanda; BENTES, Anna
Christina (Orgs.) Introdução à Linguística: Domínios e Fronteiras. Volumes 1 e 2. São Paulo:
Cortez Editora, 2001.
202
TÓPICO 3 | MÉTODO E TÉCNICA DE EN. DOS ASPECTOS SEMÂNTICOS DA LINGUAGEM POR MEIO DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA
UNI
203
UNIDADE 3 | LINGUAGEM E EXPRESSÃO
4 Produção final: o aluno põe em prática o que construiu nos módulos para
produzir o seu texto final e, em seguida, compara este texto com a produção
inicial, percebendo progressos que teve durante o trabalho.
FONTE: Adaptado de Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004, p. 98)
Elaboração do conteúdo
Planejamento do texto
Realização do texto
204
TÓPICO 3 | MÉTODO E TÉCNICA DE EN. DOS ASPECTOS SEMÂNTICOS DA LINGUAGEM POR MEIO DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA
Introdução
Antes de iniciar o trabalho, vamos refletir sobre: por que vale a pena
ensinar poesia na escola? A poesia desperta a sensibilidade para a manifestação
do poético no mundo, nas artes e nas palavras. O convívio com a poesia favorece
o prazer da leitura do texto poético e sensibiliza para a produção dos próprios
poemas. O exercício poético desenvolve uma percepção mais rica da realidade,
aumenta a familiaridade com a linguagem mais elaborada da literatura e
enriquece a sensibilidade.
O poeta José Paulo Paes diz em seu livro É isso ali: a poesia não é mais do
que uma brincadeira com as palavras. Nessa brincadeira, cada palavra pode e deve
significar mais de uma coisa ao mesmo tempo: isso aí é também isso ali. Toda
poesia tem que ter uma surpresa. Se não tiver, não é poesia: é papo furado.
205
UNIDADE 3 | LINGUAGEM E EXPRESSÃO
Poesia e poema
Objetivo
Conteúdos específicos
Ano
8° e 9° anos
Tempo estimado
Material necessário
206
TÓPICO 3 | MÉTODO E TÉCNICA DE EN. DOS ASPECTOS SEMÂNTICOS DA LINGUAGEM POR MEIO DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA
1 APRESENTAÇÃO DA SITUAÇÃO:
2 PRODUÇÃO INICIAL
Roda de conversa
3 MÓDULOS
Em seguida, diga aos alunos que você vai ler para eles um poema de Mário
Quintana. Estude previamente a leitura do texto. Prepare-se para ler em voz alta
e leia com bastante expressividade. Peça para prestarem atenção à definição que
o poeta dá para poemas.
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UNIDADE 3 | LINGUAGEM E EXPRESSÃO
Os poemas
Sentido literal: nesse caso, o sentido da palavra é exato, direto, simples, não
deixa dúvida. Geralmente, nos textos em que deve predominar uma linguagem
clara e objetiva, como os jornalísticos e científicos, as palavras aparecem com um
único sentido, aquele que aparece nos dicionários. O sentido literal também é
chamado denotativo.
A linguagem do poeta
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TÓPICO 3 | MÉTODO E TÉCNICA DE EN. DOS ASPECTOS SEMÂNTICOS DA LINGUAGEM POR MEIO DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA
Observe os exemplos:
Para o cientista, a Lua é:
Satélite natural da Terra
Peça para a classe ampliar a lista acima: para os poetas, a Lua pode ser...
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UNIDADE 3 | LINGUAGEM E EXPRESSÃO
Pergunte para a classe por que um cientista não pode fazer uso de
linguagem subjetiva e o poeta pode.
Leia para a classe o poema do poeta português Luís Vaz de Camões, Amor
é fogo que arde sem se ver, e que vem comentado logo a seguir. Peça para os
alunos fazerem um levantamento em todo o poema do que é o amor para o poeta.
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TÓPICO 3 | MÉTODO E TÉCNICA DE EN. DOS ASPECTOS SEMÂNTICOS DA LINGUAGEM POR MEIO DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA
A metáfora
Para comparar
UNI
O cantor e compositor baiano Gilberto Gil escreveu uma letra para uma
canção que é uma explicação poética para metáfora. A canção está gravada nos
discos Gil Luminoso (1999) e Uma banda um (1982) e é possível escutá-la em:
<http://www.gilbertogil.com.br/sec_discografia_view.php?id=51>.
3. Solicite que expliquem por que tudonada está escrito como se fosse uma palavra
só na música Metáfora (Gilberto Gil)?
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UNIDADE 3 | LINGUAGEM E EXPRESSÃO
A lata do poeta
Leve uma lata média ou um balde com alça para a classe. Oriente os alunos
para decorar a lata por fora, pintando-a ou recobrindo-a com papel colorido. Ela
será a Lata do Poeta, onde tudonada cabe.
DICAS
O carteiro e o poeta
- Metáforas, homem!
- Que são essas coisas?
O poeta colocou a mão sobre o ombro do rapaz.
- Para esclarecer mais ou menos de maneira imprecisa, são modos de dizer uma coisa
comparando-a com outra.
- Dê-me um exemplo...
Neruda olhou o relógio e suspirou.
- Bem, quando você diz que o céu está chorando. O que é que você quer dizer com isto?
- Ora, fácil! Que está chovendo, ué!
- Bem, isso é uma metáfora.
- E por que se chama tão complicado, se é uma coisa tão fácil?
- Porque os nomes não têm nada a ver com a simplicidade ou a complexidade das coisas.
(O Carteiro e o Poeta, Antonio Skármeta)
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TÓPICO 3 | MÉTODO E TÉCNICA DE EN. DOS ASPECTOS SEMÂNTICOS DA LINGUAGEM POR MEIO DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA
Poesia e cinema
Organize outra sessão de cinema com debate. Desta vez com o filme A
Sociedade dos Poetas Mortos (Dead Poets Society), EUA, 1989. Direção de Peter
Weir. Com Robin Williams, Robert Sean Leonard, Ethan Hawke e Josh Charles.
O filme conta a história de um professor que fez com que os estudantes se
encantassem com a literatura. Segundo ele, o que dá sentido à vida tem a ver
com o espírito e com o prazer, e a literatura, incluindo aí a poesia, são fontes
riquíssimas desses elementos.
Sarau
PRODUÇÃO FINAL
Avaliação
Atividade de avaliação
Produção de texto – Por meio dos textos que os alunos irão produzir,
você avaliará o que compreenderam do que foi estudado e se os seus objetivos de
aprendizagem foram atingidos. Ensine que nenhum texto nasce pronto. Para ficar
bom, é preciso escrevê-lo e reescrevê-lo muitas vezes, como fazem os bons escritores.
213
UNIDADE 3 | LINGUAGEM E EXPRESSÃO
Diga à classe que cada um planeje o que vai escrever, faça rascunho, revise
e finalmente passe a limpo seu poema. Reúna as produções dos alunos e exponha-
as num mural ou organize uma antologia:
2. Imite o poeta – Peça que produzam um poema com metáforas. Esse texto deve ser
em versos, distribuídos em estrofes, com rima. Enfatize que poesia é invenção.
NOTA
Enfim, esperamos que este livro contribua para sua prática nos campos
educacionais brasileiros.
214
RESUMO DO TÓPICO 3
215
AUTOATIVIDADE
1 Apresentação da situação.
2 Primeira produção.
3 Módulos.
216
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Fernando Afonso de. Desvios e efeitos na produção de
enunciados. In: Boletim da ABRALIM. Fortaleza: Imprensa Universitária, 2001.
ANTUNES, Irandé. Lutar com palavras: coesão e coerência. São Paulo: Parábola,
2005.
AVIZ, Luiz. (Org.). Piadas da internet para crianças espertas. Rio de Janeiro:
Record, 2003.
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
217
BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. 11. ed. São Paulo: Hucitec,
2004.
218
DUCROT, O. O dizer e o dito. São Paulo: Pontes, 1987.
FÁVERO, L. L. Coesão e coerência textuais. 11. ed. São Paulo: Ática, 2009.
FIORIN, J. L. Pragmática. In: José Luiz Fiorin (Org.). Introdução à linguística II:
princípios de análise. 5. Ed. São Paulo: Contexto, 2011, p. 161-168.
FIORIN, J. L.; SAVIOLI, F. P. Lições de texto: leitura e redação. São Paulo: Ática,
1996.
219
GREGOLIN, M. R. do. Foucault e Pêcheux na análise do discurso: diálogos e
duelos. São Carlos, SP. Clara Luz, 2004.
GERALDI, J. V. Aprender e ensinar com textos de alunos. São Paulo: Cortez, 1997.
KOCH, I. V.; ELIAS, V. M. Ler e compreender: os sentidos dos textos. São Paulo:
Contexto, 2006.
220
MANGUEL, A. Uma história de leitura. Trad. Pedro Maia Soares. São Paulo:
Companhia das Letras, 1997.
MÜLLER, A. L. P. de; VIOTTI, E. C. de. Semântica formal. In: FIORIN, José Luiz
(Org.). Introdução à linguística. São Paulo: Contexto, 2003. v. 2. p. 137-159.
221
ORLANDI, E. P. As formas do silêncio: no movimento dos sentidos. Campinas,
SP: UNICAMP,1992.
ROCHA LIMA, C.H. da. Gramática da língua portuguesa. 44. ed. Rio de
janeiro: José Olympio, 2005.
SAINT-EXUPÉRY, A. de. O pequeno príncipe. 30. ed. Rio de Janeiro: Agir, 1986.
222
SCHNEUWLY, B. DOLZ, J. et al. Gêneros orais e escritos na escola. São Paulo:
Mercado de Letras, 2004.
TATIT, L. Semiótica da canção. Melodia e letra. 3. ed. São Paulo: Escuta, 2007.
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ANOTAÇÕES
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