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Miolo Toxinologia
Miolo Toxinologia
Silvana Marcussi
Marcus Vinicius Cardoso Trento
Pedro Henrique Sousa César
Anderson Assaid Simão
Toxinologia:
Fundamentos e Métodos
Alfenas • MG
2018
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta edição pode ser utilizada ou
reproduzida por qualquer meio ou forma, seja mecânico ou eletrônico, — nem
apropriada ou estocada em sistema de banco de dados, sem a expressa autorização dos
organizadores.
Pinho, Alice
ISBN: 978-85-5522-280-1
CDD 570
2018
Editora PoloPrinter
11 . 3791.2965 11 . 98393.7000
www.poloprinter.com.br
atendimento@poloprinter.com.br
polo.books
Silvana Marcussi
Marcus Vinicius Cardoso Trento
Pedro Henrique Sousa César
Anderson Assaid Simão
Autores:
Silvana Marcussi
Marcus Vinicius Cardoso Trento
Pedro Henrique Sousa César
Anderson Assaid Simão
Carlos Henrique de Moura Oliveira
Mariana Aparecida Braga
Mateus William de Faria Eleutério
Tatiane Silva de Abreu
Larissa Fonseca Andrade-Vieira
Tássia Flávia Dias Castro
CAPÍTULO I...................................................................................................9
1. Introdução a Toxinologia...........................................................................10
CAPÍTULO II...............................................................................................16
2. Toxinas de peçonhas de serpentes.............................................................17
2.1 Metaloproteases................................................................................22
2.2 Desintegrinas...............................................................................26
2.2.1 Desintegrinas-RGD..................................................................27
2.2.2 Desintegrinas-MLD.................................................................27
2.2.3 Desintegrinas R/KTS...............................................................28
2.3 Serinoproteases.................................................................................29
2.4 Fosfolipases.......................................................................................30
2.4.1 Fosfolipases A2.........................................................................31
2.5 L-aminoácido oxidases ....................................................................36
2.6 Lectinas do tipo-C.............................................................................37
2.7 Hialuronidases...................................................................................38
CAPÍTULO III..............................................................................................40
3. Metodologias em Toxinologia: Extração de peçonhas e
venenos; Caracterização Bioquímica.........................................................41
3.1 Extração de peçonhas e venenos.......................................................41
3.1.2 Escorpiões e aranhas; vespas e abelhas....................................43
3.1.3 Lagartas (taturanas)..................................................................45
3.1.4 Anêmonas ................................................................................46
3.1.5 Sapos, rãs e pererecas...............................................................46
3.2 Caracterização bioquímica................................................................46
3.2.1 Determinação quantitativa de proteínas...................................46
3.2.2 Cromatografia de troca iônica em CM-Sepharose...................50
3.2.3 Cromatografia por exclusão molecular ...................................52
3.2.4 Eletroforese em gel de poliacrilamida com agentes
desnaturantes e determinação do peso molecular
estimado..................................................................................55
CAPÍTULO IV..............................................................................................61
4. Metodologias em Toxinologia: Atividades in vitro....................................61
4.1 Atividade fosfolipásica.....................................................................62
CAPÍTULO V................................................................................................80
5. Metodologias em toxinologia: Ensaios de citotoxicidade,
genotoxicidade e mutagênese....................................................................81
5.1 Teste de citotoxicidade......................................................................81
5.1.1 Teste de viabilidade celular......................................................82
5.1.2 Teste do micronúcleo em células humanas in vitro..................82
5.1.3 Teste do cometa em leucócitos humanos.................................87
5.1.4 Teste do Cometa em células vegetais.......................................90
5.1.5 Avaliação de efeitos de compostos naturais (peçonhas)
sobre o ciclo celular de células meristemáticas de
Lactuca sativa ou Allium cepa................................................91
5.1.6 Avaliação de fragmentação de DNA usando
eletroforese em gel de agarose (células
meristemáticas de Lactuca sativa ou Allium cepa).................94
5.1.7 Extração de DNA de leucócitos humanos................................97
5.1.8 Ensaio de Fragmentação de moléculas de DNA
obtidas de leucócitos humanos..............................................100
CAPÍTULO VI............................................................................................102
6. Metodologias em Toxinologia: Atividades in vivo..................................103
6.1 Indução de edema ...........................................................................103
6.2 Atividade hemorrágica ...................................................................104
6.3 Atividade miotóxica........................................................................105
6.4 Ensaios de inibição..........................................................................106
6.5 Teste do cometa em brânquias de peixes........................................107
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................108
___________________
Silvana Marcussi: Bióloga, graduada em Licenciatura Plena pelo
Centro Universitário Barão de Mauá de Ribeirão Preto – SP; Mestre
em Biotecnologia pela Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP,
SP; Doutora em Bioquímica pela Faculdade de Medicina de Ribeirão
Preto – USP e Pós-Doutora em Farmacologia, pela Faculdade de Ciên-
cias Farmacêuticas de Ribeirão Preto – USP. Atualmente é Professora
Adjunta IV/Pesquisadora da Universidade Federal de Lavras – UFLA,
Coordenadora Adjunta do Programa de Pós-Graduação em Agroquí-
mica, lotada no Departamento de Química e responsável pelo Labora-
tório de Bioquímica/Toxicologia (marcussi@dqi.ufla.br).
___________________
Marcus Vinicius Cardoso Trento: Biólogo, graduado em bacharelado
pela Universidade Federal de Lavras – UFLA – MG. Participou do pro-
grama Ciência Sem Fronteiras na University of The Fraser Valley em
Abbostsford, BC, Canadá. Mestre em Química e Bioquímica de Produ-
tos Naturais e Sintéticos pelo Programa de Pós-Graduação em Agroquí-
mica – PPGAQ, UFLA. Atualmente é Doutorando do mesmo Programa
(marcusvinicius.ct@gmail.com).
___________________
Pedro Henrique Sousa César: Biólogo, graduado pela Universidade
Federal de Lavras – UFLA – MG; Mestre em Química e Bioquímica
de Produtos Naturais e Sintéticos pelo Programa de Pós-Graduação em
Agroquímica – PPGAQ, UFLA. Atualmente é Doutorando do mesmo
Programa (pedrocesar.biologia@gmail.com).
___________________
Anderson Assaid Simão: Químico, graduado pela Universidade Fe-
deral de Lavras – UFLA (2007), Mestrado (2010), Doutorado (2013)
e Pós-doutorado (2014) em Agroquímica pela UFLA, com ênfase em
Bioquímica. Atualmente é professor Substituto de Bioquímica no De-
partamento de Química da UFLA (andersonbsbufla@yahoo.com.br).
Silvana Marcussi
Marcus Vinicius Cardoso Trento
Pedro Henrique Sousa César
Anderson Assaid Simão
Carlos Henrique de Moura Oliveira
Mateus William de Faria Eleutério
To x i n a s d e p e ç on h as d e
se r p e n t es
Silvana Marcussi
Marcus Vinicius Cardoso Trento
Pedro Henrique Sousa César
Anderson Assaid Simão
Mateus William de Faria Eleutério
Carlos Henrique de Moura Oliveira
FONTE
FÁRMACO USO TERAPÊUTICO
(ANIMAL)
Anticoagulante/ antiplaquetário da Sistrurus
Eptifibatide
classe dos inibidores da glicoproteína miliarius
(Integrilin)
IIb/IIIa (eventos trombóticos) barbouri
Echistatin Anticoagulante (eventos trombóticos) Echis carinatus
Ranatensin Antihipertensivo Rana
Antihipertensivo (inibidor da ECA- Bothrops
Captopril
enzima conversora de angiotensina) jararaca
Heloderma
Exenatida Diabetes Melitus
suspectus
Ancrod (Arwin® Anticoagulante para AVC isquêmico Calloselasma
ou Viprinex®) agudo (eventos trombóticos) rhodostoma
Ziconotida Analgésico (tratamento de dor
Conus magnus
(Prianlt®) crônica)
Anticoagulante (tratamento de infarto
Batroxobin Bothrops
cerebral agudo, angina pectoris e
(Defibrase®) moojeni
surdez repentina)
Anticoagulante (aplicação em Agkistrodon
Fibrolase síndrome coronariana e oclusão contortrix
periferal aguda) contortrix
FRAÇÃO
ESPÉCIE EFEITO
REPRESENTATIVA
Bothrops Ativação dos fatores I, II, V, VII e X Batroxobina b,
jararaca a
; trombomodulina dependenteb Botrojararacina a
Ativação dos fatores V, VIII e XIII a; Trombocitina a,
B. atrox trombomodulina dependenteb, Batroxobina b,
ativação do fator Von Willebrand d Botrocetina b,d
Crotalus Enzima com atividade
Crotalase
adamanteus trombina-likea
Protease II e III e
C. atrox Digestão da cadeia beta e gamac
Atrolysin c
C. durissus
Proteólised Crotalocitina d
terrificus
C. horridus Ativação de fosfolipases A2
Convulxina d
horridus endógenasd
(a) ação pró-coagulante, (b) ação anticoagulante, (c) ação fibrinogenolítica, (d) estí-
mulo de agregação plaquetária.
Fonte: Castro (2006).
2.2 Desintegrinas
2.2.1 Desintegrinas-RGD
2.2.2 Desintegrinas-MLD
2.3 Serinoproteases
2.4.1 Fosfolipases A2
2.7 Hialuronidases
M e t o d o l o g ias em
To x i n o l o g i a : Extração
d e p e ç o n h a s e ven enos;
Carac t e r i z a ç ã o B ioqu ímica
Silvana Marcussi
Marcus Vinicius Cardoso Trento
Pedro Henrique Sousa César
Anderson Assaid Simão
Mateus William de Faria Eleutério
3.1.1 Serpentes
3.1.4 Anêmonas
Sensibilidade:
¾¾ 0,1 mg – 2 mg (peçonha ou mistura de proteínas a serem do-
sadas).
¾¾ Solução Padrão: albumina de soro bovino, pesar 16mg e dis-
solver em 15 mL de água destilada.
¾¾ Abs em 280 nm = 0,665 = 1,0 mg mL-1 (Absortividade relativa
da albumina de soro bovino).
Ex:
Os quadradinhos representam ângulos de 90º de triângulos que
podem ser visualizados dentro dos limites dos pontos traçados no grá-
fico. Os valores correspondentes ao comprimento dos catetos dos triân-
gulos são utilizados para o cálculo dos valores que irão resultar em um
número aproximado para o fator (Figura 8).
600 – 0 = 1,304
0,46 – 0
500 – 0 = 1,28
0,39 – 0
500 – 0 = 2,08
0,39 – 0,15
600 – 0 = 1,93
0,46 – 0,15
400 – 0 = 1,6
0,3 – 0,05
Técnica:
¾¾ Branco R1: 1,0 mL de H2O + 1,0 mL R1. Coloca-se o branco
na cubeta e zera-se o espectrofotômetro.
¾¾ Amostras R1: 1,0 mL da solução de proteína (albumina) e 1,0
mL de R1.
¾¾ Determina-se a absorbância das amostras em 310 nm.
¾¾ Branco R2: 1,0 mL de H2O + 1,0 mL R2. Coloca-se o branco
na cubeta e zera-se o aparelho.
¾¾ Amostras R2: 1,0 mL da solução de proteína e 1,0 mL de R2.
¾¾ Coloca-se o branco na cubeta e zera-se o aparelho.
¾¾ Determina-se a absorbância das amostras em 310 nm.
¾¾ Calcula-se o valor da diferença de absorbância das amostras
subtraindo os valores de R1 dos valores de R2 (R2 - R1).
¾¾ Para cada concentração utilizada, a dosagem é feita em tripli-
cata (n=3).
¾¾ Determina-se a concentração de proteínas multiplicando a mé-
dia dos valores de absorbância obtidos com diferentes quanti-
dades da amostra pelo valor do fator.
Descrição do Experimento:
Volume por tubo:
Fluxo: .... mL/min. ou .... mL/h
Tris-base 15,1g
Glicina 94g
Solução de SDS 10% 50mL
Elaboração do gel
1. Preparar poliacrilamida estoque: (Acrilamida:bis-Acrilamida)
19:1 g (m:m) e adicionar 73 mL de água mili-Q para a obten-
ção de poliacrilamida a 30%. Agitar até dissolução completa
ou deixar em repouso por tempo superior à 12 horas. Esta so-
lução pode ser guardada por 15 dias à 4°C em frasco âmbar.
2. Uma vez pronta a solução estoque de poliacrilamida 30% pro-
cede-se por acrescentar em um pequeno béquer os reagentes
do gel de separação na ordem e nas quantidades citadas no
quadro acima.
c. Antes de acrescentar o Tris-HCl pH 8,8 e o Persulfato
Amônio é importante homogeneizar a solução estoque
destes reagentes.
d. Ao acrescentar o TEMED haverá poucos segundos até co-
meçar o processo de polimerização do gel. Neste momen-
to deve-se utilizar uma pipetadora de 5 mL, homogeneizar
a mistura final aspirando e ejetando, para logo em seguida
acrescentar no suporte do gel.
e. Deve-se acrescentar o gel até faltar aproximadamente 1,5
cm para o limite do suporte do gel. Completar esse volu-
me usando água destilada para uniformizar o gel e aguar-
dar a polimerização no escuro (aprox. 1 hora).
f. Após, recomenda-se cobrir o gel com algumas folhas de
papel toalha encharcadas com água. O gel ao se polimeri-
zar pode perder muita umidade e impossibilitar a migra-
ção das proteínas.
M e t o d o l o gias em
To x i n o l o gia:
A t i v i d a d e s in vitro
Silvana Marcussi
Marcus Vinicius Cardoso Trento
Pedro Henrique Sousa César
Anderson Assaid Simão
Mariana Aparecida Braga
Tatiane Silva de Abreu
Procedimentos experimentais:
Materiais:
• Solução de CaCl2 (0,01 M)
• Gema de ovo (1:3 PBS, pH 7,2; NaCl 0,12 M e fosfato 0,04
M); retirar a película que separa a gema da clara
*Ovos que possuem a gema clara podem dificultar a visualização do teste. Aconselha-
-se aumentar a quantidade da gema de ovo ou optar por um de gema com coloração
amarela mais intensa (galinha caipira).
Figura 14. Imagem ilustrativa de uma placa de petri contendo gel ela-
borado para verificação de atividade hemolítica direta em meio sólido
ou atividade hemolítica indireta.
Fonte: foto de Anderson A. Simão.
Ensaio:
1. Ligar o banho-maria e estabelecer temperatura para 37°C.
2. Colocar o plasma citratado dentro do banho-maria para acli-
matização (aproximadamente 15 minutos).
3. Preparar tubos de ensaio (de tamanho uniforme) em grade su-
porte e colocá-los dentro do banho.
4. Adicionar dentro de cada tubo 200 µL de plasma.
5. Todas as amostras inclusive os controles são feitos em tripli-
catas.
6. Realizar os controles:
* Controle positivo 1 – 50 µL de CaCl2 0,1 M - esperar apa-
recer sinais de coagulação do plasma (entre 2 a 5 minutos).
* Controle positivo 2 – Amostra de interesse na DCM.
* Controle negativo - PBS.
7. Após adicionar os tratamentos, cada tubo deve ser levemente
agitado em banho, e parcialmente vertido de modo que o plas-
ma umedeça as paredes do tubo.
8. Cronometrar o tempo gasto para cada amostra iniciara a cas-
cata de coagulação.
* Esta etapa precisa ser avaliada de modo uniforme. O iní-
cio da coagulação é o momento no qual o plasma se torna
um grumo viscoso e escorre com dificuldade pela parede
do tubo.
Enzima
a. Bater no liquidificador 1 fígado de galinha fresco com 100 mL
de solução de sacarose 0,25 M em tampão fosfato 0,05 M pH
7,4.
b. Filtrar em gaze dobrada ou em tecido organza. Transferir
para tubos Falcons de 15 mL e centrifugar a 1400xg por 30
minutos.
c. O sobrenadante é descartado e ao sedimento adiciona 100 mL
de solução de sacarose 0,25 M em tampão fosfato 0,05 M pH
7,4 e homogeneíza (no agitador mecânico).
d. Diluir para uso (mais ou menos 20 x). Solução de sacarose
0,25 M em tampão fosfato 0,05 M pH 7,4. Misturar 100 mL do
tampão 0,1 M e 100 mL de água. Adicionar 8,55 g de sacarose.
M e t o d o l o g ias em
To x i n o l o g i a : E n saios
d e c i t o t o x i cidad e,
g e n o t o x i c i d ad e e
m u t a g ê n ese
Silvana Marcussi
Marcus Vinicius Cardoso Trento
Pedro Henrique Sousa César
Anderson Assaid Simão
Larissa Fonseca Andrade Vieira
Tatiane Siva de Abreu
Mariana Aparecida Braga
b) Eletroforese
A solução tampão de eletroforese será preparada na véspera do
experimento e conservada a 4°C, a cuba de eletroforese será mantida
em sala com baixa temperatura ambiente, e as lâminas serão retiradas da
solução de lise sendo mantidas em solução de eletroforese por 20 minu-
tos a 4ºC e em seguida transferidas para a cuba de corrida eletroforética.
A fonte de eletroforese será programada com voltagem fixa de 25 V e
miliamperagem de 300 mA para cuba com capacidade para 33 lâminas,
e o tempo de corrida deve ser fixado em 20 minutos.
Após a corrida, as lâminas serão retiradas da cuba e colocadas
novamente em um suporte horizontal permanecendo em solução de
neutralização por 25 minutos. As lâminas permanecerão em estantes
apropriadas até que estejam totalmente secas. O DNA será em seguida
precipitado em etanol a 100% por 3 minutos, e seco em temperatura
ambiente. O armazenamento deve ser feito em caixas para lâminas his-
tológicas, em local seco, sem luminosidade e a temperatura ambiente.
c) Coloração e análise
A coloração será feita com brometo de etídio, ou outro corante
apropriado para DNA, na concentração de 20 µg mL-1. Para isso, serão
colocados 100 µL da solução de uso sobre cada lâmina, protegidas da
luz, cobertas com uma lamínula e imediatamente analisadas em micros-
cópio de fluorescência com aumento de 200 a 400x. A coloração pode
b) Preparo da Lâmina
d) Avaliação
A lâmina será avaliada em microscópio óptico com observação se-
guindo um padrão em ziguezague, evitando a sobreposição dos campos
observados. Todas as células em interfase, nas diferentes fases mitóticas
e alterações no ciclo celular serão contadas. Para cada tratamento serão
avaliadas de 5 a 10 lâminas com contagem entre 500 a 1000 células por
lâmina.
a) Coleta do material
A coleta do material será realizada conforme descrito no item
5.1.5a.
c) Gel de Agarose
d) Corrida eletroforética
Primeiro Procedimento:
1. Coleta-se 20 mL de sangue em tubos com anticoagulante
EDTA 15%. Recomenda-se utilizar 2 tubos falcon contendo
10 mL de sangue em cada um. Adiciona-se 20 mL de solução
de hemólise A (Tris-HCl 10 mM pH 7,6, MgCl2 5 mM, NaCl
10 mM) em cada tubo contendo 10 mL de sangue, deixando
em repouso durante 3 horas à temperatura ambiente.
2. Após o repouso, procede-se por uma centrifugação à 900xg du-
rante 20 minutos à 4° C, dispensando o sobrenadante e suspen-
dendo o pellet resultante em 5 mL de tampão de hemólise A.
3. Realiza-se uma nova centrifugação à 800xg por 10 minutos à
4° C, esse procedimento deve ser repetido até obter-se somen-
te uma massa branca de células no fundo do tubo.
4. O precipitado de células brancas é então suspendido em 500 µL
do tampão de hemólise A e centrifugado a 16000xg à 4° C por
1 minuto. O pellet obtido é então ressuspendido em 500 µL da
solução de hemólise B (Tris-HCl 10 mM pH 8,0, EDTA 10 mM,
NaCl 100 mM, SDS 0,5%) misturando a solução no vortex.
5. Feito a agitação em vortex, adicionar 50 µL de uma solução
de tripsina (20 mg mL-1), agitar levemente e incubar à 55°C
overnight.
Segundo Procedimento:
1. Coleta de sangue total em um tubo Vacutainer contendo 100
µL de EDTA 15%.
2. Transferir 5 mL de sangue para um tubo de centrifugação de
15 mL (Falcon) e adicionar-se 5 mL de tampão de baixa sali-
nidade contendo Tris-HCl 10 mM pH 7,6, KCl 10 mM, MgC12
10 mM e EDTA 2 mM (TKM l).
3. Adicionar 125 µL de Nonidet P-40 (NP-40, Sigma) ou IGE-
PAL (Solução 10%) para lisar a membrana plasmática e cario-
teca. Misturar bem invertendo diversas vezes.
4. Centrifugar a 800xg durante 17 minutos à temperatura am-
biente (TA)
5. Verter lentamente fora o sobrenadante e guardar o sedimento
nuclear (pelete pequena no fundo do tubo) e lava-se o sedi-
mento em 5 mL de tampão e centrifuga-se TKM1 por 17 mi-
nutos à 800xg.
6. Suavemente ressuspender o sedimento (pelete) em 0,8 mL de
tampão de elevado teor de sal contendo 10 mM de Tris-HC1
pH 7,6, KCl 10 mM, MgCl2 10 mM, NaCl 0,4 M e EDTA 2
mM (TKM 2).
7. Adicionar 50 µL de SDS a 10% e, em seguida, misturar cuida-
dosamente toda a suspensão por pipetagem e para trás diversas
vezes e incuba-se durante 10 minutos a 55 ° C. Cuidado com
* O Ficoll pode ser substituído por Glicerol, sua utilidade é apenas aden-
sar a solução.
Programa da Corrida
A corrida será conduzida a 130 v e 300 mA por 3:30 horas. O tam-
pão de corrida utilizado é TEB Diluído 5X (Tris 121,1 g, EDTA 3,72 g
e ácido bórico 51,3 g, água qsp 1000 mL).
M e t o d o l o g ias em
To x i n o l o gia:
A t i v i d a d e s in vivo
Silvana Marcussi
Marcus Vinicius Cardoso Trento
Pedro Henrique Sousa César
Anderson Assaid Simão
Tatiane Siva de Abreu
Mariana Aparecida Braga
Tássia Flávia Dias Castro
9 788555 222801