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SOCIEDADES PRÉ-COLONIAIS REGIONAIS

REPENSANDO OS RÓTULOS E A HISTÓRIA DOS JÊ NO SUL

DO BRASIL A PARTIR DE UMA

INTERPRETAÇÃO INTERDISCIPLINAR
FRANCISCO NOELLI
Objetivo do autor: propor interpretação alternativa à do PRONAPA sobre os Kaingang e os
Xokleng e seu pertencimento ao conjunto multicultural dos povos Jê
o Correlacionar o passado arqueológico com o presente etnográfico
o Reanalisar e reinterpretar as coleções arqueológicas e realizar pesquisas etnográficas
Conjunto distinto de povos que habitaram o Sul do Brasil
o Caçadores-coletores não ceramistas (Tradição Humaitá e Umbu)
o Caçadores-coletores ceramistas (Tradição Vieira)
o Agricultores e ceramistas de línguas da família Jê (Tradição Taquara)
o Agricultores e ceramistas da família linguística Tupi-Guarani
Betty Meggers e Clifford Evans Tradições arqueológicas
Difusionismo, histórico-culturalismo e determinismo
PRONAPA

Funari e Roosevelt Críticos de Betty Meggers e Clifford Evans


PRONAPA, seus seguidores e a criação das tradições arqueológicas no Sul do Brasil

o Eurico Miller o Silvia Maranca

o Oldemar Blasi o Alroino Eble

o José Brochado o Pedro Mentz Ribeiro

o Wilson Piazza o Fernando La Salvia

o Igor Chmyz o Guilherme Naue

o José Rauth o Ítala Becker

Responsáveis por localizar sítios arqueológicos ainda não pesquisados até 1960

Crítica de Noelli: carência de informações sobre os Jê deve-se a eles


PRONAPA: Itararé, Casa de Pedra e Taquara

Schimitz: não há registro comum aos Guarani, Jê e Charrua na cerâmica


Defendia criação de 1 tradição

Brochado: crítica a criação de três tradições

Ribeiro, Menghín, Miller, Becker e Schimitz: não há diferença entre as tradições líticas

Prous: o complexo deveria se chamar Eldoradense

Brochado: os Jê se originaram do Macro-Jê da tradição Pedra do Caboclo Cerâmica globular de


forma simples de Taperinha (8000 anos AP)
Os Jê no Sul

Hipótese de origem dos Kaingang no Brasil Central e com a língua Kaingang pertencente ao conjunto das
línguas do grupo Akwén e a língua Apinayé.

Os Xokleng estão relacionados aos grupos da família Jê de fora do Brasil, como os Kayapó,Timbira, Kreen-
akarôre e Suyá
Urban: primeira separação e diferenciação das línguas ocorreu quando os Kaingang e os Xokleng se
mudaram para o Sul

Brochado e Lathrap: emigração da Amazônia foi pelo aumento populacional

Miller: tradições do Planalto Riograndense até a Bacia do Tietê devem ser consideradas 1 tradição

Diferenças entre os Kaingang e Xokleng: falam línguas diferentes e são biológica e culturalmente
distintas

Documentos do século 19 e 20 com relatos do cotidiano dos Jê se perderam por causa do PRONAPA
Fabíola Silva: produção tecnológica dos Kaingang e Xokleng "são bastante semelhantes,
principalmente no que se refere ao processo de manufatura e, mais especificamente, à construção do
vasilhame"
1) Processo de seleção
2) Extração e tratamento da matéria-prima
3) Técnicas de construção
4) Secagem
5) Queima
6) Acabamento de superfície

Esse estudo pôs fim à proposta do PRONAPA de ter havido 3 tradições e que analisar cerâmica
não é um bom indicador de diferença entre esses povos
Opinião do autor

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