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Módulo: Auditoria Trabalhista –

Prátia

1
o Advogado, militante da área trabalhista, previdenciária e empresarial;
o Sócio e proprietário do escritório Gomes & Milhomem Advogados;
o Pós-graduado em Direito Público;
o Pós-graduado em Direito e Processso do Trabalho;
o Mestrando em Direito do Trabalho e Relações Sociais;
o Professor universitário, cursos de especialização (Pós-graduação e MBA),
preparatórios de exame de ordem, concursos e palestras diversas;

(62) 98228-4746
@fabriciomilhomens 2
Etapas de construção da
Auditoria interna

Planejamento Execução Relatório Follow-up

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Etapas de construção da
Auditoria interna
- Planejamento:

A. Definição da situação problema;


B. Definição da equipe que realizará o trabalho;
C. Tempo dispendido para cada etapa da execução;

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Etapas de construção da
Auditoria interna
- Planejamento:
A. Definição da situação problema:
I. Delimitação do problema ou do procedimento que será auditado. Ex.:
Jornada de trabalho. Folha de pagamento. Precificação de itens de
compra;
II. Amplitude do problema ou procedimento. Ex.: Matriz e filiais ou apenas
uma destas. Todos os funcionários da empresa, ou apenas uma classe,
como os motoristas;

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Etapas de construção da
Auditoria interna
- Planejamento:
B. Definição da equipe que realizará o trabalho:
I. Será apenas um funcionário ou uma equipe. Ex.: Não inclusão de
colaboradores que não tenham absoluta imparcialidade para executar o
trabalho;
II. Contratação de colaboradores para a equipe. Ex.: Pode ser importante
a utilização de estagiários;
III. Remuneração de quem realizará o trabalho. Ex.: Não pode ser elevada
ao ponto de provocar comodismo, tampouco baixa a ponto de
provocar interesse em transgressões;
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Etapas de construção da
Auditoria interna
- Planejamento:
C. Tempo dispendido para cada etapa da execução:
I. Definição de determinado período de tempo para cada etapa. Ex.:
Análise de documentos realizada em 30 (trinta) dias. Eventual viagem à
filial nos 15 (quinze) dias seguintes;
II. Cumprimento efetivo do lapso de tempo destinado para etapa e para o
trabalho integral. Ex.: 180 (cento e oitenta) dias para o cumprimento de
todas as etapas e conclusão do trabalho;

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Etapas de construção da
Auditoria interna
- Execução:

A. Efetivo cumprimento do prazo estabelecido para o trabalho;


B. Feedback à Presidência/Conselho de administração das etapas que são
concluídas e de eventuais obstáculos para execução do trabalho;
C. Comunicação de eventual necessidade de ação emergencial;
D. Análise de domínio técnico sobre todas as demandas do trabalho;

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Etapas de construção da
Auditoria interna
- Execução:
A. Efetivo cumprimento do prazo estabelecido para o trabalho:
I. Observar se o prazo estabelecido é viável. Ex.: Definição de prazo
para entrega do trabalho por pressão de algo ou alguém;
II. Evitar, em qualquer hipótese, solicitação de prorrogação do prazo. Ex.:
Prorrogar o prazo para a execução apenas em casos justificados;

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Etapas de construção da
Auditoria interna
- Execução:
B. Feedback à Presidência/Conselho de administração das
etapas que são concluídas e de eventuais obstáculos para
execução do trabalho:
I. Informar as etapas que são concluídas. Ex.: Estabelecer espécie de
linha do tempo e percentual de conclusão do trabalho;
II. Estabelecer canal de comunicação para hipótese de algum
colaborador ou departamento não contribuir com a auditoria. Ex.:
Departamento/colaborador que retarda fornecimento de
documentos;
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Etapas de construção da
Auditoria interna
- Execução:
C. Comunicação de eventual necessidade de ação emergencial:
I. Observar se é necessária alguma ação urgente/emergencial. Ex.:
Realização de algum exame médico ou laudo de insalubridade;
II. Estabelecer canal de comunicação para esta hipótese. Ex.: Alinhar,
previamente, com o interlocutor da Auditoria, situações como esta;

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Etapas de construção da
Auditoria interna
- Execução:
D. Análise de domínio técnico sobre todas as demandas do
trabalho:
I. Avaliar se falta algum conhecimento técnico para execução do
trabalho. Ex.: Necessidade de conhecimento jurídico/legal sobre a
operação;
II. Alinhar possibilidade de o Auditor necessitar de auxílio técnico
externo. Ex.: Parecer da assessoria jurídica. Auxílio da assessoria
contábil;

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Etapas de construção da
Auditoria interna
- Relatório:

A. Proceder com a digitação do relatório de constatações ou melhorias;


B. Estruturar a apresentação a ser realizada para auditoria (fazer um
sumário executivo), para evitar ser exaustivo com os diretores
(impaciência);

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Etapas de construção da
Auditoria interna
- Relatório:

A. Proceder com a digitação do relatório de constatações ou


melhorias:
I. Elaborar o relatório com conclusões de todo o trabalho;

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Etapas de construção da
Auditoria interna
- Relatório:

B. Estruturar a Apresentação a ser realizada pela auditoria para


evitar ser exaustivo com os diretores (impaciência):
I. Elaborar sumário para apresentação do trabalho;
II. Produzir material em ppt e pdf;

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RELATÓRIO DE AUDITORIA INTERNA

Situação-
problema

Metodologia e
prazo

Diagnóstico

Recomendação

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Etapas de construção da
Auditoria interna
- Follow-up:

A. Prazo para retomar o trabalho;


B. Apontamentos sobre determinados colaboradores e/ou departamento;
C. Ressalvas acerca de gestão de riscos;

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Etapas de construção da
Auditoria interna
- Follow-up:
A. Prazo para retomar o trabalho:
I. Estabelecer prazo para atendimento de recomendações. Ex.: Definir o
prazo de 30 (trinta) dias para que se exiga que a empresa tenha o
controle de todas as fichas de EPI dos colaboradores;

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Etapas de construção da
Auditoria interna
- Follow-up:
B. Apontamentos sobre determinados colaboradores e/ou
departamento:
I. Fornecer feedback à Direção/Conselho de administração sobre o
atendimento das recomendações que foram apresentadas. Ex.: Informar se
os colaboradores e/ou departamento aderiram às mudanças propostas;

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Etapas de construção da
Auditoria interna
- Follow-up:
C. Ressalvas acerca de gestão de riscos:
I. Apresentar relatório caso não tenha sido implementada alguma mudança
que possa refletir em passivo judicial. Ex.: Em caso de não mudança da
estrutura de contratação de autônomos que represente possibilidade de
reconhecimento de vínculo de emprego;

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Etapas de construção da
Auditoria independente

Ferramentas Planejamento Execução Relatório

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Etapas de construção da
Auditoria independente
- Ferramentas:

A. Meios de prospecção de clientes;


B. Portfólio de serviços ofertados;
C. Apresentação;
D. Estrutura física e comercial;
E. Qualificação técnica;

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Etapas de construção da
Auditoria independente
- Ferramentas:
A. Meios de prospecção de clientes;
I. Traçar projeto de prospecção por segmento. Ex.: Realizar contato e visitação
em empresas do ramo de transporte rodoviário;
II. Sempre apresentar cases de sucesso. Ex.: Ao realizar visita em uma empresa
do ramo de transporte rodoviário, apresentar algum case relacionado àquele
segmento;
III. Parcerias com outros profissionais e escritórios. Ex.: Firmar parceria com
escritórios que não realizam auditoria;

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Etapas de construção da
Auditoria independente
- Ferramentas:
B. Portfólio de serviços ofertados;
I. Produzir material de divulgação do seu trabalho. Ex.: Confecção, por
profissional específico, de material voltado para cada segmento. Possuir mais
de um tipo de portfólio;
II. Criar portfólio que represente, de fato, o auditor e o trabalho que será
executado. Ex.: Não incluir história ou característica que não conseguirá ser
entregue;

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Etapas de construção da
Auditoria independente
- Ferramentas:
C. Apresentação;
I. Saber dosar a formalidade de cada cliente. Ex.: Não ir excessivamente formal,
mas mantendo aquilo que a ocasião exige;
II. Boa vestimenta, a ‘primeira impressão é a que fica’. Ex.: Apresentar-se com
roupas bonitas, e atualizadas. Utilizar de veículo o mais impactante possível
(se ainda não for possível, deslocamento via aplicativo);
III. Utilizar de linguagem socialmente elogiada. Ex.: Não conversar utilizando
gírias;

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Etapas de construção da
Auditoria independente
- Ferramentas:
D. Estrutura física e comercial;
I. Possuir sede do escritório confortável e agradável. Ex.: Ainda que pequeno,
contratar arquiteta para auxiliar na montagem e ‘decoração’;
II. Iniciar o escritório com investimento razoável. Ex.: Iniciar o trabalho em sede
que tenha recebido investimento que viabilize o item anterior;
III. Evitar fazer contato direto com o cliente. Ex.: Sempre que possível, destacar
uma pessoa para que faça o trabalho de contato comercial;

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Etapas de construção da
Auditoria independente
- Ferramentas:
E. Qualificação técnica;
I. Ao menos os sócios, possuírem qualificação impactante. Ex.: Realizar cursos
de especialização e aperfeçoamento;
II. Trabalhar com o tema que realmente possui domínio e experiência. Ex.:
Conseguir sair de confrontações que podem ser realizadas por clientes;

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Etapas de construção da
Auditoria independente
- Planejamento:

A. Elaboração de proposta comercial;


B. Exposição de cases de sucesso e referências;
C. Apresentação do serviço, estrutura e equipe;
D. Definição de prazo para execução;
E. Distribuição de atribuições;

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Etapas de construção da
Auditoria independente
- Planejamento:
A. Elaboração de proposta comercial:
I. Confeccionar modelo de proposta com profissional específico. Ex.: A
proposta comercial deve prender a atenção do cliente e estabelecer
comunicação assertiva;
II. Possuir mais de um modelo de proposta. Ex.: Trabalhar com modelo de
proposta mais robusto e outro mais simplório;
III. Incluir informações sobre o auditor e aspecto comercial do negócio. Ex.:
Fazer constar, na proposta comercial, informações técnicas e de estrutura
física e de pessoal;
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PROPOSTA COMERCIAL DE AUDITORIA
INDEPENDENTE

Proposta e
Objetivos e
escopo de Cronograma
metas
trabalho

Diferenciais do Apresentação
serviço dos sócios / Honorários
proposto expertise/ cases

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Etapas de construção da
Auditoria independente
- Planejamento:
B. Exposição de cases de sucesso e referências:
I. Apresentar cases de sucesso que facilitem na persuasão. Ex.: Apresentar para
um cliente do ramo de transporte, outro trabalho já executado no mesmo
seguimento;
II. Divulgar nas redes sociais trabalhos que foram executados com sucesso. Ex.:
Incluir na proposta comercial dados referente às redes sociais para que
clientes façam visitas que acompanhem seu trabalho;

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Etapas de construção da
Auditoria independente
- Planejamento:
C. Apresentação do serviço, estrutura e equipe:
I. Incluir na proposta comercial ou na primeira reunião apresentação da
equipe. Ex.: Mencionar e apresentar a equipe e quem irá acompanhar aquele
trabalho, em específico;
II. Fazer com que o cliente conheça sua estrutura física. Ex.: Levar o cliente, em
algum momento, até seu escritório ou divulgar fotos de alta qualidade nos
perfis de rede social;

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Etapas de construção da
Auditoria independente
- Planejamento:
D. Definição de prazo para execução:
I. Definir e cumprir prazo para entrega do trabalho. Ex.: Estabelecer prazo
razoável, normalmente definido em meses, para entrega do relatório de
auditoria;
II. Alinhar prazo com a equipe que irá executar o trabalho. Ex.: Evitar correr o
risco de não cumprir o prazo estabelecido;

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Etapas de construção da
Auditoria independente
- Planejamento:
E. Distribuição de atribuições:
I. Definir a atribuição de cada membro da equipe no trabalho. Ex.: Selecionar
aquele que ficará responsável pela coleta de informações e documentos e
aquele que ficará responsável pelo desempenho em reuniões;
II. Avaliar carga de trabalho para cada membro da equipe. Ex.: Evitar não
entrega do trabalho no prazo estabelecido;

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Etapas de construção da
Auditoria independente
- Execução:

A. Monitoramento de cumprimento dos prazos;


B. Definição de cronograma de reuniões;
C. Estabelecimento do canal de comunicação com a empresa;

37
Etapas de construção da
Auditoria independente
- Execução:

A. Monitoramento de cumprimento dos prazos:


I. Fiscalizar periodicamente o cumprimento do prazo para entrega do trabalho.
Ex.: Estabelecer rotinas de fiscalização;
II. Exigir feedback com frequência pré-estabelecida. Ex.: Produção e envio de
relatório semanal com feedback, sobre o andamento do trabalho;

38
39
Etapas de construção da
Auditoria independente
- Execução:

B. Definição de cronograma de reuniões:


I . Estabelecer cronograma para cada etapa de trabalho. Ex.: Delimitar o tempo
dispendido para cada etapa da auditoria;

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Etapas de construção da
Auditoria independente
- Execução:

C. Estabelecimento do canal de comunicação com a empresa:


I. Definir o canal de comunicação, de acordo com o perfil do empresário. Ex.:
Averiguar a preferência de comunicação (Whatsapp, e-mail, ligação, etc);
II. Delimitar horário de comunicação, de acordo com o perfil do empresário.
Ex.: Enviar mensagens ou realizar ligações que causem desconforto;

41
Etapas de construção da
Auditoria independente
- Relatório:

A. Proceder com a digitação do relatório de constatações ou melhorias;


B. Submeter ao procedimento de revisão do superior ou ortografia;
C. Estruturar a apresentação a ser realizada para auditoria (fazer um
sumário executivo), para evitar ser exaustivo com os diretores
(impaciência);

42
Etapas de construção da
Auditoria independente
- Relatório:

A. Proceder com a digitação do relatório de constatações ou


melhorias:
I. Elaborar o relatório com conclusões de todo o trabalho;

43
Etapas de construção da
Auditoria independente
- Relatório:

B. Submeter ao procedimento de revisão do superior ou


ortografia:
I. Revisar o relatório para que não se tenha erros técnicos e/ou de
ortografia. Ex.: Estabelecer sempre um POP (Procedimento Padrão de
Operação) para que todo trabalho de auditoria passe por revisão de
outra pessoa;

44
Etapas de construção da
Auditoria independente
- Relatório:

C. Estruturar a Apresentação a ser realizada pela auditoria para


evitar ser exaustivo com os diretores devido (impaciência):
I. Elaborar sumário para apresentação do trabalho;
II. Produzir material em ppt e pdf;

45
RELATÓRIO DE AUDITORIA INDEPENDENTE

Situação-
problema

Metodologia e
prazo

Diagnóstico

Recomendação

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Espécies usuais e cotidianas
de auditoria
Check-list em Auditoria da pejotização:

A. O prestador de serviço já trabalhava na empresa?


B. Caso positivo, qual era a função e atribuição exercida?
C. Qual era a rotina de trabalho exercida?
D. Era e/ou é utilizado uniforme?
E. Utiliza ou utilizou e-mail corportativo?
F. O prestador de serviço possui empresa constituída?

47
Espécies usuais e cotidianas
de auditoria
Check-list em Auditoria da pejotização:

G. A empresa possui sócios? Qual o nome empresarial desta?


H. Existe a emissão de Nota Fiscal?
I. O pagamento pelo serviço prestado é feito na conta bancária da empresa?
J. O prestador de serviço possui cartão de visita que o vincula à empresa?
K. O prestador de serviço possui sala na sede da empresa?
L. O pagamento é feito até o 5º dia útil de cada mês?

48
Espécies usuais e cotidianas
de auditoria
Check-list em Auditoria da pejotização:

“[...] Portanto, independentemente dos motivos que levaram à adoção da chamada


“pejotização”, o fato é que o principal elemento caracterizador da relação
jurídica de emprego não estava presente: a subordinação jurídica. O autor
não estava subordinado a nenhum representante da empresa[....]” (Ag-AIRR-969-
78.2015.5.02.0011, Publicado: 13/09/2019, Rel.: GUILHERME AUGUSTO
CAPUTO BASTOS).

49
Espécies usuais e cotidianas
de auditoria
Check-list em Auditoria da pejotização:

“[...] Isto porque, ao se analisar os autos, coaduno do entendimento adotado pelo d.


Juízo de origem, no sentido de que restaram configurados os elementos
necessários ao reconhecimento do vínculo de emprego, sendo certo que as
atividades realizadas pela parte autora caracterizam labor em atividade-fim da
reclamada.[....] sempre prestou serviços para a reclamada através de pessoa
jurídica, com exclusividade, por tempo indeterminado. [...] Referidos
depoimentos revelam a existência de pessoalidade, não eventualidade,
onerosidade e subordinação jurídica na relação jurídica havida entre as partes
[...]” (Ag-AIRR-10888-73.2015.5.03.0008, Publicado: 06/09/2019, Rel.:
BRENO MEDEIROS). 50
Espécies usuais e cotidianas
de auditoria
Check-list em Auditoria de depósitos recursais – provisões:

A. Existe depósito recursal realizado pela empresa?


B. O depósito recursal foi realizado com desconto de 50%? (Entidades sem
fins lucrativos, empregadores domésticos, MEI, ME e EPP)
C. Qual o risco de sucumbência da reclamação trabalhista (provável =
possivelmente / possível = possibilidade pequena / remoto = praticamente
nenhuma chance)?
D. Qual a evolução da quantidade de depósito recursal dos últimos anos?

51
Espécies usuais e cotidianas
de auditoria
Check-list em Auditoria de controle de jornada de trabalho:

A. Qual a quantidade de empregados?


B. Qual o ramo/segmento empresarial?
C. Existe alguma legislação específica para o segmento?
D. Existe controle de jornada de trabalho na empresa?
E. Existe algum empregado que se enquadre no Art. 62, CLT?

52
Espécies usuais e cotidianas
de auditoria
Check-list em Auditoria de controle de jornada de trabalho:

F. Aplicabilidade da Lei do Motorista profissional;


G. É cumprido o intervalo intrajornada? E o interjornada?
H. É possível realizar negociação coletiva para redução do intervalo
intrajornada?
I. É concedido o intervalo após 04 horas de efetiva condução do veículo?
J. Existem condições razoáveis para descanso, quando fora de sua cidade de
moradia?

53
Espécies usuais e cotidianas
de auditoria
Check-list em Auditoria de controle de jornada de trabalho:

L. Existe disposição de jornada em norma coletiva?


M. Existe banco de horas?
N. Caso positivo, respeita as previsões legais?

54
Espécies usuais e cotidianas
de auditoria
Check-list em Auditoria de controle de jornada de trabalho:
“[...] É o exato caso em que a fiscalização da jornada era impossível. O
reclamante revela que atuava em uma "plataforma satélite" do reclamado, a mais
de uma centena de quilômetros de distância da sede à qual estava vinculado.
Não é plausível que a essa distância e nesse tipo de atividade, atuando
como gerente empresarial, reunindo-se com clientes para apresentar produtos
direcionados a um público com alto volume negocial, em toda a região Norte
do Estado, o autor permanecesse com a possibilidade de contatos por parte de
superiores hierárquicos com tal frequência que os permitissem fiscalizar os
horários realizados.[...]” (ARR-20477-78.2014.5.04.0402, Publicado:
13/09/2019, Rel.: CILENE FERREIRA AMARO SANTOS).
55
Espécies usuais e cotidianas
de auditoria
Check-list em Auditoria de controle de jornada de trabalho:
“[...] Ademais, é evidente que se o reclamante realizava o transporte de cargas, a
empregadora sabia qual era o destino e qual a velocidade média que
trafegava o caminhão, portanto, perfeitamente possível o controle da
jornada.[...] Entendo que a reclamada não realizou o controle da jornada do
reclamante por pura falta de interesse em fazê-lo, beneficiando-se, assim,
com o não pagamento de horas extras.[...] Assim, considerando o teor de
tais depoimentos, mantenho a jornada de trabalho arbitrada na origem,
por estar adequada ao contexto fático probatório dos autos.[...]” (RR-20094-
19.2014.5.04.0332, Publicado: 13/09/2019, Rel.: AUGUSTO CÉSAR
LEITE DE CARVALHO).
56
Espécies usuais e cotidianas
de auditoria
Check-list em Auditoria de Benefícios – Vale Transporte, vale Refeição e
Assistência médica:

A. Existe o documento de opção pelo recebimento do Vale Transporte?


B. Existe previsão em norma coletiva para pagamento de Vale Refeição ou
Auxílio Alimentação?
C. Existe previsão em norma coletiva para pagamento de plano de saúde ou
seguro de vida em favor dos colaboradores?
D. Não havendo previsão para plano de saúde e seguro de vida, e uma vez pago
pela empresa, implica em direito adquirido?

57
Espécies usuais e cotidianas
de auditoria
Check-list em Auditoria de Benefícios – Vale Transporte, vale Refeição e
Assistência médica:

“VALE-TRANSPORTE. ÔNUS DA PROVA. I. A decisão do Tribunal Regional está


em conformidade com a jurisprudência atual, iterativa e notória desta Corte
Superior no sentido de que incumbe ao empregador a comprovação de que
o empregado não preenche os requisitos à obtenção do vale-transporte. [...]”
(RR82700-21.2011.5.17.0011, Publicado em: 28/04/2017)

58
Espécies usuais e cotidianas
de auditoria
Check-list em Auditoria de Representantes comerciais autônomos
(RCA):

A. O RCA possui CORE (pessoa física ou jurídica)?


B. Foi firmado contrato escrito junto ao RCA? O contrato foi firmado no início
da prestação de serviços?
C. Contrato fora assinado junto à pessoa física ou jurídica?
D. Existe emissão de Nota Fiscal para cada contraprestação?
E. O pagamento é feito na conta da pessoa jurídica?

59
Espécies usuais e cotidianas
de auditoria
Check-list em Auditoria de Representantes comerciais autônomos
(RCA):

F. O RCA vende ou representa outras empresas?


G. De qual maneira é feita a comunicação com o RCA?
H. Existem metas a serem cumpridas?
I. Existem grupos de Whatsapp?
J. Existem circulares de cobrança para o RCA?

60
Espécies usuais e cotidianas
de auditoria
Check-list em Auditoria de Representantes comerciais autônomos
(RCA):

L. Existe a função de Supervisor Comercial?


M. O Supervisor possui vínculo de emprego?
N. O RCA possui e-mail corporativo?
O. O RCA está adimplente com seu conselho (CORE)?
P. O RCA já teve CTPS anotada pela própria empresa em algum momento?

61
Espécies usuais e cotidianas
de auditoria
Check-list em Auditoria de Representantes comerciais autônomos
(RCA):

“[...] Primeiramente, verifica-se no Termo de Pedido de Dispensa (Id. 822271 -


fl. 214), assinado de próprio punho pela reclamante, esta se qualifica
como vendedora autônoma desde o dia 01.01.2005. [...] Por sua vez, nas
Guias da Previdência Social (Id. 823597 - fls. 924/927), observa-se a existência
de recolhimentos previdenciários sob o código 1007, concernente aos
contribuintes individuais, categoria na qual se inserem os trabalhadores
autônomos.[...]” (AIRR-16349-18.2014.5.16.0002, Publicado: 13/09/2019,
Relator: Maurício Godinho Delgado)
62
Espécies usuais e cotidianas
de auditoria
Check-list em Auditoria de Representantes comerciais autônomos
(RCA):

“[...] Confirmou o entendimento do Juízo de Primeiro Grau que, embasado


em judiciosa análise da prova documental e da prova oral, concluiu de forma
favorável à autora, no sentido de que, embora ela pudesse em certas
ocasiões indicar outra pessoa para comparecer em seu lugar, eram
as reclamadas quem realizavam a contratação. Denota-se, portanto,
que, embora a autora pudesse ser substituída, isto ocorria com autorização
da própria reclamada, quem efetuava a contratação, não se prestando esse
detalhe a afastar o requisito da pessoalidade.[...]” (ED-RR-527-
10.2013.5.04.0664, Publicado: 06/09/2019, Relatora: Delaíde Miranda Arantes) 63
Espécies usuais e cotidianas
de auditoria
Check-list em Auditoria de Transportador Autônomos de Cargas
(TAC):

A. O TAC possui contrato assinado?


B. Existe emissão de Nota Fiscal ou RPA?
C. O TAC trabalha em veículo próprio? Veículo está em nome do
transportador?
D. As despesas relativas ao veículo e ao transporte, de maneira geral, são
realizadas pelo TAC?

64
Espécies usuais e cotidianas
de auditoria
Check-list em Auditoria de Transportador Autônomos de Cargas
(TAC):

E. O TAC pode se fazer substituir por outro motorista, no dia-a-dia?


F. O TAC realiza transporte de cargas para outras empresas?
G. Existe fiscalização do horário de trabalho do TAC?
H. O veículo é rastreado por parte da empresa?
I. O TAC já CTPS anotada pela própria empresa?

65
Espécies usuais e cotidianas
de auditoria
Check-list em Auditoria de Transportador Autônomos de Cargas
(TAC):
“Sendo ônus da reclamada comprovar que os serviços se desenvolveram na
forma da Lei 11.442/2007, cabia-lhe, inicialmente, comprovar que o
autor possuía a inscrição junto ao órgão responsável pelo registro
nacional de transportes rodoviários [...] De toda sorte, a testemunha
arrolada pelo autor afirmou que eles não tinham liberdade de ir e vir:
tinham que pegar a mercadoria, conferir, colocar nos carros, sair (tendo que
obedecer a rota traçada pela reclamada – sobretudo por ter que prestar
conta depois), voltar para a reclamada a fim de prestar conta, principalmente,
dos quilômetros rodados.” (Processo n.: 0000480-49.2015.5.17.0132,
Rel.: Des. Jailson Pereira da Silva) 66
Espécies usuais e cotidianas
de auditoria
Check-list em Oportunidades de créditos previdenciários e do
adicional da multa do FGTS:

A. Levantamento de valores a título de multa de FGTS pagos nos últimos 5


(cinco) anos;
B. Montar planilha com valores pagos e aplicar juros de mora e correção
monetária;
C. Interpor Ação Judicial buscando o ressarcimento do ‘compulsório’, pago,
conforme levantamento;

67
Espécies usuais e cotidianas
de auditoria
Check-list em Oportunidades de créditos previdenciários e do
adicional da multa do FGTS:
“EMBARGOS DECLARATÓRIOS. TRIBUTÁRIO, CONSTITUCIONAL E
PROCESSUAL CIVIL. INEXIGIBILIDADE DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DO
ART. 1º DA LEI COMPLEMENTAR 110/2011. FGTS.
INCONSTITUCIONALIDADE SUPERVENIENTE. ART. 149,
PARÁGRAFO 2º, III, a, CF/88. PRECEDENTES. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO PROVIDOS, COM EFEITOS INFRINGENTES. (TRF-5 -
EDAC : EDAC 08024698620164058200, Publicado: 15/02/2019, Rel.
Des. Federal Bruno Leonardo Câmara Carrá)

68
Espécies usuais e cotidianas
de auditoria
Check-list em Auditoria da Terceirização e controle de mão-de-
obra:

A. Foi realizado algum procedimento ou processo para contratação da


empresa terceirizada?
B. A empresa prestadora de serviço possui cases anteriores?
C. Quais são as referências obtidas?
D. Realizar busca de processos trabalhistas que já tenham tramitado em
nome da empresa terceirizada;

69
Espécies usuais e cotidianas
de auditoria
Check-list em Auditoria da Terceirização e controle de mão-de-
obra:

E. Os sócios da empresa prestadora de serviços estão à frente do negócio?


F. A terceirizada possui sede fixa?
G. Quanto tempo de existência possui a empresa terceirizada?
H. Exigir, no ato de contratação da empresa terceira, os seguintes
documentos, dentre outros: Contrato social; documento pessoal dos
sócios; comprovante de endereço da empresa e dos sócios; certidão
negativa de débito com o poder público municipal, estadual e federal;

70
Espécies usuais e cotidianas
de auditoria
Check-list em Auditoria da Terceirização e controle de mão-de-
obra:

I. Exigir, no ato de contratação da empresa terceira, os seguintes


documentos, dentre outros: Certidão negativa de débito trabalhista;
certidão de processo trabalhistas em tramitação e já arquivados; certidão
de regularidade junto ao FGTS;
J. Exigir, no ato do pagamento da NF, os seguintes documentos, dentre
outros: Todas as certidões exigidas na contratação; contracheque de
todos os funcionários; GPS do mês;

71
Espécies usuais e cotidianas
de auditoria
Check-list em Auditoria da Terceirização e controle de mão-de-
obra:
“Quanto à responsabilidade subsidiária do ente público, há que se
destacar que, mesmo diante da constitucionalidade do art. 71 da Lei
8.666/1993 (ADC 16) permanece o poder público com o encargo de
fiscalizar o fiel cumprimento do contrato firmado com o prestador dos
serviços. [...] Oportuno ressaltar que a v. decisão, ao reconhecer a
responsabilidade da 2ª reclamada, não se baseou no mero inadimplemento das
obrigações trabalhistas assumidas pela empresa contratada, mas na sua
conduta culposa em deixar de fiscalizar, adequadamente, o
cumprimento das obrigações trabalhistas por parte da 1ª reclamada.”
(AIRR-10813-37.2016.5.15.0017, Publicado: 13/09/2019, Rel.: Augusto César
72
Leite de Carvalho).
Espécies usuais e cotidianas
de auditoria
Check-list em Auditoria da Terceirização e controle de mão-de-
obra:
“O Supremo Tribunal Federal, no julgamento da Arguição de Descumprimento
de Preceito Fundamental n° 324, (Rel. Min. Roberto Barroso), decidiu que: "1.
É lícita a terceirização de toda e qualquer atividade, meio ou fim,
não se configurando relação de emprego entre a contratante e o
empregado da contratada”.[...] Reafirmando tal entendimento, no
julgamento de 11/10/2018, no ARE 791932 (Rel. Min. Alexandre de Morais), o
e. STF também permitiu a terceirização de “call center” por
empresas de telefonia.[...].” (RR-248-03.2013.5.03.0001, Publicado:
13/09/2019, Rel.: Cilene Ferreira Amaro Santos).
73
Espécies usuais e cotidianas
de auditoria
Check-list em Auditoria em PLR:
A. Possui previsão em acordo ou convenção coletiva?
B. Caso negativo, é necessário instituir comissão paritária escolhida pelas partes,
integrada, também, por um representante indicado pelo sindicato da
respectiva categoria;
C. Estabelecer critérios previstos em lei (Lei 10.101/2000);
D. O pagamento não pode ser realizado em mais de duas vezes, no ano civil;
E. O pagamento não pode ser realizado com periodicidade inferior a um
trimestre;

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Espécies usuais e cotidianas
de auditoria
Check-list em Auditoria em PLR:
“COMISSÃO DE EMPREGADOS. GERENTES E PREPOSTOS.
PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS DA EMPRESA. DIMINUIÇÃO PROGRESSIVA
DO VALOR DO PLR POR SUBSITUIÇÃO INTENCIONAL DE ÍNDICES.
CONLUIO ENTRE SINDICATO E EMPRESA PARA PREJUDICAR A
COLETIVIDADE DE TRABALHADORES. ÔNUS DA PROVA. Da comissão de
empregados que decide critérios de rateio do lucro líquido da empresa para
pagamento da participação nos lucros instituída por consenso entre as partes
podem participar todos os empregados, aí incluídos os gerentes. [...]”
(RO-261200-12.2006.5.01.0341, Publicado: 31/07/2012, Rel.: José Geraldo
da Fonseca)
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Prof. Fabrício Milhomens
fabriciomilhomens@hotmail.com
(62) 98228-4746
@fabriciomilhomens
Fabrício Milhomens
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