You are on page 1of 8
Feoeat ot Fed ron EDITORA UP Jeera Poon —_ fie dita qu dope Ce mae felicia Sch 1 te Aerie 2 el a 3, Deen halen GutePemger Sop aba ce sa OF ‘hme Fe Me soutien Sime i serine cmt acter oe Op oir nicer tr aemanb a iversidade de Género e Sexualidade: areumentos para conversas nas escolas Roney Polat de Castro Zaine Simas Matos Introducio Por que conversar sobre diversdade de género ¢ sexualidade? Voct J pensou sobre isso? Que conversas poderarmos ter par, talver, “sirmos dens mesmos’c compreender de outtos modosescas quests? Um antigo ditado diz que “écomveriando que a gene ce entende!, Seri? precio que ‘oss conversa: sempre busquem o consenso? Sempre nas fizemos entender fem nossas conversas? Procuramos ouvir @ outzo ow nos fechamos pare ‘concepebes diferentes das nosss? Mesmo que nio concordemos em sudo, acreditamos que as conversas sio importantes, E em muias dla é preciso ‘uve ter contato com utr ideia, outros valor cvutensconcepeées [Neste texto, pretendemes conceibuir para impulrionare mulsplicar ‘onversas. Porém, a partir do lugar de pesquisadore pesquisidora sobre as elas de gneto, a sonualidades ea educagto,gostarlames de incenivar convesis “informats’, ou seja, com este texto apresntamos argumentos ata que asfos lecoras/es possam converar sobre diverse de género © sexulidade apropriando-se de algumas drcuiee que certs campos de conhecimento vém construindo sobre esas categoria elas limitagées que um texoimpreso apresenta,infeliamente nfo ppodemos conversr direzamence,“olho no olka". Mat not aproximamos iso ponque estamos esrevende este texto a partir da conversa que tvemor om docentes eourras(ot) profisionais da Educaréo durante uma aula do curso Educaplenalpana a diversdade:resignfcandoo outro, em 2011. Pars ‘ete texto estamos trazendo os argumentos que nds apresentamos na ceferida aula para problematiar queséerrelacionsdae ane géneros, ie sexualidades, A diversidade e & educaple. Com iso, como ji disemos, gotriamos de ‘stimular outras possveis conversa: de voeés com woods resmas(s), to 4 conversas que possibilitem entrar em coatato com o que pensam,seatem « como agem diante da diversidade de gncro e sexualidade; conversa na Instiouigdes em que vocts scsim, acreditindo que eas sio extemamente necesita. [Nas excoas, muitas vezes nor deparamos com sinapéer que desaiamnostos valores, cengas concepySer. Or modos como ab relages de género ~ viver as masculinidades ea ferninilidades — ea exulidades— er prazeres e descos~ citculam por esse esparo-tempo, se mostrar nos sujeitos dos quae elas efo pate consttainte. Como nos diz Guacta Louro (1997), as sexualidadesndo so algo do qual gente poss se despi antes de ‘entrar nas escola. Essa mesma autora chama a atencio para as manera que 42s escolas usam para disciplinar, vgs, controlar as(os)extudantese as(os) profisionais, es corpos, sas sexualidades, Na formagio doceate cos temas sho as rlagbes de género e sexalidades, fequentemente ouvimos relatos de siuagBes em que as docents! narram seus xtranhamentas com, telagio aos modos como as(os)estudantes vienciam suas sexualidades € seus géncros. Multa vezes 0 relat vernacompanhado da expresso “ino ¢ rat prc” os" eos prepara pris “illamos ome poor o fein, wn es que ds pecs qu pana eon eat donc deforma coauna a teen de dager de per eseruidade 4 ampl maori so mulher asso 38 Gheo &SOUALOON Aasnsis nna co EA Um pouco mais acima, distmos que nés flaramos das relgbes de pinero ¢ ds seusldades spare de ceroe campos de conhecimento [Achamos que é importante demarcar exe liga, pois nfo we ats somente de um conjunto de sabere académios, mas dos modes como vivemos « olhamor para os fendmenos socials ¢ culturais. Os argumentos que onstruimos 2 panic dos Esudos PécEsrutralistas © dos Estudos Foucaultianos sobre reas de ginero, sexualidades « educacio seem para nos “rar do liga", ow sj, para aos fazer pensar/sentcagir de mods ‘outros, aproximando-nor da trea proposa pelo filéofo-historiador Michel Foucaule (2001): separazmo-nos de nés mesmos, dando “ws pass ai" para extranharmos 0 que nes parece tio “familia”, “comu paturalzado, Com esis “lene”, olhamos o mundo a partir da idea de que ‘os sujeitos, as reaps, os conhecimencs so construpbes soca, cultura, Fistérieas Ise significa pensar que nfo natceroscom uma “essen” ema conscénca” que progedic até atingirmos certo nivel de racionlidade © nos tornarmos compleramente autbnomes ¢ lives. Existem discucios € prtias sococultaras que nos constnuem, que formam noses modos de pensar de sentir ede apie ‘ho apesentarmos alguns argumentos pars pens os atravesamentos centre as relagies de género, at sexualidades, a dversidade ea educaio, nio deseamosindicar"caminhos seguro” para “spagarsinctadis” produaidos so cotdiane escolar tio poco gotarlamosde indicar‘modelos” ou recitas” sobre como trabalhar, nas escols, com as temiéticas aqul discutidas. As lela que apresentamot deveriam ser vomadas como um ponto de pata, sem destino certo, que aux dacentes¢ outrs(os) profisionaisa coastuit suas relagéer pedaggicas nar excels ena vida cotdiana. O que buseamos fazer aqui € war ete texto para fazer pensar, provocando ideias novas ¢ promovendo debates, Dessjamor que as converts sjam muito produtivas! Argumentosinicais para conversas necessirias Gostaiamos deapresenta em primerolugar,oseguine argument ‘io nascemos homens emulhered Mas como pode sr? Nio nascernos com fancteretist masculine ou femininas? Eas idein noe parece basante recorrente © & uma preocupacio que parce se tevelar antes mesmo de ‘nscermos, no momento em que descoberta de uma gavide €anunciad: en Potato 08 Cro! Zane Ses Marros 67 6 meio o£ ment A pri deter comes um pace de consi sua cag qu rovpas ua, qe abjeos canton eee, como dees compora, qual ed seu tine de fel et toe outa preoeupars. 5 Quando dericimer sie proce, cmos quedo, janes ‘montareomo do so nos perce muito pouca meal acseath nn da narureza, da biologia), Quando Simone. ‘de Beauvoir escreveu em seu livro 0 segundo sex", em 1949, que “no se nasce mulher tomas nelker, elaremeteuaalgo que, por oka da dca de 1960, movinenes nie, também procuou debater: ni so popramene sv cunccodcn “Rieet (biggies) que deerminam o que ¢ ser mulher uv que fer honey nem como deve se dara relagSo ent sujetos fminines¢ masclons (LOURO, 1997). so significa qu as caractersicas feminine mascalons ‘etiam atbuidar as ucts, porano, socalment consrldee Pretendemosusarosmesmosargmentospara pent asexialidades: io nascemos fexuados Na contramio de que ensinan alguns Ivo, de Biologia, queremos enfaizar or modor como a seualidade "fr senda? pasos sujet, como sfo contruldordsusosc prices que pion 2 pesoas dento de um ogo que apenas mais como as deve Drtcare vive sua semaidader, que prneresedestjo so autorzdos ow proibidos, qual fo normais ou anormal ‘Assim, da perpeeia com a qual pensams; iver pres, dan rehconamentos, fanaas, vier come tulheres © homens va ald tiologiaeserelacionad constugso dex (FOUCAULT, 1968), comor modes pelorquss ns construimos noses sbjevidades © now experiencia. Ent, nos omariamor vitor (mulheres omens, trannies feserossentis homosseruas egos, pudos, rancor, cents nda, joven, dons, rans, adulton et), pelos dscursos eprint que #0 cults socal histo ‘Ag dics pas gram de rate « ‘condunam com as normasevloreshegemnicosfnesimentoscontn Sina en iin “arson” "nna tam como Demos de vba, Quando ma nage eso fans ‘clade vee abe cla prior valores norms de qe dpe: Se maser com “penis, @provve que ensnem 2c cana 2 GB Dersoss on Gens Sesane sacnmrotnna commaanac ca menino, dando-he roupas aml, incenvando- a brincar com canoe a jogar bola. Ma ses ensinamentor amb agriam disendo os cas ‘menino nfo devera fire: no ves ost, néo brincar com boners san fe inceressar por atvidades conideradasfemininas. Com exes nxcnplos, poderiamos pensar: se a condutas consideradat masclinas ¢ feminines fossem “spontineat"e“natuei” seria necesirioeducar (vga, dscigian) lo cuidadosamente todos os aspecoe diferencias entre meninase menines? (© mesmo podefamos dizer em relacéo § heterosienualdade: se ea fose fo “natural” quanto pensam muita pesoas, seria necesiria 2 consante viglincia sobre as eiancas ejovens para que nfo se aproximers ot nio rmanifstem qualquer afinidade com at sexualidades no heeeonseuat? A familia, 4 exola, a publcidade, as mise, os bringuedos, 01 jogos lerdnicos, a Ineane, reli, at tscas, cinema, a trator, ss artes as idl ¢ as instcugbes jurdicesauatiam como os agentes que produzem ¢ promorem ess ensinamentos, seria pedagogias caus (LOURO, 2008), mecanismos através dos quai aprendemos a ser quem somos, pensar, seni, agi de acolo com padres normativos, inclunds vier nosos prasere detsjoeevver como mulheres ehomeni, Esse continuo ¢ sutemitico aprendizado é colocado em fancionamento através de dscurose préteas, em melo a jogos de aber poder (FOUCAULT, 1988), que ensinam © eeiteram marcas, guts, ‘comportamento, peefirtnias, gotta, conforme as nocmat e valores culuais (LOURO, 2008). Frequentemente estamos sujetador 4 eet process, mas as relates de saber-poder se constituem também plas resséncias plas transgresses, e dese mado podemoseraroutras formas de vivenciar exes dlicutos e rites, noe conitinindo como sujetor que ‘io necesariamentecoresponderio ie discrsvdades hegemBaices Podemos observar que vim = mulkiplicando os modos de ‘comprender e de viver a relagies de género © sexulidades,¢ com clas ampliamse as formas de ressttocar is normas, Transformagées a stualdade tlm concibuldo para a constacio de novas subjeviades: 2 ‘nensfo da pula antconcepcional: as tevindiagGes feminists © LGBT «a visibildade das idencidads sexuis nas mia; a Lei da vir no Bra Tel Maria da Penha:o desenvolvimento das ecnaogis de reproduc © aap, Biscuit Tnatnert owe Touro ax Cormo Zanesnuedeorae GQ) i aifical e assntida; a pandemia da AIDS; a legalidade da unio esivel entre ‘casas homossenuas; a expansio dos relacionamentos visi, entre tanto coutos, Sto novas dscursividades que se materileam nos cotidianos das Pessoas e aruam nos procesis de subjetiacio, que podem produir outros ‘modos de sex, de construc asi proprio. Novas subjetvidade se formando, abalando as certezas das relagdes binicias entre um “Eu” superior ¢ un “Outro” subslterno, ampliand bilidad Es > los posibilidades de viver ede compreender sclagbes, prazeres, desejose fortalecendoaluta contra seismo, machismo cahomofobia. Anda neste asgumentos inicais gostariamos de manifest 0 que ‘estamos entendendo por relagées de género e semualdades. Reromando algomas ideias jé apresentadas nesce text, difamos que as scxualidades seriam todas as formas como experimentamos e vivemos praeres, deseo, fantasias,relacionamentos,além de crengs, valores, enunciados, arefatos, comportamentosvinculados 20 sexo, Também disfamos que vivet as sexualidades € algo que afea e ¢ afetado pelos modos como viremos nossas feminildades ¢ masculinidades. Porém, sexualidade e genero rio seriam sindnimos, jA que os géneros esti relacionados ix formas ‘como experimentamos, vivemos © atribuimos tentidos is feminilidades € smasculinidades. Os gineros consticuemae em rlagio © nio em oposicio (masculinfeminino), Com iso gosariamos de argumentar que ser mulher «ser homem sio cateporias que se conscoem juntas, como referéncia uma para outra: sabemos que fomos mulheres porque mio somos homens © ‘vice-versa, mas nfo somos oportos; o contro: carregamos em ns marcas culturas do feminino ¢ do mascuino. Eh vias formas de mulheres © homens vivrem seus prazers edesjos, com pesoas do mesmo gener, de sinero diferent, de ambos os eros ou sem paveion) "Apartisdesses arguments inci passaremos no préximo tpico a problematiea a diversidade pensando come et se ail com as qustes are agora trabalhadas ‘Uma conversa “inconveniente”? Relagées de género, séxualidades e diversidade Para digcutirmos sobre diversidade serual e de gtnero, consideramos importante dizer 0 que pensamos sobre “diversidade™, Qual dvesiade € 70 erasoaoe ot Geo &SEUMLONGE Neo a CRRA OLE 2 vividae pensada por nds e pelas outraspesoas? Qual dversidade&vivida © ppensada nas escola? Quais io as nossasposturss diane desadivesidade? Como pensi-la de outros modos? Que converis precsamos desenvolver rt produ our pensuentos vnc sobre a eid id Comesamos argumentando que nfo nos alamos 2 uma idea de dliversdadecomo a constatacio.eacontemplagfodascaracteriticas humana. Entdo, nos afastamos de afimagSes como “todo mundo é naturamente diferente’, “neahum ser humano & igual”. Se penssiemos na divesdade assim, rtarfamos dizendo que ela é um dado “natural”, ue nasce com as pessoas: adiferenga ear naturaizads,cristalizada essencializada (SILVA, 2006). E, como argumentamos neste texto, entendemos que iso & uma construsio (social cultural, hisérca..) (Gostariamos também de argumencar que a questio da divesidade io & somente algo que se deva , “respeitar” ou “ole, que “ssa abordagem simplesmente deixa de questionar as relagSes de poder eo2 procestoe de difrenciagss” (SILVA, 2006, p. 98). Newe caso, produzimos « mantemos as dicotomias enue 6 “dominante tolerant, “benevolene” 0 “dominado toleado", que & subalterno, mas “espeitado". Pensamos ue a valrizasio € o respeito io importantes, porém devemos ir além. "Antes de toler, respetare admis a diferenga, € preczo explica como tle & produzida” (SILVA, 2006, p. 100) asim respeitar as diferengae nfo ‘vendo o outro como subltemo, mas compreendendo que os jogos de poder Posicionar os sujetos ness gare de subatemidade, Dizee que alguém é ‘mulher, homem, wanseaual, bisensal, raves, homosexual, heterosextal tte nfo € algo que se faz alheio aos enquadramentore 3 birarquis de signtficados sobre esas categris. Sendo asim, seria preciso compreender « problematzarquasrelagbes de saber-podeeinsituer algumas categorise como “diferentes” ¢ outras como “refencias” de normalidade, E mais pereeber que essr relaydes de enquadramento produzem pieconcits, dlscriminagGes, excluses, violencia, Guacira Lourn (2003, p. 45) ‘sgumenta que tas posiconamentos permitem avancar "de uma perspectira de conremplagao, reconhecimenro ou aceitasso das difeencs’ para out, ‘qe permitecxaminar as formas através das quis a diferengs so produzidas ‘enomeadss” ome Peuse became (Zama Meron 7 72 ound ts lat qt ecru qu ee ee gh aon ata, rss yee ee Ce sh ls vrs odo pam shamans ono gue nt cide em que vemos ena dade eae de patites © norma especticr "0" masclin © ¥ heceenettnn Ou sg 0 msclin es heerlen lene aide ‘uals a sociedad se organiza, que sio tomadat paces como para formar "eos os non, Ese cis insnen later me teak seiko ¢ ph homelbia. Sno ends commoner ee ae determina steer conduc dlcencada pas re ‘uherdnand o feminine se mucuino Es hevetse erin 4s mies de honda, de ln de melo de menionee oes Westies, tsumindo-se como una manifesto abe ur yey 6 uso camo lero anormal loans fonda wha ses dos hurunos. atin, + homofobla foe 9 tas de pce hexnueralid ct ona com osaino BORMLLG soos eres shes Cas cotnsehil oe ae « hecooormaioscnnnen toys de emenhaneno epaaiece meonecho reponas por nae ana vlc eal oy ay fae [eran pmo gona cn SORE srt on un par taata? tdngiado umber or oie Preece, esta etcaates UAB Leben are Pepe aly coments) seeded per egecuaead dat ae aT eee «como tudo isso se manifesta nas escolas? E 0 que discutiremos a seguir. Destine Gna x Sexainnneinano ana coms nar Diversidade, relagbes de género e sexualidades na escola A exola gue ns fit leds pela nde cel modes omen por spa aln dex, cic de peas Ha tari s ee ferent pr oss «prs ou ese ok Irelands wpa or con dat nesinas LOURO, 157, P50. (Que excl & essa que nos foi legada pele sociedade ocidenal moderna, como aponta Guacia Louro? Fata sociedade que nasce em tnewdos do sala XVI tateues wren preocaperio swue fore com ‘order social, coma cvilidade, com a Razdo. O projeco dessa sociedade cea liberar os sujeitos das ideologiae ¢ de conhecimentos consideridos "io ‘lendficos” Esa socedade também é marcada por uma grande reocupacio ‘comosenguadramentos, ou se, definir os “ugaet foe para cada eto, bnseados em binarismos que instuem separacbes: homem/ mulher dull ‘clanga; hererossmual/homossexul pobrelrico, Com exes mesmos ideas € que at inteulgbercociis foram sndo| constitu: afl aesolaafabrica oexecco,aprisio, hospital Nels, ‘nsimin-seuma forma de poder mult ciclentesobreosruetosadiscipina (FOUCAULT, 2007). Bea presto que os sujetos fox dscipinacs, para viver neste projero de sociedad, Sujetos que respeitassem a order, 4 irldade, as normas eas es. Nese sentido, a neiuigstnham afaneso de “educa” 0s sacitose so significa “disciplinae", “vig”, “controlar “nocmaizat™.Podemos pensar até que pont exam tk ditanes asa dese projet de cidade? Aptopriando-nos do que eceve Guacira Lou (1997), quremos ‘ngumentar que escola nveste sobre of corpos de meninsse meninos com ‘xpscttvas © comportamentos previamente determinados e aprpriador para cada género ¢ ara cada forma de exercicio da senaidade com fa Separadas em “meninos ¢“meninas; menos jgando fuebol e meninas Jogando queimada ou vile: meninot vestindo azul, usando machist com imagens de herds de casos de corida, © meninss vetindo rom ¢ tsando mochilse atessérios com imagens de princes, meninor bons em 'matemitica, mas com eademos deslelzador letras mal grafdss, ¢ mennas boat em poreuguts, interes porlicatura com os cademoscapichados, 73 74 cade ey ect os ancy edu yadanteda dt saul ow verde para o& menincs, rom ou lids prs 6 Sonia eet Bae bepentita lca meninos que nie ecam, now ahora, io & beam, nfo wo junms a0 banheir, ao conta dar mene, ‘ainhotas amorous etre ease com os outros jm além desta expects © -comporamens que parcem ‘Spondet «uma ila padroninda em regio aos gino ¢ elidel, Sescafamos de ressalarasindmera peta que wim acontecendo merle, {Resse © tomamos conto com ume grande deride de pos as docenesdiante das normas de género ede senuaidae uence Hi ‘elitaram que 0 cuso abalow suas creas ¢ suas priticas mais “consund? (como a dat filas para meninas © meniaos). Nexe meamo cute, ovine ‘cltos de profiionsis que frequentemente anuvam sem proleenice ‘tas posture e que se surprecndiam ou fcavam sem stber come atae fears 4 situages que fuglam a0 que € pens como natural. Sto spun dence ‘eletos que traremes a seguir para problematizar as prccas dies “eormen © para que possamos entranhar um pouco os modes como aginas. nasal de ele desma ol de Educspto fen pi smontado um “tine da fea’ ende fern coos 8 ioc das rans nis rupes ¢ ec, maguiggns comalico de abl. Ue mening 4 inteesou plas mapasget ¢ outro quis coer 9 ede de princoa A profs fs loud ds logy 05 ments nd pode! Vek via ihn! Darante’ sma reise. peaghgn om prefer bropte convider tga pare far com os ehanas sore “homeneruclioe”) if gue oe ober gue alurs 5 weno “homessenaisma” tm sd preblemsndo tonto de mos que de sees uma snomabdade » ue tipo de pg. Atm pons cas eee eeeereres raauaoe oe Gano Sib: etn ri cone As NT tunes param demonar en cportements "spent? mre “pt trl Alun concorde ¢ ours cam, cede gue iso mde & rant pee tread a ecole, qu fails iam imple qu fendo hy oe eri incmtands eee outs al fornarom mene pole fie! ne profes ee rescpade cms ur de as het, porgue te ihe content “sae da) cols (omens, peda ingame) porque mar com 1am cs de mathe (a mie tom un eompairg Alana cles prfzore ingen gue nde son” v2 tages ore at fac pia de srt ¢clocon ‘cpa ma mie de meine Enpuente iso, « mevine ota ifde «x prefers cantina sem abr cms ae, uantas(os)docentes jf nfo viveram stuacessemelhantes a esas Diane dot redétr acim, € pastel pensar sobre coma at queater de tier e sexualidades aparecem nas eos, eso pode no leva sini Droblemadeaées,Pensemos nas posta dass) profsionsr quae roe ‘fo contribuimos para reforgaro preconceito, pars acentuar oseimenes ce ‘eudantes como a menina quem como familia dua: mie? Quanny ro ‘mio contrbulmos para acenmur as diferenciagses de género a0 deere ‘Que meninos ndo podem usar ceres cota, como maquagns veilon Ge Princes? Nee ponto gotrames de pensar também na idela ce qe eaversando sobre as seusidades, x exola poderia estar “incentasic? eerste da pitica sense ou mesmo favorecendo que ox() exedantes *e aproximem ds homossexualidade. F enti pensamos que nas cola hi tun aradoso: slencar/negar a sexulidade © 20 mesmo tempo flr dela rolxamente, Nio podemos disuts, mas podemos institut notms, vigar os “pos dicplina os comportamentos, contol os modos como meninas Rewer Pour ox Can Zant ts Mares 75 ¢ menins se relacionam, o que fam e come fla, como andém, coma screen ce Ses so aa insta ue lo) ences vemsnoaodicudro aman? Saaqueterdaekar noon Fomoseal Eporguc cas poubliade xc conuteomcone lone Porque no qustonamos ss olactves pan sheen ‘que uma professora pode dizer ao estudante que ele “vai var bichinha" ¢ enn ono umes em pr das sitar etna po decent no can defomapa¢ dobre em ws clan panel deportes aera, 2008) oneguimos identifica alu endian edo como ae sbordin argues de plneo e sruddade, Ae ples qu goles ddenominar de “mas . e eae Ghar evga adem emer cla pbs tebogeli ele camera ss SSSEE mane fushogadox"sitemas pears, poveie depres is deca eeicar: earecialtas Bacaats eiteoas Kops Be erase mclede cpt ee eee, ate eee eonons, poeta einer ee ee oS eee a eae Phas tes naar gn waned ae feeble on, gindo sbodaiar sehr adnate BSc US (oe cc ens a a ot ee ee es ie ilecln becamoe Haina uct Uninine EL aL poe cae fay Em place Bas Perera occa ot mips ooo PRN Se pncrs« tolled fer una probly sbe cere Sete coneraldn revando aloes, docoruinds preconceitos ¢ mudando atitudes de discriminagio que nés préprias(os) irae Tbe augecos pes em is babe qu a conn 76 Oreos gue ses ee poder axa 0 bil asl ema plore prec” pode polenta ime com queens ute ea * Down on toes x Sexvunan: ncnmeon 8 CORA NA RAS ‘esitemtico, almejando mudancas not valores comporamencos, o eu {que possamor amplia as compreensbes dass) exdanies sobre stones ‘elages que envolvem a difeencas, Ouro argumento que gosurlamos de resmltan quem sabe possamos i alm dot “dla de." © “semanas de", dos projets sempre “extracurricular” dae palestas soles das atividades que querer apenas snloriza a divensidade eapregoat a tolerincia eo repel? Poderiamas opar por pricas que se volssem para ‘a construgio relacionadas ieidades das diferenas, colocanda em discusfo as formas como 0 "Outro & consttudo e posicionado como tal. Deste modo, esarlames svancando fem telacko is perspectvas contemplativas de reconhecimento ¢acrtacio ds diferengas para outas que investigatsem 2 construc e nomeacio das Aifereneas,indagando como determinadascaracrevistias so tomadss como Aefinidoras dessa diferencas (LOURO, 2003). ara pensarmos em como organizar projews avidades que problematizem ar rlagSer de género ¢sealidades nas escols,chamarnos ‘.atenc pars o ela atento da profesoradiance dass) extudanes, mas tum alhar que nfo tenha como objetivo 2 vigiaca dos corpos discs) esndantes, no ineaito de dsciplin-os ecorrg-los; um olhar que eejt Mento pars aes) extudantes como pesos, com sunt attudene valores, com vistas a compreender que asa de aula € um microambiente onde se ‘aecem rapes de poder, onde ideas e valores se harmonizam ou encam em confit, onde hé falas leitimadase siléncos, onde diversas formas de violéncia sto praticadas.Podemos perceber também que 0 espco escolar pode ser teisa e homofdbica, o que exgitla de née a manutengio de uma posturaabert,compreendendo que no se rats de impor seus valores sobre 0s dass) esudantes, mas fazer conviver ot difrenter valor, interfrindo para que no haa privcadiscriminatdrs. Pura além do que foi levaneado até aqui, cada profisional pode, Junto com sua comunidade escola, problematizar as relaes de glnero © seaulidades com vistas aera formas mais inclusive equitatas no ta10 desis quests, Mais do que uma abordagem “concsinal”¢ “pedigigio™ do tema, € preciso mudangas nas tides datos) profisionis diate da Aiversidade de gineoe serualidade ns eal. A formao (em todos os es entidos) tem um papel muito relevante ness proceso. Rover fours orcas vaSoussicrs 77 Conclusio Nos limites deste texto, nossa argumentagio ambicionou desocar at (questbes das relagbes de género, sexulidadesediversidale do “comuts’, do “natural”, do “inquestonivel”. Aceditamas que ess questécs poss set esinvsibileadas, ou seja, mesmo que nfo invisives elas tem sido muito ‘empo obscurecidas, mascarada endo problematizadas no ambiente cola ena socledade. Esperamos que nosss argumentos ecnem peas ecole, que Sejam problematirados, dscutdos eenfentados. Apostando em conversasFururas,pensamos que a formagio docente Ppssa serum expago/tempo em que as(ot) docentes tenham a oporeunidade de desconstrui concepgoes natualizadat, abalar certezas prontaente construidss, revisar seus propos valores, coloilos sob suspela, pensar ‘0s curticlos excolares e as priticas pedagépicas, com visas & ampligio das nogbes de sabereslegitimos «da pluralidade em toro da vivencia das sexualdades ¢dasrelacdesde nero, percenendo, também suacontingénci (Como arguments Louro (2003), & preczo que nos voltemos para pris que “desestabilizem e desconstruam 2 naturlidade, « univeralidade © a vunidade do centro © que reafirmem o catiter constrido, maven pal de todas as posigdes. £ possvl,entio, que a histria, 0 movimento as ‘mudangas nos parecam menos ameacadores” (LOURO, 2003, p51) ‘As escolas podem se constituie em espagos de problematinasio dos valores hegeménicoe © constr de selagées mencs “negatvas” © diseiminatrias. Esa opergio se extenderia pars a desconstrugso de outtas telagbesdicordmicss,ampllando a andlse para caegoras como agaletnis, classe social, nacionalidade, vepionalidade, gerario, enue ours. Dese ‘modo, 0 sentido do termo "inclusio” se ampliaia para garantie que todas todos estejam na escola sem exclusoese sem voléncas. Referéncias BORRILLO, D. A homofbia. In: LONGO, T; DINIZ, D. (Org). “Hoiafebia & educate dea a seco, Bol, DP. Leas Live Ed. UNB, 2009. p. 15-46 1B Sronce ee Gh Sechium CASTRO,R.B periemos cinta age plo senidarepoildader do Programa de Eeducipio Aftivy-Serual (PEAS) 2008. Dincteio (Mestado) ~ Programa de Pis-Graduasio em Educago, Universidade Federal de Jus de Fora, Juiz de Fors, 2008, FOUCAULT, M. Hindria de rovualdade I a vontade de saber. Rio de Jenciro: Graal, 1988, Hiniris da Seeulidade I: 9 wo dos paces. Rio de Jencvo: Gea, 2001, Vigiar ¢ Parr: hstria da voléncis nas prises. Petsdpls, RY) Ves, 2007. LOURO, GL Ginera, Semualidade ¢ Fducsgén: uma perspectva pls csxruturalista.Petespois, RJ: ones, 1997. —— Gurreuo, género semulidade: 0 *nocmal’, 0 “diferente” ¢ 0 ‘actavico". Tnx LOURO, Guacira L; NECKEL, Jane E; GOELLNER Silvana V. (Ong). Corpo, Ginero Sesulidude: um debate contemporineo a cducagi. Peépolis, RJ: Vores, 2003. p. 41-52. LOURO, G. L. Género ¢ sruaidade: pedagogias contemporiness, os. esis, Carpioas, 19, 0.2, p. 17-23, maiolago. 2008. SILVA, .T. A produto socal da denrdade e da difeenss. In (Org). denidedee difrencaaperspetva dos Estudos ulturis Pepi, Ry: Vows 2006. p. 73-102. ower Fou ax Cro Za Sut Maron 79

You might also like