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Quanta-feira, 7 de Outubro de 2009 LSERIE — Numero 40 BOLETIM DA REPUBLICA FUBLICAGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE MOCAMBIQUE IMPRENSA NACIONAL DE MOGAMBIQUE AVISO ‘A matéria a publicar no «Bototim ca Republica» deve serremetida em oépia devidamente autenticada, uma por cada assunto, donde conste, alér das Indicagdos necessérias para esse efeito, o aveibamento seguinte, assinado e auteniicado: Pare publicag&o no «Boletim da Repubil SUMARIO Conselho do Ministros: Deorete ne 47/2000: Aprova o'Regulamento de Pequenas Bacragens. seveeseess CONSELHO DE MINISTROS «do 7 se Outubro Havendo necessidade de se regular aclaboragio de projects, consteugio, exploragio, obscrvagfo e ins vecglo de pequenas barragons, 80 abcigo da alinea ) do n.° 1 do artigo 204 da Consttuigto da Replica, conjugado com o disposto no artigo 75 da Lei n2 1691, de 3 de Agosto, Lei dv Aguas, o Conselho do Minsteos dee ‘Antigo 1. faprovado o Regulamento de equenas Barragens, ‘em anexo, que é parte intogrante deste decreto, ‘Art, 2~ 1, Compote 20 Minisiro que superntende o Sector de Aguas adoptar as medidas complemen ares necessfrias 2 mplementaglo do Regulamento. 2. Compete, ainda, ao Ministro que tuteta 0 Sector de Agues aprovar as Noras Téenicas,rferidas no Regulamento, ‘Art 3.0 presente decreto entracm vigor noventa dis ap6s a sua publicagto, ‘Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 1 do Agosto do 2009, Publigue-se, ‘A Prima inst, Lufsa Dias Diogo. Regulamento de Pequenas Barragens CAPITULOT Disposig6es gerals ‘Anaioo Detinigeos ‘As definlgdes dos termos tSenicos empregues no presente Regulamenio esto contidas no Glossérlo, anexo. ‘Axniao2 Abo do apeapao 1. 0 prescate Regulamento aplica-se a todas as pessoas, singulares ov colectivas, pablicas ou privadas, nacionsis ou cstrangeiras, devidamente autorizadas a actuar em testério nacional, 2,0 presonte Regulamento 6aplicével 20 projecto, construgfo, cexploragto, manutongto observago de barragens com altura {gual ou inferior a 15 mettos e capacidade de armazenamento {inferior a 1000 000 m? (wn milo de metios bios). Annico3 Dispensa 1. Para barragens com altura no superior a 6 metros € capacidade de armazenamento nto superior a 100000 mn* em il‘ metros eibicos), 0 proponente pode em requerimento fundamentado solicitar a dispense da apiicaydo de algumas das dlsposig6es do presente diploma, cabendo & Administraglo Regional de Aguas da respeativa regio decidir sobre a dispensa, ‘2. Barragens com altura nfo superior a 3 metros e inferior a 100 mi (cem mettos eibicos) nfo necessitam de autorizagto prévia, devendo apenas s entidade proprietéra informar por ‘escrito A Administragto Regional de Aguas da sua locclizagio, so earactoritions o a Finalidado a quo se destina no prazo do noventa dias apds a conclusio das mesmas, cem prejutzo do Alsposto no Regulamento de Licengas e Concessées de Aguas sobce a materia, ‘7DE OUTUBRO DE 2009 idmetto dos :3%08 que compet o = representagio gréfica de uma série ceronotégica de caudais, 50, Impactos amblentais - consequéncias da construgio da barragem e da albufeira tos ecossistemas a montante e a jusante da basragem, 51, Impactos soctals ~ consequéncias da construgto da barragem e da albufeta na populagio di cea da albuftia © 20 longo do rio a jusante 52, Impermeabilizagio do corpo da barragem ou da fundagdo ~ dispositivos inclufdos para evitar ou reduzir a ‘passngem de dgua alravés da barragem cu da fundagdo. 53 Inertes ~ pedra € arciautilizados no fabrico de betto. 54, Limites de liquidez e de clasticidade — caracersticas ds solos, determinadas em laboratério. 435. Nivel de pleno armazenamento (NPA) ~ cotaméxima da ‘feua que a barragem pode conter de forina permanente. 456, Nivel demvéxiina chela (NMC) —vota mfxina qu a dgua na albufetra ainge na situagdo da cheia de project. 57. Nivel mfninio de exploragio (NM) ~ cota da soeira da dseanga do fundo. 58, Observasio ~con)unto de equipa nentos, procedimentos, regisios © interpretagao que permitem monitorizar 0 cconnportamento da barragem e 0 seu estido de seguran 9. Orgfios de seguranga e exploragho ~ designagso conjunta do descarregador de chelas, descarga de fundo, tomada de gua, dispostivos de drenagem da fundagto. 60, Paramentos (de montante € , usante) ~ superficies 8 de montane ¢ jusante do corpo da barragem. 61. Parapeito ~ estrtura em betdo colocada to longo do ccoroaiento para aumentar a folga, 62. Pedielra ~ zowa delimitada pata sbtengio de material de ‘origem rochosa para a consirugio da ba'ragern e de inertes para a fabricagdo de betdo, 63, Pequena barragem ~ barragem com altura ilo superior a 15 metros ¢ capacidade de armazen: mento nio superior a 1000000 m? (Um milo de metros esbicos) 64, Pereolagiio ~ esconmento de Agua através de uma formagio permedvel. 65, Perfodo de retorno ~ intervalo médio de tempo entre ‘ocorréncins sucessivas de um acontectaento (estatistica). 66, Permeabilidade — capacidade de deixar passar égua 61. Partes interessadas ~ pessoas insttuigdes afectadas por interessadas no desenvolvimento dos recursoshdrcos da bac, 68. Propagacio da chela - progresso da cheia descartegada ‘peta barragem no longo do rio a jusont. 69. Proponente — entidade que pretends consteuir uma barragem ¢ submete 0 pedido da sua aprovagio & ARA. 70, Propostainlcial, ante-projecto, projecto de execuso— {ases de elaboragio do projecto da bartagem, contenido estudos © andlises progressivaniente mais detalnados. TL. Regime dle caudals ~ sre de caudaisregistados no rio. 72. Represa ~ bareagem com altura no superior a 6 metros © ceapacidade de armazenamento ndo superior a 100000 m? (Cem rail metros esbicos) 73, Ressurgenela ~apareeimento & rupertcie de égua que se cescoa em camtdas sub-supeeficiais oa subterrineas 45. Folga minima distincia medida na vertical entre onfvel do méxima cheia (NMC) eo coroamento 1a barragem, destinada, impedir o galgamento da barragem por ondas na albufelra na situagilo da cheia de project, 46. FundagSes ~terreno sobre o qual a barragem &construtda 47. Geotéxtil membrana porosa em ibra sintliea colocada para funciona como filtro, ramulometria ~ 303 74, Saneamento da fundagio ~ eseavagio da camada superficial da fundagdo da barragem para remogio de solo ‘orgfnico e material de freca qualidade. 75. Seca ~ ocorréncia dum défice superior a 50% da precipitago média durante. um perfodo superior a 3 meses & cobrindo uma érea extensa. 76, Seca grave~ seca em quo défice da precipitagdo média ¢ superior a 80% durante: um perfodo superior 2 6 meses € cobrindo ume érea extensa. T, Sismictdade local ~ cacactorizagio do tisco sismico na zona da baragem, “78, Sedlmentagéo da albufeira ~ ocupagio de,parte do volume da albufeira por sedimentos transportades pe ro que se depositam, “19, Solera dle controlo ~ parte do descarregador de cheias ‘em que se dé a passagem do escoamento di albufeira para 0 canal de desearga. 30, Solo compacto ¢safurndo ~ solo preparado para enscios Jaboratoriis de permeabilidad e corte, ‘BL, Talude ~ superficie exterior de montante¢ jusunte do ‘corpo da barragem. 82, Tipo de barragem — define se a barragem €de ater on de betdo; entte as barragens de aero, se 6 de terra ou de ‘enrocemento, 83, Tomada de égua ~ 6rglo hidrulico para copa gua da albufeira ¢ conduz-la para jusante ‘4, Transporte de scdiméntos — material slo (agi, site, azela, easeaho) transportado pelo rio, 85, Volumie de encaixo de chelas volume eno 0 nfvel do ‘leno armazenanmento ¢ 0 nivel mfximo de cheia, que permite ‘eduzt 0 caudal méximo descarregedo. 86, Volumie morto ~ volume ocupado na parte inferior da albufeira pelo sedimento que so deposita no longo da via dil dda barrage Hiavendo necessidade de regulamentar aaplicagio do Cédigo ‘dos Beneficlos Fiscas, aprovado pela Lei n° 4/2009, de 12 de Janeiro, no uso da competéncia etribufda pelo artigo2 da mesma Lei, o Consetho de Ministros deereta: Antigo 1. & aprovado o Regulamento do Cédigo dos Beneffeios Fiseais, mexo ao presente Decreto, dele fazendo ‘aude integrante, Art. 2, Compete ao Ministro que superintende a érea das Einangos eriaroualterar os procedimentas, modelos. impressos que s6 mostrem nocessérios 20 cumprimento das obrigagées Aecorrentes do presente Decreto, Aprovado pelo Conselho de Ministros, a05 1] de Agosto de 2009, Publique-se, ‘A Primeira-Minisita, Lutsa Dias Diogo. Regulamento do Goaigo dos Beneficlos Fiscais ‘Anos (0bJe0t0) © presente regulamento estabelece a forma © os procedimentos necessérios & operacionalizasio do gozo dos ‘enefeios previstos no Cédligo dos BeneficiosFiseai,aprovad pola Lei n* 4/2009, de 12 de Janeiro, 304 Axtio0 2 (Concelto de Benetfctos Flscals) 1. Consideram-se beneficios fisctis, nos termos do referido Cédigo, as medidas que impliquem a isenglo ou redugto do ‘montantea pager dos impostosem vigor, com o fimde favorecer as actividades de reconhecido interesse piblica, bei como inceitivar 0 desenvolvimento eeonénico do pals, 2, Sto benefilos fiscais: 4) As deduybes & matéria colectével; 1) As dedugdes 2 colecia; 6) As amortizagbes ¢ reintegeacdes aceleradas; 4) O exédit fiscal por investiiento; #) Aisengio e redugio detaxas de impostos co diferimento do pagamento destes, ‘Avngo3 (Direito 20s Benotfelos Fiscals) 1, Gozam dos beneficios previstos no Cédigo dos Benetcios Fiscai 4 Os Investimentos aprovados a0 abrigo du Lei de Investimentos e respectivo Regulamento, ealizedos or pessoas singulares ou colectivas, desde que devidamente registadas para efeitos fisaisy +) Os investimentos lovados a cabo pes actividades de ‘comércio a grosso € a retalho, desde que sejam ‘fectundos em Infra-esicuturas novas constutdas para 0 efe €)Osinvestimenios nas actvidedes de comércioeindistria ‘desenvolvidas nas zonas ruras, 2. Ficem exclufdos do goz dos beneficios fiseais os {nvestimentos realizados nas restantes actividades de coméreio nto abrangidas pelasalfneas b) & ¢) don 1, ‘Annan4 {Cumulspto dos Bo clos Flacals) 1. 0s beneficios espectticos previstos no Cédigo dos Boneffcios Fiscais ndo sto cumuldveis entre si, em com os beneffcios genéricos, salvo nos easos nele oxpressamente previstos. 2, Sem prejutzo do disposto no némero anterior, os investimentos na indstriatransformadora e de montagem que inupliquem a construgdo das Infra-estruturas e apetrechamento do empreendimento, gozam dos beneficios fiscais genéricos relativos & importagio para efeitos do construgio das inf sostruturas e respectivo spetrechamento, e dos beneficios cexpeetticos relativos& indir transformadora e de moatagem ps0 inflo do processo de producio. Agno 5 (Reconhoclmento dos Beneticlos Fiscals) |. Os destinattios dos beneficios previstos no Cédigo dos Beneficios Fseals devem preencher os seguintesrequiitos: ) Blectuar o registo fiscal, para efeltos de obtengio do Namoro Unico de Idontificago Tributtia (NUIT); 1») Dispor de contabilidade organizada, de acordo com 0 Plano Geral de Contabilidade © as exigéncias dos 4 SERIE — NUMERO 40 ‘Cédigos do Tmposto sobre o Rendimento das Pessons Colectvas (IRPC) ¢ do Imposte sabre o Rendimento das Pessoas Singulares (RPS); ©) Nio ter cometid infragGes tibuttins, no trmos da Lei n? 2/2006, de-22 de Margo. 2. Os ttulares de investimentos nas actividades de comércio ¢.indéstria, desenvolvidas nas zonas rurais, nos termos mencionados na alfvea c) do n.* 1 do artigo 2 do presente Regulamento, devem reunir os seguines requisites: 4) Estar legalmente registado sob forma empresaia; b)Possuiro NUIT; ¢) Possur licenga para o exerefio da actividade comercial 01 industrial, 3. comprovagto dos requistosexigidos nas alfacas a) ec) don: 16 feita por meio de apresentagio de documentosernitidas ela administragio tributdria na respectiva Direcgto de Area Fiscal, Axnco6 (Reconhecimento dos beneticlos na importagto) 1. Para o gozo dos beneficios fiscais na importagio,o titular dove apresentar 4 entidade competent, em modelo préprio, 0 pedido de itengo de onde conste a idontificagio, enderego NUIT do importador, a disposigio legal que fundamenta a isengdo, a posigée pautal, designagio, quantidades e valor da mereadoria a importer, bem como @ contagem dos encorgos aaduaneitos devides. 2. O pedido, a ser temotido aos Sorvigos das Alfindegas, deve ser companhado da lista glob dos bens a importar, apresentada em modelo préprio para efeitos de doterminagio dos bens clegiveis A isongio, das respectivasfocturas, conhecimentos do ‘embarque 6 outros documentos relevantes que as acompanhem. 3. A comunieagio de autorizagto emitida polos Servigos das Alfindegas hebilita o investidor com isengto a importar as rmercadorias dela constant, Axnioo (Reconhecimento dos boneticios ne tmportacto para os Investimentos no coméreto ¢ Indistla nas zonas rurals) 1, Para efeitos de teconhecimento dos beneficios fiseais na limportago, os ttulates de investimentas no comérco ¢ indstia nas zonas nuais devemtaprosentar, eos Servigos das Alfandogas, © pedlido de isengto referido no n.° 1 do artigo anterior, acompanhado do comprovativo do registo legal e da licenga part 0 exereeio da ectividade do comércio ou indstrio, 2. © pedido acima referido deve ser acompanhado de documento que eomprove a localizego do empreendimento nama zona rural, emitido pela autoridade administrativa competento. Anoo8 neticlos noe Impostos Internos) (Recannecimante dos 1, Para efeitos de reconhecimento dos beneficios fisais relativos 40s impostos internos,'os respectivos beneficlétios estabelecido na Lei se Investimentos ‘Anno 12 (Modemizagzo 6 Introdug#o de novss teonotoglas) Compete ao Ministo que superintend a érea de Ciéncis e Tecnologia a avaliagdo © qualificag! o do equipamento especializado, utilizando novas teonologias para 0 {desenvolvimento das actividades dos projeetos de investimento, para efetos do gozo do beneficio fiscal relativo & dedvgzo & :natéria coloctdvel dos Impostos sobre © Rendimento do valor investido, 305 ‘Avtgo 13, (investimentos om actividades misias) 1. Quando o investimento 6 efectuado em actividades mista, para efeitos de gozo dos beneffcos fiscais considere-se apenas 4 actividade principal, 2, Parn efeitos do m1, a atividade pincipal 6 constante da declaragio de infeio de actividade, Axnico M4 (Botorminagto da despess flecal) 1, Para efvitos de determinayo da despese fiscal, 0 titulares dos projectos de investimentos devem apresentar, no momento, da entcega.da deelaragfo do rendimentos teferida no n.* 2 do artigo 8, deelaragdo apropriada donde constem os beneficios usufutdos em cada exerefcio fiscal 2. A ni enlrega da dectaregio referida no nimero anterior implica a suspensto aulomtica dos beneffcios fiscais & pagamento integral das impostos dovidos no exere(io fiscal subsequente, Arenoo 15, (Fiscalizagéo o aucltorie) A fiscalizagao auditoria, para controlo ¢ verificagto dos pressupostos dos beneficios fiseais © do cumprimento das obrigagdes estabefecidas no respectivo Cédigo, so efectuadas pela udministragto tibutériae por outrasentidadescompetentes, obedecendo 20 estabelecido nes lois quo estabelecom os rincipios de organizagdo do sistema tibutério da Repiiblica dde Mogambique ¢ 0s prinefpios e normas gerais do ordenamento jurfdico tributério mogambicano, no Regulamento do Procedimento de Fiscalizagto Tributdria © em demais legislagio aplicével. Ano 16 (Dlepostpbos transitéria 1. Os investimentos autorizados a0 abrigo do Cidigo dos Beneficios Fiseais, aprovado pelo Deereto n° 16/2002, de 27 do Junho, ecujo facto gerador que origina odirito ao beneficio fiscal so verifique na vigéncia do novo Cédigo dos Beneficios Fisctis, aprovado pela Let n* 4/2009, de 12 de Janeiro, podem requerer a aplicagto dos beneficios fiscals aprovedos pelo novo Cédigo, caso estes sejam mais favorsves. 2. A aplicagso dos benefieos fiseais concedidos ao abrigo do Césigo dos Beneficios Fiseais, aprovado pela Lei n.°4/2009, de 12 ¢e Janeiro, nos termos do ntimero anterior, depende de solicitagio expressa dos proponentes, a apresentar no praz _méximo de 60 dias, « contar da date do entrada em vigor do presente Regulamento, Prego SOOMT TuermxsaNAciosat ne Moganpigue

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