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Quarta-feira, 23 de Dezembro de 2020 SERIE — Numero 246 BOLETIM DA REPUBLICA PUBLICACAO OFICIAL DA REPUBLICA DE MOCAMBIQUE SUPLEMENTO IMPRENSA NACIONAL DE MOGAMBIQUE, E. Aviso /Amatriaa pubicarno «Bole da Repiblica» deve serremetida em copia dovdamente autenticada, uma por cada assunio, donde const, ald das indieagoes necessérias para esse ooo, 0 averbamento seguinte, assinado e autenticado: Para publicago no «Boletim da Repiblicar.. SUMARIO Assembleia da Repiblica Let ns 972020; Estabclece o Regime lrica Especial de Penda Alagada de Bens ¢ Recuperago de Actives Lei ne 142020: Extabelece os prinepios enormas de organizagice funcionamento do Sistema de Administragdo Financeira do Estado, sbreviadamente designado por SISTAFE. “Loins 1572020: Provroga a vigéncia da aplicagio das taxas do Imposto Sobre ‘© Consumo Especttco Let ns 1672020: Altera o mimero 13 do ariige 9 do Ciéidigo do Imposto sobre © Valor Acrescentado, aprovado pela Lei n.° 32/2007, de 31 de Dezembro, ASSEMBLEIA DA REPUBLICA Lei n 13/2020 ‘de 28 de Dezembro. Havendo necessidade de estabelecero regime juridico especial de perda alargada de bens, recuperacio ¢ gestio de actives a favor do Estado, resultantes de actividade ifcita ou criminosa, 10 abriga do dispasto no mimero I do artigo 178 da Constituigaio da Repiiblica, a Assembleia da Repiiblica determina: CAPITULO1 Disposi¢oes Gerais Axrico 1 (Dotinigées) 1. Para efeitos da presente Lei, entende-se por recuperagio de aetivos a actividade administrativa & processual, que visa identificar, aprender e confisear, bem como dar destino aos proxlutos, bens valores resultantes ou relacionados com a prtica de crimes 2. As demais definigSes dos termos usados na presente Lei constam do Glosssirio, em anexo a presente Lei, que dela é parte integrante. Anica 2 (Objecto) I. A presente Lei estabelece 0 regime juridico especial © 08 mecanismos de deteccio, localizagio, petda, recuperagio, repatriamento e gestio de bens ou produtos a favor do Estado, relacionados com a actividade ilicita e eria os Gabinetes de Recuperagio de Activos ¢ de Gestio de Bens. 2. Adetecgao e repatriamento de bens ou produtos relacionados, com a aetividade ilfcita que se enconirem no estrangeiro, susceptiveis de serem declarados perdidos a favor do Estado mogambicano, rege-se pela legislagdo que regula os principios procedimentos da eooperagio juridica e judicidria internacional sobre a matéria, Agniao 3 Amite) 1A presente Lei é aplicdvel a actividade criminosa relativa 4) corrupedo e crimes conexos: ») terrorismo ¢ financiamento a0 terrorismo: €) wifico de pessoas: 4) trifico de estupefacientes, substincias psicotrspicas, precursores: ¢) teafico ilfeito de armas: JD agiotagem: 4) fraude fiscal e crimes tributétios 1) ptataria: i) contra o ambiente; 4) brangueamento de capitais: 4) associagao para delinguir: D rapto: 2m) pornografia de menor: 2414 — 2) SERIE — NUMERO 246 1) informaticos; 0) falsificagao de moeda, situlos de erédito valores selados p) lenoeinio: 4) contrabando: 1) falsificagdo de documentos. 2. Apresente Lei aplicase, ainda, a qualquer crime organizado de que resulte vantagem econdmica. CAPITULO IL Regime Especial de Recolha de Prova Arrigo 4 (Quebra de segredo) 1 .Na ase de instrugao e de julgamento de processos relatives aos crimes previstos no artigo 3 da presente Lei, 0 segredo profissional dos titulares dos drgios sociais das instituigoes de crédito, sociedades financeiras,bolsa de valores, instituiges de pagamento, instituigdes de moeda electrénica ¢ insituigdes no financsiras, dos seus empregados e de pessoas que a elas prestem servigo, bem como o segredo dos gestorese trabalhadores ‘do Banco de Mogambique ¢funcionatios da administragao fiscal, ceedem, se houver razSes para erer que as respectivasinformagGes ‘tém interesse para a descoberta da verdade, 2..0 disposto no nimero 1, do presente artigo depende ‘unieamente da ordem da autoridade judicidria titular da direcea0 do processo, em despacho fundamentado 3.Constituem autoridade judiciria, o Juiz, 0 Juiz da Instrugio Criminal e 0 Ministerio Pablico, cada um relativamente aos actos processuais que cabem nas suas eompeténcias. 4.0 despacho referidono nimero 2 do presente atigoidentitica as pessoas abrangidas pela medida e especifica as informagies 1 serem prestadas ¢ os documentos a serem entregues, podendo assumir forma genérica para cada um dos sujeitos abrangidos ‘quando a especificagio no seja possivel por razdes devidamente justificadas em despacho fundamentado. '5. Se no for conhecida.a pessoa ou pessoas ttulares das contas ou intervenientes nas transaceGes € suficiente a identificacio das contas ¢ transacgSes relativamente as quais sio obtidas informagoes. 6. Quando se trate de informacSes relativas a arguido ‘no processo ou a pessoa coectiva, o despacho previsto no niimero 2 do presente artigo assume sempre forma genética, abrangendo: 4) informagées fscais; +) informagoes telativas a contas bancétias ou a contas de pagamento ¢ os respectives movimentos, de que © arguido ou pessoa colectiva sejam titulares ou co- tituares, ou em relagio as quais disponham de poderes para efectuar movimentos; )informagées relativasa transagGes bancéias financciras, operagées sobre valores mobilidrios. ineluindo operagses de pagamento © de emissio, distribuigio reembolso de moeda electrsnica, em que 0 arguido ou a pessoa colectiva sejam intervenientes; 4) idemtiticagao dos outros intervenientes nas operagies referidas nas alineas 6) € c) do presente artigo; ©) documentos de suporte das informagses referidas ‘nos niimeros anteriores. 7. Para o cumprimento do disposto nos niimeros anteriores, do presente artigo, as autoridades judicidrias eos érpaos de policia criminal com competéncia para a investigago tém acesso as bases de dados da administragio fiscal. 8. 0 incumprimento do dever de colaboragao referido no presente artigo, pelos servidores piiblicos, pelos gestores « trabalhadores das insttuigdes privadas, & passivel de respon- sabilizagio nos termos da legislago aplicavel Anno 5 (Procedimento relative a insttuicdes de crédito, sociedades finan- Ceiras,bolsa de valores, insituigdes de pagamento e instituigoes ‘de moeda electrsnica e instituicdes nao financeiras) 1. Apds 0 despacho previsto no mimero 2 do artigo 4, ‘autoridade judiciria ou, por sua delegagio, 0 érgao de policia criminal com competéncia para a investigacao, solicitam As instituigdes de crédito, as sociedades financeiras, bolsa de valores, as instituigGes de pagamento ou as instituigdes ‘de moeda eleetrénica e entidades nao financeiras, as informagGes ‘€0s documentos de suporte, ou sta e6pia, que sejam relevantes. 2. As instituigées de erédito, as sociedades financeiras, bolsa. de valores, as instituigdes de pagamento e as instiuigdes de moeda electrénica e instituigdes ndo financeiras, devem fomecer os elementos solicitados, no prazo de: 4@) 5 dias, quanto a informagses disponiveis em suporte informatico: +) 30 dias, quanto aos respectivos documentos de suporte ainformagdes no disponiveis em suporteinformitico, prazo que € reduzido a metade caso existam arguidos detidos ou presos. 3. Se 0 pedido nio for eumprido dentro do prazo estabelecido no niimero 2 do presente artigo, ou houver fundadas suspeitas de que tenham sido ocultados documentos ou informagoes, a autoridade judiciéria titular da direcgao do proceso procede 4 apreensio dos documentos, mediante autorizagao do Juiz de Instrugdo na fase de instrugio do processo. 4. Os documentos que nao interessem a0 proceso so devolvidos a entidade que 0s Fomecen ou so destruidos, quando nfo se trate de originais, avrando-se 0 respectivo auto. ‘5. Se as instituigdes referidas no mimero 1 do presente artigo nao forem conhecidas, a autoridade judicidria titular da direcgio «do processo soicita a Banco de Mogambique a difusio do pedio «de informagoes. 6. As instituigdes de crédito, socicdades financeiras, bolsa de valores, instituigdes de pagamento ou instituigses de moeda electnénicae insttuigdes ndo financeiras, comunicam 4 Procuradoria-Geral da Repiilica aentidade central responsavel pela resposta a0s pedidos de informagio e de documentos. Arico 6 (Controle de contas bancérias, de contas de pagamento de contes de registo de itularidade de valores mobiléics) 1.0 controle de conta bane ou de conta de pagamento ou {de conta de registo de ttularidade de valores mobiliios obriga a respeetiva insituigdo de erédito, instituigdo de pagamento ‘ou instituigdo de moeda electrSnica a comunicar quaisquer rmovimentos sobre a conta & autoridade judicidria ou ao érgao de policia criminal dentro das 24 horas subsequemtes. 2.0 controlo de conta banedria ou de conta de pagamento € autorizado ou ordenado, consoante 0s €asos, por despacho do {uiz, quando tiver grande interesse para.a descoberta da verdade. 3. O despacho referido no nimero 2 do presente artigo identifica a conta ou contas abrangidas pela medida, o prfodo da sua duragioe a autoridade judicisria ou 6r3ao de polcia criminal responsével pelo control. 4.0 despacho previsto no nimero 2 do presente artigo pode ainda incluir a obrigagio de suspensio de movimentos nele ‘especificados, quando seja necessério para prevenir @ pritca 4e crime de branqueamento de eapitas. 23 DE DEZEMBRO DE 2020 2414 — @) 5. A suspensio cessa se nio for confirmada por autoridade {udicidria, no prazo de 48 horas, ‘Awnico7 (Ovrigagso de sii) ‘As pessoas referidas no nimera ! doartigo 4 ficam vinculadas pelo segredo de justiga quanto aos actos previstos nos artigos 4, Se 6da presente Lei de que tomem conhecimento, nao podendo, divulgar as pessoas cujas contas $30 controladas ou sobre as quais foram pedidas informagies ou documentos, sob pena de cominagio legal ‘CAP{TULO IL Perda de Bens SBCCAOI Perda ger Arrigo 8 (Perda de instrumentos) 1. So declarados perdidos a favor do Estado os instrumentos. usados ou destinados a serem usados na perpetrago de facto ilicito tipico, quando, pela sua natureza ou pelas eircunstincias ‘do.easo, puserem em perigo a seguranga das pessoas, a moral ou a ordem publica, ou oferecerem sério risco de serem utilizados para 0 cometimento de novos factos iicitos tipicos. 2.0 disposto no niimero 1 do presente artigo, tem lugar ainda que nenhuma pessoa determinada possa ser punida pelo facto, incluindo em caso de morte do agente 3. Se os instrumentos referidos no nimero 1 do presente artigo ndo puderem ser apropriados em espécie, a perda pode ser substituida pelo pagamento ao Estado do respectivo valor, Podendo essa substituigao operara todo o tempo, mesmo-em fase ‘executiva, com os limites previstos para a prescrigao da pena. 4. Se a legislagdo especifica sobre algum dos crimes previstos no artigo 3 da presente Lei nao fixar destino especial 0s instrumentos perdidos nos termos dos mimeros anteriores, pode o juiz ordenar que sejam total ou parcialmente destrufdos (0u postos fora do comércio. Axrico 9 (Perda de produtos e vantagens) 1. So declarados perdidos a favor do Estado: 14) 05 produtos de acto ilfcito pico, considerando-se como tal todos os objectas que tiverem sido produzides pela sua pratica; ‘Jas vantagens de acto ilicito ipico, considerando-se como tal todas as coisas, direitos que constituam vantagem. econdmica, directa ou indirectamente resultante ddesse facto, para o agente ou para outrem, incluindo recompensa dada ou prometida aos agentes de um acto ilicito tipico, j4 cometido ou a cometer, para cles fou para outrem, 2. 0 disposto na alinea 6), do mimero 1 do presente artigo, aabrange a recompensa dada ou prometida aos agentes de um facto ilfeito pico, ja cometido ou a cometer, para eles ou para outrem. 3A perda dos produtos e das vantagens referidos nos nimeros anteriores do presente artigo tem lugar ainda que os mesmos tenham sido objecto de eventual transformacao ou reinvestimento posterior, abrangendo igualmente quaisquer ganhos quantificdveis {que daftenham resultado. 4. Se os produtos ou vantagens referidos nos mimeros anteriores do presente artigo iio puderem ser apropriados ‘em espécie, a perda é substituida pelo pagamento ao Estado do respectivo valor, podendo essa substituigao operar a todo © fempo, mesmo em fase executiva, com os limites previstos no artigo 12 da presente Lei 5.0 disposto nos nuimeros anteriores do presente artigo tem Iugar ainda que nenhuma pessoa determinada possa set punida pelo facto, incluindo em caso de morte do agente. 6. 0 disposto no presente artigo nfo prejudica os direitos 40 ofendido. Antico 10 (instrumentos, produtos ou vantagens pertencentes a tercelro) 1. Sem prejuiz0 do disposto nos niimeros seguintes, a perda nio tem lugar se os instrumentos, produtos ou vantagens nio pertencerem, a data do facto, a nenhum dos agentes ‘ou beneficidrios, ou nao thes pertenciam no momento em que a peda fo deeretada 2. Anda que os instrumentos, produtos ou vantagens pertengarm a terceiro, €deeretada a perda quand 4) oseu titular tiver concortido, de forma eensurdvel, para sua uilizagao ou produgéo, ou dofacto,tverretirado beneficios +) os instrumentos, produtos ou vantagens que forem. por qualquer titulo, adquiridos ap6s a pratica do acto, conhecendo ou devendo conhecer 0 adquirente a sua proveniéacia «J osinstrumentos, produtos ou vantagens, ou o Valor aestes comrespondente, que tiverem, por qualquer titulo, sido transferidos para terceiro para evitar a perda decretada nos termos dos artigos 8 e 9 da presente Lei, endo cu devendo tal fnalidade ser por ele conhecida 3. Se os produtos ou vantagens referidos no niimero 2 do presente artigo no puderem ser apropriados em espécie a perda € substituida pelo pagamento ao Estado do respective valor, podendo essa substituigao operar a todo o tempo, mesmo fem fase execuliva, com of limites previstos no artigo I] da presente Lei. 4.Se os instrumentos,produtos ou vantagens consistitem em inserigges, representagées ou registo lavrados em papel, nuiro suporte ou meio de expresso audiovisual, pertencentes a terceiro de bos, nio tem lugar a perda, procedendo-se & restitui depois de apagadas as inserigdes, representagies ou registos ‘que integrarem 0 acto ilicito tpico, e, no send isso posstvel, ‘tribunal ordena a destruigio, havendo lugar & indemnizagao nos termos da lei civil Annco I (Pagamento diterido ou prestacées e atenuacéo) 1. Quando a aplicagdo do disposto nos artigos 8, 9 ou 10, da presente Lei, vier a traduzir-se, em conereto, no pagamento ‘de uma soma pecuniria € correspondentemente aplicsvel 0 disposto no regime legal do pagamento a prestagdes da pena de multa, nos termos do Cédigo Penal. 2. Atenta a sittagSo socioecanémica da pessoa em causa se, substituigio do instrumento, produto ou vantagem pelo Pagamento ao Estado do respective valor se mostrar injusta ‘ou demasiado severa, pode o tribunal atenuar equitativamente ‘05 valores referidos no niimero 3 do artigo 8, nimero 4 do ar tigo 9 e mimero 3 do artigo 10, todos da presente Lei Arico 12 (Prazos de prescricéo) 1. Quando, 20 abrigo do mimero 3 do artigo 8, do niimero 4 do artigo 9oudo mimero3, do artigo 10da presente Lei, ou ainda de legislagio especial, for determinada a substtuigio da perda em espécie pelo pagamento ao Estado do correspondente Valo, aplicam-se os prazos de prescrigio previstos para a pena ou para a medida de seguranca concretamente aplicada 2414 — (4) SERIE — NUMERO 246 2.Nos casos em que nio tenha havido lugar a aplicagio de pena ‘ou de medida de seguranca, aplicam-se os prazos de preserigZ0 previstos para o procedimento criminal Peida slargada ‘Arrigo 13, (Perda de bens) 1. Bi caso de condenagio pela pritica dos crimes previstos no artigo 3 da presente Lei, € para efeitos de perda de bens «favor do Estado, prestme-se constituir vantagem de actividade criminosa a diferenca entre 0 valor do pattiménio do arguido « aquele que seja congruente com o seu rendimento licit. 2. Para efeitos do nimero | do presente artigo, entende-se por patriménio do arguido o conjunto dos bens: 4a) que estejam na titularidade do arguido, ou em relagio 05 quis ee tenha 0 dominio ¢ 0 beneficio,& data da consttuigio como arguido ou posteriormente: ») wansferidos para terceiros a titulo gratuito ou mediante contraprestagao, nos cinco anos anteriores cons- tituigdo como arguido: ©) recebidos pelo arguido nos cinco anos anteriores A constituigio como arguido, ainda que nao se consiga determinar o seu destino. 3. Consideram-se sempre como vantagens de actividade ) as despesas pags’ ©) as despesas por pagar, quando regularmente efectuadas: d) 0s actives, passives, influxos e exiluxos diferidos, existentes& data do encerrament €) 0s rendimentos nele gerados: ‘0s gastos nele suportados: ‘g) as contibuigSes para o paltimsnio Liquide e as distei- bhuigdes nele ocorridas; 1 os direitos e obrigagSes contingenciais, STAFE coi CAPITULO I Subsistemas do SISTAFE SPCCAO! ‘Subsistema de Planticagso Orgamentagio ‘Subseccao! COrganizagao © competéncias ‘Anmico 10 (©rganizagao) ‘OSubsistema de Ptanificagdo e Orcamentagao, abreviadamente designado por SPO, compreende normas, procedimentos, érgiios gies do Bstado e entidades descentralizadas, que nos processos de planitieagao e orgamenta Anno I (Competencies) Compete aos Srgios ¢ instituigGes do Estado ¢ entidades descentralizadas que integram o SPO: 4a) realizar estudos e pesquisas sécio-econsmicase andlises de politicas piblicas: +) preparar e propér os elementos necessérios para a elaboragio dos instrumentos de planificagio e orea- mentagio: «)formular os instrumentos de planificagio e oreamentacao, observando os aspectos inerentes aos riscos fiscais: 4) promover a articulagao conjunta e permanente entre (0s Grgaos ¢ instituigdes do Estado e entidades descen: tralizadas, visando a compatibilizagio de normas € tarefas afins, para a elaboragao dos instrumentos de planificagao ¢ orgamentagi: €) coordenar, consolidar € supervisionar a elaboragdo de normas que tegem os instrumentos de planificago € orgamentagio: ‘P)estabelecer & manier os classificadores do plano e orga mento, g) elaborar e garantir 0 cumprimento das normas € procedimentos de controlo intemo para o aleance dos resultados programados: hy) prevenir praticas ineficientes, anti-éticas © anti econdmicas, eros, fraudes, desvios e outras préticas inadequadas ou lesivas para o Estado. ‘Subsecgao I Instrumentos de planificagao e orcamentagso Arico 12 (Principios) Naclaboragdo dos instrumentos de planificagdo ¢ orgamentago ‘observam-se, de entre outros, os seguintes prineipios: 4) sustentabilidade das finangas puiblicas, que consiste na capacidade de financiar todos os compromissos, assumidos ou a assumir, observando os récios da sustentabilidade da divida publica: +) estabilidadee solidariedade reefproca, que se traduzem na obrigagio de toda a Administragio Péblica contribuir para a consisténcia dos instrumentos de planifieagio « orgamentagao com as poiticascestratégias de desen volvimento nacional: ©) participagao, que consiste em assegurar a auscultagao da sensibilidade da sociedade na elaboragao dosinstru- ‘mentos de planificagdo ¢ orgamentagdo: 4) equidade inter-geracional, que consiste na distibuigao de beneficios e custos entre as geragGes: ¢) retomo econémico e social, que eonsiste na obtengio de beneficios econdmicos ¢ sociais superiores 0s respectivos custos ineorridos; ‘) gest orientada para resultados, que consisteem orientar as intervengdes ¢ afectagio de recursos para os objec tivos que se pretende alcancar;, 4) equidade, que consiste em reduzir as diferencas entre as necessidades ¢ as capacidades de as suportar e priorizar a transferéncia dos recursos para as regiGes ‘menos présperas. 2414 — 8) SERIE — NUMERO 246 Antico 13, (instrumentos de Ptaniticagao e Orcamenta¢ao) Constituem instrun 4) a Estratégia Nacional; +) as Estratégias Sectoriais (6) as Bstratégias Tersitoria 4) 9 Programa e Plano Quinquenal: ¢) 0 Censitio Fiscal de Médio Prazo: ‘10 Plano Econémico e Social e Orgamento do Estado. nos de planificagio e orgamentagio: Axrico 14 (€stratégia Nacional) 1. ABtratégia Nacional define os objectivosde desenvolvimento 4do Pais, quantificando e qualificando-os mediante objectivos, indicadores e metas indieativas, com horizonte temporal minima de 20 anos. 2.A Estraégia Nacional € elaborada de forma participativa ¢ inclusiva, com base em diagnésticos, consultas, estudos, inquéritos especificos ¢ outros instrumentos de referéncia, ‘nacionais e internacionais,estruturada por Plares e Progransas 3. A Estratégia Nacional 6 elaborada pelo Governoe submetida Assembla da Republica para a sua aprovagio. Agrico 15 (Estrategia Sectoral) 1. A Estratégia Sectorial define os abjectivos, as acgoes, ‘os proxlutos eos resultados para 0 desenvolvimento do sector com vista ao aleance dos Pilares ¢ Programas definidos na Estratégia Nacional, salvaguardando a missio e a visio do sector, com horizonte temporal de 10 anos. 2.A Estratégia Sectorial é elaborada de forma participativa, ¢ inclusiva, com base em consultas, estudos, inguéritos especificos, estruturada em Programas e deve ser valorada 43.A Esttatégia Sectorial é elaborada pelo sector e aprovada pelo Governo. Agric 16 (Estratégla Territorial) 1. A Esteatégia Territorial define os objectivos, as acgées, (08 produtos ¢ os resultados para o desenvelvimento do teritsrio, com vista ao aleance do estabelecido na Estratégia Nacional, salvaguardando a missio € visio do territério, com horizonte temporal de 10 anos. 2. Estratégia Territorial € elaborada de forma participativa € inclusiva, com base em consultas, estudos, inguéritos cespectficos, integra os Programas ¢ deve ser valorada. 3. A Estratégia Territorial é elaborada pelo érgdo que representa o Estado no territério, com a participacao das entidades descentralizadas e aprovada pelo Governo. Arrigo 17 (Programa e Plano Quinquenal) 1.0 Programa Quinquenal define as prioridades do Governo para o aleance dos objectivos da Estratégia Nacional ¢ tem horizonte temporal de cinco anos. 2. O Programa Quinquenal € elaborado pelo Governo, estruturado em Programas € deve apresentar uma estimativa de custos e & aprovado pela Assembleia da Republica. 3.0 Plano Quinquenal define as prioridades das entidades descentralizadas para o alcance dos objectivos da Estratégia Nacional e tem horizonte temporal de einco anos. 4. O Plano Quinquenal € elaborado pelas entidades descentralizadas, estruturado em Programas, deve apresentar uma ‘estimativa de custose ¢ aprovado pelas respectivas Assembleias. 5.0 Programa eo Plano Quinquenal constituem documentos, corientadores para a elaboragio do respectivo plano anual ‘Antico 18 (Cenério Fiscal de Médio Prazo) 1.0 Cenatio Fiscal de Médio Prazo identifica as projeecdes de crescimento econsmico, a receita fiscal, onivel de fiscalidade, 1 despesa publica, os riscos fiseais e medidas de mitigagio para 1 materializagao do Programa Quinquenal 2. 0 Cenétio Fiscal de Médio Prazo € rolante, com horizonte temporal de trés anos ¢ serve de base para atribuigao dos limites para elaboragio do Plano Econémico Social e Orgamento do Estado, 3..0 Censtio Fiseal de Médio Prazo é elaborado com base nas Estratégias Sectoril, Territorial ¢ no Programa Quinquenal, € estruturado em Programas ¢ garante a articulago entre ‘0s instrumentos de Longo, médio e curto prazos.. 4.0 Cento Fiscal de Médtio Prazo € elaborado pelo Ministro que superintende as areas de Planificagio e de Finangas © € aprovado pelo Governo, ‘Atico 19 (®iano Econémico e Sociale Orcamento do Estado) 1.0 Plano Econémico e Social e Orgamento do Estado define ‘0 principais objectives econémicos e sociais e de politica financeira do Estado, identifica a previsio da receitasaarrecadar, as acgdes € 0s recursos necessérios para a implementagio do Programa e Plano, num horizonte temporal de um ano, 2.As entidades descentralizadas devem claborar a sua proposta 4oPlano e Orgamento, de acordo com as normas e procedimentos definidos na presente Lei 3. A proposta do Plano Eeonémico ¢ Social € Orgamento do Estado € elaborada pelo Govemno com base nos limites ‘efinidos no Cenério Fiscal de Médio Prazo. ‘Axaico 20 (Prineipie do Plano Econémico e Socal © Oreamento do Estado) 1. Na preparagio € exccugio do Plano Econémieo ¢ Social « Orgamento do Estado observa, de ente outros, os seguintes Princfpios e regras 4) anualidade, nos termos do qual o Plano Eeondmica e Social © Orgamento do Estado, tem um periodo de validade e de execugio anual, sem prejuizo da existéneia de programas que impliquem encargos plurianuais >) unidade, na base do qual o Plano Eeonémico e Social ¢ Orgamento do Estado é apenas um: ©) universalidade, pelo qual todas as reecitas e todas as despesas que determinem alteragses a0 patrimnio do Estado, devem nele ser obrigatoriamente inseritas; a)especificagio, segundo o qual cada reesita e cada despesa deve ser suficientemente individualizada: €) ato compensacio, através do qual as receitas © a8 des- ‘esas devem ser inscitas de forma iiquida J) no consignagio, por forga do qual © produto de quaisquer receitas nio pode ser afectado & cobertura de determinadas despesas especificas, ressalvadas as excepgdes previstas no mtimero?2 do presente artigo: 4) equiltrio, com fundamento no qual todas as despesas previstas no Plano Econémico e Social e Orgamento do Estado devem ser efectivamente cobertas por reccitas nel inseritas; 23 DE DEZEMBRO DE 2020 2414 — 9) 1) publicidade, em conformidade com qual a Lei que aprova o Plano Econdmico e Social e Orcamento do Estado, as tabelas de receitas e as tabelas de des- pesas, e bem assim as demais informagdes econsmicas e financeirasjulgadas pertinentes devem ser publicadas em Boletim da Republica. 2. Exceptuam-se do prinefpio da nfo consignagio os eas0s em que 4) por virtude de autonomia administrativa e financeira, as receitas tenham de ser afectadas a determinada fim espectfico ou a determinada instituigio ou instituigdes: +b) 08 recursos financeitos sejam provenientes de operages especificas de erédito piblico: ‘0s recursos provenientes decorram de donatives, herangas, ou legados a favor do Estado com destino especifico 4) 0s recursos tenhamn, por lei especial, destino especffico. 43. Constitui excepeiio ao prinespio da especificagio ainserigao rio Plano Econémico e Social e Orgamento do Estado de uma dotagao provisional, prevista no artigo 22 da presente Lei Arrigo 21 (€strutura e conteide da proposta do Plano Econémico e Social 1 Orcamento do Estado) A proposta do Plano Econémico ¢ Social ¢ Orgamento do Estado deve conter: 44) a previsio de execugio do Plano Econémico ¢ Social © Orgamento do Estado do ano corrente em relacéo a proposta, realgando o contexto internacional € nacional, os principais objectivos, medidas de politcas, com previsao para os dois anos seguintes: b) a execugzo do Plano Econdmico e Social e Orgamento do Estado referente aos dois anos anteriores a0 que a proposta diz respeito: )0s principais indicadores econémicos e sociais do Plano ‘eOrcamento dos érgos de governagio descentalizada: 4d) a informagio das receitas e despesas de acordo com 0s principais classificadores, incluindo dados para o ano da proposta e do ano anterior ao que a proposta diz respeito, com discriminacio pormenorizada e sua fundamentagao: ©) a quantificagio das despesas fiscais, nomeadamente isengées, dedugdes e créditos, devidamente fundamentada; J) as transferéncias as autarquias locais ¢ limites aos rglos de governagio descentralizada, devidamente fundamentados 8) aprevisio do défice fiscal ou do superavit 1h) a demonstracao do financiamento global com diseriminagdo das prineipais fontes de recursos: 3) ainformagio de riscosfiseais e medidas de mitigagio: J) a informagao actualizada dos indicadores da divida publica; J 08 actives financeiros de acordo com as regras nternacionais 1) a relagio de todos 08 6rgdios ¢ instituigdes do Estado, entidades descentralizadas, institutos e fundos pblicos, fundagées piblicas ¢ empresas piblicas: :m)os anexos dos planos e orgamento das autarquias locais.. Antico 22 (Dotagée provisional) 1. A proposta do Plano Econémico e Social ¢ Orgamento do Estado deve prever uma dotagio que constitui uma provistio para fazer face as despesas no previsiveis 2. A dotagio provisional referida no niimero 1 do presente artigo fica sob gestdo do Ministro que superintende as areas de Planificagio e de Finangas, por forma a permitit a sua afectagao em momento oportuno e atempado, Axrico 23 (Prazos de elaboracdo e submissso da proposta do Piano Econémico e Socal e Orcamento do Estado) 1. Os érgaos de governacio deseentralizada devem submeter 4 proposta do Plano ¢ Oreamento a aprovagao das respectivas ‘Assembleias até 30 de Junho do ano anterior. 2.0 Plano e Orcamento dos érgaos de governagio descentralizada, aprovado pelas respectivas Assembleias € parte integrante da proposta do Plano Econémico¢ Social ¢ Orgamento do Estado e deve ser submetido a0 Govemo até I de Agosto do ano anterior. 3. O Plano € Orgamento das autarquias locais, aprovado pela respectiva Assembleia, deve ser submetido ao Governo até I de Setembro do ano anterior. 4. A proposta do Plano Econdmico e Social ¢ Orgamento do Estado € elaborada nos termos do miimero 3, do artigo 19 da presente Lei, e submetida pelo Governo a aprovacao, da Assembleia da Repiiblia até 15 de Outubro de cada ano. 5. A Assembleia da Repiblica aprova a proposta do Plano Econtmico e Social e Orgamento do Estado até 15de Dezembro de cada ano, 6. Nao sendo aprovada @ proposta do Plano Eeonémico ¢ Social ¢ Orgamento do Estado, 0 Governo apresenta A Assembleia da Repiibliea uma nova proposta, no prazo de 60 dias contados a partir da data da sua rejeigao ‘Antico 24 (Recondugio do Piano Econémica 6 Social e Orcamento ‘do Estado) 1 Nio sendo aprovada a proposta do Plano Econsmico e Social ¢ Orgamento do Estado nos termos de numero 6 do artigo 23 ¢ reconduzido o do exerefcio econsmico anterior, com os limites nele definidos, incluindo os ajustes verificados a0 longo desse exercicio, mantendo-se assim em vigor até & aprovagio de novo Plano Econsmico e Social e Orgamento do Estado. 2. A manutengo da vigéncia do Plano Econémico e Social Orgamento do Estado reconduzido nos termos do nimera 1 do presente artigo, abrange a manutengao da autorizacio para cobranga ¢ recolha das receitas ¢ realizagio das despesas previstas, incluindo as dotagSes e transferéncias das entidades \escentralizadas salvo aquelas, cujos regimes vigorariam apenas, até 20 final do respeetivo exerescio, 3..A realizagao das despesas previstas no Plano Econémico € Social e Orgamento do Estado reconduzido deve obedecer, como rogra ao prine(pio da utilizagdo por duodécimos das verbas nele fixadas, podendo o Governo, em casos espectficos, devidamente fundamentados, aprovar outro eritério para despesas especificas ‘que nao possam set realizadas na base de duodécimos. Arico 25 (Alterages no Plano Econémico e Social e Or¢amento do Estado) 1. As alteragdes dos limites fixados no Plano Econémico «© Social e Orgamento do Estado sao efectuados por Lei sob proposta do Governo, devidamentefundamentada, 2 Sao permitidas apenas duas alteragdes dos limites fxados sno Plano Bcondmico e Social e Orgamento do Estado no exerecio econémico, devendo a tim ser até 30 de Novembro 3. Eda competéncia do Governoa reistribuigio das dotagdes dentro dos limites estabelecidos na Lei que aprova 0 Plano Beonsmico Social e Orsamento do Estado 2414 — (10) SERIE — NUMERO 246 4. O Governo pode efectuar reforgos no Plano Eeonémico @ Social e Orgamemto do Estado, utilizando, para o efeito, ‘adotagdo provisional prevista no artigo 22 da presente Lei, desde {que os mesmos sejam devidamente fundamentados. ‘Subseceao It ‘Aspects gerais dos instruments da planiicagao e orgamentagio Anrico 26 (Receitas) 1 .Constituem receitas puiblies, todos 0s recursos monetirios ‘ou em espécie, seja qual for a sua fonte ou natureza, postos A disposigio do Estado, com ressalva daquelas em que o Estado seja mero depositrio temporiti. 2. Nenhuma receita pode ser estabelecida, insrita no Plano Econémico e Social e Orgamento do Estado ou cobrada senso em virtude de lei 3. Os montantes de receita inscritos no Plano Eeonémico € Social e Orcamento do Estado eonstituem li 1 serem cobrados no correspondente exercicio, ‘Awnico 27 (Despesas) 1. Constitui despesa pablica todo o dispéndio de recursos monetirios ou em espécie, seja qual for a sua provenigncia ‘ou natureza, feito pelo Estado, com ressalva daqueles em que © beneficidrio se encontra obrigado a sua reposigio. 2. Nenhuma despesa deve ser assumida, ordenada ou realizada, ‘sem que, sendo legal, se encontre inscrita no Plano Econémico € Social e Orgamento do Estado aprovado, tenha cabimento na correspondente verba orgamental e seja justificada quanto sua economicidade, eficigneia,eficdcia e resultados. 3. As despesas sé devem ser assumidas durante 0 ano ‘econsémico para o qual tiverem sido planificadas e orgamentadas. 4, As dotagSes orgamentais constituem o limite méximo ‘utilizar na realizago de despesas pulblicas, no correspondente exereicio, ‘Avrico 28 (Programas) 1. Programa é um conjunto de subprogramas ou acgdes com objectivos especificos ¢ earacteristicas comuns, orientados para o fornecimento de bens ¢ serviges publicos. 2. Os programas so constituidos por subprogramas que se subdividem em projectos e actividades, de carter plurianual, que concorrem, de forma articulada e complementar, para a coneretizagio dos objectivos da Estratégia Nacional 3..Os programas podem ser implementados por um ou virios ‘rgiose insituigdes do Estado e entidades descentralizadas. “4. Os programas slo geridos por um Coordenador designado pelo Gover, sob proposta do Ministro que superintende a drea de Planificagao. 5.0 Coordenador, como responsivel do programa garante a artculagao inter e intra-seetorial para a sua implementagao. Agrico 29 (investimentos publices) 1,05 Grgios einsttuigdes do Estado e entidades descentralizadas devem formular os investimentos piiblicos a serem inclutdos anualmente no Plano Eeondmico e Social e Orgamento do Estado, ‘endo como base os Programas aprovados na Estratégia Nacional 2. A avaliagdo e aprovagao dos investimentos publicos teferidos no mimero I do presente artigo é feita nos termos a regulamentar. 3. 0 investimento piblico aprovade $6 pode ser inclufdo no Plano Econ6mico ¢ Social e Orgamento do Estado se tiver financiamento garantido. Arrigo 30 (Ciassiticadores do plano e oreamento) 1. Compete a0 Governo aprovar ¢ manter os classiieadores do plano e orgamento, cuja estrutura obedega ds seguintes regras; 4) a receita € classifieada de acordo com os eritérios econsmico, territorial e por fontes de recurso: b) a despesa € classificada de acordo com os eritérios orginico, territorial, econémico, programiético ¢ fun ional. 2. Aclassificagio econsmica, tanto da receita como da despesa, ‘compreende as seguintes cate gorias: 4) comrente; ») de capital. Arrigo 31 (Acordes e contratos internacionais) 1. A assinatura de acordos € contratos internacionais ‘que impliquem a assunglo de responsabilidades financeiras para 6 Estado ou envolvam matéria fiscal earecem de prévia autorizago do Ministro que superintende a érea de Finangas. 2.A falta de autorizagio do Ministro que superintende a érea de Finangas determina a nulidade do acordo ou do contrato, nao ppodendo por isso serlicenciada qualquer transferéncia cambial 3. Os contratos celebrados ao abrigo dos acordosinternacionais deven ‘ibunal Administrative, no prazo ‘de 30 dias, para efeitos de fisealizagio nos termos da legislagio aplicavel. ser remetidos a0 1 ‘Antico 32 (Escslonamento de encargos contratuss) Os compromissos resultantes de leis, acordos ou contatos firmados pelos drgios ¢ instituig6es do Estado, nos termos 4d artigo 31 da presente Lei, que envolvam despesas para mais ‘de um exercicio econsmico, devem apresentar 0 escalonamento plurianual dos respectivos eneargos. associado a0 respectivo enquadramento no Plane Econémico ¢ Social ¢ Orgamento 40 Estado, para que a liquidacio do encargo esteja garantida na dotagéo do ano do pagamento do respectivo montante escalonado. SECCAOTI ‘Subsistema da Contabiidade Pabiica Subsecgao! COrganizagao e Competéncias Arrigo 33 (Organizacto) © Subsistema da Contabilidade Péblica, abreviadamente designado por SCP, compreende notmas, procedimentos, xpos ‘instituigdes do Estado eentidades deseentralizadas que intervém em todas as actividades de mensuragao, registo, tratamento ¢ acompanhamento das operagées relativas a administeagio ‘orgamental,financeirae patrimonial ede todos os actos efactos susceptiveis de afectar patriménio do Estado, com vista A claboragio das demonstragses financeiras € ou contabilisticas.

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