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AlVORADA IA ALVORADA = Boletim da Comunidade de Jovens Franciscanos (CJF) Caixa Postal, 00] Santos Dumont - MG - 36.249 IEGUIPE DE REDACAO E PRODUCAO: Claudio Teodoro Alves Everaldo Luiz Reis Gomes José Vicente Lopes da Costa Mauro Francisco de Jesus Ocimar Messias Lima Dias JAPOIO: Fr. Célio de Oliveira Goulart Fr. Marcio Carneiro Cabral I MPRESSAQ: Grafica do Colégic Santo Antonio Belo Horizonte - MG “A ALVORADA® EDITORIAL O homem € eterno quando seu trabalho perma- nece", Através desta publtcagao de "A ALVORADA", nés queremos marcar este ano de 1986 no qual tantas cotsas foram realizadas na vida da C.J.F. Cada artigo que nela se _encontra, grava os' mentos vivtdos por todos nds. FE para sempre eles permaneecerao em nossas memortas. Esta revtsta visa comunicar aos nossos Letto- res a experténcta pecultar do nosso viver Nao queremos fazer literatura - o lettor per- cebera logo - mas, transmitir de modo simples nossos ansetos. De um modo espectal desejamos homenagear nos- 80 ex-mestre fret Geraldo van Buul, que comple- tou 25 anos de Vida Religtosa, dentre os quats boa parte vividos aqut no nosso Seminario. Dese- jamos também homenagear nosso querido fret Ben- to, por suas bodas de ouro de Vida Sacerdotal. Ele nos conta um pouco de sua experiéneta de "veltho franctseano e de velho sacerdote". Contamos nesta edigdo com a participagado dos postulantes de Sao Jodo del-Ret, que nos falam de suas experténctas. A eles, nossos agradecimen tos. Agradecemos aos carissimos lettores que es- pontaneamente se dispusererem em ler nossa re- vista. Fraternalmente, a egutpe de redacao. * O apelo de Sao Francisco hoje HILTON FARIAS (12 ano) Francisco de Assis, essa fi. gura maravilhosa que viveu en- tre os séculos XIl e XIII, é- poca agitada pela burguesia nascente, foi um jovem cheio de ideais. Resolve abandonar tudo e viver uma vida austera. Era uma vida segundo os en- sinamentos evangélicos, visan- do sobretudo a pobreza. Fran- cisco consegue levar o seu ca- risma aos coragoes duros e he- réticos de sua época: leigos e clérigos, homens ilustres ¢ simples, pessoas que sentiam oe desejo de progredir na fe. As caracterfsticas de sua Ordem eram: a Minoridade, a Fraternidade e a Apostolicida- de. E logo seu pensamento e sua vida foram seguidos por milhares de pessoas. Sua Ordem esta espalhada pelo mundo. Va- rios sao os ramos da familia Seine te iter nena Hoje continua ardendo no coracao dos jovens essa chama viva do ideal franciscano. Os jovens continuam sendo prepa- rados para essa vida de missao como Sao Francisco desejava. E este é um dos objetivos da Comunidade de Jovens Francis- canos aqui em Santos Dumont: cuidar da preparagao dos futu- ros franciscanos. ww GILSON OLIVEIRA(3° ano) - Correia, reuna a e- quipe de decoragao. Veja com Gilson as flores da capela. - Claudio, reforce a equipe do teatro. José Maria, Ja mon- = Pred o cardapto. tou? Sao as falas dos mes- tres e do Guardiao. & preciso que o Serafico se vista de gala para a grande festa. Frei Bento ps eel Ce ps Tae Gan Beane to organize um time ve voley. Q@ Noviciado wird! = Co-coré-coc6!, can- ta o galinho no patio. Aos poucos todos se 1le- vantam, inclusive os con- vidados que pernoitaram em nossa casa: confrades, novigos, postulantes, a- migos. 0 sol sai por enquan- to sé para cumprimentar os homenageados e logo se camufla entre nuvens para voltar mais tarde~ QO vento entao resolve também cumprimentar e chega em forma de uma brisa dmida e todos co- como que abragados por ele se arrepiam, mas na- da de blusa. Tliim, tlim... soa o sino. Vamos tomar café e como nao podia deixar de ser, ressoa no refeité- rio o "lo vivat, nos- trorum sanitas...". E hera da Missa. 0 coral se apronta. Houve a concélebragao: os ho- menageados com o Guar- diao eo Pe.Haroldo. Frei Berardo féz a ho- milia, falando sobre a Vida Religiosa e o Sacer d-ocio. Lembrou-nos da presenga de frei Geral- Bento, que em sua simpli. cidade deixou rosar 9 rosto. Apés a Missa: cum primentos, abragos... - Irmaéos, agora um jo guinho. Bola pra 14, bola pra Ca... Que pena! Que bom! 0 Noviciado ganhou de 3 a 2 a partida de voley. Passa-se o tempo. No- vamente os grupos se ren unem. - Vamos almogar, diz frei Berardo. St Te See Men, Paden tas da cozinha. Entram OS gércons que servem um ponche com canapés, dando abertura a um des- file de iguarias. Ha confusao no refeitdrio com talheres, tagas e€ o que escolher. Meu Deus! Cai uma bandeja de faro fa, mas tudo e festa e alegria, estampadas no rosto de todos. Pausat Membros da C.J.F. e convidados mostram seu carinho para com os ho- menageados, em forma de musicas. 0 almogo continua, séndo encerrado com uma torta de frutas, £ hera de descanso. Formam=se grupos para o bate-papo. Outros tiram uma soneca. Mais tarde... banho, jantar, os artistas ten- sos... Frei Marcio nem conversa, E chegada a hora, entra em cema Cha- petuba Futebol Clube, pega de Oduvaldo Viana Filho. Apesar de ter si- do preparada em um més, o publice gostou. Foi bom o émpenho de todos. - Que penat A festa acabou. To- dos aos poucos retornam as suas tarefas. No cora ga0 dos que ficam, o va- zio por Frei Geraldo e a alegria de ainda poder conviver com Frei Bento. Estas duas figuras nao as esquecemos tao facilmente. COMODIMO Primeiro levaram os ¢o- munistas, mas nao me importei, porque eu nao era comunista. ed Em seguida levaram al- guns operdrios, mas nao me importei, porque eu tampouco era. i | a Depois detiveram os sindicalistas, mas eu nao me importei,| porgue ey nao sou sindicalista. ee Logo aprisionaram al- guns padres, mas como eu nao sou religiose, tampouco me importei. fence pa] Agora levaram a mim, mas ja @ tarde. Lop ne ae | A EXPERIENCIA DE ASSIS F_CELIO’GOULART No coracao de todo seguider do ideal franciscano ha um pro Fundo desejo de conhecer Sao Franciseo e tudo aquilo que se refira & sua pessoa. Assim a- conteceu para mim neste ano de | da la “Experiéncia Assis''. 1986 uma grande graca: visitar @ cidade de Assis, onde nosso Serafico Pai masceu, viveu a sua infdncia e Juventude, como ‘também sua vida de um radical seguidor do Evangelho a partir da fundagao da Ordem dos I rmaos Menores. No Capitulo Geral dos Fra- des Menores do ano passado, re solveu-se que seria de grande utilidade aos franciscanos da América Latina que assumem a~ tividades na Formagao Inicial de suas Provincias e Custodias fizessem uma experiencia de vi sitar_os lugares franciscanos Itali Foi assim criada Talvez vocés estejam pen- sando: ''mas que turismo bom!'', nao é mesmo? Para que tal ex- periéncia nao se perdesse em uma jornada turfstica, foi de tal modo preparada a fim de pProporcionar a seus partici- pantes momentos de estudo, di- as de retiro pessoal e comuni- cas franciscanas, partilha de experiéncia do que se realiza no campo da Formagao Inicial na América Latina e na Ordem. Nesta primeira "Experiéncia Assis", éramos 42 latino-ame- ricanos da Ordem dos Frades Me nores, assim distribuidos: 14 brasileiros, 9 mexicanos, 6 co| lombianos, 4 peruanos, 3 chile nos, 2 argentinos, | paraguaio, 1 equatoriano, | salvadorenho e 1 nicaraguense. Tivemos a ~ coordenagdo de 2 confrades ar- gentinos que estao ha alguns anos prestando servicos a Or- dem na Curia Geral. Comegamos nossa experiéncia em Roma, com o objetivo de co- nhecer os lugares histdéricos desta cidade que deslubra qual quer visitante, como também es tudar o relacionamento e a pre senga de Sao Francisco e dos franciscanos na cidade dos Pa~ pas. Ao final da experiéncia, também passamos mais alguns dias em Roma, culminando nossa estadia feliz em Roma com a audiéncia papal na Praca de Sao Pedro, Sainda de Roma, passamos pelo Vale de Rieti, onde es- tao os Eremitérios de Fonte Colombo, Poggio Bustone, La Foresta e Greccio, Em seguida fomos @ Assis, af permanecendo por mais de um més, visitando Porciuncula, Basilica de Sao Francisco, BasTlica de Santa Clara, Catedral de $a0 Rufino, Rivotorto, Carceres, Perugia, Spoleto, Spello, Foligno, La- go Trasimeno, Gubbio, Cortona, Montecasale, Alverne... Cada lugar nos fala a sua maneira: pela simplicidade ou pela grandeza, pela natureza t&o exuberante do Vale da Umbria ou pelo frio rigorasa do Monte Subasio... De tudo, porem, fica uma certeza: a presenca muito palpavel do nosso Pobrezinho de Assis, Ele parece muito vivo, muito ele mesmo nas ruas da sua cidade, nos Eremitérios, nos frades que nos acolheram, nas claris- sas em seus mosteiros, numa multidao de peregrinos, diver- sificada em ragas, idades e in teresses que cruzavam os nos- sos caminhos. Passados cinco méses ainda sinto dificuldades em avaliar a riqueza de uma experiéncia que tao gratuitamente recebi e que levarei sempre comi go. Signore tibenedica v ti custodisca+ i mostrila Sug daccia 20 abbia misericordia Silex Volga ateilSuo squarde wlidia paces JL Signore ti benedicas FLOR DE PRIMAVERA ‘VERIVALDO Lopes (29 ano) oA. srinavers chega alucinando o coracgao inguieto, confortando com as doces e mei- gas flores do otimismo. O inverno se despede com a missao de transformar lares, de preparar novamente um novo chao... Sejas a compreensao em esplendor, compreenda-me; preciso de PAZ... de PAZ decidida,. Ndo iras murchar por te sentires aban donada, nem perderas tua exuberante for- mosura. Oh, flor das flores... Seras em meu jardim a rainha absoluta, veneravel, transmitindo beleza e enfei- tando com_humildade o grande espaco que te rodeara... Este deixa-se levar Suavemente apos preparar uma longa noite o dia em que aparece com a claridade da primavera. 6, como @s forte e poderoso! Deixes que seja levado como uma doce cangao, melodiosa aos meus ouvidos. E ausente de alentos teus, como a | garga que procura a paz, colocar-me-ei diante de ti, oh, flor das flores... NaQ temas, Bode weg pois continuaras a ser um simbolo puro, casto, objetivo na nature- Em meu jardim seras elevada ao trono supremo, e@ 1a ninguem te incomode, oh, flor das flores... xn viveras em paz sem que A EXPERIENCIA COMUNITARIA DOS NOVATOS PEDRO CARNEIRO (TANO) Ges em qualquer experién- cia de nossa vida, nao encon- tramos caminhos planos, fa- ceis. Deparamos muitas vezes com estradas tortuosas, diff- ceis e isto nos ajuda a cres- cer em nossa opgao vocacional. Em nossa comunidade francis cana existem os momentos de a- legria, diversao, estudo e o- ragao, os quais nos proporc nam um desenvolvimento vocacio nal e humano. ~ As vezes em nosso relacio- namento comunitarfo encontra- mos dificuldades. Muitas vé- zes nos questionamos a respei- oa- te paee. toned oan hema no e de nossa vida aqui, na Comunidade de Jovens Francis~ canos. Contudo, ao analisar- mos o nosso relacionamento co~ muni tario, sentimos que a ex- periéncia que estamos tendo junto com oS nossos irmaos do segundo e terceiro ano é€ um ambiente muito favoravel, onde a cada dia vamos cami- nhando com ajuda de Deus e de nossos formadores. Nés procuramos caminhar e sustentar o ''vem e segue-me!! a nos dirigido pelo SENHOR. E isto que nos da esperangas de um dia atingirmos o nosso i- deal, como homens e auténticos awe MUD € E PREE AR Iso ANISIO HONORATO (3°ANO) He x Cea as mudangas ocorridas por ocasiao do Ultimo Capitu- lo Provincial, comecou mais um-ano para nés, jovens fran- ciscanos. Para uns foi um novo tempo para retomar as ativida-. des, para outros: uma nova ex- periéncia de vida. Novas pes- soas, novos mundos e a comuni- dade da sinais de que as mu- dangas ocorridas foram planta- das visando o bem e o valor de cada um. E também foram plan- tadas visando o bem e o valor de cada um. E também Proporcio nar o sabor de "sal da terra!’ € com isto crescer principal- mente no objetivo de nossa yvo- cagao: crescer como pessoa hu- mana. As inovagoes nos levam a viver uma nao-alienagao e nos 10 * mos tram que viver do passado é decadéncia. A comunidade, grafico de avaliacao, aponta que as mudancas na formagao foram, sem duvidas, para ci- ma. O que foi eo gue esta sendo feito no plano de melho rias @ muito bom. Unamo=nos todos para que este mudar continue tendo em primeiro lugar a caridade e que tenha sempre a forga e a vida, unindo-nos. Tenho certeza que nao fica remos presos nem na saudade, nem na filaucia que podem nos levar os olhos para aplaudir as coisas boas, que sem duvi- da, ainda vao ocorrer. Re ee te ee at ae Yo ITRADALHU JAIME EDUARDO (12% ano "Trabalhai nao pela comi- fazeres, para gue possa da que perece, mas pela haver um equilfbrio em que dura até a vida eter- nossas vidas. na, que o Filho do Homem nos dara’. (Jo 6, 27) E ainda, trabalhamos sempre em equipes, o que 0 trabalho para nos na ajuda enormente na cons- C.J.F. tem uma trfplice fi trugao de nossa persona- nalidade. ~ lidade. Por meio do tra- balho nos aprendemos_a vi A primeira é@ que temos ver em fraternidade, a — de cuidar de nossa casa: uma ajuda mitua. Nestes jardins, horta, cuidar das momentos que nés aprende- aves e animais, a limpeza mos a ter amor ao traba- da casa e fazer héstias. lho, fator decisivo para : nossa futura Vida Religio- A outra finalidade e sa. que, com nosso trabalho, . fazemos também uma higie- Enfim o trabalho tem ne mental. Precisamos da um importante papel em no diversidade em nossos a- sa vida e por tudo isto — Procuramos valoriza-lo. 09099999999999 = 6660066666666 QUANDO EU ERA MENI<\(QUER BRINCAR’ NO, BRINCAVA DE "TA-llpe mepico? NA NucA! DO Que fa PASTORAL gadaird tana 't 8S 'e OCIMAR MESSIAS (32 ano) A vies em nosso semina- rio nao consiste apenas em estudo e trabalho mas tam bem em praticar a orienta- ¢80 religiosa que recebemos desde_os tempos de cateque- se até agora, numa busca in- tensa de vida relacionada ao Evangelho. E uma boa manei_ ra que dispomes para reali- zarmos nossas aprendizagens é na PaStoral. Levando em considera¢gao o nosso ideal de vida, nao poderfamos, apesar de es- tarmos em inicio de caminha da, ficar longe do pove que o culto ao Pai nao nos separara a homens, dos problemas da vida, da comunidade de ds, servigos, da Igreja de Deus no dia de hoje e na realidade crua da existéncia' em que participamos das Mis sas, Cultos e Catequese nas diversas comunidades onde os frades de nosso seminario dao assisténcia. Pontos positivos tiramos da Pastoral, pois assim nao estaremos distanciados da realidade que enfrenta o nossa pove. Assim também a prenderemos a lidar com uma comunidade, nao estando 4 frente, mas caminhando jun= to. Como a maioria dos jovens da C.J.F. antes de ingressar no seminario eram inseridos em grupos de reflexdes, de jovens e outros em suas ci~ dades, a pastoral serve por tanto de continuagao a este trabalho. Bem. Isto € um pouco de tudo que vem a significar para estes jovens que anseiam futuramente nao so dedicar poucas horas, mas toda sua vida ao povo de Deus que vi- ve situacao semelhante ao po vo de Egito: a ESCRAVIDAO. jamais dos (Cardeal Arns) (22 ano) EVERALDO LUIZ A: atividades €sportivas sao de grande valor para o erganismo humano. Além de de senvoalver fisicamente, o es- porte renova o psfquico do homem porporcionando momen- todos agradaveis de lazer a todas as pessoas, independen temente da dade. ~ Através também do esporte as pessoas passam a se relan cionar melhor e se conhecer mutuamente, pois aqui o adver sario é antes de tudo um com- panheiro. Devido a tal import3ncia nossa comunidade gue tem sem- pre em vista o bem de seus jovens, tem um espaco reser- do ao esposte. Ela conta com: ~ quadra de futebol de salao ae Co Durante este ano foram realizadas varias competi- goes entre os jovens da co- munidade nas modalidedes de futebol de salao e voley, que diga-se de passagem, es- ta se tornando a nova grande paixdo dos brasileiros. Como em todos os anos, houve aqui em Santos Dumont, nos dias 06 a 14 setembro, os Jogos Estudantis da Pri- mavera com a participagao de todos os colégios da cidade. A participagao do Colégio Santo Antonio, do qual faze~ mos parte foi boa, com des. taque para o time de voley, que foi campeao do torneio na chave C (categoria de 18 anos acima). Termino aqui parabenizando o Colégio e os nossos Irmaos pela honrosa participagao. @ORACAO AMARTEDO_ ALONSO (SANG). No siléncio de uma noite triste Na melodia harmoniosa dos passarinhos Na beleza da lua Na formosura das flores No frio arrepiante Na palavra cativa Na profunda alegria No pensamento inexplicavel Num gesto de amor Num exemplo de vida Na simplicidade invejosa Te sinto fazendo-me descortinar Me ensinando coisas que nunca fiz Me provando coisas que nunca consegui Cheio de misterio Como uma bomba pacifica Uma maneira de olhar Uma parte tao minuscula Que tudo guarda Tudo ve Tudo sente Tudo contempla Tudo suporta entender E bate E por amar demais Ou nao saber como amar Tambem fica machucado Podendo transmitir toda sua antipatia Toda sua falsidade escondida | Tentando silenciar-se no vazio do seu nada | Tentando reduzir através da forga Agredindo com vas palavras Com atos marcantes Podendo transmitir com apenas um olhar Todo o sentimento maldito Toda sua podridao Toda sua vinganca Todo desejo impossivel Todo o vazio de sua propria alma Toda a desgraca e tristeza de nado viver em paz Tentando fazer-se insensivel Perante os acontecimentos Mas no fundo sente E sofre Podendo destruir tudo que @ belo Enfraquecer o que €. forte Silenciar o que fala E odeia Mas ainda bate simbolizando vida E como tambem sabe amar Resta uma semente Que brota repleta de divindade Eo transforma Fazendo-o voltar — lhe revelando em cada batida A inocéncia e a humildade do Amor VIDA COMUNITARIA GERALDO MAGELA (3° ano) esde os primordios da an tiguidade, na obscuridade das cavernas € oculta toda e qualquer id&ia de que o ho- mem consegue Viver isolado de seus semelhantes. Com o pas~ sar do tempo observamos que, na. medida em que se faz presente o progresso cienti- fico e tecnolégico, cresce também a certeza da necessie dade de uniao que o ser huma no almeja. A convivéncia comunitaria . sempre foi para muitos moti~ vo de dificuldades e sacrifi cio, ao passo que, para ou- tros € portadora de paz e a- legria. A arte de viver colocanda a vida em comunhdo nao se re sume no simples gesto de deT xarmos a nossa casa, a famf- lia, mas sim, na coragem de assumirmos a nossa verdadei~ ra personalidade perante os irmaos dacomunidade. desejo de integracdo mitua, nos, membros da Comunidade de Jovens Franciscanos, mes- mo na primeira etapa de ex= periéncia comunitaria, bus~ camos desde ja formar uma verdadeira comunidade. 0 fato de estarmos ainda aspirando a Vida Religiosa nao guer di- zer que ocultamos em nosso meio o desejo de ¢riarmos a harmonia da qual necessi- tamos para o bem comum. Seria em vao falar em co- munidade sem falar também na face machucada de uma vida em comum. Nao vivemos num parai- 50, mas é justamanete atra+ ves dos atritos que encon- tramos espaco suficiente e fertil para o crescimento entre nos. Ser membro de uma comunida de como a nossa significa ter em mente o conhecimento da palavra amor e, no cora- Gao, alento sufici.ente para Vivéela fraternalmente em A FORMACAO INICIAL NA PROVINCIA GIOVANNI RONCALLI[2® ano). ABCD EFOH — para mim motivo de ale- gria escrever sobre a Formagao Inicial em nossa Provincia de Santa Cruz. Acredito num ideal. Um ideal que o Senhor Deus colocou nas maos de cada vivente, de cada homem, 0 ho~ mem € um ser capacitado, inte ligente. Cada pessoa tem uma yocagdo, um chamado de Deus para que ele aja no mundo. E verdade que em tudo que se faz, deve ser para o servico do irm&o, E assim em tudo ha um sinal da presenca de Deus. Todos somos vocacionados. Uma vez que sentimes chamados a um ideal, devemos buscar tra- balhar para alcanga-lo. Esta busca exige 0 nassos esforco cada dia. A vida franciscana & 0 nos so ideal Ser franciscano € assim um ideal a ser trabalha= do por mim e por todos que se sentem chamddos a este tipo de vida. E isto vai acontecen- do através de etapas. Nés aqui na Comunidade de Jovens Franciscanos de Santos Dumont, estamos iniciando nos- sa experiéncia franciscana Somos aspirantes & vida relin giosa franciscana. Creio ser esta a fase mais gostasa na formagao dos franciscanos, por que aqui € 0 infcio, o lugar do chute inicial de um grande jogo que temos pela frente. Nosso objetivo € discernir nos sa vocacao. Para nos o mais importante nesta etapa sao os estudos, uma formacao intelec- tual e humanfstica. Claro que nossa vida aqui também se com= poe de outros elementos ne- cessarios 4 nossa formacao: trabalhos caseiros lazer, o- ragao contatos pastorais com o novo da cidade. A fase seguinte chama-se Postulantado- Tendo conclui- do o 2° grau os jovens vao para Sao Joao del-Rei, onde esta nossa casa do Postulan tado. 0 objetivo desta etapa € que_o jovem avalie bem suas aptiddes e se prepare para ee Sowtgd hae uma passagem @ vida religiosa. »-Terd possibilidades de comple. “@tar seu grau de cultura, rever matérias do 29 grau, ter uma iniciagdo & espiritualidade franciscana. Hd tambem ocasiao para enfrentar um pouco da lu» ta dos trabalhadores rurais pois o Postulantado esta lo- calizado em uma fazenda. 9 passo seguinte é o Novi ciado que . se realiza em Visconde do Rio Branco Ar- risco me a dizer que é uma das fases da Formagao Inicial mais dificil, porque tem o obje- tive de levar o jovem fran. ciscano % uma definicao maior de sua vida e 3 uma espiritua- lidade franciscana mais encar- nada. E para isto o jovem no- vigo tem uma intensa formagao franciscana com seu tempo dedicado 4 oragao reflexao e maior interioridade . A co. munidade e o mestre o ajudarao a uma entrada mais consciente para a comunidade provincial, Durante este tempo estuda-se temas da vida religiosa, fun- damentos bf{blicos e liturgicos, histéria da Ordem Francisca- na e da Provincia. Apds 0 Noviciado vem o tem po Pés-Noviciado, em que se deve continuar a formacao. com o objetivo de consOlidar mais e methor a vocagao franciscana e permitindo ao jovem francis cano fazer sua opgao definiti- va na Ordem. Para isto tera sua formagdo da espiritualida- de franciscana continuada, E— é nesse tempo que se estuda © curso de Filosofia na UCMG e Teologia em Petropolis, ca so 0 jovem franciscano esteja preparando-se para ser um sa- cerdote: Ou se especializar em outras areas de estudos e ati vidades, caso deseja ser um irmao leigo. Caminhando um pouco mais, chegar-se-a aos Votes Solenes, onde o rel gioso franciscano se incorpo- ra definitivamente na Ordem e na Provincia. 0 que nao signi+ fica que o frade ja esteja completado sua formagao fran~ ciscana. Sera com o caminhar na luta por um mundo melhor, na perseveranca e amor 4 voca- ga, como tambem na dedicagao aos irm§os que a Formagao i+ ra se completando FE isto ai! Procurei assim mostrar como se processa a Formacao Inicial em nossa Provincia de Santa Cruz. J# estou no barco desta aventu rae digo que vale a pena cgisa para explicar que eu nao estava compreendendo na - da No fim deu para sentir o tanto que ele no simpatizava com o costume Havia um outro que eu tinha certeza, ele me explicaria e seria bem objetivo Foi uma resposta satisfat6ria, pelo menos naquele momento. Depois comecei a pensar: mas se Je- sus usasse calca jeans, os religiosos usariam? Até que seria uma boa. A "US TOP" se~ ria mondépolio religioso Eo gosto dos jovens pela calca até mudaria, Continuei a buscar, Passados alguns dias encontrei uma boa evortunidade na qual coloaquei esperancas em poder saciar minha curiosidade Neste mundo de hoje ha dix ferencas tantas no nome de certos objetos que a gente nao sabe como chamar isso ou aquilo. Pra conversa fiada qualquer nome que se imaginar para batizar as coisas serve, dé pré entender Tratando de uma conversa com um entendi+ do € bom moderar um pouco. 0 pior & quando surge um assun S cujo jargao a gente nao sa- Conversava com um bispo, sor sinal muito tradicional, cue foi visitar minha cidade natal. Nao poderia detkar de interrogd-lo, com a inquiri. g3o que tantos me refutavam 3 % 2 ¥ po mas n&o chegava em nenhuma ’ solugao satisfatoria, Desta vez deveria jogar a interroga. ¢30 de modogiscreto, sem dar margem para bobeiras. Assim que ele comecou a explicar, arrependi-me de ter perqunta- do. Uma enxurrada de palavras saia de sua boca? alya, paramento, estola, baculo, sangufnio e tantas outras desconhecidas do meu dicio- nario ~ Oh, muito muito bem ex = plicado! Agradeco muito. Falei isso nara ndo_ dizer outra coisa senao seria desabafo Antes de desistir, come~ cei a questionar«me a resnei- to das vantagens que uma ba~ tina pode oferecer. Bem nao sej se é a batina ou préorio nome “padre” Num engarrafamento de tran- sito a policia disparou a fis calizar os motoristas. Logo notei ali um padre. Nao che guei a vensar na minha per= gunta e tdo pouco imaginava aue ali comecaria compreendé- la. guarda nem sequer pe- diu algo para ele. Ficou ane nas na saudagao ¢ tchau. Ben, naquela hora eu queria ser nas dre ou que meus documentos aparecessem ali. Estas historias acontecem!, 35 = ts PAULO EUER TANG vette of ett TAY Jardins de belezas insondaveis, de flores incalculaveis, de areas penetraveis, onde nascem cantores, deixando seus versos de amores. Jardins multicores, de Samambaias, lirios e outros mais, jardins desejaveis e cativantes, cuidados e amados, pelas lembrancas do passado. Jardim verde, amarelo e branco, mesmo que chova tanto, ficarad sempre florido, mais querido e verdejante. Jardins de onde sairam musicas, as vezes esquisitas, mas depois escritas, pautadas e gravadas. Jardim que viu o sol nascer, e depois morrer; as estrelas entre belas palmeiras, que estais a embelezar e cantar. dardim com verde Brasil em suas belezas uniu jovens que a Cristo seguiram. Fico triste porque o dia acaba, e em minha mente apaga; mas logo de manha vem, =e = ae ee gk) | ee

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