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Constituição Federal: Estados Municípios
Constituição Federal: Estados Municípios
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Aprovação da população diretamente interessada, Lei estadual, dentro do período determinado por
através de plebiscito LC Federal
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Lei 9709/98.
Art. 4o A incorporação de Estados entre si, subdivisão ou desmembramento para se anexarem a outros, ou
formarem novos Estados ou Territórios Federais, dependem da aprovação da população diretamente
interessada, por meio de plebiscito realizado na mesma data e horário em cada um dos Estados, e do
Congresso Nacional, por lei complementar, ouvidas as respectivas Assembleias Legislativas.
§ 1o Proclamado o resultado da consulta plebiscitária, sendo favorável à alteração territorial prevista no caput, o
projeto de lei complementar respectivo será proposto perante qualquer das Casas do Congresso Nacional.
§ 2o À Casa perante a qual tenha sido apresentado o projeto de lei complementar referido no parágrafo anterior
compete proceder à audiência das respectivas Assembleias Legislativas.
§ 3o Na oportunidade prevista no parágrafo anterior, as respectivas Assembleias Legislativas opinarão, sem caráter
vinculativo, sobre a matéria, e fornecerão ao Congresso Nacional os detalhamentos técnicos concernentes aos
aspectos administrativos, financeiros, sociais e econômicos da área geopolítica afetada.
§ 4o O Congresso Nacional, ao aprovar a lei complementar, tomará em conta as informações técnicas a que se
refere o parágrafo anterior.
Art. 5o O plebiscito destinado à criação, à incorporação, à fusão e ao desmembramento de Municípios, será
convocado pela Assembleia Legislativa, de conformidade com a legislação federal e estadual.
Art. 6o Nas demais questões, de competência dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, o plebiscito e o
referendo serão convocados de conformidade, respectivamente, com a Constituição Estadual e com a Lei Orgânica.
Art. 7o Nas consultas plebiscitárias previstas nos arts. 4o e 5o entende-se por população diretamente
interessada tanto a do território que se pretende desmembrar, quanto a do que sofrerá desmembramento;
em caso de fusão ou anexação, tanto a população da área que se quer anexar quanto a da que receberá o
acréscimo; e a vontade popular se aferirá pelo percentual que se manifestar em relação ao total da população
consultada.
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter
com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a
colaboração de interesse público;
É compatível com a Constituição Federal a imposição de restrições à realização de cultos, missas e demais
atividades religiosas presenciais de caráter coletivo como medida de contenção do avanço da pandemia da
Covid-19.” STF. Plenário. ADPF 811/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 8/4/2021 (Info 1012).
CAPÍTULO II - DA UNIÃO
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III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um
Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham ,
bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;
IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas
oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas
afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II;
V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;
VI - o mar territorial;
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;
VIII - os potenciais de energia hidráulica;
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.
§ 1º É assegurada, nos termos da lei, à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a
participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de
geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma
continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa
exploração. (EC 102/19)
§ 2º A faixa de até 150 KM de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é
considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em
lei.
STF
Súmula 477-STF: As concessões de terras devolutas situadas na faixa de fronteira, feitas pelos estados,
autorizam, apenas, o uso, permanecendo o domínio com a União, ainda que se mantenha inerte ou
tolerante, em relação aos possuidores.
● São bens da União apenas as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras (art. 20, II, da CF/88).
Súmula 479-STF: As margens dos rios navegáveis são domínio público, insuscetíveis de expropriação e,
por isso mesmo, excluídas de indenização.
● Segundo o STJ, o entendimento exposto na súmula 479 do STF não é absoluto e deve ser mitigado
quando comprovado que o particular possui um justo título sobre a área desaproprianda . Assim, o
particular desapropriado poderá receber indenização por eventuais benfeitorias situadas em terrenos
marginais dos rios navegáveis quando as tiver realizado em imóvel de seu domínio, assim reconhecido,
legitimamente, pelo Poder Público. Caso não possua justo título, logicamente, não serão indenizáveis as
benfeitorias (STJ AgRg no REsp 1302118/MG, julgado em 17/05/2012).
Súmula 480-STF: Pertencem ao domínio e administração da União, nos termos dos artigos 4, IV, e 186, da
Constituição Federal de 1967, as terras ocupadas por silvícolas.
● De acordo com o art. 20, XI, da CF/88, são bens da União as terras tradicionalmente ocupadas pelos
índios.
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Súmula 650-STF: Os incisos I e XI do art. 20 da Constituição Federal não alcançam terras de
aldeamentos extintos, ainda que ocupadas por indígenas em passado remoto.
● As terras ocupadas, em passado remoto, por aldeamentos indígenas não são bens da União (STF AI-AgR
307401/SP).
STJ
Súmula 103-STJ: Incluem-se entre os imóveis funcionais que podem ser vendidos os administrados pelas
forças armadas e ocupados pelos servidores civis.
Súmula 496-STJ: Os registros de propriedade particular de imóveis situados em terrenos de marinha não são
oponíveis à União.
● Os terrenos de marinha pertencem à União, por uma imposição legal, desde a época em que o Estado
brasileiro foi criado. A CF/88 apenas manteve essa situação (art. 20, VII, da CF/88). Logo, não tem
qualquer validade o título de propriedade outorgado a particular de bem imóvel situado em
terreno de marinha ou acrescido. Quando a União faz o procedimento de demarcação do terreno de
marinha, ela declara que todos os imóveis existentes naquela determinada faixa são da União e os
eventuais títulos de propriedade de particulares são também declarados nulos. Não é nem sequer
necessário que a União ajuíze uma ação específica de anulação dos registros de propriedade dos
ocupantes de terrenos de marinha. Basta o procedimento de demarcação.
1) Os bens integrantes do acervo patrimonial de sociedades de economia mista sujeitos a uma destinação
pública equiparam-se a bens públicos, sendo, portanto, insuscetíveis de serem adquiridos por meio de
usucapião.
2) Os imóveis administrados pela Companhia Imobiliária de Brasília - Terracap são públicos e, portanto,
insuscetíveis de aquisição por meio de usucapião.
3) O imóvel vinculado ao Sistema Financeiro de Habitação - SFH, porque afetado à prestação de serviço
público, deve ser tratado como bem público, não podendo, pois, ser objeto de usucapião.
4) É possível reconhecer a usucapião do domínio útil de bem público sobre o qual tinha sido,
anteriormente, instituída enfiteuse, pois, nessa circunstância, existe apenas a substituição do enfiteuta
pelo usucapiente, não havendo qualquer prejuízo ao Estado.
5) É incabível a modificação unilateral pela União do valor do domínio pleno de imóvel aforado, incidindo
somente a correção monetária na atualização anual do pagamento do foro na enfiteuse de seus bens (art. 101
do Decreto-Lei n. 9760/1946).
6) As concessões de terras devolutas situadas na faixa de fronteira, feitas pelos Estados, autorizam,
apenas, o uso, permanecendo o domínio com a União, ainda que se mantenha inerte ou tolerante, em
relação aos possuidores. (Súmula n. 477/STF)
7) Terras em faixas de fronteira e aquelas sem registro imobiliário NÃO SÃO, POR SI SÓ, TERRAS DEVOLUTAS,
cabendo ao ente federativo comprovar a titularidade desses terrenos.
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8) O descumprimento de encargo estabelecido em lei que determinara a doação de bem público enseja, por si
só, a sua desconstituição.
9) A ocupação indevida de bem público configura MERA DETENÇÃO, de natureza precária, insuscetível de
retenção ou indenização por acessões e benfeitorias. (Súmula n. 619/STJ)
10) Construção ou atividade irregular em bem de uso comum do povo revela dano presumido à
coletividade, dispensada prova de prejuízo em concreto.
11) Os registros de propriedade particular de imóveis situados em terrenos de marinha não são oponíveis à
União. (Súmula n. 496/ STJ) (Tese julgada sob o rito do art. 543-C do CPC/73 - TEMA 419)
1) particular invade imóvel público e deseja 2) particular invade imóvel público e deseja
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proteção possessória em face do PODER PÚBLICO proteção possessória em face de outro
PARTICULAR
Não terá direito à proteção possessória. Não poderá Terá direito, em tese, à proteção possessória. É
exercer interditos possessórios porque, perante o possível o manejo de interditos possessórios em litígio
Poder Público, ele EXERCE MERA DETENÇÃO. entre particulares sobre bem público dominical, pois
entre ambos a disputa será relativa à posse.
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d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que
transponham os limites de Estado ou Território;
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros;
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e a
Defensoria Pública dos Territórios;
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia penal a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do
Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços
públicos, por meio de fundo próprio; (EC 104/19)
XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito
nacional;
XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e
televisão;
XVII - conceder anistia;
XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as
inundações;
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de
seu uso;
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes
urbanos;
XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação;
XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras;
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre
a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios
nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:
a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante
aprovação do Congresso Nacional;
b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos para a
pesquisa e uso agrícolas e industriais; (EC 118/22)
c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de radioisótopos
para pesquisa e uso médicos; (EC 118/22)
d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa (TEORIA DO RISCO
INTEGRAL);
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EC 118/22
ANTES DEPOIS
b) sob regime de permissão, são autorizadas a b) sob regime de permissão, são autorizadas a
comercialização e a utilização de radioisótopos para a comercialização e a utilização de radioisótopos para
pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; pesquisa e uso agrícolas e industriais;
c) sob regime de permissão, são autorizadas a c) sob regime de permissão, são autorizadas a
produção, comercialização e utilização de produção, a comercialização e a utilização de
radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a 2 radioisótopos para pesquisa e uso médicos;
horas;
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XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões;
XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da Defensoria Pública
dos Territórios, bem como organização administrativa destes;
XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais;
XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular;
XX - sistemas de consórcios e sorteios;
XXI -normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação, mobilização,
inatividades e pensões das polícias militares e dos corpos de bombeiros militares (EC 103/19);
XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais;
XXIII - seguridade social;
XXIV - diretrizes e bases da educação nacional;
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público;
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;
(A) A vacinação compulsória não significa vacinação forçada, por exigir sempre o consentimento do
usuário, podendo, contudo, ser implementada por meio de medidas indiretas, as quais compreendem,
dentre outras, a restrição ao exercício de certas atividades ou à frequência de determinados lugares,
desde que previstas em lei, ou dela decorrentes, e
(i) tenham como base evidências científicas e análises estratégicas pertinentes,
(ii) venham acompanhadas de ampla informação sobre a eficácia, segurança e contraindicações dos
imunizantes,
(iii) respeitem a dignidade humana e os direitos fundamentais das pessoas;
(iv) atendam aos critérios de razoabilidade e proporcionalidade, e
(v) sejam as vacinas distribuídas universal e gratuitamente; e
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(B) tais medidas, com as limitações acima expostas, podem ser implementadas tanto pela União como
pelos Estados, Distrito Federal e Municípios, respeitadas as respectivas esferas de competência. ADI
6586/DF, ADI 6587/DF, relator Min. Ricardo Lewandowski, julgamento 16 e 17.12.2020 (info 1003).
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os
monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor
histórico, artístico ou cultural;
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inovação;
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de
saneamento básico;
X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos
setores desfavorecidos;
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e
minerais em seus territórios;
XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre (não inclui
Município):
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II - orçamento;
III - juntas comerciais;
IV - custas dos serviços forenses;
V - produção e consumo;
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do
meio ambiente e controle da poluição;
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico,
estético, histórico, turístico e paisagístico;
IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação;
X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;
XI - procedimentos em matéria processual;
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;
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Competência privativa da União Competência concorrente
STF
Súmula vinculante 2-STF: É inconstitucional a lei ou ato normativo estadual ou distrital que disponha sobre
sistemas de consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias.
● A exploração de loterias tem natureza de serviço público e que a legislação federal não pode impor a
qualquer ente federativo restrição à exploração de serviço público para além daquela já prevista no texto
constitucional (artigo 175);
● A competência privativa da União para LEGISLAR (art. 22, XX, CR/88) em sistema de consórcios e sorteios
não impede a competência MATERIAL dos Estados para explorar as atividades lotéricas nem para
regulamentar dessa exploração;
● Configura abuso do poder de legislar o fato de a União excluir os demais entes federados de determinada
arrecadação, impedindo o acesso a recursos cuja destinação é direcionada à manutenção da seguridade
social (art. 195, inciso III). Tal situação, segundo o STF, retira dos Estados significativa fonte de receita;
● A União não tem exclusividade para explorar loterias;
● Os Estados podem explorar modalidades lotéricas, mas não podem possuem competência legislativa
sobre a matéria; pois somente a União pode definir as modalidades de atividades lotéricas passíveis de
exploração pelos Estados.
● A EXPLORAÇÃO de loterias pode ser realizada pela União e pelos Estados, mas a LEGISLAÇÃO acerca do
tema deve seguir as diretrizes nacionais traçadas pela União (art. 22, XX, CR/88 c/c SV 2)2.
https://meusitejuridico.editorajuspodivm.com.br/2020/10/08/loterias-e-reparticao-de-competencia-legislativa-e-material-entre-uniao-e-estado
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a) Horário de funcionamento de estabelecimento comercial: SIM (SV 38).
b) Horário de funcionamento dos bancos (horário bancário): NÃO (Súmula 19 do STJ).
c) Medidas que propiciem segurança, conforto e rapidez aos usuários de serviços bancários: SIM.
Súmula Vinculante 39-STF: Compete privativamente à União legislar sobre vencimentos dos membros das
polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal.
Súmula Vinculante 46-STF: A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas
normas de processo e julgamento são da competência legislativa privativa da União.
● A doutrina conceitua os crimes de responsabilidade como sendo “infrações político-administrativas”. No
entanto, o STF entende que, para fins de competência legislativa, isso é matéria que se insere no
direito penal e processual, de forma que a competência é da União
Súmula vinculante 49-STF: Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a
instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área
Súmula 419-STF: Os municípios tem competência para regular o horário do comércio local, desde que
não infrinjam leis estaduais ou federais válidas.
Súmula 722-STF: São da competência legislativa da União a definição dos crimes de responsabilidade e o
estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento.
STJ
Súmula 19-STJ: A fixação do horário bancário, para atendimento ao público, é da competência da União.
● Os Municípios podem legislar sobre medidas que propiciem segurança, conforto e rapidez aos usuários
de serviços bancários (STF ARE 691591 AgR/RS, julgado em 18/12/2012)
CÓDIGO CIVIL
Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito privado.
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Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito público, a que se tenha dado
estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao seu funcionamento, pelas normas deste
Código.
JDC141 A remissão do art. 41, parágrafo único, do Código Civil às pessoas jurídicas de direito público, a que se
tenha dado estrutura de direito privado”, diz respeito às fundações públicas e aos entes de fiscalização do
exercício profissional.
Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que
forem regidas pelo direito internacional público.
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes
que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano,
se houver, por parte destes, culpa ou dolo (RESPONSABILIDADE OBJETIVA)
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações.
IV - as organizações religiosas;
V - os partidos políticos.
VI - (REVOGADO PELA LEI 14382/22)
§ 1o São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas,
sendo VEDADO ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e
necessários ao seu funcionamento.
§ 2o As disposições concernentes às associações aplicam-se subsidiariamente às sociedades que são objeto do
Livro II da Parte Especial deste Código.
§ 3o Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em lei específica.
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a) em havendo previsão contratual, é possível aos sócios deliberar a exclusão de sócio por justa causa,
pela via extrajudicial, cabendo ao contrato disciplinar o procedimento de exclusão, assegurado o direito de
defesa, por aplicação analógica do art. 1.085;
b) as deliberações sociais poderão ser convocadas por iniciativa de sócios que representem 1/5 do
capital social, na omissão do contrato. A mesma regra aplica-se na hipótese de criação, pelo contrato,
de outros órgãos de deliberação colegiada.
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo
no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo,
averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
Parágrafo único. Decai em 3 anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado,
por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro.
Art. 47. Obrigam a pessoa jurídica os atos dos administradores, exercidos nos limites de seus poderes
definidos no ato constitutivo.
Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela maioria de votos dos
presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso.
Parágrafo único. Decai em 3 anos o direito de anular as decisões a que se refere este artigo, quando violarem
a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude.
Art. 48-A. As pessoas jurídicas de direito privado, sem prejuízo do previsto em legislação especial e em seus atos
constitutivos, poderão realizar suas assembleias gerais por meios eletrônicos, inclusive para os fins do
disposto no art. 59 deste Código, respeitados os direitos previstos de participação e de manifestação; (LEI
14382/22)
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Art. 49. Se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o juiz, a requerimento de qualquer interessado,
nomear-lhe-á administrador provisório.
Art. 49-A. A pessoa jurídica não se confunde com os seus sócios, associados, instituidores ou administradores
(LEI 13874/19)
Parágrafo único. A autonomia patrimonial das pessoas jurídicas é um instrumento lícito de alocação e
segregação de riscos, estabelecido pela lei com a finalidade de estimular empreendimentos, para a geração de
empregos, tributo, renda e inovação em benefício de todos. (LEI 13874/19)
JDC7 Só se aplica a desconsideração da personalidade jurídica quando houver a prática de ato irregular e,
limitadamente, aos administradores ou sócios que nela hajam incorrido.
JDC51 A teoria da desconsideração da personalidade jurídica – disregard doctrine – fica positivada no novo
Código Civil, mantidos os parâmetros existentes nos microssistemas legais e na construção jurídica sobre o
tema.
JDC145 Nas relações civis, interpretam-se restritivamente os parâmetros de desconsideração da
personalidade jurídica previstos no art. 50 (desvio de finalidade social ou confusão patrimonial).
JDC281 A aplicação da teoria da desconsideração, descrita no art. 50 do Código Civil, prescinde da
demonstração de insolvência da pessoa jurídica.
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JDC282 O encerramento irregular das atividades da pessoa jurídica, por si só, não basta para
caracterizar abuso da personalidade jurídica.
JDC283 É cabível a desconsideração da personalidade jurídica denominada “inversa” para alcançar bens de
sócio que se valeu da pessoa jurídica para ocultar ou desviar bens pessoais, com prejuízo a terceiros –
positivado com o NCPC
JDC284 As pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos ou de fins não econômicos estão
abrangidas no conceito de abuso da personalidade jurídica.
JDC285 A teoria da desconsideração, prevista no art. 50 do Código Civil, PODE SER INVOCADA PELA PESSOA
JURÍDICA, EM SEU FAVOR.
JDC406 A desconsideração da personalidade jurídica alcança os grupos de sociedade quando estiverem
presentes os pressupostos do art. 50 do Código Civil e houver prejuízo para os credores até o limite
transferido entre as sociedades.
DESCONSIDERAÇÃO “COMUM”
DESCONSIDERAÇÃO INDIRETA
DESCONSIDERAÇÃO EXPANSIVA
DESPERSONALIZAÇÃO
O Direito Civil brasileiro adotou, como regra geral, a No Direito do Consumidor e no Direito Ambiental,
chamada teoria maior da desconsideração. Isso adotou-se a teoria menor da desconsideração. Isso
porque o art. 50 exige que se prove o desvio de porque, para que haja a desconsideração da
finalidade (teoria maior subjetiva) ou a confusão personalidade jurídica nas relações jurídicas
patrimonial (teoria maior objetiva). envolvendo consumo ou responsabilidade civil
ambiental não se exige desvio de finalidade nem
confusão patrimonial.
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Deve-se provar: De acordo com a Teoria Menor, a incidência da
1) Abuso da personalidade (desvio de finalidade ou desconsideração se justifica:
confusão patrimonial); a) pela comprovação da insolvência da pessoa jurídica
2) Que os administradores ou sócios da pessoa para o pagamento de suas obrigações, somada à má
jurídica foram beneficiados direta ou indiretamente administração da empresa (art. 28, caput, do CDC); ou
pelo abuso (novo requisito trazido pela Lei nº b) pelo mero fato de a personalidade jurídica
13.874/2019). representar um obstáculo ao ressarcimento de
prejuízos causados aos consumidores, nos termos do
§ 5º do art. 28 do CDC.
STJ. 3ª Turma. REsp 1735004/SP, Rel. Min. Nancy
Andrighi, julgado em 26/06/2018.
Adotada pelo art. 50 do CC. Prevista no art. 4º da Lei nº 9.605/98 (Lei Ambiental) e
no art. 28, § 5º do CDC.
Tabela retirada do site www.dizerodireito.com.br
Art. 51. Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu funcionamento, ela
subsistirá para os fins de liquidação, até que esta se conclua.
§ 1o Far-se-á, no registro onde a pessoa jurídica estiver inscrita, a averbação de sua dissolução.
§ 2o As disposições para a liquidação das sociedades aplicam-se, no que couber, às demais pessoas jurídicas de
direito privado.
§ 3o Encerrada a liquidação, promover-se-á o cancelamento da inscrição da pessoa jurídica.
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade.
JDC286 Os direitos da personalidade são direitos inerentes e essenciais à pessoa humana, decorrentes de sua
dignidade, não sendo as pessoas jurídicas titulares de tais direitos
Art. 53. Constituem-se as associações pela UNIÃO DE PESSOAS que se organizem para FINS NÃO
ECONÔMICOS.
Parágrafo único. NÃO HÁ, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.
JDC534 As associações podem desenvolver atividade econômica, desde que não haja finalidade lucrativa.
JDC615 As associações civis podem sofrer transformação, fusão, incorporação ou cisão.
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II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados;
III - os direitos e deveres dos associados;
IV - as fontes de recursos para sua manutenção;
V – o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos;
VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução.
VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas.
Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir categorias com vantagens
especiais.
Art. 57. A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim reconhecida em procedimento
que assegure direito de defesa e de recurso, nos termos previstos no estatuto.
Art. 58. Nenhum associado poderá ser impedido de exercer direito ou função que lhe tenha sido legitimamente
conferido, a não ser nos casos e pela forma previstos na lei ou no estatuto.
Art. 60. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto, garantido a 1/5 dos associados o
direito de promovê-la.
Art. 61. Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido, depois de deduzidas, se for o caso,
as quotas ou frações ideais referidas no parágrafo único do art. 56, será destinado à entidade de fins não
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econômicos designada no estatuto, ou, omisso este, por deliberação dos associados, à instituição municipal,
estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes.
§ 1o Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por deliberação dos associados, podem estes, antes da
destinação do remanescente referida neste artigo, receber em restituição, atualizado o respectivo valor, as
contribuições que tiverem prestado ao patrimônio da associação.
§ 2o Não existindo no Município, no Estado, no Distrito Federal ou no Território, em que a associação tiver sede,
instituição nas condições indicadas neste artigo, o que remanescer do seu patrimônio se devolverá à Fazenda do
Estado, do Distrito Federal ou da União.
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial
de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins de:
I – assistência social;
II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;
III – educação;
IV – saúde;
V – segurança alimentar e nutricional;
VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável;
VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de sistemas de
gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos;
VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos;
IX – atividades religiosas;
JDC8 A constituição de fundação para fins científicos, educacionais ou de promoção do meio ambiente está
compreendida no Código Civil, art. 62, parágrafo único.
JDC9 Deve ser interpretado de modo a excluir apenas as fundações com fins lucrativos.
Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados serão, se de outro modo não
dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha a fim igual ou semelhante.
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Art. 64. Constituída a fundação por negócio jurídico entre vivos, o instituidor é obrigado a transferir-lhe a
propriedade, ou outro direito real, sobre os bens dotados, e, se não o fizer, serão registrados, em nome
dela, por mandado judicial.
Art. 65. Aqueles a quem o instituidor cometer a aplicação do patrimônio, em tendo ciência do encargo,
formularão logo, de acordo com as suas bases (art. 62), o estatuto da fundação projetada, submetendo -o, em
seguida, à aprovação da autoridade competente, com recurso ao juiz.
Parágrafo único. Se o estatuto não for elaborado no prazo assinado pelo instituidor, ou, não havendo
prazo, em 180 dias, a incumbência caberá ao Ministério Público.
Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas.
§ 1º Se funcionarem no Distrito Federal ou em Território, caberá o encargo ao Ministério Público do Distrito
Federal e Territórios.
§ 2o Se estenderem a atividade por mais de um Estado, caberá o encargo, em cada um deles, ao respectivo
Ministério Público.
Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma:
I - seja deliberada por 2/3 dos competentes para gerir e representar a fundação;
II - não contrarie ou desvirtue o fim desta;
III – seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo de 45 dias, findo o qual ou no caso de
o Ministério Público a denegar, poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado.
Art. 68. Quando a alteração não houver sido aprovada por votação unânime, os administradores da fundação,
ao submeterem o estatuto ao órgão do Ministério Público, requererão que se dê ciência à minoria vencida para
impugná-la, se quiser, em 10 dias.
Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou vencido o prazo de sua
existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado, lhe promoverá a extinção, incorporando -se o
seu patrimônio, salvo disposição em contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação, designada
pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante.
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CÓDIGO PENAL
Reclusão e detenção
Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. A de detenção,
em regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado.
§ 1º - Considera-se:
a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média;
b) regime semi-aberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar;
c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado.
§ 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, segundo o mérito do
condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais
rigoroso:
a) o condenado a pena superior a 8 anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado;
b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 anos e não exceda a 8, poderá, desde o princípio,
cumpri-la em regime semi-aberto;
c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 anos, poderá, desde o início, cumpri-la em
regime aberto.
§ 3º - A determinação do regime inicial de cumprimento da pena far-se-á com observância dos critérios
previstos no art. 59 deste Código (circunstâncias judiciais).
§ 4o O condenado por crime contra a administração pública terá a progressão de regime do cumprimento da
pena condicionada à reparação do dano que causou, ou à devolução do produto do ilícito praticado, com
os acréscimos legais.
Dadas as peculiaridades do caso concreto, admite-se que ao réu primário, condenado à pena igual ou
inferior a 4 (quatro) anos de reclusão, seja fixado o regime inicial aberto, ainda que negativada
circunstância judicial. STJ. 6ª Turma. REsp 1970578-SC, Rel. Min. Olindo Menezes (Desembargador
convocado do TRF1ª Região), julgado em 03/05/2022 (Info 735).
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Art. 34 - O condenado será submetido, no início do cumprimento da pena, a exame criminológico de
classificação para individualização da execução.
§ 1º - O condenado fica sujeito a trabalho no período diurno e a isolamento durante o repouso noturno.
§ 2º - O trabalho será em comum dentro do estabelecimento, na conformidade das aptidões ou ocupações
anteriores do condenado, desde que compatíveis com a execução da pena.
§ 3º - O trabalho externo é admissível, no regime fechado, em serviços ou obras públicas.
Regime especial
Art. 37 - As mulheres cumprem pena em estabelecimento próprio, observando-se os deveres e direitos inerentes
à sua condição pessoal, bem como, no que couber, o disposto neste Capítulo.
Direitos do preso
Art. 38 - O preso conserva todos os direitos não atingidos pela perda da liberdade, impondo-se a todas as
autoridades o respeito à sua integridade física e moral.
Trabalho do preso
Art. 39 - O trabalho do preso será SEMPRE remunerado, sendo-lhe garantidos os benefícios da Previdência
Social.
Legislação especial
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Art. 40 - A legislação especial regulará a matéria prevista nos arts. 38 e 39 deste Código, bem como especificará
os deveres e direitos do preso, os critérios para revogação e transferência dos regimes e estabelecerá as
infrações disciplinares e correspondentes sanções.
Detração
Art. 42 - Computam-se, na pena privativa de liberdade e na medida de segurança, o tempo de prisão
provisória, no Brasil ou no estrangeiro, o de prisão administrativa e o de internação em qualquer dos
estabelecimentos referidos no artigo anterior.
É possível considerar o tempo submetido à medida cautelar de recolhimento noturno, aos finais de
semana e dias não úteis, supervisionados por monitoramento eletrônico, com o tempo de pena
efetivamente cumprido, para detração da pena. STJ. 3ª Seção. HC 455097/PR, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado
em 14/04/2021 (Info 693).
1. O período de recolhimento obrigatório noturno e nos dias de folga, por comprometer o status
libertatis do acusado deve ser reconhecido como período a ser detraído da pena privativa de liberdade
e da medida de segurança, em homenagem aos princípios da proporcionalidade e do non bis in idem.
2. O monitoramento eletrônico associado, atribuição do Estado, não é condição indeclinável para a
detração dos períodos de submissão a essas medidas cautelares, não se justificando distinção de
tratamento ao investigado ao qual não é determinado e disponibilizado o aparelhamento.
3. A soma das horas de recolhimento domiciliar a que o réu foi submetido devem ser convertidas em
dias para contagem da detração da pena. Se no cômputo total remanescer período menor que vinte e
quatro horas, essa fração de dia deverá ser desprezada. REsp 1.977.135-SC, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik,
Terceira Seção, por unanimidade, julgado em 23/11/2022, DJe 28/11/2022. (Tema 1155 – Recursos Repetitivos)
(Info 758 STJ)
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Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando:
I – aplicada pena privativa de liberdade (PPL) não superior a 4 anos e o crime não for cometido com violência
ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo;
II – o réu não for reincidente em crime doloso;
III – a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e
as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente (circunstâncias judiciais favoráveis)
§ 2o Na condenação igual ou inferior a 1 ano, a substituição pode ser feita por multa ou por uma pena
restritiva de direitos; se superior a 1 ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena
restritiva de direitos e multa ou por 2 restritivas de direitos.
§ 3o Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição, desde que, em face de condenação
anterior, a medida seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha operado em virtude da
prática do mesmo crime (não seja reincidente específico)
A reincidência específica tratada no art. 44, § 3º, do Código Penal somente se aplica quando forem
idênticos, e não apenas de mesma espécie, os crimes praticados. STJ. 3ª Seção. AREsp 1.716.664-SP, Rel.
Min. Ribeiro Dantas, julgado em 25/08/2021 (Info 706).
a) Crime doloso:
• igual ou inferior a 4 anos;
• sem violência ou grave ameaça a pessoa.
b) Crime culposo: qualquer que seja a pena aplicada.
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A culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e
as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente (Princípio da suficiência da resposta
alternativa ao delito).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Juiz não deve decretar o arresto dos bens do condenado como forma de cumprimento forçado da prestação pecuniária (pena
restritiva de direitos). Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/eb2e9dffe58d635b7d72e99c8e61b5f2>
A reconversão da pena restritiva de direitos em pena privativa de liberdade depende da ocorrência dos
requisitos legais (descumprimento das condições impostas pelo juiz da condenação), não cabendo ao
condenado, que nem sequer iniciou o cumprimento da pena, escolher ou decidir a forma como pretende
cumprir a sanção, pleiteando aquela que lhe parece mais cômoda ou conveniente. STJ. 6ª Turma. REsp
1524484-PE, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 17/5/2016 (Info 584).
§ 5o Sobrevindo condenação a pena privativa de liberdade, por outro crime, o juiz da execução penal decidirá
sobre a conversão, podendo deixar de aplicá-la se for possível ao condenado cumprir a pena substitutiva
anterior.
Sobrevindo condenação por pena privativa de liberdade no curso da execução de pena restritiva de
direitos, as penas serão objeto de unificação, com a reconversão da pena alternativa em privativa de
liberdade, ressalvada a possibilidade de cumprimento simultâneo aos apenados em regime aberto e
vedada a unificação automática nos casos em que a condenação substituída por pena alternativa é
superveniente. STJ. REsp 1.918.287-MG, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, Rel. Acd. Min. Laurita Vaz, Terceira
Seção, por maioria, julgado em 27/04/2022 (info 736)
Crime doloso: PPL não superior a 4 anos + crime cometido sem violência ou grave ameaça à pessoa
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EXECUÇÃO PROVISÓRIA DE PRD
● STF: O cumprimento da pena somente pode ter início com o esgotamento de todos os recursos. É proibida
a chamada execução provisória da pena STF. Plenário. ADC 43/DF, ADC 44/DF, ADC 54/DF, Rel. Min.
Marco Aurélio, julgados em 07/11/2019
● STJ: Não é possível a execução da pena restritiva de direitos antes do trânsito em julgado da condenação.
STJ. 3ª Seção. EREsp 1.619.087-SC, julgado em 14/6/2017 (Info 609).
É lícito ao Juiz estabelecer condições especiais para a concessão do regime aberto, em complementação
daquelas previstas na LEP (art. 115 da LEP), mas não poderá adotar a esse título nenhum efeito já classificado
como pena substitutiva (art. 44 do CPB), porque aí ocorreria o indesejável bis in idem, importando na
aplicação de dúplice sanção. (Tema Repetitivo: 20)
É possível considerar o tempo submetido à medida cautelar de recolhimento noturno, aos finais de semana e
dias não úteis, supervisionados por monitoramento eletrônico, como tempo de pena efetivamente cumprido,
para detração da pena. STJ. 3ª Seção. HC 455.097/PR, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 14/04/2021 (Info 693).
Súmula 643-STJ: A execução da pena restritiva de direitos depende do trânsito em julgado da condenação.
A partir de uma interpretação teleológica, pode-se concluir que o art. 45, § 1º, do CP previu uma ordem
sucessiva de preferência entre os beneficiários elencados. Assim, havendo vítima determinada, o valor
fixado como prestação pecuniária deve ser a ela destinado. Se não houver vítima, quem recebe são
seus dependentes ou a entidade pública ou privada. A prestação pecuniária prevista no art. 45, §1º, do CP
pode ser compensada com o montante fixado com fundamento no art. 387, IV, do CPP, ante a coincidência de
beneficiários. STJ. 5ª Turma. REsp 1882059-SC, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 19/10/2021 (Info 714).
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Art. 46. A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE ou a entidades públicas é aplicável às condenações
superiores a 6 meses de privação da liberdade.
§ 1o A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas consiste na atribuição de tarefas gratuitas
ao condenado.
§ 2o A prestação de serviço à comunidade dar-se-á em entidades assistenciais, hospitais, escolas, orfanatos e
outros estabelecimentos congêneres, em programas comunitários ou estatais.
§ 3o As tarefas a que se refere o § 1 o serão atribuídas conforme as aptidões do condenado, devendo ser
cumpridas à razão de 1 hora de tarefa por dia de condenação, fixadas de modo a não prejudicar a jornada
normal de trabalho.
§ 4o Se a pena substituída for superior a 1 ano, é facultado ao condenado cumprir a pena substitutiva em
menor tempo (art. 55), nunca inferior à metade da pena privativa de liberdade fixada.
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produto ou proveito do crime, dos bens
correspondentes à diferença entre o valor do
patrimônio do condenado e aquele que seja
compatível com o seu rendimento lícito
Limitação de fim de semana
Art. 48 - A LIMITAÇÃO DE FIM DE SEMANA consiste na obrigação de permanecer, aos sábados e domingos,
por 5 horas diárias, em casa de albergado ou outro estabelecimento adequado.
Parágrafo único - Durante a permanência PODERÃO ser ministrados ao condenado cursos e palestras ou
atribuídas atividades educativas.
Art. 63. Transitada em julgado a sentença condenatória, poderão promover-lhe a execução, no juízo cível,
para o efeito da reparação do dano, o ofendido, seu representante legal ou seus herdeiros.
Parágrafo único. Transitada em julgado a sentença condenatória, a execução poderá ser efetuada pelo valor
fixado nos termos do inciso IV do caput do art. 387 deste Código sem prejuízo da liquidação para a apuração
do dano efetivamente sofrido.
Art. 64. Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, a ação para ressarcimento do dano poderá ser proposta
no juízo cível, contra o autor do crime e, se for caso, contra o responsável civil.
Parágrafo único. Intentada a ação penal, o juiz da ação civil poderá suspender o curso desta, até o julgamento
definitivo daquela.
Art. 65. FAZ COISA JULGADA NO CÍVEL a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de
necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito
(excludentes de ilicitude).
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processual penais, bem como durante julgamento perante o tribunal do júri, sob pena de nulidade do ato e do
julgamento.
STF. Plenário. ADPF 779 MC-Ref/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 13/3/2021 (Info 1009).
Art. 66. Não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil poderá ser proposta quando não
tiver sido, categoricamente, reconhecida a inexistência material do fato.
Art. 68. Quando o titular do direito à reparação do dano for pobre (art. 32, §§ 1o e 2o), a execução da sentença
condenatória (art. 63) ou a ação civil (art. 64) será promovida, a seu requerimento, pelo Ministério Público.
Inconstitucionalidade progressiva; norma ainda constitucional: nos locais onde há Defensoria Pública,
o MP não pode ajuizar as ações de que trata o art. 68; onde não existir a Defensoria, o MP continua
tendo, ainda, legitimidade.
Mesmo que a sentença penal ainda não tenha Depois que transitar em julgado, poderá ser proposta,
transitado em julgado, a vítima, seu representante no juízo cível, a execução da sentença penal
legal ou herdeiros já poderão buscar a reparação dos condenatória, na qual o pedido será para que o
danos no juízo cível condenado seja obrigado a reparar os danos
causados à vítima (art. 63 do CPP). Isso é chamado de
ação de execução ex delicto.
*Informações retiradas do site www.dizerodireito.com.br
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TÍTULO V - DA COMPETÊNCIA
Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de
tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. (TEORIA DO RESULTADO)
§ 1o Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, a competência será
determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução.
§ 2o Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será competente o juiz do lugar
em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado.
§ 3o Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando incerta a jurisdição por
ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á
pela prevenção.
§ 4º Nos crimes previstos no art. 171 (estelionato) do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código
Penal), quando praticados mediante depósito, mediante emissão de cheques sem suficiente provisão de
fundos em poder do sacado ou com o pagamento frustrado ou mediante transferência de valores, a
competência será definida pelo LOCAL DO DOMICÍLIO DA VÍTIMA, e, em caso de pluralidade de vítimas, a
competência firmar-se-á pela prevenção.(LEI 14155/21)
Na hipótese de importação da droga via correio cumulada com o conhecimento do destinatário por
meio do endereço aposto na correspondência, a Súmula 528/STJ deve ser flexibilizada para se fixar a
competência no Juízo do local de destino da droga, em favor da facilitação da fase investigativa, da
busca da verdade e da duração razoável do processo. STJ. 3ª Seção. CC 177.882-PR, Rel. Min. Joel Ilan
Paciornik, julgado em 26/05/2021 (Info 698).
� SÚMULA CANCELADA. Obs: em 25/02/2022, após o julgamento acima, o STJ decidiu cancelar
formalmente a Súmula 528. Portanto, a Súmula 528 do STJ está formalmente cancelada.
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ART. 6º DO CP ART. 70, CAPUT, DO CPP
Regra destinada a resolver a competência no caso Regra destinada a resolver crimes envolvendo o
de crimes envolvendo o território de dois ou mais território de duas ou mais comarcas (ou seções
países (conflito internacional de jurisdição). judiciárias) apenas dentro do Brasil (conflito interno
de competência territorial).
Define o se o Brasil será competente para julgar o fato Define qual o juízo competente no caso de crimes
no caso de crimes à distância. plurilocais.
*Tabela retirada do site www.dizerodireito.com.br
Art. 71. Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições,
a competência firmar-se-á pela prevenção.
Art. 72. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do
réu.
§ 1o Se o réu tiver mais de uma residência, a competência firmar-se-á pela prevenção.
§ 2o Se o réu não tiver residência certa ou for ignorado o seu paradeiro, será competente o juiz que primeiro
tomar conhecimento do fato.
Art. 73. Nos casos de EXCLUSIVA AÇÃO PRIVADA, o querelante poderá preferir o foro de domicílio ou da
residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração.
Art. 74. A competência pela natureza da infração será regulada pelas leis de organização judiciária, salvo a
competência privativa do Tribunal do Júri.
§ 1º Compete ao Tribunal do Júri o julgamento dos crimes previstos nos arts. 121, §§ 1º e 2º, 122, parágrafo
único, 123, 124, 125, 126 e 127 do Código Penal, consumados ou tentados.
§ 2o Se, iniciado o processo perante um juiz, houver desclassificação para infração da competência de outro, a
este será remetido o processo, salvo se mais graduada for a jurisdição do primeiro, que, em tal caso, terá sua
competência prorrogada.
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§ 3o Se o juiz da pronúncia desclassificar a infração para outra atribuída à competência de juiz singular, observar-se-
á o disposto no art. 410; mas, se a desclassificação for feita pelo próprio Tribunal do Júri, a seu presidente
caberá proferir a sentença (art. 492, § 2o).
Art. 75. A precedência da distribuição fixará a competência quando, na mesma circunscrição judiciária, houver
mais de um juiz igualmente competente.
Parágrafo único. A distribuição realizada para o efeito da concessão de fiança ou da decretação de prisão
preventiva ou de qualquer diligência anterior à denúncia ou queixa prevenirá a da ação penal.
CONEXÃO INTERSUBJETIVA
POR SIMULTANEIDADE: ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por
várias pessoas reunidas,
CONCURSAL: ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas por várias pessoas em concurso,
embora diverso o tempo e o lugar
POR RECIPROCIDADE: ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas por várias pessoas,
umas contra as outras
CONEXÃO OBJETIVA
TELEOLÓGICA: no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar as outras
CONSEQUENCIAL: no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para ocultar, conseguir impunidade ou
vantagem em relação a qualquer delas
CONEXÃO INSTRUMENTAL
Quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na prova de
outra infração.
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Art. 77. A competência será determinada pela continência quando:
I CONTINÊNCIA SUBJETIVA - duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração;
II CONTINÊNCIA OBJETIVA - no caso de infração cometida nas condições previstas nos arts. 51, § 1o, 53,
segunda parte, e 54 do Código Penal.
CONTINÊNCIA
Concurso formal
Aberratio criminis
Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas as seguintes regras:
I - no concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá a
competência do júri;
Il - no concurso de jurisdições da mesma categoria
a) preponderará a do lugar da infração, à qual for cominada a pena mais grave;
b) prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número de infrações, se as respectivas penas forem
de igual gravidade;
c) firmar-se-á a competência pela prevenção, nos outros casos;
III - no concurso de jurisdições de diversas categorias, predominará a de maior graduação;
IV - no concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá esta.
Art. 80. Será facultativa a separação dos processos quando as infrações tiverem sido praticadas em
circunstâncias de tempo ou de lugar diferentes, ou, quando pelo excessivo número de acusados e para
não lhes prolongar a prisão provisória, ou por outro motivo relevante, o juiz reputar conveniente a
separação.
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Quando as infrações tiverem sido praticadas em Concurso entre a jurisdição comum e a militar
circunstâncias de tempo ou de lugar diferentes
Quando pelo excessivo número de acusados e para Concurso entre a jurisdição comum e o juízo de
não lhes prolongar a prisão provisória, ou por outro menores (ECA)
motivo relevante, o juiz reputar conveniente a
Sobrevier doença mental em relação a um corréu
separação.
Houver corréu foragido
Art. 81. Verificada a reunião dos processos por conexão ou continência, ainda que no processo da sua
competência própria venha o juiz ou tribunal a proferir sentença absolutória ou que desclassifique a infração
para outra que não se inclua na sua competência, continuará competente em relação aos demais processos.
Parágrafo único. Reconhecida inicialmente ao júri a competência por conexão ou continência, o juiz, se vier a
desclassificar a infração ou impronunciar ou absolver o acusado, de maneira que exclua a competência do júri,
remeterá o processo ao juízo competente.
Art. 82. Se, não obstante a conexão ou continência, forem instaurados processos diferentes, a autoridade de
jurisdição prevalente deverá avocar os processos que corram perante os outros juízes, salvo se já estiverem
com sentença definitiva. Neste caso, a unidade dos processos só se dará, ulteriormente, para o efeito de soma
ou de unificação das penas.
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