Aula 5º

Arquivos e Banco de Dados Online

Caros(as) acadêmicos(as),
Nesta aula, iremos conhecer os principais formatos de
arquivos e sua procedência, assim como os principais e mais
precisos bancos de dados online para o processamento de
dados.
Boa leitura!

Bons estudos!

Objetivos de aprendizagem

Ao término desta aula, vocês serão capazes de:

• identificar a linguagem computacional;

• reconhecer formatos de arquivos;
• conhecer as fontes de dados online.
 Geoprocessamento e Georreferenciamento
Seções de estudo
1– Linguagem computacional e formato de arquivos
2– Dados Geoespaciais provenientes de sites
1- Linguagem computacional
formato de arquivos
A representação gráfica de um local realizada através de
mapeamento por um SIG deve-se, principalmente, à leitura
dos arquivos pelo programa. Nesta aula, abordaremos os
principais formatos de arquivos lidos pelos SIGs, como são
caracterizados, sua estrutura e os tipos de dados.
Por definição, independentemente do arquivo ter feição,
ponto, linha ou polígono, matricial ou vetorial, o formato de
arquivo é um termo técnico utilizado para identificar a forma
como o arquivo é armazenado no computador, ou seja, como
ele é reconhecido. Para identificar o formato dos arquivos
basta observar a extensão no nome do arquivo, pois ela é
adicionada automaticamente. Existem inúmeros formatos
de arquivos e sempre que novos programas são criados
consequentemente novos formatos também são criados
(FOTOGRAFIAMAIS, 2019).
Na Figura 1. Temos o ponto final colocado entre o
nome do arquivo (escolhido/renomeado pelo usuário) e o
formato do arquivo (extensão adicionada automaticamente),
por exemplo, “polígonoo.shp”.
Figura 1. Formato de arquivos (coluna Tipo) e nome do
arquivo criado pela usuária (coluna Nome).
Fonte: Autora, 2020.
1.1 Tipos de formatos de arquivos
em aplicativos de celular
Arquivos de documentos são conhecidos como planilhas,
textos e apresentações (FOTOGRAFIAMAIS, 2019). Em
geoprocessamento alguns dos arquivos mais utilizados nesse
formato são os de texto delimitado (.txt) e excel (.xls), a partir
dos quais podem ser lidas/inseridas as tabelas de atributos.
Na aula 1, vimos o aplicativo de celular C7 malha e C7
dados (Figura 2), desenvolvido para a plataforma Android,
o qual nos fornece dados de mapeamento e cálculos de
áreas, registro de coordenadas geográficas de pontos-linhas
e polígonos em arquivos texto, estruturação e edição de
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malha de amostragem, localização de pontos amostrais
georreferenciados, registro georreferenciado de atributos
qualitativos e quantitativos em banco de dados, com a
possibilidade de integração com Google Maps (FELIPE,
2010). O formato de dados que ele gera é o arquivo de texto
delimitado (.txt) e arquivo do google Earth (.kml).
Figura 2. Layout do Sistema C7 Campeiro para android
e formato de arquivos gerados pelo sistema.
e
Fonte: Autora, 2020.
O aplicativo Sirrus (Figura 8) auxilia na tomada de
decisões no campo, tornando acessíveis as informações das
fazendas e facilitando a coleta de dados. Conectando-se pela
Plataforma agX, os dados dos talhões estarão disponíveis
off-line e podem ser compartilhados com outros usuários
ou aplicativos, no qual pode-se realizar levantamentos de
campo, criar relatórios, exportar dados de levantamentos
planimétricos entre outros (Sirrus, 2020), fornece arquivos
nos formatos .shp, .shx e .dbf, porém, esses podem vir no
formato compactado (.zip).
Figura 8. Layout do Sistema Sirrus para IOS
Fonte: Autora, 2020.
Os arquivos em formato Shapefile têm algumas
peculiaridades e características que vale a pena aprofundarmos
no assunto. Os arquivos shapefiles (também chamados de shape)
são nativos dos programas da família ArcView/ArcGIS,
da empresa norte americana ESRI. Eles armazenam dados
geográficos, podendo ser do tipo ponto ou linha ou polígono
(Medeiros, 2020).
Um shapfife é formado por um conjunto de arquivos
de mesmo nome, mas diferentes extensões, alguns básicos
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(obrigatórios) e outros opcionais (MEDEIROS, 2020, Figura 9. Interface Google Earth e Trackmaker, e
SANTOS, 2013): respectivos formatos de arquivos

• Arquivos Obrigatórios no Shapefile: extensão *.shp,

*.shx e *dbf. Dizemos que estes são totalmente
obrigatórios, pois ao tentar visualizar esses dados
em um programa de SIG, sem a presença dos três
em um mesmo diretório, os softwares não conseguem
fazer a leitura, considerando o arquivo corrompido.
• Arquivo não obrigatório: extensão *.prj. Quando se
pretende utilizar como software de SIG para visualizar
os três arquivos, mesmo com as devidas extensões
na mesma pasta, haverá uma mensagem informando
que o shapefile está sem referência espacial. Aí é que
entra a importância dos arquivos PRJ. É um arquivo Fonte: Trackmaker, 2020; Autora, 2020.

de texto que descreve o sistema coordenadas/

projeção cartográfica do dado geográfico shape.
• O arquivo PRJ, onde são explicitados parâmetros
como sistema de unidades, DATUM, etc. Com
certeza esse arquivo é fundamental para quem
trabalha com SIG. É digno de nota que softwares livres
como o Quantum GIS e o uDig já possuem a
funcionalidade de, ao reprojetar shapefiles, criar
também o arquivo PRJ.
Em geoprocessamento, o mapeamento com objetivo
de confeccionar um Modelo digital de elevação ou NDVI,
pode ser realizado através de arquivos de imagens no formato
Geotiff., disponibilizadas pelo Earth explorer ou outras
plataformas on-line gratuitas, sempre com uma resolução
temporal e espacial (EARTHEXPLORER, 2020).
Figura 10. Interface Earth explorer e respectivos
formatos de arquivos

Em resumo (SANTOS, 2013) diz que:

A estrutura de um novo arquivo ESRI shapefile é
formada por quatro arquivos essenciais:

• shp – Formato principal. Contém o tipo de

geometria da feição;
• dbf – Formato dBase IV. Armazena dados na
Tabela de Atributos;
• shx – Formato índice. Armazena o índice da
geometria da feição;
• prj – Formato de arquivo responsável pelo Sistema Fonte: Earthexplorer, 2020; Autora, 2020.

de Coordenadas.

Além dos quatro formatos que compõem a estrutura do
shapefile, você também pode encontrar as extensões .sbn,
.sbx e .xml. Os dois primeiros são responsáveis pelo índice
espacial. O arquivo .xml contém os metadados do shapefile.
1.2 Tipos de formatos de arquivos
em softwares
Arquivos de imagens podem ter diferentes extensões e
apresentações, por exemplo, uma imagem .png carrega um
fundo transparente (FOTOGRAFIAMAIS, 2019), uma
imagem do Google Earth é salva em .kml (assim como
no app C7dados) enquanto do Earth explorer em .geotiff
(EARTHEXPLORER, 2020).
Em geoprocessamento, alguns dos arquivos mais
utilizados nesse formato são imagens do Google Earth salvas
em .kml ou .kmz (Figura 9), enquanto GPS Trackmaker em
.gpx, .gtm, entre outros formatos (TRACKMAKER, 2020).
2- Dados Geoespaciais provenientes
de sites
2.1 Conceitos
Com a evolução dos softwares e imagens satelitárias
das últimas décadas, houve um aumento na disponibilidade
desses dados online e de forma gratuita. Esses repositórios
online são abastecidos com dados cada vez mais recentes,
e permitem fácil acesso a qualquer momento e através de
qualquer equipamento com conexão com a Internet (IBGE,
2019).
Entre as formas atuais de acesso a dados, podemos
citar catálogo de metadados, dados em nuvem, download,
aplicações mobile, coleções digitais, entre outras. O fácil
e completo acesso a dados geoespaciais se dá pela adesão
de governos a políticas de dados abertos, e também
disponibilidade de imagens satelitárias através do site Earth
Explorer (BOSSLE, 2016).
 Geoprocessamento e Georreferenciamento 28
O Decreto n. 8.777, de 11.05.2016 define dados abertos Figura 12. Portal Brasileiro de dados geoespaciais.
como:

“(...) dados acessíveis ao público,

representados em meio digital, estruturados
em formato aberto, processáveis por máquina,
referenciados na internet e disponibilizados
sob licença aberta que permita sua livre
utilização, consumo ou cruzamento, limitando-
se a creditar a autoria ou a fonte. Esses dados
não podem ter restrição de patentes ou
mecanismos de controle (BRASIL, 2016, p.
21)”.

Nesta seção, abordaremos dados provenientes do

Banco de dados brasileiro (IBGE, 2019), e Norte-americano Fonte: INDE, 2020.
(EARTHEXPLORER, 2020).
• Dados na estrutura vetorial: nesse documento são
utilizados a Base Cartográfica Contínua do Brasil
2.2 Geoinformação – Principais – BCIM (Figura 13), na escala de 1:1 000 000 - e
sites disponíveis os arquivos vetoriais da folha topográfica de Ponte
Nova, na escala 1:50 000;
No Brasil, de acordo com o IBGE (2019), podemos
Figura 13. Base Cartográfica Contínua do Brasil – BCIM
destacar os principais produtores de informação geoespacial do IBGE
no Brasil, sendo eles:

• IBGE e a Diretoria de Serviço Geográfico do

Exército Brasileiro - DSG/EB (Figura 11).

Figura 11. Interface Catálogos de Metadados do IBGE

Fonte: IBGE, 2016.

• Dados na estrutura matricial: nesse documento são

Fonte: IBGE, 2020.
• Portal da INDE (Infraestrutura Nacional de Dados
Espaciais), chamado SIG Brasil – portal brasileiro
de dados geoespaciais. A partir do geoportal da
INDE é possível encontrar, visualizar e combinar
informações de diferentes produtores. Essas análises
auxiliam o usuário na seleção dos dados que melhor
atendem às suas necessidades (Figura 12).
utilizados os arquivos na estrutura matricial (raster)
da folha topográfica de Ponte Nova, na escala 1:50
000, o Modelo Numérico de Elevação do projeto
Shuttle Radar Topography Mission - SRTM e
imagens orbitais do sensor Sentinel. Por meio do site
Brasil em Relevo da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária - Embrapa (Figura 14) é possível
realizar o download de cenas SRTM recortadas
segundo a articulação do mapeamento sistemático
1:250 000. Nesse documento foi utilizado o recorte
referente à folha topográfica SF-23-X-B, em
formato *.geotiff (porém, os dados originais estão
disponíveis no Earth Explorer, 2020).
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Figura 14. Brasil em Relevo – Embrapa.
Vale a pena

Vale a pena assistir

https://www.youtube.com/watch?v=_E11qLr46Ls.
https://www.youtube.com/watch?v=eZdKZfeSwK8.
https://mundogeo.com/2015/05/28/como-baixar-
dados-do-visualizador-da-inde/.
Fonte: Embrapa, 2006.
https://www.youtube.com/watch?v=O6WDrrji3TU.
• Dados na estrutura matricial: Earth Explorer –
dados disponíveis pela NASA, com necessidade
de cadastro de usuário, dados em formato *.geotiff
provenientes de diversos Satélites como Sentinell e Minhas anotações
Landsat, por exemplo.Earth Explorer, 2020).

Figura 14. Earth Explorer – Science for a changing

word - USGS.

Fonte: Earthexplorer, 2020.

Retomando a aula

Chegamos, assim, ao final da quinta aula. Espera-se

que agora tenha ficado mais claro o entendimento de
vocês sobre linguagem computacional. Vamos, então,
recordar:

1 – Linguagem computacional e formato de arquivos

Estudamos sobre os principais formatos de arquivos

trabalhados em geoprocessamento.

2 – Dados Geoespaciais provenientes de sites

Conhecemos sites confiáveis para auxiliar no

geoprocessamento.