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Arlindo Fernando Ulisses

Celesio Bartolomeu
Geraldo Abílio Manuel
Josina Momade Sabite
Natánia Manuel Alberto
Sandra Simão Mavie
Silvino Luís
Sónia Paulo

Métodos de Estudo da Psicológica

(Licenciatura em Ensino de Português)

Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2024
Arlindo Fernando Ulisses
Celesio Bartolomeu
Geraldo Abílio Manuel
Josina Momade Sabite
Natánia Manuel Alberto
Sandra Simão Mavie
Silvino Luís
Sónia Paulo

Métodos de Estudo da Psicológica

Trabalho da cadeira de Psicologia


Geral, para fins avaliativos sob a
orientação do Msc. Augusto Adriano

Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2024
Índice

1. Introdução .................................................................................................................................. 3
1.1. Objectivos ......................................................................................................................... 3
1.1.1.Objectivo geral .................................................................................................................. 3
1.2. Objectivos específicos ....................................................................................................... 3
2. Conceito de Psicologia ............................................................................................................... 4
3. Objecto de estudo da psicologia ................................................................................................ 4
4. Objectivos da psicologia ............................................................................................................ 4
5. Métodos de estudo da Psicologia ............................................................................................... 5
6. Métodos de estudos Gerais ........................................................................................................ 5
6.1. Observação ........................................................................................................................ 5
9.1.1. Observação objectiva ou extrospecção.............................................................................. 6
9.1.2. Subjectiva ou Introspecção ................................................................................................ 6
6.2. Experimentação ................................................................................................................. 7
7. Métodos secundários ou auxiliares ............................................................................................ 7
7.1. Método clínico .................................................................................................................. 7
7.2. Método psicanalítico ......................................................................................................... 8
7.3. Métodos estatísticos/matemáticos ..................................................................................... 9
7.4. Método Longitudinal ....................................................................................................... 10
7.5. Método Transversal ......................................................................................................... 10
7.6. Métodos comparativo ...................................................................................................... 10
8. Conclusão................................................................................................................................. 11
9. Referencias Bibliográficas ....................................................................................................... 12
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1. Introdução

O presente trabalho da cadeira de psicologia geral, tem como tema: Os Métodos de Estudo da
Psicologia. Com o mesmo, também abordaremos sobre o conceito da psicologia, objecto da
psicologia e os objectivos da psicologia, assim como, serão abordados concretamente os
métodos gerais de observação e experimentação, bem como os métodos auxiliares,
designadamente, os métodos clínicos, psicanalíticos, estatísticos, comparativo, longitudinal e
transversal.

1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo geral

 Compreender os métodos de estudo da psicológica.

1.2. Objectivos específicos

 Conceituar a psicologia;
 Identificar o objecto de estudo da psicologia;
 Mencionar os métodos de estudo da psicologia;
 Descrever os métodos gerais de estudo da psicologia;
 Descrever os métodos auxiliares de estudo da psicologia.
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2. Conceito da Psicologia

A Psicologia é uma ciência que de estuda a mente e o comportamento humano nas suas
diversas manifestações (observáveis e não observáveis). A palavra Psicologia é a junção de
duas palavras gregas: Psique + Logia onde (Psique=Mente e Logia =Estudo), significando
deste modo “estudo da mente”.

3. Objecto de estudo da psicologia

A Psicologia tal como a Antropologia, a Economia, a Sociologia e todas as ciências humanas,


estudam o homem. Certamente, esta divisão é ampla demais e apenas coloca a Psicologia
entreas ciências humanas.

A diversidade de objectos da Psicologia é explicada pelo facto de este campo do


conhecimento ter-se constituído como área do conhecimento científico só muito recentemente
(final do século XIX), apesar de existir há muito tempo na Filosofia enquanto preocupação
humana. Esse fato é importante, já que a ciência se caracteriza pela exactidão de sua
construção teórica, e, quando uma ciência é muito nova, ela não teve tempo ainda de
apresentar teorias acabadas e definitivas, que permitam determinar com maior precisão seu
objecto de estudo.

Um outro motivo que contribui para dificultar uma clara definição de objecto da Psicologia é
o facto de o cientista (o pesquisador) confundir-se com o objecto a ser pesquisado. No sentido
mais amplo, o objecto de estudo da Psicologia é o homem, e neste caso o pesquisador está
inserido na

4. Objectivos da psicologia

Hoje a psicologia, para além de descrever e explicar o comportamento humano, objectiva


prever e modificar (dentro das possibilidades) o comportamento humano.
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5. Métodos de estudo da Psicologia

Tal como todas as outras áreas científicas, a Psicologia firmou-se como ciência quanto
elaborou seus próprios caminhos de investigação. Normalmente, a construção do
conhecimento científico parte de um método que se caracteriza por formular hipóteses, teorias
e organizar observações. Essas hipóteses são testadas para confirmar a teoria sugerindo
aplicações práticas.

Método é o caminho usado para se atingir um determinado objectivo, ou seja o modo


ordenado de proceder ou o conjunto de Procedimentos Técnicos e Científicos que nos
conduzem a um fim,ao passo que Metodologia é a arte de dirigir o espírito na investigação da
verdade, ou seja, o conjunto de métodos técnicos e científicos que nos conduzem a um fim.

Em termos gerais, os métodos usados em Psicologia não são muito diferentes dos usados nas
pesquisas em áreas sociais e humanas, sendo assim, estes podem ser gerais e secundários
(auxiliares). Os métodos gerais são a observação, e a experimentação. Os métodos
secundários são os seguintes: método genético/evolutivo; métodos biográficos;
conversação/entrevista; Inquérito/questionário; testes psicológicos; os estudos de casos;
métodos reflexológicos; os métodos estatísticos/matemáticos; os métodos comparativos;
método clínico; método psicanalítico; método longitudinal e o método transversal.

6. Métodos de estudos Gerais

6.1. Observação

Observar é registar o comportamento de organismos em seu ambiente natural, a isso Myers


(1999) chama de “observação naturalista”. Nesta observação é importante o registo da
informação recolhida, como também é importante definir o que realmente vai observar.
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Observação é um método técnico de recolha de dados a partir de hipóteses colocados


explicitamente. A observação científica utiliza hipóteses inteiramente explicitadas. Esta
pressupõe a existência de factos susceptíveis de permitir, em certo sentido, a repetição da
observação primitiva, isto é, factos capazes de serem repetidos.

Para realizar uma observação correcta e credível é necessário construir um guião de


observação que facilita a anotação e redirecciona o observador as questões dirigidas para os
seus objectivos. Dai a necessidade de, na construção dos instrumentos da observação, recorre-
se aos objectivos e hipóteses colocados. A observação pode ser: observação
objectiva/extrospecção que, por sua vez se subdivide em directa e indirecta. A observação
directa, por sua vez, pode ser participativa ou não participativa; e observação
subjectiva/introspecção ou ainda auto – observação.

9.1.1. Observação objectiva ou extrospecção

Quando é feita por terceiros que anotam o que está a acontecer no ambiente que é alvo de
observação. Por sua vez esta pode ser:
 Directa - quando entrarmos em contacto com o objecto da nossa observação; e
 Indirecta - quando o fazemos sem ter contacto com objecto da nossa observação.
Neste tipo de observação usam – se recursos técnicos como câmaras de vídeo,
Televisor,espelhos transversos, entre outros.

Observação participativa ou participante – é aquela em que o observador participa nas


actividades do grupo ao mesmo tempo que observa.

Observação não participante – é aquela em que o investigador realiza a observação de


fora,isto é, não faz parte do grupo dos observados.

9.1.2. Subjectiva ou Introspecção

Quando é feita pelo próprio sujeito que descreve o seu estado mental interno. Em Psiquiatria
e Psicanálise usa - se muito a introspecção. Os instrumentos de observação auxiliam a recolha
de informação observada.
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6.2. Experimentação

Felizes são aqueles que “se mostram capazes de perceber as causas das coisas” revelou o
Poeta Virgílio citado por (Myers 1999). Lembre-se que a Psicologia estuda o comportamento
humano, mas não o pode compreender sem analisar a relação causa-efeito. Os experimentos
permitem queum pesquisador focalize os possíveis efeitos de uma ou várias variáveis. Enfim,
para se compreender o porquê as jovens solteiras têm filhos, o porquê as pessoas fumam ou
fazem algo estranho quando bebem, é necessário realizar experiências que podem permitir o
alcance das respostas desejadas. Em psicologia muitos experimentos foram feitos com
animais. O método de experimentação pode ser dividido em natural/de campo e de
laboratório.

Na experimentação realizada em laboratório, o pesquisador tem controlo total sobre as


variáveis, pois o ambiente de experimentação é criado e conduzido pelo pesquisador. Já nos
experimentos de campo, o pesquisador não consegue ter controlo absoluto sobre as variáveis,
pois são projectos conduzidos em uma situação real, como por exemplo, os Testes de
Mercado. (MATTAR, 2005).

Nas situações reais há presença de muitos factores que interferem na pesquisa e que podem
fugir do controle do pesquisador, pois ambiente real não é criado por ele. Por essa razão o
pesquisador precisa se adequar ao ambiente utilizando técnicas para atenuar os efeitos de
factores que atrapalham as observações. Os experimentos de campo geralmente têm precisão
menor que os experimentos de laboratório.

7. Métodos secundários ou auxiliares

7.1. Método clínico

Método clínico – refere-se à observação directa dos pacientes com lesão ou doenças
cerebrais, o objectivo fundamental é procurar relacionar o tipo de lesão ou doença as
modificações do comportamento. A observação clínica tem suas limitações, algumas
observações só são possíveisdepois da morte do indivíduo, explica-se por razões éticas.
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7.2. Método psicanalítico

A psicanálise, enquanto terapia, é um método de exploração do inconsciente. A hipnose foi a


primeira técnica que J. Breuer e Freud utilizaram. Este último desenvolveu e aplicou outras
técnicas para atingir os mesmos objectivos:

Associações Livres - Consiste em pedir aos pacientes para dizerem o que lhes ocorre, sem
qualquer constrangimento. O objectivo é que o paciente se auto-analise, descobrindo as
questões que lhe provocam alguma resistência. O psicanalista toma nota de todas as
perturbações em função do encadeamento das associações realizadas pelo paciente, tentando
deste modo identificar os fenómenos inconscientes que estão na base das neuroses.

Interpretação do Sonhos - Os sonhos são uma das manifestações mais ricas do inconsciente,
ainda que estes se apresentem numa forma simbólica. A sua interpretação permite a
descoberta das causas profundas das situações traumáticas.

Actos Falhados - Nas mais diversas situações, todos nós somos afectados por certas
perturbações mentais, nas quais não nos recordamos, por exemplo, de nome de pessoas
nossas conhecidas, trocamos palavras, ouvimos coisas que não foram ditas, etc. A análise
destes actos falhados é outra das técnicas utilizadas na psicanálise.

Transferências - Durante o tratamento o paciente estabelece com o psicanalista relações que


lhe permitem reviver situações traumáticas. Nestas, os sentimentos de amor ou de ódio que
em tempos foram experimentados, são transferidos para o psicanalista. A interpretação destas
transferências torna-se assim num dos elementos fundamentais que pode levar à descoberta
das situações traumatizantes.

Estas e outras técnicas utilizadas na Psicanálise devem ser vistas como complementares,
podendo num dado momento umas serem mais usadas que outras.

A psicanálise apesar do lugar incontornável na psicologia, continua a ser alvo de inúmeras


critica, nomeadamente sobre a precariedade do seu método científico.
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7.3. Métodos estatísticos/matemáticos

A estatística é uma parte da matemática aplicada que fornece métodos para colecta,
organização, descrição, análise e interpretação de dados e para a utilização dos mesmos na
tomada de decisões.

A literatura mostra que a estatística é um método que se aplica ao estudo dos fenómenos
aleatórios e, praticamente, todos os fenómenos que ocorrem na natureza são aleatórios, como
as pessoas, o divórcio, um rebanho de gado, a actividade profissional, um bairro residencial,
os produtos electrodomésticos, a opinião pública etc.

Esse método se fundamenta nos conjuntos de procedimentos apoiados na teoria da


amostragem. E, como tal, é indispensável no estudo de certos aspectos da realidade social,
onde quer que se pretendam medir o grau de correlação entre dois ou mais fenómenos.

A primordial função desse método é a representação e explicação sistemática das observações


quantitativas numéricas relativas a factores oriundos das Ciências Sociais, como padrão
cultural, comportamental, condições ambientais, físicas, psicológicas, económicas etc., que
ocorrem em determinada sociedade, ou de fenómenos de diversas naturezas pertencentes a
outras ciências, como na Física, Química, Biologia, entre outras. São aqueles factos que
envolvem uma multiplicidade de causas e por fim são representados sob forma analítica,
geralmente através de gráficos, tabelas, quadros estatísticos.

O método Estatístico fundamenta-se na aplicação da teoria estatística da probabilidade e


constitui importante auxílio para a investigação. Porém, as explicações obtidas mediante a
utilização do método estatístico não podem ser consideradas absolutamente verdadeiras, mas
dotadas de boa probabilidade de serem verdadeiras.

Mediante a utilização de testes estatísticos, torna-se possível determinar, em termos


numéricos, a probabilidade de acerto de determinada conclusão, bem como a margem de erro
de um valor obtido. Portanto, o método estatístico passa a caracterizar-se por razoável grau de
precisão, o que o torna bastante aceito por parte dos pesquisadores com preocupação de
ordem quantitativa. Os
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procedimentos estatísticos fornecem considerável reforço às conclusões obtidas, sobretudo


mediante a experimentação, a observação, análise e prova.

7.4. Método Longitudinal

Este método consiste em estudar um sujeito ou um grupo durante alguns anos ao longo de um
tempo previsto. Este método permite estabelecer a trajectória evolutiva do seu objecto de
estudo. Exemplo: se quisermos saber se crianças de quatro anos podem aprender o mesmo
tipo de conceito de crianças de oito anos, ou se elas abordam de forma diferente a estratégia
será averiguar o conceito nas idades pretendidas em um mesmo grupo de crianças ao longo do
seu desenvolvimento. Um dos pontos negativos desse método é que costuma ser oneroso e os
resultados não são obtidos de imediato, em sua totalidade, ou seja, só ao final do tempo
planeado.

7.5. Método Transversal

Este método consiste em estudar crianças ou grupos de crianças em estágios distintos de


desenvolvimento. Tomando o mesmo exemplo anterior para sabermos se o mesmo tipo de
conceito é apreendido de forma similar ou diferente, a estratégia será averiguar a questão em
dois grupos de crianças: um de 4 anos e outro de 8 anos, no mesmo percurso de tempo. A
vantagem deste procedimento em relação ao anterior é a rapidez e economia de recursos
financeiros. Em pouco tempo chega-se a uma conclusão, enquanto no método longitudinal só
depois de alguns anos.

7.6. Métodos comparativo

Os métodos comparativos – são métodos utilizados para comparar observações praticadas


sobre grupos. Estes geralmente aparecem integrados no método experimental. São utilizados
na Psicologia Genética, na Psicologia Patológica.
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8. Conclusão

Nesta nota conclusiva, é importante referir que experimentação é um método em que o


pesquisador controla todas as variáveis menos uma ou duas em que está particularmente
interessado, de modo que possa observar comportamento num contexto menos complexo e
ver com mais clareza os efeitos de possíveis variáveis independentesimportantes.

Observação é um método técnico de recolha de dados a partir de hipóteses colocados


explicitamente. A observação científica utiliza hipóteses inteiramente explicitadas. Esta
pressupõe a existência de factos susceptíveis de permitir, em certo sentido, a repetição da
observação primitiva, isto é, factos capazes de serem repetidos.

O método clínico é um método em que o pesquisador intervém numa observação ou


entrevista com sondagens e “testes” especiais que têm por fim esclarecer o significado da
resposta do sujeito.

A psicanálise apesar do lugar incontornável na psicologia, continua a ser alvo de inúmeras


critica, nomeadamente sobre a precariedade do seu método científico.

O método Estatístico fundamenta-se na aplicação da teoria estatística da probabilidade e


constitui importante auxílio para a investigação. Porém, as explicações obtidas mediante a
utilização do método estatístico não podem ser consideradas absolutamente verdadeiras, mas
dotadas de boa probabilidade de serem verdadeiras.

Portanto, estudo longitudinal é um método de investigação psicológica que visa analisar


as variações nas características dos mesmos elementos amostrais (indivíduos, empresas,
organizações, etc.) ao longo de um longo período de tempo - frequentemente vários anos. Os
estudos longitudinais são muito usados na Psicologia, Medicina (em especial na
Epidemiologia de doenças), e também na Economia e Sociologia.
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9. Referencias Bibliográficas

BALDWIN, A.L. 1973. Teorias de Desenvolvimento da Criança. 2.aed. S. Paulo:


BibliotecaPioneira de Ciências Sociais,
BEE, Helen L. e MITCHELL, Sandra K. 1984. A Pessoa em Desenvolvimento. Trad.
JamirMartins. São Paulo: Harper & Row do Brasil.
BERBAUM, J. 1992. Desenvolver a Capacidade de Aprendizagem. Lisboa: Escola
superior deEducação, João de Deus,.

COLL, César; PALÁCIOS, Jesus e MARCHESI, Álvaro. 1995. Desenvolvimento

Psicológico eEducação. Psicologia Evolutiva. Porto Alegre: Artes Médicas.

DAVIDOFF, L.L. 2001. Introdução à Psicologia. S. Paulo: editora Mcgraw –Hill Lda.

GLEITMAN, H. 1986. Psicologia. 2ª ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

MATTAR, Fauze Najib. 2005. Pesquisa de Marketing: metodologia e planeamento. 6ª.


ed. SãoPaulo: Atlas.

MYERS, David. 1999. Introdução Psicologia Geral. São Paulo: Editora Santuário.

RAPPAPORT, Clara Regina; FIORI, Wagner da Rocha e DAVIS, Cláudia. 1981.


Psicologia doDesenvolvimento: conceitos fundamentais. São Paulo: EPU.

RUBINSTEIN, S. L. 1982. Psicologia Geral. vol 4. Portugal: Edição Estampa.

RUBINSTEIN, S.L.1972. Métodos da Psicologia.. Vol. 1 a 8, 2ª ed. Lisboa: Editorial


Estampa.

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