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Governo do Estado de Santa Catarina

Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural


Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina

PROTOCOLO A SER OBSERVADO PARA A PRODUÇÃO COMERCIAL DE


RAINHAS EM SANTA CATARINA

Para se obter sucesso no melhoramento genético são necessários alguns cuidados


durante o processo de produção e distribuição de material genético.

Regras gerais:

 O criador de rainhas deve fazer e manter atualizado o cadastro da criação de


abelhas junto CIDASC;
 As rainhas produzidas deverão ser oriundas de colônias previamente
selecionadas, sendo que a seleção das colônias e a produção das rainhas deverá ser
prioritariamente regionalizada, objetivando obter rainhas adaptadas e livres de pragas e
doenças exóticas;
 Na hipótese de se trazer material genético de outras regiões que se considere
não haver riscos, por medida de segurança, este deverá passar por quarentena, bem como
vir acompanhado de certificado emitido pelo serviço oficial de sanidade animal, isentando a
presença de doenças;
 Não se deve em nenhuma hipótese, trazer material genético de regiões do
Brasil onde haja ocorrência de doenças ou pragas das quais o estado é considerado livre,
ou de ocorrência apenas localizada;
 Fica proibido trazer material genético de outros países para a produção de
rainhas.

Pré-seleção de colônias:

 Recomenda-se que, para a produção de rainhas em larga escala, e com o


objetivo
de comercialização, seja realizada uma pré-seleção utilizando-se no mínimo 400 colônias.
Caso o produtor de rainhas não tenha 400 colmeias, ou por opção, poderá utilizar apiários
de terceiros para ampliar o seu plantel de seleção de material genético.
 Estas colônias devem ser avaliadas quanto as seguintes características:

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Fax: (048) 3665-5010, http://www.epagri.sc.gov.br, e-mail: epagri@epagri.sc.gov.br
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Produtividade: nesta primeira seleção pode ser avaliada pelo número de quadros
de mel produzidos;

Ausência de qualquer sinal de doenças nas crias: sendo observado através de


leitura visual dos quadros de cria;

Ausência de sinais clínicos de nosemose: caracterizada pela presença de


diarreia, abelhas com tremores, abelhas moribundas ou mortas dentro da caixa, no alvado e
em frente a caixa;

Apresentar as menores taxas de infestação por varroa dentre as


colmeias do apiário.

 Destas 400 colônias avaliadas deve-se escolher aproximadamente 40


colônias que se destacarem com base nos critérios acima, as quais serão colocadas em um
único local e serão acompanhadas com avaliações periódicas, de maneira mais criteriosa.

Seleção de colônias

As 40 colmeias pré-selecionadas deverão passar por acompanhamento e


avaliações periódicas para observar a infestação por varroa, o comportamento higiênico, a
tendência a enxameação e a capacidade de sobrevivência em períodos mais críticos.

Outras características poderão ser observadas, como a defensividade, aptidão para


produção de determinados produtos (mel ou própolis ou pólen) ou outras características
desejadas.

Procedimentos obrigatórios durante a seleção:

 Ter todas as colmeias numeradas.


 Ter um caderno com as anotações de acompanhamento de cada colônia.
 As colônias que estão sendo observadas não poderão receber tratamentos
contra varroa durante o processo de seleção.
 Recomenda-se como ideal fazer a contagem de varroas e o teste de
comportamento higiênico de cada colmeia a cada 45 dias. Obrigatoriamente, uma em cada

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estação do ano. Sugere-se os seguintes períodos: Final da colheita do mel (15/12 a 15/01),
durante o outono (1º de abril a 30 de maio), final do inverno (15/07 a 15/09), e no período de
produção (15/11 a 15/12).
 Realizar análises de nosemose no mínimo duas vezes ao ano, nos períodos
de 15 de março a 15 de maio e 15 de julho a 15 de setembro.
 Colocar armadilhas periodicamente para o monitoramento do pequeno
besouro das colmeias.
 Destas 40 colmeias acompanhadas e avaliadas na seleção serão escolhidas
4 ou 5 matrizes, as quais irão fornecer larvas para a produção das rainhas.

Cuidados na produção e envio de realeiras, princesas e rainhas:

 Ter todas as colmeias numeradas.


 Ter um caderno com as anotações de acompanhamento de cada colônia.
 Colocar armadilhas periodicamente para o monitoramento do pequeno
besouro das colmeias.
 Fazer a contagem de varroas nas matrizes, recrias e colmeias de apoio
quatro vezes ao ano, nas seguintes épocas: Final da colheita do mel (15/12 a 15/01),
durante o outono (15/04 a 15/05), final do inverno (15/07 a 15/09), e no período de produção
(15/11 a 15/12).
 Sendo necessário devem ser tratadas com produtos orgânicos, com exceção
das matrizes, as quais obrigatoriamente devem apresentar nenhuma, ou muito baixa
infestação por varroa. O controle deve ser feito quando a infestação for maior que 3% na
safra ou 7% na entre safra.
 As matrizes, as recrias e as colmeias de apoio devem ser monitoradas quanto
a nosemose, e havendo a presença de abelhas com esporos, deve-se descartar o uso desta
colmeia na produção de rainhas. Recomenda-se fazer as análises de nosemose no mínimo
2 vezes ao ano nos seguintes períodos: 15/03 a 15/05 e 15/07 a 15/09.
 A avaliação do comportamento higiênico deve ser realizada no mínimo 4
vezes ao ano, sendo uma avaliação a cada estação do ano (verão, outono, inverno e
primavera).

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 Monitorar as matrizes, as recrias e as colmeias de apoio quanto a presença


de doenças de cria e vírus. Havendo suspeitas a colmeia deverá ser descartada.
 Utilizar apenas larvas de até 72 horas, porém, preferencialmente larvas de 1
dia para a produção das rainhas. Este procedimento garante que a alimentação que a
mesma recebeu foi única e exclusivamente geleia real, o que permite o completo
desenvolvimento do sistema reprodutivo (ovários e ovaríolos) das rainhas.
 Garantir que as rainhas sejam fecundadas em períodos de grande
disponibilidade de zangões.
 Ter a disposição no local de fecundação, grande quantidade de colônias
selecionadas, para fornecer um bom aporte de zangões oriundos destas colônias.
Recomenda-se ao menos 5 colmeias com zangões para cada 100 núcleos de fecundação.
 O tempo transcorrido entre o nascimento da rainha e a sua introdução nos
núcleos ou colmeias para fecundação não deverá ser superior a 5 (cinco) dias.
 Obrigatoriamente, as rainhas devem ser marcadas com as cores do referido
ano de nascimento, segundo convenção internacional do IBRA. Para rainhas nascidas em
anos terminados em 1 e 6 utilizar cor branca; para rainhas nascidas em anos terminados em
2 e 7 utilizar cor amarela; para rainhas nascidas em anos terminados em 3 e 8 utilizar cor
vermelha; para rainhas nascidas em anos terminados em 4 e 9 utilizar cor verde e para
rainhas nascidas em anos terminados 5 e 0 utilizar cor azul.
 Anotar em caderno de campo e avaliar a cada safra a produção de mel das
matrizes, bem como o desenvolvimento de colônias filhas.
 A geleia real utilizada para o processo de transferência de larvas deverá ser
produzida pelo próprio produtor de rainhas.
 Deve-se evitar o uso de mel ou pólen para a confecção do alimento utilizado
durante o transporte das abelhas rainhas. Quando este for utilizado deverá ser oriundo de
apiários próprios do produtor de rainhas e ser seguramente produzido a partir de colmeias
livres de qualquer tipo de doença. Recomenda-se ainda o aquecimento do mel por 10
minutos a temperatura de 65°C o que contribui para eliminar alguns patógenos.

Conforme foi convencionado em reunião realizada em Florianópolis no dia 09


de abril de 2019, é de responsabilidade de cada produtor assegurar o cumprimento
deste protocolo, a fim de garantir a produção e a comercialização de rainhas de boa
qualidade genética, morfológica (peso, boa formação das asas, etc.) e sanitária.

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