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Unidade 7 ~ CiunpRos De ParéDE ESPESSA 7. - CILINDROS DE PAREDE ESPESSA Opserivos: - Definir cilindros de parede espessa. ~ Deduzir as equagdes de Lamé. ~ Determinar as tensées radi e circunferenci usando 0 principio da superposigio, ~ Determinar as tensdes longitudinais. ~ Deduzir a expressio da tensio de interferéncia. em cilindros compostos 7.1 - INTRODUCAO Definimos um cilindro de parede espessa quando a espessura de sua parede for maior do que a décima parte do seu raio interno. No tratamento teérico de cilindros de parede fina, admite-se que as tensdes circunferenciais so constantes através da espessura da parede, € também, que ndo ha variago de pressio através desta, e ainda, que a tensio radial & desprezivel em face das outras tensdes (Fig. 71). Nenhuma destas consideracdes é valida para cilindro espesso, no qual a variago da tensdo circunferencial e radial indica-se na Fig. 72, seus valores sendo dados pelas equagdes de Lamé (1795-1870): xxemplos de aplicagdo: vasos de pressio, cilindros hidraulicos, sistemas de dutos, tubulagdes deformaveis, etc & pp pR “a * eH 1 (rag) ges das tenses 7, (compressio) 2 oO = A + B/r o A= Bre? Figura 72 - Cilindro espesso sujeito a pressio interna Pagina 14 Unidade 7 ~ CiunpRos De ParéDE ESPESSA O desenvolvimento da teoria para cilindros espessos, & indicado para segdes afastadas das extremidades, desde que, a anilise da distribuigdo das tensdes em toro das juntas (extremidades), é particularmente complexa. Assim, para segGes centrais o sistema de pressiio que é normalmente aplicado, é simétrico e todos os pontos dos elementos anulares da parede do cilindro, deslocario da mesma quantidade, dependendo do raio do elemento. As tenses cisalhantes nao devem existir sobre as superficies interna e externa do anel, jé que as cargas de pressio no tendem a forgar os anéis a rodar um em relagio a0 outro, Consequentemente, nio haverd tensio cisalhante nos planos transversais ¢ as tenses em tais planos, serdo as prineipais, HF | Umeilindro de parede espessa pode ser considerado como constituido por uma série de anéis concéntricos ~ cilindros de parede fina concéntricos Desenvolvimento da teoria de Lamé. (1833) Considere 0 cilindro espesso da Fig. 74. As tensdes atuantes em um elemento de comprimento unitario, e raio r sdo as da Fig. 73. A tensio radial aumenta de 6, para o, + do,, através da espessura elementar (todas as tensGes foram consideradas positivas, ou seja, de tragdio). Uma vez que se supde o anel como um cilindro de parede fina, a tensio o} pode ser considerada uniforme através da espessura do anel Projetando as forgas atuantes na diregdo radial, temos: 0, + 40, Figura 73 Figura 74 d0 (a, +da,). (r+dr). dO. 1-0, .rd0 .1=20,,. dr. 1. sen 7 ‘ do do Para pequenos Angulos: sen = radian Desprezando as quantidades de segunda ordem: Gl) Pagina 115 Unidade 7 ~ Citnbkos Dk PaKeDe EsPessa A equagio (7.1) ndo pode ser integrada diretamente, pois tanto oy como o; sio fungdes de r. Apelemos para uma equaco de deformagao. & |Verifica-se, cuidadosamente, por medigées, que a deformagéo axial é uniforme. As secdes transversais planas, antes do carregamento, permanecem planas e paralelas apés a aplicagiio das pressées internas. Deste modo, a deformacao longitudinal, &,, é constante através da espessura do cilindro. 0, -v 0, -v oy] v (0, + 0 ))=constante ou seja, €1, , niio depende de r. Considerando que a tensio longitudinal, 1, ¢ constante através da parede do cilindro, em pontos distantes das extremidades, temos: oO, +04, =constante = 2A (7.2) Substituindo oy, em (7.1), do, ar 24-0, Multiplicando por r e organizando: to,r+r? oe 24p ar £67 -Ar’)=0 cons tante Deste modo, integrando, or? — Ai B o,=A- (7.3) , e da equagao (6.2): o, =4+4 (ray (® | 4s equacées acima determinam as tensdes radial e circunferencial a um raio r em termos das constantes de integracdo A e B. Para uma determinada condig&o de presséio, haveré sempre duas conkecidas condigées de tensdo (normalmente tensio radial) que permitiréio a determinagdo das constantes de integracdo e| consequentemente, a avaliagdo das tensdes. Pagina 116 Unidade 7 ~ CiunpRos De ParéDE ESPESSA 7.2 - CILINDRO ESPESSO SUJEITO A PRESSAO INTERNA "P", E PRESSAO EXTERNA NULA. (FIG. 75) As duas conhecidas condigdes de tensdes determinam as constantes de Lamé A © B. Assim, para: r=R; A pressiio interna é considerada negativa, pois produz compressio nas paredes do cilindro e a convengao de tensfo normal adotada, torna compressio negativa, Substituindo as condigdes acima na equacao (7.3). oS Figura 75 — Segao transversal do cilindro (7.5) (7.6) Estas equagdes produzem a distribuigao de tensdes indicada na Fig. 72, com os valores maximos de ambas, oy € G- no raio interno, O ponto mais perigoso seri o da face interna (r= Rj) onde oy & maximo e 0; =P. 7.3 - CILINDROS SUJEITOS 4 PRESSAO EXTERNA P, E PRESSAO INTERNA NULA. Examinando a Fig. 75 e aplicando as condigdes de contorno, supondo agora que P atua somente na face extema, teremos: Para r= Rj, a tensdo radial é nula. Para r= Ro, a tensio radial vale - P. Resolvendo o sistema, obteremos finalmente: Pagina 117 Unidade 7 ~ CiunpRos De ParéDE ESPESSA (1.7) essa expresstio seri muito usada no céleulo da interferéncia. Toda a tensio circunferencial & negativa ¢ novamente 0 ponto mais perigoso é, normalmente, o da face interna (r= Ri). Se na expresso (7.7) fizermos R, tender para zero, o cilindro se transformari em um eixo macigo e a expressio (7.7) ficar’: (7.8) Assim, para um eixo sob pressio externa P, oy = 6; -P, para qualquer ponto da segio transversal (independente der). 7.4 ~ TENSOES LONGITUDINAIS Considere agora a segio transversal de um cilindro espesso, fechado nas extremidades e sujeito a uma pressio interna P; e a uma pressdo externa P2 (Fig. 76). Supor: P; > P2 of Content Nees a Figura 76 — Segao longitudinal do cilindro Para haver equilibrio horizontal (isolando a tampa do cilindro): Pw R)—P,.2R! =, 2(R-R') Onde 6, é a tensao longitudinal constante estabelecida nas paredes do cilindro, (7.9) Pode-se mostrar que esta constante tem 0 mesmo valor da constante "A" das equagdes de Lamé. Isto pode ser verificado para 0 caso em que se tem somente pressio interna, fazendo P; = 0, na equacao (7.9). Para a combinagdo de pressio interna e extemna a relagdio G1, = A, também & aplicada. 7.5 ~ MAXIMA TENSAO TANGENCIAL Ji foi dito que as tenses em um elemento num ponto da parede do cilindro, silo tensdes normais prineipais. Pagina 118 Unidade 7 ~ CiunpRos De ParéDE ESPESSA Segue-se, deste modo, que a maxima tensdo tangencial em um ponto vale: o,-9, deveri ser entio: r,., = > desde que oy 6, normalmente, de tragHo, enquanto que o; é de compress, e ambas excedem 4.1, em intensidade. Assim; (7.10) O maior valor de tyxix normalmente ocorre no raio interno onde r= Ry 7.6 - CILINDROS CoMPoSTOS Nos tubos que devem ser submetidos a presses internas muito elevadas, como por exemplo, os tubos de canhdes, é em geral necessério aumentar muito a sua espessura para que se possa aumentar relativamente pouco a pressio interna, Em vez disto, pode-se eriar um estado inicial de tensdes no tubo que conduza a uma solugdo mais favordvel Do esbogo de distribuigdo de tensdes indicado na Fig. 72, ¢ evidente que ha uma grande variagio da tensio circunferencial, através da parede de um cilindro espesso, sob pressiio interna. O material do cilindro nfo é deste modo, usado o mais vantajosamente possivel. Para obter uma distribuigdo de tensio circunferencial mais uniforme, os cilindros io, freqiientemente, montados com interferéncia, um tubo exteriormente ao outro. Quando 0 tubo externo contrai por resfriamento, o tubo interno é levado a um estado de compressio. Por sua vez, 0 tubo externo é levado a um estado de tragdo. Se o cilindro composto for sujeito a uma pressio interna, a tensio circunferencial resultante sera a soma algébrica da tens proveniente da pressdo interna e das tensdes originadas, pelo resfriamento, como indicado na Fig. 77; deste modo, é obtida uma melhor distribuigdo para a tensdo circunferencial resultante (on EX EB 9 enero) someon © continaio._ d ” ae Dromenteconmsto 9 st? aan Figura 77 - Cilindros compostos - efeitos combinados de pressio interna e interferéncia EF | O método de resolugao de cilindros compostos construidos de mesmo material é 0 de dividir 0 problema em trés efeitos separados: 4) pressao de interferéncia somente no cilindro interno b) pressdo de interferéncia somente no cilindro externo ©) pressdo interna no cilindro completo (Fig. 78) Pagina 19 Unidade 7 ~ CiunpRos De ParéDE ESPESSA Para cada condigdo de carregamento, haver dois valores conhecidos para as tensdes radiais, que tornardo possiveis a determinagdo das constantes de Lamé, para cada caso: P Ry) 2 2 P, = cil. in- —b) cont il. ex- ©) pressio interna — Gnome » Famer oe Ee composto Figura 78 — Método de resolugo de cilindros compostos Condigio a): r= Ri, Re, or Condigio b): r=Rs, 6 Re, OF Condigio c): r= Ro, r= Ri, o,=-Pi Assim, para cada condigio, a tensao circunferencial e radial podem ser avaliadas, e se aplica o principio da superposigio, isto é as varias tensdes sio ent combinadas algebricamente para produzirem as tensdes no cilindro composto sujeito a interferéncia e pressio interna, simultaneamente. Na pratica, isto significa que o cilindro composto suporta uma maior pressio interna antes de ocorrer falha. pressio interna interferéncia eo pressfo interna P Total a) tensGes circunferenciais. ») tensbes radiai Figura 79 - Distribuigdo das tensdes radial e circunferencial através das paredes do cilindro composto 7.7 - INTERFERENCIA No projeto de cilindros compostos, & importante relacionar a diferenga no raio dos cilindros acasalados, com as tensdes que sero produzidas. A diferenga de raio na superficie comum & chamada de interferéncia. Normalmente, quando o processo de Pagina 120 Unidade 7 ~ CiunpRos De ParéDE ESPESSA interferéncia é usado, o cilindro extemo & aquecido até deslizar livremente sobre o cilindro interno, proporeionando a jungdo requerida, no resfriamento, Considere 6 cilindro composto da Fig. 80, de materi s diferentes, Dim. original do cil, interno Raio final comum idm. original do cil, externo Figura 80 - Interferéneia em cilindros compostos Seja "p" a pressio estabelecida na jungao dos dois cilindros no ajustamento. ‘Sejam as tensdes circunferenciais na junta do tubo interno ¢ externo, resultantes da pressio p, 14 (compressio) cilindro interno e ayn (trago) cilindro externo. Entio se: 80: deslocamento radial do cilindro externo deslocamento radial do cilindro interno (Fig. 80) r.: raio da superficie comum Iembrando que a deformagao circunferencial é igual 4 deformagao radial; para o cilindro externo: len, -€n,)tes sinal menos, pois a deformagio &3; negativa (-x— = +), Considerando extremidades abertas, o,=0. Pagina 121 Unidade 7 ~ Citnbkos Dk PaKeDe EsPessa onde Ep € Vo, Ei ¢ vi, so médulos de elasticidade e coeficientes de Poisson dos dois tubos. Entio, a interferéncia é: (yy onde r, é 0 raio inicial nominal das superficies acasaladas. oxi sendo de compressio mudard seu sinal negativo para positivo, quando seu valor for substituido, A interferéncia, baseada no didmetro, seré duas vezes o valor determinado, bastando trocar re por de. Se os tubos so do mesmo material: Le, - E )=15, +18] (7.12) A temperatura “t” a qual o cilindro externo deve ser aquecido antes de ser encaixado contra o cilindro interno é determinada pela relagao: a.1,.t=[B, +B.) a> coeficiente de dilatagao linear do material do cilindro externo 7.8 - COMPLEMENTACAO As expressdes (7.5) ¢ (7.6) podem ser escritas simultaneamente PR} (« hk %, “Te -R) uw (R=) "| (7.13) Facamos Rz tender para o infinito; separando os termos, podemos escrever a equagao (7.13) como se segue: PR} PR? o, 7 he r 2 _pt)= R? PR} Mas, como R; tende para o infinito, (R? — R/)= Ri e, tende para zero. Logo: PR, (7.14) Pagina 122 Unidade 7 ~ CiunpRos De ParéDE ESPESSA Observando a equago (7.14), verificamos que se r > 4R, as tensdes serdo '/ig das tenses maximas (6 %), que ocorrem para r= Ry Assim, Ro/R; > 4, podemos considerar espessura infinita e as tensGes (para r= R,) nao dependem mais da forma do contorno, pois seus valores, para estes pontos mais afastados, so muito pequenos. Esta circunstincia é de suma importancia na pritica, pois permite determinar, com suficiente exatidao, a distribuigdo de tensdes em pegas que correspondam aos casos tais como os que so mostrados na Fig. 81 ou similares, sempre que a distincia entre o centro de um furo e a borda do outro seja igual ou maior que quatro ou cinco vezes 0 raio dos mesmos. Figura 81 A expresso (7.14) permite concluir que quando a espessura do cilindro tende para o infinito a tensio radial, em qualquer ponto da face interna (r = Rj), sera igual & circunferencial com 0 sinal trocado (o,, =+P € 6, =—P), e todos os pontos se encontram em estado de cisalhamento puro (quando nao existem tenses axiais| Para este caso acima, a expresso para calculo da tensio equivalente, usando a teoria da maxima tensio tangencial & oy = 2P, para r= Ry (7.15) 7.9 - CILINDROS DE PAREDE FINA COMO CASO PARTICULAR DE CILINDRO ESPESSO Tomemos a expressio (7.6) para célculo de oy, em cilindros espessos sob pressio inte: Considerando o cilindro como de parede fina de espessura “e”, podemos usar as simplificagdes abaixo: Substituindo na expressio acima e simplificando: Pagina 123, Unidade 7 ~ CiunpRos De ParéDE ESPESSA P2R} _ PR, 2Re e on (Expresséio ja conhecida para calculo de oy em cilindros de parede fina.) Para a tensdo longitudinal (P2 = 0) a expressio (7.9) fiea assim: PR} PR} (R,+R,XR,-R,) 2Re 2e do jé conhecida para calculo de 0 em cilindros de parede fina). (Expres: 7.10 - FORCA DE ARRANQUE OU DE ACOPLAMENTO ELASTICO, SOB MESMA TEMPERATURA. Quando existe interferéncia radial entre um eixo € uma chapa (ou entre dois cilindros), a forga aplicada axialmente para retirar 0 eixo da chapa ¢ denominada forga de arranque elistico. Esta forga pode ser calculada como indicado na Figura 82. Seja: P— pressio de interferéncia gerada inicialmente N ~ forca normal entre as superficies do eixo e da chapa acasaladas. N=P2nRoh ; D=2R. R.—raio da superficie de contato h—comprimento de eixo em contato com a chapa (no caso em questo, espessura da chapa) F — forga de atrito entre eixo e chapa que deve ser vencida pela forga aplicada (esta deve ser igual ou superior a F) F=uN 1 Coeficiente de atrito entre as superficies em contato Assim: F = 2,2.P.Rh hr a. Figura 82 Pagina 124 Unidade 7 ~ Citnbkos Dk PaKeDe EsPessa 7.11 - AUTO-FRETAG! Ji vimos que a parte mais tensionada de um cilindro de parede espessa é sua superficie interna (r= Ry). Segue-se que, se a pressio interna ¢ aumentada suficientemente, 0 escoamento do cilindro pode ocorrer nesta regio. Felizmente um considerdvel volume de material eldstico envolve a rea escoada. Se a pressio é aumentada ocorre uma penetragdo plastica que aprofunda através da parede do cilindro e pode ser que todo 0 cilindro venha a escoar, dependendo desta pressdo interna, Se a pressio é tal que a penetragdo plastica ocorre somente parcialmente na parede do cilindro, com a retirada desta pressfo, a zona eldstica externa tende a voltar dimensdes originais, mas & impedida de faz6-lo pela deformagdo permanente estabelecida no material escoado, O resultado € que o material eldstico é mantido em um estado de tensio (empurrado para fora), enquanto 0 material interno é conduzido a uma compressdo residual. Este processo é denominado de auto-fretagem e tem 0 mesmo efeito que a interferéneia de um tubo contra o outro sem as complicagdes decorrentes do procedimento de interferéncia. ‘Assim, 0 cilindro pode suportar uma pressGo interna maior, pois as tensdes residuais de compressdo na face interna ocorrem antes que esta regio experimente tensdes de tragdo provenientes da pressio interna aplicada ao final, pois o processo de auto-fretagem antecede a aplicagdo da pressGo intema final. Quando esta é aplicada, a tensdo circunferencial resultante diminui na regio interna do cilindro em virtude da tensdo de compressao residual proveniente do processo de auto-fretagem. Por esta raziio, os canos de armas de fogo e outros vasos de pressio so freqiientemente pré-tensionados, com este procedimento, antes do servigo, Teorias de falha - critério de escoamenti A teoria da méxima tensio tangencial ¢ normalmente usada para dimensionamento de cilindros de parede espessa. Logo: [na into A tensdo tangencial maxima no raio interno do cilindro ¢ dada por: on-2, wae = 2 O cilindro fatha se: Sy 7 ye onde oi; ¢ 6; sao as tensdes circunferencial ¢ radial no raio interno do cilindro ¢ Sy: € 0 limite de escoamento do material do cilindro. Para os materiais frageis a teoria da maxima tensdo normal é usada. A falha acontece quando: Sur= OH max ‘Teoria plastica - pressio de colapso. Considere o cilindro da Fig, 83, sujeito a uma pressio interna P; de intensidade suficiente para provocar 0 escoamento a um raio Rp. Para os materiais diiteis o escoamento ocorrerd quando: Syy= 01 - 0 Mas da equagao de equilibrio ja deduzida anteriormente, temos: Pagina 125 Unidade 7 ~ Cuuvpros De Pareve ESPESSA (projeciio das forgas na diregao radial) do, Sy A me frea escoada Figura 83 Integrando: o, = S,, Inr+constante Mas, , =P, para S,,|m—-|-P, , R, Da equagio de equilibrio dada acima temos: J =R, +. constante P,-S,,InR, Logo: o, On = Sy + 6; oy sft of e R, (7.16) (1.17) Estas equagdes fornecem as tensdes circunferencial ¢ radial através da zona 1s escrever que: plistica em termos da pressio radial estabelecida na interface eldstico-plistica. Vamos determinar P5. O cilindro da Fig. 83 pode ser considerado como um cilindro composto por um tubo interno plistico ¢ um tubo externo ekistico sob uma pressio interna Ps. Pagina 126 Unidade 7 ~ Citnbkos Dk PaKeDe EsPessa Aplicando a teoria da maxima tensdo tangencial: PRE A pressdo radial na interface elastica é: Sy 2 2 r= Seni!) a8 Substituindo Ps em (7.16) e (7.17), as tensdes na zona plastica serdo: (7.19) (7.20) A pressio necesséria para o completo colapso plastico do cilindro é dada pela equagao (7.16) quando r= Ry ¢ Ry= Rz com P;=P2= 0. Para o colapso: o, =-P,=S,,n& (7.21) PBF = Sy Ine E Com o conhecimento desta pressio de colapso a pressio de projeto pode ser determinada dividindo ela por um coeficiente de seguranga adequado. A pressdio de escoamento inicial = (7.22) onde: Ry = Ry Finalmente, a pressio interna necesséria para causar escoamento a um dado aio Ry é dada por (7.19) , quando r= Ry, isto & i 2 (R; -R; (7.23 aay - 8) (723) BIBLIOGRAFIA BELYAEV, N.M,, Strength of Materials., 2* ed., Mir Publishers. Moscou, FEODOSIEY, V.L., Resistencia de Materiales., Editorial Mit. Moscow. 1972. HEARN, E.J., Mechanics of Materials., * ed., Pergamon Press Ltd. Gt. Britain (Page Bras Ltd, Norwich). HIGDON c outros, Mecdnica dos Materiais., 3° ed., Guanabara Dois S.A., Rio de Janeiro - RJ., 1981. Pagina 127 Unidade 7 ~ CiunpRos De ParéDE ESPESSA Um cilindro espesso, de 100 mm de raio interno © 150 mm de raio extemo, é sujeito a uma pressio interna de 60 MNim?. Determinar as tenses circunferenciais e radiais, na face interna e externa do cilindro ¢ também as tensdes longitudinais, sabendo-se que 0 cilindro € fechado nas extremidades. > Exercicio 7.1 Solucdo: 60 MN /m? =o 1 60.100" (1-42). 1156 MN /m? 100 96 MN /m? 48 MN /m? Ponto na face interna: eq = 0) - 03 = |216 MN / me? Pagina 128 Unidade 7 ~ Citnbkos Dk PaKeDe EsPessa > Exercicio 7.2 Caleular 0 didmetro externo de um cilindro sujeito a uma pressdo interna de 500 atmosferas, se o coeficiente de seguranga € dois (2). O raio intemo é 5 cm. Sy = Se = 5000 kgffem’. Solucéo: ol =-P=-500=0, xy _ 500. 25{ 25+ R? Be 25 jen og =F) ~F, = 5, = 2500 6, +500= 2500 -» «, = 2000 5, 500(25 +R’) (R? — 25) 000 + R=6,45cem ..|$=12,9¢em > Exercicio 7.3 Um tubo de bronze de 60 mm de didmetro externo e 50 mm de furo é eneaixado justo, dentro de um tubo de ago de 100 mm de diémetro externo. Quando 0 conjunto se encontra a uma temperatura de 15°C os dois tubos sio livres de tensio. O conjunto ¢ entiio aquecido 115°C. cular a pressio radial induzida entre as superficies acasaladas © a tensio circunferencial térmica induzida nas superficies interna e externa de cada tubo. E a Ago| 200 GPa 12.x10°7°C Bronze | __100 GPa 9x 107 1°C Solugao: [o,|+|8,[= 30x10 x100(19 — 12)x10-* = 21x10 m 21x10 30xl0 —_(2,140,3)- (5,55 +0,33)|p 10° | 200 100 p= 10,9 MN /m* -5,55p =) om =-60,5 MN /m’| 307, , 25 ] Om =P 0) 2 30? = 25° 30° ow = 22,9 MN /n? Pagina 129 Unidade 7 — Cusvoros ot Paneoe EsPEsss > Exercicio 74 Determinar a pressiio “p” (maxima) entre o tubo de conereto e © niicleo rigido e a pressiio “P” (maxima), aplicada na face externa do tubo de concreto para que a tensio equivalente na face interna do tubo nao exceda a S,, = 4kgf /cm? Usar Coulomb Mohr. Dados: §,,. = 20kgf /cm?; Coeficiente de Poisson do tubo: 0,16 Soluc a Ponto isolado pertencente ao tubo situado os na superficie de contato: Vo, 0; =-p (pressdo de contato entre tubo e micleo rigido) oy =o +o4 =(22-2) 33 1 ~UG, zi (2 2) otal ajo E 0.68 67 p— L81p =-0,14p -0,14p Aplicando Coulomb-Mohr: 4 ko, =0-+(- p)=4=> p=20 O4, =0, ~ko. as p)=4=>p P= 20kef/en? P= 13,6 kgf/cm? Pagina 130 Unidade 7 ~ Citnbkos Dk PaKeDe EsPessa > Exercicio 7.5 Um tubo composto é feito pelo aperto de um tubo de 100 mm de didmetro interno e 25 mm de espessura contra outro de 100 mm de difmetro externo e 25mm de espessura, A interferéncia radial & de 0,01 mm, Se ambos sio de ago, calcular a pressio radial estabelecida na superficie de contato, durante a interferéncia. Apés, uma pressio P = 60 MN/m’ é aplicada na face interna do conjunto. Fazer a distribuigdo da tensio radial e circunferencial para os dois casos. Médulo de elasticidade do ago: 208 GN/m’, Coeficiente de Poisson: 50.107 001.107 = 08.10" (2.6 p + 1,67 p)—> p=9,74 MN/m? Distribuigdo das tensdes: (cilindro interno) Oy, =-167, =16,3MN /m? 1 974.50" On =~ 59? 25? 50? — 257 \ Distribuigao das tensdes: (cilindro externo) Oy = 2.6 p = 25,3MN/ m? 5,6. MN /m? Pagina 131 Unidade 7 ~ Citnbkos Dk PaKeDe EsPessa — pressdo interna sem interferéncia pressdo interna + interferéncia 26 interferéacia, sem press4o interna « Apliquemos a pressaio P = 60 MN / m’ na face interna, sem interferéncia: 2 (952 60.25? (75° On =F 550 | 759° 29 on? = 75 MN /m? on") = 24,4 MN /nP oy” = 15 MN fm? o% =7,1 = -9.4 MN/m? Pagina 132 Unidade 7 ~ CiunpRos De ParéDE ESPESSA > Exercicio 7.6 Uma barra de ago ¢ introduzida sob presso, em uma prancha também de ago. Determinar a forga que se deve aplicar a barra, em diregdo axial, para retira-la da prancha. Dados: Modulo de elasticidade do ago: 2 x 10° kgfiem? Coeficiente de atrito: 0,25 D=60 mm, h = 100 mm, interferéncia radial = 0,03 mm. te io, Solucdo: £ forca de atrito entre a barra e a prancha P2f P>up2aRh Cileulo de p: R |6,) +/6|= Flom -oy) Eixo macico (Ry = 0) om =P Chapa de aco (R> —> <) Ono =+P 3 a 0,003 = ——_(p + p)> p=1000 kgf /cm Sage P+ P)>P cof P2025, 1000.2. 3.14.3. 10 P 247124 kgf Pagina 133, Unidade 7 ~ Citnbkos Dk PaKeDe EsPessa > Exercicio 7.7 Um cilindro espesso de raio interno 300 mm ¢ externo 500 mm, é sujeito a uma presso interna P que cresce gradualmente, Determinar o valor de P, para cilindro). 1-0 material do cilindro comegar a escoar. 2- 0 escoamento prosseguir até o meio da espessura da parede. 3+ 0 material do cilindro softer colapso total. Dado: Sy; = 600 MN/m* Solucao: 1) Usando a equagao (7.18) fazendo Ry = Ry, Ps sera P). Assim — (soo? — 3007) => |P) = 192 MN/m? (pressiio atuante na face interna que daré inicio ao escoamento do material do 2) Ry = (Ry R2)/2 = (300+500)/2=400mm Frappr (500" — 400°) Prétio = 108 MN /m' (pressiio na interface eldstico-plastica). Usando a equagéo (7.16) fazendo r=Ry, e P = 108: 0, =8,, In 2L— 108 = 6001n 22 _ 108 =-280,5MN /m? R 400 P, = 280,6 MN/m? 3) Usando a equagao (7.21), substituindo os valores temos: o, = 600 in 328 -306,5MN /m? 500 P; = 306,5MN/n? | (pressio de colapso total) Pagina 134 Unidade 8 ~ Carkecasento Dindsico 8. CARREGAMENTO DINAMICO OBsETIVOS - Definir carregamento dinamico. - Aplicar o principio de D’Alembert. - Conceituar carga estatica equivalente. - Definir fator dindmico. - Deduzir a expressio do fator dinamico para corpos em queda livre. - Resolver exercicios envolvendo carregamento dindmico. 8.1 - PRINCIPIO DE D’ALEMBERT Até o presente momento, estudamos a agdo de cargas estéticas sobre as pegas estruturais. Estas variam sua intensidade de zero ao valor definitivo muito lentamente de modo que as aceleragSes que nestas condigdes recebem os elementos das estruturas so despreziveis. No entanto, as cargas podem apresentar carter dindmico, variando em fungdo do tempo com grande rapidez. Suas agdes sio acompanhadas de vibrages nas estruturas ¢ seus elementos, ¢ de deflexdes apreciaveis. | Estas cargas dao origem a tensdes que podem ser de intensidades muitas vezes maiores que as tensdes correspondentes a cargas estaticas. cdlculo das pegas estruturais sob cargas dindmicas ¢ muito mais complex que © cdleulo sob cargas estéticas. A dificuldade reside em que, por um lado, os esforgos ¢ as tensdes provenientes de cargas dinamicas, sio obtidos por métodos mais complicados ¢ por outro, os processos que determinam as caracteristicas mecénicas dos materiais sob carregamento dindmico, so mais complexos. Muitos materiais diiteis, sob carregamento estatico, se comportam como frageis sob carregamento dinamico. Em caso de cargas varidveis repetidas, a resisténcia mecdnica do material decresce. (GIO metodo geral de céleulo sob carregamento dindmico se baseia no principio de D’Alembert da mecénica tebrica. Segundo este principio, qualquer sdlido em ‘movimento pode ser considerado em estado de equilibrio instantineo se, as forcas que atuam sobre ele, seja acrescentada a forga de inércia, igual ao produto de sua massa por sua aceleragéo e dirigida em sentido oposto ao da aceleracéo. Por isto quando se conhece a forga de inércia, pode-se empregar sem limitagio alguma, o método das segdes e aplicar as equagdes de equilibrio para céleulo dos esforgos. Quando é dificil a determinagdo da forga de inércia, como no caso de impacto, emprega-se © principio da conservagio da energia para cilculo dos esforgos, tenses ¢ deformagées. @P|Para todos os casos tratados nesta apostila, consideraremos que as caractertsticas mecanicas dos materiais continuardo as mesmas sob carregamento estitico e dindmico, 0 que nem sempre é verdade (velocidade de aplicagao de cargas muito elevada). Pagina 135 Unidade 8 — Canrécamento Dinanico 8.2 CARGA DE IMPACT( “ARGA ESTATICA EQUIVALENTE As tensdes ¢ deformagdes geradas durante uma carga de impacto dependem da velocidade de propagagao da onda de deformagao através do volume do corpo que recebe 0 impacto (corpo golpeado). Em nossos exemplos desprezaremos este fato ¢ vamos admitir que © comportamento do corpo sob carregamento estitico e dindmico seja o mesmo (0 que é verdade para velocidades de propagagio da onda de deformagao no muito elevadas). Assim podemos imaginar uma carga lentamente aplicada ao sistema que produza a mesma deformagdo que acontece no instante do impacto que é a deformagdo maxima que ocorre, chamada deformagio ou deflexio dindmica, Vejamos o que acontece com a viga em balango da Figura 84a abaixo, sobre a qual cai do repouso um bloco de peso W em sua extremidade livre. A variagio da deflexio da extremidade livre em fungdo do tempo é indicada na Figura 84b onde, A a deflexdo maxima softida pela viga no instante de impacto. A outra deflexo, 5, & a deflexio estitica resultante quando a viga e 0 bloco finalmente entram em equilibrio. E a deflexio que seria obtida se 0 bloco IV fosse colocado lentamente sobre a extremidade livre da viga. BRIA carga P, aplicada lentamente na extremidade da viga produz a mesma deflexio maxima A ocorrida no momento de impacto. Esta carga é chamada de carga estitica equivalente (equivalente ao impacto, pois produz deflexdes e tensdes idénticas as que ocorrem no instante de choque), Figura 84c Figura 84 Conforme ja dissemos, vamos admitir que o material se comporte igualmente sob carregamento estatico ¢ dindmico. Assim, a energia de deformagio da viga em (a) e (¢) a mesma, Ela é igual ao trabalho realizado contra a viga. Vamos denominar de energia efetiva a parcela da energia aplicada que realiza trabalho de deformacio, Parte da energia aplicada se perde na forma sonora, na forma de calor e até de deformagao local. Logo podemos equacionar: [Energia cfetiva aplicada] ~ [Trabalho realizado pela carga estitica equivalente] Em muitas aplicagdes a energia efetiva aplicada é considerada igual, a favor da seguranga, a energia aplicada. E dificil medir a parcela da energia aplicada dissipada na outras formas de energia. Como a carga estitica equivalente é proporcional 4 deflexdo da viga, o trabalho . PA realizado por ela € igual a: —= Pagina 136 Unidade 8 ~ Carkecasento Dindsico Se a energia & devida a uma variagdo de velocidade de um corpo em movimento my? ela pode ser escrita: onde 7 & a parcela da energia aplicada que realiza trabalho de deformagdo. Muitas vezes 7 = 1, a favor da seguranga. Se a energia aplicada é proveniente de um corpo em queda livre (partindo do repouso) que se choca contra uma estrutura deformdvel elasticamente, a energia efetiva aplicada é: nW(H+A) onde W é 0 peso do corpo em queda livre, Ha distncia vertical até o sistema e A a deflexio dinimica do sistema, Para um carregamento dinamico de torgdo, a energia efetiva aplicada gera um torque dado por: TO 2 onde T' é © momento torgor aplicado lentamente (carga ou esforgo estético equivalente) que produziré o mesmo Angulo maximo de rotagdo @ do momento de choque. Definimos como fator dindmico ou de impacto a relagio entre a carga estitica equivalente e a carga W. Pelo fato de haver proporcionalidade entre carga e deflexdo, 0 fator dinamico também é igual ao quociente entre a deflexdo dinamica (4) e a deflexao estatica (6). Assim: * =f Fator dinamico FD.) = 75 =5 3 - CALCULO DO FATOR DINAMICO PARA CORPOS EM QUEDA LIVRE (TODA ENERGIA POTENCIAL GRAVITACIONAL SE TRANSFORMA EM ENERGIA DE DEFORMAGAO 1 Supondo a viga da Figura 84 com um comprimento /, momento de médulo de elasticidade E, podemos eserever: we Pe = 3a e 4 Energia efetiva aplicada: w(u44) fa Substituindo na equaciio da energia acima, P e We simplificando: 4 {2H Ss F.D=ltyl+— 6 vr 8 sinal negativo nao serve, pois significaria um fator dindmico menor do que um, ou seja, tensGes € deflexdes menores que as provenientes do carregamento estitico da mesma carga (absurdo), Pagina 137 Unidade 8 ~ Carrecasento Dindsico Finalmente: P App, i, 2H Ws reheat +r usada quando se conhece a altura de queda H, 0 peso We Esta expresso deve 1 quando * Observacies: 2H 1- A unidade sob 0 radicando pode ser ignorada se = 10, o erro ndo excedera a 5% 2H 2- Investigagdes apuradas confirmam que o erro ndo excede a 10 % se =~ <100 3- Se H= 0, F.D. = 2 a0 aplicar subitamente a carga, as tensdes e as deformagdes so duas vezes maiores que as que ocorrem no caso da ago estética da mesma carga. 4- © método da energia foi desenvolvido considerando as seguintes restrigdes a mais: * as tensdes estilo abaixo do limite de escoamento do material; * os corpos apés o impacto nao se separam; * a massa que golpeia é considerada pequena em relagdo a massa da barra que recebe © golpe 5- Se 0 impacto ocorre a elevadas velocidades, a deformagao do corpo que recebe 0 impacto no possui tempo suficiente para se distribuir através de todo ele e uma tensdo local de consideravel intensidade ocorrerd, cuja intensidade poder exceder a tensGo de escoamento do material, na regio de impacto, Exemplo: uma viga de ago sendo golpeada por um martelo de ago — grande parte da energia cinética é transformada em energia local de deformagao. Fenémeno similar ocorre mesmo a baixas velocidades de impacto, se o corpo que recebe o impacto for muito rigido, 6- Se a carga W é aplicada lentamente em um sistema, a forga transmitida a ele é We no depende do material do sistema ou de seu tamanho. No caso de uma carga de impacto a carga P depende da aceleragao que 0 corpo que recebe o impacto possuiré, ou seja, P depende do tempo durante 0 qual a velocidade do corpo varia, A aceleragdo € fungo da flexibilidade da barra que recebe 0 impacto. Quanto maior a flexibilidade, isto é, quanto menor © médulo de elasticidade e maior 0 comprimento da barra, maior é a duragdo do impacto ¢ menor a aceleragdo ¢ a forga P. Devido a isto, molas so colocadas no sistema que recebe o impacto. Além disto, as vigas sio posicionadas de modo a trabalharem a flexéo com a menor inércia de sua segdo transversal. BIBLIOGRAFIA BELYAEV, N. M., Strength of Materials, 2* edigao, Mir Publishers, Moscou. HIGDON e outros, Mecdinica dos Materiais, 3* ed., Guanabara Dois S.A., RJ., 1981. STIOPIN, P., Resistencia de Materiales, Mir Publishers, Moscou, 1968. Pagina 138 Unidade 8 — Canrécamento Dinanico > Exercicio 8.1 Um corpo de peso Q move-se para cima com acelerago a, Determinar a tensiio maxima no cabo, desprezando o peso deste. fs Soluca y,=0+2a-00+4 -rp=—+4) & g g 2 4 (4 =e D0 FD A ~ Area da secdo do cabo. Pagina 139 Unidade 8 — Canrécamento Dinanico > Exercicio 8.2 Uma mola helicoidal de passo estreito, de comprimento | = 30 em, com raio R= 2 em (da espira) e raio r = 0,2 em (do arame), e com n = 10 espiras, suporta sobre seu extremo uma massa de peso Q = I kgf e gira no plano vertical em tomo de uma articulagio imével, realizando 200 revolugdes por minuto. Determinar a tensdo tangencial maxima, no arame da mola, ¢ 0 deslocamento maximo do peso Q, sabendo-se que 0 médulo de Coulomb 8.10° kgficm’. Desprezar o peso da mola. Solugio: 0% =0(14+4)31 , a=07 (14 Al) & Din Al’ = 8.0" =.= = 0,250" OG 1 22-31 rad/s 30 a= (1+ Al’ )= 212 (30+0,250" ) > 2 21° (30+ 0,250" ) 231 =Q%=II+ aD Q! =16,3 kef > FD. a 16,3 T! =16,3.2= 32,6 keficem V=16,3 kof 3260.2. 16,2 3,14. o,,=Vo? +30 ; o,=t'V3 <5, Al® =0,25.0" =0,25.16,. =4 em Pagina 140 Unidade 8 — Canrécamento Dinanico > Exercicio 8.3 Analisemos a resisténcia de uma haste de conexdio AB unindo duas rodas de um sistema a vapor. A roda motora Q; € que transmite 0 torque do mecanismo a vapor. A haste de conexio é fixada s rodas nos pontos A e B com a ajuda de articulagdes de pinos cilindricos. AO; ¢ BO> so ambas iguais ar. O didmetro das rodas 6 D (raio R) e o comprimento da haste é1. A velocidade do sistema é v, constante. Pede-se a tenstio maxima de flexo na haste, Dados num = 30 rad/s 1= 150m r=50cm peso especifico do material: 7,86 gfvem* aceleragio da gravidade: 981 cm/s segdo retangular de 10 x 4,5: 45 cm? modulo de resisténcia a flexdo: 75 en 7,86.10°° kef / cm? 7,86 ef /em 981 cm/s? g Cileulo de q (peso préprio) q = volume.y = 45. 1. 7,86. 10 0,354 kgf / em. Céleulo da forca de inéreia 3545 54 = er 981 981 | = 16,24+0,354 = 16,59 kgf /em 2 2 Mig, = te = 1659150 8 a_M._ 46659 of =—y I 45.105 R a= 30” 50 = 16,24 kgf /em 46659 keficm = 622 kef /em? Pagina 141 Unidade 8 — Canrécamento Dinanico > Exercicio 8.4 Um eixo esta submetido a uma carga de impacto de torgdo. Ele tem 180 em de comprimento ¢ 5 cm de diametro. Calcular a tensio tangencial maxima do eixo, no momento de impacto. W=45 kef e= 15cm h=10cm G=850000 kgf em* Toda a energia de queda realiza trabalho de deformagio. Solucio: 8 -deflexo sob o ponto de aplicagio de W ~Angulo de torgao do eixo 5=9.15 > T=4,5. 15=67,5 kefem «Tl ___67,5.180.2 GI, 0,85.10° ..2,5 8% = 23.10 15=3,5.10% em = 23.10% rad ee Pome 028 1+ fre 22 = 76,6 5 Vo" 35.10 P=4,5.76,6=344,7 kef A=3,5.10" .76,6=0,27 em 1! = 76,5, 25:-25-2 _ 214 peffem? 7.25 =V3.211=365,5<2000 Pagina 142 Unidade 8 — Canrécamento Dinanico > Exercicio 8.5 Um peso de 2 kgf cai do repouso, de uma altura de 2 em sobre o meio de uma viga de aluminio de seg’io 3 m por I om. A extremidade direita da viga de 2 m apoia-se contra uma mola helicoidal de constante igual a 20 kgf! cm, Supondo-se que toda energia de queda realiza trabalho de deformagao, pede-se: a) a carga estitica equivalente b) o fator dindmico ¢) a tensiio maxima de flexao na viga, no momento do impacto, 4) a porcentagem de energia absorvida pela viga e pela mola, no momento de impacto. Médulo de elasticidade do Al: 0,7. 10° kgtier L=2m,h=2cm, W=2kef Solugdo: 6- deflexio total sob W = 5 +8""" ota Para célculo de dy a mola é considerada rigida e para célculo de Syoa a viga é considerada rigida. 2.2007 12 1 + ad = =1,9 + 0,025 = 1,925 em 48.07.10" 3.1 2.20 2.2 B)FD=1+,|1 275 ” Vo" 1,925 OP =2.2,75=5,5 kef ‘ 1.100.0,5 12 = 550 kgfiem? 30 8 au, f 5,5.1,9.2,75= 14,36 kgfcm S yota = 2-0,025 = 0,050 le Uy t 1.2,75.0,050.2,75= 0,188 kefiem Pagina 143, Unidade 8 — Canrécamento Dinanico > Exercicio 8.6 A Figura abaixo representa um esmeril_ com dois rebolos abrasivos nas extremidades do eixo movido por correias, através de uma roldana central. Quando sio atingidas 2400 rpm, o rebolo de 6 in & travado, causando uma parada instantinea, Determinar a mixima tensdo tangencial e o angulo de torgao do eixo. Médulo de Coulomb do material do eixo: 11,5.10° psi Peso especifico do material do rebolo: 0,07 Ib/in’ Aceleragao da gravidade: 386 in/s* K=05.L031=0,5.m.r° aL nr? = Hf a? 3 992) 42 0055 2 4 2 ‘386 “oo: 522i 2400) = 1737 Ib.in ont 12.7 Gy 115.10° 70,5 2 i737 24 yp? —_12.2 _ 2 11,510" .x.0,5° T = 18079 Ib.in 13079-12219 ag © 113.10" .7.0,5" a _ Tr _ 18079.0,5.2 1, #.0,5° = 92078 Ib/in® Pagina 144 Unidade 9 ~ Discos be Esressura CONSTANTE QUE GtkaNt 4 GRANDE VELOCIDADE. 9. DISCOS DE ESPESSURA CONSTANTE QUE GIRAM A GRANDE VELOCIDADE OsseTvos: - Definir volantes. - Determinar a forga de inércia. - Determinar as expresses para ciileulo das tensdes radiais ¢ circunferenciais em discos que giram a grande velocidade. - Determinar o aumento do raio em discos em rotacio. - Determinar as tensdes em discos em rotagio com interferéncia inicial. 9.1 - DETERMINACAO DA DISTRIBUICAO DAS TENSOES RADIAIS E (CIRCUNFERENCIAIS EM UM DISCO DE ESPESSURA CONSTANTE Disco sujeito a uma rotagdo uniforme « , com pressdes atuantes em suas faces interna e externa, (o,+do,) (rtdr)ae Figura 85 - Forgas atuando em um elemento de um disco em rotagio. Consideremos um elemento de um disco de raio r (Fig. 85). Considerando espessura unitiria temos: volume do elemento: rd@.dr.1 = rdOdr massa do elemento: prd@dr forga de inércia: me’ r = prd0dre’ r= pr’ aw’ ddr péamassa especifica do material do dis: Pagina 145 Unidade 9 ~ Discos De EspessukA CONSTANTE QUE Gikast A GRANDE VELOCIDADE Comentarios sobre as forgas da Fig. 85: 1 - As forgas oy.dr.1, so iguais em intensidade, pela simetria rotacional; mas nao tém a mesma diregao. Nao dependem de 0, somente de r. 2 - As forgas radiais sio diferentes por duas raz6es: primeira, as areas so diferentes; segunda, as tensdes so, provavelmente, diferentes. Estas forgas também s6 dependem de r. 3 - Como on ¢ o; s6 dependem de r, toda diferencial que aparece é total ¢ no parcial, ‘A equagio de equilibrio da estética, segundo a diregdo radial fornece: 20 y dr. senBro, rd0-(a, +do, \(r+dr)d0 = pr? .w? dOdr como d0 é pequeno, sen 22 = 4 radian 2 2 Simplificando: de 2 oy 0, -1 22 = pr? 1) ar EH ]Se hd um movimento radial ou deslocamento do elemento de uma quantidade quando 0 disco gira, a deformagao radial elementar é dada por: ds_1 dr E 7-08) (9.2) A deformagao circunferencial no raio r é (93) s=L(e,-ve,)r E Diferenciando: bd é 4 (c,, -ve,) -#.) (4) Tgualando (9.2) ¢ (9.4) ¢ simplificando: do, do, = (1+v)+r—4— i =0 9.5) (6 0, )(t+0) +r — or 03) Substituindo (oy - 0;) da equagao (9.1), Pagina 146 Unidade 9 - Discos De Espessuk CONSTANTE QUE Gikast A GRANDE VELOCIDADE P 4. py? \(140) \ dr do, . do, dr dr Integrando, =-pre’ (1+v) pre (I+v)+2.4 (9.6) on +0,= onde 2A é a constante de integragao conveniente. Subtraindo da equagao (9.1), dr (o+0)«24| 24r » o ro, =-2 2 (340)+ 3 onde -B é a segunda constante de integragdo convenient por 7) (8) 9.2 - CASO PARTICULAR DE UM DISCO SOLIDO Para um disco sélido, a pressdo no centro é dada para r ~ 0. &E | Para r igual a zero, as equagdes acima fornecerdo valores infinitos para as tensdes, a menos que B seja nulo. Isto é B = 0; ¢ entiio Bir’ = 0 que dé a tinica solugéo finita. Para 0 raio externo R a tenso radial deve ser zero desde que nao existem forgas externas aplicadas. Deste modo, da equaco (9.7), po" R? o, =0=A-(3 +0) po A=(3+0, Gro 2e Substituindo nas equagdes (9.7) ¢ (9.8), as tensGes radial e circunferencial a um raio r, em um disco sélido, so dadas por: Pagina 147 Unidade 9 ~ Discos be Esressura CONSTANTE QUE GtkaNt 4 GRANDE VELOCIDADE. 2 22 gg? oy =6+v) 228 ~(1+ 30/2 pe [+R =(1+3v)r°] (9.9) pro rv) b+ oP (R?-) @.10) Tensdes maximas: EF |No centro do disco, onde r = 0, as equacdes acima produzirdo valores méximos para as tensbes radiais e circunferenciais que serdo as tensdes maximas no disco e iguais 4 (9.11) (9.12) uigdo completa das tensdes radiais ¢ circunferenciais, através do raio do disco, esti indicada na Fig. 86, SI Tensées Circunferenciais Figura 86 - Distribuigio das tensdes em um disco sélido em rotagao. 9.3 - DISCOS EM ROTAGAO COM FURO CENTRAL As equagdes gerais de tensdes para um anel em rotagdo podem ser obtidas do mesmo modo que aquelas para um disco s6lido em rotaga A-2-(340). pe Supondo o disco somente em rotagdo, sem pressio interna ou externa, as condigdes de contorno requeridas podem ser substituidas simultaneamente para determinar os valores apropriados para as constantes A ¢ B. Pagina 148 Unidade 9 - Discos De Espessuk CONSTANTE QUE Gikast A GRANDE VELOCIDADE *Parar=Ry, 0 =0 (9.13) (9.14) As tensdes maximas ocorrem para r= Ri: Oi nic = PE (+o? +R? +R?)-(1+30)R?] PE [s+ eR: (i-0)r?] (9.15) Quando 0 valor do raio interno se aproxima de zero, a tensdo circunferencial maxima aproxima-se de: po" 2 = 22 (3s u)R} Srna = 4-8 +O)R isso € duas vezes o valor obtido no centro de um disco sélido em rotagdo, 4 mesma velocidade. Assim, a realizagio de um pequeno furo, no centro de um disco sélido, dobra 0 valor da maxima tensio circunferencial devido a propria rotagao. Na face externa r= Rot Ona POO 0)R) +0 ORE] ‘Tensio radial maxima: Pagina 149 Unidade 9 ~ Discos be Esressura CONSTANTE QUE GtkaNt 4 GRANDE VELOCIDADE. (0.16) Substituindo na equagio original: Srna =(3+0) POR + -R,R, -R,R,]= B40) P[k, Ry] (9.17) Tenses Circunferenciais satatutas “TL Figura 87 - Distribuigdo das tensdes em um disco vazado em rotagao 9.4 - DISCO E EIXO ACOPLADOS COM INTERFERENCIA Os discos rotativos possuem um furo central circular para permitir a sua ‘montagem, com interferéneia, em um eixo, A pressio de interferéneia gerada pela montagem deve ser suficiente para que 0 disco nao se solte do eixo durante 0 movimento de rotagio ¢ nfio deve ser muito elevada para nio criar grandes tensdes no disc: No instante do acoplamento disco-eixo sob pressio, a velocidade de rotagaio é nula ¢ o conjunto comporta-se como um cilindro composto em que o cilindro interior é 0 eixo € © exterior o disco. A montagem pode-se realizar com 0 aquecimento do disco, A interferéncia radial sera a diferenga entre 0 raio do eixo € 0 raio intemo do disco, Como o conjunto é tratado como um cilindro composto (@ = 0) pode-se calcular a pressiio de contato conhecendo-se a interferéncia radial. Quando o disco acoplado com interferéneia contra 0 eixo ficar solto no eixo, 0 que ocorre a uma velocidade particular “” deixa de haver interferéncia. Isto corresponde a anular a pressao de contato inicialmente estabelecida pelo ajuste. 9.5 - TENSOES COMBINADAS DE ROTAGAO E TERMICA EM DISCOS UNIFORMES E CILINDROS ESPESSOS Se um componente € livre de expandir-se e sua temperatura varia uniformemente, a expanso ocorre sem o aparecimento de tensdes térmicas. No caso de discos sujeitos a gradientes térmicos, uma parte do material tende a expandir-se mais rapidamente do Pagina 150 Unidade 9 - Discos De Espessuk CONSTANTE QUE Gikast A GRANDE VELOCIDADE que a outra experimentando, cada uma, diferenca de temperatura e como resultado sio desenvolvidas tensGes térmica Suponhamos um disco, inicialmente sem tensao, sujeito a uma variagdo de temperatura, T, a uma rotag&o uniforme, @, com pressdes atuando em suas faces interna e externa, seja Ry e Ry seus raios interno e extemo, Fig. 88. Imaginemos um elemento deste disco, de raio genérico r, espessura dr ¢ largura unitéria, formado pelo angulo central d®, Fig. 89. As tensdes radiais e circunferenciais e a forga de inércia foram estabelecidas neste elemento. A forga de inéreia aparece devido ao movimento do disco. Sua presenga permite considerarmos 0 mesmo em estado de equilibrio instantaneo (prinefpio de D’Alembert). Calculemos estas forgas: iY F 6, + do, on on do oF 2) Figura 88 Figura 89 Forga de inércia = volume x massa especifica x aceleragdo F =rd0ldr(p\(o’r)= po? r? ddr forca radial na face interna = 0,rd01 +do, \r+dr)dol forca radial na face externa = ‘forca circunferencial = 6 ,dr\ Comentarios sobre as fore io iguais em intensidade pela simetria rotacional, da As forgas circunferenciais mas no tém a mesma diregdo. Nao dependem de @ mas de r. Elas so iguais atravé espessura dr. As forgas radiais nas faces interna ¢ externa so diferentes pois as areas também o sio e as tensdes so, provavelmente, diferentes. Elas dependem somente de r. Como todas as forgas dependem somente de r, toda equagio diferencial que aparece é total e no parcial Estabelegamos a equagdo de equilibrio da estatica na diregao Y: SF y=0 Pagina 151 Unidade 9 - Discos De Espessuk CONSTANTE QUE Gikast A GRANDE VELOCIDADE 2o,,dr ven +0,rd0—(o, + do, \r + dr\d0 - pw’ d@dr =0 como d@ é pequeno e expresso em radianos entio sen(d@/2) = d6/2, em radianos. Simplificando dO e desprezando o produto de infinitésimos: do, on =pra (9.18) dr Como ocorre um movimento radial (ou deslocamento do elemento de uma quantidade “s”) quando o disco gira, a deformagao radial sera: a ee" r ——* 5 de +r Figura 90 7 4 Elo, = 10) +EaT] (9.19) onde o termo Eall é a tensao térmica. a € 0 coeficiente de dilatagao térmica linear do material do disco. E € 0 médulo de elasticidade. v é 0 coeficiente de Poisson, T variagdo de temperatura, A deformagio circunferencial &: 5 ey [lon -ve,)+EaT] (9.20) Diferenciando (9.20) ¢ igualando com (9.19), pois, a deformagao radial é igual 4 circunferencial, temos: ds at Fleur Ban) vo Se lbs pa 2)) 21 rE dr dr dr. A fungdo que fornece a variago da temperatura com o raio “r” deve ser conhecida (fungdo T). Igualando (9.19) e (9.21) ¢ simplificando: Pagina 152 Unidade 9 - Discos De Espessuk CONSTANTE QUE Gikast A GRANDE VELOCIDADE Mon yp Oy aap AT _ (oy-2,)(L+y) +r “oe +aEr i 0 (9.22) Substituindo o valor de oj-c- da equagao (9.18) em (9.22) temos: (r+ ofr 4 po?) + 22 yp a Pee doy , do, ar st + =-(1+ v)po*r - Ea— a tee dr integrando: pore o, +0, =-(I+y) -EaT+2A (9.23) ‘onde 2A é a constante de integracio conveniente. (9.23) - (9.18) fornece: integrando: a port ro, =-£ (34 v)- Bal Trdr + 2Al onde -B & a constante de integragio. Caleulando o;: Ea [ Trar (9.24) = Eliminando 6, em (9.23) e (9.24) caleulamos on: 0, = A+B (14 322 Ba THES Tide (9.25) r As equagdes (9.24) e (9.25) fornecem as vatiagdes das tensdes radiais circunferenciais, em fungao de “r”, para discos de espessura constante sob pressio, rotagio & variagao de temperatura. Pagina 153 Unidade 9 - Discos De Espessuk CONSTANTE QUE Gikast A GRANDE VELOCIDADE Observemos que: B 4 ‘ x cada a cili o, = A-=Z € a equagdo de Lamé, para a tensio radial, aplicada a cilindros r de parede espessa sob pressio (interna e ou externa), o,=A 4 [ome] permite o calculo deo para discos em rotagdo sob temperatura constante. O termo entre colchetes aparece como conseqiiéneia da rotagdo do disco. permite 0 céleulo de 6, para discos em rotagao sob variagdo de temperatura. O termo entre coichetes aparece como resultado da variago de temperatura Andlise idéntica pode ser feita para o cdlculo da tensao cireunferencial. A solugdo de (9.24) e (9.25) & conseguida quando se conhece a relagdo de T com r, ou seja, de que forma a temperatura varia através do raio do disco. Devido ao proceso como (9.24) e (9.25) foram deduzidas, os efeitos devido a pressio, rotago e térmico podem ser considerados simultaneamente e os valores de A B sio encontrados pelas condigdes de contorno. Para uma variagdo de temperatura de forma linear de T= 0, para r = 0, ou seja, se: T=kr, entio, se nao houver rotagao: o,-4-3- Fars (9.26) oy = Avo oat (9.27) r 3 Nas aplicagdes priticas onde a temperatura é mais elevada na parte interna do disco de parede espessa do que na parte externa, as tensdes térmicas so positivas na superficie externa ¢ de compressio na interna. Este fato é considerado como favoravel nas aplicagdes em cilindros de parede espessa sob pressio interna, pois tende a reduzir as tenses de tragdo elevadas na superficie interna provocadas pela pressdo interna. BIBLIOGRAFIA DEN HARTOG, J. P., Advanced Strength of Materials, McGraw-Hill Book Company, U.S.A., 1952. HEARN, E. J., Mechanics of Materials, 1* ed., Pergamon Press Ltd., Gt. Britain (Page Bros. Ltd., Norwich). FEODOSIEV, V. L, Resistencia de Materiales, Editorial Mir, Moscou, 1992. Pagina 154 Unidade 9 - Discos De Espessuk CONSTANTE QUE Gikast A GRANDE VELOCIDADE > Exercicio 9.1 Determinar a tensio circunferencial no raio interno e externo de um disco de ago de 300 mm de didmetro, tendo um furo central de 100 mm de didmetro, sabendo-se que & feito para rodar a 5000 rpm. Qual ¢ a posicdo ea intensidade da maxima tensdo radial? Dados: Massa especifica do ago: 7470 kg/m* Coeficiente de Poisson: 0,3 Médulo de elasticidade: 208 GNh Solucio: Ry = 50. mm; Ry = 150 mm; oS 524 rad/s on pot jovaar +R2+ Ri ®)-waye'| \ 270524" (3.)(005* +015? +015?) = 1,9.0,05" of =39MN/m?; oli" =11MN/m? r=R,.R, =0,087m; off =24MN/m* ° RRS 7 2 o, (G+v)e6 Ri+R?-A 0 =84MN/m? r ¢Parar = 50mm => o,=39MN/m’ , o,=0,=0 Para r = 87 mm => 0, =24MN/m? 84MN/m? e o,=0 ¢Parar= 150mm = 0,=11MN/m? , log" = 39 MN /m? a face interna «50.107 "208.10" (39 -0,3.0).10° s=94.10~% m => |= 94.107 mm Pagina 155 Unidade 9 - Discos De Espessuk CONSTANTE QUE Gikast A GRANDE VELOCIDADE > Exercicio 9.2 Um disco sélido de ago, de 300 mm de didmetro e de espessura constante, tem tum anel de ago de 450 mm de didmetro externo e mesma espessura acoplado a ele. Se a tensdo de interferéncia & reduzida a zero quando a velocidade de rotagdo atinge 3000 rpm, calcular: a) a pressio radial na interface, quando parado, b) a diferenga de diémetro entre as superficies acasaladas, disco e anel, antes da montagem. Dados: Massa especifica do ago: 7470 kg/m* Coeficiente de Poisson: 0,3 Médulo de elasticidade: 207 GN/m* Solucdo: (i 3000 rpm anel ¢ eixo giram sem interferéncia) Aumento do raio do eixo: ele +0)R? —(1+3u)r?] iso 747031 on! = 3 Sao = 2 (64-00, : 0,=0 E Sco = O15 99.19% = 21.10% m 207.10" Aumento do raio interno do anel: pa / on G+0)[ +R? +4 \ )-ean| oi” BIE (aa)(ous® +0,225?,2)= 1,9.0,15? |= 337.10 N/m? 0,15 = = 33,7.10% =2,4.10"° m (o,=0) 207.10 interferéncia radial = (Ry + Sane) = (R + Seivo)’ (Ri = RY interferéncia radial = 2,4.10~ — 2,1.10~ = 2,19.10~ m interferéncia diametral = (2,19.10~*).2 = 4,383.10 m = + Fy = 26, > 219.10 == (2,6 +1 ou =—P °, P zor0" © DP p= 84MN/m? Pagina 156 Unidade 9 ~ Discos De Espessuk CONSTANTE QUE Gikast A GRANDE VELOCIDADE > Exercicio 9.3 Um disco de ago de 3 in de raio interno ¢ 15 in de raio externo, & acoplado contra um eixo, também de ago, e a interferéncia radial, quando parado, é de 0,003 in, Pede- se: a) velocidade angular, w, para a qual a interferéneia desaparece como resultado da rotagio. b) tensdo circunferencial na face interna do disco com a velocidade acima. Dados: E = 30.108 Ibffin? y= 0,28 Ibflin® v=03 = 386 in/s® p=ye Solucéo in| + |6,| = 0.003 in, P= 7/8 =0,28/ 386 Quando 0 conjunto girar @ velocidade w: S4-Se= 0,003 in (d—disco; e—eixo) Cilculo de sq @ velocidade w- sem interferéncia: fe ‘ | 1,9.3?]= 0,136 0? RRS Sy 0,136 @* 30.108 Célculo de s, & velocidade @- sem interferéncia: 1 _0,28.0° On 386.8 I 3 30.10" 3,3)..9 — 1,9.9]=0,00114 0° 0,00114 0? 5. 0,003 = sa-s ol +| 32" (0,136 ~0,00114) =0,003 30.10% lo =472 rad/s Pagina 157

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